Terapêutica Floral por Edward Bach

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Esta arquivo é o pimeiro capítulo do livro "Terapêutica Floral por Edward Bach" e pode ser distribuído livremente. No livro "Terapêutica Floral por Edward Bach" você encontrará em português tudo o que Edward Bach, o criador dos "Florais de Bach", escreveu sobre o seu método terapêutico que utiliza essências florais obtidas a partir da captação da energia solar. Foram reunidos no livro "Terapêutica Floral por Edward Bach" seus tres livros e extratos de edições anteriores, suas três conferências, escritos filosóficos, contos, cartas e anotações clínicas.

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Este arquivo é o Primeiro Capítulo...

Este arquivo PDF é o primeiro capítulo do Livro “Terapêutica Floral por Edward Bach” e pode ser distribuído livremente. O livro completo contém tudo que Bach escreveu sobre o seu sistema terapêutico: seus três livros, as três conferências publicadas, anotações clínicas, contos, textos filosóficos e cartas, além de uma minibiografia ilustrada e um dicionário com os 38 Florais de Bach. Você pode examinar o índice completo mais adiante no sumário. Para adquirir o livro acesse: terapeuticafloral.com.br Disponível em papel, impresso a cores, com 115 imagens coloridas e também em vários formatos digitais.

TERAPEUTICA FLORAL

POR

EDWARD BACH

TRADUÇÃO: ALEXANDRE BANDEIRA DE MELLO MD

www.terapeuticafloral.com.br

RIO DE JANEIRO

2011

4 Terapêutica Floral por Edward Bach

© 2011 Copyright desta tradução por Alexandre Bandeira de Mello. Publicado por Samos Publishing www.terapeuticafloral.com.br Rio de Janeiro - Brasil [email protected] 55-21-8865-9921

5 Aviso Legal

Aviso Legal

Este livro não deve ser usado como orientação médica. Seu único propósito é informar profissionais da área de saúde e pessoas interessadas no tratamento com essências florais. As informações neste livro são fornecidas sem nenhuma garantia, expressa ou implícita. Você não deve usar as informações deste livro como uma alternativa à orientação do seu médico ou de outro profissional de saúde. Se você tiver qualquer dúvida sobre qualquer assunto médico deve consultar o seu médico ou outro profissional de saúde. Se você acredita estar apresentando qualquer problema de saúde deve procurar imediatamente orientação médica. Você não deve nunca adiar a procura de orientação médica, desconsiderar ordens médicas, ou interromper um tratamento médico devido às informações contidas neste livro.

6 Terapêutica Floral por Edward Bach

Sumário (do livro completo)

Aviso Legal 5

Sumário 7

Prefácio do Editor 9

Notas Biográficas 11

A Conferência de Wallingford 15 Os Remédios 19

“Vocês Sofrem Porque Assim Escolheram” 21 Vamos um pouco mais adiante ao longo do caminho 22

A Conferência Maçônica 29 Introdução 29 Segunda Parte 29

Considerações Básicas sobre a Doença 31 Compreendendo a doença 31 Os Remedios e os Seus Tipos 34

Cure-se 39 Capítulo 1 39 Capítulo 2 40 Capítulo 3 42 Capítulo 4 43 Capítulo 5 46 Capítulo 6 48 Capítulo 7 50 Capítulo 8 53

Liberte-se 57 Introducão 57 Capítulo 1 57 Capítulo 2 57 Capítulo 3 58 Capítulo 4 59 Capítulo 5 59 Capítulo 6 60 Capítulo 7 61

7 Sumário (do livro completo)

Capítulo 8 62 Capítulo 9 62 Capítulo 10 63 Capítulo 11 64 Capítulo 12 64

Doze Curadores & Outros Remédios 69 Introdução 69 Os Remédios 69 Métodos de Dosagem 109 Método de Preparação 109 Nova Introdução do Livro 111 Sobre a Distorção da Filosofia da Terapêutica Floral 112

