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ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL DIRETORIA DE SANEAMENTO E MEIO AMBIENTE Página 1 de 45 TERMO DE REFERENCIA ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PMGIRS 1. PROJETO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL 2. DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 3. ANÁLISE DE POSSIBILIDADES DE GESTÃO ASSOCIADA 4. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PMGIRS 5. PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PMGIRS INTRODUÇÃO Este Termo de Referência visa, através da contratação de empresa de consultoria, a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS, ficando a consultora, responsável pela elaboração dos itens descritos neste documento, nos termos previstos na Lei nº 12.305/2010 e no seu Decreto Regulamentador nº 7404/2010. O PMGIRS é parte de um processo que objetiva provocar uma gradual mudança de atitudes e hábitos na sociedade catarinense cujo foco vai desde a geração até a destinação final dos resíduos. Portanto, o Plano vai além da finalização de um documento, pois corresponde a todo um processo que parte da elaboração, implementação, acompanhamento e vai até a sua revisão. As peculiaridades locais e regionais e, principalmente, a capacidade de articulação dos agentes e gestores envolvidos definirão a abrangência do plano de gestão - se regional ou municipal. O Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Estado de Santa Catarina, disponível na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável / Diretoria de Saneamento e Meio Ambiente, deverá ser utilizado para auxiliar na elaboração da Meta 2 Diagnóstico dos Resíduos Sólidos e da Meta 3 – Análise de Possibilidades de Gestão Associada, sendo que este estudo apresenta informações que complementarão o diagnóstico e auxiliará na gestão associada, para a formação de consórcios públicos na respectiva região proposta. ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO PARTICIPATIVO O processo de elaboração do PMGIRS deve basear-se na participação social e organização institucional do processo participativo, e à caracterização dos resíduos sólidos. Quanto ao processo participativo, ressalta-se a criação do Comitê Diretor Local, formado por representantes dos principais órgãos municipais, e do Grupo de Sustentação, organismo político de participação social composto por representantes do setor público e da sociedade organizada, para atuar no processo de discussão, formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos. Comitê Diretor Local: A prefeitura deverá nomear no mínimo 5 (cinco) representantes (gestores ou técnicos) dos principais órgãos municipais envolvidos no tema (secretarias de meio ambiente, agricultura, obras, saúde, financeira e outras). O Comitê deverá: Acompanhar e cooperar no processo de

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TERMO DE REFERENCIA

ELABORAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DERESÍDUOS SÓLIDOS – PMGIRS

1. PROJETO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL2. DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS3. ANÁLISE DE POSSIBILIDADES DE GESTÃO ASSOCIADA4. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PMGIRS5. PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PMGIRS

INTRODUÇÃO

Este Termo de Referência visa, através da contratação de empresa deconsultoria, a elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de ResíduosSólidos – PMGIRS, ficando a consultora, responsável pela elaboração dositens descritos neste documento, nos termos previstos na Lei nº 12.305/2010 eno seu Decreto Regulamentador nº 7404/2010.

O PMGIRS é parte de um processo que objetiva provocar uma gradualmudança de atitudes e hábitos na sociedade catarinense cujo foco vai desde ageração até a destinação final dos resíduos. Portanto, o Plano vai além dafinalização de um documento, pois corresponde a todo um processo que parteda elaboração, implementação, acompanhamento e vai até a sua revisão.

As peculiaridades locais e regionais e, principalmente, a capacidade dearticulação dos agentes e gestores envolvidos definirão a abrangência do planode gestão - se regional ou municipal.

O Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidosdo Estado de Santa Catarina, disponível na Secretaria de Estado doDesenvolvimento Econômico Sustentável / Diretoria de Saneamento e MeioAmbiente, deverá ser utilizado para auxiliar na elaboração da Meta 2 –Diagnóstico dos Resíduos Sólidos e da Meta 3 – Análise de Possibilidades deGestão Associada, sendo que este estudo apresenta informações quecomplementarão o diagnóstico e auxiliará na gestão associada, para aformação de consórcios públicos na respectiva região proposta.

ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO PARTICIPATIVO

O processo de elaboração do PMGIRS deve basear-se na participaçãosocial e organização institucional do processo participativo, e à caracterizaçãodos resíduos sólidos. Quanto ao processo participativo, ressalta-se a criaçãodo Comitê Diretor Local, formado por representantes dos principais órgãosmunicipais, e do Grupo de Sustentação, organismo político de participaçãosocial composto por representantes do setor público e da sociedadeorganizada, para atuar no processo de discussão, formulação, implementaçãoe avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos.

Comitê Diretor Local: A prefeitura deverá nomear no mínimo 5 (cinco)representantes (gestores ou técnicos) dos principais órgãos municipaisenvolvidos no tema (secretarias de meio ambiente, agricultura, obras, saúde,financeira e outras). O Comitê deverá: Acompanhar e cooperar no processo de

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mobilização social; deliberar sobre estratégias e mecanismos que assegurem aimplantação do plano; propor e garantir locais para realização das reuniõestécnicas e audiências públicas; sugerir alternativas sobre o ponto de vista local;validar os conteúdos técnicos que serão apresentados nas audiências públicas;participar das audiências públicas.

Grupo de Sustentação: O Grupo de Sustentação será o fórumresponsável por garantir o debate e o engajamento de todos os segmentosrelacionados com a gestão de resíduos sólidos ao longo do processoparticipativo nas audiências públicas, e por ajudar na consolidação doPMGIRS.

A consultora contratada deverá formar, com auxílio do Comitê DiretorLocal, o Grupo de Sustentação, sendo este o organismo político departicipação nas audiências públicas, indicando e listando representantes dosetor público, setor privado e da sociedade organizada; instituições de âmbitoestadual, regional e local. Deverão ser considerados todos os que estãoenvolvidos de alguma forma com o tema (exemplos: representantes dosConselhos de Meio Ambiente, de Saúde, de Saneamento Básico e deDesenvolvimento Urbano; representantes de organizações da sociedade civilcomo entidades profissionais, sindicais, empresariais, movimentos sociais eONGs, comunidade acadêmica e convidados de modo geral). Na listagem dosintegrantes do Grupo de Sustentação deverão constar seus respectivoscontatos (nome completo, entidade, município, e-mail e telefone).

Reuniões de TrabalhoSerão realizadas reuniões periódicas, devendo ser a primeira na mesma

data da assinatura do contrato, entre a consultora contratada e o ComitêDiretor Local. Esta reunião inicial servirá para dar encaminhamento do estudoproposto, apresentação do plano de trabalho e conhecimento das equipes.

As demais reuniões entre a consultora contratada e Comitê Diretor Localserão realizadas conforme a demanda apresentada e/ou solicitada peloComitê.

OficinasDeverão ocorrer Oficinas com o Comitê Diretor Local antecedendo as

audiências públicas, para apresentação e discussão de propostas,apresentação de dados obtidos na fase de diagnóstico, discussão sobrealternativas estudadas, avaliação e definição do modelo de gestão e manejo deresíduos sólidos, validação dos produtos, apresentação da proposta finalconsolidada, entre outras ações. Após a realização de cada Oficina deverá serelaborado pela consultora relatório descrevendo a metodologia adotada,registro por meio de ata, lista de presença, lista de contribuições dosparticipantes com as respectivas análises e considerações, e identificação doscoordenadores das Oficinas.

Segue tabela demonstrando as Oficinas previstas:

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Meta Etapa Descrição da Oficina1 1.2. Oficina sobre o Projeto de Mobilização Social e Legislação2 2.16. Oficina de Apresentação do Diagnóstico3 3.2. Oficina da Análise de Possibilidades de Gestão Associada4 4.4. Oficina do PMGIRS5 5.3. Oficina sobre Implementação e Divulgação do PMGIRS

Audiências PúblicasO conteúdo técnico das audiências públicas deverão ser apresentados

para o Comitê Diretor Local, com no mínimo 10 (dez) dias de antecedência dadata da audiência.

A divulgação, os convites, a estruturação, a organização, a condução, alogística, a apresentação e defesa dos conteúdos técnicos, a sistematização eelaboração de relatórios e funcionamento dos eventos serão de inteiraresponsabilidade da consultora.

As audiências previstas deverão ser estruturadas com no mínimo osseguintes itens:

- Apresentação do conteúdo técnico;- Divulgação e envio de convites com mínimo 10 (dez) dias de

antecedência;- Carga horária mínima de 4 horas;- Local com capacidade mínima para 50 participantes;- Material: microcomputador; projetor multimídia; equipamento de áudio

completo (microfones e alto-falantes quando necessário);- Lista de presença (nome, instituição, telefone e e-mail);- Recurso humano: dois técnicos da consultora, aptos a apresentarem os

conteúdos técnicos, instalarem e operarem os equipamentos previstos eorganizar o local.

Segue tabela demonstrando as Audiências Públicas previstas:

Meta Etapa Produto Descrição da Audiência2 2.17 4 Validação do Diagnóstico

3 3.3 6 Validação da Análise de Possibilidades de GestãoAssociada

4 4.5 8 Validação PMGIRS

Relatórios Técnicos das Audiências – RT AudiênciasApós a realização de cada audiência deverá ser elaborado pela

consultora relatório descrevendo a metodologia adotada, os pontos fracos efortes de cada evento, registro por meio de ata, lista de presença, memorialfotográfico, lista de contribuições dos participantes com as respectivas análisese considerações, e identificação dos coordenadores das audiências.

META 1 - MOBILIZAÇÃO SOCIAL / CONSTRUÇÃO DE PORTAL WEB

1.1.Construção de Portal WebA Consultora deverá construir Portal Web para atender o

desenvolvimento dos PMGIRS de todos os municípios participantes, com afinalidade de servir como um dos meios para a mobilização social dosenvolvidos na elaboração do Plano.

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Assim, o Portal deverá ser o principal meio de divulgação do andamentodos Planos e de seus eventos, bem como instrumento para disponibilizaçãodos conteúdos produzidos durante a elaboração dos mesmos, cumprindo afunção de difusão das informações para a sociedade e para os técnicosenvolvidos nesta área.

Como requisito fundamental, deverá atender a publicação dinâmica doconteúdo, que deverá ser organizado em categorias que também poderão sercriadas dinamicamente. Para isto, o sistema deverá ser composto pelo Portal,que apresentará o conteúdo aos internautas, e pelo Gerenciador de Conteúdo,módulo restrito e também disponibilizado na Web que possibilitará aoadministrador do portal efetuar todos os cadastros e configurações necessáriaspara carga do conteúdo dinâmico.

A área administrativa deverá ser de fácil operação, de modo que osadministradores possam atualizar o conteúdo de forma rápida e prática.

1.1.1 Descrição das funcionalidades a serem implementadasNeste item, estão descritas as funções que precisam ser integralmente

criadas no sistema:Notícias

A Página Inicial do Portal deverá apresentar uma seção paraapresentação das 5 (cinco) notícias mais recentes, apresentando oTítulo, a parte inicial do Texto da Notícia, a miniatura da Imagemprincipal da notícia e o link para visualização integral da Notícia.

Deve constar no Menu Principal um link para acesso a listagem de todasas Notícias já publicadas.

O Gerenciador de Conteúdo deve possibilitar a inclusão, edição eremoção (integral) da notícia, através de um editor HTML, de forma apossibilitar a formatação do texto a ser exibido.

Fórum de Discussão O portal deverá conter uma área destinada ao Fórum de Discussão dos

PMGIRS, onde visitantes bem como colaboradores do Plano poderãoincluir tópicos contendo Assunto e Texto, que só serão efetivamentepublicados caso aprovados pelo moderador do Portal.

Em cada tópico, poderá ser incluso vários comentários (respostas) porqualquer visitante do portal, que só serão efetivamente publicados casoaprovados pelo administrador do Portal.

Biblioteca O Gerenciador de Conteúdo deverá permitir a inclusão de documentos,

onde o administrador do site informará uma descrição, uma categoria eescolherá um arquivo no diretório de seu computador para Upload.

O portal deverá possuir uma área destinada a listagem dos documentosexistentes na Biblioteca, separados e organizados por categorias.Apenas os documentos no formato Portable Document Format (PDF)serão apresentados imediatamente no navegador web. Os outros tiposde documentos devem ser acessados através de Download.

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Informações de Contato O portal deverá conter uma área destinada a exibir o endereço, telefone

e e-mail para contato com as equipes responsáveis pela execução dosPMGIRS.

Junto com as informações de contato deverá conter um formuláriocontendo os campos Assunto, Texto e e-mail. As mensagenssubmetidas pelos visitantes através deste formulário deverão serencaminhadas a um endereço de e-mail configurado pelo administradordo Portal no Gerenciador de Conteúdo.

1.1.2 Requisitos não funcionais

TecnologiasO portal deverá ser concebido para disponibilização através de um servidor

web de código aberto, a citar: Apache Web Server Nignx Servidores Ruby/Rails (Thin, Mongrel, Puma) Servidores Java (TomCat, Jetty)

Todas as funcionalidades a serem desenvolvidas deverão ser compatíveis comos padrões abertos de desenvolvimento de software para web, a citar:

HTML; Java; JSP; Javascript; CSS; PostgreSQL.; PHP; RUBY; Mysql;

É imprescindível também que todas as funções do Portal funcionemperfeitamente nas versões mais recentes dos navegadores Internet Explorer, GoogleChrome, Mozilla Firefox e Safari.

Será permitida a utilização de Frameworks ou Sistemas CMS (ContentManagement Systems) de terceiros, desde que os mesmos sejam disponibilizadossobre licenças de código aberto que não incidam em custo adicional de licenciamentode software.

