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    O Livro dos EspritosParte Terceira Captulo 6

    Lei de destruioDestruio necessria e destruio abusiva Flagelos

    destruidores Guerras Assassinato Crueldade Duelo Pena de morte

    Destruio necessria e destruio abusiva

    72 ! destruio " u#a lei natural$

    preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar. quec!amais destruio " apenas trans#ormao que tem por ob$etivo arenovao e o mel!oramento dos seres vivos.

    72 a O instinto de destruio teria sido dado aos seres vivos pordes%nios providenciais$

    As criaturas so os instrumentos de que Deus se serve para atingir os

    seus ob$etivos. Para se alimentarem% os seres vivos se destroem entre sicom um duplo ob$etivo& manter o equil'brio na reproduo% que poderiatornar(se e)cessiva% e mel!or utili*ao dos restos do corpo. +assomente o corpo " destru'do% porque " apenas o acess,rio% e no aparte essencial. princ'pio inteligente " indestrut'vel e se elabora nasdi#erentes metamor#oses-que so#re.

    72& 'e a destruio " necessria para a re%enerao dos seres(por )ue a nature*a os cerca co# #eios de preservao e deconservao$

    Para que a destruio no ocorra antes do tempo preciso. odadestruio antecipada di#iculta o desenvolvimento do princ'piointeligente/ " por isso que Deus deu a cada ser a necessidade de viver ede se reprodu*ir.

    7+, -#a ve* )ue a #orte deve nos condu*ir a u#a vida #el.or()ue nos livra dos #ales desta( e( por isso( #ais deveria ser

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    dese/ada do )ue te#ida( por )ue o .o#e# te# u# .orrorinstintivo )ue o 0a* te#1la$

    0 dissemos% o !omem deve procurar prolongar a vida para cumprirsua tare#a/ eis por que Deus l!e deu o instinto de conservao% que o

    sustenta nas provas/ sem isso% muitas ve*es se dei)aria levar pelodesencora$amento. A vo* secreta que o #a* temer a morte l!e di* queainda pode #a*er alguma coisa para seu adiantamento. 1uando umperigo o ameaa% " uma advert2ncia para que aproveite o tempo e amorada que Deus l!e concede. +as% ingrato3 4ende mais ve*es graas 5sua estrela do que ao seu Criador.

    7+3 Por )ue( ao lado dos #eios de conservao( a nature*acolocou ao #es#o te#po os a%entes destruidores$

    rem"dio ao lado do mal% $ dissemos% " para manter o equil'brio eservir de contrapeso.

    7+2 ! necessidade de destruio " a #es#a e# todos os#undos$

    proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos e cessaquando os estados #'sico e moral esto mais depurados. 6os mundosmais avanados as condi7es de e)ist2ncia so completamentedi#erentes.

    7++ ! necessidade da destruio e4istir se#pre entre os.o#ens na Terra$

    A necessidade de destruio diminui e se redu* entre os !omens 5medida que o 8sp'rito se sobrep7e 5 mat"ria/ " por isso que se constatao !orror 5 destruio crescer com o desenvolvimento intelectual emoral.

    7+5 E# seu estado atual( o .o#e# te# direito ili#itado dedestruio sobre os ani#ais$

    8sse direito " regido pela necessidade de prover a sua alimentao esegurana. abuso nunca #oi um direito.

    7+ O )ue pensar da destruio )ue ultrapassa os li#ites dasnecessidades e da se%urana$ Da caa( por e4e#plo( )uando te#por ob/etivo apenas o pra*er de destruir se# utilidade$

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    Predomin9ncia dos maus instintos sobre a nature*a espiritual. odadestruio que ultrapassa os limites da necessidade " uma violao dalei de Deus. s animais destroem apenas de acordo com suasnecessidades/ mas o !omem% que tem o livre(arb'trio% destr,i semnecessidade/ ele dever prestar contas do abuso da liberdade que l!e

    #oi concedida% porque cede aos maus instintos.

