Texto 2 - Teorias Da Aprendizagem Para a Prática Pedagógica

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Para educação, teorias da aprendizagem

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TEORIAS DA APRENDIZAGEM PARA A PRTICA PEDAGGICA

TEORIAS DA APRENDIZAGEM PARA A PRTICA PEDAGGICA

Profa. Ana Maria Freire P. M. Almeida[

O tema que iremos tratar, especialmente elaborado para os alunos da Licenciatura e futuros professores o da aprendizagem, haja vista ser a aprendizagem, para mim, o fenmeno mais significativo para a prtica pedaggica. Embora esse assunto conduza a uma ampla discusso, pois impe o conhecimento dos fundamentos da prpria rea de aprendizagem e da Psicologia, enquanto cincia, e considerando que esse apenas um momento, temos como objetivo contextualizar as teorias da aprendizagem de forma que o estudo contribua para um entendimento mais especfico das necessidades dessa temtica para a formao de professores. Deacordo com Moreira (1999:12), uma teoria uma tentativa humana de sistematizar uma rea de conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar e prever observaes, de resolver problemas. E nesse sentido, o mesmo autor define uma teoria de aprendizagem como:

uma construo humana para interpretar sistematicamente a rea de conhecimento que chamamos aprendizagem. Representa o ponto de vista de um autor/pesquisador sobre como interpretar o tema aprendizagem, quais as variveis independentes, dependentes e intervenientes. Tenta explicar o que aprendizagem e porque funciona como funciona.

teorias de aprendizagem referem-se a: 1. no sentido mais amplo: conjunto global de marcos, enfoques e perspectivas tericas que tentam oferecer explicaes mais ou menos gerais dos elementos e fatores implicados nos processos de mudana que as pessoas experimentam como resultado de sua experincia e de sua relao com o meio;

2. no sentido mais restrito: designa um subconjunto especfico desses marcos tericos, que so caracterizados porque se inspiram, de maneira mais ou menos direta, na tradio CONDUTISTA em psicologia.

Uma teoria de aprendizagem oferece uma explicao sistemtica, coerente e unitria de: como se aprende; quais so os limites da aprendizagem e porque se esquece o que foi aprendido. Teorias da AprendizagemTEORIAS CONEXIONISTAS (TEORIAS ESTMULO RESPOSTA)

As teorias conexionistas estabelecem que a aprendizagem se deva a conexes entre estmulos e respostas. 1) Algumas teorias conexionistas antigas:

1.1. Teoria de Ivan Pavlov que concebia a aprendizagem como substituio de estmulo, ou seja, o estmulo condicionado, depois de ter sido emparelhado um nmero suficiente de vezes com o estmulo incondicionado, passa a elicidar a mesma resposta, podendo substitu-lo.Pavlov criou a primeira teoria sobre aprendizagem, que precedeu e inspirou a Pedagogia Tecnicista.1.2. Teoria behaviorista (comportamental) de Watson que afirmava que toda aprendizagem depende do meio externo, que toda atividade humana condicionada e condicionvel em decorrncia da variao na constituio gentica e que no h necessidade alguma de mencionar a vida psquica ou a conscincia.Watson recebeu expressiva influncia das pesquisas de Pavlov a respeito do reflexo condicionado.

O principal pressuposto da teoria que a aprendizagem em geral sinnimo de formao de hbitos e seus princpios so: (1) aprendizagem acontece atravs da repetio a estmulos, (2) os reforos positivos e negativos tm influncia fundamental para a formao dos hbitos desejados, (3) a aprendizagem ocorre melhor se as atividades forem graduadas.

1.3. O conexionismo (associacionismo) de Thorndike que postula ser a aprendizagem resultante de conexes nervosas estabelecidas entre impresses sensoriais e impulsos para a ao. Tambm como aprendizagem por ensaio e erro (trial and error learning). forma mais caracterstica de aprendizagem, Thorndike chamou de aprendizagem por seleo e conexo. Dessa maneira, um comportamento que tem uma resposta positiva gera uma conexo firme em termos de aprendizagem. Isso conhecido como a lei do reforo.

A TEORIA BEHAVIORISTA DE SKINNERA abordagem de Skinner considera o comportamento observvel e no se preocupa com os processos intermedirios entre o estmulo (E) e a resposta (R).