Remédios Auxiliares 113 Os Quatro auxiliares 113 Os Sete Auxiliares 115

Novos Remédios & Novos Usos 117

Anotações Clínicas 121

Estórias de Remédios 125 A Estória de Clematis por Ela Mesma 125 A Estória de Centaury por Ela Mesma 125 A Estória do Carvalho 126 Estória dos Doze Viajantes 126 O Começo dos Quatro Auxiliadores 127

Bach e a Astrologia 129 Os Doze Curadores 129 Um Conto do Zodíaco 129

Apelo à Classe Médica & Cartas 131 Um Apelo aos Colegas da Profissão Médica. 131 Carta aos Membros de sua Equipe 131 Carta ao Presidente do General Medical Council 132

Escritos Filosóficos 133 Amor Verdadeiro 133 Fraternidade 133 Conhecimento Verdadeiro 134

O Remédio Rescue 135 Tratamento de Animais 136

Dicionário de Essências Florais 137

8 Terapêutica Floral por Edward Bach

Prefácio do Editor

Neste livro você encontrará todos os textos importantes escritos pelo Dr. Edward Bach sobre o seu método terapêutico com essências florais. Estão aqui reunidos seus três livros publicados, as conferências de Wallingford, de Southport, a Conferência Maçônica, artigos, escritos filosóficos, algumas cartas e parte de suas anotações clínicas. Não foram incluídas nesta obra suas pesquisas em bacteriologia, nem os artigos publicados em revistas médicas e homeopáticas. Nossa intenção foi reunir num só volume todos os textos que formaram a base, que deram o pontapé inicial, desta nova ciência que, apesar de já ter vários nomes, nós resolvemos chamar de Terapêutica Floral.

Os textos não foram organizados em uma sequência temporal, mas numa sequência que torne mais fácil o entendimento da filosofia e dos aspectos práticos deste método terapêutico. O leitor encontrará primeiro a base filosófica com uma visão geral de alguns remédios, depois informações práticas e mais aprofundadas sobre o uso dos 38 remédios e no final uma coletânea de textos que permitem conhecer melhor a visão filosófica do Dr. Bach; como ele aplicava o método na clínica diária; como os medicamentos foram desenvolvidos; como ele via os remédios e qual foi a reação à Terapeutica Floral na Inglaterra do seu tempo. Para conhecer a sequência temporal basta ler as informações que colocamos antes de cada texto com a data da publicação, o tipo de texto e, quando necessário, uma observação sobre o contexto em que a publicação surgiu.

Lembramos ao leitor que estes livros e artigos foram escritos ao longo de uma década e que por este motivo muitas ideias se repetem, na medida em que o Dr. Bach desenvolvia e ampliava sua visão do novo método. Acreditamos que, longe de ser cansativa, a repetição de suas ideias permite fixar melhor os princípios que norteiam o seu método terapêutico e que a elaboração das mesmas ideias sob pontos de vista diferentes,

visitando novos argumentos, levará os leitores a uma visão clara da terapêutica com as essências florais.

Apesar de existirem hoje mais de 400 essencias florais em uso é importante ressaltar que Bach tinha uma grande preocupação em manter seu sistema terapêutico na maior simplicidade possível, para que ele pudesse ser usado pelo maior número de pessoas possível. Além disso, apesar de não estar claramente exposto em sua obra, Bach acreditava que os 12 curadores, os doze remédios assim chamados, eram o núcleo do sistema terapêutico e que deveriam ter este status preservado. Bach acreditava que estes doze perfis psicológicos, com seus aspectos positivos e negativos, estavam relacionados às doze divisões do zodíaco, o que projeta seu sistema de medicina para bem longe de um mero conjunto de remédios feitos a partir de flores. Mas, felizmente, estão surgindo livros que estudam os remédios de Bach segundo a ciência astrológica, um tema que certamente se desenvolverá muito neste novo século.

Optamos por manter os nomes das ervas medicinais, plantas e árvores com seus nomes em inglês e colocamos ao final do livro um minidicionário com seus nomes tradicionais, os nomes científicos, os nomes em português, espanhol e francês.

