Termodinâmica
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TERMODINÂMICA CLÁSSICA
• Uma rede de equações, desenvolvidas através de uma lógica formal da matemática a partir de alguns postulados fundamentais levando a uma grande variedade de deduções úteis;
• 22
• Os postulados e conceitos serão apresentados sem traçar um histórico dos mesmos;
• A aplicação da TD começa com a identificação de um corpo particular da matéria que chamamos de sistema
• Um sistema é definido como uma quantidade de matéria ou região no espaço escolhido para estudo.
• A massa ou região no lado de fora do sistema é chamado de vizinhança.
• A superfície real ou imaginária que separa o sistema da vizinhança é chamada de envoltória ou contorno. Define o volume de controle.
SISTEMA
Contorno
vizinhança
• Enunciado a 1° lei: “ Embora a energia assuma árias formas, a quantidade total de energia é constante e quando energia em uma forma desaparece, ela reaparece simultaneamente em outras formas”.
• A 1° Lei aplica-se ao sistema e as vizinhanças em conjunto, e não unicamente ao sistema.
( Energia do Sistema) + (energia da vizinhança) = 0
1° Lei da Termodinâmica
( Energia do vizinhança) = Q – W
(energia da Sistema) = Ut + EK + EP
• Q e W se referem a energia em trânsito através da fronteira que separa o sistema da vizinhança. A energia é armazenada na suas formas potencial (EP), cinética (EK) e interna total (Ut). Assim:
Ut + EK + EP = Q – W
• Convenção dos sinais: Q é positivo quando vai da vizinhança para dentro do sistema. W é positivo quando é executado pelo sistema sobre as vizinhanças
• Sistemas fechados (não permite a troca de massa), frequentemente sofrem processos que não provocam variação na sua energia mecânica, causando somente variação na energia interna. Assim:
Ut = Q – W• Para variações infinitesimais
dUt = dQ – dW(J)• Em muitos casos, a fronteira do sistema pode ser
escolhida de forma que a energia não cruze as fronteiras do sistema (além da massa), o que caracteriza como um sistema isolado.
• Uma propriedade termodinâmica pode ser uma característica observável de uma substância. Propriedades são divididas em duas categorias:
• Propriedades Extensivas – são aquelas que dependem da quantidade de massa do sistema (Vt e Ut);
• Propriedades Intensivas – são independentes da quantidade de massa do sistema (P e T).
• OBS: As propriedades específicas (U e V) são propriedades intensivas.
• O estado termodinâmico de um sistema é a sua condição como descrito pelas suas características físicas, isto é, pelas suas propriedades termodinâmicas.
Estado Termodinâmico e Funções de Estado
• As Funções de Estado são grandezas cujas propriedades não dependem da história passada da substância nem dos meios pelos quais ela atinge um determinado estado.
• Exemplos: energia interna, temperatura, pressão, volume.
• Já calor e trabalho não são funções de estado pois dependem da natureza do processo que causam a modificação.
Entalpia• A entalpia é definida para qualquer sistema (aberto ou
fechado) como:ttt VPUH .
• Onde: Ut é a energia interna total (J), P é a pressão absoluta (Pa) e Vt é o volume total (m3).
• Para uma unidade de massa ou de mol, a entalpia é dada por:
VPUH .• Como U, P e V são funções de estado, H também é
uma função de estado.
VPddUdH .
Processo com Escoamento Estacionário em Estado estacionário
• Do ponto de vista industrial, os processo que envolvem o escoamento de fluidos a uma vazão constante são muito mais importantes que processos sem escoamento
• Expressão matemática da primeira lei para um processo com escoamento estacionário em regime estacionário entre uma única entra e uma única saída
SWQzgu
H
2
2
SWQH
Processos a Volume Constante e a Pressão Constante
• Se o processo ocorrer a volume constante, o trabalho é nulo, e
Q = n U (V constante)• Dessa forma, para um processo sem escoamento,
mecanicamente reversível e a volume constante, o calor transferido é igual à variação na energia interna.
