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Ano V Nº 114 Agosto/Setembro de 2008 ARTICULAÇÃO BEM FEITA: um novo centro, um novo shopping popular Terra de Oportunidades Acirp elege as melhores empresas e incentiva competitividade NA PRÁTICA: Nova coluna apresenta técnicas para gestão de empresas No quarto andar da Prefeitura 7 CANDIDATOS lutam por assento poderoso

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ARTICULAÇÃO BEM FEITA: um novo centro, um novo shopping popular

Terra de Oportunidades

Acirp elege as melhores empresas e incentiva

competitividade

NA PRÁTICA: Nova coluna apresenta técnicas para gestão de empresas

No quarto andar da Prefeitura 7 CANDIDATOS lutam por assento poderoso

2 Revista Acirp em Ação Agosto/Setembro de 2008

aoleitor

JORNALISTA RESPONSÁVEL Wiliam Gustavo - MTB 44.373/SP

COLABORADORES Claudia Lacerda, Cleuza Maria Idalgo F. Abib e Emerson Morais

FOTOS Xavier Neto

Este material é uma publicação bimestral da Associação Comercial e Empresarial

de São José do Rio Preto/SPRua Silva Jardim, 3099 - Centro

CEP 15010-060F.: (17) 3214 9433

www.acirpsjriopreto.com.br

GERENTES COMERCIAIS Stella Coeli Dimer Eduardo Fedozzi

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO Ivan Iggor Barreto - F.: (17) 9148-1951 - [email protected]

DISTRIBUIÇÃO Empresas associadas à Acirp, clínicas médicas, lojas de conveniência, bancas de revistas, órgãos públicos e entidades de classe.

CONTATO (17) 3021 5401 / 3021 2447 [email protected]

São José do Rio Preto é hoje a 7ª cidade em quali-dade de vida do Brasil, segundo a Firjan - Federa-ção das Indústrias do Rio de Janeiro. A classificação

leva em conta critérios como oportunidades de negócios, indicadores socioeconômico, além de investimentos dos setores públicos e privados. Nesta edição da Revista Acirp em Ação, apresentamos indicadores que reforçam essa classificação, como o “boom” da construção civil. Destaco ainda as 11 empre-sas que foram homenageadas pelo Jantar Empresarial da Acirp e que, juntas, mantêm um público consumidor diver-sificado; geram 2.098 postos de trabalho; comercializam cerca de 150 itens; além de realizarem investimentos em infra-estrutura e tecnologia. Nossa cidade foi construída sobre a égide dos esforços de pessoas empreendedoras e que hoje, estão a frente des-sas empresas de sucesso. Mas o Brasil do futuro será resultado das decisões que os nossos governantes tomarem no presente. Em out-ubro vamos eleger o prefeito, seu vice e 17 vereadores. Chamo a atenção do leitor para a importância do com-parecimento às urnas e do exercício do voto consciente e responsável. É importante analisar o plano de governo

de cada candidato, observando o que eles pretendem fazer por nossa cidade. Precisamos verificar a qualidade das idéias apresentadas e a real possibilidade de serem colocadas em prática. Para isso, a Acirp elaborou uma lista com 16 propostas para o desenvolvimento sócio-econômico de São José do Rio Preto. Elas foram entregues aos sete candidatos à prefeito durante a Plenária Política, promovida neste mês. Com esta ação, pretendemos contribuir para que o nosso associado e o eleitor tenham informações concretas para escolher o candidato que melhor atenda aos seus anseios. Uma escolha fundamental, que será determinante para o futuro dos nossos negócios, para o emprego e a qualidade de vida de nossos filhos e netos. Queremos pautar nossa gestão em ações concretas, gerando bene-fícios que atendam as múltiplas demandas dos nossos associados. Uma boa leitura!

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E X P E D I E N T E

M I S S Ã ODefender o empreendedorismo, gerando

benefícios aos associados, desenvolvendo a equipe de trabalho e fortalecendo a

economia de São José do Rio Preto e região.

P R O D U Ç Ã O

Ações concretas que geram benefíciosMauricio Bellodi PRESIDENTE

Osvaldo Graciani PRESIDENTE DO CONSELHO CONSULTIVO

Liszt Reis Abdala Martingo 1º VICE-PRESIDENTE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Beny Maria Verdi Haddad VICE-PRESIDENTE INSTITUCIONAL

Alceu Germano Sestini 3º VICE-PRESIDENTE DE SERVIÇOS A ASSOCIADOS

Leonice M. Zaguini DIRETORA DO CMEE

Carlos Alberto Villanova Vidal Junior DIRETOR NJE

André Gustavo De Giorgio DIRETOR DA DISTRITAL SUL

Adriana Neves DIRETORA DO EMPREENDER

Roberto Toledo DIRETOR DE COMUNICAÇÃO

Alvaro Luiz Estrella DIRETOR DE AGRONEGóCIOS

José Luiz Franzotti DIRETOR DE INDúSTRIAS

Pedro Luiz Ribeiro Rodrigues DIRETOR DO SETOR DE CONSTRUÇAO CIVIL

Ronaldo José Reis DIRETOR DO COMéRCIO

Marcos Augusto Apóstolo DIRETOR DO SETOR DE SERVIÇOS

Gil Eduardo Ferreira Fontes DIRETOR DO SETOR DE TURISMO

Susélide Cristina Tenani DIRETORA DO SETOR DA TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO

