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HGP 2º TESTE NOVEMBRO 2012
Matérias - Revolução Francesa ; Invasões Francesas ; Revolução Liberal de 1820
A REVOLUÇÃO FRANCESA
Com o iluminismo, nascido em França no século XVIII, ganham cada vez mais adeptos as ideias
de que os homens são iguais perante a lei; todos têm os mesmos direitos e deveres.
Ora , estas ideias opõem-se aos valores da monarquia absoluta- origem divina do poder real e
grandes diferenças entre os direitos e deveres dos diferentes grupos sociais. Não admira, por
isso, que tais ideias estejam na base da Revolução Francesa, ocorrida em 1789, bem como na de
várias revoluções liberais que se vão registar por toda a Europa.
O lema da revolução – liberdade, igualdade e fraternidade – fez adeptos por toda a Europa,
levando a novas revoluções, que apressaram a queda das monarquias absolutas. Abriu-se,
assim, caminho para as monarquias constitucionais, estabelecendo os princípios da
separação dos poderes, da igualdade dos direitos e da soberania da nação.
Sentindo-se em perigo, alguns reis absolutistas unem-se e declaram guerra à França. Essa
guerra durou vários anos, até que o governo francês passou a ser chefiado por Napoleão
Bonaparte. Militar brilhante, Napoleão, em poucos anos, dominou quase toda a Europa.
Porém a Inglaterra demonstrou ser um inimigo muito difícil de vencer e, em 1806, Napoleão
decretou o Bloqueio Continental.
1. Estabelece as diferenças entre Monarquia absoluta e Monarquia constitucional?
2.Quais os ideais defendidos pelas classes sociais na origem da revolução francesa? Indica o ano
em que deu tal revolução?
3. O que sentiram os reis europeus sobre o que se passava em França e que atitude que tomaram?
4. Explica o acontecimento da figura 1.
Figura 1
HGP 2º TESTE NOVEMBRO 2012AS INVASÕES FRANCESAS
Portugal, que mantinha relações comerciais com a Inglaterra e era, além disso, um seu velho
aliado, não aderiu ao Bloqueio. Em resposta a esta atitude portuguesa, Napoleão ordenou a
invasão do país através de Espanha, com a qual se tinha aliado.
Assim, num curto período de tempo, o nosso país vai ser invadido, por três vezes, pelos exércitos
franceses. Aquando da primeira invasão, ocorrida em1807 sob o comando do general Junot, a
família real portuguesa retira-se para o Brasil ( a fim de salvaguardar a independência do país),
ficando um Conselho de Regência a governar Portugal presidido pelo Marquês de Abrantes.
Com o apoio das tropas Inglesas ( a quem pedimos auxilio) e sob o comando de Arthur
Weellesley, o exército luso-inglês vence o exercito francês nas Batalhas de Roliça e do Vimeiro
(1808). Os franceses têm então de assinar um tratado, aceitando a rendição – Convenção de
Sintra – e são obrigados a retirar-se do país. Não se conformando com a derrota, Napoleão
ordena a segunda invasão. Assim, em 1809, os exércitos franceses, desta vez comandados pelo
marechal Soult, entram pelo Norte (Chaves) e dirigem-se ao Porto. Contudo, são novamente
derrotados pelo exército luso-inglês, não chegando a passar o Douro.
O exército português é reorganizado pelos ingleses e são construídas várias fortificações para
defender Lisboa – São as designadas linhas de Torres Vedras. Ainda assim, Napoleão não
desiste e ordena uma terceira invasão, comandada pelo general Massena.
Entrando, em 1810, pela Beira Alta, os franceses dirigem-se a Viseu, onde se instalam. As tropas
luso-inglesas vão ao seu encontro, derrotando-os na batalha do Buçaco (1810). Apesar disso, os
franceses caminharam para sul, na tentativa de conquistar Lisboa, mas não conseguiram passar
as linhas de Torres Vedaras, retirando do nosso país, perseguidos pelo exército luso-inglês, em
1811.
