TERÇA-FEIRA, 7 de setembro de 1999 CORREIO DO POVO … · Segundo o líder do PMDB na Câmara,...

1
TERÇA-FEIRA, 7 de setembro de 1999 ECONOMIA CORREIO DO POVO BUG DO MILÊNIO — O projeto RS On-Line, do Sindilojas, prossegue, nesta quinta-feira, às 19h15min, na Rua dos Andradas, 1234 – 9º andar, com du- as palestras: “Ferramentas para Produtividade e Colaboração” e “Bug do Mi- lênio – Soluções e Aspectos Gerais”. Mais informações: 228-8300. Brasília — O senador Pedro Simon, do PMDB gaúcho, criticou ontem a iniciativa do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, do PFL baiano, de fixar um prazo de três meses para que a economia, conduzida pelo minis- tro da Fazenda, Pedro Malan, co- mece a reagir. Simon entende que ACM marcou a data para uma nova crise no governo, por- que não acredita que 90 dias se- jam suficientes para o país voltar a crescer. “Como aliado, ele deve- ria ter ligado para o presidente Fernando Henrique e ter dito o que pensa, e não anunciar publicamen- te”, advertiu o senador Simon. É consenso entre os aliados governis- tas que a situação econômica atual, so- bretudo o desemprego, não pode durar muito tempo. Segundo o líder do PMDB na Câmara, de- putado Geddel Vieira Lima, da Bahia, mesmo os que priorizam a estabilidade econômica estão impacientes. “Tem que haver al- guém se empenhando também por uma política de desenvolvi- mento, sem comprometer a es- tabilidade”, afirmou. Simon diz que ACM prejudica governo Pedro Simon ESTRELA — A população de Estrela vai abraçar o prédio da Cervejaria Polar, hoje, às 11h. Com o gesto, o povo pretende sensibilizar empresá- rios e autoridades para evitar o fim da fábrica, responsável pelo emprego de 200 pessoas e pe- la geração do maior retorno de ICMS ao muni- cípio. O ato, que ocorrerá após o desfile cívico, é promovido pela Prefeitura e apoiado pela Asso- ciação Comercial e Industrial e CDL, entre ou- tras entidades. O fim da Polar é resultado da fu- são da Brahma com a Antarctica. Buenos Aires — A maior parte dos executivos das maiores companhias argentinas, cerca de 80%, acredita que o real deverá continuar caindo em re- lação ao dólar, conforme revelou uma pesquisa realizada pelo Instituto de Altos Estudios Empresariales da Universidade de Austral. Conforme esse re- latório, 7% não esperam por mudança violenta na moeda brasileira e outros 13% não souberam responder. Sobre as relações comerciais entre o Brasil e a Argentina, 21% acreditam que a Argentina deveria adotar medidas de pro- teção comercial contra o Brasil. Já 74% dos executivos entrevistados acre- ditam que seu país precisa ser firme em tais questões. Argentina não acredita no real BM — Já está funcionando, na Travessa Francisco Leonardo Truda, 40 (2º andar), a Sicredi- Mil, a cooperativa de economia e crédito mútuo dos integrantes da Brigada Militar. A SicrediMil atende em horário bancário. In- formações pelo fone 221-9768. AJE — A Associação de Jovens e Empresários de Porto Alegre rea- liza, amanhã, Reunião Sem Al- moço sobre “Licenciamento de Marcas”, com o economista Pau- lo Afonso Pereira, especialista em Estratégias para Proteção da Propriedade Industrial. Informa- ções pelo fone 226-8456. AVIPAL — O Grupo Avipal obte- ve, em 1998, uma Receita Bruta de Vendas de R$ 973 milhões. Os investimentos realizados em alimentos - proteína animal so- maram R$ 66 milhões. FEDERASUL — Amanhã, na reunião-almoço da Federasul, Abraham Kasinski, ex-presiden- te da maior indústria de autope- ças do país, a Cofap, e atual pre- sidente da Companhia Fabrica- dora de Veículos (Cofave), fará palestra sobre “A Arte de empre- ender no Brasil”. CRA/RS — Dia 10 próximo, o Conselho Regional de Adminis- tração do RS entregará o Prêmio Mérito em Administração 1999, no Salão Jacuí do Ritter Hotel. BANCOS — A partir desta quar- ta, os bancos que não cumprirem o horário das 9h às 17h serão au- tuados pela Smic. Amanhã termi- na o prazo de contestação para as instituições