TEXTO: 1 Leitura - unosales.com.br · Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da ^escola _...

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Goiânia, _____ de _____________________ de 2016. Data de Devolução: 20/06/2016 Aluno (a): __________________________________________________ Série: 9º Ano Turma: ______ 05 Lista Semanal Linguagens e Códigos www.unosales.com.br Fone: (62) 3202-4007 / 11ª avenida esq. com 5ª avenida Setor Leste Vila Nova. Leitura Questão 01 - (UNICAMP SP/2016) A publicidade acima foi divulgada no site da agência FAMIGLIA no dia 24 de janeiro de 2007, véspera do aniversário de São Paulo, no período em que foi proposta a campanha “Cidade Limpa”. Na base da foto, em letras bem pequenas, está escrito: Tomara, mas tomara mesmo, que nos próximos aniversários o paulistano comemore uma cidade nova de verdade. Considerando os sentidos produzidos por esse anúncio, é correto afirmar: a) As duas perguntas e as duas respostas que configuram o texto do outdoor na publicidade acima pressupõem que os paulistanos estão discutindo o número de outdoors e também o abandono de muitos dos moradores da cidade. b) O texto escrito em letras pequenas tem a função de exortar os paulistanos a refletir sobre as próximas eleições e sobre como fazer para que seja estabelecido um conjunto de prioridades socialmente relevantes para toda a sociedade. c) A publicidade pretende levar os leitores a perceber que as prioridades estabelecidas pela gestão municipal da cidade não permitem que os paulistanos enxerguem os verdadeiros problemas que estão nas ruas de São Paulo. d) A publicidade, composta de texto verbal e imagem, tem como objetivo principal encampar o projeto “Cidade Limpa” elaborado pela gestão municipal e também propor a discussão de outras prioridades para a cidade. TEXTO: 1 - Comum à questão: 2 É possível fazer educação de qualidade sem escola É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento). Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica. O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.” Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda. Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro” (biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode *fazer tal coisa+, Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”. Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as ferramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem. “Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala, precisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os instrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”

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Goiânia, _____ de _____________________ de 2016. Data de Devolução: 20/06/2016

Aluno (a): __________________________________________________ Série: 9º Ano Turma: ______

05 Lista Semanal – Linguagens e Códigos

www.unosales.com.br – Fone: (62) 3202-4007 / 11ª avenida esq. com 5ª avenida – Setor Leste Vila Nova.

Leitura

Questão 01 - (UNICAMP SP/2016)

A publicidade acima foi divulgada no site da agência FAMIGLIA no dia 24 de janeiro de 2007, véspera do aniversário de São Paulo, no período em que foi proposta a campanha “Cidade Limpa”. Na base da foto, em letras bem pequenas, está escrito: Tomara, mas tomara mesmo, que nos próximos aniversários o paulistano comemore uma cidade nova de verdade. Considerando os sentidos produzidos por esse anúncio, é correto afirmar: a) As duas perguntas e as duas respostas que configuram o texto do outdoor na publicidade acima pressupõem que os paulistanos estão discutindo o número de outdoors e também o abandono de muitos dos moradores da cidade. b) O texto escrito em letras pequenas tem a função de exortar os paulistanos a refletir sobre as próximas eleições e sobre como fazer para que seja estabelecido um conjunto de prioridades socialmente relevantes para toda a sociedade. c) A publicidade pretende levar os leitores a perceber que as prioridades estabelecidas pela gestão municipal da cidade não permitem que os paulistanos enxerguem os verdadeiros problemas que estão nas ruas de São Paulo. d) A publicidade, composta de texto verbal e imagem, tem como objetivo principal encampar o projeto “Cidade Limpa” elaborado pela gestão municipal e também propor a discussão de outras prioridades para a cidade.