A aprendizagem seria fruto de condicionamento operante, ou seja, um comportamento premiado, reforado, at que ele seja condicionado de tal forma que ao se retirar o reforo5 o comportamento continue a acontecer. A aprendizagem um comportamento observvel, adquirido de forma mecnica e automtica atravs de estmulos e respostas.

Skinner apresenta dois tipos de aprendizagem:

1. Condicionamento Respondente - "reflexo" ou "involuntrio" que no to expressivo no comportamento do ser humano. controlado por um estmulo precedente.

2. Condicionamento Operante que se relaciona com o comportamento operante e seria voluntrio. Inclui tudo o que fazemos e que tem efeito no mundo exterior ou opera nele. controlado por suas conseqncias - estmulos que se seguem resposta.

Para Skinner o comportamento aquilo que pode ser objetivamente estudado e pode ser modelado atravs da administrao de reforos positivos e negativos, o que implica tambm numa relao causal entre reforo (causa) e comportamento (efeito).Pelo fato do comportamento ser controlado por suas conseqncias, o programa de Skinner faz uso da utilizao sistemtica de um reforo, privando ou no o sujeito do mesmo conforme um comportamento rigorosamente pretendido. A eficcia do reforo depende da proximidade temporal e espacial em relao ao comportamento que se que pretende modelar, sob pena de incidir sobre outro que no esteja em questo. A abordagem Skinneriana apresenta dois tipos de reforo, a saber:

1. o reforo positivo que fortalece a probabilidade do comportamento pretendido que segue;2. o reforo negativo que enfraquece um determinado comportamento em proveito de outro que faa cessar o desprazer com uma situao.

Para Skinner a punio diferente do reforo negativo. Em termos conceituais, a punio se refere a um desprazer (estmulo) que se faz presente aps um determinado comportamento no pretendido por aquele que a aplica, enquanto que o reforo negativo se caracteriza pela ausncia (retirada) do desprazer aps a ocorrncia de um comportamento pretendido por aquele que o promove. Skinner ilustra assim o aspecto antipedaggico da punio. A teoria da aprendizagem behaviorista forneceu os fundamentos dos primeiros projetos de tecnologia instrucional baseada em computador.

Aplicao EDUCAO:

A eficincia do modelo behaviorista na prtica educativa = habilidade, com a qual o professor planeja suas atividades e a de seus alunos >> objetivos bem definidos e os planos eficientes para que as metas sejam alcanadas;

a aprendizagem = garantida pela sua programao cabendo ao professor estabelecer critrios, fixando os comportamentos iniciais de seus alunos e aqueles resultados que devero apresentar durante e no final do processo.

ensino = o processo por meio do qual se instauram nos alunos as condutas descritas pelos que planejam o currculo.

Algumas consideraes sobre a abordagem comportamental: Como essa abordagem focaliza comportamentos exteriorizados do indivduo, comportamentos esses observveis, convencionou-se operacionalizar a aprendizagem em relao ao cumprimento de uma tarefa realizada com xito, confundindo-se, assim, resposta a uma determinada ao como se ela fosse sinnimo de aprendizagem. Desconsidera-se, desse modo, que conhecimento aprendido no pode ser mensurado como fato pontual.A crtica mais significativa abordagem behaviorista diz respeito abstrao que se faz do sujeito e da sua vida pessoal, centralizando o estudo no comportamento exterior expresso. Muitas vezes, o trato com o fenmeno apresenta-se de forma superficial. Deixa de abordar determinados aspectos da aprendizagem por no serem passveis de investigao objetiva, como, por exemplo, angstia, alegria, tristeza, amor... A ausncia de manifestaes exteriores no significa que no houve aprendizagem, porque esta nem sempre visvel, como se l em vrios livros. O silncio e a apatia so tambm manifestaes exteriores, que podem ser observadas pelo educador e, em si mesmas, no significam necessariamente uma no-aprendizagem, pois podem ter outras interpretaes em determinados contextos.

Devido a diversidade das teorias condutistas, fica difcil avaliar de uma maneira global os processos de mudanas educativas isso contribui para limitar a compreenso do entendimento dos processos de aprendizagem escolar. uma abordagem importante no que diz respeito a pesquisa de tcnicas especficas para possveis intervenes educativas.