notificadas no pri- meiro dia da execução da lei. Econômicas Brasília — A missão do FMI chefiada pela técnica Teresa Ter-Minassian chega ao Brasil na próxima quinta-feira. O grupo irá fazer o trabalho preli- minar de levantamento dos indicadores da economia para o acompanha- mento das metas acertadas pelo governo brasileiro com o fundo para o ter- ceiro trimestre. A missão, que fica no país até o dia 17, não deverá fazer ne- nhuma revisão das metas. Até agora, o Brasil está cumprindo todas as me- tas de déficit público e das contas externas acordadas com o FMI. Porém, é quase certo que o país terá que rever a previ- são de um superávit de 1,5 bilhão de dóla- res na balança comer- cial para 99. Até agos- to, o déficit acumula- do é de 716 milhões de dólares. Outra preocupação do gover- no é com o câmbio, já que a média deveria ser de R$ 1,75 desde julho, mas a cotação está em R$ 1,90. FMI vem inspecionar as contas CP MEMÓRIA Teresa, do FMI, analisará os números da economia Indicadores Poupança 07/09.........................0,7598% 08/09..........................0,7598% TBF 03/09.........................1,3460% INPC (IBGE) julho/99..................0,74% IGPM (FGV) agosto/99...............1,56% IPC (Fipe) julho/99......................1,09% Salário mínimo ............................R$ 136,00 Ufir/UFM-POA/1999 ...................R$ 0,9770 CUB/RS setembro.......................R$ 471,72 UPF/RS .... ..................................R$ 5,5782 TR 07/08 a 07/09 ........................0,2585% TJLP ...........................................14,05% Fator para contratos até 30/06/94 (antigo idtr) 07/09 .....................................0,00962503 Fator para contratos a partir de 01/07/94 - 07/09.........2,14832756 Dólar turismo (compra).........R$ 1,87 (venda) .........R$ 1,97 Dólar comercial *(compra)....R$ 1,9020 (venda).....R$ 1,9040 Dólar comercial **(compra)...R$ 1,9051 (venda).....R$ 1,9059 Dólar paralelo (compra)........R$ 1,953 (venda) .......R$ 1,980 Ouro BM&F (grama).............R$ 15,85 Bovespa (fechamento).........0,26% (11.185) IBV Rio (fechamento)...........0,16% (39.098) *Taxa média no fechamento (mercado) **Taxa média das cotações (Ptax-BC) PANORAMA ECONÔMICO / Denise Nunes Fazenda conta com soluções em setembro Setembro é considerado um mês decisivo pelo secretário da Fazenda, Arno Augustin. Até porque em outubro entra em vigor o dispositivo do contrato de re- negociação da dívida que aumenta em 3% o comprometimento da receita em função da manutenção do Banrisul como banco público. Augustin conta com de- finições em relação a todos os pontos pendentes, desde o projeto em tramitação no Senado, que prevê novas condições para o pagamento da dívida, até o ajus- te de contas com o governo federal, o que inclui o repasse dos R$ 150 milhões à Agência de Desenvolvimento, a devolução de R$ 95 milhões perdidos com a Lei Kandir, os R$ 24 milhões devidos pelo Fundef e a autorização do Banco Central para o fechamento do contrato com o japonês Eximbank, que viabilizará 75 mi- lhões de dólares para as estradas gaúchas. “São pontos indiscutíveis, que de- pendem apenas de vontade política”, argumenta o secretário. Segundo ele, a bancada do PT no Congresso passará a trabalhar esses pontos, em apoio ao governo gaúcho. Hacker invade Pólo Quem abriu ontem a Revista Di- gital da Pólo-RS, a fim de dar sua opinião sobre os textos distribuídos na rede estadual de ensino, se depa- rou com a seguinte explicação: “A enquete dessa semana foi alvo de sa- botagem, que pretendia a alteração do resultado. Por isso está suspensa até que se investigue o fato”. Pólo invade hacker A investigação foi feita por dois especialistas que identificaram a re- de à qual pertence o sabotador, que “atacou” a revista por duas vezes no domingo, votando por 462 e 856 vo- tos, respectivamente. Em alguns momentos, com mais de dez votos por segundo. Não é a primeira vez que hackers invadem a enquete. Por que o