TEXTO: 1 - Comum à questão: 2

É possível fazer educação de qualidade sem escola É possível fazer educação embaixo de um pé de manga? Não só é, como já acontece em 20 cidades brasileiras e em Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Decepcionado com o processo de “ensinagem”, o antropólogo Tião Rocha pediu demissão do cargo de professor da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e criou em 1984 o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento). Curvelo, no Sertão mineiro, foi o laboratório da “escola” que abandonou mesa, cadeira, lousa e giz, fez das ruas a sala de aula e envolveu crianças e familiares na pedagogia da roda. “A roda é um lugar da ação e da reflexão, do ouvir e do aprender com o outro. Todos são educadores, porque estão preocupados com a aprendizagem. É uma construção coletiva”, explica. O educador diz que a roda constrói consensos. “Porque todo processo eletivo é um processo de exclusão, e tudo que exclui não é educativo. Uma escola que seleciona não educa, porque excluiu alguns. A melhor pedagogia é aquela que leva todos os meninos a aprenderem. E todos podem aprender, só que cada um no seu ritmo, não podemos uniformizar.” Nesses 30 anos, o educador foi engrossando seu dicionário de terminologias educacionais, todas calcadas no saber popular: surgiu a pedagogia do abraço, a pedagogia do brinquedo, a pedagogia do sabão e até oficinas de cafuné. Esta última foi provocada depois que um garoto perguntou: “Tião, como faço para conquistar uma moleca?” Foi a deixa para ele colocar questões de sexualidade na roda. Para resolver a falência da educação, Tião inventou uma UTI educacional, em que “mães cuidadoras” fazem “biscoito escrevido” e “folia do livro” (biblioteca em forma de festa) para ajudar na alfabetização. E ainda colocou em uso termos como “empodimento”, após várias vezes ser questionado pelas comunidades: “Pode *fazer tal coisa+, Tião?” Seguida da resposta certeira: “Pode, pode tudo”. Aos 66 anos, Tião diz estar convicto de que a escola do futuro não existirá e que ela será substituída por espaços de aprendizagem com todas as ferramentas possíveis e necessárias para os estudantes aprenderem. “Educação se faz com bons educadores, e o modelo escolar arcaico aprisiona e há décadas dá sinais de falência. Não precisamos de sala, precisamos de gente. Não precisamos de prédio, precisamos de espaços de aprendizado. Não precisamos de livros, precisamos ter todos os instrumentos possíveis que levem o menino a aprender.”

Sem pressa, seguindo a Carta da Terra e citando Ariano Suassuna para dizer que “terceira idade é para fruta: verde, madura e podre”, Tião diz se sentir “privilegiado” de viver o que já viveu e acreditar na utopia de não haver mais nenhuma criança analfabeta no Brasil. “Isso não é uma política de governo, nem de terceiro setor, é uma questão ética”, pontua.

(Qsocial, 09/12/2014. Disponível em http://www.cpcd.org.br/ portfolio/e_possivel_fazer_educacao_de_qualidade_100_escola/.)

Questão 02 - (UNICAMP SP/2016) A partir da identificação de várias expressões nominais ao longo do texto, é correto afirmar que: a) As expressões “pedagogia do abraço”, “pedagogia da roda”, “pedagogia do sabão”, “pedagogia do brinquedo”, “oficinas de cafuné” são referências a terminologias educacionais de caráter técnico. b) As expressões “biscoito escrevido”, “processo de ensinagem” e “folia do livro” são neologismos criados por meio da manipulação de processos de formação de palavras. c) A expressão “escola” está entre aspas porque se refere aos espaços de aprendizagem diferentes da escola tradicional de hoje e que não serão encontrados no futuro. d) A expressão “processo eletivo”, compreendida no texto como exclusão social, pressupõe a existência de um projeto educacional que tem por objetivo a uniformização da aprendizagem. Questão 03 - (UNICAMP SP/2016) Cem anos depois Vamos passear na floresta Enquanto D. Pedro não vem. D. Pedro é um rei filósofo, Que não faz mal a ninguém. Vamos sair a cavalo, Pacíficos, desarmados: A ordem acima de tudo. Como convém a um soldado. Vamos fazer a República, Sem barulho, sem litígio, Sem nenhuma guilhotina, Sem qualquer barrete frígio. Vamos, com farda de gala, Proclamar os tempos novos, Mas cautelosos, furtivos, Para não acordar o povo.

(José Paulo Paes, O melhor poeta da minha rua, em Fernando Paixão (sel. e org.), Para gostar de ler. São Paulo: Ática, 2008, p.43.)