TEORIA DAS HIERARQUIAS DE APRENDIZAGEM DE GAGN

Em seu trabalho, Gagn aborda condies de aprendizagem, tipos de aprendizagem e princpios de aprendizagem. Para Moreira (1999:65), trata-se de uma teoria na medida em que procura relacionar e/ou unificar princpios de aprendizagem de modo a explicar fatos especficos observados.

Para Gagn a aprendizagem um processo (interno) visvel de mudana nas capacidades do indivduo e ocorre principalmente na interao do sujeito com seu meio (fsico, social, psicolgico) (Galvis,1992). Se a aprendizagem ocorrer, observa-se uma mudana comportamental persistente.

Gagn identifica cinco categorias maiores de aprendizagem:

informao verbal;

habilidades intelectuais;

estratgias do cognitivo;

habilidade motora;

atitudes.

No basta ver o comportamento do aprendiz e sim analisar o processo de aprendizagem (modelo de aprendizagem e memria).Para Gagn uma habilidade intelectual pode ser explicada como habilidades mais simples e quando combinadas resultam em aprendizagem. As habilidades mais simples enquanto pr-requisitos imediatos possibilitam a identificao de outras habilidades muito mais simples das quais so formadas. isso que Gagn denomina de hierarquia de aprendizagem e que significa um mapa das habilidades subordinadas a alguma habilidade mais complexa que deve ser aprendida. (Moreira, 1999:73). Nesse sentido, props oito fases ou tipos que constituem o ato de aprendizagem: Tipo 1 - Aprendizagem de sinais: o aprendiz aprende a dar uma resposta geral e difusa a um sinal. Neste tipo de aprendizagem o estmulo condicionado deve preceder o incondicionado, num intervalo de tempo bastante curto. Tipo 2 - Aprendizagem do tipo estmulo-resposta: o indivduo aprende uma resposta precisa a um estmulo discriminado, ou seja, uma conexo - segundo Thorndike, ou uma operao discriminada - segundo Skinner.

Tipo 3 - Aprendizagem em cadeias: consiste na aquisio de duas ou mais conexes estmulo-resposta, e pode comear tanto pelo fim da cadeia (pelo ltimo elo) como pelo incio (pelo primeiro elo da cadeia). As condies para este tipo de aprendizagem foram descritas principalmente por Skinner.

Tipo 4 - Aprendizagem de associaes verbais: semelhante ao tipo 3, uma aprendizagem de cadeias verbais.Tipo 5 - Aprendizagem de discriminaes mltiplas: neste caso o aprendiz necessita dar respostas diferenciadas a diferentes estmulos, estabelecendo um determinado nmero de cadeias que demonstrem a falta de semelhana entre vrias coisas.

Tipo 6 - Aprendizagem de conceitos: este tipo de aprendizagem torna possvel ao indivduo reagir a pessoas ou fatos como um todo. O indivduo adquire a capacidade de dar respostas iguais a um grupo de estmulos, os quais podem diferir na sua forma fsica. Tipo 7 - Aprendizagem de princpios: um princpio uma cadeia de dois ou mais conceitos e representa as relaes existentes entre estes conceitos.

Tipo 8 - Resoluo de problemas: este tipo de aprendizagem requer operaes mentais mais complexas, envolvendo os outros tipos analisados. O indivduo adquire uma capacidade ou conhecimento.

Aprender = colocar em andamento um conjunto de condies de aprendizagem internas e externas.

TEORIA DA COGNIO SOCIAL DE BANDURA

Albert Bandura prope uma abordagem de aprendizagem social e o papel das influncias sociais na aprendizagem. Se ope a Skinner, principalmente por este no considerar os processos mentais e cognitivos na aprendizagem humana. Nesse sentido, Bandura oferece uma outra verso do behaviorismo que chamou de sociobehaviorismo e que mais tarde seria chamada de abordagem cognitiva social. Para Bandura, a aprendizagem por observao mais segura do que o comportamento operante de Skinner.