ataque, afinal? José Cesar Martins não sabe. Embora a posição contrária aos textos dis- tribuídos pelo governo – “um salto mortal ao passado”, para o articulista Erik Camarano –, a revista garantiu o direito de resposta à secretária Lucia Cami- ni na próxima edição. Além disso, propõe o confronto de idéias: reproduz os textos do governo e os vários artigos sobre educação publicados pela Pólo. Patrocínio Telefônica Celular e Smic – por solicitação da primeira – estudam a adoção de um ponto da cidade. O in- teresse inicial – Bom Fim – pode ser deslocado para as margens do Guaí- ba. Consulta e proposta foram infor- mais. Smic aguarda resposta. Reforma em debate O deputado Germano Rigotto es- tará na Assembléia Legislativa, sex- ta-feira, discutindo a reforma tribu- tária com o Conselho Parlamentar do Sul, que reúne deputados esta- duais dos três estados da região, mais Mato Grosso do Sul. Precaução É de ver como se comportam as oposições de cada Estado. O natural é que se manifestem contra a federa- lização do ICMS. Até porque podem vir a ser governo em 2003 e, como tal, padecer da falta de autonomia tributária. Principalmente quem gosta de dar incentivos. Aridez econômica Para a FEE, apesar do crescimen- to de 2,5% na atividade econômica do RS no 2º trimestre é prematuro falar em aquecimento. Indústria me- talúrgica, por exemplo, cresceu 5,7%, mas não gerou empregos. Ponto final Sugestão do titular da Smic, Milton Pantaleão, aos clientes do Praia de Belas Shopping: guar- dem os tíquetes do estaciona- mento. A Smic não desistiu de barrar a cobrança, certa de que há espaço jurídico para tanto. Em caso de vitória, os tíque- tes serviriam para pedidos fu- turos de indenizações. A Movelsul Brasil 2000, que acontece em março, em Bento Gonçalves, está 95% comerciali- zada. É certa a presença de 336 indústrias. Feira de negócios, mesmo: menores de 16 anos não entram no evento. Contestado o argumento do presidente da Fiergs, Renan Proença, de que a União Em- presarial não possui represen- tantes da indústria e comércio. Segundo a Federasul, além das 45 mil empresas de todos os setores da economia representa- das pelas 205 associadas à fede- ração, há 20 mil lojas vinculadas à FCDL. sem falar nos 700 super- mercados, que respondem por 7% do PIB gaúcho. Outra da globalização: Em- braer contratará 500 engenhei- ros estrangeiros, alegando que o país não conta com mão-de- obra especializada. E-mail: [email protected] Brasília — Preocupados com a demora dos resultados positivos na economia, diri- gentes do PSDB marcaram, para daqui a 60 dias, uma reunião com o ministro da Fa- zenda, Pedro Malan, para avaliar o quadro econômico. O encontro foi agendado na úl- tima quarta-feira, durante o jantar com o ministro e a executiva do partido, na casa do presidente do PSDB, senador Teotônio Vilela Filho, de Alagoas. Para os tucanos, a grande incógnita são as eleições municipais do ano que vem: eles querem uma reversão dos indicadores econômicos e sociais, o mais rápido possível, e temem que isso não coincida com o prazo eleitoral. Apreensivos com a crescente insa- tisfação nos estados e a queda contínua da popularidade do governo, os líderes do PSDB disseram a Malan que estão perdendo quadros, potenciais candidatos, e que, com o fim do prazo de filiação partidária, no próximo dia 30, quem sair não poderá vol- tar mais. Tentando acalmar os ânimos, o ministro estimou que, dentro de seis a sete meses, o governo poderá mostrar indicadores favoráveis sobre suas contas externas, o crescimento econômico, a oferta de emprego e o controle da inflação. PSDB dá prazo de 60 dias para Malan ão Paulo — O executivo Alcides Tápias, escolhido o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, é considerado nos meios empre- sariais um “desenvolvimentista”, pois está sempre pensando em crescer. Quando foi vice-presidente do Bradesco, Tápias era um dos nomes mais cotados pa- ra ocupar o posto de presidente da