Disponibilização do ambiente de HomologaçãoA consultora será responsável em prover um ambiente de internet para a

homologação do Portal, composto pelo provedor que hospedará o software e umdomínio criado especificamente para o Portal do PMGIRS.

A contratada deverá garantir a operabilidade do ambiente de homologaçãodurante o período de 24 (vinte e quatro) meses a partir da entrega do Produto 2 (item5). Devendo custear a hospedagem nestes 24 (vinte e quatro) meses.

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1.1.3 Etapas da execução

Arquitetura e ProtótiposDefinir a infra-estrutura tecnológica envolvida no sistema, sua interação com omundo externo e a forma como o sistema deve ser construído. Para esta etapadeverá ser elaborado:• Documento de arquitetura inicial;• Protótipo não funcional das telas do Portal;

ImplementaçãoDesenvolver o código do sistema, conforme documentos gerados nas etapasanteriores. Para esta etapa deverá ser elaborado:• Código fonte do sistema;• Versão final do sistema disponibilizada em ambiente Web parahomologação.

1.2.Projeto de Mobilização Social - PMSO Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PMGIRS

requer a elaboração de um modelo de planejamento participativo, sendo que acolaboração dos representantes dos setores envolvidos com o tema e dasociedade em geral deve ocorrer ao longo de todo o período de elaboração doPlano.

A consultora deverá elaborar Projeto de Mobilização Social – PMSdefinindo a metodologia, mecanismos e procedimentos que permitamsensibilizar o maior número de representantes dos setores envolvidos para otrabalho, mobilizando-os para contribuir e se corresponsabilizar com oprocesso.

O conhecimento pleno das informações é uma das condições principaispara proporcionar a participação social. Para tanto, a consultora deverá prevermecanismos de disponibilização, repasse e facilitação do acesso eentendimento das informações para que a sociedade possa contribuir e fazersuas escolhas durante a elaboração do PMGIRS.

A participação da população não se limita, entretanto, à obtenção deinformações. É parte do exercício da cidadania, um dos fundamentos do estadodemocrático de direito, permitir o posicionamento da sociedade sobre aspolíticas públicas, a socialização de experiências e o debate de ideias. Nessesentido, o PMS deverá garantir à sociedade acesso às informações,representação técnica e participação no processo da formulação doplanejamento e do acompanhamento da gestão de resíduos sólidos.

Para a concretização destes requisitos o PMS a ser elaborado pelaconsultora deverá conter os seguintes objetivos:- Divulgar amplamente o processo, as formas e canais de participação einformar os objetivos e desafios do PMGIRS;- Disponibilizar as informações necessárias à participação qualificada dasociedade nas fases decisórias do Plano;- Estimular os segmentos sociais a participarem do processo de planejamento,acompanhamento e fiscalização das ações previstas.

O PMS deverá conter a programação detalhada e o cronograma dasprincipais atividades, tais como:

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- identificação de atores sociais envolvidos no processo de elaboração doPMGIRS, listando-os com seus respectivos contatos;- divulgação da elaboração do PMGIRS junto à comunidade;- definição da estratégia de divulgação, disponibilização dos conteúdos edemais informações pertinentes e respectivos meios de comunicação local;- capacitação dos atores interessados;- realização dos eventos visando a identificação e discussão da realidade atualdos resíduos sólidos no município;- definição da metodologia das plenárias, utilizando dinâmica e instrumentosdidáticos com linguagem apropriada.

O PMS parte da identificação da existência de interesses múltiplos e deáreas conflitantes e se inicia com a identificação de atores ou segmentossociais estratégicos atuantes na área de Resíduos Sólidos que poderão auxiliarna implementação dos programas, projetos e ações do PMGIRS.

A efetiva participação social pressupõe o envolvimento dos vários atoressociais e segmentos intervenientes, buscando a convergência dos múltiplosanseios em torno de consensos no interesse da sociedade: sociedade civilorganizada, escolas, gestores públicos, universidades, centros de pesquisa eescolas técnicas, movimentos sociais, parlamentares, técnicos, agentescomunitários, setor privado, entre outros.

A participação social no processo de elaboração do Plano ocorre a partirda mobilização social e inclui divulgação de estudos e propostas e a discussãode problemas, alternativas e soluções relativas à gestão de resíduos sólidos,além da capacitação para a participação em todas as etapas do processo.

O PMS deverá apresentar os objetivos, metas, cronogramas, edetalhamento das atividades a serem desenvolvidas nas seguintes etapas:

Divulgação da elaboração do Plano; Diagnóstico do Plano; Apresentação e validação da possibilidade da gestão associada; Apresentação das proposições e validação do PMGIRS; Divulgação do PMGIRS.

1.2.1 Operação e atualização de Portal Web

Para auxiliar em todo o processo de mobilização social e divulgação, deveráser atualizada e alimentada pela consultora contratada, um Portal Web (website) criado para os Planos Municipais de Gestão Integrada de ResíduosSólidos - PMGIRS. Devendo ser inserido gradativamente no Portal asinformações gerais sobre o processo de elaboração dos Planos, conteúdostécnicos, calendários para divulgação dos eventos, entre outros, devendoacompanhar todas as etapas de elaboração dos PMGIRS.

O Portal Web deverá ser operado e atualizado pela consultora contratada até ofinal dos estudos previstos neste Termo de Referência, e contará com Layoutque permitirá a inserção de notícias e documentos. Terá também um Fórumpara comunicação direta com a sociedade.

Fica a consultora contratada inteiramente responsável também pelos itens aseguir:

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- Fornecer a mão de obra necessária, responsabilizando-se pela confecção detodos os materiais para a atualização da página eletrônica, devendo inserirtambém conteúdos que o Comitê Diretor Local vier a solicitar.

- Operar e manter o Portal Web, atualizando-o na finalização de cada meta dosPMGIRS ou quando solicitado pelo Comitê Diretor Local.

- Quaisquer danos causados a terceiros e provenientes da execução dotrabalho, agindo dolosa ou culposamente, serão de inteira responsabilidade daconsultora contratada.

META 2 - DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Deverão ser indicadas todas as fontes de informações apresentadas,classificando-as em primárias (coleta de dados in loco, questionários, entreoutros) ou secundarias.

Para elaboração do diagnóstico, a Consultoria deverá considerar,quando existente, o diagnóstico do Setor de Resíduos Sólidos constante noPlano Municipal de Saneamento Básico - PMSB, e as informações constantesno Estudo de Regionalização da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos doEstado de Santa Catarina.

Excetuando-se as leis maiores (Lei 12.305 e Lei 11.445) que consolidamdisciplinas para vários resíduos, existem legislações específicas e normasbrasileiras, aplicáveis aos resíduos que serão diagnosticados, e que precisamser analisadas, para que o planejamento das ações seja desenvolvido de formaadequada.

2.1. Aspectos SocioeconômicosCaracterizar a população do município considerando a evolução do

número de habitantes e das taxas de crescimento populacional, bem como adensidade demográfica. Para esses dados pode-se traçar séries históricas apartir dos registros de 1991, 1996, 2000, 2007 e 2010.

Distinguir a população urbana da rural a partir de dados censitários. OIBGE disponibiliza as informações para os municípios por setores censitários, oque permite obter um conjunto significativo de dados desagregados por bairros:população, número de domicílios, densidade demográfica, existência defavelas ou habitações precárias, etc.

A inexistência de dados precisos não deve inibir o lançamento deinformações qualitativas como, por exemplo: bairros com densidadedemográfica baixa, média e alta.

Quanto às informações econômicas, deve-se considerar o ProdutoInterno Bruto (PIB) municipal, o PIB per capita e as atividades econômicasdominantes, tanto no município como na região. Na caracterização econômicados municípios deve-se buscar informações sobre a mobilidade social localdecorrente das recentes mudanças no perfil de renda e consumo dapopulação. A página do IBGECidades poderá ser consultada, assim como osdados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério doTrabalho, que consolida informações obrigatórias das indústrias locais

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(estatísticas do trabalho e do mercado de trabalho), o Cadastro Geral deEmpregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego(MTE) e o cadastro dos beneficiários do Programa Bolsa Família.

Por força das exigências do Estatuto das Cidades (BRASIL, 2001),muitos municípios já desenvolveram seu Plano Diretor de DesenvolvimentoUrbano. Nesse caso, deve-se elaborar um mapa com a síntese dasinformações, principalmente em relação ao ordenamento territorial, e ao que foiestabelecido como diretriz para a gestão dos resíduos.

2.2. Saneamento BásicoA consultora deverá traçar um quadro geral (tabela) da situação do

saneamento no município, considerando-se todas as modalidades definidas naLei Federal de Saneamento Básico abastecimento de água, esgotamentosanitário, drenagem e manejo das águas pluviais, e situação dos resíduossólidos, que será analisada à parte. Quando não existirem dados locais, ouforem precários, deve-se buscar informação na Pesquisa Nacional deSaneamento Básico - PNSB do IBGE e no SNIS.

Na análise da situação do abastecimento de água e esgotamentosanitário deve-se apresentar em tabela o número de domicílios, a extensãodas redes, os índices de cobertura, a solução de tratamento prévio para aágua, a existência de tratamento para o esgoto coletado e as fragilidades maisrelevantes. Em relação à drenagem e manejo de águas pluviais, não havendoinformações locais sistematizadas, deve-se qualificar a intensidade com que osproblemas (inundações, alagamentos) ocorrem: pequena, média ou grandeintensidade. É importante indicar em que bairros estão concentradas asocorrências e o relacionamento, se houver, com a má gestão de resíduossólidos. Devem ser registrados também os órgãos responsáveis pelosaneamento básico: concessionária estadual, serviço autônomo local,consórcio público regional, órgão da administração direta dos municípios, ououtro.

Na ausência de informações específicas para os municípios, mesmo naspublicações da PNSB e SNIS, podem ser considerados como referências,indicadores de municípios próximos, de porte assemelhado, ou indicadoresgerais, que podem ser extraídos dos dados das publicações citadas.

2.3. Resíduos Sólidos com maior relevânciaA consultora deverá registrar a situação dos resíduos sólidos no

município traçando um quadro geral, focado nos problemas mais frequentes eidentificando os resíduos com presença mais significativa (em volume),conforme as especificidades local.

Em municípios ou regiões com informações precárias, esse quadrogeral, pode ser qualitativo, registrando-se a ocorrência ou não dos problemas,e dos resíduos, e o grau dos problemas existentes em fraco, médio e alto.

A consultora deverá ainda buscar informações sobre a existência de:práticas de coleta seletiva de embalagens e outros resíduos secos, iniciativasde compostagem de orgânicos e manejo dos resíduos da construção. Notocante às alternativas de destinação e disposição final, os dados maisimportantes para cada município são: existência de lixão, de bota foras deRCC, de instalações adequadas como aterros sanitários, de galpões detriagem e outros.

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Segue tabela a ser apresentada sobre resíduos e problemas maisfrequentes.

Tabela 1 – Resíduos e problemas com maior relevânciaResíduos Sólidos

Municípios Popul.(2010)

Resíduos com maior presença (em volume) Problemas mais frequentes no sistema de limpeza urbana

domiciliaressecos

domiciliaresúmidos

de construçãoe demolição outros lixo na

rualixo nos cursos

d'águapoluição em águas

subterrâneas e superficiaisIncômodos em torno

da disposição final

2.4. Informações sobre catadoresA consultora deverá realizar levantamento de informações sobre

catadores, suas organizações, a presença de ONGs dedicadas à temática dacoleta seletiva de resíduos secos e iniciativas do poder público local.

Segue tabela a ser apresentada sobre catadores e cooperativas.

Tabela 2 – CatadoresCatadores

Municípios População(2010)

nº decatadoresexistentes

nº decooperativas ou

associações

nº decatadores

participantes

nº deONGs

existentes

Ações do poderpúblico

2.5. Legislação local em vigorA legislação local relacionada à gestão dos resíduos precisa ser inserida

no diagnóstico geral. A elaboração do PMGIRS demandará, ao final, arealização de ajustes na legislação existente. Para cada município devem serregistradas as leis em vigor e aquelas em processo de elaboração ou emtramitação: Plano Diretor, Código de Posturas, Regulamento de LimpezaUrbana ou leis específicas, a data da sanção, sua ementa e a carência ou nãode regulamentação por decreto.

É igualmente importante, a identificação das leis de âmbito estadual queinterferem ou possam vir a interferir, na gestão dos resíduos como, porexemplo, a Política Estadual de Resíduos Sólidos, dentre outros.

Segue tabela a ser apresentada sobre legislação.

Tabela 3 – LegislaçãoLegislação local em vigor

Município Data da sanção Ementa Situação daregulamentação

Lei A (título,número)

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Lei B (título,número)

2.6. Estrutura operacional, fiscalizatória e gerencialDeve ser apresentado pela consultora uma análise qualitativa e um

registro quantitativo dos recursos humanos e equipamentos disponibilizadospara o gerenciamento dos resíduos sólidos, por órgão responsável: de limpezaurbana, fiscalização, serviços públicos, meio ambiente e outros.

O registro dessas informações permitirá identificar as fragilidades epontos fortes da estrutura operacional e gerencial dos municípios, abrindoespaço para a discussão de soluções consorciadas e estáveis para a gestãodos resíduos.

Segue tabelas a serem apresentadas para levantamento de dados sobrecapacidade operacional e gerencial.