Aqueles que desejarem debater as grandes questões levantadas pela obra do Dr. Bach podem acessar nosso website (veja abaixo) que está aberto a todos que tem interesse por este assunto independente de sua profissão, crença religiosa ou idade. Neste website você poderá também comprar o livro, ou partes dele, no formato impresso ou em vários formatos digitais e ver uma galeria de imagens das ervas, plantas e árvores. Também é possível ler o livro online.

www.terapeuticafloral.com.br

O Editor

9 A Conferência de Wallingford

PARTE 1

A Conferência de Wallingford

Data: 24 de Setembro de 1936 (dois meses antes do seu falecimento)

Tipo: Conferência pública realizada na loja maçônica de Wallingford no 50º aniversário de Bach. Obs: Bach foi membro da Maçonaria de 1918 até a sua morte.

Cartaz anunciando a Conferência

Desde os tempos mais remotos da história humana as plantas têm sido usadas como remédios curativos e até aonde vão os registros mais antigos verificamos que o ser humano tem a crença de que nas ervas dos campos, dos vales e das encostas existe o poder de curar suas doenças. Centenas de anos antes de Cristo os antigos indianos, os Árabes e muitos outros povos já eram experts no uso dos presentes da Natureza. Também os Egípcios antigos (ver papiro egípcio milenar

com receita para asma na pag. 56) e, em época mais recente, os Gregos e Romanos, usavam estes conhecimentos que, embora num grau menor, chegaram até a nossa época.

Ora, não é plausível que por milhares de anos, diferentes civilizações com povos e culturas diversas, tenham acreditado continuamente, estudado de forma persistente e utilizado as ervas da Natureza como tratamento, sem que houvesse por trás de tudo isto uma grande verdade.

Em tempos remotos não só os médicos destes antigos países usavam e ensinavam o uso das ervas medicinais, mas as pessoas comuns também tinham grande conhecimento sobre as virtudes curativas das plantas, sendo capazes de cuidar de si mesmas e de curar muitas doenças.

Este país (a Inglaterra) não é exceção, embora o uso de métodos naturais não seja tão generalizado hoje em dia, até uma ou duas gerações atrás, ou ainda hoje nos lugares mais remotos do país, quase todos os lares possuíam suas caixas de ervas para o tratamento das doenças domésticas.

Durante os últimos quatro ou cinco séculos existiram na Inglaterra diversos livros sobre Terapia com Ervas, sendo o livro de um autor chamado Nicholas Culpepper, escrito há trezentos anos, um dos mais famosos.

Este livro ainda pode ser encontrado em muitos lares das Ilhas Britânicas onde, além de ser estudado, é considerado como um item de grande valor e embora contenha informação sobre mais de 300 ervas, o que significa muito estudo, representa a crença viva de que muitos podem se aventurar no seu estudo, e vir a dominá-lo, tornando-se capazes de tratar a maioria das suas doenças.

Durante a história humana existiram épocas em que as doenças eram tratadas com sucesso praticamente só com ervas e outras épocas em que esta arte de curar notável e natural foi esquecida. Atualmente vivemos em um destes períodos de esquecimento, mas o poder do método da Natureza é tanto que ele

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certamente voltará ao nosso convívio.

Em tempos remotos quando um grande país desaparecia grande parte do seu conhecimento se perdia com ele, mas atualmente, quando as descobertas quase que instantaneamente se tornam universais, existe a esperança de que as bênçãos que nos forem dadas se espalharão pelo mundo, na medida em que sejam redescobertas, sendo preservadas de modo seguro em algum outro país. As ervas mencionadas nesta conferência, embora descobertas recentemente, já eram amplamente utilizadas em muitas partes do mundo.

Capa de uma das primeiras edições do livro de

Culpepper, que continua a ser publicado até hoje com o

nome de “Culpepper’s Herbal”. Ele foi um pioneiro da

medicina que defendia a idéia de que a saúde das

pessoas não poderia ser subordinada a um governo ou a

uma categoria profissional.