Princpios da Aprendizagem por Modelagem

Para Bandura, a aprendizagem observacional constituda por quatro etapas:

1. Ateno: processo que otimiza a aprendizagem;2. Reteno: um comportamento passa a ser aprendido, quando for armazenado em nosso sistema cognitivo;

3. Produo: o conhecimento precisa ser caracterizado em ao, diferentes capacidades e habilidades so necessrias para colocar um conhecimento em prtica.

4. Motivao: uma necessidade ou desejo que impulsiona um determinado tipo de comportamento e encaminha para um objetivo.

Para Bandura, a ao humana resulta da interao recproca entre trs classes principais de determinantes:

a) o comportamento;

b) os fatores pessoais internos = eventos cognitivos, afetivos e biolgicos;c) ambiente externo;

- aprendizagem por imitao e observao:

O aluno adquire e modifica pautas complexas de ao social, mecanismos cognitivos, regras abstratas, conceitos, estratgias de seleo e processamento de informao, capacidade de elaborar predies ou expectativas, sistemas de auto-regulao, auto-avaliao e auto-recompensa.

TEORIA DO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM POR DESCOBRIMENTO DE PIAGET

Embora Piaget no enfatize o conceito de aprendizagem em sua teoria cognitiva e sim faa uma teoria de desenvolvimento mental, possvel entender que sua contribuio aprendizagem ocorra quando ele fala sobre aumento do conhecimentoe como isto ocorre: s h aprendizagem (aumento de conhecimento) quando o esquema de assimilao sofre acomodao. (Moreira, 1999:102)psicognese do conhecimento = o conhecimento resultado de interaes entre o sujeito e o objeto e pela assimilao dos objetos aos esquemas do indivduo

O conhecimento, alm de ser construdo pela associao entre objeto, tambm dado pela assimilao dos objetos aos esquemas do indivduo.

O sujeito (que conhece, cognoscente) ativo.

A capacidade do sujeito de conhecer e compreender o mundo decorrente de esquemas de ASSIMILAO e ACOMODAO.

Na assimilao o sujeito, por exemplo, se agita, suga, rene, classifica, estabelece relaes, e esses esquemas se alteram como resultado da maturao biolgica, de experincias, trocas interpessoais e transmisses culturais.

A acomodao seria um mecanismo de ampliao que o sujeito elabora a partir da assimilao.

Quando se estabelece a relao do sujeito conhecedor e do objeto conhecido, articulando-se assimilaes e acomodaes, conclui-se o processo de adaptao e esse movimento todo promovido pela equilibrao. A equilibrao o conceito central na teoria construtivista.

A teoria de Piaget analisa o desenvolvimento humano desde a sua gnese e o desenvolvimento seria uma passagem de um estgio de menor equilbrio para outro.

Para Piaget os estgios e perodos do desenvolvimento caracterizam as diferentes maneiras do indivduo interagir com a realidade, ou seja, de organizar seus conhecimentos visando sua adaptao, constituindo-se na modificao progressiva dos esquemas de assimilao. Os estgios evoluem como uma espiral, de modo que cada estgio engloba o anterior e o amplia. Piaget no define idades rgidas para os estgios, mas sim que estes se apresentam em uma seqncia constante.

Estgio sensorio-motor, mais ou menos de 0 a 2 anos: a atividade intelectual da criana de natureza sensorial e motora. A principal caracterstica desse perodo a ausncia da funo semitica, isto , a criana no representa mentalmente os objetos. Sua ao direta sobre eles. Essas atividades sero o fundamento da atividade intelectual futura. A estimulao ambiental interferir na passagem de um estgio para o outro.

Estgio pr-operacional, mais ou menos de 4 a 6 anos: (Biaggio destaca que em algumas obras Piaget engloba o estgio pr-operacional como um subestgio do estgio de operaes concretas): a criana desenvolve a capacidade simblica; "j no depende unicamente de suas sensaes, de seus movimentos, mas j distingue um significador (imagem, palavra ou smbolo) daquilo que ele significa (o objeto ausente), o significado". Para a educao importante ressaltar o carter ldico do pensamento simblico (conferir em Leitura Complementar). Este perodo caracteriza-se: pelo egocentrismo: isto , a criana ainda no se mostra capaz de colocar-se na perspectiva do outro, o pensamento pr-operacional esttico e rgido, a criana capta estados momentneos, sem junt-los em um todo; pelo desequilbrio: h uma predominncia de acomodaes e no das assimilaes; pela irreversibilidade: a criana parece incapaz de compreender a existncia de fenmenos reversveis, isto , que se fizermos certas transformaes, somos capazes de restaur-las, fazendo voltar ao estgio original, como por exemplo, a gua que se transforma em gelo e aquecendo-se volta forma original.

