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RENATA GRACIOSO BORGES
Tese de doutorado
Estudo da espacializao das prevalncias de desnutrio e
excesso de peso em pr-escolares de Araraquara/SP, em 2001 e
2004.
Faculdade de Cincias Farmacuticas da Univers idade Estadual Paulista/UNESP
Araraquara/SP 2009
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Renata Gracioso Borges
Estudo da espacializao das prevalncias
de desnutrio e excesso de peso em pr-
escolares de Araraquara/SP, em 2001 e
2004.
Tese apresentada ao Programa de Ps-
Graduao em Alimentos e Nutrio
da Faculdade de Cincias
Farmacuticas da Universidade
Estadual Paulista Jlio de Mesquita
Filho, para obteno do grau de
Doutora em Cincias dos Alimentos e
Nutrio.
rea de: CINCIAS NUTRICIONAIS
Orientadora: Prof. Dr. Thas Borges Csar
Co-orientador: Prof. Dr. Joo Bosco Faria
ARARAQUARA SP
2009
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CAPES: 40500004
CAPES: 40500004
CAPES: 40500004
Borges, Renata Gracioso
B732e Estudo da espacializao das prevalncias de desnutrio e excesso de peso
em pr-escolares de Araraquara, SP, em 2001 e 2004 / Renata Gracioso Borges.
Araraquara, 2009.
147 f.
Tese (Doutorado) Universidade Estadual Paulista. Jlio de Mesquita Filho.
Faculdade de Cincias Farmacuticas. Programa de Ps Graduao em Cincias
Nutricionais.
Orientadora: Thais Borges Cesar
Co-orientador: Joo Bosco Faria
1. Desnutrio Pr-escolares. 2. Obesidade Pr-escolares. 3. Estado
Nutricional. 4. Espacializao. I. Cesar, Thais Borges, orient. II. Faria, Joo Bosco,
co-orient. III.Ttulo.
CDD: 641
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COMISSO EXAMINADORA
Prof. Dr. Thas Borges Csar
(Orientadora)
Prof. Dr. Jos Luz Riani Costa
(membro)
Profa. Dra. Maria Jacira Simes
(membro)
________________________________________________________
Profa. Dra. Marina Vieira da Silva
(membro)
Profa. Dra.Vera Mariza Henriques de Miranda Costa
(membro)
Araraquara, junho de 2009.
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Existe um tempo certo para cada coisa,momento oportuno para cada propsito debaixo do Sol: Tempo de
nascer,tempo de morrer; tempo de plantar,tempo de colher" (Eclesiastes 3:1-2)
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Dedicatria
Dedico especialmente minha amada me Dina Maria , que sem
dvida, a principal responsvel por es ta minha conquista.
Dedico a meu pai Jos Joaquim ( in memory).
Dedico tambm s minhas irms Roberta e Flvia e s minhas
queridas V Dina e tia Edona.
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AGRADECIMENTOS
Agradeo especialmente a minha orientadora querida Profa. Dra. Thais Borges Csar pela confiana, dedicao, amizade e competncia. Agradeo ao meu co-orientador Prof. Dr. Joo Bosco Faria por ter sempre tido disponibilidade e vontade em me ajudar. Agradeo aos professores doutores da banca pelas convenientes sugestes que muito enriqueceram o trabalho. Aos funcionrios e docentes da Ps -graduao em Alimentos e Nutrio, pela oportunidade e disposio durante todo o perodo do curso. Aos funcionrios da biblioteca e demais tcnicos da FCFAR pelo auxlio dispensado, sempre com muita dedicao e pacincia. s secretrias da Ps-graduao Cludia Molina, Snia Ornellas e Laura Rosim. CAPES pelo apoio concedido. Agradeo muito a Deus pela oportunidade de realizar este dout orado, pela Sua proteo constante e pela fora extra nas dificuldades. Agradeo enfim a todos queles que contriburam para realizao deste trabalho!
MUITO OBRIGADA!!
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Resumo
O presente estudo teve por objet ivo aval iar a evoluo das prevalncias
de distrbios nutr ic ionais entre pr -escolares da rede municipal de
ensino de Araraquara-SP, nos anos de 2001 e 2004, e distr ibuir tais
prevalncias pelo espao geogrf ico da cidade (espacial izao). Com
relao estrutura deste trabalho, o mesmo foi co nf igurado em forma
de art igos, havendo um art igo referente aos dados de sobrepeso e
obesidade e outro para os dados de desnutr io. Para o clculo do
estado nutr icional, foram uti l izados dados antropomtricos de 7 .856 pr-
escolares em 2001 e 2004. Para deteco do excesso de peso, foi
ut i l izada a metodologia proposta por Cole et al . , 2000. Para
desnutr io, foi ut i l izada metodologia recomendada pela Organizao
Mundial da Sade, 2000, onde foram calculados os trs indicadores:
altura para idade (AI), peso para idade (PI) e peso para altura (PA).
Dados do censo IBGE 2000 sobre instruo e renda foram
correlacionados com os dados nutr icionais . Foi real izada a
espacial izao dos dados, onde as regies com maiores ndices de
obesidade e desnutr io foram conside radas reas de r isco. As
prevalncias mdias de obesidade e sobrepeso foram respectivamente
6,3% e 12,4% em 2001; e 7,4% e 12,6%, em 2004. O mapa de 2001
mostrou que a distr ibuio das prevalncias mais elevadas de
sobrepeso e obesidade foi distr ibuda ao longo do municpio. Em 2004,
a presena das prevalncias mais elevadas de sobrepeso e obesidade
estava concentrada na rea central da cidade. Com relao
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desnutr io, as mdias detectadas foram: 13% para o indicador altura
para idade (AI), 10% para o ind icador peso para idade (PI) e 5% para o
indicador peso para altura (PA), em 2001; e 3% para AI, 3,3% para PI e
4% para PA, em 2004. Os mapas de AI, PI e PA mostraram que houve
diferenciao da local izao das maiores prevalncias em 2001 e 2004.
No entanto, de maneira geral, o df icit estatural permaneceu alocado
nas reas perifricas do municpio. Foi feita a correlao com os dados
de instruo e renda e desnutr io, onde foram encontradas correlaes
signif icat ivas entre a prevalncia de desnutr io AI e m 2001 e instruo
(p
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Abstract
The present study looked for to evaluate the evolut ion of the nutr it ional
disturbances prevalences among preschoolars of the municipal net of
teaching of Araraquara-SP, in the years of 2001 and 2004, and to
distr ibute such prevalences for the geographical space of the city
(mapping). Regarding the structure of this work, the same was
conf igured in form of goods, having an art ic le regarding the overweight
data and obesity and other for the malnutr it ion data. For the calculat ion
of the nutr it ional state, data anthropometric of 7 .856 preschool were
used in 2001 and 2004. For excess weight, the methodology used was
Cole et al . , 2000. For malnutr it ion, it was used methodology
recommended by the World Organization of the Health, 2000, where the
three indicators were calculated: height for age (HA), weigh for age
(WA) and weigh for height (WH). Data of the census IBGE 2000 on
instruct ion and income was correlated with the nutr it ional data. The
mapping of the data was accomplished, where the areas with larger
malnutr it ion and obesity indexes were considered r isk areas. The
medium prevalences of obesity and overweight were, respectively 6.3%
and 12.4% in 2001; and 7.4% and 12.6%, in 2004. The map of 2001
showed that the distr ibut ion of the highest prevalences of overweight
and obesity was distr ibuted along the ci ty. In 2004, the distr ibut ion of
the highest prevalences of overweight and obesity was concentrated in
the central area of the city. Regarding the malnutr it ion, the detected
averages were: 13% for the indicator height for age (HA), 10% for the
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indicator weigh for age (WA) and 5% for the indic ator weigh for height
(WH), in 2001; and 3% for HA, 3 .3% for WA and 4% for WH, in 2004.
The maps of HA, WA and WH showed that there was dif ferentiat ion of
the location of the largest prevalences in 2001 and 2004. However, in a
general way, the high def icit stayed al located in the outlying areas of
the city. I t was made the correlat ion with the data of IBGE and
malnutr it ion, where signif icant correlat ions were detected among the
malnutr it ion prevalence HA in 2001 versus instruct ion ( p
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SUMRIO
Introduo 19
Objetivos 24
Reviso Bibliogrfica 26
Aspectos Nutricionais 27
Aspectos Socioeconmicos 32
Geoprocessamento 36
Referncias Bibliogrficas 40
1: Espacializao de prevalncias de sobrepeso e obesidade
em pr-escolares de Araraquara -SP
48
Resumo 49
Abstract 51
Introduo 53
Casustica e mtodos 55
Resultados 60
Anlise descritiva 60
Espacializao dos dados 68
Discusso 74
Referncias bibliogrficas 79
2: Espacializao de prevalncias de desnutrio em pr -
escolares de Araraquara-SP e correlaes socioeconmicas
82
Resumo 83
Abstract 84
Introduo 86
Casustica e mtodos 88
Resultados 94
Anlise descritiva 94
Espacializao dos dados 100
Avaliao socioeconmica 112
Correlaes 123
Discusso 123
Referncias bibliogrficas 131
Concluses 135
Anexo e Apndices 138
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Lista de Quadros
Quadro I . Indicadores sociais e econmicos do municpio de
Araraquara/SP.