Tabela 4 – Capacidade operacionalEstrutura operacional, fiscalizatória e gerencial

Municípios Pop.(2010) Órgão

Capacidade Operacional

Recursos Humanos Equipamentos

qualitativas quantitativa qualitativa quantitativa

poucos suficientes nívelmédio operacionais fiscais

exclusivos poucos suficientes veículospesados

veículosleves

eqptposde carca outros

Município

Órgão 1nome

Órgão 2nome

Órgão 3nome

Tabela 5 – Capacidade gerencial (recursos humanos)Estrutura operacional, fiscalizatória e gerencial

Municípios População(2010) Órgão

Capacidade Gerencial (recursos humanos)

qualitativa quantitativa

poucos suficientes nívelsuperior nível médio outros

Município

Órgão 1 nome

Órgão 2 nome

Órgão 3 nome

2.7. Educação ambientalA consultora deverá listar as iniciativas de educação ambiental em

curso, caracterizando-as da melhor forma possível, e identificadas asinstâncias de governo que podem ter papel importante neste tema. Importaregistrar também a forma como os municípios vêm abordando a interface entreSaúde e Saneamento, conexão cada vez mais necessária de ser feita.

Para auxiliar o planejamento de ações nesta direção, o diagnóstico devefazer um levantamento do número de equipes e agentes que estão atuando em

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Programas de Saúde da Família e Programas de Agentes Comunitários deSaúde, além dos que estão envolvidos em controle de endemias, vigilânciasanitária, etc. Em grande parte, esses dados podem ser recuperados junto aoDATASUS.

Segue tabela para apresentação do levantamento de informações sobreprogramas de saúde, saneamento e educação ambiental.

Tabela 6 – Programas de saúde, saneamento e educação ambientalEducação Ambiental

MunicípiosPrograma de Saúde da Família Programa de agentes

comunitários da Saúdeequipes agentes equipes agentes

2.8. Situação dos tipos resíduos sólidosO diagnóstico deverá promover uma análise detalhada da situação de

todos os tipos de resíduos que ocorrem localmente, sendo assim deverá serapresentada uma tabela para demonstrar estes dados.

A prioridade deve ser dada, sempre, aos dados localmente existentes,mas a ausência destes, ou sua imprecisão, não deve inibir o lançamento deinformações construídas com base em indicadores gerais, regionais ounacionais. Pode ser útil, na inexistência de informação local, o uso de indicadorextraído de informação prestada por município próximo, assemelhado, que sejapartícipe do SNIS.

Segue tabela a ser apresentada para os diversos tipos de resíduos.

Tabela 7 – Tipos de resíduos e abordagensSituação dos Resíduos Sólidos Municipais

Tipos deresíduos e

abordagenssugeridas

Dados geraise

caracterizaçãoGeração Coleta e

Transporte

Destinaçãoe

DisposiçãoFinal

Custos Competências eresponsabilidades

Carências eDeficiências

IniciativasRelevantes

Legislação enormas

brasileirasaplicáveis

domiciliares RSD- coleta

convencionaldomiciliares RSD

- secosdomiciliares RSD

- úmidoslimpeza pública

construção edemolição - RCC

volumosos

verdesserviços de

saúdeequipamentos

eletroeletrônicospilhas e baterias

lâmpadas

pneus

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óleoslubrificantes eembalagensagrotóxicos

sólidoscemiteriais

serviços públicosde saneamento

básicoóleos

comestíveisindustriaisserviços detransportes

agrosilvopastoris

mineração

2.9. Caracterização dos resíduos sólidos urbanosA consultora contratada deverá realizar estudo de caracterização

qualitativa e quantitativa (%), dos resíduos sólidos urbanos gerados nomunicípio, informando a metodologia (frequência, escolha da amostra e divisãodas categorias) usadas, consagradas pela técnica acadêmica e profissional.Segue tabela a ser apresentada com o mínimo de elementos abordados.

Tabela 8 – Caracterização dos resíduos sólidosCaracterização dos resíduos sólidos urbanos

Município Metal total Alumínio AçoPapel,

papelão etetrapak

Plástico total Plásticofilme

Plásticorígido Vidro Orgânico Outros Fontes

2.10. Classificação, geração, coleta e transporteA consultora deverá relacionar e classificar todos os resíduos existentes

nas localidades, as condições de geração e as formas de coleta e transporteadotadas, apresentando estas informações em tabela.

As informações sobre a coleta e o transporte dos diversos tipos deresíduos deverão servir tanto para a confirmação das quantidades geradas,quanto para o reconhecimento dos fluxos origem-destino, permitindo ainda aidentificação dos agentes com os quais deverá ser estabelecido um esforçomaior de aproximação de modo a induzi-los a participar do processo dediscussão do PMGIRS. Deverá ser registrado, para todos os tipos de resíduos,a ocorrência ou não de pesagem.

Deverá ser descrito o índice de cobertura que a coleta atinge e os tiposde veículos utilizados.

Sobre estes dados deve ser desenvolvida uma análise qualitativa combase nas seguintes questões:- A cobertura atual é significativa?- Está muito distante o propósito de universalização da coleta destes resíduos?- O número de veículos é adequado? O estado de conservação é adequado?- A frequência com que a coleta é realizada é suficiente?

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- Como são atendidas vilas, distritos e áreas de habitação precária?- Há limite de volume para o serviço público de coleta?- Existe pesquisa de satisfação dos usuários com o serviço?- Os geradores obedecem o horário para a disponibilização dos resíduos paracoleta?- Qual o percentual destes resíduos que são coletados fora do sistema porta aporta?

2.11. Destinação e disposição finalA consultora deverá apresentar informações sobre a existência ou não

de instalações no município e o número de unidades.Segue tabela a ser apresentada sobre unidades de processamento de

resíduos.

Tabela 9 – Unidades de processamento de resíduosDestinação e Disposição Final

Tipos de Unidade de processamento Município A Município B Município C ...

Lixão

Aterro controlado

Aterro sanitário

Unidade de transbordo

Unidade de triagem (galpão ou usina)

Unidade de compostagem (pátio ou usina)

Unidade de manejo de galhadas e podasUnidade tratamento por microondas ou

autoclaveUnidade de tratamento por incineração

Vala específica de resíduos de serviços desaúde

Aterro industrialÁrea de transbordo e triagem de RCC e

volumosos (ATT)Aterro de resíduos de construção edemolição (antigo aterro de inertes)Área de reciclagem RCC (antiga un.

reciclagem de entulho)Queima em forno de qualquer tipo

Bota fora de entulhos

Instalações de sucateiros (ferro velho)Centrais de recebimento de embalagens

vazias de agrotóxicosUnidade biodigestora (rural ou urbana)

Unidade de captação de pneus usados

Outro tipo de unidade

Total por município

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Total Regional

Além dessas unidades de processamento, deverá ser identificadasaquelas voltadas para a captação de resíduos como entulhos, volumosos eoutros, tais como: Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), Ecopontos, Unidadesde Recebimento de Pequenos Volumes, pontos de captação de pilhas,eletrônicos, etc. É importante verificar a existência de indústrias de reciclagemdos diferentes tipos de resíduos, no município e na região, bem como ascaracterísticas de comercialização e de transporte.

2.12. Custos de despesas geraisO diagnóstico dos custos deverá ser detalhado. É preciso investigar as

diversas despesas que incidem sobre o conjunto de resíduos abordados. Énecessário organizar os dados sobre custos diretos de operações de coleta etransporte, de destinação e disposição, inclusive os custos de limpeza corretivaem pontos viciados de deposição irregular; as informações sobre custosindiretos, tais como os de fiscalização, combate a vetores, administrativos, osrelativos à amortização e depreciação de investimentos e outros. Tendo asdespesas todas compiladas apresentadas em tabela, bem como o valor a serdefinido de um indicador que relacione as “despesas com manejo dos resíduossólidos urbanos” e as “despesas correntes municipais”.

2.13. Competências e responsabilidadesPara melhor visualizar as competências e responsabilidades pelo

manejo de cada um dos resíduos constantes neste Termo de Referência, aconsultora deverá elaborar tabela síntese, destacando: os agentes comresponsabilidade pelo serviço público a ser prestado (limpeza urbana e omanejo de resíduos sólidos domiciliares), com responsabilidade públicaenquanto gerador público e responsabilidades privadas, quanto à geração,transporte e recepção de resíduos. Devem também ser destacados osresponsáveis pela estruturação e implantação de sistemas de logística reversa,e as responsabilidades pela elaboração e implementação de Planos deGerenciamento de Resíduos, como definidos na Lei 12.305/2010.

A tabela síntese também será útil na identificação dos interlocutorespara a discussão e elaboração do PMGIRS.

Segue tabela síntese sobre competências e responsabilidades.

Tabela 10 – Competências e responsabilidadesCompetências e Responsabilidades

Tipos de resíduos e responsabilidadesestabelecidas

Responsabilidades públicas Responsabilidades privadas

principal complementar gerador transportador receptordomiciliares RSD - coleta convencional

domiciliares RSD - secosdomiciliares RSD - úmidos

limpeza públicaconstrução civil - RCC

volumososverdes

serviços de saúde

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equipamentos eletroeletrônicospilhas e baterias

lâmpadaspneus

óleos lubrificantes e embalagensagrotóxicos

sólidos cemiteriaisserviços públicos de saneamento básico

óleos comestíveisindustriais

serviços de transportesagrosilvopastoris

mineração

Esse quadro deverá ser estendido e contemplar as responsabilidadespelas instalações de processamento anteriormente citadas.

O PMGIRS deverá definir discussões acerca das responsabilidades,decorrentes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, deixando claro que anão observância de suas diretrizes que sujeitarão os infratores a sançõeslegais, em especial as fixadas na Lei Federal 9.605/1998 (Lei de CrimesAmbientais) e seu Decreto Regulamentador 6.514/2008.

2.14. Carências e deficiênciasA consultora deverá identificar as principais carências e deficiências de

gestão, registrando fatos como:- o não atingimento da universalidade na prestação do serviço público;- a ausência da coleta continuada de resíduos em aglomerados precários tantona área urbana como rurais e em distritos distantes;- a ocorrência de pontos viciados com deposição irregular de resíduos diversos;- a inexistência de controle da ação de agentes privados: geradores de RSS,transportadores e receptores de RCC, sucateiros/ ferro velho;- as dificuldades gerenciais com destaque para as questões relacionadas arecursos humanos;- as fragilidades de sustentação econômica, dentre outras.

2.15. Iniciativas relevantesDeverá ser registrado fatos relevantes que ocorrem no município e/ou

região de influência considerada a gestão integrada de resíduos sólidos:empresas com políticas socioambientais estruturadas e com ações nomunicípio; escolas e associações de bairro que desenvolvem projetos com apopulação; cooperativas ou associações de catadores; ONGs com projetosimplantadas na região, etc.

META 3 – ASPECTOS GERAIS DO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

3.1 Análise do Arranjo Regional e Proposta de Gestão AssociadaIntermunicipal

A consultora deverá avaliar as alternativas de gestão associada comações compartilhadas entre municípios, visando à elaboração de PlanoIntermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, caracterizando futuraconstituição de um Consórcio Público para a gestão dos resíduos sólidos, nãose limitando a, por exemplo, apenas compartilhar um novo aterro sanitário. As

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possibilidades criadas pela Lei nº 11.107/2005 de Consórcios Públicos e Lei nº11.445/2010 da Política Federal de Saneamento, que estabelece as diretrizespara a prestação dos serviços públicos de saneamento, deverão seraproveitadas ao máximo: somar capacidades, racionalizar investimentos ecustos com ganhos de escala; prover capacidade gerencial para todos osmunicípios associados, baseada na atuação regionalizada de uma únicaequipe capacitada; compartilhar instalações e concentrar resíduos quando alogística for conveniente. Até a inevitável discussão de que os custos terão queser recuperados e taxas terão que ser introduzidas, fica mais amena quandoapresentada como decisão conjunta e regional, repercutindo decisão de leifederal para validade dos contratos.

A consultora deverá apresentar para o Comitê Diretor Local, em oficina eem audiência pública, Proposta de Gestão Associada para os municípiosindicados no Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de ResíduosSólidos do Estado de Santa Catarina, mostrando as vantagens edesvantagens, pontos críticos na proposta assim como na elaboração de PlanoIntermunicipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Caso seja necessário remanejamento do arranjo proposto no Estudo deRegionalização deverão ser considerados os seguintes critérios cabíveis:- Área de abrangência (distância máxima entre municípios);- Contiguidade territorial;- Bacia Hidrográfica (sub-bacia, microbacia);- Condições de acesso (infraestrutura de transporte entre os municípios);- Similaridade quanto às características ambientais e socioculturais;- Existência de fluxos econômicos entre municípios;- Arranjos regionais pré-existentes (compartilhamento de unidades);- Experiências comuns no manejo de resíduos;- Dificuldades em localizar áreas adequadas para manejo em algunsmunicípios;- Existência de municípios polo com liderança regional;- Existência de pequenos municípios que não podem ser segregados doarranjo regional;- Número de municípios envolvidos;- População total a ser atendida (rateio de custos);- Volume total de resíduos gerados nos municípios.

A definição da elaboração de Plano Intermunicipal de Resíduos Sólidos(gestão associada) ou de Plano Municipal de Gestão Integrada de ResíduosSólidos (gestão individualizada) será resultado de escolha das propostasapresentadas pela consultora, em Oficina com o Comitê Diretor Local eposteriormente em Audiência Pública, a partir da qual a consultora utilizará asprerrogativas definidas para a elaboração do Plano a ser trabalhado.

