Terça (03/03): Manejo de pastagens Ferramentas do...

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24/03/2015 1 Manejo de pastagens Março de 2015 Universidade Federal de Santa Catarina Campus de Curitibanos Profa. Kelen Cristina Basso Cronograma geral Segunda (02/03): Apresentação e definição de horários do mini curso; conteúdo e expectativas do grupo Início do mini curso (Dados gerais das pastagens; ecologia do pastejo...) Terça (03/03): Ferramentas do Manejo de pastagens ; Sistemas e métodos de pastejo; Interceptação luminosa; Manejo e consumo; Manejo e VN Cálculos de divisão* Quarta (04/03): Prática no Campo: Formação de pastagens e avaliação da produção; Quinta (05/03): Prática no Campo: Formação de pastagens e avaliação da produção Cálculos e planejamento forrageiro (tarde) – Laboratório?! Sexta (06/03): Vídeo Conferência Respostas a dúvidas; análise geral do curso e proposta para novos eventos Encerramento??! Diagnóstico das pastagens no Brasil Doc 402 Embrapa Extensão territorial; atividade pioneira; histórico Recuperação; manejo; cultivares; tecnologias; genética animal Sobrevivência!!! 1 1 FAO (2009): Degradação das pastagens - Capacidade de suporte; Para cada hectare de pastagem recuperada, cerca de 3 ha poderiam, teoricamente, ser liberados para outros fins não pecuários; GEE 2

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24/03/2015

1

Manejo de pastagens

Março de 2015

Universidade Federal de Santa Catarina Campus de Curitibanos

Profa. Kelen Cristina Basso

Cronograma geral Segunda (02/03):

•Apresentação e definição de horários do mini curso; conteúdo e expectativas do grupo •Início do mini curso (Dados gerais das pastagens; ecologia do pastejo...)

Terça (03/03): •Ferramentas do Manejo de pastagens ; •Sistemas e métodos de pastejo; •Interceptação luminosa; Manejo e consumo; Manejo e VN •Cálculos de divisão*

Quarta (04/03): •Prática no Campo: Formação de pastagens e avaliação da produção;

Quinta (05/03): •Prática no Campo: Formação de pastagens e avaliação da produção •Cálculos e planejamento forrageiro (tarde) – Laboratório?!

Sexta (06/03): •Vídeo Conferência •Respostas a dúvidas; análise geral do curso e proposta para novos eventos •Encerramento??!

Diagnóstico das pastagens no Brasil Doc 402 Embrapa

• Extensão territorial; atividade pioneira; histórico

• Recuperação; manejo; cultivares; tecnologias; genética animal

• Sobrevivência!!!

1

1

FAO (2009): Degradação das pastagens - Capacidade de suporte; Para cada hectare de pastagem

recuperada, cerca de 3 ha poderiam, teoricamente, ser liberados para outros fins não pecuários;

GEE

2

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2

Atuações zootécnicas: aumento da produtividade

importantes e de impacto sobre a produção de metano

produto ou a área explorada.

Simulação:

Adaptado de Hofmann (1989)

Ruminantes se adaptam a uma

grande diversidade de ambientes

Habitats extremos, clima, estações e mudança na dieta Neve – baixas temperaturas desertos – calor pântanos – plantas subaquáticas Migração vertical e horizontal déficit de água

Girafa 800 kg

Ouribi 15 kg

Raficero 12 kg

Eland Gigante 800 kg

4 kg

Tamanho do corpo não determina a seletividade quanto às características morfo-fisiológicas do alimento

Muito seletivos Seletividade média Pouco seletivos

Antílope

Búfalo 800 kg

Resistência ao Pastejo (Mecanismo desenvolvido pelas plantas para sobreviver em

sistemas de pastejo)

Escape Redução na

probabilidade de ser pastejado

Características morfológicas

Tolerância Aumento no

crescimento após o pastejo

Compostos bioquímicos

Características morfológicas

Características fisiológicas

Adaptado de Briske (1986)

É possível criar ambiente

pastoril adequado?