O rei, que se encontrava no Brasil, pressionado pelos burgueses brasileiros, autoriza que o
comércio se faça directamente com outros países a partir dos portos brasileiros. Esta medida
desagradou muito aos comerciantes portugueses, pois vão perder lucros e porque D. João VI
não mostra desejo de regressar a Portugal.
5. Indica as razões para Portugal não aderir ao Bloqueio Continental e que implicações teve para
o país essa atitude.
6.Quem governava Portugal na altura da 1ª invasão francesa? O que fez perante tais
acontecimentos?
7. Como foi então Portugal governado a partir daí?
8.Indica os comandantes responsáveis pelas invasões francesas e as datas em que
aconteceram.
9.Em que consistem as chamadas Linhas de Torres ?
HGP 2º TESTE NOVEMBRO 201210. Quem auxiliou os portugueses nas batalhas contra os franceses e como se chama o
comandante responsável pela organização das tropas?
11. Legenda a figura 2 pintando os quadrados a preto com as respectivas cores e indicando o que
significa o símbolo
11. Refere as medidas tomadas pelo rei D.João VI que provocaram o descontentamento dos comerciantes portugueses e como elas afectaram a economia portuguesa.
Revolução Liberal Portuguesa (1820)
causas (motivos/razões) Destruição provocada pelo domínio francês; Problemas na economia:
abertura dos portos brasileiros aos comerciantes estrangeiros, tratados comerciais
desfavoráveis; Permanência da Corte no Brasil, e sua crescente importância; Domínio inglês;
Lutar contra os privilégios do clero e da Nobreza e contra a Monarquia Absoluta.Regresso da
Corte do Brasil; Independência do Brasil(1822); Eleição das Cortes Constituintes que
aprovaram a Constituição de 1822, que acabou com a Monarquia Absoluta e introduziu a
Monarquia Constitucional.
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consequências (o que provocou)
Regresso da Corte do Brasil; Independência do Brasil; Eleição das Cortes Constituintes que
aprovaram a Constituição de 1822, que acabou com a Monarquia Absoluta e introduziu a
Monarquia Constitucional.
As invasões francesas deixaram o nosso país em muito mau estado. Portugal ficou devastado e
arruinado, já que os exércitos invasores praticaram roubos, destruíram casas e ruas e deixaram
as actividades económicas (agricultura, indústria e comércio) praticamente paralisadas. Para
além disto, a população portuguesa estava também descontente porque:
Os portos brasileiros deixaram de ser exclusivos de Portugal e abriram as portas ao
comércio com outros países.
Em 1815, o Brasil deixou de ser uma colónia portuguesa e foi elevado à categoria de
Reino, tornando-se a cidade do Rio de Janeiro a sua verdadeira capital.
A família real e a corte portuguesa continuavam no Brasil (o rei estava fora de Portugal e
os ingleses é que estavam a ocupar os principais cargos na governação e no exército em
Portugal).
Por estes motivos, o descontentamento da população era geral e associado às novas ideias
liberais (que defendiam sobretudo, uma maior participação na vida política) gerou-se um clima
favorável a conspirações contra a situação em que o país vivia.
Em 1817, Gomes Freire de Andrade, liderou uma tentativa para mudar o regime, exigir o
regresso do rei e expulsar os ingleses do nosso país. Esta tentativa não foi bem sucedida porque
foram descobertos e os seus responsáveis foram presos e condenados à morte. Em 1817 (no ano
seguinte), um grupo de liberais do Porto (constituído por juízes, comerciantes, proprietários e
militares) formou uma associação secreta – o Sinédrio – que era liderada por Manuel
Fernandes Tomás e tinha como objectivo preparar uma revolução.
A 24 de Agosto de 1820, aproveitando a ausência de Beresford (general inglês nomeado por
D. João VI como marechal do exército português, a quem foram concedidos grandes poderes
para acabar com qualquer tipo de conspirações liberais), o Sinédrio fez deu início, no Porto, à
Revolução Liberal. Rapidamente, a revolução se estendeu a Lisboa e ao resto do país. Os
ingleses foram afastados do governo e os revolucionários criaram um governo provisório (Junta
Provisional de Governo do Reino) que, de imediato, tomou medidas para resolver os problemas
do reino.