Márcio Marcassa Júnior DIRETOR DE COMéRCIO ExTERIOR

Liliamaura Gonçalves De Lima DIRETORA DE RELAÇõES PúBLICAS

Cassia Guerra DIRETORA CULTURAL

Ana Maria Jacob Lorga DIRETORA DE AÇÃO SOCIAL

Jean Louis Graciani DIRETOR DE MARkETING

Paula Regina Dos Santos DIRETORA DE BENEFICIOS

Telma Do Amaral Maia Polo DIRETORA DO SCPC

Luiz Henrique Mendes DIRETOR DE PROMOÇõES E EVENTOS

Ana Carolina Verdi Braga DIRETORA DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO

Valdecir Buosi TESOUREIRO GERAL

Antonio Carlos Sanches Nunes DIRETOR - 1º TESOUREIRO

Delcir Odair Bortoluzzo DIRETOR - 2º TESOUREIRO

Marcelo Mansano De Moraes SECRETÁRIO GERAL

Fernanda Cristina Caprio D’angelo DIRETORA - 1ª SECRETÁRIA

Sérgio Henrique Ferreira Vicente DIRETOR DE ASSUNTOS JURíDICOS

Vicente Conte Filho DIRETOR DE PATRIMÔNIO

DIRETORIA ACIRP - BIÊNIO 2008/2010

4 Revista Acirp em Ação Agosto/Setembro de 2008 5Agosto/Setembro de 2008 Revista Acirp em Ação

paineldoempreendedorpor Daniel Martins

Viúva e com oito filhos para criar. A soma dessa

adversidade com a criatividade em criar bons pra-

tos para o paladar e para os olhos fez Dalila Me-

deiros Grisi desenvolver seu talento. A cozinha já lhe era

familiar, principalmente as lições da avó, exímia doceira, e

da sogra, com quem aprendeu pratos salgados, mas, em

1976, ela precisou transformar a atividade em profissão.

Deu tão certo que, há 17 anos, foi criado o Buffet Dalila,

hoje um dos mais tradicionais do Estado de São Paulo. Aos

80 anos, Dalila ainda faz experimentações e cria pratos.

A administração da empresa, a cargo da filha Letícia e da

neta Ana Carolina, mostra que o caráter familiar ainda está

presente em seu negócio. Com cerca de 200 festas por

ano, o bufê sempre investe não apenas na gastronomia,

mas em utensílios como pratos, copos, taças e bandejas,

além de formação de seu pessoal. “A gastronomia teve seu

auge no século 18. Com o mundo moderno, perdemos

algumas tradições, mas o bufê procura na história o me-

lhor para reinventar em nossa época”, afirma Ana Carolina

Grisi.

à mesa

Bom gosto

Aos 80 anos, Dalila ainda faz experimentação e cria pratos

DALILA MEDEIROS GRISI, a filha Letícia e a neta Ana Carolina

6 Revista Acirp em Ação Agosto/Setembro de 2008

negócioénotícia por Roberto [email protected]

secos&molhadosDATATOLEDO1) O número de fundações e associações sem fins lucrativos no Brasil cresceu

três vezes mais que o das organizações públicas e privadas entre 1996 e 2005. Segundo pesquisa do IBGE e IPEA, a expansão primeiras foi de 215,1% contra 74,8% das segundas. A partir de 2002, data da pesquisa anterior, subiu 22,6%.

2) Antes da inauguração oficial da 6ª subestação, na região norte da cidade, a CPFL já atendia a 25 mil empresas ligadas nesta nova estação. Hoje a clientela da empresa é de 180 mil pontos de luz;

ExPANSÃO1) O comércio de São José do Rio Preto está cada vez mais moderno. Segundo

levantamento da Telefonica, 878 comerciantes já adquiriram o serviço Posto Informático – que oferece computador, internet rápida, manutenção, seguro e suporte 24 horas, além de duas novas opções de equipamentos: leitor de cartão magnético e impressora de nota fiscal eletrônica.

2) A cidade possui hoje 27 feiras livres espalhadas em 26 pontos definidos pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento. Algumas feiras chegam a ter até 122 barracas que comercializam variedades de frutas, legumes, verduras e até produtos artesanais como bijuterias.

FEIRAS ON-LINENo site da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento há mapas de acesso a todas as feiras que acontecem na cidade. Até o nome dos feirantes e a localização de suas barracas está disponível. É a tecnologia a serviço do bom preço e da qualidade dos produtos. O endereço é www.riopreto.sp.gov.br, e em seguida clique no link secretarias.

Economia, freqüentemente, não tem relação com o total de dinheiro gasto, mas com a sabedoria empregada ao gastá-lo

Saúdeé o que interessa Antonio Parise acumulou décadas de vida, passou pelos anos e nunca

deixou sua loja de móveis. Isso até sentir que a idade estava chegando, como costuma dizer. Também, pudera: hoje, o empresário está com 87 anos. Enfim, fechou as portas em maio, depois de mais de 60 anos no ramo, com a certeza de que a Móveis Parise era uma sólida tradição. Solidez, aliás, caracterizava seus produtos. “Era tudo muito bom. Tem gente que comprou móvel comigo há 50, 60 anos e tem até hoje. Eram os melhores móveis do Brasil”, diz. Outra característica do negócio era o trabalho conjunto com a mulher, Carmen, que sempre esteve ao seu lado e atuava até nos projetos dos móveis. Com o apoio dela, passou até pelos momentos mais difíceis, como a queda do Edifício Itália, em 1997, onde tinha privilegiado ponto comercial no térreo. Agora, ele usa o tempo livre para sair, passear, ir até o clube e jogar um pouco de bocha. Às vezes, tira um tempinho para dar consultoria em um fábrica de móveis tocada por marceneiros que atuavam com ele. É, aos 87 anos, ele ainda dá um jeito de trabalhar. “Não dá pra parar”, conclui.

bomdenegócio

Adicionar carinho à maneira de revelar um presente torna o momento muito mais terno. Com essa certeza, Fátima Pereira Verdi transformou esse seu cuidado em negócio,

com a abertura da Papel & Mais Papel. A empresa acaba de comemorar seu primeiro aniversário.