Com certeza nas épocas em que as ervas

apropriadas eram conhecidas e utilizadas, curas admiráveis devem ter sido corriqueiras e as pessoas destas eras deviam ter muita fé nelas. Se isto não fosse verdade a fama, a fé e a confiança nas ervas medicinais não teriam sobrevivido ao nascimento e queda de impérios, permanecendo continuamente nas mentes das pessoas por centenas e até milhares de anos.

Curar com os puros e simples agentes da Natureza certamente é o método, dentre os vários existentes, que mais encanta a maioria das pessoas e lá no fundo do

nosso ser interior existe algo a respeito disto que soa verdadeiro, algo que nos diz que este é o modo da Natureza e que ele é correto.

Procuramos confiantes na Natureza todos os recursos necessários para nos mantermos vivos como o ar, a luz, o alimento, a água e assim por diante. Não é plausível, portanto, que neste grande esquema que provê tudo que necessitamos, a cura das nossas doenças e aflições tivessem sido esquecidas.

Verificamos, portanto, que o tratamento com ervas existe desde o tempo mais antigo conhecido, que ele continuou por todos estes séculos, tanto no uso como na fama, e que em muitas fases de nossa história ele foi o principal e até mesmo o único método de cura.

O sistema do qual vamos falar nesta noite tem grandes vantagens sobre outros sistemas:

1- Todos os remédios são feitos a partir de belas flores, plantas e árvores da Natureza, não sendo nenhuma delas venenosa e nenhuma delas pode causar qualquer dano, não importando o quanto seja ingerido.

2- São somente 38 remédios, o que significa que é mais fácil encontrar a erva a ser administrada, do que se existissem um grande número delas.

3- O método para a escolha do remédio a ser administrado é simples o suficiente para ser compreendido pela maioria das pessoas.

4- As curas obtidas com estas ervas tem sido tão notáveis que ultrapassaram todas as expectativas, tanto daqueles que utilizam este método, como dos pacientes que se beneficiam com seu uso.

Estas ervas obtiveram êxito repetidas vezes onde todos os outros tratamentos falharam.

E agora , após dar a vocês uma ideia de quão

antigo e célebre é o Método de Curar os que sofrem através das ervas, vamos adiante para o motivo principal da conferência desta noite.

São dois os principais objetivos desta conferência:

1- Descrever para vocês um novo método de cura pelas ervas.

2- Reduzir tanto, o quanto seja possível, qualquer medo de doenças, que qualquer um de vocês tenha.

Embora poucos anos tenham se passado desde a descoberta destas 38 ervas medicinais, que são o tema desta conferência, neste curto espaço de tempo ficou provado que elas têm um admirável poder de curar. As provas têm sido obtidas não somente na Inglaterra, ou em países da Europa, mas em terras tão distantes como a Índia, Austrália, Nova Zelândia, América e outros.

Os pontos importantes sobre o tratamento com estas ervas são:

11 A Conferência de Wallingford

1- Que os remédios são feitos de bonitas flores e plantas da Natureza; que nenhuma delas é nociva e que não podem causar dano algum.

2- Que mesmo sem conhecimento médico é tão fácil compreender a sua utilização que os remédios podem ser usados no âmbito doméstico.

Pense um minuto no que isto significa. Existem pessoas em quase todas as cidades e vilarejos que desejam, em maior ou menor grau, serem capazes de ajudar nas doenças, serem capazes de aliviar os que sofrem e curar os que estão doentes, mas que por circunstâncias diversas foram impedidos de se tornarem profissionais de saúde e que sentem que não conseguiram realizar este desejo ou esta missão. Estas ervas colocam em suas mãos o poder de curar seus familiares, amigos e todos à sua volta.