35
Quadro 1.1. Pontos de corte para ndice de Massa Corprea (IMC)
para sobrepeso e obesidade para ambos os sexos de 2 a 18 anos,
definidos a partir do IMC 25 e 30 kg/m 2 para idade de 18 anos, obtido
da mdia dos dados do Brasil , Gr -Bretanha, Hong Kong, Holanda ,
Cingapura e Estados Unidos Fonte: COLE et al . , 2000.
59
Quadro 2.1. Evoluo de dficit ponderal entre crianas menores de
5 anos no Brasil , de acordo com as ltimas cinco Pesquisas de escopo
Nacional realizada no Brasil envolvendo estado nutricional infantil .
124
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Lista de Tabelas
Tabela 1.1. Nmero de pr-escolares por Centro de Educao e
recreao (CER) nos anos de 2001 e 2004, em Araraquara/SP.
61
Tabela 1.2. Prevalncia de sobrepeso e obesidade entre pr -
escolares da rede municipal de ensino de Araraquara /SP.
62
Tabela 1.3 . Distribuio (em grupos) das prevalncias de sobrepeso,
mdia, desvio padro, diferenas e significncia estatstica (tes te t).
64
Tabela 1.4. Distribuio (em grupos) das prevalncias de obesidade,
mdia, desvio padro e significncia estatstica (teste t).
66
Tabela 2.1 . Nmero de pr-escolares por Centro de Educao e
recreao (CER) nos anos de 2001 e 2004, em Araraquara/SP.
95
Tabela 2.2. Prevalncia de desnutrio e deficincia nutricional de
acordo com os indicadores AI, PI e PA nos CERs nos anos de 2001 e
2004, em Araraquara/SP.
97
Tabela 2.3. Significncia estatstica (teste t) das prevalncias de
desnutrio.
100
Tabela 2.4. Nvel de instruo (em anos de estudo) dos moradores
responsveis pelos domiclios das reas de abrangncia das CERs.
113
Tabela 2.5. Distribuio dos rendimentos (salrios mnimos, SM)*
de moradores responsveis pelos domiclios das reas de
abrangncia dos CERs de Araraquara/SP , em 2000.
114
Tabela 2.6. Mdia e moda de renda e instruo em cada CER e mdia
global de renda e instruo das CERs, Araraquara/SP .
117
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Lista de Figuras
Figura 1.1. CERs com queda ou acrscimo das prevalnci as de
sobrepeso em 2001 e 2004.
65
Figura 1.2. CERs com queda ou acrscimo das prevalncias de
obesidade em 2001 e 2004.
67
Figura 1.3. Distribuio espacial das prevalncias de sobrepeso em
pr-escolares em 2001.
69
Figura 1.4. Distribuio espacial da s prevalncias de sobrepeso em
pr-escolares em 2004.
70
Figura 1.5. Distribuio espacial das prevalncias de obesidade em
pr-escolares em 2001.
72
Figura 1.6. Distribuio espacial das prevalncias de obesidade em
pr-escolares em 2004.
73
Figura 2.1 . Diferena das prevalncias de desnutrio de acordo com
os indicadores AI, PI e PA em 2001 e 2004.
99
Figura 2.2. Distribuio espacial das prevalncias de desnutrio de
altura para idade (AI) em pr -escolares em 2001.
102
Figura 2.3. Distribuio espacial das prevalncias de desnutrio de
altura para idade (AI) em pr -escolares em 2004.
103
Figura 2.4. Distribuio espacial das prevalncias de desnutrio de
peso para idade (PI) em pr -escolares em 2001.
105
Figura 2.5. Distribuio espacial das pr evalncias de desnutrio de
peso para idade (PI) em pr -escolares em 2004.
106
Figura 2.6. Distribuio espacial das prevalncias de desnutrio de
peso para altura (PA) em pr -escolares em 2001.
108
Figura 2.7. Distribuio espacial das prevalncias de desnutrio de
peso para altura (PA) em pr -escolares em 2004.
109
Figura 2.8. Prevalncia de desnutrio AI, PI e PA em pr -escolares em
2004.
111
Figura 2.9. Distribuio percentual de nvel de rendimentos em SM
entre os responsveis pelos domiclios das reas de abrangncia dos
CERs de Araraquara/SP. Fonte : I BGE , 2 0 0 0 .
115
Figura 2.10. Mdia e moda dos anos de estudo dos responsveis pelos
domiclios na rea de abrangncia dos CERs, Araraquara/SP. Fo n te : IBG E ,
2 0 0 0 .
116
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Figura 2.11. Mdia e moda da varivel dos rendimentos dos
responsveis pelos domiclios na rea de abrangncia dos CERs,
Araraquara/SP. Fon te : IBGE , 2 0 0 0 .
118
Figura 2.12. Prevalncia mdia de nvel de instruo dos moradores das
reas de abrangncia dos CERs de Araraquara/SP.
118
Figura 2.13. Prevalncia mdia de nvel de renda dos moradores das reas de
abrangncia dos CERs de Araraquara/SP .
120
Figura 2.14. Prevalncias de desnutrio de altura para idade, peso
para idade e peso para altura em pr -escolares em Araraquar a/SP, nos
anos de 2001 e 2004 .
122
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Glossrio
Desnutrio de altura para idade (AI): dficit estatural . Reflete o
crescimento linear e seu dficit indica, em longo prazo, uma
inadequao nutricional cumulativa. Nanismo.
Desnutrio de peso para altura (PA): reflete o peso corporal em
relao altura. Um termo usado para descrever um recente e severo
processo de extrema perda de peso, geralmente conseqncia de
fome ou doena aguda. Magreza.
Desnutrio de peso para idade (PI): dficit ponderal. Reflete a
massa corporal em relao idade. Este ndice influenciado tanto
pela altura como pelo peso da criana e sua natureza composta
proporciona uma natureza complexa. Abaixo do peso.
ndice de massa corporal ou corprea (IMC): Trata-se de um
mtodo fcil e rpido para a avaliao do nvel de gordura de cada
pessoa, ou seja, um preditor internacional de obesidade adotado
pela Organizao Mundial da Sade (OMS).
Risco ou deficincia nutricional : estado nutricional que se encontra
a criana, o qual lhe confere maior vulnerabilidade ao
desenvolvimento da desnutrio.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_da_Sa%C3%BAde
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
A ra ra qu a ra /S P , em 200 1 e 20 04 18
Lista de Siglas e Abreviaturas
AI Indicador de desnutrio altura para idade
CDC Centers for Disease Control and Prevention
CERs Centros municipais de recreao e educao
DEP Desnutrio energtico -protica
ENDEF Estudo Nacional da Despesa Familiar
IDH-M ndice de Desenvolvimento do Municpio
IMC ndice de Massa Corporal
IOFT International Obesity Task Force
NV Nascidos vivos
p Nvel de significncia
PA Indicador de desnutrio peso para altura
PNDS Pesquisa Nacional sobre Demografia e Sade
PEA Populao economicamente at iva
PI Indicador de desnutrio peso para idade
PNSN Pesquisa Nacional sobre Sade e Nutrio
POF Pesquisa de Oramentos Familiares
OMS Organizao Mundial de Sade
OPAS Organizao Pan-Americana de Sade
R Coeficiente de correlao de Pearson
SM Salrio Mnimo
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Introduo
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
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As evidncias indicam que o meio ambiente, permeado pelas
condies materiais de vida e pelo acesso aos servios de sade e
educao, determina padres caracterst icos de sade e doena na
criana (ASSIS e BARRETO, 2000). Variveis como renda famil iar,
escolar idade, entre outras, esto condicionadas, em lt ima instncia,
forma de insero das faml ias no processo de produo, ref let indo na
aquisio de alimentos (MONTEIRO et al . , 2000) e, conseqentemente,
no estado nutr icional.