Presente que se apresenta

Solidez talhada em seis décadas

“Sempre fui apaixonada por papéis e sentia uma carência na cidade. O pouco que existia estava pulverizado”, diz. Ela reuniu tudo em um só lugar, desde a pequena bolsa para acondicio-nar um anel até conjuntos de caixas organizadoras. Entre um e outro, uma infinidade de embrulhos, fitas, sacolas e tudo que possa deixar um presente realmente com cara de presente. E há também produtos podem ser o próprio mimo, como caixas de madeira e scrapbooks, os álbuns de fotografia personalizados. As embalagens são vendidas com preços a partir de R$ 1,70. “A pessoa já gastou com o presente. O embrulho não pode ser caro”, explica. E ainda dá uma dica: as empresas que distribuem brindes podem deixar os presentes mais belos de maneira simples; basta dar o toque de capricho ao que vão distribuir.

FÁTIMA PEREIRA VERDI, comemora primeiro aniversário da Papel & Mais Papel

O Sindicont SJRP (Sindicato dos Conta-

bilistas de São José do Rio Preto) receberá

no dia 5 de setembro, o CAMINHÃO ESCOLA

IDEPAC que trabalha com a inclusão digital.

O caminhão escola, pertence à Fundação

Idepac e ficará instalado na cidade pelo

período de dois a quatro meses oferecendo

cursos gratuitos de informática, contabilidade,

escrituração fiscal e departamento pessoal.

O objetivo desta ação é preparar jovens

carentes, com idade entre 16 e 24 anos,

para o mercado de trabalho. Uma oportuni-

dade imperdível para aqueles que desejam se

qualificar.

O SICREDI, se mantém na lista pela segunda vez das 100 melhores empresas para traba-lhar no Brasil, segundo pes-quisa da Great Place to Work® Institute e Revista Época. Alcenor Pagnussatt, dire-tor-presidente da Confederação SICREDI confirma que para isso, está constantemente aprimorando suas políticas de gestão de pessoas, desenvol-vendo seus líderes e promo-vendo um ambiente interno de crescimento e de valorização dos seus mais de 11 mil colaboradores, que além de serem associados são donos do negócio.

Entre as melhores Educação

Depois de 60 anos, ANTONIO PARISE fecha sua loja: “a idade chegou”

O médico Luiz Fernando Colturato vai muito bem na administração da

Unimed de SãoJosé do Rio Preto. Ele anuncia o início das obras da distri-

buidora de medicamentos e produtos médico-hospitalares, com inauguração

prevista para o final do ano, no Mini Distrito Industrial Tancredo Neves. Há

ainda a instalação de mais academias ao ar livre, em parceria com a Prefei-tura, que devem chegar a 12. A Un-

imed inaugura ainda em setembro, na Avenida dos Estudantes, o seu Banco de Leite Humano. Uma conquista em

parceria com o Rotary Clube Cinquentenário e Secretaria

Municipal de Saúde.

napráticapor Adriana Neves

[email protected]

noSSo MAior

DESAfioé SEM DúviDA A forMAção E CAPACitAção DA “noSSA gEntE”

Preocupados em crescer, atingir metas, tomar distância da con-corrência, nós, empresários e empreendedores buscamos nos últimos anos as mais modernas e elaboradas ferramentas e

metodologias de gestão. Pesquisamos, contratamos consultores, fizemos e refizemos cursos e treinamentos, olhamos agora para nos-sas Empresas e nos deparamos com um “arsenal” que visa apri-morar os “meios”, ou seja, a gestão de nossas Empresas, estas fer-ramentas, se trabalhadas com foco e disciplina realmente trazem ou pelo menos nos ajudam a chegarmos dos resultados esperados.

Para elaborarmos a estratégia, usamos como ferramentas:• SWOT• SOWOT• Matriz de Correlação• Matriz de Priorização • 5W2H para um Plano de Ação

Através do Planejamento Estratégico elaboramos e divulgamos sobre nossas empresas suas:• Missão• Visão• Crenças • Valores

E quando estamos com um novo produto? Neste caso usamos metodologias para desenvolvermos seu posicionamento, afinal precisamos saber:• Target• Frame of Reference• Point of Diferencce• Support

Não é só isso, nem comentamos ainda sobre controle de custo e produtividade. Para sabermos como estamos com nos-sas metas, não abrimos mão do:• PDCA (isso, o ciclo do PDCA)• Itens de controle e verifica-

ção das metas

Nosso maior desafio é sem dúvida a formação e capacitação da “nossa gente”. As pessoas da em-presa que receberão o desdobramento das metas, receberão também todo o “arsenal” para aprimorar a gestão da empresa, mas, de novo, devem estar preparados para fazer o melhor uso de tudo isso. Nossa proposta para as próximas edições é falar sobre estas e outras ferramentas de gestão, mas já avisando, vou sempre lembrá-los que sem “GENTE” não implantamos nada. Ou preferimos “arriscar um tiro o pé”?