• Para entalpia, num processo a pressão constante:Q = n H (P constante)
• Dessa forma, para um processo sem escoamento, mecanicamente reversível e a pressão constante, o calor transferido é igual à variação na entalpia do sistema.
• Assim, se tivermos um processo a volume constante, mecanicamente reversível, temos que:
constante) (
constante) (
2
1
2
1
VdTCnUnQ
VdTCU
T
T V
T
T V
• Como H, CP e T são todos funções de estado, a penúltima equação se aplica a qualquer processo sendo conduzido ou não a pressão constante.
• Se tivermos um processo a pressão constante, mecanicamente reversível, temos que:
constante) (
constante) (
2
1
2
1
PdTCnHnQ
PdTCH
T
T P
T
T P
3.1 Comportamento PVT das substâncias puras• A entalpia e a energia interna não são diretamente mensuráveis;
Apesar disto, é a partir delas que se calculam as necessidades de calor e trabalho .
• Essas propriedades (U e H) são frequentemente avaliados a partir de dados volumétricos os quais são parâmetros acessíveis a medição (Pressão/Volume/Temperatura – PVT).
• Além disso, as relações PVT são importantes na medição de fluidos e no dimensionamento de vasos e tubulações.
• Fluidos homogêneos são normalmente divididos em duas classes: líquidos e gases.
• Diagrama P versus T:
Propriedades Volumétricas dos Fluidos Puros
Diagrama P versus T para uma substância pura
Ponto crítico
• A figura anterior não fornece qualquer informação sobre o volume; ela simplesmente mostra as fronteiras entre as fases em um diagrama P×T;
• Estas fronteiras aparecem num diagrama P×V como áreas, representando regiões onde três fases sólido/líquido, sólido/vapor e líquido/vapor, coexistem em equilíbrio numa dada temperatura e pressão;
pressão de vapor (saturação)
Curva de líquido saturado
Curva de vapor saturado
isotermas
• Regra das Fases: É uma regra que possibilita determinar o número de coordenadas independentes que devem ser arbitrariamente fixas de modo a estabelecer as coordenadas intensivas dos sistema.
• É um guia útil para determinar quantas propriedades, como P e T, têm de ser especificadas para a definição conclusiva de todas as propriedades e número de fases restantes capazes de coexistir em qualquer sistema.
• É dada por:
NF 2
• número de fases; N número de espécies químicas; F variância (ou graus de liberdade)
• Exemplo: Quantos graus de liberdade tem cada um dos sistemas a seguir?
1. Água líquida em equilíbrio com o seu vapor;
2. Água líquida com uma mistura de vapor d’água e nitrogênio;
3. Uma solução líquida de álcool e água em equilíbrio com o seu vapor.
11222 NF Especificar T ou P(1)
22222 NF Especificar T e P(2)
22222 NF Especificar T e P(3)
• Em geral todas as tabelas têm a mesma forma – usar a tabela de vapor d’água (usada em plantas de potência e em processos industriais);
• Na Tabela F.1 (vapor saturado, unidades SI), a coluna após uma dada temperatura (em °C ou em Kelvin) corresponde a pressão de saturação em kPa;
• As três colunas seguintes dão os volumes específicos em cm³/g (= 10-³ m³/kg);
• Nas demais colunas são encontrados os valores para o líquido saturado, vapor saturado e a diferença entre ambos para a energia interna específica (dada em kJ/kg), a entalpia específica (dada em kJ/kg) e a entropia (dada em kJ/kg.K).
1.2 Tabelas de Propriedades Termodinâmicas
• Para o cálculo do volume específico de uma mistura de líquido e vapor em equilíbrio, podemos utilizar o título.
• O título é definido como:
VL VxVxV ..1
total
vapor
m
mxTítulo
• Assim, o volume específico de uma mistura é dado por:
VL HxHxH ..1
• De forma semelhante, obtemos para as outras propriedades.