Estgio das operaes concretas, mais ou menos dos 7 aos 11 anos: a criana j possui uma organizao mental integrada, os sistemas de ao renem-se em todos integrados. Piaget fala em operaes de pensamento ao invs de aes. capaz de ver a totalidade de diferentes ngulos. Conclui e consolida as conservaes do nmero, da substncia e do peso. Apesar de ainda trabalhar com objetos, agora representados, sua flexibilidade de pensamento permite um sem nmero de aprendizagens.

Estgio das operaes formais, mais ou menos dos 12 anos em diante: ocorre o desenvolvimento das operaes de raciocnio abstrato. A criana se liberta inteiramente do objeto, inclusive o representado, operando agora com a forma (em contraposio a contedo), situando o real em um conjunto de transformaes. A grande novidade do nvel das operaes formais que o sujeito torna-se capaz de raciocinar corretamente sobre proposies em que no acredita, ou que ainda no acredita, que ainda considera puras hipteses. capaz de inferir as conseqncias.Tem incio os processos de pensamento hipottico-dedutivos.

Para Piaget a aprendizagem depende do estgio de desenvolvimento do sujeito e a educao ocorre com base nos pressupostos da equilibrao constante. As atividades principais seriam: jogos de pensamento para o corpo e sentidos, jogos de pensamento lgico, atividades sociais para o pensamento (teatro, excurses), ler e escrever, aritmtica, cincia, arte e ofcios, msica e educao fsica.

no plano da informtica = tem contribudo para modelagens computacionais na rea de IA em educao, desenvolvimento de linguagens de programao e outras modalidades de ensino auxiliado por computador com orientao construtivista. Programa mais popular = LOGO caracterizado como ambiente informtico embasado no construtivismo = o indivduo constri, ele prprio, os mecanismos do pensamento e os conhecimentos a partir das interaes que tem com seu ambiente psquico e social.

A escola deve propor atividades desafiadoras que provoquem desequilbrios e reequilibraes sucessivas, promovendo a descoberta e a construo do conhecimento. Conhecimento como resultado de uma interao, na qual o sujeito sempre um elemento ativo, que procura ativamente compreender o mundo que o cerca, e que busca resolver as interrogaes que esse mundo provoca de forma autnoma.

Principais objetivos da educao: formao de homens "criativos, inventivos e descobridores", de pessoas crticas e ativas, e na busca constante da construo da autonomia.

APRENDIZAGEM POR DESCOBERTA EM BRUNER

Jerome Seymour Bruner enfatiza que a aprendizagem um processo que ocorre internamente, e no como um produto do ambiente, das pessoas ou dos fatores externos quele que aprende. Reala a motivao intrnseca (interesse na matria), a transferncia da aprendizagem e a importncia do pensamento intuitivo e que privilegia a curiosidade do aluno e o papel do professor como instigador dessa curiosidade, da ser chamada de teoria da descoberta. O seu mtodo prev estruturao das matrias de ensino, seqncia na apresentao dessas matrias, motivao e reforo. Para Bruner, o xito do ensino disciplinar depende do modo como os alunos entendem, pois crianas em diferentes etapas de desenvolvimento possuem formas caractersticas de ver e explicar o mundo. Bruner destaca o processo da descoberta, atravs da explorao de alternativas, e o currculo em espiral.

Para Bruner, a aprendizagem mais significativa a desenvolvida por mtodos de descoberta orientada, que implicam proporcionar aos estudantes oportunidades de manipulao de objetos em forma ativa para transform-los pela ao direta, assim como por atividades que os animem a procurar, explorar, analisar ou processar, de alguma outra maneira, a informao que recebem, em vez de somente respond-la.