Observar os seguintes artigos da Lei 12.305/2010: Art. 16, § 1º; Art. 18, § 1º, I;Art. 18, § 1º, II.

3.2 – Definição das responsabilidades públicas e privadas

Para definição das diretrizes e estratégias, e a programação das ações, deveráser considerado os diferentes agentes envolvidos e suas respectivas

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responsabilidades. Basicamente, e sem prejuízo da responsabilidadecompartilhada, estas responsabilidades são as seguintes:

- Serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos domiciliares –órgão público competente (autarquia intermunicipal na forma de ConsórcioPúblico ou órgão municipal, isoladamente);

- Resíduos gerados em próprios públicos – gestor específico (RSS gerado emhospitais públicos, RCC gerado em obras públicas, resíduos de prédiosadministrativos, etc.);

- Resíduos gerados em ambientes privados – gerador privado (atividades emgeral);

- Resíduos definidos como de logística reversa – fabricantes, importadores,distribuidores e comerciantes;

- Resíduos com Plano de Gerenciamento obrigatório:– gerador privado (instalações de saneamento, indústrias, serviços de saúde,mineradoras, construtores, terminais de transporte e outros);

- Acondicionamento adequado e diferenciado, e pela disponibilizaçãoadequada para coleta ou devolução – consumidor/gerador domiciliar(munícipes em geral).

O PMGIRS deve estabelecer o limite entre pequenos geradores, atendidospelos serviços públicos de manejo de resíduos, e os grandes geradores,responsáveis diretos pelo gerenciamento, e possivelmente, pela elaboração eimplementação de plano específico.

É de fundamental importância identificar os diversos fluxos de resíduos queserão objeto de ações específicas direcionando maior atenção nos queapresentam volumes mais significativos: resíduos secos, orgânicos, rejeitos eresíduos da construção, ou outros.

Para estes resíduos deverão ser elaborados programas prioritários.

PNRS Lei 12.305/2010: O Art. 35 afirma que, sempre que estabelecido sistemade coleta seletiva ou de logística reversa, o consumidor deve:I - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidosgerados;II – disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveispara coleta ou devolução.

Decreto 7.404/2010: O Art. 84 prevê que os consumidores que descumpramsuas obrigações estarão sujeitos à advertência e, em reincidência, multas deR$ 50 a R$ 500, que poderá ser convertida em prestação de serviços.

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META 4 - PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PMGIRS

Aspectos GeraisO PMGIRS é o planejamento de todas as ações que devem ser

implementadas para que se possa atingir os resultados almejados no prazoestipulado para cada uma delas.

Para a elaboração do Plano deverão ser consideradas todas asinformações coletadas, sistematizadas e analisadas no diagnóstico geral, e apartir dos resultados obtidos, identificadas as principais tendências (evoluçãodemográfica, consumo e renda per capita, evolução da situação de emprego,desempenho das atividades econômicas locais e regionais; alterações físicasprovenientes de obras de infraestrutura ou mudanças no ambiente, entre outrosaspectos) e, avaliados os impactos das tendências consideradas maisimportantes, na geração e gestão dos resíduos sólidos. Por exemplo: se haveráincremento na geração de resíduos, e quais deles ocasionarão dificuldadesmais significativas.

As diretrizes e estratégias que deverão ser adotadas no PMGIRS devemser definidas no início do processo de elaboração do Plano de Ação ecompatíveis com as exigências da Lei 12.305/2010 e Lei 11.445/2007, comespecial ênfase na sustentabilidade econômica e ambiental do PMGIRS, e nainclusão social dos catadores de materiais recicláveis. Deverão seridentificadas as ações compartilhadas com outras instâncias de governo, tendoem vista a redução de emissões de Gases de Efeito Estufa - GEEs oriundos dadecomposição de resíduos orgânicos.

4.1 Análise de cenários futurosA consultora deverá construir cenários futuros que descrevam

hipóteses de situações possíveis, imagináveis ou desejáveis. Estes cenários,tal como tratados no Plano Nacional de Resíduos Sólidos, permitem umareflexão sobre as alternativas de futuro. Estes cenários servirão de referencialpara o planejamento no horizonte temporal adotado, refletindo as expectativasfavoráveis e desfavoráveis para aspectos como: crescimento populacional;intensidade de geração de resíduos; mudança no perfil dos resíduos;incorporação de novos procedimentos; novas capacidades gerenciais, etc.

A consultora deverá construir no mínimo 3 (três) cenários, sendo oprimeiro a projeção do diagnóstico sem alteração da gestão existente,mostrando como ficaria a situação futura no horizonte de planejamentoprevisto. As discussões dos demais cenários devem levar à escolha do cenáriode referência, o qual subsidiará a elaboração de diretrizes, estratégias, metas,programas, projetos e ações, para os próximos 20 (vinte) anos.

As informações obtidas devem ser colocadas em quadro de referência,contemplando: a formulação dos cenários, a avaliação dos cenáriosidentificados e a viabilidade de implementação do(s) cenário(s) selecionado(s).

O lançamento das informações neste quadro de referência deve ser feitopela consultora.

Enquanto órgão colegiado de representação é importante que o Grupode Sustentação faça o acompanhamento sistemático deste processo.

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4.2. Diretrizes, Estratégias, Programas, Ações e Metas para o ManejoDiferenciado dos Resíduos Sólidos

O manejo diferenciado dos resíduos é a essência do conceito de coletaseletiva e se aplica, além da típica coleta seletiva de papel, plásticos, vidros emetais, a todos os resíduos, reconhecidos como bem econômico e de valorsocial, gerador de trabalho e renda. A consultora deverá planejar o manejodiferenciado de cada resíduo devendo contemplar as diretrizes, estratégias,metas, de programas e ações específicas, que garantam fluxos adequados.

As diretrizes são as linhas norteadoras, e as estratégias os meios paraimplementação, que definirão as ações e os programas para que as metassejam atingidas.

O planejamento das ações poderá seguir uma lógica investigativa,conforme segue abaixo:» Diretrizes (O QUÊ?) – quais são as diretrizes específicas que deverão seratendidas pelo plano?» Estratégias (COMO?) – quais são as estratégias de implementação (legais;instalações; equipamentos, mecanismos de monitoramento e controle)necessárias para o cumprimento do plano?» Metas (QUANTO e QUANDO?) – quais são os resultados e prazos a seremperseguidos pelas ações concebidas?» Programas e ações (COM QUEM?) – quais são os agentes públicos eprivados envolvidos e quais as ações necessárias para efetivação da políticade gestão?

Na definição das metas, a consultora deverá observar os prazos legaisjá definidos na legislação e os rebatimentos locais das metas definidas noPlano Nacional e no Plano Estadual de Resíduos Sólidos. Na Lei já estádefinida a data limite para encerramento dos lixões e, portanto, para ainstalação dos aterros sanitários, e para a estruturação das coletas seletivas, jáque os aterros só poderão receber rejeitos.

O planejamento das ações deverá gerar assim, uma tabela base ondeestarão incluídas as propostas para todos os tipos de resíduos identificados nomunicípio ou na região.

O processo de preenchimento da tabela deverá revelar os resíduos paraos quais será necessário um planejamento mais detalhado, gerando osprogramas prioritários.

Segue tabela a ser apresentada.

Tabela 11 - Diretrizes, Estratégias, Programas, Ações e Metas para oManejo Diferenciado dos Resíduos Sólidos

DIRETRIZES, ESTRATÉGIAS, PROGRAMAS, AÇÕES E METAS PARA O MANEJO DIFERENCIADO DOS RESÍDUOS

Tipos de resíduos e abordagenssugeridas

O QUÊ? COMO? QUANTO?QUANDO? COM QUEM?

Diretrizes Estratégias MetasQuantitativas

Programas eações

domiciliares RSD - coleta convencional

domiciliares RSD - secos

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domiciliares RSD - úmidos

limpeza pública

construção civil - RCC

volumosos

verdes

serviços de saúde

equipamentos eletroeletrônicos

pilhas e baterias

lâmpadas

pneus

óleos lubrificantes e embalagens

agrotóxicos

sólidos cemiteriaisserviços públicos de saneamento

básicoóleos comestíveis

industriais

serviços de transportes

agrosilvopastoris

mineração

4.2.1. Diretrizes específicasA legislação federal estabelece que sejam feitos esforços para: a não

geração e redução dos resíduos; otimização da reutilização e reciclagem;adoção de tratamentos quando necessários e, disposição adequada dosrejeitos. Os atalhos tecnológicos que avançam diretamente para tratamento deresíduos, sem diferenciação, devem ser evitados porque eliminam a logísticareversa e a responsabilidade compartilhada pela gestão, peças centrais daPNRS.

4.2.2. Estratégias de implementação e redes de áreas de manejo local ouregional

O Ministério do Meio Ambiente incentiva a implantação de um ModeloTecnológico que privilegia: o manejo diferenciado; a gestão integrada dosresíduos sólidos, com inclusão social; a formalização do papel dos catadoresde materiais recicláveis e o compartilhamento de responsabilidades com osdiversos agentes. Esse modelo pressupõe um planejamento preciso doterritório, com a definição do uso compartilhado das redes de instalações parao manejo de diversos resíduos, e com a definição de uma logística detransporte adequada, para que baixos custos sejam obtidos. A consulta aoPlano Diretor pode auxiliar na escolha da melhor localização das áreas demanejo local e/ou regional. (mais informações sobre o Modelo Tecnológicopodem ser encontradas posteriormente, no item 4.3.13 deste Termo deReferencia).

Segue exemplos de instalações para o manejo diferenciado e integrado,regulado, normatizado.

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- PEVs – Pontos de Entrega Voluntária (Ecopontos) para acumulaçãotemporária de resíduos da construção e demolição, de resíduos volumosos, dacoleta seletiva e resíduos com logística reversa (NBR 15.112).- LEVs – Locais de Entrega Voluntária de Resíduos Recicláveis – contêineres,sacos ou outros dispositivos instalados em espaços públicos ou privadosmonitorados, para recebimento de recicláveis.- Galpões de triagem de recicláveis secos, com normas operacionais definidasem regulamento.- Unidades de compostagem/biodigestão de orgânicos.- ATTs – Áreas de Triagem e Transbordo de resíduos da construção edemolição, resíduos volumosos e resíduos com logística reversa (NBR 15.112).- Áreas de Reciclagem de resíduos da construção (NBR 15.114).- Aterros Sanitários (NBR 13.896).- ASPP - Aterros Sanitários de Pequeno Porte com licenciamento simplificadopela Resolução CONAMA 404 e projeto orientado pela nova norma (NBR15.849).- Aterros de Resíduos da Construção Classe A (NBR 15.113).

Essas instalações são, na prática, a oferta de endereços físicos para aatração e concentração de diversos tipos de resíduos. Os PEVs (Ecopontos)são os pontos iniciais das redes que precisam ser definidas. Alocados nosbairros, com base em vários critérios, permitem transformar resíduos difusosem resíduos concentrados, propiciando a definição da logística de transporte,com equipamentos adequados e custos suportáveis.

O Modelo Tecnológico incentivado pelo MMA propõe a adequação darede de instalações ao porte dos municípios, definindo o número de PEVs eÁreas de Triagem e Transbordo (ATTs) em função da população e, emmunicípios menores, agregando as duas funções em uma única instalação(PEV Central) conforme pode ser visto na tabela abaixo.

Tabela 12 – Estratégias de implementação e redes de áreas de manejolocal ou regional

Estratégias de implementação e redes de áreas de manejo local ou regional

População da SedeMunicipal PEVs ATT PEV Central Aterro RCD

coligadoaté 25 mil 1 1

de 25 a 50 mil 2 1

de 50 a 75 mil 3 1 1

de 75 a 100 mil 4 1 1

A consultora deverá planejar e situar a rede de instalações. O PMGIRSdeverá propor uma setorização dos espaços urbanos, formando bacias decaptação de resíduos para cada PEV. Estas bacias devem coincidir, tantoquanto possível, com os setores censitários do IBGE, de forma que todo oconjunto de informações do Censo esteja disponibilizado para o planejamento.Os setores e a rede de instalações devem ser georeferenciados.

Os setores devem, também, aproximar-se dos limites das regiões desaúde organizadas para a atuação dos agentes dos Programas de Saúde daFamília e de Agentes Comunitários de Saúde. São conhecidos os ganhos em

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saúde decorrentes das melhorias em saneamento. Esses agentes sãonumerosos nos municípios brasileiros e têm uma compreensão muito clara doterritório onde trabalham.

A estratégia de coleta seletiva de resíduos domiciliares secos,reconhecidamente mais eficiente, se realizada porta a porta, pode ser feitapelos catadores ou por funcionários na ausência destes, através de pequenosveículos que permitam a concentração das cargas para a entrada em cena dosveículos de maior porte. Os municípios que apresentam os melhores resultadospara este tipo de coleta seletiva, estruturaram suas intervenções a partir destalógica, conseguindo custos de coleta semelhantes aos da coleta convencional.

A disposição dos resíduos ricos em matéria orgânica nos aterrosoperados com maior escala, deverá gerar volumes expressivos de GEEs. Emfunção disso, deverá ser prevista solução para a captura integral desses gases,e seu aproveitamento, por meio da biodigestão, de forma a atender asprescrições da Política Nacional de Mudanças Climáticas.

Na definição das estratégias, no caso de Consórcios Públicos, deve-seconsiderar a possibilidade de atuação complementar, ou seja, a prestação deserviços além dos serviços públicos tais como: o manejo do RCC e suareciclagem, a reciclagem de madeira por trituração, o tratamento do RSS, ageração de energia, vapor e gás a partir do tratamento de RSD úmido. Esta éuma forma de constituir “receita própria”, legalmente permitida semcomprometer os objetivos principais do consórcio.