A desnutr io nos primeiros anos de vida, ref let ida por
indicadores antropomtricos do estado nutr ic ional, um dos maiores
problemas de sade enfrentados por pases em desenvolvimento. H
evidncias exaust ivas de que df icit s de crescimento na infncia esto
associados maior mortal idade, excesso de doenas infecciosas,
prejuzo para o desenvolvimento psico -motor, menor aproveitamento
escolar e menor capacidade produtiva na idade adulta (BLACK et al. ,
2008, VICTORA et al . , 2008).
No entanto, tem sido observado no Brasi l um declnio da
desnutr io infanti l resultado de uma combinao entre um aumento do
poder aquisit ivo das faml ias e uma expanso do acesso da populao a
servios pbl icos essenciais (MONTEIRO et al. , 2000; MONTEIRO et al. ,
2002).
O aumento do poder aquisit ivo familiar das cr ianas brasi leiras
entre 1996 e 2007, sobretudo nas classes de menor poder aquisit ivo,
consistente com est imativas baseadas nas Pesquisas Nacionais sobre
Amostragem de Domicl ios (PNAD) que indicam melhoria na distr ibuio
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
A ra ra qu a ra /S P , em 200 1 e 20 04 21
da renda nacional e reduo da proporo de indivduos vivendo com
renda abaixo da l inha da pobreza, part icularmente a part ir de 2003
(MONTEIRO et al. , 2000; MONTEIRO et al. , 2002) .
Para estudiosos do assunto, a tendncia recente de melhor ia na
distr ibuio da renda e reduo da pobreza no Brasi l ser ia
conseqncia da reativao do crescimento econmico e da
conseqente diminuio do desemprego, de reajustes do salrio mnimo
acima da inf lao e da forte expanso da cober tura dos programas de
transferncia de renda (NERI, 2007).
A evoluo favorvel da escolar idade materna entre 1996 e 2007,
o fator singular que mais contr ibuiu para o declnio da desnutr io no
perodo encontra correspondncia na virtual universal izao do acesso
ao ensino fundamental e na melhoria de indicadores do seu
desempenho, observadas no Brasil ao longo da dcada de 1990
(DRAIBE, 2003).
Note-se que a maioria das mes das cr ianas estudadas em 2007
cursou ou t inha idade para cursar o ensino fundamen tal na dcada de
1990 enquanto para a maioria das mes das crianas estudadas em
1996 o perodo de referncia para o ensino fundamental foi a dcada de
1980. A expanso do acesso de mes e crianas assistncia sade,
por sua vez, coincide com a expanso no Pas do Programa de Sade
da Faml ia (PSF), cuja proposta enfat iza a preveno e a educao em
sade e a promoo da eqidade na oferta de servios (SANTANA e
CARMAGNANI, 2001) .
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
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Em 1998, 3.062 equipes do PSF estavam presentes em cerca de
um quinto dos municpios brasileiros, cobrindo cerca de dez milhes de
pessoas; em 2006, 26.729 equipes do PSF estavam presentes em mais
de 90% dos municpios, cobr indo 86 milhes de pessoas e a melhoria
discreta nas condies de saneamento dos domicl ios onde vivem as
crianas brasi leiras consistente com a relat ivamente lenta expanso
da cobertura das redes pbl icas de coleta de esgoto e abast ecimento de
gua no Brasi l (BRASIL, 2004). Entre 2001 e 2006, a cobertura da rede
de esgoto passou de 45,4% para 48,5%. No mesmo perodo, a cobertura
da rede de gua passou de 81,1% para 83,2% (IBGE, 2008).
Estudiosos das polt icas sociais no Brasi l tm ch amado a ateno
para a menor vis ibil idade e menor atrat ivo polt ico dos invest imentos em
saneamento bsico e para a necessidade de priorizar este tema na
agenda brasi leira das polt icas pblicas (NERI b , 2007).
Por outro lado, alguns dados epidemiolgicos e m populaes
lat ino-americanas demonstram o crescimento da obesidade como um
problema mais f reqente e mais grave que a desnutr io, em
decorrncia da reduo da misria entre as camadas mais pobres da
populao. Esse fenmeno conhecido como transio nu tr icional, que
sobrecarrega o sistema de sade com uma demanda crescente de
atendimento a doenas crnicas no transmissveis (DCNT)
relacionadas com a obesidade. provvel que 200.000 pessoas morram
anualmente em conseqncia destas complicaes na Amri ca Latina
(CONSENSO, 1998).
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102009000100005&lng=en&nrm=iso#backe#backe
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
A ra ra qu a ra /S P , em 200 1 e 20 04 23
A uti l izao de eventos georreferenciados na rea de sade, em
nvel local, tem se tornado cada vez mais t i l como ferramenta para
planejamento e gesto da rea de sade (SOUZA et al. , 2008). As
vantagens na ut i l izao das tcn icas de geoprocessamento envolvem a
descr io da populao com risco aumentado para a doena, a
associao entre dados espaciais e caracterst icas demogrf icas, a
contr ibuio para o planejamento de polt icas pbl icas e a aval iao
das mesmas (EDELMAN, 2007).
Desta forma, o estudo do estado nutr ic ional de pr -escolares e o
mapeamento das prevalncias detectadas pela base cartogrf ica
municipal de Araraquara/SP, tornam-se importantes.
Este trabalho est sendo apresentado na forma de art igos. Assim,
aps a apresentao desta introduo, objet ivos, reviso bibl iogrf ica,
casust ica e mtodos, surgem dois captulos em forma de art igo, sendo
eles:
1. Espacial izao de prevalncias de sobrepeso e
obesidade em pr-escolares de Araraquara/SP.
2. Espacial izao de prevalncias de desnutr io em pr-
escolares de Araraquara/SP e correlaes
socioeconmicas.
Ambos os trabalhos t iveram o mesmo conjunto de dados dos pr -
escolares. Dessa forma, a casust ica coincidente nos dois art igos.
Poster iormente, so apresentadas as consideraes f inais do
trabalho, apndices e anexos.
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
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Objetivos
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
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Objetivo Geral
Avaliao da evoluo das prevalncias de distrbios nutr icionais
entre pr-escolares da rede municipal de ensino de Araraquara -SP, nos
anos de 2001 e 2004.
Objetivos Especficos
Anl ise do estado nutr ic ional de 3751 pr -escolares em 2001 e
4105 em 2004 atendidos em 24 pr-escolas da rede municipal de
ensino de Araraquara, por meio das var iveis antropomtricas de
peso, altura, idade e sexo;
Anl ise do nvel de instruo e renda dos moradores
responsveis pelos domicl ios das reas de abrangncia das pr -
escolas;
Elaborao de mapas temticos por meio da espacializao das
prevalncias de distrbio nutr icional e do nvel de instruo e
renda detectadas pela base cartogrf ica municipal;
Avaliao da tendncia das prevalncias de distrbios
nutr ic ionais detectadas nos anos de 2001 e 2004 e sua possvel
correlao com o nvel de renda e instruo do s responsveis
pelos domicl ios.
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Reviso Bibliogrfica
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
A ra ra qu a ra /S P , em 200 1 e 20 04 27
1. Aspectos Nutricionais
O estado nutr ic ional exerce inf luncia decisiva nos r iscos de
morbimortalidade e no crescimento e desenvolvimento infanti l, o que
torna importante a implementao de anl ises nutr ic ionais desse grupo
mediante procedimentos diagns t icos que possibi l i tem precisar a
magnitude, o comportamento e os determinantes dos agravos
nutr ic ionais, assim como ident if icar os grupos de r isco e as
intervenes adequadas (RIBAS et al . , 1999). A situao nutr ic ional
torna-se problemt ica em seus extremos, tanto para a escassez, com a
desnutr io, quanto para o excesso, com a obesidade. O grau e a
distr ibuio da desnutr io em uma populao dependem de fatores
como: situao polt ica e econmica, nvel de educao e sanit izao,
produo de al imentos, prt ica do aleitamento materno, prevalncia de
doenas infecciosas, existncia e efet ividade de programas nutr ic ionais
e disponibi l idade e qualidade dos servios de sade ( MLLER ;
KRAWINKEL , 2005). Sendo a desnutr io infanti l um problema
mult ifatorial, sua prevalncia apresenta diferenas importantes entre
pases, entre regies de um mesmo pas, entre populaes urbanas e
rurais, entre faml ias vivendo em uma mesma comunidade e entre
crianas de uma mesma faml ia (OLINTO et al. , 1993).
A pobreza a pr incipal causa l igada desnutr io e aos seus
determinantes e ameaa infncia, ao expor milhes de crianas
al imentao inadequada e a doenas que poderiam ser facilmente
evitadas ou curadas por meio de medicamentos e de vacinas de baixo
custo (UNICEF, 2005).