Ufa! Será que acabamos? Já “tomamos” toda a sopa de letrinhas? Parecia tão mais simples quando aprendemos na faculdade que:• A = POLA

Administrar = Planejar, Organizar, Liderar e AvaliarNão, não acabamos! Temos muito mais fer-ramentas, aliás, temos mais QUESTÕES, afinal questões são possíveis de serem RESOLVIDAS. Para começar:O que fazemos com tudo isso se não tivermos GENTE boa, capacitada e motivada para “fazer acontecer”?Temos como opções:• Deixar os quadros da Missão e Visão

como decoração na recepção• Guardamos na Gaveta• Guardamos na gaveta virtual da

intranet

E toda aquela metodologia para o Planejamento Estratégico? Os SWOTS, os Planos de Ação preenchidos? Todos os “Dablius” e os “Agas”?• Choramos?• Corremos?• Gritamos?• Convocamos a equipe (e que

equipe?) para um churrasco, reunião ou encontro para mais uma vez falarmos o nosso SONHO, do propósito de sermos maiores?

ADRIANA NEVES, empresária, é diretora da Acirp e da Confenar - AmBev

empresarialGestão

Marcelo Henrique (PSoL)

Eloy Gonçalves (PSC)Valdomiro Lopes (PSB) Orlando Bonçone (PPS)

João Paulo Rillo (Pt)

Jean Dornelas (PMn)

Cacau Lopes (Pv)

por Daniel MartinsELEIÇÕES

Começou a dança da cadeira. É como aquela brincadeira de criança. Quem quer ser o vencedor faz o que pode para estar mais perto do cobiçado assento. Quando a música pára, quem consegue o lugar se sagra. Mas a similaridade com o mundo

infantil pára por aí. A disputa em questão não tem nada de brincadeira. Em São José do Rio Preto, sete candidatos lutam por uma cadeira específica: a de prefeito da cidade. Em ordem alfabética, eles são Cacau Lopes, Eloy Gonçalves, Jean Dornelas, João Paulo Rillo, Marcelo Henrique, Orlando Bolçone e Valdomiro Lopes. Um deles ocupará aquele assento por quatro anos. Ele então terá o controle não só da música, mas das artes. E também da saúde, da educação, do emprego, da moradia, do saneamento, da economia, enfim, de cada aspecto que pode fazer de São José do Rio Preto um lugar

DançaJornalista acompanha a luta de sete candidatos pelo assento mais poderoso da cidade, no quarto andar da prefeitura: a cadeira de prefeito

melhor. Terá também o poder de convidar a todos para fazer parte da celebração ou privilegiar só seus amigos, seus próprios interesses. Ele precisará, também, trabal-har em conjunto com os vereadores: são 295 postulantes a 17 vagas. O lado interessante dessa disputa é que a decisão, aqui, está nas mãos da platéia. Cada um dos eleitores pode - e deve - mudar a história. E isso, na prática, é tão simples quanto apertar as teclas em um painel. O difícil mesmo é escolher quais botões pressionar. Aí entra a observação, aquela que vai além dos discursos, de preferência de perto, frente a frente com o candidato. No meio de tantas palavras, procura-se o que há de bom, concreto, sensato, realizável. Procura-se a sinceridade que vá além da retórica e dos gestos. Procura-se o que está, muitas vezes, implícito. Uma dessas oportunidades de obser-vação foi promovida pela Acirp, dia 18 de agosto, em plenária com todos os candi-datos no Centro de Convenções da Acirp “Anatol Kornaski”. Ali foi possível observar o verdadeiro sentido de democracia pelas notáveis dife-renças entre os candidatos: e não se trata de dizer que uns eram pio-res ou melhores, mais ou menos prepara-dos. Eram simplesmente diferentes. Notar que a cadeira está vaga e não faz distin-ção de pessoas é perceber a democracia. Nos bastidores, começa a dispari-dade. Enquanto um candidato tem todo o aparato de uma equipe e gente para ajudar a pensar cada passo do dia, outro chega a compor letra e música do próprio jingle de campanha. E as diferenças pes-soais independem de roupas: elas vão da simples camisa, passam pelo blazer e chegam até a gravata. A pauta que sugere os assuntos a

serem abordados é distribuídas. Uns es-tudam seu conteúdo. Outros têm certeza de que nem precisam consultá-la. Sabem muito bem o que vão dizer ou conhecem muito bem a própria capacidade de falar sem dizer muito. No palco, há de tudo. Um fala com tanto entusiasmo que chega a ficar de olhos arregalados. Outro discursa pausa-damente, com uma calma que desafia a atenção dos ouvintes. O tom de voz pode soar exaltado, quase raivoso, ou então ter um quê de bate-papo informal. No conteúdo, há propostas mirabolan-tes, que soam fantasiosas até ao mais in-gênuo eleitor. Outros preferem falar de sua vida pessoal, se apresentar à platéia, se tornar de casa. Há quem fale com extrema fluência, mesmo que, no extrato das pala-vras, não esteja falando coisa alguma. De acordo com o presidente da Acirp Mauricio Bellodi, esta plenária deu uma contribuição ao processo decisório de nos-sos associados e da população. “Foi uma forma de reunir em um espaço democráti-co todos os cadidatos para discutir as propostas para o desenvolvimento socio-econômico da cidade”. Os mesmos candidatos que ali es-tavam se apresentam nas ruas, em outros eventos, na televisão, assim como os que querem um espaço na Câmara Municipal. Em cada um desses momentos, o eleitor tem a oportunidade de avaliar, de colocar em ação o filtro que separa o que é se-mente - e pode gerar frutos - do que é descartável. A dança da cadeira começou. Cada um dos eleitores tem, nos botões à sua frente, o controle da música, em forma de voto. Cada um pode deixar em vantagem qualquer um dos candidatos. Que, juntos, escolhamos o mais preparado.