4.2.3. Metas quantitativas e prazosA consultora deverá fixar as metas quantitativas por período,

harmonizando a exigência legal (prevendo revisão a cada 4 anos,prioritariamente, no mesmo período de elaboração dos planos plurianuais), acapacidade de investimento e a capacidade gerencial, entre outros fatores. Asmetas devem considerar as peculiaridades locais, as possibilidades deutilização de tecnologias para o tratamento dos resíduos, e as perspectivasreais de abertura ou ampliação de negócios com os resíduos recuperados.

Veja abaixo sugestão de tabela de metas e prazos:

Tabela 13 - Metas e prazosMetas quantitativas e prazos

Metas período 1 (ano -ano)

período 2 (ano -ano)

período 3 (ano -ano)

período 4 (ano- ano)

período 5 (ano- ano)

Descrição daação

4.2.4. Programas e açõesDeverão ser previstas ações que se refletirão na gestão de todos os

resíduos:- disciplinar as atividades de geradores, transportadores e receptores deresíduos, exigindo os Planos de Gerenciamento quando cabível;- modernizar os instrumentos de controle e fiscalização, agregando tecnologiada informação (rastreamento eletrônico de veículos, fiscalização por análise deimagens aéreas);

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- formalizar a presença dos catadores organizados no processo de coleta deresíduos, promovendo sua inclusão, a remuneração do seu trabalho público e asua capacitação;- formalizar a presença das ONGs envolvidas na prestação de serviçospúblicos;- tornar obrigatória a adesão aos compromissos da A3P (Agenda Ambiental naAdministração Pública), incluído o processo de compras sustentáveis, paratodos os órgãos da administração pública local;- valorizar a educação ambiental como ação prioritária;- incentivar a implantação de econegócios por meio de cooperativas, indústriasou atividades processadoras de resíduos.

Algumas das possibilidades de ações, relacionadas aos resíduos aserem geridos, são sugeridas adiante:

Resíduos Sólidos Domiciliares – RSD Coleta Convencional- Buscar redução significativa da presença de resíduos orgânicos da coletaconvencional nos aterros, para redução da emissão de gases, por meio dabiodigestão e compostagem quando possível.- Implantar coleta conteinerizada, inicialmente em condomínios e similares.

Resíduos Sólidos Domiciliares – RSD Secos- Desenvolver Programa Prioritário com metas para avanço por bacia decaptação, apoiada nos PEVs e logística de transporte com pequenos veículospara concentração de cargas.- Priorizar a inclusão social dos catadores organizados para a prestação doserviço público e quando necessário, complementar a ação com funcionáriosatuando sob a mesma logística.- Implementar o manejo de resíduos secos em programas “Escola Lixo Zero”.- Implementar o manejo de resíduos secos em programas “Feira Limpa”.

Resíduos Sólidos Domiciliares – RSD Úmidos- Desenvolver Programa Prioritário, estabelecendo coleta seletiva de RSDúmidos em ambientes com geração homogênea (feiras, sacolões, indústrias,restaurantes e outros) e promover a compostagem.- Implementar o manejo de resíduos úmidos em programas “Escola Lixo Zero”.- Implementar o manejo de resíduos úmidos em programas “Feira Limpa”.

Resíduos de Limpeza Pública- Implementar a triagem obrigatória de resíduos no próprio processo de limpezacorretiva e o fluxo ordenado dos materiais até as Áreas de Triagem eTransbordo e outras áreas de destinação.- Definir cronograma especial de varrição para áreas críticas (locais comprobabilidade de acúmulo de águas pluviais) vinculado aos períodos queprecedam as chuvas.- Definir custo de varrição e preço público para eventos com grande público.

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Resíduos da Construção Civil - RCC- Desenvolver Programa Prioritário com metas para implementação das baciasde captação e seus PEVs (Ecopontos) e metas para os processos de triagem ereutilização dos resíduos classe A.- Incentivar a presença de operadores privados com RCC, para atendimento dageração privada.- Desenvolver esforços para a adesão das instituições de outras esferas degoverno às responsabilidades definidas no PMGIRS.

Resíduos Volumosos- Promover a discussão da responsabilidade compartilhada com fabricantes ecomerciantes de móveis, e com a população consumidora.- Promover o incentivo ao reaproveitamento dos resíduos como iniciativa degeração de renda.- Incentivar a identificação de talentos entre catadores e sensibilizar paraatuação na atividade de reciclagem e reaproveitamento, com capacitação emmarcenaria, tapeçaria etc., visando a emancipação funcional e econômica.- Promover parceria com o Sistema “S” (SENAC, SENAI) para oferta de cursosde transformação, reaproveitamento e design.

Resíduos Verdes- Elaborar “Plano de Manutenção e Poda” regular para parques, jardins earborização urbana, atendendo os períodos adequados para cada espécie.- Estabelecer contratos de manutenção e conservação de parques, jardins earborização urbana em parceria com a iniciativa privada.- Envolver os Núcleos de Atenção Psicossocial - NAPS, a fim de constituirequipes com pacientes desses núcleos para atender demandas demanutenção de áreas verdes, agregados às parcerias de agentes privados(atividade terapêutica e remunerada das equipes com coordenação psicológicae agronômica).- Incentivar a implantação de iniciativas como as “Serrarias Ecológicas” paraprodução de peças de madeira aparelhadas a partir de troncos removidos naárea urbana.

Resíduos dos Serviços de Saúde- Registrar os Planos de Gerenciamento de Resíduos das instituições públicase privadas no sistema local de informações sobre resíduos.- Criar cadastro de transportadores e processadores, referenciado no sistemalocal de informações sobre resíduos.

Resíduos Eletroeletrônicos- Criar “Programa de Inclusão Digital” local que aceite doações decomputadores para serem recuperados e distribuídos a instituições que osdestinem ao uso de comunidades carentes.

Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico- Estabelecer cronograma de limpeza da micro e macro drenagem, de acordocom a ocorrência de chuvas, visando reduzir os impactos econômicos eambientais por ocorrência de enchentes;

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- Reduzir volume de resíduos de limpeza de drenagens levados a aterro deresíduos perigosos, por meio de ensaios de caracterização;- Identificar e responsabilizar os potenciais agentes poluidores reconhecidosnos lodos dos processos de dragagem ou desassoreamento de corpos d’água.

Resíduos Sólidos Cemiteriais- Garantir que os equipamentos públicos tenham um cenário de excelência emlimpeza e manutenção, com padrão receptivo apropriado para a finalidade aque se destinam.

Resíduos Agrosilvopastoris- Promover o incentivo ao processamento dos resíduos orgânicos porbiodigestão, com geração de energia.

4.3. Diretrizes, Estratégias, Programas, Ações e Metas para outrosAspectos do Plano

Deverão ser elaboradas diretrizes, estratégias, metas, programas eações específicas para outros quesitos além dos resíduos propriamente ditos,atendendo ao conteúdo mínimo previsto na legislação federal, e àsnecessidades impostas pelas peculiaridades e capacidades locais.

4.3.1. Definição de áreas para disposição finalO PMGIRS deverá, ao lado das definições relativas ao encerramento de

lixões (quando houver) e bota foras, apresentar as diretrizes para as áreasadequadas para disposição final. É importante, nesta questão, a decisão sobrea adesão dos municípios à gestão associada.

O encerramento de lixões e bota foras, deverá ocorrer paralelamente àsdiscussões para a solução dos eventuais problemas sociais relacionados tantoà presença de moradores nesses locais, como de trabalhadores que vivem dacatação de recicláveis. Nesses casos, deve-se buscar a inclusão social doscatadores conforme previsto na PNRS. O PMGIRS deverá apontar soluçãopara a regularização de situações como o uso de aterros privados semrespaldo em contrato oriundo de processo licitatório. Essa situação é proibidapela Lei Federal de Saneamento Básico.

Estudos contratados pelo MMA revelaram ser extremamentediferenciados os custos de implantação e de operação de aterros sanitáriosconvencionais (NBR 13896:1997) em municípios de pequeno e grande porte. Oganho de escala em unidades de maior porte é importante, mas também asconsiderações sobre distâncias de transporte, e as emissões de GEE.

Considera-se no geral, que o transporte através de veículos coletoresdeve ser limitado a distâncias de 30 km do aterro. Quando as distâncias sãomaiores deve-se considerar a conveniência da inclusão, em pontos regionaisestratégicos, de áreas de transbordo de rejeitos, para veículos de maiorcapacidade de carga, e menor custo unitário ton/km (VELLOSO, 2011). Namedida em que a motivação primordial para a adoção do Consórcio Público é agestão associada de todo o processo e não exclusivamente a administração deaterros únicos, a solução de Aterros Sanitários de Pequeno Porte – ASPP(NBR 15849:2010), limitados à recepção de 20 toneladas diárias deve serconsiderada.

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O PMGIRS também deverá apontar soluções ambientalmenteadequadas para a disposição final de outros rejeitos, como os da construçãocivil e os rejeitos de resíduos perigosos. No caso dos resíduos da construçãocivil, a Resolução CONAMA 307/2002 prevê a disposição final de rejeitos dosresíduos classe A em aterros que possibilitem o uso do espaço aterrado paraalguma função urbana após o encerramento, e os aterros de reservação paraos resíduos classe A, triturável, onde são acondicionados temporariamente àespera de um aproveitamento futuro (NBR 15113:2004).

Segue sugestão de tabela a ser apresentada.

Tabela 14 - Disposição finalDiretrizes Estratégias Metas quantitativas Programas e ações

encerramento de lixões

disposição final adequadade rejeitos de resíduos

urbanosencerramento de bota

foras

disposição final adequadade rejeitos da construção

reservação de resíduos daconstrução para uso futuro

– classe Adisposição final adequada

de rejeitos de resíduosindustriais perigosos

A escolha das áreas de disposição final deverá ser realizada com baseem estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental e análise do PlanoDiretor de Desenvolvimento Urbano (e seu Zoneamento Urbano e Ambiental) edo Zoneamento Ambiental do Estado de modo a compatibilizar todas asinformações, evitando problemas futuros. A implantação de Aterro de Resíduosda Construção classe A, visando à reservação dos resíduos para seu resgatefuturo, deverá considerar o aproveitamento de áreas ociosas pelo esgotamentode atividades mineradoras. Muitas dessas áreas estão mapeadas peloDepartamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e referem-se a materiaiscomo argila, areia, cascalho, granito e outras. Um instrumento eficaz paraidentificar a disponibilidade dessas áreas na região é a realização de“Chamamento Público”, feito para que proprietários desses sítios esgotadosexplicitem interesse na sua conversão em áreas de reservação de RCC.Ver site do DNPM - Departamento Nacional de Produção Mineral:http://sigmine.dnpm.gov.br/webmap/

O PMGIRS deverá também apresentar avaliação da conveniência deimplantação de “Centrais de Tratamento de Resíduos” – integrando resíduossólidos diversos, inertes e não inertes, secos e úmidos, inclusive absorvendoresíduos de estações de tratamento de esgotos. Estudos técnicos podem levarà definição de centrais com boa eficiência energética, onde os resíduosprocessados por biodigestão geram energia que pode ser utilizada na Central.

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4.3.2. Planos de gerenciamento obrigatóriosO PMGIRS deve indicar, no âmbito local ou regional, o órgão público

que será a referência para entrega do plano de gerenciamento, de forma agarantir a sistemática anual de atualização, visando o controle e a fiscalização.Deverão ser orientados quanto a estes procedimentos, e quanto àspenalidades aplicáveis pelo seu não cumprimento, os responsáveis por:atividades industriais; agrosilvopastoris; estabelecimentos de serviços desaúde; serviços públicos de saneamento básico; empresas e terminais detransporte; mineradoras; construtoras, e os grandes estabelecimentoscomerciais e de prestação de serviço. Verificar o Art. 56 do Decreto7.404/2010 e o Art. 21, § 2º da Lei 12.305/2010.

O PMGIRS deverá fixar o prazo para a primeira apresentação dosPlanos de Gerenciamento aos órgãos receptores locais, iniciando assim arotina anual de renovação da informação, prevista na legislação (SistemaDeclaratório). Em consequência, precisam ser previstas também, as condiçõesde infraestrutura (recursos humanos e de informática, entre outros) para oestabelecimento dos fluxos de informação entre geradores – órgão público –SINIR.

4.3.3. Ações relativas aos resíduos com logística reversaA responsabilidade pela estruturação e implementação dos sistemas de

logística reversa de alguns resíduos está bem definida na Lei 12.305 comosendo dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. Aosconsumidores caberá a responsabilidade de acondicionar adequadamente edisponibilizar os resíduos para coleta ou devolução. No planejamento dasações, deverão ser determinadas pela consultora, primeiramente para os seisresíduos com logística reversa já estabelecida, as diretrizes e estratégias, asmetas e ações, para cada um deles, tendo como referência os acordossetoriais estabelecidos ou em processo de discussão.

Considerar abaixo sugestão de tabela sobre logística reversa.