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
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Do lado oposto desnutr io, tem-se a obesidade, a qual pode
ser conceituada como uma doena crnica caracter izada pelo acmulo
excessivo de energia, sob a forma de t r iglicrides, no tecido adiposo
distr ibudo pelo corpo e pode provocar prejuzos sade, por facil i tar o
desenvolvimento ou agravamento de doenas associadas (LIMA et al . ,
2004). uma doena de dif c i l controle, com alto percentual de
insucesso teraput ico e de recidivas, podendo apresentar, na sua
evoluo, sr ias repercusses orgnicas e psicossociais. Os pi lares
fundamentais no tratamento da obesidade so as modif icaes de
comportamento e de hbi tos de vida, que incluem mudanas no plano
al imentar e na at ividade f s ica (GAMBA; BARROS, 1999). Crianas
obesas tm maior probabi l idade de se tornarem adultos obesos.
Segundo Gamba e Barros Jnior, (1999), o controle da obesidade em
adultos tem se mostrado pouco ef icaz, parecendo mais adequado a
identif icao das cr ianas de r isco e procurar adotar a prof i laxia do
distrbio nutr ic ional. O diagnstico precoce e as intervenes no
perodo cr t ico do desenvolvimento da obesidade ( infncia e
adolescncia) tm sido recomendados para evitar desfechos
desfavorveis na idade adulta (TRICHES; GIUGLIANI , 2005).
Diversos estudos tm demonstrado que o Brasi l, assim como
outros pases em desenvolvimento, convive com a transio nutr ic ional,
determinada freqentemente pela m-alimentao (BATISTA e RISSIN,
2003; BERMUDEZ, 2003). Ao mesmo tempo em que se assiste
reduo contnua dos casos de desnutr i o, so observadas
prevalncias crescentes de excesso de peso, contr ibuindo com o
aumento das doenas crnicas no transmissveis (WHO, 2002).
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O processo de transio consiste na substituio de um padro
de doenas e mortes caracterst ico de um estgio h istr ico de
subdesenvolvimento econmico, social e de sade por um outro padro,
que resultar ia no modelo mais atual dos pases de avanada economia
de mercado. Os mecanismos internos e externos desse processo e seus
resultados, apresentando algumas var ian tes, teriam em comum esse
salto quali tat ivo e quantitat ivo no modelo de desenvolvimento
econmico-social, implicando necessar iamente a mudana de uma
situao prpr ia do passado para uma nova e radicalmente diferente
situao no presente (ESCODA, 2002; FERREIRA et al . , 2005) .
A part ir de 1974, o panorama nutr icional no Brasi l apresentou
mudanas marcantes e at surpreendentes. Dessa forma, o df ic it
estatural de cr ianas menores de cinco anos decaiu em torno de 75%,
entre a l inha de base de 1974/1975 e os anos de 2002/2003 (IBGE,
2002/2003). Simultaneamente, inic ia -se a elevao epidmica do
sobrepeso/obesidade em adultos, com variaes notveis de sexo e de
rea geogrf ica. Em sent ido oposto marcante diminuio da
desnutr io em crianas, a obesidade em homens adultos prat icamente
tr ipl icou entre a metade dos anos 70 e o incio dos anos 2000,
aumentando em mais de 50% nas mulheres. Em 1974/1975, a
prevalncia de baixo peso para estatura em mulheres e homens adultos
era bem maior do que a ocorrncia de obesidade. No entanto, o peso
excessivo (IMC entre 25-29,9kg/m2) j se manifestava em 18% dos
homens e 27% das mulheres. Desde ento, instalou -se o processo
epidmico do sobrepeso/obesidade que, atualmente, j at inge cerca de
50% da populao adulta (MALAQUI AS et al. , 2008) .
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As razes deste fenmeno no so totalmente claras, mas
evidente que, nos pases muito pobres, o consumo calr ico das pessoas
mais pobres pode ser l imitado pela escassez de alimentos, e que as
altas demandas por energia do trabalho manual e das at ividades dir ias
de sobrevivncia dif icultem que elas alcancem um equil br io energtico
posit ivo e ganhem peso. Nos pases em desenvolvimento mais
urbanizados e com um PIB mais elevado, a escassez de alimentos pode
no ser mais o fator central que expl ique o consumo calrico. Pelo
contrrio, a disponibil idade de al imentos baratos e com alta densidade
calrica (vendidos por ambulantes e restaurantes fast -food) pode
facil i tar o consumo de maior quantidade de calorias (DOAK et al. ,
2005). O acesso amplo televiso favorecer ia um est i lo de vida
sedentrio e restr ito ao ambiente domstico, reduzindo ainda mais o
gasto energtico mdio dir io. Nos segmentos mais abastados desta
mesma populao, essas inf luncias podem ser contrabalanadas pelo
acesso a uma melhor educao acerca da sade e nutr io, uma renda
suf iciente para adquir ir al imentos mais saudveis (que so , no geral,
mais caros), maior quantidade de tempo para prat icar uma atividade
f sica, bem como um melhor acesso ao tratamento de sade, o que
ajudar ia a cuidar de problemas relacionados ao excesso de peso
(GOMES et al . , 2002).
Segundo Monteiro et al . , 1986, a importncia do nvel de renda na
determinao de condies de sade decorre da ampla inf luncia que
esta exerce na possibi l idade de aquisio e ut i l izao de bens e
servios essenciais manuteno do estado de sade, tais como
al imentao, moradia, vestur io e saneamento.
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O saber ler e escrever da me tambm pode inf luenciar o estado
de nutr io do f i lho, pois o meio informal de trans ferncia de
conhecimentos da me pode se art icular com outros fatores do meio
social, como trabalho, renda e condies de ambiente f s ico
(ENGSTROM e ANJOS , 1999).
A contr ibuio do ambiente urbano para o paradoxo do baixo
peso/sobrepeso provavelmente cont inuar aumentando, uma vez que se
prev que a maior parte do crescimento populacional nos prximos 30
anos se dar em reas urbanas, e quase todas estas esto local izadas
em pases em desenvolvimento (CABALLERO, 2005).
Abordar o fardo duplo da obesidade e desnutr io constitui um
desaf io central para as polt icas de sade dos pases em
desenvolvimento. Todavia, algumas das intervenes que visam reduzir
a subnutr io infanti l podem ser tambm teis na reduo dos r iscos de
obesidade e doenas crnicas entre os adultos. H, por exemplo,
evidncias de que o aleitamento materno, componente central das
estratgias de sobrevivncia das cr ianas menores de um ano, possa
oferecer alguma proteo contra a obesidade e diabetes do t ipo 2 na
idade adulta (WHO, 2003; DEWEY, 2003; KRIES et al . , 1999). Tambm
est claro que melhorar a condio nutr ic ional das mulheres em idade
reprodut iva e garantir o atendimento pr -natal reduz o nmero de
adultos com maior r isco de obesidade decorrente da desnutr io fetal
ou infanti l. Reduzir o ambiente de obesos nas reas urbanas do mundo
em desenvolvimento pode ser mais desaf iador (SERDULA et al . , 1993).
Os governos e organizaes no-governamentais devem
desempenhar um papel at ivo na proteo do ambiente que envolve o
crescimento e o desenvolvimento de crianas e adultos, no
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monitoramento do mercado de al imentos e na facil i tao de inic iat ivas
comunitrias que visem promover a al imentao saudvel e a at ividade
f sica. Todavia, o outro grande desaf io para os pases em transio
nutr ic ional reduzir as disparidades socioeconmicas e de acesso
sade nas reas urbanas. Assim, programas de combate pobreza
urbana e aumento do acesso ao sistema de sade podem exercer um
impacto indireto, porm importante, sobre o r isco de obesidade
(CABALLERO, 2005).
2. Aspectos Socioeconmicos
2.1. Censo Demogrfico 2000
A primeira contagem da populao do Brasi l foi real izada em
1872, ainda durante o Imprio; mas foi a part ir de 1890, j sob a
Repblica, que o Censo Demogrf ico se tornou decenal. O Brasi l
mantm um excelente retrospecto de levantamentos regulares e
inovadores do Censo Demogrf ico, tendo sido, por exemplo, o pr imeiro
pas a incluir questes sobre fecundidade e um dos poucos da Amrica
Latina a pesquisar rendimento (IBGE, 2000).
A coleta do Censo Demogrf ico 2000 foi realizada no perodo de
1o de agosto a 30 de novembro de 2000, abrangendo 215 .811 setores
censitrios, que constituram as menores unidades terr itor iais da base
operacional do censo. A operao censitria mobil izou mais de 200 mil
pessoas, em pesquisa a 54.265.618 domicl ios nos 5.507 municpios
existentes no ano de 2000, das 27 Unidades da Federao.