instituição, suce- dendo Lázaro Brandão. No entanto, o nome escolhi- do por Brandão foi o de Márcio Cypriano. No Brades- co, onde permaneceu por 40 anos, Tápias também passou pela presi- dência da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban). Deixou o Bradesco em 96 e, logo em seguida, assumiu a presidência do Grupo Camargo Corrêa. Tápias já havia sido indicado para ocupar o cargo de ministro do Desenvolvimen- to no mês de julho, durante a refor- ma ministerial, mas, na época, agra- deceu o convite. O presidente do Conselho Federal de Economia, Antônio de Corrêa de Lacerda, considera positiva a escolha de Tápias para o ministério. “Ele é um executivo que tem experiência acumulada não só no setor financei- ro como no setor produtivo.” Por con- ta desse passado, Lacerda acredita que o novo ministro tenha uma visão sistêmica da economia brasileira e possa contribuir muito para a implementação de uma política de desenvolvimento. Quanto à possível incompatibilidade entre quem vai ocupar a pasta do Desenvolvimento e o titular da Fazenda, Pedro Ma- lan, na visão de Lacerda, não existe contraposição entre a estabilidade e o desenvolvimento. “Precisa- mos garantir a estabilidade e criar as condições para o desenvolvimento”, ressalta. Para o deputado Delfim Netto (PPB-SP), a indica- ção foi boa. “Ele tem grande experiência empresarial. Vai enriquecer o governo com sua experiência. Traba- lhou na área financeira durante anos, no tempo em que banco ainda emprestava dinheiro, e, agora, esta- va à frente de um grande grupo empresarial do país.” Segundo Delfim, Tápias “tem muito a dar ao Brasil”. A escolha não agradou a oposição. O presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP), avalia que a solução foi apenas uma forma de o governo “resol- ver o problema” e encerrar logo a po- lêmica, a fim de evitar mais desgas- te. Dirceu acredita que o ministério perdeu a razão de ser, uma vez que a economia brasileira ficará “trava- da”, sem possibilidade de estimular a produção, enquanto a dívida bra- sileira não for renegociada. “O Mi- nistério do Desenvolvimento terá uma função apenas decorativa.” O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, con- corda com Dirceu. “Ele vai entrar para fazer o que o governo quer. O outro (Clóvis Carvalho) saiu porque falou a verdade. O governo não iria fazer a burrice de colocar alguém que não fizesse o que ele quer”, ana- lisa Vicentinho. “Não mudou quan- do trocou o ministério; não é trocan- do um ministro que vai mudar algu- ma coisa no Brasil”, afirmou. Escolha de Tápias recebe apoio Novo ministro é considerado ‘desenvolvimentista’ nos meios empresariais e deve harmonizar com Malan S AE / CP Filosofia do novo ministro é crescer sempre, mas todos acham que ele vai se dar bem com Malan Brasília — O ministro da Fazen- da, Pedro Malan, conseguiu remover Clóvis Carvalho do Ministério do De- senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, mas não fez o su- cessor. O escolhido, Alci- des Tápias, é da cota pes- soal do presidente Fernan- do Henrique Cardoso, que rejeitou sugestões de Ma- lan e do presidente do Ban- co Central, Armínio Fraga. Segundo assessores do Planalto, a opção de Fer- nando Henrique deixa cla- ro que ele quer um ministro que não cause desgastes a Malan, mas que mantenha autonomia em relação à equipe econômica. “A expectativa é de que Tápias brigue pelo desenvol- vimento, com sua experiência na área privada, mas não seja partidá- rio de nenhum grupo de dentro do governo”, disse um asses- sor do presidente. Malan, o intermediário do convite a Tápias, foi ou- vido previamente por Fer- nando Henrique sobre a opção. “O Malan aceitou, mas não foi ele quem suge- riu o nome”, afirmou outro colaborador do Planalto. O ministro da Fazenda de- fendia uma opção acadêmica para o cargo, tendo indicado os professores da PUC do Rio de Janeiro, Dionísio Carneiro e Marcelo Paiva Abreu. FHC decide e rejeita sugestões Pedro Malan