Tabela 15 – Logística reversa

É importante ressaltar que a Lei prevê a remuneração do serviço públicode limpeza urbana e manejo de resíduos, quando este exerce alguma atividadedo sistema de logística reversa, como por exemplo, a captação e concentração

Resíduos com logísticareversa

Diretrizes Estratégias Metas quantitativas Programas e ações

Produtos eletroeletrônicos

Pilhas e baterias

Lâmpadas fluorescentes

Pneus

Agrotóxicos e embalagens

Óleos lubrificantes eembalagens

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de resíduos. É importante que esteja previsto no PMGIRS a elaboração deacordo, termo de compromisso ou, quando for o caso, contrato com o setorempresarial (Lei 12.305, Art. 33, § 7º), de forma que os serviços prestados pelomunicípio sejam remunerados (por exemplo, a captação destes resíduos narede de PEVs ou Ecopontos).

As redes de estabelecimentos que comercializam produtos da logísticareversa poderão reservar áreas para concentração desses resíduos e definir osfluxos de retorno aos respectivos sistemas produtivos. Os acordos setoriaisdefinirão os procedimentos. Os responsáveis por estes resíduos deverãoinformar continuamente ao órgão municipal competente, e outras autoridades,as ações de logística reversa a seu cargo, de modo a permitir o cadastramentodas instalações locais, urbanas ou rurais, inseridas nos sistemas de logísticareversa adotados.

Complementariamente, os planos de logística reversa, deverãocontemplar as ações públicas de divulgação sobre as obrigações doconsumidor quanto à segregação e destinação adequada dos resíduos e aspenalidades previstas.

4.3.4. Indicadores de desempenho para os serviços públicosO PMGIRS deverá considerar como critérios estratégicos para avaliação

dos serviços:- a universalidade: os serviços devem atender toda a população, sem exceção;- a integralidade do atendimento: devem ser previstos programas e ações paratodos os resíduos gerados;- a eficiência e a sustentabilidade econômica;- a articulação com as políticas de inclusão social, de desenvolvimento urbanoe regional e outras de interesse relevante;- a adoção de tecnologias apropriadas, considerando a capacidade depagamento dos usuários, a adoção de soluções graduais e progressivas eadequação à preservação da saúde pública e do meio ambiente;- o grau de satisfação do usuário.

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) publicoudois documentos que podem auxiliar na definição de indicadores para amedição do desempenho dos serviços públicos, e demais ações relacionadasno PMGIRS. São eles: “Guia referencial para Medição de Desempenho eManual para Construção de Indicadores” (MPOG, 2009). Outra referência é oSNIS, que há sete anos vem levantando dados sobre o manejo de resíduossólidos em municípios brasileiros, e tem produzido indicadores que permitemanálises entre municípios de mesmo porte e/ou da mesma região, dentreoutras possibilidades.

A consultora deverá definir os indicadores do PMGIRS tendo comoreferência aqueles eleitos pelo SNIS, permitindo assim, que desde o primeiromonitoramento, os municípios possam analisar sua situação à luz de uma sériehistórica já existente.

Como sugestão, foram selecionados os seguintes indicadores gerais:- Incidência das despesas com o manejo de resíduos sólidos nas despesascorrentes da prefeitura (SNIS 001);- Despesa per capita com manejo de resíduos sólidos em relação à população(SNIS 006);

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- Receita arrecadada per capita;- Auto-suficiência financeira da prefeitura com o manejo de resíduos sólidos(SNIS 005);- Taxa de empregados em relação à população urbana (SNIS 001);- Incidência de empregados próprios no total de empregados no manejo deresíduos sólidos (SNIS 007);- Incidência de empregados gerenciais e administrativos no total deempregados no manejo de resíduos sólidos (SNIS 010).

Interessam também indicadores sobre resíduos urbanos como:- Cobertura do serviço de coleta em relação à população total atendida(declarada) (SNIS 015);- Taxa de cobertura do serviço de coleta de resíduos domiciliares em relação àpopulação urbana (SNIS 016);- Massa recuperada per capita de materiais recicláveis secos (exceto matériaorgânica e rejeitos) em relação à população urbana (SNIS 032);- Taxa de material recolhido pela coleta seletiva de secos (exceto matériaorgânica) em relação à quantidade total coletada de resíduos sólidosdomésticos (SNIS 053);- Taxa de recuperação de materiais recicláveis secos (exceto matéria orgânicae rejeitos) em relação à quantidade total (SNIS 031);- Massa recuperada per capita de matéria orgânica em relação à populaçãourbana;- Taxa de material recolhido pela coleta seletiva de matéria orgânica emrelação à quantidade total coletada de resíduos sólidos domiciliares;- Taxa de recuperação de matéria orgânica em relação à quantidade total;- Massa de matéria orgânica estabilizada por biodigestão em relação à massatotal de matéria orgânica.

Podem também ser incluídos indicadores sobre resíduos de serviçosde saúde e resíduos da construção civil:- Massa de resíduos dos serviços de saúde (RSS) coletada per capita (apenaspor coletores públicos) em relação à população urbana (SNIS 036);- Massa de resíduos da construção civil (RCC) coletada per capita (apenas porcoletores públicos) em relação à população urbana.

Deve-se ainda desenvolver indicadores para detectar e mapear assituações recorrentes como os locais onde se repetem as deposiçõesirregulares de resíduos (entulhos, resíduos volumosos e domiciliares,principalmente). Sugere-se, portanto:- Número de deposições irregulares por mil habitantes;- Taxa de resíduos recuperados em relação ao volume total removido nalimpeza corretiva de deposições irregulares.

Deverão ser construídos indicadores para resíduos que se mostremlocalmente significativos, como os de serviços de transporte, minerários,agrosilvopastoris, ou ainda, de varrição ou logística reversa. É importante aconstrução de indicadores para o acompanhamento dos resultados daspolíticas de inclusão social, formalização do papel dos catadores de materiaisrecicláveis e participação social nos programas de coleta seletiva, tais como:

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- Número de catadores organizados em relação ao número total de catadores(autônomos e organizados);- Número de catadores remunerados pelo serviço público de coleta em relaçãoao número total de catadores;- Número de domicílios participantes dos programas de coleta em relação aonúmero total de domicílios.

Para a construção desse último conjunto de indicadores é essencial aintegração de ações com o trabalho das equipes de agentes comunitários desaúde.

4.3.5. Ações específicas nos órgãos da administração públicaA Consultora, com auxílio do Comitê Diretor Local, deve preparar uma

listagem dos órgãos administrativos existentes na região, da esfera de governomunicipal, estadual ou federal, para os quais devem ser organizadosprogramas específicos em sua lógica gerencial, como a aplicação da AgendaAmbiental da Administração Pública (A3P). É importante que as instituiçõespúblicas se destaquem no cumprimento das responsabilidades definidas em leipara todos, e assumam postura de exemplo no processo de gestão de resíduossólidos e meio ambiente no município.

Ver sugestão de tabela sobre instituições públicas.

Tabela 16 - Instituições públicasAções específicas nos órgãos da administração pública

Instituições Públicas Diretrizes Estratégias MetasQuantitativas

Programas eações

Órgãos gestores de resíduos

Órgãos gestores do meio ambiente

Órgãos gestores das compras públicas

Órgãos gestores da tecnologia dainformação

Órgãos gestores da Iluminação públicailuminação pública

Órgãos responsáveis por manutenção deveículos

Órgãos de apoio às atividadesagrosilvopastoris

Demais órgãos da administração

Órgãos da administração, Federal –aplicação do federal – aplicação do

Decreto Federal 5.940/06 e InstruçãoNormativa MPOG 01/2010

A A3P prevê ações de sustentabilidade para o poder público maisamplas que a gestão dos resíduos de suas atividades. Deverão ser previstasações em relação, por exemplo, ao consumo racional de energia e água, eminimização da geração de resíduos sólidos.

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Cabe ressaltar a adoção de sistema de compras (de bens e serviços)que possibilitem introduzir materiais de consumo e práticas sustentáveis narotina de trabalho, na execução de obras e construções de prédios públicos,etc.

Essas ações devem refletir-se nas especificações para contratos comterceiros, de qualquer tipo, estendendo a eles as mesmas imposições, porforça do poder de compra público. Deve ser ressaltado:- o cumprimento das exigências da Lei Federal 12.305, em nome docontratante público;- a documentação de todos os fluxos de resíduos e da origem dos materiais;- o uso de agregados reciclados provenientes de resíduos da construção emobras e serviços públicos, entre outras determinações.

4.3.6. Iniciativas para a educação ambiental e comunicaçãoA consultora deve preparar o registro das propostas e decisões sobre

estes temas após debate com o Comitê Diretor Local, contendo as indicaçõesque irão definir as estratégias de abordagem, estabelecer metas que atendamao regulamento da política; aos hábitos, comportamentos e peculiaridadeslocais.

Ver sugestão de tabela síntese sobre atividades de educação ambientale comunicação.

Tabela 17 – Iniciativas de educação ambientalIniciativas para educação ambiental e comunicação

Temas e abordagens Diretrizes Estratégias Metas Quantitativas Programas e ações

Educação ambiental na ação dos órgãospúblicos

Educação ambiental na ação das entidadesprivadas

Agenda de eventosNas iniciativas para a comunicação, o PMGIRS deve buscar uma

agenda de eventos para curto, médio e longo prazos considerando:

1. pautar o assunto “resíduos sólidos” no dia a dia da comunidade, comcampanhas, seminários, entrevistas em rádio e mídias impressas, etc;2. motivar a comunidade no processo de construção coletiva do PMGIRS;3. divulgar a agenda de implementação do plano nos meios de comunicação,incentivando o interesse pela temática nos diversos ambientes: trabalho, lazer,escola, família, vizinhança, etc.

4.3.7. Definição de nova estrutura gerencialAs exigências da legislação federal impõem um salto de qualidade na

capacidade gerencial municipal e/ou regional sem o qual dificilmente serãoatingidos os objetivos determinados.

A consultora deverá definir no Plano as diretrizes, estratégias, metas eações para a construção de uma capacidade efetiva de gestão e estaefetividade será atingida de forma mais rápida e estável com a adesão àprestação regionalizada dos serviços públicos por meio de consórcio público.Uma equipe estabilizada e tecnicamente capacitada, na dimensão requerida

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pelas peculiaridades locais é condição imprescindível para o sucesso dasmissões colocadas para o ente da administração pública responsável pelosresíduos: prestar o serviço público em sua plenitude e exercer a função públicasobre os processos privados, com a extensão prevista na lei.

Para definir a estrutura gerencial necessária às tarefas estabelecidaspelo PMGIRS, pode-se ter como referência o documento do MMA que mostraas instâncias gerenciais e a estimativa do número básico de profissionaisrequeridos.

Ver tabela de referência.

Tabela 18 – Estrutura gerencialDefinição de nova estrutura gerencial

Instâncias PlanejamentoEstimativa do MMA paraconsórcio público com 12municípios e 340 mil hab.

Nº defuncionáriosna equipe

Qualificaçãonecessária

Nº de funcionários na equipeincorporação gradual

Presidência 2

Superintendência 3

Ouvidoria 1

Assessoria Jurídica 3

Planejamento 5

Tecnologia da Informação 4

Comunicação Mobilização eEducação Ambiental 6

Controle Interno 2

Apoio técnico, Capacitação,Assistência técnica, Licenciamento 4

Financeiro, Finanças econtabilidade, Tesouraria e

Cobrança5

Administrativo, Gestão depessoas, Licitação e patrimônio 8

Câmara de Regulação,Coordenação, Setor Administrativo

e financeiro, Setor Técnico,Fiscalização

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A equipe gerencial para um consórcio público, apesar de aparentementeser numerosa, provavelmente significará uma taxa de funcionários pormunicípio menor do que a observada no diagnóstico. E tem a vantagem de, nagestão associada, não haver uma repetição de equipes insuficientes, mas sima agregação de competências diversas. Os municípios, mesmo os de menorporte, podem dividir o esforço para a construção da instituição queassuma a gestão em uma escala mais adequada.

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Algumas novas funções precisam ser previstas:- a Ouvidoria, enquanto uma central de diálogo entre o Poder Público e a

população; é o setor que permite identificar as demandas da população e aspossíveis falhas nos procedimentos dos serviços públicos;

- a instância que responda pela capacitação técnica permanente dosfuncionários, aprofundando os temas que integram a rotina de trabalho;

- a instância que assuma a comunicação, além das imprescindíveistarefas de educação ambiental e mobilização, inclusive em prol da inclusãosocial dos catadores.

A estrutura apontada não inclui instâncias responsáveis por trabalhooperacional, mas pode ser prescindível a presença da Câmara de Regulação eseus funcionários se as tarefas de regulação exigidas pela Lei 11.445/2007forem exercidas por um ente externo ao Consórcio Público.

No caso da definição de uma estrutura adequada à gestão isolada, porum único município, a estrutura é basicamente a mesma que a sugerida,ajustando-a a esta situação peculiar.

4.3.8. Sistema de cálculo dos custos operacionais e investimentosA consultora deverá definir, com validação do Comitê Diretor Local, o

sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos, e a forma decobrança desses serviços. Este sistema deve estar em conformidade com asdiretrizes da Lei Federal de Saneamento Básico, que determina a recuperaçãodos custos incorridos na prestação do serviço, bem como a geração dosrecursos necessários à realização dos investimentos previstos para a execuçãodas metas.

A consultora deverá organizar as informações para que, comtransparência, estes custos possam ser divulgados. Também quanto a esteítem, há vantagem na adoção da gestão associada – o ganho de escala com aconcentração de operações permite diluição dos custos.