Os resultados do Censo Demogrf ico 2000 revelam o retrato do
pas no f im do milnio e podem ser consideradas as principais fontes de
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informaes para a anl ise sobre a real idade nacional, servindo para
fundamentar o exerccio da cidadania, as polt icas pbl icas e os
investimentos pr ivados, entre outros aspectos. Os censos produzem
informaes imprescindveis para a def inio de polt ic as pbl icas e
para a tomada de decises de invest imento, sejam eles provenientes da
inic iat iva pr ivada ou de qualquer nvel de governo. Os municpios foram
avaliados por regio censitria e quatro parmetros foram anal isados:
domicl io, instruo, pessoas e responsvel.
No primeiro parmetro, Domicl io, aval iou -se a condio da
residncia, a presena ou ausncia de saneamento bsico, dest ino do
l ixo, nmero de moradores e t ipo de construo. No parmetro Instruo
avaliou-se o nvel de escolaridade dos ent revistados e famil iares. No
parmetro Pessoas analisou-se o t ipo de residncia, nmero e sexo dos
moradores. No parmetro Responsvel avaliou-se a idade, sexo, nvel
de renda e escolaridade das pessoas responsveis pelo domicl io.
O municpio de Araraquara foi desmembrado em 268 regies
censitrias, as quais foram divididas por cdigo em duas reas: Vi la
Xavier e Municpio de Araraquara (IBGE, 2000).
Neste trabalho, tais regies censitr ias foram agrupadas de
acordo com a rea de inf luncia das pr -escolas, ou seja, as regies
censitrias foram agrupadas em bairros e os mesmos agrupados por
rea de abrangncia das pr-escolas. A part ir desse agrupamento foi
real izado o levantamento do nvel de instruo e renda dos
responsveis legais pelo domicl io.
Alm disso, em funo dos dados deste estudo serem de 2001 e
2004, as caracterst icas socioeconmicas apresentadas do municpio de
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Araraquara foram referentes ao Censo de 2000. Informaes atuais
sobre o municpio de Araraquara constam no Anexo I.
Caracter st icas do Municpio de Araraquara
O municpio de Araraquara, conhecido como Morada do Sol, conta
com uma rea de 1.006 Km 2 , estando localizado na regio central do
Estado de So Paulo, a 646 metros em nvel do mar. Seu clima
tropical de alt itude, com temperatura mdia de 31C. Conta com uma
populao de 182.471 habitantes, sendo 88.742 homens e 93.729
mulheres. Na rea urbana, h 173.335 habitantes e na rea rural 8.903
pessoas (IBGE, 2000).
Araraquara possua, em 2002, 53 estabelecimentos de ensino
fundamental, sendo 9 estabelecimentos de ensino municipal. Quanto ao
ensino pr-escolar conta com 32 estabelecimentos, sendo todos de
competncia municipal e na rea urbana (BRASL, 2002). A taxa de
alfabetizao de adultos era de 0,948. Na rea de sade, poss ua 4
hospitais, 37 unidades ambulatoriais e 15 centros de sade. A
esperana de vida ao nascer (2000) era de 72,1 anos. O coef iciente de
mortalidade infanti l (2000) era de 11/1000 NV (nascidos vivos). O
ndice de Desenvolvimento do Municpio (IDH-M) era de 0,830, sendo
sua classif icao nacional (IDH-M) na 133a posio. O IDHM
longevidade era de 0,786, o IDHM Educao de 0,915 e o IDHM Renda
de 0,789 (IBGE, 2000). Dentre as at ividades econmicas, Araraquara
possui at ividades diversif icadas incluindo re as: agricultura (cana-de
acar e laranja em grande escala), agroindstr ia sucro-alcooleira e
citr cola, equipamentos industr iais, setor txt i l e qumico (DIAS, 2000).
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O Quadro I mostra indicadores sociais e econmicos do municpio de
Araraquara/SP .
Quadro I: Indicadores sociais e econmicos do municpio de
Araraquara/SP em 2000.
FONTE: Censo IBGE-2000
UF SP
rea do munic p io (2000) 1 .005,95 km2
Loca l i zao Lat i tude Sul : 21 47 37 e Long i tude Oes te 48 10 52 de Greenwich
C l ima Trop ica l de A l t i t ude
Temperatu ra mdia 21,7 C
Populao es t imada (01/06 /2006) 199.657
Homens res identes (2000) 88.742
Mulhe res res identes (2000) 93.729
Taxa de c resc imento anual es t imada (1996 -2000)
1 ,4
Esperana de v i da ao nasc er (2000) 72,166
Coef ic i ente de mor ta l i dade in fant i l (2002)
11/1000 NV
nd ice de Desenvo l v imento do Munic p io ( IDH-M)
0 ,830
Class i f i cao nac iona l ( IDH -M) 133
IDHM Longevidade 0 ,786
IDHM Educao 0 ,915
IDHM Renda 0 ,789
Renda per cap i ta 441,875
Inves t imento munic ipa l (2002) 13.930.909,31
Ces ta bs ica (novembro /2003) R$ 237,44
Rece i ta orament r ia to t a l (2002) 153.174.089,08
Taxa de a l fabet izao de adu l tos 0 ,948
Taxa bru ta de f reqnc ia esco lar 0 ,850
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3. Geoprocessamento
Desde f inais da dcada de 80 que na rea da sade vem se
discutindo e experimentando diversas abordagens onde a local izao
espacial e os Sistemas de Informaes Geogrf icas (SIG) tm papel
destacado. Ainda que nos momentos iniciais estes estudos est ivessem
na contramo dos modelos analt icos vigentes na epidemiologi a,
baseado em abordagens estr itamente individuais na busca por fatores
de r isco para doenas crnicas, em poucos anos operou -se um
importante resgate do papel do ambiente sociocultural na determinao
das doenas e, relacionado a isso, no acesso aos recurs os e
equipamentos de sade (GALLACHER, 2001).
Neste sent ido, o geoprocessamento, entendido como um conjunto
de tcnicas voltadas para a coleta e o tratamento de informaes
espaciais para um objet ivo especf ico, pode ser considerado muito t i l
na sade pbl ica (RODRIQUES, 1999). As at ividades envolvendo o
geoprocessamento so executadas por sistemas especf icos mais
comumente chamados de Sistemas de Informao Geo grf ica (SIG).
Estes sistemas so dest inados ao processamento de dados
referenciados geograf icamente ou georreferenciados. Desta forma, o
SIG um conjunto de procedimentos ut i l izados para armazenar e
manipular dados georreferenciados (ARONOFF,1992).
Segundo Camara et al. , 1996; o termo Sistemas de Informao
Geogrf ica (SIG) apl icado para sis temas que real izam o tratamento
computacional de dados geogrf icos e armazenam a geometria e os
atr ibutos dos dados que esto georeferenciados, isto , local izados na
superf cie terrestre e representados numa projeo cartogrf ica. Numa
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viso abrangente, pode-se indicar que um SIG tem os seguintes
componentes (CAMARA et al . , 1996):
interface com usurio;
entrada e integrao de dados;
funes de processamento grf ico e de imagens;
visual izao e plotagem;
armazenamento e recuperaco de dados (organizado s sob a
forma de um banco de dados geogrf icos).
O SIG no cr ia dados, mas relaciona os mesmos ut i l izando um
sistema de referncias que descreve relaes espaciais, sendo que
diversos softwares tm sido ut i l izados para essa f inal idade (RICKETTS,
2003).
Recente reviso sobre o uso de SIGs e ferramentas de anl ise
espacial em sade pbl ica aponta para o desenvolvimento de
ferramentas que integrem funes de processamento e anlise de
informaes georreferenciadas, cuja implantao depender, entretanto,
da demanda de mtodos de anlise espacial, pela comunidade da rea
da sade pblica. Entretanto, embora bastante extenso, e talvez por
causa disso, a modelagem estat st ica espacial e a integrao entre SIG
e estat st ica no so aprofundadas (RUSHTON, 2003).
Um aspecto deve ser considerado: esta uma rea de
investigao onde a inter (ou trans) discipl inar iedade mais do que
desejvel imprescindvel. Alm de conhecer profundamente o
problema em questo, os mtodos necessr ios incorporao nos
estudos da dimenso espacial, ou espao-temporal, envolvem, no
mnimo, conhecimentos de SIGs e tcnicas estat st icas bastante
sof ist icadas. Isso porque a existncia de padres espaciais impl ica a
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incorporao aos modelos estat st icos de estruturas de correlao entre
as observaes. Os modelos mais complexos f reqentemente s podem
ser est imados usando-se inferncia bayesiana, ainda pouco empregada
no contexto da epidemiologia e da sade pbl ica em geral (CARVALHO
e SANTOS, 2005).