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10 Revista Acirp em Ação Agosto/Setembro de 2008

12 Revista Acirp em Ação Agosto/Setembro de 2008 13Agosto/Setembro de 2008 Revista Acirp em Ação

JANTAR EMPRESARIAL

Acirp elege e premia as melhores empresas de São José do rio Preto

Pode ser que alguns leitores tenham estranhado, na capa da revista, a imagem de um girassol, mas o sucesso que essa flor representa para al-gumas culturas é também o concebido por muitas empresas de São José

do Rio Preto. Conhecida por seguir o caminho do sol, a planta representa a busca cons-tante pelo triunfo, por não perder o foco de seus objetivos. Fama, felicidade, poder e calor são alguns dos símbolos relacionados ao girassol. Para o feng shui, técnica oriental que procura potencializar as energias dos ambientes, a flor ainda representa a integridade e força que temos dentro de nós e que queremos transmitir aos outros. Já os incas deram ares de divindade à planta, esculpindo objetos em ouro que representavam o girassol como deus do sol. Entre tantos “girassóis” existentes na cidade, a Acirp colheu os melhores para serem homenageados e estimular a competitividade. Na noite do dia 15 de agosto, nove empresas e dois empresários rio-pretenses foram homena-geados no Jantar do Comerciante, promovido pela Acirp há 55 anos, e é um verdadeiro reconhecimento ao trabalho e ao êxito por elas alcançado. Confira a lista de premiados.

Sucesso nasce da atuação em mercado nada comum: commodities agropecuárias Comercialização de commodities agropecuárias de milho, soja, açúcar e boi gordo. Um ramo de atividade nada comum se tratando de uma cidade como São José do Rio Preto. Mas como toda regra tem uma exceção, a Pasturas Agronegócios se instalou na cidade e ficou. A empresa completa 5 anos e atua em oito Estados brasileiros. Para o empresário Rodrigo Zobaram a escolha pela região é simples: a cidade está estrategicamente posicionada entre o maior centro produ-tor agrícola brasileiro e o maior centro consumidor, que é o Estado de SP. Rodrigo acredita que a cidade tem características de metrópole, mesmo localizada no meio do “centro nervoso do agronegócio nacio-nal”.

Tradição, dedicação e superação O Laticínios São José é sinônimo de tradição no comércio de São José do Rio Preto. Fundado em 1968 pelas mãos de Samy Guraib, o laticínio começou como uma empresa especializada em queijos, hoje ocupa o box número um no Mercadão Municipal da cidade e comercializa mais de 400 itens. O latícinio emprega hoje cerca de 25 funcionários e carrega a fama de ser uma das maiores empresas atacadistas de mussarela da cidade. O Laticínios São José ainda respira o saudoso espírito de Samy Guraib, que certamente vive no trabalho e na dedicação de seus filhos, Roberto e Fernanda Guraib.

Procura por produtos e facilidade para obter matéria prima são pilares Um segmento diferenciado em uma região diferenciada. A Banderplaca está na região norte de São José do Rio Preto desde 1992. O segredo do negócio é simples: o fácil escoamento de produtos - a Banderplaca atende centenas de cidades e empresas de todo o país - e acesso aos fornecedores de matéria-prima. Quando foi criada, a empresa ofe-recia poucos produtos. Hoje confecciona letras em aço inox, latão, galvanizado, alumínio e bronze, placas de homena-gens, brasões, bandeiras e troféus, além de criar e aplicar adesivos em veículos. Para produzir tudo isso, a Banderplaca tem cerca de 70 colaboradores.

Laticínios São JoséComércio

Pasturas AgronegóciosAgronegócios

BanderplacaDistrital Norte

Rede RecapexComércio Descentralizado

Com 28 lojas no Estado, marca acha espaço para florescer em São José do Rio Preto Que São José do Rio Preto é uma terra de oportunidades todos já sabem. Para a Re-capex, empresa fundada em outubro de 1970, na cidade de Taquaritinga, não foi diferente. Atuando em um mercado diferenciado, a empresa conquistou espaço no ramo de reforma de pneus e alinhamento e balanceamento de caminhões. Em São José do Rio Preto, a Recapex está desde 2005 com duas lojas, uma chamada de Truck Center, que presta serviços de alinhamento e balanceamento para veículos pesados, e outra recapadora, que faz reforma de pneus com a inovadora tecnologia Bandag. Cidades como Taquaritinga, São Carlos, Ara-raquara, Barretos, Ribeirão Preto, Jaboticabal, Sertãozinho, Franca, Fernandópolis, Catanduva, Campinas e Limeira também contam com os serviços da Recapex. A empresa é gerenciada pela família, que cuida dos 28 centros de serviços espalhados pelo Estado de São Paulo.

Elas valemouropor Daniel Martins

rodrigo Zobaran e o diretor do fórum osni

de Assis Pereira

fernanda e roberto guraib entre o ex-presidente da Acirp José Paschoal Costantini

A diretora da Acirp telma Maia Polo e o ex-presidente Daniel ferreira de freitas entregam o diploma para o empresário Adriano rocha

o empresário Luiz Zambon entre Mauricio Bellodi e Antonio Carlos Parise - vice-presidente executivo da facesp

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14 Revista Acirp em Ação Agosto/Setembro de 2008

Número de consumidores, provenientes de 96 cidades, é estimado em 2 milhões Em menos de um ano já são 150 lojas, cerca de dois mil empregos diretos, um fluxo de 350 mil pessoas por mês. Para a realização deste empreendimento, foram investidos cerca de R$ 11 milhões de reais. O Plaza Avenida Shop-ping, o novo centro de compras de São José do Rio Preto e região, conta ainda com total segurança, acessibilidade, elevadores e escadas rolantes, 1,3 mil vagas de estacionamento, sendo 300 no estacionamento VIP - coberto e com manobrista. O shopping preza também a responsabilidade ambiental. Em seu projeto arquitetônico e paisa-gístico foram utilizados conceitos de sustentabili-dade e preservação do meio ambiente. Estima-se que o Plaza atenda a dois milhões de pessoas de 96 municípios.