Na abordagem do tema no PMGIRS deverão receber especial atenção:- os investimentos necessários para que os objetivos possam ser

atingidos, entre eles a universalidade e a integralidade na oferta dos serviços,contemplando aspectos como investimentos em infraestrutura física,equipamentos de manejo, capacidade administrativa, entre outros;

- o planejamento destes investimentos no tempo, sua depreciação eamortização, segundo o crescimento presumido da geração;

- os custos divisíveis (como os da coleta e manejo dos resíduosdomiciliares) e dos custos indivisíveis (varrição e capina, por exemplo);

- a ocorrência de custos por oferta de serviços não consideradosenquanto serviços públicos, como a coleta e tratamento de RSS de geradoresprivados, ou a captação e transporte de resíduos com logística reversaobrigatória (pneus, lâmpadas e outros).

O plano deverá fixar as diretrizes, estratégias e metas para estasquestões, possibilitando o desenvolvimento de um trabalho detalhado para suaimplementação.

A Lei Federal de Saneamento Básico determina que os serviços públicosde limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos sejam remunerados pelacobrança de taxas, tarifas ou preços públicos. E que estes, tais como a Taxade Manejo de Resíduos Sólidos Domiciliares, referente a serviços divisíveis,

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sejam contemplados com uma sistemática de reajuste e revisão, que permita amanutenção dos serviços. No tocante a isso, cumprirá papel fundamental oente regulador, quer seja ele a Câmara de Regulação estabelecida em umConsórcio Público, quer seja uma agência reguladora externa, contratada peloconsórcio ou pelo município isolado, para este papel.

Alguns exercícios para estabelecimento da sistemática de cálculo têmconsiderado fatores, tais como:

- localização dos domicílios atendidos: bairros populares, de rendamédia ou renda alta;

- as indústrias atendidas se caracterizarem por baixa, média ou elevadageração de resíduos assemelhados aos domiciliares (na faixa limiteestabelecida como atendimento enquanto serviço público);

- os estabelecimentos não industriais atendidos se caracterizarem porbaixa, média ou elevada geração de resíduos assemelhados aos domiciliares(na faixa limite estabelecida como atendimento enquanto serviço público);

- a presença de terrenos vazios, de pequeno, médio ou grande porte,aos quais os serviços são oferecidos, mesmo que não seja usufruído;

A consideração desses fatores permite, inclusive, a definição de umapolítica de subsídios para a remuneração dos serviços, definida comoobrigatória pela nova legislação.

4.3.9. Forma de cobrança dos custos dos serviços públicosA ampla maioria dos municípios brasileiros inclui os custos com os

serviços de manejo dos resíduos nas alíquotas do Imposto Predial e TerritorialUrbano (IPTU). Entretanto, diferentes estudos revelam que,independentemente da qualidade dos serviços ofertados, as receitas auferidasnão cobrem os custos.

Pela lei federal a cobrança tem que ser feita pelo lançamento de taxa,tarifa ou preço público. É nessa direção (Lei 11.445/2010, Art. 29) que oPMGIRS deve buscar soluções.

Será necessário estabelecer a diretriz de transparência nademonstração da lógica de cálculo empregada na composição de custos, asproporções entre níveis de geração e outras considerações.

4.3.10. Iniciativas para controle socialO processo de elaboração do PMGIRS deverá garantir a introdução dos

mecanismos de controle social previstos em lei no documento final. A temáticaprecisa estar pautada nas audiências e conferências, para conferir maiorlegitimidade à discussão da cobrança pela prestação dos serviços.

A validação das etapas do PMGIRS junto às instâncias de participaçãosocial locais ou regionais (Conselhos Locais de Meio Ambiente, Saúde eoutros), precisa introduzir a discussão da institucionalização do controle, comoprevista no Decreto 7.217/2010. Em seu Art. 34 são descritos os mecanismosque poderão ser adotados para instituir o controle social dos serviços desaneamento e, logicamente, dos serviços públicos de limpeza urbana e manejode resíduos:

- debates e audiências públicas;- consultas públicas;- conferências das cidades; e- participação de órgãos colegiados de caráter consultivo.

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Para os órgãos colegiados é assegurada a participação dos seguintesrepresentantes: dos titulares dos serviços; dos órgãos governamentaisrelacionados ao setor; dos prestadores de serviços públicos; dos usuários dosserviços; e das entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesado consumidor.

Prevendo que as funções e competências dos órgãos colegiadospoderão ser exercidas por outro órgão colegiado já existente, com as devidasadaptações da legislação, o Decreto determina que a partir do exercíciofinanceiro de 2014, será vedado o acesso aos recursos federais destinados asaneamento básico, aos titulares desses serviços públicos que não instituíremo controle social realizado por órgão colegiado, por meio de legislaçãoespecífica. O PMGIRS deverá traçar a diretriz e meta para a definição destalegislação específica.

4.3.11. Sistemática de organização das informações locais ou regionaisA recepção e encaminhamento de informações é responsabilidade do

titular dos serviços públicos. Os municípios, ou o consórcio intermunicipal, sãoobrigados a disponibilizar o PMGIRS no SINIR (Prever também a inserção noSistema Estadual de Informações sobre Resíduos Sólidos) além de,anualmente, disponibilizar informações sobre os resíduos sob sua esfera decompetência. O relacionamento do município ou consórcio público se darátanto com o SINIR como com o SINISA, Sistema Nacional de Informações emSaneamento Básico, que constituirão banco de dados e procedimentosintegrados.

O PMGIRS definirá a compatibilização da disposição legal com aspeculiaridades, necessidades e capacidades locais, adotando as estratégias emetas necessárias.

A abordagem dada à questão no Plano de Gestão pode ser de avançogradual e progressivo, prevendo-se os investimentos no tempo para aconstrução desta capacidade gerencial específica.

Em um primeiro momento, para cumprimento estrito da previsão legal,deve-se prever:- encaminhamento do PMGIRS ao SINIR (em implantação pelo MMA);- recepção e análise dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos-PGRS e de suas atualizações, rotina anual de renovação da informação(Sistema Declaratório) a cargo dos grandes geradores, quando for o municípioa executar o licenciamento dessas atividades que geram o PGRS.

Em um segundo momento, um banco de dados informatizado pode serimplantado, agregando, além das informações já citadas:- sistematização e registro das informações coletadas no período daconstrução do diagnóstico para o Plano de Gestão;- inclusão dos dados referentes aos programas e ações implementados a partirda aprovação do plano (sobre recursos humanos, equipamentos, infraestrutura,custos, resultados, etc.).

Ao final, em um processo mais sofisticado, pode-se prever, além dositens anteriormente citados, e de sua análise conjunta, a integração do bancode dados relativo aos resíduos sólidos, com bancos de dados de outras áreas

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da administração municipal ou do conjunto de municípios compromissados comum consórcio público:- informações sobre finanças (contribuintes, atividades econômicas, receitas edespesas, entre outras);- informações sobre habitação e obras (tipologia, eventos construtivos, geraçãode resíduos);- informações sobre o setor saúde (instalações, nível de ocupação, geração deresíduos);- informações sobre planejamento urbano (demandas para ampliação deserviços e outros aspectos).

A integração entre os diversos bancos de dados existentes pode seratingida com maior facilidade pela estrutura única estabelecida em umConsórcio Público. Constituir um Sistema de Informações Integrado é umainiciativa estratégica para implementação progressiva de um serviço públicoeficiente.

4.3.12. Ajustes na legislação geral e específicaAs diretrizes definidas no PMGIRS para adequação das práticas locais

aos conceitos da PNRS poderá demandar o encaminhamento pelo ComitêDiretor Local de propostas de alteração de dispositivos legais existentes,incompatíveis com as novas orientações.

As alterações necessárias podem configurar-se como um Código deResíduos Sólidos (nos moldes do Código de Obras, Código de Posturas,Código Sanitário, etc.), de abrangência local ou regional. Podem ser citadoscomo aspectos a serem disciplinados por legislação local:

- posturas relativas às matérias de higiene, limpeza, segurança e outrosprocedimentos públicos relacionados aos resíduos sólidos, bem como osrelativos à sua segregação, acondicionamento, disposição para coleta,transporte e destinação, disciplinando aspectos da responsabilidadecompartilhada, e dos sistemas de logística reversa;- os limites de volume que caracterizam pequenos geradores e serviçospúblicos de manejo de resíduos;- a operação de transportadores e receptores de resíduos privados(transportadores de entulhos, resíduos de saúde, resíduos industriais,sucateiros e ferros-velhos, outros);- procedimentos relativos aos Planos de Gerenciamento que precisam serrecepcionados e analisados no âmbito local;- os procedimentos para a mobilização e trânsito de cargas perigosas nomunicípio ou na região;- os instrumentos e normas de incentivo para o surgimento de novos negócioscom resíduos;- os mecanismos de recuperação dos custos pelos serviços prestados porórgãos públicos (taxas, tarifas e preços públicos);- os programas específicos previstos no PMGIRS;- o órgão colegiado, as representações e a competência para participação nocontrole social dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos.

A decisão de editar ou não o PMGIRS como uma legislação específicanão é definida explicitamente na PNRS e dependerá das decisões locais.

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4.3.13. Programas especiais para as questões e resíduos mais relevantesOs resíduos de presença mais significativa (em volume), causadores dos

problemas mais impactantes devem ser tratados com estratégias diferenciadas.Assim, programas prioritários focados permitirão a estruturação dos processos,a conquista dos primeiros resultados e a consolidação da participação amplados diversos agentes. A existência de programas prioritários não deve inibir opreparo de programas para outros resíduos especialmente impactantes, comoos resíduos dos serviços de saúde.

Considerando que na maioria dos municípios, os resíduos urbanos,secos e úmidos, e os resíduos da construção civil são os mais relevantes, paraos quais deverão ser desenvolvidos programas prioritários e, havendonecessidade, organizadas equipes específicas que devem preservar as boaspráticas locais existentes.

O Modelo Tecnológico que vem sendo incentivado pelo MMA integra asações para os três resíduos citados, traduzindo ações em um conjunto deáreas para a captação e destinação de resíduos que estabeleçam fluxosdiretos para resíduos da construção e resíduos domiciliares secos, criando ascondições para o manejo segregado dos resíduos domiciliares úmidos. Poresta estratégia, as áreas, funcionando em rede, maior ou menor conforme adimensão do município, constituirão os ‘endereços’ para os quais os resíduosserão conduzidos, evitando-se as atuais deposições irregulares em pontosviciados. O planejamento destas redes está descrito no item 4.2.2 Termo deReferência.

As áreas para captação de resíduos integrarão as ações para osresíduos prioritários, mas também permitirão ações voltadas a outros resíduos:- resíduos da construção civil gerados em pequenas quantidades;- resíduos volumosos (móveis, podas e inservíveis);- resíduos domiciliares secos de entrega voluntária ou captados por meio depequenos veículos;- resíduos com logística reversa (pneus, lâmpadas, eletroeletrônicos, pilhas ebaterias).

Consideradas as condições impostas pelas peculiaridades locais, aconsultora deverá elaborar e indicar seus Programas Prioritários, segueexemplos:- Programa prioritário para o gerenciamento de resíduos de construção edemolição;- Programa prioritário para o gerenciamento de resíduos domiciliares secos;- Programa prioritário para o gerenciamento de resíduos domiciliares úmidos.

4.3.14. Ações para a mitigação das emissões dos gases de efeito estufaA consultora deverá analisar cuidadosamente as soluções de transporte

de resíduos em geral (reduzindo a emissão de CO2 nesse quesito) e assoluções de destinação dos resíduos com forte carga orgânica, como osresíduos urbanos úmidos e os agrosilvopastoris (reduzindo a emissão demetano). Deverão ser definidas diretrizes, estratégias e metas para a redução eo controle dos gases de efeito estufa (GEE) atendendo às diretrizes da PNMC.

Algumas novas tecnologias podem ser consideradas para a destinaçãodos resíduos, respeitando-se as prioridades definidas na PNRS em seu Art. 9º,em uma ordem de precedência que deixou de ser voluntária e passou a serobrigatória. A biodigestão é uma tecnologia limpa, e já vem sendo utilizada, no

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Brasil, no tratamento do esgoto urbano e de resíduos sólidos de criadourosintensivos, principalmente de suínos e bovinos.

É uma alternativa para a destinação de resíduos sólidos e redução desuas emissões prejudiciais. O Decreto 7.404, regulamentador da PNRSestabelece que, para esta nova tecnologia, não será necessário aguardarregulamentação específica dos ministérios envolvidos.

Para a mitigação de GEE, deverão ser consideradas no planejamentoações para:- diminuição do transporte mecanizado de todos os tipos de resíduos, visando aredução de emissões;- captação dos gases resultantes da decomposição dos resíduos úmidos, nosaterros sanitários existentes (prazo de geração de gases estimado entre 16 e50 anos);- captação dos gases provenientes da decomposição acelerada dos resíduosúmidos urbanos e rurais, por meio de biodigestores (prazo de geração degases estimado em algumas semanas);- disposição de resíduos da coleta convencional em aterro sanitárioexclusivamente quando já estabilizados por meio da biodigestão;- maximização dos processos de compostagem, antecedendo-os debiodigestão sempre que possível;- aproveitamento energético (geração de energia elétrica, vapor, etc.) dosgases produzidos na biodigestão de resíduos úmidos urbanos e rurais.

As ações para mitigação das emissões de gases são extremamentenecessárias para a minimização dos impactos no clima, que já são bastantedetectáveis. Os municípios, desta forma, compartilharão com a União osesforços para a efetivação dos compromissos internacionais já assumidos.