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3

7,5%

10,5%

3,8%

14,7%

Objetivos com o manejo do pastejo:

• Manter a perenidade e a produtividade da planta forrageira e do animal;

• Garantir a lucratividade do sistema produtivo;

Durante o pastejo, ocorre um conflito de interesses:

ANIMAL PLANTA vs.

Consumo preferencial de folhas

Manutenção da sua área foliar

Objetivos com o manejo do pastejo:

• Evitar o subpastejo;

⇑ altura do pasto ⇑ massa de forragem ⇓ qualidade da forragem ⇑ desempenho animal seletividade ⇓ produção por área ⇓ vida útil da pastagem (????)

Pequena quantidade de animais na pastagem.

Características do pasto:

Objetivos com o manejo do pastejo:

• Evitar o sobrepastejo;

⇓ altura do pasto ⇓ massa de forragem ⇓ taxa de crescimento ⇓ produção ⇓ consumo individual < desempenho ⇓ vida útil da pastagem

Número excessivo de animais na pastagem.

Características do pasto:

LOTAÇÃO INTERMINTENTE OU CONTÍNUA Métodos de pastejo

Lotação Contínua

Os animais têm acesso irrestrito a

toda área de pastejo por um

período longo

Lotação intermitente/rotativa

A pastagem é dividida em piquetes

que são submetidos a períodos

controlados de pastejo (períodos de

ocupação) e de descanso.

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Manejo do pastejo referenciais: •Faixas de alturas de entrada e saída dos animais – lotação rotativa •Faixas de alturas de manutenção – lotação contínua (Lupinacci,2002)

QUAL É O MELHOR?????

Produção

produto animal

Utilização

(40-80%)

Recursos solo

clima planta

forragem produzida

forragem consumida

Manejo do

pastejo

Crescimento

(2-4%)

Conversão

(2-5%)

Hodgson (1990)

Influencia o crescimento da

planta

água e nutrientes fornecidos pelo solo

Produto animal

Produção animal em pastagens

Processo fotossintético das plantas (energia solar)

Biomassa produzida

Consumo (pastejo) e conversão

Pastejo seletivo Comportamento ingestivo

Controle da desfolha

Entender e controlar os processos de crescimento

e desenvolvimento que resultam na produção da

forragem a ser consumida.

Manejo do pastejo

Objetivo: % de folhas na dieta do animal

Conhecer e compreender não apenas o processo de

transformação da forragem em produto

animal.

Controle da desfolha =

Entender e controlar o consumo de forragem

Eficiência de colheita

99,5%

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CONDIÇÃO DE PRÉ-PASTEJO Eficiência de colheita

55%....80%???

(Silveira, 2010)

Pré-pastejo = 25-30 cm

Pós-pastejo = 10-15 cm

Entendimento do processo produtivo, permite o

planejamento, de forma orientada, de sistemas de

produção eficientes.

Crescimento e desenvolvimento afetam a dinâmica das plantas

forrageiras.

Diferentes respostas de acordo com as variáveis ambientais e manejo do

pastejo.

Acúmulo de forragem

Semanas

O acúmulo de forragem no começo é relativamente lento...

LOTAÇÃO INTERMINTENTE

Acúmulo de forragem

Semanas

Então acelera...

LOTAÇÃO INTERMINTENTE

Acúmulo de forragem

Semanas

Diminui novamente a medida que a

senescência aumenta igualando-se a taxa de produção forrageira,

neste ponto, a taxa de acúmulo da forragem é

zero.

LOTAÇÃO INTERMINTENTE

Ta

xa

do

s P

roc

es

so

s (

kg

ha

-1 d

ia-1

)

Crescimento

Acúmulo de

Forragem

Altura Média do Pasto (cm)

Estrutura

do Pasto

Senescência e

Morte de Tecidos

Adaptado de Hodgson (1990)

LOTAÇÃO CONTÍNUA

10 20 30 40

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B. brizantha cv. Marandu

LUPINACCI, 2002

Equilíbrio dinâmico ocorre em pastos mantidos entre 20 e 40 cm de altura.