Observando um nicho no mercado, ela desenvolveu uma série de serviços Para ela o sucesso profissional veio de uma forma diferente e natural. Sueli Noronha Kaiser trabalhava na Beneficência Portuguesa de São José do Rio Preto e viu que alguns pacientes tinham dificul-dade em arrumar equipamentos e serviços como macas, cadeiras de roda, transporte hospitalar, assistência médica domiciliar, entre ou- tros. Foi aí que ela resolveu montar uma loja que vendesse e alugasse equipamentos do ramo, além de prestar serviços. Hoje o Grupo Cene trabalha com produtos diferenciados como Home Care, uma espécie de hospital em casa, Cene Med, um plano de emergência, Cene Es-porte, que faz cobertura de jogos e eventos, Cene Consultoria, que dá suporte em implantação de projetos hospitalares, e o Cene Remoção, serviço de U.T.I Móvel. Sueli se mudou para São José do Rio Preto em 1970 e diz que aprendeu ser empreendedora observando seu grande professor, o médico Domingo Braile.

Eficiência para atender “batalhão” de 90 mil passageiros por dia Cerca de 90 mil passageiros. É este o número de pessoas que entram e saem dos ônibus da Circular Santa Luzia todos os dias. Para levar este batalhão de pessoas, a empresa conta com 769 funcionários e 285 ônibus. A circular tem hoje 60 anos e é considerada uma das maiores empresas de transporte público do Estado. O que poucos sabem é que a Santa Luzia é responsável pela terceira maior folha de pagamento de São José do Rio Preto. A responsabilidade social e ambiental também é uma das preocupações da empresa. Hoje são atendidos cerca de 140 deficientes físicos por dia gratuitamente. Ações como reciclagem de água, participação em realizações como o Dia de Fazer a Diferença, Campanha do Agasalho, Caravana da Cidadania, programa educativo de plantio de árvore, uso de biodisel e controle de poluição, entre outras ações, fazem da Circular Santa Luzia uma grande empresa de prestação de serviços.

Da experiência, nasce loja com vocação para ser referência A paixão pelos vidros e espelhos começou quando Adhemar Gonçalves Sotello ainda era jovem. Ele, que nasceu em São José do Rio Preto em 1931, trabalhou com o pai na profissão de vidraceiro durante dois anos. Mas a empresa foi vendida e Adhemar começou em um novo emprego na mesma profissão. No novo trabalho, ele atuou por mais dez anos, até que sentiu a necessidade de montar o seu próprio negócio. Com a vasta experiência que adquiriu como vidraceiro, ergueu as portas da tradicional Vidraçaria Sotello. Hoje, a empresa é tradicional não apenas por estar no mesmo segmento e mesmo endereço há 50 anos, mas por comercializar diversos tipos de produtos entre vidros, espelhos e porta-retratos, sempre visando a qualidade do produto.

Já premiada, empresa agora dá um passo rumo ao futuro e investe em biocolchões Uma colchoaria que começou no interior de São Paulo e conquistou o mundo. Tudo teve início em 1958 sob o comando de Johnny Jardini. Com sua visão de empreendedor na década de 1960, Jardini introduziu no país o colchão de molas e a Americanflex foi a primeira empresa nacional a trabalhar com uma máquina de espumação contínua. Em 2008, a empresa comemora 50 anos com o mérito de ser a maior empresa de colchões do Estado de São Paulo. Atualmente, a Americanflex é uma das cinco maiores indústrias de colchões do país. Detentora de certificações importantes, como o ISO 9001 e Selo Pró-Espuma, ela investe na sua linha exclusiva de produtos ecologicamente cor-retos: os biocolchões.

Mais que um jovem aventureiro: um empresário de visão O sonho de ser empresário começou cedo na vida de Rogério Borges Mouro, quando ele ainda estava na faculdade. Um empreendedor nato, escolheu um mercado ainda não muito conhecido na época. Em cresci-mento constante desde 1997, a MCOM especializou-se no desenvolvimento e implantação de projetos de tec-nologia da informação atendendo ao mercado corporativo. A empresa investe constantemente na atualização e capacitação profissional da sua equipe, o que faz de Rogério um empresário de visão, mas um empresário de visão. Em 2001, a MCOM recebeu pelas mãos da Microsoft Brasil o Certificado de Reconhecimento Profis-sional, resultado da participação no concurso “Seu Caso de Sucesso Vale Ouro”, que selecionou apenas cinco empresas entre 300 inscritas em todo Brasil.

Plaza Avenida ShoppingEmpreendimento

Sueli Noronha Kaiser (GRUPO CENE)

Mulher Empreendedora

Circular Santa LuziaPrestação de Serviços

Vidraçaria SotelloTradição

AmericanflexIndústria

Rogério Borges Mouro (MCOM - TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÃO)

Jovem Empreendedor

Lecar Centro AutomotivoEmpreender

“O mercado é bom e grandes oportunidades surgem a cada dia”, diz empresário Em 1992 Alessandro Adriano Vieira era jovem, mas já iniciava sua carreira como empresário. No início todos diziam que ele era muito novo para tomar conta de seu próprio negócio. Hoje, 17 anos depois, já está mais do que provado que Alessandro fez certo em não dar ouvidos a quem não acreditou em seu potencial. Ele emprega quatro colabora-dores em uma movimentada oficina e já busca expandir os negócios. Para Alessandro, escolher São José do Rio Preto para trabalhar foi simples. Ele nasceu na cidade e toda sua família é daqui. O empresário acredita que o mercado na cidade é muito bom e grandes oportunidades surgem a cada dia: “basta saber abraçá-las”.