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As medidas mais importantes tomadas pelo governo provisório da revolução de 1820 são:
Exigência do regresso do rei D. João VI a Portugal
Realização de eleições com o objectivo de escolher deputados às Cortes Constituintes,
para elaborar uma Constituição (documento que contem as Leis fundamentais de um
país).
As 1ªs eleições realizadas em Portugal aconteceram em Dezembro de 1822.
Esta Constituição consagrou os princípios da liberdade e de igualdade dos cidadãos perante a
lei (fosse qual fosse a sua origem social, acabando-se desta forma com os privilégios do clero e
da nobreza) e consagrou a divisão do poder em três poderes.
A Junta Provisional do Governo do Reino:
- Governou o País
- Organizou as primeiras eleições para as Cortes Constituintes. Esta assembleia tinha como
principal função: Elaborar uma Constituição que garantisse a liberdade / igualdade e
estabelecesse a separação dos poderes: Legislativo, Executivo e Judicial
Em 1822, D. João VI assina a Constitucional : A Monarquia Absoluta dá lugar
à Monarquia Constitucional ou Liberal.
A Constituição: é o documento que contém as leis fundamentais de um país.
D. João VI, com medo de ser afastado do trono pelas Cortes, voltou a Portugal em 1821 e em
1822 jurou (aceitou) a Constituição Portuguesa. Desta forma, Portugal passou de uma monarquia
absoluta para uma monarquia liberal (ou constitucional).
Lutas Liberais
Liberais: Defendiam a Monarquia Constitucional, defendendo os princípios de igualdade,
liberdade e da separação de poderes.
Absolutistas: Defendiam a Monarquia Absoluta, em que o rei tinha todos os poderes e o Clero
e a Nobreza possuíam privilégios.
HGP 2º TESTE NOVEMBRO 2012Guerra Civil
Quando D. João VI morre, D. Pedro sucede-lhe mas abdica do trono para ficar no Brasil. Passa a
coroa para a sua filha Maria da Glória mas, como tinha apenas 7 anos, fica como regente o seu
irmão D. Miguel. D. Miguel prometeu governar segundo um regime liberal mas em 1828 dissolveu
as cortes e passou a governar como rei absoluto com o apoio da nobreza e do clero e perseguiu
os liberais. Em 1831, D. Pedro abdicou do trono brasileiro e rumou à Europa, instalando-se com
exilados liberais na Ilha Terceira, nos Açores. Em 1832 desembarcou com as suas tropas numa
praia próxima do Porto e avançou sobre a cidade, sem encontrar resistência. Assistimos assim a
uma Guerra Civil em Portugal (de um lado os Absolutistas, liderados por D. Miguel e do outro lado
os Liberais, liderados por D. Pedro). Só depois de várias derrotas é que D. Miguel assinou a paz
através da Convenção de Évora Monte em 1834.
Com a Revolução de 1820, a nobreza e o clero perderam muitos privilégios. Não se conformaram e
começaram a organizar conspirações contra o regime liberal, apoiados pelo príncipe
segundo de D. João VI).
Quando D. João VI morre (1826), sucede-lhe o seu filho mais velho, D.
Pedro, imperador do Brasil. Este, não querendo abandonar o Brasil,
abdica do trono em favor de sua filha D. Maria, menor de idade, ficando
D. Miguel a governar, como regente e de acordo com as ideias liberais.
Em 1828, D. Miguel, desrespeitando o compromisso, faz-se aclamar rei
absoluto.
D. Pedro decide então regressar a Portugal e junta se aos liberais, refugiados nos Açores.Inicia-
se então um período de guerra civil, entre liberais e absolutistas, que vai durar cerca de dois
anos. D. Miguel e os absolutistas são derrotados. D. Maria II passa a governar.
HGP 2º TESTE NOVEMBRO 2012A monarquia constitucional vai manter-se em Portugal até 1910 (data da implantação da
República.