De acordo com Bruner, " possvel ensinar qualquer assunto, de uma maneira honesta, a qualquer criana em qualquer estgio do desenvolvimento"A teoria de Bruner mais uma teoria de ensino, cujas caractersticas so:1 Predisposies: no apontamento das experincias afetivas para implantar no sujeito a predisposio para a aprendizagem2 Estrutura e forma de conhecimento: na especificao de como deve ser estruturado um conjunto de conhecimentos3 Seqncia e suas aplicaes: na citao da seqncia mais eficiente para apresentar as matrias a serem estudadas4 Forma e distribuio do reforo: na nfase a natureza e na aplicao dos prmios e punies nos processos de aprendizagem e ensino."A aprendizagem depende do conhecimento dos resultados, no momento e no local que ele pode ser utilizado para correo""O processo de aprendizagem deve levar o estudante a desenvolver seu autocontrole a fim de que a aprendizagem seja reforo de si prpria""a descoberta de um princpio por uma criana, essencialmente idntica - enquanto processo - descoberta que um cientista faz em seu laboratrio"

Bruner defende a participao ativa do aprendiz no processo de aprendizagem. TEORIA SOCIOCULTURAL DE VIGOTSKY

"O homem nasce equipado com certas caractersticas prprias da espcie, mas as chamadas funes psicolgicas superiores, aquelas que envolvem conscincia, inteno, planejamento, aes voluntrias e deliberadas, dependem da aprendizagem".

Vygotsky

Leon S. Vigotsky defende a idia de que a aprendizagem necessria para o desenvolvimento. De acordo com Moreira (1999:121):

Sua teoria construtivista, no sentido de que os instrumentos, signos e sistemas de signos so construes scio-histricas e culturais, e a internalizao, no indivduo, dos instrumentos e signos socialmente construdos, uma reconstruo interna em sua mente.

O enfoque dado por Vigotskydestaca a participao em atividades com pessoas mais experientes o que permite s crianas apropriarem-se dos contedos culturais e progredirem na elaborao interna das capacidades humanas superiores questo central: aquisio de conhecimentos pela interao do sujeito com o meio

A linguagem desempenha papel muito importante na construo do conhecimento e a ferramenta psicolgica mais importante

A aprendizagem precede o desenvolvimento numa relao dialtica (Base da teoria Histrico Cultural) e fundamental para o desenvolvimento O desenvolvimento cognitivo produzido pelo processo de internalizao da interao social com materiais fornecidos pela cultura, sendo que o processo se constri de fora para dentro.

A aprendizagem implica apropriao de conhecimento, com planejamento e reorganizao das experincias para o aluno.

A aprendizagem fundamental ao desenvolvimento dos processos internos na interao com outras pessoas.

O ensino deve passar do grupo para o indivduo.O ambiente influenciaria a internalizao das atividades cognitivas no indivduo, de modo que, o aprendizado gere o desenvolvimento. Portanto, o desenvolvimento mental s pode realizar-se por intermdio do aprendizado.

Vigotsky distingue duas formas de funcionamento mental:

1. os processos mentais elementares: Os processos mentais elementares correspondem ao estgio de inteligncia sensrio-motora de Piaget e so resultantes do capital gentico da espcie, da maturao biolgica e da experincia da criana com seu ambiente fsico.

2. os processos mentais superiores: so construdas ao longo da histria social do homem. Como? Na sua relao com o mundo, mediada pelos instrumentos e smbolos desenvolvidos culturalmente, fazendo com que o homem se distinga dos outros animais nas suas formas de agir no e com o mundo.

Sustenta a teoria do desenvolvimento dos processos mentais superiores:

1. : relao entre educao, aprendizagem e desenvolvimento;

2. : o papel da mediao social nas relaes entre o indivduo e seu ambiente (mediado pelas ferramentas) e nas atividades psquicas intraindividuais (mediadas pelos signos):

3.: a passagem entre o interpsquico e o intrapsquico nas situaes de comunicao social. A escola o lugar onde a interveno pedaggica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem.O professor tem o papel explcito de interferir no processo, diferentemente de situaes informais nas quais a criana aprende por imerso em um ambiente cultural. Portanto, papel do docente provocar avanos nos alunos e isso se torna possvel com sua interferncia na zona proximal.