Alexandro vieira, o ex-presidente da

Acirp valdir nonato e diretora Adriana neves

Bellodi, Márcio Porto - superintendente do shopping, e osvaldo graciani - presidente do Conselho Consultivo da Acirp

Bellodi, Johnny Jardini e o ex-presidente da Acirp Luiz Carlos Bianchini

Bellodi, rogério Borges Mouro e o diretor da Acirp Marcelo Mansano de Moraes

Mauricio Bellodi, Sueli Kaiser e a ex-presidente da Acirp iolanda Bassitt

Adhemar Sotello e o prefeito Edinho Araújo

16 Revista Acirp em Ação Agosto/Setembro de 2008 17Agosto/Setembro de 2008 Revista Acirp em Ação

por Daniel Martins

Mercado imobiliário aquecido em todo o país se reflete com força em São José do rio Preto, onde há imóveis para todos os gostos e bolsos

abertasDe portas

imóveis para todos os gostos. E com a compra extremamente facilitada. Este é o perfil do mercado imobiliário de São

José do Rio Preto, que só neste ano terá pelo menos 20 lançamentos no setor, com possibilidade de chegar a 22. Apenas com estes empreendimentos, acredita-se que 6 mil unidades entrarão no mercado nos próximos dois anos. Os dados são do Secovi (Sindicato da Ha-bitação), que também estima um déficit residencial de 8 mil imóveis na cidade. Ou seja: o mercado não só está aquecido, como deve se manter assim. Mas o mercado não estaria movi-mentado se a população não apresen-tasse poder de compra. É aí que entram as diversas opções de crédito, que facili-tam a aquisição da casa ou apartamento próprio. “Só não compra imóvel hoje quem não quer”, afirma o empresário Marcelo Mansano, representante da incorporadora MRV, responsável por uma série de lan-çamentos. Os prazos de financiamento após a entrega das chaves pode chegar a 30 anos, dependendo das condições da negociação. Com mais prazo, as parcelas ficam menores e muito mais acessíveis. Para se ter uma idéia de como o fi-

ROSSI E TARRAFINCORP: sala de estar do Dueto integrada à varanda

HABITAÇÃO

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nanciamento está facilitado, basta olhar para os números nacionais. No primeiro semestre deste ano, 128,4 mil unidades foram financiadas no país, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O número supera em quase 59% o resul-tado do mesmo período no ano passado. No mesmo comparativo, o volume liberado para o crédito imobiliário cresceu ainda mais: 86,6%, chegando a um montante de R$ 12,93 bilhões. Para o diretor administrativo da Rodo-bens Negócios Imobiliários, Jamil Nassif, o bom momento para o mercado de imóveis em São José do Rio Preto é reflexo dessa situação nacional. “Não é uma situação exclusivamente da cidade. O nível de ren-da está maior. As pessoas procuram esse tipo de empreendimento”, diz Nassif. Some a esse fator as características de São José do Rio Preto, que apresenta bom sistema de saúde e educação e gera empregos com os fortes setores de indús-tria, comércio e serviços, se tornando uma capital regional e atraindo naturalmente novos moradores. Está formado o cenário completo para um mercado imobiliário aquecido e em expansão. No caso específico de São José do Rio Preto, Nassif afirma que há público para todos os tipos de imóveis. A cidade ainda apresenta boas áreas para implantação de condomínios horizontais, algo muito difícil em grandes centros, como São Paulo. Nos últimos anos, grande parte dos lançamen-tos era desse tipo. Mas a prova da diversificação da oferta são lançamentos de condomínios vertic-ais, que representam a maior parte dos empreendimentos da MRV. Neste campo, outra novidade foi lançada em junho, por

Informe Publicitário

meio da parceria entre Rossi e Tarrafincorp. Chamado de Dueto Boulevard, o empreen-dimento visa a classe A e prima, especial-mente, por sofisticação e localização. “Se você não tiver uma boa localização, qualidade no serviço, atenção aos produtos e cuidado com os detalhes, de nada adian-ta um mercado aquecido”, afirma Olavo Tarraf, presidente da Tarrafincorp. O Dueto Boulevard fica próximo ao Wal-Mart e ao Plaza Avenida Shopping. O bom momento para vender ou com-prar imóveis se reflete também para quem procura emprego na área. O saldo de vagas no primeiro semestre deste ano chegou a 2 mil, número 15% maior do que o obtido no primeiro semestre do ano passado (650 empregos computados). Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscom-SP).

RODOBENS: green fields: diferencial no estilo de viver

MRV: Ambiente do village rio volga, condomínio de sobrados

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Foto: Studio EPZ/Arquivo Acirp

NovoNovocentro

Um dia depois de completar 28 anos, o Calçadão amanheceu diferente. A cor azul que marcava a praça Dom José Marcondes há mais de uma

década foi desvanecendo aos poucos e abriu espaço, não só fisicamente, mas também para a renovação de todo o centro de São José do Rio Preto. Foi naquela manhã de sábado que os camelôs deixaram o local, de-pois de longos e, por vezes, polêmicos debates, levando consigo suas mercadorias, suas barracas e as lonas de cobertura, com a cor característica que emprestou seu nome ao título popular do local: Shopping Azul. A mudança não foi fácil. Foi preciso muito plane-jamento, trabalho em conjunto da prefeitura com a Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb) e o apoio fundamental da Acirp, além de outras enti-dades representativas do comércio. Comércio, aliás, que comemorou a novidade, não só para o bem do Calçadão, mas de todo o Centro. “Estava demorando para fazer. [O comércio infor-mal] era o espinho na garganta do comerciante esta-belecido”, afirma Hayssam Muhamad Akad, proprietário do Kiberama, instalado na rua Bernardino de Campos, a poucos metros do Calçadão. O restaurante foi aberto há 43 anos, sendo que os primeiros 20 ficou no quar-teirão de baixo, área que foi abraçada pelo petit-pavé (pavimentação utilizada nas ruas do Calçadão). O empresário comemora a saída dos camelôs não

