Testes Cardiovasculares
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TESTES E INSPEÇÕES CARDIOVASCULARES:
1) ANAMNESE
Identificação: A identificação é o início do relacionamento com o paciente. Adquire-se
o nome, idade, sexo, etnia, estado civil, profissão actual, profissão anterior, local de
trabalho, naturalidade, nacionalidade, residência actual e residência anterior.
Queixa principal (QP): Em poucas palavras, o fisioterapeuta registra a queixa
principal, o motivo que levou o paciente a procurar ajuda.
História da doença atual (HDA): No histórico da doença atual, é registrado tudo que
se relaciona quanto à doença atual: sintomatologia, época de início, história da
evolução da doença, entre outros. Em caso de dor, deve-se caracterizá-la por
completo.
História doença pregressa (HDP): Adquire-se informações sobre toda a história
médica do paciente, mesmo das condições que não estejam relacionadas com a
doença atual.
Histórico familiar (HF): Neste histórico é perguntado ao paciente sobre sua família e
suas condições de trabalho e vida. Procura-se alguma relação de hereditariedade das
doenças.
História pessoal e social: Procura-se a informação sobre a ocupação do
paciente,como: onde trabalha, onde reside, se é tabagista, alcoolista ou faz uso de
outras drogas. Se viajou recentemente, se possui animais de estimação (para se
determinar a exposição a agentes patogênicos ambientais). Suas atividades
recreativas, se faz uso de algum tipo de medicamentos (inclusive os da medicina
alternativa),pois estas informações são muito valiosas para o fisioterapeuta levantar
hipóteses de diagnóstico.
Revisão de sistemas: Esta revisão, também conhecida como interrogatório
sintomatológico, anamnese especial ou Interrogatório Sobre os Diversos Aparelhos
(ISDA), consiste num interrogatório de todos os sistemas do paciente, permitindo ao
fisioterapeuta levantar hipóteses de diagnósticos.
2) HDP: História da doença pregressa;
3) Antecedentes: HAS; DM; Sedentarismo; IAM prévio; DPOC; Tabagismo;
Neurológico; Cirúrgico e Doenças associadas;
4) Exame físico: Respiração; Amplitude respiratória; Tipo de respiração;
Expansibilidade, Cirtometria; Cianose, Tiragens costais; Dispnéia, Edema;
Ausculta cardiológica; Ausculta pulmonar; Tosse, Presença de secreção,
Cirurgia, Inspeção.
5) Conduta fisioterapêutica
6) Condições sócio-economicas e culturais;
7) AUSCULTA CARDÍACA;
Ausculta ou Auscultação Cardíaca é a parte da Semiologia médica que estuda os sons
gerados pelo ciclo cardíaco e seu significado.Utiliza-se de um estetoscópio. O
estetoscópio padrão tem duas olivas, que se encaixam na orelha do examinador, um
ou dois tubos condutores por onde o som é conduzido, e uma campânula ou um
diafragma, que é colocado no corpo do examinando, para amplificar os sons corporais.
A técnica de ausculta cardíaca, como ocorre com todo método de propedêutica clínica,
deve, obrigatoriamente, envolver uma sequência lógica e sistematizada de
procedimentos direcionados no sentido de se obter o conjunto de informações
fisiológicas que seja a mais abrangente possível. Assim, o paciente deve ser
examinado em ambiente silencioso e em posição confortável. Não obstante as áreas
clássicas de ausculta cardíaca (aórtica: segundo espaço intercostal direito; mitral:
ápice; pulmonar: segundo espaço intercostal esquerdo; tricúspide: quarto espaço
intercostal esquerdo, junto ao esterno) devam ser exploradas, rotineiramente, outras
regiões também devem ser avaliadas, como o mesocárdio, a região paraesternal
direita, o pescoço, a axila e a região infraclavicular e interescapulovertebral.
A seguir, pontos para Ausculta Cardíaca:
8) SINAL DE CACIFO\ SINAL DE GODET:
Consiste na compressão da área edemaciada com o polegar. Após a retirada
do polegar, a observação continua para verificar se o sinal de Godet desaparece:
imediatamente (+++) (tecidos esponjosos, hipertrófico ou lipídico), rapidamente (++)
(menos de 1 minuto: edema sistêmico), lentamente (+) (menos de 5 minutos:
flebedema, linfedema reversível) ou persiste (0) (mais de 5 minutos: linfedema
irreversível). Na avaliação da consistência do líquido que representa o edema, a
palpação vai avaliar também o aspecto cutâneo, podendo apresentar de forma flexível,
esponjosa, firme, granulosa, em casca de laranja ou espessada.
9) PRESSÃO ARTERIAL;
Não existe uma combinação precisa de medidas para se dizer qual é a pressão
normal, mas em termos gerais, diz-se que os valores 120/80 mmHg são valores
considerados ideais. Contudo, medidas até 138 mmHg para a pressão sistólica, e 88
mmHg para a diastólica, podem ser aceitas como normais. O local mais comum de
verificação da pressão arterial é no braço, usando como ponto de ausculta a artéria
braquial. O equipamento usado é o esfigmomanômetro ou tensiômetro, vulgarmente
chamado de manguito, e para auscultar os batimentos, usa-se o estetoscópio.
10) FREQUÊNCIA CARDÍACA:
Frequência cardíaca ou ritmo cardíaco é o número de batimentos cardíacos por
unidade de tempo, geralmente expresso em batimentos por minuto (bpm).