O tom irônico do poema em relação à história do Brasil põe em evidência a) o modo como a democracia surge no Brasil por interferência do Imperador. b) a maneira despótica como os republicanos trataram os símbolos nacionais. c) a postura inconsequente que sempre caracterizou os governantes do Brasil. d) a forma astuciosa como ocorreram os movimentos políticos no Brasil. TEXTO: 2 - Comuns às questões: 4, 5 Leia o trecho inicial de um artigo do livro Bilhões e bilhões do astrônomo e divulgador científico Carl Sagan (1934-1996).

O tabuleiro de xadrez persa Segundo o modo como ouvi pela primeira vez a história, aconteceu na Pérsia antiga. Mas podia ter sido na Índia ou até na China. De qualquer forma, aconteceu há muito tempo. O grão-vizir, o principal conselheiro do rei, tinha inventado um novo jogo. Era jogado com peças móveis sobre um tabuleiro quadrado que consistia em 64 quadrados vermelhos e pretos. A peça mais importante era o rei. A segunda peça mais importante era o grão-vizir – exatamente o que se esperaria de um jogo inventado por um grão-vizir. O objetivo era capturar o rei inimigo e, por isso, o jogo era chamado, em persa, shahmat – shah para rei, mat para morto. Morte ao rei. Em russo, é ainda chamado shakhmat. Expressão que talvez transmita um remanescente sentimento revolucionário. Até em inglês, há um eco desse nome – o lance final é chamado checkmate (xeque-mate). O jogo, claro, é o xadrez. Ao longo do tempo, as peças, seus movimentos, as regras do jogo, tudo evoluiu. Por exemplo, já não existe um grão-vizir – que se metamorfoseou numa rainha, com poderes muito mais terríveis. A razão de um rei se deliciar com a invenção de um jogo chamado “Morte ao rei” é um mistério. Mas reza a história que ele ficou tão encantado que mandou o grão-vizir determinar sua própria recompensa por ter criado uma invenção tão magnífica. O grão-vizir tinha a resposta na ponta da língua: era um homem modesto, disse ao xá. Desejava apenas uma recompensa simples. Apontando as oito colunas e as oito filas de quadrados no tabuleiro que tinha inventado, pediu que lhe fosse dado um único grão de trigo no primeiro quadrado, o dobro dessa quantia no segundo, o dobro dessa quantia no terceiro e assim por diante, até que cada quadrado tivesse o seu complemento de trigo. Não, protestou o rei, era uma recompensa demasiado modesta para uma invenção tão importante. Ofereceu joias, dançarinas, palácios. Mas o grão-vizir, com os olhos apropriadamente baixos, recusou todas as ofertas. Só desejava pequenos montes de trigo. Assim,

admirando-se secretamente da humildade e comedimento de seu conselheiro, o rei consentiu. No entanto, quando o mestre do Celeiro Real começou a contar os grãos, o rei se viu diante de uma surpresa desagradável. O número de grãos começa bem pequeno: 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024... mas quando se chega ao 64o quadrado, o número se torna colossal, esmagador. Na realidade, o número é quase 18,5 quintilhões*. Talvez o grão-vizir estivesse fazendo uma dieta rica em fibras. Quanto pesam 18,5 quintilhões de grãos de trigo? Se cada grão tivesse o tamanho de um milímetro, todos os grãos juntos pesariam cerca de 75 bilhões de toneladas métricas, o que é muito mais do que poderia ser armazenado nos celeiros do xá. Na verdade, esse número equivale a cerca de 150 anos da produção de trigo mundial no presente. O relato do que aconteceu a seguir não chegou até nós. Se o rei, inadimplente, culpando-se pela falta de atenção nos seus estudos de aritmética, entregou o reino ao vizir, ou se o último experimentou as aflições de um novo jogo chamado vizirmat, não temos o privilégio de saber. * 1 quintilhão = 1 000 000 000 000 000 000 = 1018. Para se contar esse número a partir de 0 (um número por segundo, dia e noite), seriam necessários 32 bilhões de anos (mais tempo do que a idade do universo). (Carl Sagan. Bilhões e bilhões, 2008. Adaptado.) Questão 04 - (UNIFESP SP/2016) Assinale a alternativa cujo excerto se afasta da lógica exposta pela fábula do tabuleiro de xadrez persa. a) “No presente, o tempo de duplicação da população mundial é de cerca de quarenta anos. A cada quarenta anos haverá o dobro de seres humanos. Como o clérigo inglês Thomas Malthus apontou em 1798, uma população que cresce exponencialmente – Malthus a descreveu como uma progressão geométrica – vai superar qualquer aumento concebível de alimentos.” b) “No momento, em muitos países o número de pessoas com sintomas de aids está crescendo exponencialmente. O tempo de duplicação é mais ou menos de um ano. Isto é, a cada ano há duas vezes mais casos de aids do que havia no ano anterior. Essa doença já nos cobrou um tributo desastroso em mortes.” c) “Vamos considerar primeiro o simples caso de uma bactéria que se reproduz dividindo-se em duas. Depois de certo tempo, cada uma das duas bactérias filhas também se divide. Desde que exista bastante alimento e não haja nenhum veneno no ambiente, a colônia de bactérias vai crescer exponencialmente.” d) “A população da Terra na época de Jesus consistia talvez em 250 milhões de pessoas. Existem 93 milhões de milhas (150 milhões de quilômetros) da Terra até o Sol. Aproximadamente 40 milhões de pessoas foram mortas na Primeira Guerra Mundial; 60 milhões na Segunda