Além das suas ocupações rotineiras, eles serão capazes de fazer muitas coisas boas no seu tempo livre, como muitos já estão fazendo atualmente. E existem alguns que desistiram dos seus empregos para se dedicarem inteiramente a esta forma de curar. Isto significa que as pessoas que sempre tiveram um ideal, ou o sonho de aliviar os que sofrem, agora têm a possibilidade de torná-lo realidade, seja no âmbito doméstico ou em uma escala mais ampla.

Repito, para gravar em vocês a ideia de que não é preciso conhecimento científico ao tratar com estas ervas – nem mesmo o nome do distúrbio ou doença é necessário. Não é a doença que importa – é o paciente. Não é o que o paciente tem. Não é a aquilo que chamamos de doença a coisa mais importante a ser tratada, porque a mesma doença pode causar diferentes resultados em diferentes pessoas.

Se os efeitos fossem sempre iguais em todas as pessoas seria fácil saber qual é o nome da doença, mas não é assim que acontece e esta é a razão porque a ciência médica, com frequência, encontra enorme dificuldade em dar o nome específico da doença que o paciente apresenta. Não é a doença que é importante, é o paciente, é o modo como ele ou ela é afetado que é o nosso guia fiel para a cura.

Na vida, cada um de nós tem características que são só nossas. Isto se deve aos nossos gostos, aversões, às nossas ideias, pensamentos, desejos, ambições, o modo como tratamos os outros e por aí em diante.

Vejam que estas não são características do corpo, são características da mente e a mente é a nossa parte mais sensível e delicada. Portanto nós podemos imaginar que a mente com seus vários estados emocionais será a primeira a manifestar os sintomas de uma doença, e sendo tão sensível, será na doença um

guia mais confiável do que o corpo.

As mudanças em nossa mente nos guiarão de forma clara até os remédios que necessitamos, enquanto o corpo pode nos mostrar apenas alterações insignificantes.

Agora vamos dirigir nossa atenção para os diferentes modos em que uma enfermidade específica pode afetar um indivíduo.

Nós sabemos que a mesma doença pode nos afetar de modos totalmente diferentes. Se Tommy contrai sarampo, ele pode ficar irritável, Sissy pode ficar quieta e sonolenta, Johnny deseja ser mimado, o pequeno Pedro se torna nervoso e amedrontado, Bobbie deseja ficar sozinho e por aí vai.

Se a doença tem tantos aspectos diferentes, certamente não tem utilidade tratar somente a doença. Será melhor tratar Tommy, Sissy, Johnny, Peter e Bobby fazendo com que cada um deles se recupere e adeus sarampo.

O mais importante aspecto a ser gravado em suas mentes é que o Guia para a cura não é o sarampo, mas o modo como o pequenino é afetado. O estado emocional do pequenino é o indicador mais sensível para sabermos o que aquele paciente em particular necessita.

E assim como o estado emocional nos guia para o tratamento na doença, ele também pode nos avisar que uma enfermidade está a caminho e permitir que o ataque seja abortado.

O pequeno Tommy volta da escola para casa com um cansaço incomum, ou sonolento, ou irritável, ou querendo falar muito, ou talvez desejando ficar sozinho e por aí em diante. Dizemos então que ele não é o mesmo de sempre. Vizinhos simpáticos se aproximam e dizem que “Tommy está iniciando alguma doença, você terá que esperar!” Mas porque esperar? Se Tommy for tratado de acordo com seu estado emocional, poderá rapidamente voltar a ser ele mesmo e a doença que o ameaçava poderá não ocorrer, ou se ocorrer, vir de uma forma leve que mal pode ser percebida.

Isto acontece com qualquer um de nós. Antes de quase todas as enfermidades geralmente existe um momento em que não estamos em nosso estado natural, em que nos sentimos um pouco pra baixo. Este é o momento ideal para agirmos, tratando nossos problemas de saúde, ficando em forma e impedindo que o problema siga adiante.

A prevenção é melhor que a cura e estes remédios nos auxiliam a manter a saúde de um modo maravilhoso, nos protegendo do ataque de coisas desagradáveis.