Transcript of TERÇA-FEIRA, 7 de setembro de 1999 CORREIO DO POVO … · Segundo o líder do PMDB na Câmara,...

TERÇA-FEIRA, 7 de setembro de 1999 ECONOMIA CORREIO DO POVO

BUG DO MILÊNIO — O projeto RS On-Line, do Sindilojas, prossegue, nestaquinta-feira, às 19h15min, na Rua dos Andradas, 1234 – 9º andar, com du-as palestras: “Ferramentas para Produtividade e Colaboração” e “Bug do Mi-lênio – Soluções e Aspectos Gerais”. Mais informações: 228-8300.

Brasília — O senador Pedro Simon, doPMDB gaúcho, criticou ontem a iniciativado presidente do Senado, Antonio CarlosMagalhães, do PFL baiano, de fixar umprazo de três meses para que aeconomia, conduzida pelo minis-tro da Fazenda, Pedro Malan, co-mece a reagir. Simon entendeque ACM marcou a data parauma nova crise no governo, por-que não acredita que 90 dias se-jam suficientes para o país voltara crescer. “Como aliado, ele deve-ria ter ligado para o presidenteFernando Henrique e ter dito o

que pensa, e não anunciar publicamen-te”, advertiu o senador Simon.

É consenso entre os aliados governis-tas que a situação econômica atual, so-

bretudo o desemprego, não podedurar muito tempo. Segundo olíder do PMDB na Câmara, de-putado Geddel Vieira Lima, daBahia, mesmo os que priorizama estabilidade econômica estãoimpacientes. “Tem que haver al-guém se empenhando tambémpor uma política de desenvolvi-mento, sem comprometer a es-tabilidade”, afirmou.

Simon diz que ACM prejudica governo

Pedro Simon

ESTRELA — A população de Estrela vai abraçaro prédio da Cervejaria Polar, hoje, às 11h. Como gesto, o povo pretende sensibilizar empresá-rios e autoridades para evitar o fim da fábrica,responsável pelo emprego de 200 pessoas e pe-la geração do maior retorno de ICMS ao muni-cípio. O ato, que ocorrerá após o desfile cívico, épromovido pela Prefeitura e apoiado pela Asso-ciação Comercial e Industrial e CDL, entre ou-tras entidades. O fim da Polar é resultado da fu-são da Brahma com a Antarctica.

Buenos Aires — A maior parte dos executivos das maiores companhiasargentinas, cerca de 80%, acredita que o real deverá continuar caindo em re-lação ao dólar, conforme revelou uma pesquisa realizada pelo Instituto deAltos Estudios Empresariales da Universidade de Austral. Conforme esse re-latório, 7% não esperam por mudança violenta na moeda brasileira e outros13% não souberam responder. Sobre as relações comerciais entre o Brasil ea Argentina, 21% acreditam que a Argentina deveria adotar medidas de pro-teção comercial contra o Brasil. Já 74% dos executivos entrevistados acre-ditam que seu país precisa ser firme em tais questões.

Argentina não acredita no real

BM — Já está funcionando, naTravessa Francisco LeonardoTruda, 40 (2º andar), a Sicredi-Mil, a cooperativa de economia ecrédito mútuo dos integrantesda Brigada Militar. A SicrediMilatende em horário bancário. In-formações pelo fone 221-9768. AJE — A Associação de Jovens eEmpresários de Porto Alegre rea-liza, amanhã, Reunião Sem Al-moço sobre “Licenciamento deMarcas”, com o economista Pau-lo Afonso Pereira, especialistaem Estratégias para Proteção daPropriedade Industrial. Informa-ções pelo fone 226-8456.AVIPAL — O Grupo Avipal obte-ve, em 1998, uma Receita Brutade Vendas de R$ 973 milhões.Os investimentos realizados emalimentos - proteína animal so-maram R$ 66 milhões. FEDERASUL — Amanhã, nareunião-almoço da Federasul,Abraham Kasinski, ex-presiden-te da maior indústria de autope-ças do país, a Cofap, e atual pre-sidente da Companhia Fabrica-dora de Veículos (Cofave), farápalestra sobre “A Arte de empre-ender no Brasil”. CRA/RS — Dia 10 próximo, oConselho Regional de Adminis-tração do RS entregará o PrêmioMérito em Administração 1999,no Salão Jacuí do Ritter Hotel. BANCOS — A partir desta quar-ta, os bancos que não cumpriremo horário das 9h às 17h serão au-tuados pela Smic. Amanhã termi-na o prazo de contestação para asinstituições notificadas no pri-meiro dia da execução da lei.