Guerra Mundial. Há 31,7 milhões de segundos num ano (como é bastante fácil verificar).” e) “Atualmente, há cerca de 6 bilhões de humanos. Em quarenta anos, se o tempo de duplicação continuar constante, haverá 12 bilhões; em oitenta anos, 24 bilhões; em cento e vinte anos, 48 bilhões... Mas poucos acreditam que a Terra possa suportar tanta gente.” Questão 05 - (UNIFESP SP/2016) Considerado em seu contexto, o trecho “A razão de um rei se deliciar com a invenção de um jogo chamado ‘Morte ao rei’ é um mistério.” (2° parágrafo) sugere que a) o caráter misterioso das regras do xadrez decorre de sua ligação com a esfera política. b) a satisfação do rei com um jogo que visa sua morte é algo difícil de ser explicado. c) a alusão à morte presente no nome do jogo não foi compreendida pelo rei. d) as origens do jogo de xadrez ainda precisam ser esclarecidas. e) o próprio rei parecia desconhecer o funcionamento do jogo de xadrez. TEXTO: 3 - Comuns às questões: 6, 7 Leia o excerto do “Sermão de Santo Antônio aos peixes” de Antônio Vieira (1608-1697). A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. [...] Santo Agostinho, que pregava aos homens, para encarecer a fealdade deste escândalo mostrou-lho nos peixes; e eu, que prego aos peixes, para que vejais quão feio e abominável é, quero que o vejais nos homens. Olhai, peixes, lá do mar para a terra. Não, não: não é isso o que vos digo. Vós virais os olhos para os matos e para o sertão? Para cá, para cá; para a cidade é que haveis de olhar. Cuidais que só os tapuias se comem uns aos outros, muito maior açougue é o de cá, muito mais se comem os brancos. Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas: vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão de comer, e como se hão de comer. [...] Diz Deus que comem os homens não só o seu povo, senão declaradamente a sua plebe: Plebem meam, porque a plebe e os plebeus, que são os mais pequenos, os que menos podem, e os que menos avultam na república, estes são os comidos. E não só diz que os comem de qualquer modo, senão que os engolem e os devoram: Qui devorant. Porque os grandes que têm o mando das cidades e das províncias, não se contenta a sua fome de

comer os pequenos um por um, poucos a poucos, senão que devoram e engolem os povos inteiros: Qui devorant plebem meam. E de que modo se devoram e comem? Ut cibum panis: não como os outros comeres, senão como pão. A diferença que há entre o pão e os outros comeres é que, para a carne, há dias de carne, e para o peixe, dias de peixe, e para as frutas, diferentes meses no ano; porém o pão é comer de todos os dias, que sempre e continuadamente se come: e isto é o que padecem os pequenos. São o pão cotidiano dos grandes: e assim como pão se come com tudo, assim com tudo, e em tudo são comidos os miseráveis pequenos, não tendo, nem fazendo ofício em que os não carreguem, em que os não multem, em que os não defraudem, em que os não comam, traguem e devorem: Qui devorant plebem meam, ut cibum panis. Parece-vos bem isto, peixes?