Estes são alguns aspectos dos estágios precoces das doenças. Agora vamos pensar naqueles que já estão doentes há algum tempo, ou mesmo há um longo tempo.

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Nesta situação também existem motivos para termos esperança de conseguir um benefício, seja uma melhora ou uma recuperação. Nunca deixe alguém perder a esperança de se recuperar.

Também não permita que qualquer pessoa fique amedrontada com o nome dado a qualquer doença, afinal de contas o que existe em um nome? Não existe nenhuma doença que seja incurável por si mesma. Podemos afirmar isto porque algumas pessoas que sofriam de enfermidades, cujos nomes eram os mais temidos e assustadores, conseguiram se recuperar. Se estes pacientes conseguiram, outros também podem conseguir. Em algumas ocasiões se gasta menos tempo curando uma doença terrível em algumas pessoas do que curando doenças consideradas simples em outras. Isto depende mais do indivíduo do que da doença.

E os mesmos princípios que regem o tratamento das doenças agudas e leves, ou daquelas que ameaçam acontecer, se aplicam também nas doenças demoradas. Porque nas doenças que existem por um longo tempo nós continuamos a ter nossas características pessoais, nossos desejos, esperanças, ideias, gostos e aversões e tudo mais.

Tudo que precisamos fazer é observar como o paciente está sendo afetado pela doença, se existe depressão, pouca esperança de se recuperar, medo de piorar, irritabilidade, desejo de companhia, desejo de ficar quieto ou sozinho e assim por diante e escolher o remédio ou os remédios adequados aos diferentes estados emocionais.

E aqui também ocorre algo maravilhoso, pois se conseguirmos fazer com que o paciente seja novamente o mesmo de sempre, como ocorre nas doenças que ameaçam acontecer, a doença não ocorrerá. Portanto nos casos que estão evoluindo há um longo tempo, quando os vários estados emocionais tais como depressão, medo, etc, desaparecem, o paciente melhora por si mesmo, eles ficam mais parecidos com eles mesmos e com isto a doença, não importa qual seja, vai embora também.

Existe, entretanto uma outra classe de pessoas bem diferente. São aquelas pessoas que não estão realmente doentes no sentido exato da palavra, embora sempre esteja ocorrendo alguma coisa errada com elas, talvez não muito grave, mas que pode fazer com que em alguns momentos a sua vida se torne um fardo pesado, um sofrimento, e que ficariam muito gratas se fossem libertadas dos seus males. A maioria delas já tentou vários métodos para se livrarem dos seus males, mas não conseguiram encontrar uma cura.

Neste grupo existem os que têm cefaleias frequentes, outros estão sujeitos a várias gripes fortes por ano, alguns sofrem de bronquite, ou reumatismos, ou

indigestão, ou fadiga ocular, ou asma, ou pequenos problemas cardiológicos, insônia e muitas outras condições, não importando quais sejam.

É uma alegria ser capaz de aliviar estas pessoas, cuja expectativa quase sempre era de suportarem suas enfermidades por toda a vida, especialmente aqueles que temiam que os sintomas piorassem com o avanço da idade. Estes casos podem ser curados e frequentemente os benefícios surgem logo após o início do tratamento.

E finalmente, mais uma classe: pessoas que estão bem, fortes e sadias, mas que mesmo assim tem seus problemas.

Pessoas que sentem que o seu trabalho ou lazer se tornam mais difíceis devido a coisas como ansiedade excessiva para fazer as coisas corretas; ou que são excessivamente entusiasmadas se cansando e se desgastando; ou aqueles que temem o fracasso, imaginando serem menos inteligentes que os outros; ou aqueles que não conseguem decidir o que querem; os que têm medo de que alguma coisa ocorra com seus entes queridos, que estão sempre esperando pelo pior, mesmo que não exista nenhuma razão; aqueles que estão sempre estão ativos e inquietos e que parecem nunca ter paz; aqueles que são muito sensíveis, tímidos ou nervosos e muitos outros com problemas semelhantes. Todas estas situações, embora não possam ser chamadas de doenças, causam infelicidade e ansiedade, mas todas elas podem ser corrigidas acrescentando felicidade à vida.