B

A

A

A

10 20 30 40

Altura do Pasto (cm)

Linha de tendência das médias

9.500

10.500

11.500

12.500

13.500

14.500

Acúm

ulo

(kg/h

a)

Acúmulo de colmo e material morto durante a rebrotação de cultivares de Panicum maximum (Tobiatã, Tanzânia, Mombaça, Massai e Atlas) submetidos a regimes de corte (Fonte: Moreno, 2004).

0

100

200

300

400

500

600

700

0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7 0,75 0,8 0,85 0,9 0,95 1

Interceptação Luminosa

Kg

MS

/ha

Hastes

M. morto

45 55 65 75 85 95 100

Interceptação de luz do dossel (%)

Colmo

Material morto

kg M

S/h

a

700

600

500

400

300

200

100

0 3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36

Dias de rebrotação

LOTAÇÃO INTERMINTENTE

Acúmulo de colmos e material morto durante a rebrotação de cultivares de Brachiaria (Basilisk, Marandu, Xaraés, Arapoti e Capiporã) submetidos a regimes de corte (Lara, 2007).

3 6 9 12 15 18 21 24 27 30

Dias de rebrotação

LOTAÇÃO INTERMINTENTE

Figura: Intervalo médio entre pastejos em capim-Mombaça.

22 24

95

Primavera

Verão

Outono/Inverno 0

25

50

75

100

30/90

Inte

rvalo

entr

e p

ast

ejo

s (

dia

s)

CARNEVALLI, 2003

O período de descanso é determinado pela estação do ano.

Altura do resíduo/altura no pré-pastejo

Objetivos com o manejo do pastejo:

• Trabalhar na capacidade de suporte

Ganho/animal Ganho/área

Subpastejo Sobrepastejo

Amplitude

ótima

mínima ótima máxima

Taxa de lotação (animal/ha ou UA/ha)

Ga

nh

o/á

rea

(k

g/h

a)

e g

an

ho

/an

ima

l (k

g/a

n.d

ia)

Fonte: Adaptado de Mott (1960).

Ambiente pastoril adequado?

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Ambiente pastoril adequado?

- Qual o melhor capim ?

- Aguenta pisoteio ?

- Qual o teor de PB desse capim ?

- Precisa adubar ?

Perguntas que não deveriam ser feitas

Hodgson, 1990 Consumo de forragem de novilhas de corte em pastos de Brachiaria brizantha mantidos a 10, 20, 30 e 40 cm por meio de lotação contínua e taxa de lotação variável (Adaptado de Sarmento, 2003).

Comportamento ingestivo de novilhas leiteiras da raça Holandês Preto e Branco em pastos de capim-mombaça sob pastejo intermitente (rotativo) (Adaptado de Silva, 2004).

1,4

1,0

0,6

0,2

0 60 80 100 120 140

Mass

a d

o b

oca

do

(g M

S)

y = 9,054 x – 184,98

R2 = 0,81

Taxa

de b

oca

dos

(boca

dos/

min

)

40

30

20

10

0 60 80 100 120 140

y = - 0,188 x + 42,938

R2 = 0,77

4,5

3,5

2,5

1,5

60 80 100 120 140

Tem

po p

or

boca

do

(segundos)

y = 0,023 x + 0,399

R2 = 0,68

Altura do pasto (cm)

60 80 100 120 140

0,14

0,10

0,06

0,02

0

Taxa

de c

onsu

mo

(g M

S/k

g p

eso

.min

)

y = - 0,00002 x2 + 0,004 x – 0,123

R2 = 0,67

42 Pastejo ruminação Ócio

Sarmento, 2003

ATIVIDADES DURANTE UM DIA

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Tamanho do bocado de vacas da raça Jersey, pastejando Setaria

anceps, % de folhas e de caule (28 e 42 dias após adubação

nitrogenada) e diferentes doses de nitrogênio.