Econômicas

Brasília — A missão do FMI chefiada pela técnica Teresa Ter-Minassianchega ao Brasil na próxima quinta-feira. O grupo irá fazer o trabalho preli-minar de levantamento dos indicadores da economia para o acompanha-mento das metas acertadas pelo governo brasileiro com o fundo para o ter-ceiro trimestre. A missão, que fica no país até o dia 17, não deverá fazer ne-nhuma revisão das metas. Até agora, o Brasil está cumprindo todas as me-tas de déficit público e das contas externas acordadas com o FMI. Porém, équase certo que o paísterá que rever a previ-são de um superávitde 1,5 bilhão de dóla-res na balança comer-cial para 99. Até agos-to, o déficit acumula-do é de 716 milhõesde dólares. Outrapreocupação do gover-no é com o câmbio, jáque a média deveriaser de R$ 1,75 desdejulho, mas a cotaçãoestá em R$ 1,90.

FMI vem inspecionar as contas

CP MEMÓRIA

Teresa, do FMI, analisará os números da economia

Indicadores

Poupança 07/09.........................0,7598%08/09..........................0,7598%

TBF 03/09.........................1,3460%INPC (IBGE) julho/99..................0,74%IGPM (FGV) agosto/99 ...............1,56%IPC (Fipe) julho/99 ......................1,09%Salário mínimo ............................R$ 136,00Ufir/UFM-POA/1999 ...................R$ 0,9770CUB/RS setembro.......................R$ 471,72UPF/RS .... ..................................R$ 5,5782TR 07/08 a 07/09 ........................0,2585%TJLP ...........................................14,05%Fator para contratosaté 30/06/94 (antigo idtr)

07/09 .....................................0,00962503Fator para contratos a partir de 01/07/94 - 07/09.........2,14832756

Dólar turismo (compra).........R$ 1,87 (venda) .........R$ 1,97

Dólar comercial *(compra)....R$ 1,9020(venda).....R$ 1,9040

Dólar comercial **(compra)...R$ 1,9051(venda).....R$ 1,9059

Dólar paralelo (compra)........R$ 1,953(venda) .......R$ 1,980

Ouro BM&F (grama).............R$ 15,85 Bovespa (fechamento).........0,26% (11.185)IBV Rio (fechamento)...........0,16% (39.098)*Taxa média no fechamento (mercado)**Taxa média das cotações (Ptax-BC)

PANORAMA ECONÔMICO / Denise Nunes

Fazenda conta com soluções em setembro Setembro é considerado um mês decisivo pelo secretário da Fazenda, Arno

Augustin. Até porque em outubro entra em vigor o dispositivo do contrato de re-negociação da dívida que aumenta em 3% o comprometimento da receita emfunção da manutenção do Banrisul como banco público. Augustin conta com de-finições em relação a todos os pontos pendentes, desde o projeto em tramitaçãono Senado, que prevê novas condições para o pagamento da dívida, até o ajus-te de contas com o governo federal, o que inclui o repasse dos R$ 150 milhões àAgência de Desenvolvimento, a devolução de R$ 95 milhões perdidos com a LeiKandir, os R$ 24 milhões devidos pelo Fundef e a autorização do Banco Centralpara o fechamento do contrato com o japonês Eximbank, que viabilizará 75 mi-lhões de dólares para as estradas gaúchas. “São pontos indiscutíveis, que de-pendem apenas de vontade política”, argumenta o secretário. Segundo ele, abancada do PT no Congresso passará a trabalhar esses pontos, em apoio aogoverno gaúcho.

Hacker invade Pólo Quem abriu ontem a Revista Di-

gital da Pólo-RS, a fim de dar suaopinião sobre os textos distribuídosna rede estadual de ensino, se depa-rou com a seguinte explicação: “Aenquete dessa semana foi alvo de sa-botagem, que pretendia a alteraçãodo resultado. Por isso está suspensaaté que se investigue o fato”.

Pólo invade hacker A investigação foi feita por dois

especialistas que identificaram a re-de à qual pertence o sabotador, que“atacou” a revista por duas vezes nodomingo, votando por 462 e 856 vo-tos, respectivamente. Em algunsmomentos, com mais de dez votospor segundo. Não é a primeira vezque hackers invadem a enquete.