    7+6 Os povos )ue so #uito escrupulosos co# relao destruio dos ani#ais t1# u# #"rito particular$

    um e)cesso% mesmo sendo um sentimento louvvel em si mesmo/se se torna abusivo% seu m"rito " neutrali*ado pelos abusos de outrasesp"cies. : entre eles mais medo supersticioso do que a verdadeirabondade.

    8la%elos destruidores7+7 Co# )ue ob/etivo os 0la%elos destruidores atin%e# a.u#anidade$

    Para #a*2(la progredir mais depressa. 6o dissemos que a destruio "necessria para a regenerao moral dos 8sp'ritos% que adquirem emcada nova e)ist2ncia um novo grau de per#eio; preciso ver oob$etivo para apreciar os resultados dele.

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    Portanto% os so#rimentos que sentis por alguns meses ou alguns dias noso nada% so um ensinamento para v,s e serviro no #uturo. s8sp'ritos% que pree)istem e sobrevivem a tudo% comp7em o mundo real.=

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    im% em parte% embora no como se pensa geralmente. +uitos dos#lagelos so a conseq2ncia de sua imprevid2ncia/ 5 medida que adquirecon!ecimentos e e)peri2ncia% pode preveni(los se souber procurar suascausas. Por"m% entre os males que a#ligem a !umanidade% ! os decarter geral% que esto nos decretos da Provid2ncia% e dos quais cada

    indiv'duo sente mais ou menos a repercusso. obre esses males% o!omem pode apenas se resignar 5 vontade de Deus/ e ainda essesmales so% muitas ve*es% agravados pela sua neglig2ncia.

    "ntre os flagelos destruidores, naturais e independentes do homem, preciso colocar na primeira linha a peste, a fome, as inunda#es, asintempries fatais $ produo da terra. %as o homem encontrou nacincia, nos trabalhos de arte, no aperfeioamento da agricultura, narotatividade das culturas e nas irriga#es, no estudo das condi#eshiginicas, os meios de neutrali&ar ou de pelo menos atenuar osdesastres. 'lgumas regi#es, antigamente assoladas por terr!veisflagelos, no esto preservadas ho(e) Que no far*, portanto, o homempelo seu bemestar material quando souber aproveitar todos osrecursos de sua inteligncia e quando, aos cuidados de sua conservaopessoal, souber aliar o sentimento da verdadeira caridade por seussemelhantes)=E>.@

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    755 a 'e a %uerra deve ter co#o e0eito condu*ir liberdade(co#o se e4plica )ue ten.a( #uitas ve*es( por ob/etivo eresultado a escravido$

    8scravido temporria para abater os povos% a #im de #a*2(los

    progredir mais rpido.

    75 O )ue pensar da)uele )ue provoca a %uerra e# seuproveito$

    8sse " o verdadeiro culpado e precisar de muitas reencarna7es parae)piar todas as mortes que causou% porque responder por todo !omemcu$a morte ten!a causado para satis#a*er 5 sua ambio.

    !ssassinato

    756 O assassinato " u# cri#e aos ol.os de Deus$

    im% um grande crime/ porque aquele que tira a vida de seusemel!ante corta uma vida de e)piao ou de misso% e a' est o mal.

    757 O assassinato te# se#pre o #es#o %rau de culpabilidade$

    0 o dissemos& Deus " $usto% $ulga mais a inteno do que o #ato.

    75 Perante Deus . /usti0icativa no assassinato e# caso de

    le%ti#a de0esa$

    omente a necessidade pode desculp(lo. +as se o agredido podepreservar sua vida sem atentar contra a do agressor% deve #a*2(lo.

    75& O .o#e# " culpado pelos assassinatos )ue co#ete durantea %uerra$

    6o% quando constrangido pela #ora% embora se$a culpado pelascrueldades que comete. sentimento de !umanidade com que seportou ser levado em conta.

    7, =ual " #ais culpado diante da lei de Deus( a)uele )ue #atau# pai ou a)uele )ue #ata u#a criana$

    Ambos o so igualmente% porque todo crime " crime.