Stobbs, 1973

NA PRÁTICA????

Produção de forragem de capim-Mombaça (ton/ha).

Interceptação luminosa (%) Resíduo

(cm)

95 100

Média

30

26,90

24,90

25,90 a

50

17,92

20,28

19,10 b

Média

22,41

22,59 22,50

Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,10).

CARNEVALLI, 2003

Produção de forragem de capim-Mombaça (ton/ha).

Interceptação luminosa (%) Resíduo

(cm)

95 100

Média

30

26,90

24,90

25,90 a

50

17,92

20,28

19,10 b

Média

22,41

22,59 22,50

Médias na mesma coluna seguidas de mesma letra minúscula não diferem entre si (P>0,10).

CARNEVALLI, 2003

Maior produção de forragem quando o capim-Mombaça é manejado com 30 cm de resíduo pós-pastejo.

Fonte: Carnevalli (2004)

95 % IL

Capim-mombaça

folhas

senescência

Colmos

acú

mu

lo d

e c

olm

os

(cm

/p

erfilh

o.d

ia)

0

4

12

16

8

acú

mu

lo e

sen

escên

cia

d

e f

olh

as

(cm

/p

erfi

lho

.dia

)

0

50

150

200

250

100

49,3 82,9 94,3 110,3

altura do pasto (cm)

IAF

2,26 2,71 4,85 6,56

2. Controle da utilização

90 cm

Produção de lâminas foliares de capim-Tanzânia.

BARBOSA, 2004

Interceptação luminosa (%)

Resíduo 90 95 100 Média

25 9,00 b 10,56 a 8,03 c 9,21 A

50 8,36 bc 8,06 c 6,75 d 7,72 B

Média 8,68 A 9,33 A 7,39 B 8,47

Médias seguidas de mesma letra minúscula comparam efeito tratamento ao nível de probabilidade de 10% Médias seguidas de mesma letra maiúscula na linha, comparando níveis de interceptação de luz, e na coluna, comparando

resíduo, não diferem entre si (P>0,10).

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♦ ♦

Dinâmica do acúmulo de forragem durante a rebrotação do capim-Tanzânia.

95% IL

30

24

18

12

6

0

Acú

mulo

de co

lmos

(cm/p

erfilh

o)

210

180

150

120

90

60

30

0 Acú

mulo

e s

enesc

ênci

a d

e

folh

a (

cm/p

erf

ilho)

63,2 91,1 95,9 99,1 Interceptação de luz (%)

IAF 2,0 3,2 4,1 6,0

Altura do dossel (cm) 49,0 62,0 73,7 87,0

Datas (dias)

08/12 28/12 (20)

04/01 (27)

14/01 (37)

Folhas

Colmos

Senescência

BARBOSA, 2004

70 cm

52

Produção diária de leite1 (kg/vaca.dia) em pastos de capim-

elefante pastejados a 95% de IL ou 27 dias de intervalo

entre pastejos.

Altura do pasto (cm)

Resposta 100 (95% IL) 120 (27 d) Diferença

2006:

kg leite/vaca.dia 17,6 14,9 +18,1%

UA/ha 8,3 5,8 +43,1%

kg leite/ha.dia 114,0 75,0 +52,0%

2007:

kg leite/vaca.dia 13,0 11,0 +18,2%

UA/ha 9,2 6,7 +37,3%

kg leite/ha.dia 83,5 57,0 +46,5%

Fonte: Voltolini (2006) e Carareto (2007)

Produção diária de leite (kg/vaca.dia) em pastos de capim-

mombaça pastejados a 90 ou 140 cm de altura pré-pastejo.