A frequência cardíaca pode ser mensurada, de forma manual, em qualquer lugar do
corpo onde pode ser detectada a pulsação arterial. Nestes locais existem artérias que
transmitem o pulso para superfície da pele. Podemos medir a frequência da pulsação
arterial pressionando estes locais com os dedos indicador e médio e, frequentemente,
as artérias também são comprimidas contra tecidos subjacentes como ossos, por
exemplo. Esta medição não deve ser efetuada com o dedo polegar, pois sua forte
pulsação arterial pode interferir na correta percepção do pulso aferido.
Como a unidade da frequência cardíaca é bpm, a contagem da pulsação arterial deve
ser realizada acompanhando e contanto os pulsos de um minuto completo. Outra
forma de realizar a contagem é acompanha-la por 30 segundos e multiplicar o
resultado por 2, ou acompanhar a contagem por 15 segundos e multiplicar o resultado
por 4, e assim por diante. Exemplo: acompanhando a pulsação arterial por 15
segundos contamos 21 pulsos, neste caso efetuamos o cálculo de 21x4 e
encontramos o valor de 84 bpm. Acompanhando a pulsação arterial por um tempo
menor do que 1 minuto podemos multiplicar erros de contagem se, por exemplo, em
vez de contarmos 21 pulsos tivéssemos contado 2 pulsos a mais ou a menos,
teríamos uma diferença de 8 bpm. Este erro agrava-se quanto menor for o tempo de
acompanhamento.
11) BAQUETEAMENTO DIGITAL:
O baqueteamento digital foi descrito há cerca de 2.400 anos, por Hipócrates,
como hipocratismo digital associado à doença pulmonar incapacitante, provavelmente
enfisema pulmonar. A partir dessa apresentação, vem sendo descrito associado a
várias doenças, como DPOC, cirrose hepática, cardiopatias congênitas cianóticas,
neoplasias malignas pulmonares, doenças inflamatórias intestinais, entre outras,
podendo ser também de origem congênita. Caracteriza-se por aumento do diâmetro
das falanges distais e alterações das unhas. É classificado em cinco estágios: Grau I -
aumento e flutuação do leito ungueal; Grau II - perda do ângulo natural de 15° entre a
unha e a cutícula; Grau III - acentuação da convexidade do leito ungueal; Grau IV -
aparência de baqueta da extremidade digital; e Grau V - aumento da extremidade com
espessamento da falange distal e estriações longitudinais na unha.
12) TESTE ERGOMÉTRICO:
Serve para avaliar o condicionamento cardiovascular, prever uma possível
doença arterial coronariana e ainda por métodos diretos e indiretos medir o consumo
máximo de oxigênio (VO²). O método direto é feito em recinto equipado com
cicloergômetro ou esteira ergométrica com espirômetro adaptado que mede o ar
inalado e exalado dos pulmões do avaliado. Basicamente são conhecidos dois tipos de
ergômetros: a bicicleta ergométrica e a esteira rolante. Vários estudiosos criaram ao
longo dos anos protocolos adequados a cada tipo de pessoa a ser avaliada. Todos
começam com exercício de baixa intensidade e progressivamente aumentando o
esforço.
INSPEÇÃO ;
No exame físico podem ser observadas as alterações da cor da extremidade,
na parte mais distal do membro, como palidez e cianose. Deve ser comparativa entre
um pé e outro e também no próprio membro. Quando em posição horizontal não se
detecta alteração da cor; algumas manobras para tornar mais evidente essas
alterações podem ser realizadas:
a) elevação das extremidades: os membros inferiores são elevados entre 45 e 60°,
podendo se recomendar flexão e extensão dos dedos dos pés. Nos indivíduos normais
as mãos e os dedos sofrem discreta palidez; quando existe obstrução arterial o
membro mais acometido torna-se mais pálido do que o contralateral.
b) posição pendente. Quando após a elevação do membros estes são colocados em
posição pendente, existe uma hiperemia. No membro normal a volta da coloração leva
até 10 segundos, para ocorrer tornando-se mais hiperêmico do que o normal. Quando
existe obstrução arterial, além de um retardo na volta à coloração inicial, a
extremidade passa a
apresentar uma coloração mais intensa ou eritrocianótica.
Exemplos: Técnica de avaliação indireta do pulso e da Pressão Venosa Central (PVC)
na veia Jugular; ondas da pulsação venosa jugular: ondas a, c, v; Avaliação indireta da
pressão venosa central: estase jugular a 45º; Refluxo hepato-jugular; Pesquisa de
varizes em membros inferiores; Pesquisa de sinais de trombose venosa profunda:
Sinal de Holmans e Sinal da Bandeira.
Doenças relacionadas ao sistema cardiovalcular para inspeção:
precordialgia
palpitação
claudicação intermitente
varizes
hipertensão
hipotensão
teleangiectasia
trombose venosa profunda
cianose: é um sinal físico causando coloração azulada da pele e membranas
mucosas. é causada por uma falta de oxigênio no sangue. Está associada com
temperaturas frias, insuficiência cardíaca , doenças pulmonares e extintor. Ele
é visto em bebês no nascimento como resultado de defeitos cardíacos,
síndrome do desconforto respiratório , ou problemas pulmonares e
respiratórios.
REFERÊNCIAS:
PAZIN FILHO A; SCHMIDT A & MACIEL BC. Ausculta cardíaca: bases fisiológicas
- fisiopatológicas. Medicina, Ribeirão Preto, 37: 208-226, jul./dez. 2004.
MACEDO, Alex Gonçalves et al . Baqueteamento digital como manifestação inicial
de neoplasia pulmonar. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro, v. 79, n. 4, Aug.
2004 .
MARTINELLO, M. Avaliação e intervenção fisioterapêutica ambulatorial em
paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma.
Revista Digital. Buenos Aires, año 14, n. 138, Nov. 2009