Camara, 1995, considera a existncia de tr s geraes de
sistemas de informao geogrf ica:
a primeira gerao, baseada em AUTOCAD cartogrf ico, caracteriza-
se por sistemas herdeiros da tradio de Cartograf ia, com suporte de
bancos de dados l imitado e cujo paradigma t pico de trabalho o
mapa (chamado de cobertura ou de plano de informao). Esta
classe de sistemas ut i l izada principalmente em projetos isolados,
sem a preocupao de gerar arquivos digitais de dados. Esta
gerao tambm pode ser caracter izada como sistemas or ientados a
projeto (project-or iented GIS).
a segunda gerao de SIGs baseada em bancos de dados
geogrf icos chegou ao mercado no incio da dcada de 90 e
caracter iza-se por ser concebida para uso em ambientes cl iente -
servidor, acoplado a gerenciadores de bancos de dados relac ionais e
com pacotes adicionais para processamento de imagens.
Desenvolvida em ambientes mult iplataforma com interfaces em
janelas, esta gerao tambm pode ser vista como sistemas para
suporte a inst ituies (enterprise-or iented GIS).
a terceira gerao surge ao f inal da dcada de 90, baseada em
bibl iotecas digitais geogrf icas ou centros de dados geogrf icos
caracter izada pelo gerenciamento de grandes bases de dados
geogrf icos, com acesso atravs de redes locais e remotas, pbl icas
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ou pr ivadas. Para esta terceira gerao, o crescimento dos bancos
de dados geogrf icos e a necessidade de seu compart i lhamento com
outras inst ituies requerem o recurso de tecnologias como bancos
de dados distr ibudos e federativos. Estes sistemas deve m seguir os
requisitos de interoperabi l idade, de maneira a permit ir o acesso de
informaes espaciais por SIGs dist intos. A terceira gerao de
SIGs pode ainda ser vista como o desenvolvimento de sistemas
orientados troca de informaes entre uma inst ituio e os demais
componentes da sociedade - society-or iented- GIS (CAMARA et al. ,
1996).
Enf im, considerando os estudos de espacializao para o
planejamento de aes de sade colet iva e a escassez de trabalhos
que sintet izem a l iteratura sobre esse assunto no Brasi l (ARAUJO et
al. , 2008), estudos que abordem essa temtica so importantes para
divulgao dessa val iosa ferramenta na rea de sade.
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Referncias Bibliogrficas
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Espacializao de prevalncias de sobrepeso e obesidade
em pr-escolares de escolas municipais de Araraquara -
SP
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Resumo
Este estudo realizou a comparao entre as prevalncias de sobrepeso
e obesidade de pr-escolares de Araraquara/SP. Os dados foram
obtidos por meio de dois estudos que ocorreram em 2001 e 2004,
seguidos pelo mapeamento das prevalncias no mapa cartogrf ico da
cidade. Foi analisado o peso e altura de 3.751 pr -escolares em 2001, e
4.105 pr-escolares, em 2004. Foram consideradas com sobrepeso
todas as crianas com ndice de Massa Corporal (IMC) igual ou super ior
a 25 kg/m2 , de acordo com o gnero e a idade. Foram classif icadas
como obesas aquelas cujo IMC foi igual ou superior a 30kg/m2 . As
prevalncias de sobrepeso e obesidade foram calculadas de acordo com
a rea de alcance do servio escolar, e agrupadas em quart is, seguindo
a tcnica de mapeamento baseada na cartograf ia do municpio de
Araraquara/SP. Os resultados mostraram um l igeiro aumento da
prevalncia de sobrepeso e obesidade em 2004 comparados a 2001. As
propores mdias de sobrepeso e obesidade foram 6,3% e 12,4% em
2001, respectivamente, e 7,4% e 12,6%, em 2004. A anl ise estat st ica
mostrou diferena signif icante entre o grupo de escolas que t iveram
aumento de suas prevalncias de sobrepeso e obesidade ( p
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obesidade para crianas em idade pr -escolar de Araraquara seguiu a
tendncia de expanso mundial. Alm disso, os mapas das prevalncias
de sobrepeso e obesidade delinearam as reas de r isco destes
distrbios nutr ic ionais, que esperamos serem uti l izadas pelas
autoridades competentes para interveno mais ef iciente e identif icao
de possveis causas e tratamentos.
Palavras-Chave: sobrepeso, obesidade, pr-escolares, espacializao.
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Abstract
This study accomplished the comparison among overweight and obesity
prevalence of pre-scholars f rom Araraquara/SP. The data were obtained
from two studies f rom 2001 and 2004, following for the prevalence map
on the city cartographic map. I t was analyzed the body weight and
height of 3.751 pre-scholars in 2001, and 4.105 pre-scholars in 2004. I t
was considered overweight al l chi ldren with BMI equal or higher than 25
kg/m2 , according to gender and age. Obese chi ldren had BMI equal or
higher than 30kg/m 2 . Prevalence of overweight and obesity was
calculated according to the school service area, and associated in
quart i le, following the mapping technique based on the municipal distr ict
of Araraquara/SP. The results showed an increase of the overweight and
obesity prevalence in 2004 compared to 2001. The overweight and
obesity averages were 6.35% and 12.2% in 2001, respect ively, and 7.3%
and 12.6% in 2004. Stat ist ical analysis showed signif icant dif ference
among group of schools with increased overweight and obesity
prevalence (p
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for more eff icient intervention and ident if icat ion of possible causes and
treatments.
Key words: overweight, obesity, pre-scholars mapping
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Introduo
Um dos pr incipais indicadores da qualidade de vida de uma
populao o seu estado nutr icional, o qual ref lete o modelo de
desenvolvimento da sociedade na qual est inser ida (GIUGLIANI e
LOPEZ, 2000). O conhecimento e acompanhamento da situao
nutr ic ional const ituem instrumento essencial para a aferio das
condies de sade de grupos de r isco, como crianas, gestantes e
idosos, alm de oferecer medidas objet ivas das condies de vida da
populao, em geral. A importncia da aval iao nutr ic ional decorre da
inf luncia decisiva que o estado nutr ic ional exerce sobre a
morbimortalidade, o crescimento e o desenvolvimento infanti l
(MONTEIRO et al. , 1995).
Nesse sent ido, o aumento recente das prevalncias de sobrepeso
e obesidade preocupante (MALINA e KATZMARZYK, 1999) tanto em
pases desenvolvidos como em pases em desenvolvimento, j sendo
considerada uma verdadeira epidemia mundial que at inge todas as
faixas etr ias, especialmente, cr ianas (SOMOLANJI et al . , 2008). A
obesidade pode ser def inida como uma doena crnica, ocasio nada pelo
excesso de gordura corporal (GUILLAUME, 1999; ZLOCHEVSKY, 1996)
na qual incide concomitantemente com fatores de r isco genticos e
ambientais (BLAIR et al. , 1996; EGGER et al. , 1996).
Estudos epidemiolgicos revelam que a obesidade, alm de ser
conceituada como doena, fator de r isco importante para diabetes
mell itus t ipo 2, hipertenso arter ial, dis l ipidemia, infarto do miocrdio e
acidente vascular cerebral (WHO, 1998). O interesse na preveno da
obesidade infanti l just if ica-se pelo aumento de sua prevalncia com
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permanncia na vida adulta, pela potencial idade enquanto fator de r isco
para as doenas crnico-degenerativas e mais recentemente pelo
aparecimento de doenas como o diabetes mell itus t ipo 2 em
adolescentes obesos, antes predominante em adultos (DAVIS e
CHRISTOFFEL, 1994). Alm disso, f reqentes intervenes em
crianas, principalmente antes dos 10 anos de idade ou na
adolescncia, reduzem mais a severidade da doena do que as mesmas
intervenes similares na idade adulta, porque mudan as na dieta e na
at ividade f s ica podem ser inf luenciadas pelos pais e poucas
modif icaes no balano energtico so necessrias para causar
alteraes substanciais no grau de obesidade (TROIANO e FLEGAL,
1998).
Para diagnost icar a obesidade, a antropome tria permite faz- la
com boa acurcia, desde que as tcnicas de medidas sejam adequadas,
tendo ainda o benefcio de se tratar de mtodo de baixo custo, no
invasivo, universalmente aplicvel e com boa aceitao pela populao.
As relaes que levam em cons iderao peso e altura apresentam
grande preciso, porque tais medies oferecem baixa margem de erro.
O ndice de massa corprea (IMC) o mais ut i l izado; porm, h
necessidade de determinar os pontos de corte para aval iar sobrepeso e
obesidade especf icos para cada populao, de acordo com suas
caracterst icas de desenvolvimento, por meio de estudos longitudinais
(DIETZ e BELLIZZI, 1999).