Altura do pasto (cm)

Mês 90 140

Janeiro 15,7 12,1

Fevereiro 12,3 9,5

Média 14,0a 10,8b

Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si (P > 0,05)

Hack (2004)

0

100

200

300

400

500

600

700

25 35 50 200

680 A

500 B530 B

650 A

kg

ga

nh

o d

e p

es

o h

a-1

Ganho de peso por unidade de área (kg ha-1) de novilhos Nelore em pastos de capim-

marandu submetidos a estratégias de pastejo rotativo e doses de nitrogênio de janeiro de

2009 a março de 2010 (Fonte: Gimenes, 2010).

Altura pré-pastejo

(cm)

Dose de nitrogênio

(kg ha-1)

34% 22%

Colher, sempre, muito bem o que se produz,

pouco ou muito. Em se colhendo bem, investir

em crescimento e conversão, ou seja, adubação,

irrigação, suplementação etc..

Necessidade de conhecer o ponto de

colheita da forragem produzida!

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B. brizantha cv. Marandu

LUPINACCI, 2002

Equilíbrio dinâmico ocorre em pastos mantidos entre 20 e 40 cm de altura.

B

A

A

A

10 20 30 40

Altura do Pasto (cm)

Linha de tendência das médias

9.500

10.500

11.500

12.500

13.500

14.500

Acúm

ulo

(kg/h

a) Altura do pasto (cm)

________________________________________________________________ 10 20 30 40 ________________________________________________________________

Taxa de Lotação 9,53 7,50 6,71 4,10

(UA/ha)

Influência da altura do pasto (cm) na Taxa de Lotação (UA/na) e no ganho de peso vivo (kg/cab/ e kg/ha/ano) de novilhas em pastagem de Brachiaria brizantha sob lotação

contínua

Ganho de PV

(kg/cab) 0,15 0,65 0,90 1,18

(kg/ha/ano) 72,8 491,5 653,60 489,1

(Hodgson e Da Silva, 2002)

Implicações práticas

Planta forrageira Altura de entrada (cm) Altura de saída (cm)

Mombaça 90 30 a 50

Tanzânia Aruana

70

30

30 a 50

10 a 15

Elefante (Cameroon) 100 40 a 50

Marandu 25 10 a 15

Xaraés 30 15 a 20

Mulato 30 15 a 20

Tifton-85 25 10 a 15

Coastcross e Florakirk

30 10 a 15

Lotação rotativo:

40 a 60% da altura

de entrada

Ingredientes % MS Total

T1 T2 T3

Milho moído fino 95,4 83,8 72,2

Farelo de soja 0,0 11,6 23,2

Mineral 4,6 4,6 4,6

Composição do concentrado

PB (% MS) 8,7 13,4 18,1

Composição dos concentrados experimentais Capim elefante com 18,5% de PB

Danés (2010)

Teor de PB no concentrado

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11

Variável analisada T1

(8,7% PB) T2

(13,4% PB) T3

(18,1% PB)

Peso das vacas (kg) 467 460 458

DEL médio (dias) 171 136 176

Consumo de concentrado (kg/dia)

6,8 6,8 6,8

Leite (kg/dia) 19,5 19,2 19,6

Gordura (%) 3,53 3,47 3,43

Proteína (%) 3,22 3,26 3,35

Caseína (%) 2,59 2,61 2,67

NUL (mg/dL) 8,43c 10,45b 13,05a

Danés (2010) Médias seguidas da mesma letra minúscula nas linhas não são diferentes (P> 0.05)

Crescimento

vegetativo

Alongamento

entrenó

Alongamento

do caule

Formação da

Inflorescência

Produção de

sementes

Dinâmica do Crescimento das Plantas

(STODDART et al., 1975)

Efeito da pressão de pastejo na composição botânica e proporção

relativa de plantas palatáveis, não palatáveis e invasoras

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Planta Forrageira Altura do Pasto (cm) Referência

Entrada Saída

Mombaça 90 30 a 50 Carnevalli et al., (2006)

Tanzânia 70 30 a 50 Difante, (2005); Barbosa et al.,

(2007)

Xaraés 30 15 a 20 Pedreira, (2006)

Elefante (Cameroon) 100 40 a 50 Voltolini, (2006)

Marandu 25 10 a 15 Zeferino, (2006); Sarmento,

(2007); Souza Júnior, (2007);

Trindade, (2007)

Tifton-85 25 10 a 15 Da Silva e Corsi (2003)

Coastcross 30 10 a 15 Da Silva e Corsi (2003)

Metas de altura para entrada e saída dos animais em pastos manejados utilizando a

interceptação luminosa (IL) de 95% como parâmetro.