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    73 Co#o se e4plica )ue al%uns povos( / avanados do ponto devista intelectual( #ate# crianas e isso se/a dos costu#es econsa%rado pela le%islao$

    desenvolvimento intelectual no pressup7e a necessidade do bem/

    um 8sp'rito uperior em intelig2ncia pode ser mau. aquele que viveumuito sem se mel!orar& apenas sabe.

    Crueldade

    72 Podese li%ar o senti#ento de crueldade ao instinto dedestruio$

    o instinto de destruio no que ! de pior. e a destruio "% 5sve*es% uma necessidade% a crueldade nunca "/ " sempre o resultado de

    uma nature*a m.7+ Co#o se e4plica )ue a crueldade se/a a caractersticapredo#inante dos povos pri#itivos$

    8ntre os povos primitivos% como os c!amais% a mat"ria preponderasobre o 8sp'rito/ eles se abandonam aos instintos brbaros e% como not2m outras necessidades al"m da vida corporal% pensam somente emsua conservao pessoal% e " isso que os torna geralmente cru"is. Al"mdo mais% os povos cu$o desenvolvimento " imper#eito esto sob odom'nio de 8sp'ritos igualmente imper#eitos que l!es so simpticos% at"

    que povos mais avanados ven!am destruir ou en#raquecer essain#lu2ncia.

    75 ! crueldade no ve# da aus1ncia do senso #oral$

    Diremos mel!or% que o senso moral no est desenvolvido% mas noque este$a ausente% porque ele e)iste% como princ'pio% em todos os!omens/ " esse senso moral que os #a* mais tarde serem bons e!umanos. 8le e)iste% portanto% no selvagem% mas est como o princ'piodo per#ume est no germe da #lor antes de desabroc!ar.

    +odas as faculdades eistem no homem em condio rudimentar oulatente. "las se desenvolvem conforme as circunst-ncias lhes so maisou menos favor*veis. desenvolvimento ecessivo de uma fa& cessarou neutrali&a o das outras. ' superecitao dos instintos materiaissufoca, por assim di&er, o senso moral, como o desenvolvimento dosenso moral enfraquece, pouco a pouco, as faculdades puramenteselvagens.

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    7 Co#o se e4plica e4istire#( no seio da civili*ao #aisavanada( seres al%u#as ve*es to cru"is )uanto os selva%ens$

    8)atamente como numa rvore carregada de bons #rutos ! os queainda no amadureceram% no atingiram o pleno desenvolvimento. o%

    se o quiserdes% selvagens que t2m da civili*ao apenas o !bito% lobose)traviados no meio de ovel!as. 8sp'ritos de ordem in#erior e muitoatrasados podem encarnar em meio a !omens avanados na esperanade avanarem/ mas% sendo a prova muito pesada% a nature*a primitivaos domina.

    76 ! sociedade dos .o#ens de be# estar u# dia livre dos#al0eitores$

    A !umanidade progride/ esses !omens dominados pelo instinto do malque se ac!am deslocados entre as pessoas de bem desaparecero poucoa pouco% como o mau gro " separado do bom depois de selecionado.8nto renascero sob um outro corpo e% como tero mais e)peri2ncia%compreendero mel!or o bem e o mal. endes um e)emplo disso nasplantas e nos animais que o !omem conseguiu aper#eioar e nos quaisdesenvolveu qualidades novas. Pois bem3 somente depois de muitasgera7es que o aper#eioamento se torna completo. a imagem dasdi#erentes e)ist2ncias do !omem.

    Duelo

    77 O duelo pode ser considerado co#o le%ti#a de0esa$

    6o/ " um assassinato e um costume absurdo% digno de brbaros.Com uma civili*ao mais adiantada e morali*ada% o !omemcompreender que o duelo " to rid'culo quanto os combates que seconsideraram antigamente como o $u'*o de Deus.

    7 O duelo pode ser considerado co#o u# assassinato porparte da)uele )ue( con.ecendo sua pr>pria 0ra)ue*a( est )uasecerto de )ue vai #orrer$

    um suicida.

    7 a E )uando as probabilidades so i%uais( " u# assassinatoou u# suicdio$

    Ambos.