A f im de se conhecer mais detalhadamente as condies de
sade da populao, o uso de mapas permite observar a distr ib uio
geogrf ico-espacial de situaes de r isco e dos problemas de sade,
tal como a obesidade. Essa abordagem espacial permite a integrao
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de dados demogrf icos, socioeconmicos e ambientais, promovendo a
interao de diversos bancos de dados, contr ibuin do para a sntese das
informaes disponveis (SOUZA et al. , 1996). Neste sentido, a
espacial izao de dados um instrumento valioso para a sade
pblica.
Diante disso, o presente estudo pretende real izar uma comparao
entre as prevalncias de sobrepeso e obesidade em pr-escolares da
rede municipal de ensino com base em duas coortes nos anos de 2001 e
2004 em Araraquara/SP, e posteriormente espacial izar tais prevalncias
pela base cartogrf ica municipal.
Casustica e mtodos
Trata-se de um estudo comparativo, real izado em pr-escolas da
rede municipal de ensino de Araraquara/SP Centros municipais de
recreao e educao; CERs - no segundo semestre de 2001 e 2004.
Os CERs so centros municipais de recreao e educao que
atendem crianas com idade ent re 3 e 7 anos, podendo ter
funcionamento integral ou parcial. Neste estudo foram considerados
apenas os pr-escolares com permanncia em tempo parcial, que
representavam dois teros do total de crianas dos CERs, portanto, a
maior ia. Cada CER atende determ inada regio da cidade, sendo os
bairros acolhidos por cada CER def inidos como rea de abrangncia
desses Centros (Apndice I).
Para anlise do estado nutr ic ional, foram coletados dados
individuais (sexo e idade) e antropomtricos (peso e altura) dos pr -
escolares nos dois perodos (2001 e 2004), reunindo um total de 7 .856
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observaes. Tais observaes representam cerca de 70% do total de
alunos matriculados em 2001 e 2004 (10.659 alunos), pois alunos em
tempo integral, de classes especiais, ausentes no di a da coleta, sem
autorizao dos pais para coleta ou com dados incompletos foram
excludos da pesquisa.
Os dados dos pr-escolares no ano de 2001 foram coletados por
duas nutr ic ionistas aps prvia autor izao da Secretar ia de Educao
e de acordo com as normas do Comit de t ica da Faculdade de
Cincias Farmacuticas da UNESP de Araraquara (Parecer n o13, 2001).
. Nesse perodo, foram levantados dados de 3751 pr -escolares,
sendo 1909 meninos e 1842 meninas, que freqentavam os 24 Centros
de Educao e Recreao (CER) do municpio de Araraquara/SP.
Os dados dos pr-escolares do ano de 2004 foram obtidos junto
Secretar ia Municipal de Sade total izando dados de 4105 pr -escolares,
sendo 2087 meninos e 2018 meninas, que freqentavam os 24 Centros
de Educao e Recreao (CER) do municpio de Araraquara/SP.
Segundo o Coordenador dessa coleta, os dados foram obtidos nos
mesmos moldes que os dados coletados em 2001 e tambm por
prof issionais da rea de nutr io. Vale sal ientar que houve tentat iva de
adentrarmos s pr-escolas a f im de coletarmos os dados, porm no
houve permisso por parte da Administrao Municipal.
No foi realizada neste trabalho a ver if icao da possibi l idade de
repetio das crianas nos anos de 2001 e 2004, visto que tal
acontecimento provavelmente ser ia de baixa prevalncia por se tratar
de pr-escolares, perodo em que no comum a repetncia.
A identif icao das crianas (nome, data de nascimento e sexo)
foi real izada com base nas l istas de matr culas, obtidas por intermdio
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da Secretaria Municipal de Educao, e , em informaes coletadas nas
escolas (Apndice II) . A idade foi calculada com base na data da
avaliao antropomtrica e na data de nascimento obtida nas f ichas
escolares. Os equipamentos ut i l izados para a coleta das medidas
antropomtr icas foram: balana com capacidade para 150 kg e preciso
de 100 g, cal ibrada e aferida semanalmente e uma f ita mtrica f ixada
em superf cie plana, e esquadro de plst ico sobre a f ita mtrica.
Para a mensurao do peso a criana foi preparada ret irando as
roupas extras (casacos e bluses) e os sapatos, com o auxl io dos
professores, que haviam expl icado aos alunos que no dia da coleta elas
usariam shorts e camiseta leve. Poster iormente, a criana f icou em p
no centro da balana, com os ps completamente apoiados e os braos
estendidos e soltos ao longo do corpo; sem se mexer. A seguir foi
identif icado o peso da criana, aps estabi l izao das casas decimais
do mostrador digital da balana.
Com relao mensurao da altura, uma f ita mtrica f oi f ixada
em uma superf c ie plana, em geral, uma parede sem rodap. A criana
foi encostada no local onde estava f ixada a f ita mtrica e permaneceu
com os braos estendidos ao longo do corpo, os ps juntos, e os
calcanhares, glteos e ombros tocando a supe rf cie da parede. Foi
orientada a manter -se reta, olhando para f rente, e foi feita uma leve
presso no queixo para cima a f im de manter a cabea ereta, mantendo
os joelhos e calcanhares na posio correta. O vrt ice do esquadro
tocava a f ita mtrica na marca da altura da criana. Foram tomadas trs
medidas at que duas delas no fossem diferentes em mais de 0,5 cm .
A part ir dos dados antropomtr icos, foram levantadas as
prevalncias de excesso de peso (sobrepeso e obesidade) por meio do
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ndice de massa corporal (IMC peso em quilos dividido pelo quadrado
da estatura em metros) segundo a proposta da International Obesity
Task Force ( IOFT).
A part ir dos pontos de corte de sobrepeso (25kg/m 2) e obesidade
(30kg/m2) para adultos, The International Obesity Task Force props
que estes pontos fossem correlacionados com os percent is de ndice de
Massa corprea de crianas e assim fossem criados pontos de corte de
IMC para essa faixa etria (BELLIZZI e DIETZ, 1999). A distr ibuio do
ndice de Massa Corprea (IMC) das cr ianas deste estudo foi aval iada
de acordo com estes pontos de corte def inidos por Cole, 2000,
indicando os indivduos com sobrepeso e obesidade de acordo com a
faixa etria e gnero (COLE et al. , 2000).
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E stu do da e spa c ia l iza o da s p r eva l n c ia s d e d esn u t r i o e ex c es so d e p es o em p r - e s co l a re s d e
A ra ra qu a ra /S P , em 200 1 e 20 04 58
Quadro 1.1 . Pontos de corte para ndice de Massa Corprea (IMC)
para sobrepeso e obesidade para ambos os sexos de 2 a 18 anos,
def inidos a part ir do IMC 25 e 30 kg/m2 para idade de 18 anos,
obtido da mdia dos dados do Brasi l, Gr -Bretanha, Hong Kong,
Holanda, Cingapura e Estados Unidos.
IMC 25 kg/m2 IMC 30 kg/m
2
Idade (anos)
Mascul ino Femin ino Mascul ino Femin ino
2,0 18,41 18,02 20,09 19,81 2,5 18,13 17,76 19,80 19,55 3,0 17,89 17,56 19,57 19,36 3,5 17,69 17,40 19,39 19,23 4,0 17,55 17,28 19,29 19,15 4,5 17,47 17,19 19,26 19,12 5,0 17,42 17,15 19,30 19,17 5,5 17,45 17,20 19,47 19,34 6,0 17,55 17,34 19,78 19,65 6,5 17,71 17,53 20,23 20,08 7,0 17,92 17,75 20,63 20,51 7,5 18,16 18,03 21,09 21,01 8,0 18,44 18,35 21,60 21,57 8,5 18,76 18,69 22,17 22,18 9,0 19,10 19,07 22,77 22,81 9,5 19,46 19,45 23,39 23,46
10,0 19,84 19,86 24,00 24,11 10,5 20,20 20,29 24,57 24,77 11,0 20,55 20,74 25,10 25,42 11,5 20,89 21,20 25,58 26,05 12,0 21,22 21,68 26,02 26,67 12,5 21,56 22,14 26,43 27,24 13,0 21,91 22,58 26,84 27,76 13,5 22,27 22,98 27,25 28,20 14,0 22,62 23,34 27,63 28,57 14,5 22,96 23,66 27,98 28,87 15,0 23,29 23,94 28,30 29,11 15,5 23,60 24,17 28,60 29,29 16,0 23,90 24,37 28,88 29,43 16,5 24,19 24,54 29,14 29,56 17,0 24,46 24,70 29,41 29,69 17,5 24,73 24,85 29,70 29,84 18,0 25,00 25,00 30,00 30,00
Fonte: COLE et a l . , 2000
Na seqncia foram calculadas as prevalncias de sobrepeso e
obesidade por reas de atendimento de cada CER. A rea de
atendimento (bairros atendidos) de cada CER foi def inida como rea de
abrangncia. Esta informao foi coletada na Secretaria de Educao
do municpio de Araraquara e diretamente com as diretoras de cada
CER, que informaram os bairros onde situavam as residncias das
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crianas de cada CER. Alm disso, foram ver if icadas as f ichas de
identif icao, onde constavam os endereamentos das cr ianas. Assim
foram def inidas 24 reas de abrangncia e cada rea era composta por
determinados bairros de onde eram originrios os pr -escolares
(Apndice II I) .