Fonte Forragem Critério para ID Folhas

% MS

Colmos

% MS

Senescido

% MS

Voltolini (2006) Elefante 27 dias fixos 48,0 46,0 6,0

Voltolini (2006) Elefante 95% de IL 53,0 42,0 5,0

Carareto (2007) Elefante 27 dias fixos 47,9 45,7 6,4

Carareto (2007) Elefante 95% de IL 54,3 40,9 4,8

Correia (2006) Marandu 30 dias fixos 40 36 24

Correia (2006) Marandu 21 dias fixos 34 32,7 33,3

Costa (2007) Marandu 95% de IL 56 32 12

Manejo da pastagem e composição morfológica da forragem

70

INTENSIDADE x FREQUÊNCIA DE PASTEJO

Figura - Efeitos da desfolhação leve ou intensa sobre o padrão de

crescimento de espécies forrageiras (Rodrigues & Rodrigues, 1987).

4 ciclos de pastejo

3 ciclos de pastejo

71

Teoria do forrageamento ótimo (Stephens & Krebs, 1986): os animais

tentam maximizar o consumo de energia e minimizar os gastos.

Seletividade na pastagem como um todo

1000 kg MS/ha 3000 kg MS/ha

Manejo com lotação inadequada, sobra

de pasto

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24/03/2015

13

CUSTO DE FORMAÇÃO DE PASTAGENS

Lotação nas águas, 8 vacas/ha

Formação: R$ 800,00/ha

Manutenção: 377,00 /ha

Custo anual, pastagem bem manejada, reformada a cada 10 anos,

Formação, R$ 800,00/10 anos = R$ 80,00

Manutenção: R$ 377,00

Total R$ 457,00, ou seja, R$ 1,25/ha/dia

R$ 1,25/8 vacas = R$ 0,16 vaca/dia

1 L leite R$ 0,40. Gasto 3,12 L/ha/dia, 1 ha produz 80 L/ha/dia

Produção: 200 dias, 8 vacas/ha, 10 L/vaca = 16.000 L/ha

Receita: 16.000 R$ 0,40= R$ 6.400,00

PRODUÇÃO DE LEITE/ÁGUAS

Capim Tanzânia, produção de 12 t MS/ha no período das águas (200 dias)

Manejo: Pastejo rotacionado, 35 dias de descanso e 5 de ocupação.

NP= Periodo de descanso + 1

Período de ocupação

NP= 35 + 1 = 8 piquetes

5

Áreas dos piquetes = 10.000/ 8 = 1250 m2

Cada piquete usado durante 05 dias = Área/dia = 250 m2/dia

Produção de forragem por ciclo de pastejo = 200 dias/ 40 = 5,0 ciclos

Produção de MS por ciclo = 12.000 kg MS/5,0 = 2.400 kg MS/ciclo

1 ha (10.000 m2) 2.400 kg MS

1 piquete (1250 m2) 300 kg MS/piquete

1 piquete será usado durante cinco dias = 300/ 05 dias = 60,0 kg MS/dia

Cálculos de Taxa de Lotação

Cálculos de Taxa de Lotação

Consumo de forragem

Uma vaca de 450 kg de peso vivo, consumindo 2% de MS/PV, perda no pastejo de

40%.