META 5 - AGENDAS DE IMPLEMENTAÇÃO DO PMGIRS EMONITORAMENTO

5.1 Agendas setoriais de implementação do PMGIRSA finalização do processo de planejamento e a validação do PMGIRS

estabelece o início do processo de sua implementação. É responsabilidade dopoder público, do Comitê Diretor e do Grupo de Sustentação, não permitir queexistam espaços vazios entre a formalização do plano e sua efetivaimplantação.

Para isso a consultora deverá formular agendas de continuidade,envolvendo todos os agentes nas ações que, já decididas, precisam serimplementadas. Em todas as agendas é importante que sejam consideradas asações de educação ambiental e capacitação dos agentes para melhoriaprogressiva do seu desempenho e dos resultados.

Essas agendas são uma das formas de possibilitar a continuidade daparticipação social no processo de gestão dos resíduos, dando efetividade àresponsabilidade compartilhada que é essencial na PNRS.

Seguem exemplos de Agendas de implementação que podem serestabelecidas:- Agenda da Construção Civil – construtores e suas instituiçõesrepresentativas, caçambeiros e outros transportadores, fabricantes,manejadores de resíduos, distribuidores de materiais e órgãos públicosenvolvidos, entre outros.

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- Agenda dos Catadores – organizações de catadores de materiais recicláveise reaproveitáveis e os grandes geradores de resíduos secos.- Agenda A3P – gestores responsáveis pela Agenda Ambiental daAdministração Pública nos vários setores da administração.- Agenda dos Resíduos Úmidos – feirantes e suas instituições representativas,setor de hotéis, bares e restaurantes, sitiantes, criadores de animais e órgãospúblicos envolvidos, entre outros.- Agenda da Logística Reversa – comerciantes, distribuidores, fabricantes,órgãos públicos envolvidos e outros.- Agenda dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos – setor industrial,de serviços de saúde, mineradores, grandes geradores, entre outros.

5.2. Monitoramento e verificação de resultadosA Lei Federal estabelece que o PMGIRS seja revisto, no mínimo a cada

quatro anos. O monitoramento e verificação de resultados, para que, nasrevisões, sejam aplicadas as correções necessárias, deve ser realizado comapoio, sobretudo nos indicadores de desempenho definidos no plano. Alémdeles, são elementos importantes de monitoramento:- implantação de Ouvidoria – órgão para recebimento de reclamações,avaliações e denúncias – ou utilização de órgão ou serviço já existente;- estabelecimento de rotinas para avaliação dos indicadores, tal como aprodução de relatórios periódicos que incluam a análise dos registros feitospela Ouvidoria;- reuniões do ÓRGÃO COLEGIADO com competência estabelecida sobre agestão dos resíduos.

O ÓRGÃO COLEGIADO a ser estabelecido, em atendimento ao artigo34 do Decreto 7217/2010, deverá ser o grande instrumento de monitoramentoe verificação de resultados, pela possibilidade que oferece de convivência entreos diversos agentes envolvidos.

PRODUTOS PREVISTOS

Produto 1- Construção de Portal WebProduto 2 - Projeto de Mobilização Social;Produto 3 - Relatório Técnico (RT) da Oficina sobre Projeto de Mobilização eLegislação;Produto 4 - Diagnóstico dos Resíduos Sólidos;Produto 5 - Relatório Técnico (RT) de Audiência de Validação do DiagnósticoMunicipal dos Resíduos Sólidos;Produto 6 - Aspectos Gerais do Planejamento das Ações;Produto 7 - Relatório Técnico (RT) da Audiência de Validação dos AspectosGerais do Planejamento das Ações;Produto 8 - Planejamento das Ações do PMGIRS;Produto 9 - Relatório Técnico (RT) da Audiência de Validação do PMGIRS;Produto 10 – Agendas Setoriais de Implementação do PMGIRS eMonitoramento;Produto 11 - Relatório Técnico (RT) da Oficina de Implementação e Divulgaçãodo PMGIRS.

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PROCEDIMENTOS DE ENTREGA E AVALIAÇÃO DOS PRODUTOS

Todos os produtos deverão ser conferidos e formatados antes de serementregues e assinados pelo Coordenador Geral do Plano e pela EquipeTécnica responsável. Para cada uma das 05 (cinco) Metas deverão serapresentadas as Anotações de Responsabilidades Técnicas (ARTs) emitidaspelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia – CREA ou atestadoemitido pelo Conselho correspondente, dos profissionaisenvolvidos/responsáveis. Para os demais profissionais deverá ser apresentadaa Declaração de Prestação de Serviço assinado pelo responsável pelorespectivo trabalho.

Qualquer falha, erro e omissão detectados nos serviços serão de inteiraresponsabilidade da consultora contratada, assim como o custo financeirogerado pelos mesmos. Após a conclusão dos trabalhos, eventuais revisõespoderão vir a ser solicitadas pelo Comitê Diretor Local, devendo ser atendidaspela consultoria contratada.

Os produtos deverão ser entregues ao Comitê Diretor Local, paraanálise e apreciação prévia, em uma via impressa, incluindo o materialcartográfico quando necessário, e um CD ou DVD contendo o respectivoarquivo. Caso sejam necessárias eventuais modificações, os produtos deverãoser novamente apresentados na mesma quantidade, para fins de aprovação.

A não aprovação de um produto impedirá o recebimento dos demais.Qualquer atraso na entrega dos produtos, conforme cronograma propostoimplicará em inadimplência da consultora contratada. A não aprovação dasalterações realizadas pela contratada após solicitação do Comitê Diretor Localtambém acarreta inadimplência.

A versão final do PMGIRS aprovado e consolidado deverá ser entreguedevidamente formatado, em via impressa e meio digital (CD ou DVD).

A liberação das parcelas está condicionada à entrega e aprovação dosprodutos. Sendo o produto aprovado, a consultora contratada emitirá NotaFiscal que será paga conforme cronograma.

À consultora contratada é vedado dar conhecimento, transmitir ou cedera terceiros, qualquer dado ou documento preparado ou recebido para aexecução dos serviços, salvo com prévia autorização do Comitê Diretor Local.

DESEMBOLSO

Os pagamentos serão realizados de acordo com os percentuaisatribuídos a cada Produto deste Termo de Referencia, conforme cronogramafísico financeiro. A nota fiscal correspondente ao valor de cada Produto,somente poderá ser emitida após a aprovação formal do mesmo pelo ComitêDiretor Local.

EQUIPE TÉCNICA

A equipe técnica que desenvolverá os trabalhos deverá ser constituídapor profissionais legalmente habilitados e com comprovada experiência nasdiversas áreas que envolvem a elaboração de planos de gestão e manejo deresíduos sólidos.

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A empresa de consultoria deverá compor uma equipe multidisciplinarprevendo, obrigatoriamente, em sua proposta os seguintes profissionais para arealização das atividades objeto do presente Termo de Referência:

a) Um Coordenador Geral do Plano: Profissional de nível superior, comexperiência comprovada na coordenação e/ou participação na elaboraçãode Planos de Resíduos Sólidos ou Planos de Saneamento Básico.

b) Um Profissional de Resíduos Sólidos: Engenheiro com experiênciacomprovada de participação na elaboração de Planos de Resíduos Sólidosou Planos de Saneamento Básico.

c) Um Profissional de Mobilização Social: Profissional de nível superior comexperiência comprovada na área socioambiental com ênfase emcomunicação, mobilização e sensibilização de diferentes setores sociais naelaboração e/ou implantação de planos ou projetos.

d) Um Profissional de Direito: Profissional de nível superior, formado emDireito, com experiência em direito administrativo ou área de delegaçãoe/ou prestação de serviço público.

e) Um Profissional de Avaliação Econômica e Financeira: Profissional comformação em Economia, Ciências Econômicas ou Administração, comexperiência comprovada na avaliação econômica e financeira de planos ouprojetos.

O Coordenador geral deverá centralizar o conteúdo técnico e estarpresente nas reuniões com o Comitê Diretor Local.

Todos os profissionais devem comprovar inscrição nos respectivosConselhos Regionais. As certidões e/ou atestados apresentados pelosprofissionais de engenharia deverão estar também, devidamente certificadopelo CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia.

Além desses profissionais, a equipe técnica poderá incluir consultoresque possam apoiá-los na execução de serviços especializados e, ainda,profissionais (sênior, médio e júnior), técnicos para apoio à execução dasdiversas atividades previstas, auxiliares administrativos, trabalhadoresoperacionais (inclusive motoristas) e de estagiários de nível superior e médio.Poderão ser também contratados serviços técnicos e administrativos paraatendimento aos objetivos e prazos do projeto.

Para eventuais substituições de membros da equipe técnica, o novoprofissional deverá apresentar qualificação igual ou superior, devendo serpreviamente aprovado pelo Comitê Diretor Local.

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PLANILHA GERAL DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PMGIRS

Produtos Metas e Etapas Descrição dos Produtos e Relatórios Prazossugeridos Desembolso previsto (%)

META 1 - MOBILIZAÇÃO SOCIAL EDIVULGAÇÃO

2 a 4 meses1 1.1. Construção de Portal Web Portal Web X% (com apresentação e aprovação do Portal Web)

Sugestão de percentual - 1%

2 1.2. Projeto de Mobilização Projeto de MobilizaçãoX% (com apresentação e aprovação do Projeto deMobilização Social).Sugestão de percentual - 9%

3 1.3. Oficina sobre Projeto de Mobilização e Legislação RT da Oficina sobre Projeto de Mobilização eLegislação

X% (com apresentação e aprovação do RT Oficina)Sugestão de percentual - 2%

META 2 - DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Diagnóstico dos Resíduos Sólidos

3 a 5 meses

X% (com apresentação e aprovação do DiagnósticoRegional RS)Sugestão de percentual - 30%4

2.1. Aspectos Socioeconômicos2.2. Saneamento básico2.3. Resíduos sólidos com maior relevância2.4. Informações sobre catadores2.5. Legislação local em vigor2.6. Estrutura operacional, fiscalizatória e gerencial2.7. Educação ambiental2.8. Situação dos tipos de resíduos sólidos2.9. Caracterização dos Resíduos sólidos urbanos2.10. Classificação, geração, coleta e transporte2.11. Destinação e disposição final2.12. Custos de despesas gerais2.13. Competências e responsabilidades2.14. Carências e deficiências2.15. Iniciativas relevantes2.16. Oficina de apresentação do Diagnóstico e seu relatório

5 2.17. Audiência de Validação do Diagnóstico Municipal RT da Audiência de Validação do DiagnósticoX% (com apresentação e aprovação do RT daAudiência)Sugestão de percentual - 2%

META 3 - ASPECTOS GERAIS DO PLANEJAMENTO DAS AÇÕES

Aspectos Gerais do Planejamento das Ações

2 a 3 meses

X% (com apresentação e aprovação do RT daAnálise de Possibilidades de Gestão Associada)Sugestão de percentual - 15%6

3.1. Análise do Arranjo Regional e Proposta de Gestão Associada Intermunicipal

3.2 Definição das responsabilidades públicas e privadas

3.3. Oficina para análise Aspectos Gerais do Planejamento das Ações

7 3.4. Audiência de Validação da Análise Aspectos Gerais do Planejamento dasAções

RT da Audiência de Validação da Análise deAspectos Gerais do Planejamento das Ações

X% (com apresentação e aprovação do RTAudiência)Sugestão de percentual - 2%

META 4 - PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DO PMGIRS

Planejamento das ações do PMGIRS 3 a 5 meses X% (com apresentação do PMGIRS)Sugestão de percentual - 25%8

4.1. Análise cenários futuros4.2. Diretrizes, estratégias,programas, ações e metas para o manejo diferenciadodos resíduos sólidos4.3. Diretrizes, estratégias, programas, ações e metas para outros aspectos doplano.4.4. Oficina do PMGIRS e seu relatório

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9 4.5. Audiência de Apresentação e validação do PMGIRS RT da Audiência de Validação PMGIRSX% (com apresentação e aprovação RT daAudiência de Validação PMGIRS)Sugestão de percentual - 2%

META 5 – AGENDAS DE IMPLEMENTAÇÃO DO PMGIRS E MONITORAMENTO Agendas de implementação do PMGIRS eMonitoramento

2 meses

X% (com apresentação e aprovação do Processode Implementação do PMGIRS)Sugestão de percentual - 10%10 5.1. Agendas setoriais de implementação do PMGIRS

5.2. Monitoramento e verificação de resultados

11 5.3. Oficina sobre implementação e divulgação do PMGIRS RT da Oficina de Implementação e DivulgaçãoX% (com apresentação e aprovação do RT daOficina de implementação e divulgação)Sugestão de percentual - 2%

PRAZO TOTAL SUGERIDO: 10 A 20 MESES

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REFERÊNCIAS

1) BRASIL. Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacionalde Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dáoutras providências. Diário Oficial da União, Brasília, nº 147, p. 3, 03 de agostode 2010.

2) BRASIL. Decreto nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Leinº 12.305 de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de ResíduosSólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidose o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa,e dá outras providências.

3) Silva Filho, C. R. V. Gestão de resíduos sólidos: o que diz a lei / CarlosRoberto Vieira da Silva Filho, Fabricio Dorado Soler – São Paulo: TrevisanEditora Universitária, 2012.

4) Ministério do Meio Ambiente; ICLEI – Brasil. Planos de gestão de resíduossólidos: manual de orientação, Brasília 2012.

5) SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento EconômicoSustentável. Estudo de Regionalização da Gestão Integrada de ResíduosSólidos do Estado de Santa Catarina. Plano Estadual de Gestão Integrada deResíduos Sólidos. Santa Catarina, 2012