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    "m todos os casos, mesmo naqueles em que as probabilidades soiguais, o duelista culpado, primeiramente, porque ele atenta friamentee de prop/sito deliberado contra a vida de seu semelhante, e depoisporque ep#e sua pr/pria vida inutilmente e sem proveito paraningum.

    7& =ual " o valor do )ue se c.a#a ponto de .onra e# #at"riade duelo$

    rgul!o e vaidade& duas c!agas da !umanidade.

    7& a 9as no . casos e# )ue a .onra se encontraverdadeira#ente o0endida e u# recuo seria covardia$

    sso depende dos costumes e dos usos/ cada pa's e cada s"culo temsobre isso uma viso di#erente/ quando os !omens #orem mel!ores emais adiantados em moral compreendero que o verdadeiro ponto de!onra est acima das pai)7es terrenas e no " nem matando nemdei)ando(se matar que se repara um erro.

    0* mais grande&a e verdadeira honra em se confessar culpado,quando errou, ou em perdoar, quando se tem ra&o e, em todos oscasos, em despre&ar os insultos, que no o podem atingir.

    Pena de #orte

    76, ! pena de #orte desaparecer u# dia da le%islao.u#ana$

    A pena de morte desaparecer incontestavelmente e sua supressomarcar um progresso na !umanidade. 1uando os !omens estiveremmais esclarecidos% a pena de morte ser completamente abolida daerra% os !omens no tero mais necessidade de serem $ulgados pelos!omens. Falo de um tempo que ainda est muito distante de v,s.

    progresso social deia, sem dvida, ainda muito a dese(ar, mas

    seria in(usto com a sociedade atual se no se reconhecesse umprogresso nas restri#es feitas $ pena de morte entre os povos maisavanados e quanto $ nature&a dos crimes aos quais se limita a suaaplicao. Se compararmos as garantias com que a (ustia, entre essesmesmos povos, se empenha para cercar o acusado e a formahumanit*ria com que o trata, ainda mesmo que se(a reconhecidamenteculpado, com o que se praticava nos tempos que ainda no esto muito

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    distantes, no se pode negar o avano no caminho progressivo em quemarcha a humanidade.

    763 ! lei de conservao asse%ura ao .o#e# o direito depreservar sua pr>pria vida: no usa desse direito )uando eli#ina

    da sociedade u# #e#bro peri%oso$

    : outros meios de se preservar do perigo sem precisar matar. necessrio% alis% abrir ao criminoso a porta do arrependimento% e no#ec!(la.

    762 'e a pena de #orte pode ser banida das sociedadescivili*adas( no 0oi u#a necessidade nas "pocas #enosavanadas$

    6ecessidade no " bem a palavra. !omem ac!a sempre uma coisa

    necessria quando no encontra $usti#icativa mel!or/ mas% 5 medida quese esclarece% compreende mais acertadamente o que " $usto ou in$ustoe repudia os e)cessos cometidos nos tempos de ignor9ncia% em nome da$ustia.

    76+ ! restrio dos casos e# )ue se aplica a pena de #orte " u#indcio de pro%resso na civili*ao$

    Podeis duvidar disso;

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    seus semel!antes estar numa posio em que ele mesmo so#rer o quetiver causado. 8sse " o sentido dessas palavras de 0esus% que tamb"mdisse& IPerdoai aos vossos inimigosJ% e ensinou a pedir a Deus paraperdoar vossas o#ensas como v,s mesmos tiverdes perdoado%ou se$a%na mesma proporo em que perdoardes. Deveis compreender bem

    isso.

    76 O )ue pensar da pena de #orte aplicada e# no#e de Deus$

    tomar o lugar de Deus na $ustia. s que agem assim esto longede compreender Deus e ainda t2m muito a e)piar. A pena de morte "tamb"m um crime quando aplicada em nome de Deus% e os que aordenam so responsveis por assassinato.

    1. 9eta#or0ose& mudana ou troca de #orma. rans#ormao%modi#icao% alterao =6. 8.@.

    2. Pena de talio& punio imposta na Antiguidade% pela qual sevingava o delito in#ligindo ao delinqente o mesmo dano ou malque ele praticara =6. 8.@.