As prevalncias locais de obesidade e sobrepeso ident if i cadas
nos dois perodos foram divididas em quart is e espacial izadas pela base
cartogrf ica do municpio de Araraquara/SP. O software ut i l izado para o
mapeamento foi o AUTOCAD 2004.
Para a anl ise estat st ica dos dados foi ut i l izado o programa
Sigma Stat 3.1. Foi real izada anl ise descrit iva tendo sido apl icado o
teste t . O nvel de signif icncia adotado foi de 5%.
Resultados
Anlise descritiva
Part ic iparam deste estudo, 7 .856 pr-escolares, distr ibudos em
24 Centros de Educao e Recreao (CERs) do m unicpio de
Araraquara nos anos de 2001 e 2004. Na Tabela 1.1 . so apresentados
os nmeros de crianas por CER relat ivo aos anos de 2001 e 2004.
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Tabela 1.1. Nmero de pr-escolares observados por Centro de
Educao e Recreao (CER) nos anos de 2001 e 2004, em
Araraquara/SP.
Nmero de pr-escolares
CERs 2001 2004
1 123 144
2 212 168
3 178 188
4 72 176
5 112 102
6 137 138
7 203 121
8 201 179
9 130 217
10 229 248
11 226 228
12 61 134
13 75 252
14 80 64
15 241 159
16 187 140
17 139 140
18 51 136
19 122 167
20 209 283
21 307 218
22 175 137
23 137 236
24 144 130
Mdia 156 171
Total 3751 4105
Examinando a Tabela 1.1. nota-se que em 2001 o CER 18 atendia
o menor nmero de crianas, com 1,4% (51 cr ianas), enquanto o CER
21 atendia o maior nmero de cr ianas, 8,2% (307 crianas). Em 2004,
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o CER 14 atendia o menor nmero de cr ianas, com 1,5% (64 crianas),
enquanto o CER 20 atendia o maior nmero, 7% (286 crianas). O
nmero mdio de cr ianas por CER em 2001 foi 156 e em 2004, 171,
havendo, portanto, um acrscimo de cerca de 10 pontos percentuais . A
Tabela 1.2. mostra a prevalncia de sobrepeso e obesidade nos
perodos de 2001 e 2004.
Tabela 1.2. Prevalncia de sobrepeso e obesidade entre pr -escolares
da rede municipal de ensino de Ara raquara-SP.
CERs
OBESIDADE
2001
%
OBESIDADE
2004
%
SOBREPESO
2001
%
SOBREPESO
2004
%
1 3 ,25 8,33 15,69 10,29
2 7,08 8,33 12,20 14,58
3 9,55 4,26 8,56 10,71
4 11,11 10,23 12,70 13,76
5 11,61 7,84 13,79 15,70
6 4,38 2,17 13,43 11,73
7 3,45 8,26 10,95 6,36
8 5,47 3,91 9,02 10,18
9 6,15 4,15 9,96 12,58
10 6,55 5,24 13,97 10,89
11 6,64 9,21 12,57 21,90
12 9,84 16,42 7,14 11,76
13 4,00 14,29 13,67 10,00
14 0,00 0,00 9,84 19,40
15 3,73 6,92 12,31 12,44
16 4,81 8,57 14,60 5,07
17 8,63 7,86 17,22 13,07
18 3,92 8,09 8,00 17,06
19 8,20 4,19 15,28 14,20
20 11,00 6,01 15,00 10,94
21 5,54 6,42 12,39 17,98
22 7,43 8,76 8,99 13,83
23 4,38 8,05 16,04 7,74
24 5,56 7,69 11,11 10,77
Mdia 6,32 7,43 12,40 12,69
DP 2,84 2,70 3,41 3,83
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Observando-se a Tabela 1.2. nota-se que os CERs 12 e 13 foram
os que apresentaram maiores aumentos de suas prevalncias de
obesidade, com uma elevao de cerca de 10 pontos percentuais entre
os anos de 2001 e 2004. Outro CER que apresentou uma ampliao
representat iva foi o CER 12 cuja prevalncia de obesidade subiu de 9%
em 2001 para 16% em 2004. Por outro lado, o CER 3 apresentou uma
queda na prevalncia de obesidade, passando de 9% para 4%.
Com relao ao sobrepeso, as prevalncias foram relat ivamente
maiores que aquelas identif icadas para obesidade. O CER 11 teve um
grande aumento em sua prevalncia de sobrepeso, elevando seu
percentual de 12% em 2001 para 22% em 2004. Por outro lado, o CER
16 apresentou grande queda de sua prevalncia de sobrepeso, caindo
de 14% para 5%.
Comparando-se a mdia dos dois perodos, observa -se que no
houve grande var iao. A mdia de obesidade encontrada dentre os
CERs em 2001 foi de 6,3% e em 2004, 7,4%. Com relao ao
sobrepeso, a osci lao foi ainda menor, passando de 12,4% em 2001
para 12,6% em 2004. Tais dados podem ser mais bem visual izados em
termos absolutos, com um aumento no perodo de 68 casos de
obesidade, passando de 237 em 2001 para 305 casos de obesidade em
2004. Com relao ao sobrepeso, tambm ocorreu um aumento de 56
casos de 2001 para 2004, passando de 465 para 521 casos de
sobrepeso.
Comparando-se os grupos observa-se que em uma parte das pr-
escolas teve uma queda de sobrepeso e obesidade, e outras um
aumento dessas prevalncias. Essas informaes podem ser vistas as
Tabelas 1.3. e 1.4., respect ivamente.
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Tabela 1.3 . Distr ibuio (em grupos) das prevalncias de sobrepeso,
mdia, desvio padro, diferenas e signif icncia estat st ica (teste t).
Sobrepeso (%)
CER 2001 2004 Diferena
CERs com queda das prevalnc ias
2 16,04 7,74 (8,30)
4 15,28 14,20 (1,08)
6 14,60 5,07 (9,53)
8 13,43 11,73 (1,70)
10 13,97 10,89 (3,08)
14 15,00 10,94 (4,06)
17 13,67 10,00 (3,67)
18 15,69 10,29 (5,40)
20 17,22 13,07 (4,15)
23 10,95 6,36 (4,59)
24 11,11 10,77 (0,34)
Mdia 14,27 10,10 (4,17)
Desvio padro 1,94 2,74 2,82
Signif icncia estat st ica
(p 0,001)
CER Sobrepeso %
2001 2004 Diferena
CERs com aumento das prevalnc ias
1 12,20 14,58 2,38
3 8,99 13,83 4,84
5 7,14 11,76 4,62
7 13,79 15,70 1,91
11 12,39 17,98 5,59
12 9,84 19,40 9,56
13 8,00 17,06 9,06
15 9,96 12,58 2,62
16 8,56 10,71 2,15
19 9,02 10,18 1,16
21 12,70 13,76 1,06
22 12,57 21,90 9,33
Mdia 9,78 14,02 4,39
Desvio Padro 3,15 4,82 3,12
Signif icncia estat st ica
(p 0,001)
-
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De acordo com a Tabela 1.3 ., observa-se que em 45% das pr-
escolas houve reduo das prevalncias de sobrepeso e 55%
apresentaram aumento. O valor mdio de prevalncias das CERs que
apresentaram queda foi super ior ao valor mdio das prevalncias dos
CERs que apresentaram acrscimo. O CER 6 foi o que apresentou
maior declnio, com diminuio de 9 pontos percentuais da prevalncia
de sobrepeso. A signif icncia estat st ica encontrada atravs do teste t
foi de p
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Tabela 1.4. Distr ibuio (em grupos) das prevalncias de obesidade,
mdia, desvio padro e signif icncia estat st ica (teste t).
CER Obesidade %
2001 2004 Diferena
CERs com queda das prevalnc ias
3 9,55 4 ,26 (5 ,29)
4 11,11 10,23 (0 ,88)
5 11,61