VL UxUxU ..1
Entalpia
Energia Interna
• Exemplo: Um vaso contendo um volume de 0,4 m³ contém 2,0 kg de uma mistura de água líquida e seu vapor em equilíbrio numa pressão de 502,06 kPa. Calcule:
a) O volume e a massa de líquido;
b) O volume e a massa de vapor;
c) Qual é a energia interna da mistura?
d) Qual é a entalpia da mistura?
• Das observações experimentais tem sido estabelecido que existe uma relação envolvendo P, V e T;
• A relação mais simples é dada pela equação de um gás ideal:
1.3 Equações de Estado
TRVP ..
Onde R é a constante universal dos gases (R = 8,314 kJ/kmol.K = 83,14 cm³.bar/mol.K = 1,987 cal/mol.K = 1,986 Btu/lb-mol.R).
• A Equação acima pode ser obtida a partir da teoria cinética dos gases na qual considera que não há interações moleculares e que as colisões entre as moléculas são elásticas. O modelo de gás ideal é útil pois é descrito por uma simples equação que é frequentemente aplicável com boas aproximações para gases com baixas pressões (até poucos bar).
• A equação do virial leva em consideração as interações moleculares através de seus coeficientes do virial. A equação do virial é dada por:
...1
.
.
32
V
D
V
C
V
BZ
TR
VPZ
Onde Z é o fator de compressibilidade
B, C, D, ... são os coeficientes do virial (segundo, terceiro, quarto, ...)
• A Equação acima é a única com uma base teórica firme Baseada na mecânica estatística.
• Para grande intervalos de temperatura e de pressão necessita-se de uma equação de estado mais abrangente do que a equação do virial;
• Tal equação deve ser suficientemente geral para ser usada para líquidos, bem como para gases e vapores. Para isto são utilizadas as equações cúbicas;
• A primeira equação de estado cúbica prática foi proposta por J. D. Van der Waals, em 1873:
• Onde a e b são constantes positivas. A constante b é destinada a corrigir o volume ocupado pelas moléculas, e o termo a/V² é uma correção que leva em conta as forças intermoleculares de atração.
2
.
V
a
bV
TRP
C
C
C
C
P
TRb
P
TRa
.8
. e
64
27 22
• Uma simples equação de estado que é consideravelmente mais precisa do que a de Van der Waals é a que foi proposta por Redlich e Kwong em 1949:
• Onde 2
1..
.
TbVV
a
bV
TRP
C
C
C
C
P
TRb
P
TRa
.08664,0
42748,02
52
• Por causa da sua simplicidade, esta equação pode não ser suficiente precisa para encontrar uso nos cálculos de tabelas precisas das propriedades termodinâmicas.
• Esta equação, no entanto, tem sido usada frequentemente para cálculos de misturas e correlações de equilíbrio de fase com razoável sucesso.
Desenvolvimento de Relações Termodinâmicas para um Gás Ideal
O gás ideal é um modelo de fluido útil, pois é descrito por equações simples que são frequentemente aplicáveis como boas aproximações para gases reais. Em cálculos de engenharia, gases a pressões de até poucos bars são frequentemente considerados ideais.
Processo a Volume constante (isocórico)
dTCQU V
Processo a Pressão constante (isobárico)
dTCQH P
RCC VP
Processo a Temperatura constante (isotérmico)
WQ
dWdQdU
02
1
1
2 lnlnP
PRT
V
VRTWQ
Processo Adiabático
PdVdTC
PdVdWdU
V
V
dV
C
R
T
dT
V
Se a razão entre as capacidades caloríficas for representada por :
11
VVV
V
V
P
C
R
C
R
C
RC
C
C
1-
2
1
1
2
V
V
T
T
Chegamos a:
1-
1
2
1
2
P
P
T
Te contante2211 PVVPVP