450 kg x 2% do PV = 9,0 kg MS/dia

Considerando as perdas no pastejo de 40%

60% 9,0 kg MS

100% X = 15 kg de MS/dia

Piquete tem a oferta de 60 kg MS/dia

15 kg MS 1 vaca

60 kg MS X = 4 vacas

Área por vaca/dia

1 piquete tem 1250 m2/ 5 dias = 250 m2/dia

Área por vaca = 250 m2/dia/ 4 vacas = 62,5 m2 vaca/dia

Considerando as perdas no pastejo de 30%

70% 9,0 kg MS

100% X = 12,85 kg de MS/dia

Piquete tem a oferta de 60 kg MS/dia

12,85 kg MS 1 vaca

60 kg MS X = 5 vacas

Área por vaca/dia

1 piquete tem 1250 m2/ 5 dias = 250 m2/dia

Área por vaca = 250 m2/dia/ 5 vacas = 50 m2 vaca/dia

Cálculos de Taxa de Lotação

Cálculos de Taxa de Lotação

Capim Elefante, produção de 15 t MS/ha no período das águas (200 dias)

Manejo: Pastejo rotacionado, 45 dias de descanso e 1 de ocupação.

NP= Periodo de descanso + 1

Período de ocupação

NP= 45 + 1 = 46 piquetes

1

Áreas dos piquetes = 10.000/ 46 = 217,4 m2

Produção de forragem por ciclo de pastejo = 200 dias/ 46= 4,3 ciclos

Produção de MS por ciclo = 15.000 kg MS/4,3 = 3.488,3 kg MS/ciclo

1 ha (10.000 m2) 3.488,3 kg MS

1 piquete (217,4 m2) 75,8 kg MS/piquete

Cálculos de Taxa de Lotação

Consumo de forragem

Uma vaca de 450 kg de peso vivo, consumindo 2% de MS/PV, perda no pastejo

de 50%.

450 kg x 2% do PV = 9,0 kg MS/dia

Considerando as perdas no pastejo

50% 9,0 kg MS

100% X = 18 kg de MS/dia

Piquete tem a oferta de 75,8 kg MS/dia

18 kg MS 1 vaca

75,8 kg MS X = 4,2 vacas

Área por vaca/dia

Área por vaca = 217,4 m2/dia/ 4,2 vacas = 51,8 m2 vaca/dia

Cálculos de Taxa de Lotação

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24/03/2015

14

Perda no pastejo de 30%.

450 kg x 2% do PV = 9,0 kg MS/dia

Considerando as perdas no pastejo

70% 9,0 kg MS

100% X = 12,85 kg de MS/dia

Piquete tem a oferta de 75,8 kg MS/dia

12,85 kg MS 1 vaca

75,8 kg MS X = 6 vacas

Área por vaca/dia

Área por vaca = 217,4 m2/dia/ 6 vacas = 36,2 m2 vaca/dia

Cálculos de Taxa de Lotação

Inverno Kg/MS/ha Produção PB/ha Altura Entrada Altura saída

Aveia 3500 a 10000 350 a 1400 30 a 35 07 a 13

Azévem 4000 a 12000 400 a 1500 20 a 25 05 a 10

Ervilhaca 2000 a 5000 250 a 900 25 a 30 10 a 15

Trevo branco 4000 a 7000 400 a 1400 25 a 30 10 a 15

Trevo vermelho 4000 a 8000 350 a 1400 25 a 30 10 a 15

Verão

Hemarthria 7000 a 20000 600 a 2200 25 a 30 05 a 10

Tifton 5000 a 25000 400 a 3300 25 a 30 05 a 10

Pioneiro 10000 a 40000 500 a 3500 80 a 100 25 a 35

Aruana 8000 a 20000 400 a 2800 35 a 50 15 a 20

Milheto 6000 a 14000 600 a 1200 50 a 70 20 a 30

Sorgo 7000 a 15000 500 a 1200 50 a 70 20 a 30

Milho - silagem 10000 a 18000 600 a 1300 30 a 35% MS

Potencial produtivo das principais espécies