(Antônio Vieira. Essencial, 2011.)

Questão 06 - (UNIFESP SP/2016) Condizente com o teor do sermão está o conteúdo do seguinte provérbio: a) “A tolerância é a virtude do fraco.” b) “O homem é o lobo do homem.” c) “Ao homem ousado, a fortuna lhe dá a mão.” d) “A fome é a companheira do homem ocioso.” e) “Quem tem ofício, não morre de fome.” Questão 07 - (UNIFESP SP/2016) O primeiro parágrafo permite identificar o lugar em que o pregador profere seu sermão, a saber, a) o mar. b) o sertão. c) a floresta. d) a aldeia. e) a cidade.

Gramática

1. (UFU) Na frase: “Suponho que nunca teria visto um homem”, a subordinada é: a – ( ) substantiva objetiva direta b – ( ) substantiva completiva nominal c – ( ) substantiva predicativa d – ( ) substantiva apositiva e – ( ) substantiva subjetiva 2. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira: a – (A) oração subordinada objetiva direta b – (B) oração subordinada completiva nominal c – (C) oração subordinada objetiva indireta d – (D) oração subordinada subjetiva e – (E) oração subordinada predicativa

( ) Ninguém desconfiava de que as decisões já estavam tomadas. ( ) Chegamos à conclusão de que nosso passeio não acontecerá. ( ) O problema é que não confio em você. ( ) O barulho constante não permite que os moradores vivam tranquilos. ( ) Decidiram-se que as novas mercadorias teriam um novo valor. 3. (FCE-SP) "Os homens sempre se esquecem de que somos todos mortais." A oração destacada é: a. Substantiva completiva nominal b. Substantiva objetiva indireta c. Substantiva predicativa d. Substantiva objetiva direta e. Substantiva subjetiva 4. (FCMSCSP) A palavra se é conjunção subordinativa integrante (por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações seguintes? a. Ele se morria de ciúmes pelo patrão. b. A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. c. O aluno fez-se passar por doutor. d. Precisa-se de pedreiros. e. Não sei se o vinho está bom. 5. Qual das orações subordinadas pode ser considerada adverbial causal? a. Mesmo que partas antes, precisarei do resultado das provas. b. Chegamos tão cedo, que o portão da faculdade ainda estava fechado. c. Já que possuo pouco dinheiro tomarei apenas um lanche. d. O público aplaudia euforicamente para que o circense bisasse o número. e. Realizou os exercícios de acordo com as instruções. 6. No período - “E quanto mais andava mais tinha vontade”, ocorre ideia de proporção. Assinale a opção em que tal ideia NÃO ocorre: a. quanto mais leio este autor menos o entendo; b. choveu tanto, que não pudemos sair; c. à medida que corria o ano, o nosso trabalho era maior; d. quanto menos vontade, mais negligência; e. quanto mais se lê, mais se aprende. 7. Dentre as orações adverbiais, assinale a que indica circunstância de tempo. a. Mesmo estando gripadíssima, mergulhei na piscina. b. As fofocas correm mais rápido que os fatos. c. À medida que o tempo passa, Regina fica mais tensa. d. Terminada a prova, os alunos saíram imediatamente da sala.

Inglês

1- The correct answer to the question is: a- ( ) Yes, he used to eat every day. b- ( ) Only on the weekends they go out. c- ( ) No, they didn´t. They didn´t like it. d- ( ) Yes, he did. He loves it. e- ( ) She used to liked it very much. 2- Mark the correct combination: a- ( ) used to reading b- ( ) used to works c- ( ) used to cut d- ( ) used to went e- ( ) used to wrote 3- The Interrogative form to the sentence is:

a- ( ) Did he use to be a good student? b- ( ) Did they used to be good students? c- ( ) Did they use to being good students? d- ( ) Did she use to be good students? e- ( ) Did they use to be good students? 4- What sentence is correct: a- ( ) My sister used to take care of babies. b- ( ) Sam didn´t used to study for the tests. c- ( ) Where you use to work? d- ( ) I didn´t use to playing any sports. e- ( ) What did they use eat for lunch? 5- Test your English!!! *Às vezes alguém dá uma opinião e você diz “Somos dois”, para mostrar que tem a mesma opinião. Como pode ser dito “Somos dois” em inglês?