Por que o ataque, afinal?José Cesar Martins não sabe. Embora a posição contrária aos textos dis-

tribuídos pelo governo – “um salto mortal ao passado”, para o articulista ErikCamarano –, a revista garantiu o direito de resposta à secretária Lucia Cami-ni na próxima edição. Além disso, propõe o confronto de idéias: reproduz ostextos do governo e os vários artigos sobre educação publicados pela Pólo.

PatrocínioTelefônica Celular e Smic – por

solicitação da primeira – estudam aadoção de um ponto da cidade. O in-teresse inicial – Bom Fim – pode serdeslocado para as margens do Guaí-ba. Consulta e proposta foram infor-mais. Smic aguarda resposta.

Reforma em debateO deputado Germano Rigotto es-

tará na Assembléia Legislativa, sex-ta-feira, discutindo a reforma tribu-tária com o Conselho Parlamentardo Sul, que reúne deputados esta-duais dos três estados da região,mais Mato Grosso do Sul.

PrecauçãoÉ de ver como se comportam as

oposições de cada Estado. O naturalé que se manifestem contra a federa-lização do ICMS. Até porque podemvir a ser governo em 2003 e, comotal, padecer da falta de autonomiatributária. Principalmente quemgosta de dar incentivos.

Aridez econômica Para a FEE, apesar do crescimen-

to de 2,5% na atividade econômicado RS no 2º trimestre é prematurofalar em aquecimento. Indústria me-talúrgica, por exemplo, cresceu5,7%, mas não gerou empregos.

Ponto finalSugestão do titular da Smic,

Milton Pantaleão, aos clientes doPraia de Belas Shopping: guar-dem os tíquetes do estaciona-mento. A Smic não desistiu debarrar a cobrança, certa de quehá espaço jurídico para tanto.

Em caso de vitória, os tíque-tes serviriam para pedidos fu-turos de indenizações.

A Movelsul Brasil 2000, queacontece em março, em BentoGonçalves, está 95% comerciali-zada. É certa a presença de 336indústrias. Feira de negócios,mesmo: menores de 16 anos nãoentram no evento.

Contestado o argumento dopresidente da Fiergs, RenanProença, de que a União Em-presarial não possui represen-tantes da indústria e comércio.

Segundo a Federasul, alémdas 45 mil empresas de todos ossetores da economia representa-das pelas 205 associadas à fede-ração, há 20 mil lojas vinculadasà FCDL. sem falar nos 700 super-mercados, que respondem por7% do PIB gaúcho.

Outra da globalização: Em-braer contratará 500 engenhei-ros estrangeiros, alegando queo país não conta com mão-de-obra especializada.

E-mail: [email protected]

Brasília — Preocupados com a demora dos resultados positivos na economia, diri-gentes do PSDB marcaram, para daqui a 60 dias, uma reunião com o ministro da Fa-zenda, Pedro Malan, para avaliar o quadro econômico. O encontro foi agendado na úl-tima quarta-feira, durante o jantar com o ministro e a executiva do partido, na casa dopresidente do PSDB, senador Teotônio Vilela Filho, de Alagoas.

Para os tucanos, a grande incógnita são as eleições municipais do ano que vem: elesquerem uma reversão dos indicadores econômicos e sociais, o mais rápido possível, etemem que isso não coincida com o prazo eleitoral. Apreensivos com a crescente insa-tisfação nos estados e a queda contínua da popularidade do governo, os líderes doPSDB disseram a Malan que estão perdendo quadros, potenciais candidatos, e que,com o fim do prazo de filiação partidária, no próximo dia 30, quem sair não poderá vol-tar mais. Tentando acalmar os ânimos, o ministro estimou que, dentro de seis a setemeses, o governo poderá mostrar indicadores favoráveis sobre suas contas externas, ocrescimento econômico, a oferta de emprego e o controle da inflação.