só pelo comércio, mas também pela cidade. “Até que enfim. É preciso parabenizar a Acirp, que traz a novidade. A cidade merece uma praça bonita, limpa”, diz Akad. Em sua visão, o principal desafio agora é manter a segurança e a limpeza da área. Segurança, aliás, é um dos pontos fortes do projeto. Em julho, voltaram a funcionar as 12 câmeras de vigilância instaladas no Calçadão. As imagens são monitoradas em uma sala na área central. Os custos do projeto são bancados pela Acirp, Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) e Praça Shop-ping. O monitoramento ajuda a coibir crimes na área central, já que os vigilantes são instruídos a acionar a Polícia Militar e Guarda Municipal, caso qualquer atividade suspeita seja flagrada. Entre os consumidores, as alterações também são bem-vindas. A comerciante Mar-lene de Oliveira, que costuma fazer compras no Centro, aprova as mudanças. “Com os camelôs ficava muito desorganizado”, diz. A empacotadeira Silvia Morcilo, que também visita as lojas do Centro para fazer compras, é outra que vê a revitalização de maneira positiva. “É uma boa mudança. Tá legal”, afirma. Assim que os camelôs foram retirados, iniciou-se uma obra de revitalização na praça Dom José Marcondes, feita pela Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb), avaliada em cerca de R$ 200 mil.

Saída de camelôs do Calçadão abre espaço para revitalização da área central

Com a retirada dos camelôs, começa uma obra de revitalização na praça Dom José Marcondes, feita pela Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb), avaliada em cerca de r$ 200 mil

COMÉRCIO por Daniel Martins

Antes

Depois

23Agosto/Setembro de 2008 Revista Acirp em Ação 22

Há 28 anos, uma polêmica abraçava o comércio de São José do Rio Preto: ainda repercutia na cidade a criação de um mo- delo de comércio “importado” da Europa e dos Estados Unidos, adotado com sucesso em Curitiba, inaugurado em 19 de julho de 1980 por aqui. A rua Bernardino de Campos, entre a Silva Jardim e a Prudente de Moraes, acabara de ganhar calçamento em petit-pavé, assim como as quadras contíguas da Jorge Tibiriçá, Siqueira Campos e Tiradentes - o pavimento da General Glicério só seria inaugurado um ano depois. Era o nascimento do Calçadão. Era o medo da novidade que assombrava os comerciantes da área central. Eles temiam que a expulsão de carros de algumas ruas da área central afastasse, também, os consumi-dores - e a tese de quem defendia o empreen-dimento era justamente o contrário: a maioria pedestre seria beneficiada em relação à mino-ria em veículos. Quase três décadas mais tarde, pro-vou-se que o modelo funciona. Não só o Calçadão, mas todo o Centro, já estava consolidado historicamente como refe- rência em local de compras. Atualmente, a área busca um novo impulso para atrair con-sumidores acostumados a shoppings centers e enfrentar a concorrência do comércio infor-mal, este, aliás, instalado em seu coração, na praça Dom José Marcondes. Com a saída dos camelôs, foi dado o primeiro passo para revi-talizar toda a área central. O primeiro passo rumo ao futuro.

Antes ele era conhecido como “shopping azul”, pela cor das lonas que cobriam as barracas. Os vendedores informais retirados da praça Dom José Marcondes em julho não ficaram desampara-dos. Eles foram transferidos para o shopping popu-lar “Waldemar Alves dos Santos”, no piso superior da rodoviária municipal, a apenas um quarteirão de onde trabalhavam. “Além de revitalizarmos o Centro, criamos a oportunidade desses comerciantes de darem um grande passo rumo à formalidade”, afirma o secre-tário de Desenvolvimento Econômico de São José do Rio Preto, Liszt Abdala Martingo. Já o secretário municipal da Fazenda, Celso Nunes Gonçalves, vai além: “Todos ganham com as mudanças. O pessoal que saiu da praça agora tem um endereço, mais auto-estima, dignidade. Eles têm espaço para se tornarem micro-em-presários e podem conseguir empréstimos. Nós ganhamos uma praça saudável, desobstruída”, diz No novo local há espaço para 154 lojistas. Nove formam a praça de alimentação e 145 são de comércio em geral. Os produtos pirateados estão proibidos. Até o fim de 2008, esses comerciantes passarão por 18 etapas de treinamento e orienta-ção para agir na legalidade. Mas o sucesso já está garantido. “O temor que eles tinham de não ter movimento já foi completamente afastado. Quem comprava com eles era fiel e, agora, há novos cli-entes, que tinha, receio de comprar com camelôs. Agora, o andamento depende muito deles [comer-ciantes], mas já deu certo”, afirma Gonçalves.

Camelôs ganham shopping popular

A história do calçadão

saibamais

A transferência dos ambulantes foi uma ação integrada entre as secretarias municipais de finanças, Desenvolvimento Econômico, Assistência Social e Emurb, além da Acirp

LISZT ABDALA MARTINGO SECrEtÁrio DE DESEnvoLviMEnto

EConÔMiCo E nEgÓCioS Do tUriSMo

LISZT ABDALA MARTINGO no shopping popular Waldemar Alves dos Santos