a- ( ) It turns two of us. b- ( ) We are two. c- ( ) It´s got us two. d- ( ) That makes the two of us. e- ( ) They are two of us. 6- The correct complement to the sentence is:

a- ( ) which you eat pasta. b- ( ) who you eat pasta. c- ( ) whose you eat pasta. d- ( ) where you eat pasta. e- ( ) what you eat pasta.

7- What is the correct Translation to the sentence? a- ( ) Aquele é meu vizinho que é bombeiro. b- ( ) Aquele é meu irmão que é bombeiro. c- ( ) Aquele é meu vizinho cujo irmão é bombeiro. d-( ) Aquela é minha irmã cujo vizinho é bombeiro. e- ( ) Aquele é meu vizinho cuja irmã é bombeiro.

Espanhol

1) Completa las frases con una de las palabras entre

paréntesis.

a) Voy al supermercado comprar naranjas

______________________ higos. (e/y)

b) En la conferencia estaban los fabricantes

______________________ importadores de los

productos. (e/y)

c) ¿Julio tiene 12 ______________________ 15

años? (o/ó)

d) Me gusta tomar té de flores

______________________ hierbas. (e/y)

e) En el grupo hay mujeres

______________________ hombres. (e/y)

f) Mujeres ______________________ hombres

pueden participar de la fiesta. (o/u)

g) María ______________________ Ingrid son

amigas de infancia. (e/y)

h) Para hacer este dulce añade leche

______________________ hierve por 15 minutos.

(y/e)

2) Elige la forma más adecuada para completar las

frases.

a) Romario tiene 42 años, _____________ sigue

jugando al fútbol profesionalmente.

( ) sin embargo ( ) así que ( ) sino ( ) o

b) La estimativa de vida de la gente crece cada año,

_____________ es probable que vivamos más que

nuestros abuelos.

( ) pero ( ) porque ( ) así que ( ) aunque

c) Algunos niños trabajan _____________ deberían

estar en la escuela.

( ) o ( ) porque ( ) pero ( ) ni

3) Completa las frases con las conjunciones

coordinantes y/e/o/u/ni.

AAnn IIttaalliiaann rreessttaauurraanntt iiss aa ppllaaccee ______ ..

Did Kate and Peter use to eat fruits and vegetables?

That is my neighbor whose brother is a firefighter.

a) ¿Prefieres el anillo en plata __________ oro?

b) No quiero pollo __________pescado, prefiero

carne de ternera.

c) Madre __________ hijo comparecieron a la

reunión.

d) ¿Debemos utilizar 3 __________ 4 manzanas en la

receta?

e) Me gustaría llevar la camiseta __________la falda.

f) ¿Te gustaría ir al cine __________al teatro?

4) Relaciona lascolumnas.

5) Clasifica las oraciones coordinantes. Utiliza las

palabras abajo.

distributiva adversativa disyuntiva

copulativa

a) Me compré dos libros de Matemáticas y uno de

Química.

b) Vete a dormir, aunque no estés cansado.

c) Juan tendrá unos 50 ó 52 años.

d) Quiero viajar con Ana, pero este fin de semana no

puedo.

e) Ora está de buen humor, ora de mala leche, ¡es

increíble!

Resposta

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Artes

OBS.: Além de resolver a lista, peço que copiem

as questões no caderno e respondam, pois

faremos correção das mesmas antes da prova e

VALERÁ NOTA PARA NA.

Leia o capítulo A escrita e o alfabeto e o cap. 4

Publicidade

01 – Atualmente, qual é um dos grandes fotógrafos?

O que ele mais gostava de retratar?

02 – Explique o que é publicidade.

03 - O que pensavam os futuristas sobre

publicidade?

04 – Explique o que é slogan.