Portanto, estamos vendo como a planta adequada ao tratamento é poderosa, não só para nos manter fortes e nos proteger das doenças, não só para abortar uma doença que ameaça ocorrer, não só para nos aliviar e nos curar quando estamos adoentados ou aflitos, mas até mesmo para trazer paz, felicidade e alegria para nossas vidas, mesmo quando aparentemente não existe nada de errado com a nossa saúde.

É preciso deixar completamente estabelecido que se você estiver um pouco pra baixo, ou diferente do seu normal, ou tentando prevenir uma doença, seja ela breve ou demorada, o princípio é sempre o mesmo, TRATE O PACIENTE. Trate o paciente de acordo com seu estado emocional, seu temperamento, sua individualidade e você jamais errará.

Pense novamente na alegria que isto traz para qualquer pessoa que anseie ser capaz de fazer alguma coisa pelos que estão doentes, que quer ajudar até mesmo aqueles que nada mais têm a receber da ciência médica. Este método terapêutico dá a estas pessoas a possibilidade de serem curadores entre os seus semelhantes.

13 A Conferência de Wallingford

E mais uma vez, pense na diferente perspectiva que este método traz para as nossas vidas, a perda do medo e o aumento da esperança.

Este trabalho de cura tem sido feito, publicado e distribuído livremente para que pessoas como vocês possam se ajudar, seja na doença ou somente para continuarem sadias e fortes. Não é necessário nenhum conhecimento científico, somente um pouco de conhecimento, solidariedade e compreensão da natureza humana, o que é comum a muitos de nós.

OS REMÉDIOS

Não há tempo suficiente nesta noite para lhes dar um perfil dos 38 remédios, mas isto não é necessário porque compreendendo como são usados três ou quatro deles vocês assimilarão o princípio que se aplica a todos eles.

Portanto vamos considerar os remédios que são usados nos casos de MEDO. Não importa se o medo for causado por um acidente, doença súbita, doença demorada ou mesmo nas pessoas que estão com saúde. Se o medo estiver presente, um dos remédios para medo deve ser dado.

Rock Rose

É claro que pode ser necessária a utilização simultânea de outros remédios, já que outras condições podem estar presentes e neste caso outros remédios serão acrescentados dependendo do caso.

O medo é muito frequente numa forma ou noutra, não somente nos doentes, mas também nas pessoas sadias. Mas qualquer que seja o tipo de medo, os remédios descritos a seguir nos auxiliarão a nos livrarmos deste grande fardo que chamamos medo.

Existem cinco tipos de medos e, portanto, existem cinco remédios, um para cada tipo.

O primeiro é usado quando o medo é intenso, beirando o terror ou o pânico, seja no paciente ou nas

pessoas próximas, como por exemplo, quando a situação do paciente é muito grave. Pode ser um caso de doença súbita ou um acidente, mas sempre que existir uma grande emergência ou um grande perigo, dê o remédio adequado a esta situação, feito a partir de uma pequena planta chamada Rock Rose.

A Rock Rose é uma planta linda com flores amarelas brilhantes, que cresce nas encostas onde o solo costuma ser rochoso ou com muitas pedras. Existe uma variedade cultivada que pode ser encontrada em jardins pedregosos, embora seja melhor, para fins terapêuticos, usar a planta que cresce na Natureza.

Resultados maravilhosos têm sido obtidos com este remédio e muitos casos alarmantes melhoram em minutos ou algumas horas após sua administração.

As Notas-Chave deste remédio são: pânico, terror, grande emergência ou perigo.

Mimulus

O segundo tipo de medo é mais comum: é o que ocorre no dia a dia.

O medo comum atinge muitos de nós, pode ser medo de acidentes, medo de doenças, medo de uma doença piorar, medo do escuro, de ficar sozinho, de ladrões, ou do fogo, da pobreza, de animais, de outras pessoas e assim por diante.