PSDB dá prazo de 60 dias para Malan

ão Paulo — O executivo Alcides Tápias, escolhidoo novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior, é considerado nos meios empre-sariais um “desenvolvimentista”, pois está semprepensando em crescer. Quando foi vice-presidente doBradesco, Tápias era um dos nomes mais cotados pa-ra ocupar o posto de presidente da instituição, suce-dendo Lázaro Brandão. No entanto, o nome escolhi-do por Brandão foi o de Márcio Cypriano. No Brades-co, onde permaneceu por 40 anos,Tápias também passou pela presi-dência da Federação Brasileira dasAssociações de Bancos (Febraban).Deixou o Bradesco em 96 e, logo emseguida, assumiu a presidência doGrupo Camargo Corrêa. Tápias jáhavia sido indicado para ocupar ocargo de ministro do Desenvolvimen-to no mês de julho, durante a refor-ma ministerial, mas, na época, agra-deceu o convite.

O presidente do Conselho Federalde Economia, Antônio de Corrêa deLacerda, considera positiva a escolhade Tápias para o ministério. “Ele éum executivo que tem experiênciaacumulada não só no setor financei-ro como no setor produtivo.” Por con-ta desse passado, Lacerda acreditaque o novo ministro tenha uma visãosistêmica da economia brasileira e

possa contribuir muito para a implementação deuma política de desenvolvimento. Quanto à possívelincompatibilidade entre quem vai ocupar a pasta doDesenvolvimento e o titular da Fazenda, Pedro Ma-lan, na visão de Lacerda, não existe contraposiçãoentre a estabilidade e o desenvolvimento. “Precisa-mos garantir a estabilidade e criar as condições parao desenvolvimento”, ressalta.

Para o deputado Delfim Netto (PPB-SP), a indica-

ção foi boa. “Ele tem grande experiência empresarial.Vai enriquecer o governo com sua experiência. Traba-lhou na área financeira durante anos, no tempo emque banco ainda emprestava dinheiro, e, agora, esta-va à frente de um grande grupo empresarial do país.”Segundo Delfim, Tápias “tem muito a dar ao Brasil”.

A escolha não agradou a oposição. O presidentenacional do PT, deputado José Dirceu (SP), avalia quea solução foi apenas uma forma de o governo “resol-

ver o problema” e encerrar logo a po-lêmica, a fim de evitar mais desgas-te. Dirceu acredita que o ministérioperdeu a razão de ser, uma vez quea economia brasileira ficará “trava-da”, sem possibilidade de estimulara produção, enquanto a dívida bra-sileira não for renegociada. “O Mi-nistério do Desenvolvimento teráuma função apenas decorativa.”

O presidente da CUT, VicentePaulo da Silva, o Vicentinho, con-corda com Dirceu. “Ele vai entrarpara fazer o que o governo quer. Ooutro (Clóvis Carvalho) saiu porquefalou a verdade. O governo não iriafazer a burrice de colocar alguémque não fizesse o que ele quer”, ana-lisa Vicentinho. “Não mudou quan-do trocou o ministério; não é trocan-do um ministro que vai mudar algu-ma coisa no Brasil”, afirmou.

Escolha de Tápias recebe apoioNovo ministro é considerado ‘desenvolvimentista’ nos meios empresariais e deve harmonizar com Malan

S

AE / CP

Filosofia do novo ministro é crescer sempre, mas todos acham que ele vai se dar bem com Malan

Brasília — O ministro da Fazen-da, Pedro Malan, conseguiu removerClóvis Carvalho do Ministério do De-senvolvimento, Indústria e ComércioExterior, mas não fez o su-cessor. O escolhido, Alci-des Tápias, é da cota pes-soal do presidente Fernan-do Henrique Cardoso, querejeitou sugestões de Ma-lan e do presidente do Ban-co Central, Armínio Fraga.

Segundo assessores doPlanalto, a opção de Fer-nando Henrique deixa cla-ro que ele quer um ministro que nãocause desgastes a Malan, mas quemantenha autonomia em relação àequipe econômica. “A expectativa é

de que Tápias brigue pelo desenvol-vimento, com sua experiência naárea privada, mas não seja partidá-rio de nenhum grupo de dentro do

governo”, disse um asses-sor do presidente.

Malan, o intermediáriodo convite a Tápias, foi ou-vido previamente por Fer-nando Henrique sobre aopção. “O Malan aceitou,mas não foi ele quem suge-riu o nome”, afirmou outrocolaborador do Planalto. Oministro da Fazenda de-

fendia uma opção acadêmica para ocargo, tendo indicado os professoresda PUC do Rio de Janeiro, DionísioCarneiro e Marcelo Paiva Abreu.

FHC decide e rejeita sugestões

Pedro Malan