O remédio para este tipo de medo é uma bonita planta chamada Mimulus, um pouco parecida com a Musk, que cresce ao longo das margens dos riachos de água cristalina.

O terceiro tipo é o medo de coisas vagas e incompreensíveis, que não têm explicação. Como se uma coisa terrível fosse acontecer, sem que a pessoa tenha a menor ideia do que possa ser.

Todos os pavores para os quais não existe uma razão nítida, mas que são muito verdadeiros e perturbadores para os indivíduos afetados, necessitam o

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remédio chamado Aspen Tree. Esta planta traz um alívio maravilhoso para um grande número de pessoas.

O quarto tipo de medo é aquele que surge quando existe um pavor de que a mente seja submetida a um trabalho excessivo e o medo de que ela não possa suportar o esforço.

Quando surgem em nós impulsos para fazer coisas que não faríamos em nosso estado habitual pense sobre isto ou reexamine a situação por um momento.

Aspen - Flor da árvore Álamo

O remédio para esta situação vem do Cherry Plum, que cresce nas cercas vivas da região rural. Esta planta afasta as ideias errôneas e provê força mental e confiança à pessoa aflita.

E por último, o quinto tipo é o medo que sentimos por outras pessoas, especialmente nossos entes queridos.

Cherry Plum – Flor da árvore a Ameixa-Cereja

Se eles voltam para casa muito tarde, surge o pensamento de que pode ter ocorrido um acidente, se eles viajam num feriado, surge um pavor de que possa ocorrer alguma calamidade. Uma doença comum se

transforma em um sério problema de saúde e surge uma enorme ansiedade, embora a pessoa não esteja gravemente doente. Este tipo de medo faz com que as pessoas estejam sempre temendo pelo pior e sempre esperando que as piores desgraças aconteçam com elas.

O remédio feito a partir da flor do Red Chestnut, obtido a partir desta árvore tão conhecida por todos nós, remove rapidamente estes medos e nos ajuda a pensar normalmente.

Não é fácil confundir estes cinco tipos de medos, que são bem diferentes, mas embora o medo seja o estado emocional mais comum que necessita de tratamento, pode ser necessário usar mais de um remédio, ou até os cinco remédios, para neutralizar todas as variações do medo.

Red Chestnut

Entre os outros remédios que não foram citados hoje vocês encontrarão medicamentos indicados para todas as condições conhecidas. Tais como remédios para os que sofrem de incerteza, quase sempre sem saber o que querem ou o que é mais adequado para eles, alguns remédios para a solidão, outros para as pessoas extremamente sensíveis, outros para serem usados na depressão e assim por diante.

Com um esforço pequeno torna-se fácil encontrar o remédio ou remédios necessários para ajudar um paciente.

Lembre-se, o ponto importante é que, por mais espantoso que possa parecer, melhore o estado emocional, ou os estados emocionais, como descrito neste método de cura e o seu paciente melhorará.

15 Dicionário de Essências Florais

APENDICE II

Dicionário de Essências Florais

Obs: Este arquivo é o primeiro capítulo do livro “Terapêuticfa Floral por Edward Bach” e o dicionário contém somente os remédios citados neste capítulo. No livro o dicionário contém todos os 38 florais de Bach.

ASPEN: Populus tremula; Álamo Tremedor (pt), Álamo Temblón (es), Tremble (fr)

CHERRY PLUM: Prunus cerasifera, (nome atual: Prunus cerasifera myrobalan); Ameixeira dos Jardins (fruto: Ameixa Cereja), Mirabólano (pt), Ciruela Cereza, Cerasifera, Mirabólano (es), Prunus (fr)

RED CHESTNUT: AEsculus carnea; Castanheira Vermelha (pt), Castanõ Rojo (es), Marronier Rouge (fr)

ROCK ROSE*: Helianthemum vulgare, (nome atual: Helianthemum nummularium) Heliântemo (pt), Heliantemo (es), Hélianthèma (fr)