Educao: a importncia da atuao dos outros membros do grupo social na mediao entre a cultura e o indivduo, pois uma interveno deliberada desses membros da cultura, nessa perspectiva, essencial no processo de desenvolvimento. Isso nos mostra os processos pedaggicos como intencionais, deliberados, sendo o objeto dessa interveno: construir conceitos.O aluno no to somente o sujeito da aprendizagem, mas, aquele que aprende junto ao outro o que o seu grupo social produz, tal como: valores, linguagem e o prprio conhecimento.

TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE AUSUBEL

David Paul Ausubel:

considerado um dos maiores estudiosos da aprendizagem e dos procedimentos e mtodos de instrues.

foi influenciado fundamentalmente pela teoria do desenvolvimento de J. Piaget.

e bastante atuante na rea da Psicologia Educacional dos anos 50 aos anos 70.

Os estudos de Ausubel partem de clara crtica aprendizagem por descoberta de Bruner, que em 68 descreve uma alternativa metodolgica de instruo baseada na orientao da aprendizagem.

PARA AUSUBEL, O PRINCIPAL OBJETIVO NO PROCESSO DE ENSINO QUE A APRENDIZAGEM OBTIDA SEJA SIGNIFICATIVA.

O material a ser aprendido precisa fazer sentido para o aluno. Isto acontece quando a nova informao ancora-se nos conceitos relevantes j existentes na estrutura cognitiva do aprendiz.

Neste processo a nova informao interage com uma estrutura de conhecimento especfica, que Ausubel chama de conceito subsunor.

Quando o material a ser aprendido no consegue ligar-se a algo j conhecido, tem-se o que Ausubel chamou de aprendizagem mecnica. Ocorre quando as novas informaes so aprendidas sem, no entanto, interagirem com conceitos relevantes j existentes na estrutura cognitiva. Assim, a pessoa decora frmulas, leis, emprega macetes para realizar as avaliaes esquecendo-se logo aps.

Para haver aprendizagem significativa preciso duas condies:

(a) que o aluno tenha disposio para aprender;

(b) que o material a ser aprendido seja potencialmente significativo (logicamente e psicologicamente).

PSICOLOGIA DA EDUCAO E OS CONCEITOS DE DAVID P. AUSUBEL

O fenmeno da aprendizagem humana estudado pela Psicologia da Educao do ponto de vista de Ausubel vai alm da simples modificao de conduta como se v na abordagem comportamental, pois a aprendizagem significativa possibilita uma mudana no significado da experincia.

Assim, o processo educativo tem, basicamente, trs dimenses:

(a) os professores e sua maneira de ensinar;

(b) a estrutura dos conhecimentos que configuram o currculo e o modo como este se desenvolve e

(c) o contexto das relaes sociais no qual se desenvolve o processo educativo.

Neste sentido, uma teoria de aprendizagem oferece uma explicao sistemtica, coerente e unitria de: como se aprende; quais so os limites da aprendizagem e porque se esquece o que foi aprendido.

SOBRE A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Ausubel defende que a aprendizagem do aluno depende da estrutura cognitiva previa que se relaciona com a nova informao.

na orientao da aprendizagem de vital importncia conhecer a estrutura cognitiva do aluno, no apenas para saber a quantidade de informao que o aluno possui, mas para saber quais so os conceitos e proposies que consegue manipular alm de seu grau de estabilidade.

Os princpios da aprendizagem propostos por Ausubel apresentam um marco para o desenvolvimento de ferramentas metacognitivas que permitam conhecer a organizao da estrutura cognitiva do aluno, a qual permitir uma melhor orientao das aes educativas. Esta no uma ao que deva ser vista como aes que devero se desenvolver com mentes vazias e que a aprendizagem dos alunos comea do zero. Os educandos tm uma srie de experincias e conhecimentos que afetam suas aprendizagem e podem ser aproveitados a seu favor.

Ausubel resume significativa parte de sua obra da seguinte maneira: "Se tivesse que reduzir toda a psicologia educacional a um s princpio, este teria como enunciado que o fator maior importncia na aprendizagem o que o aluno j sabe. Verifique isto e depois ensine.A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E A APRENDIZAGEM MECNICA

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA: quando os contedos so relacionados de modo no arbitrrio e seqenciado com aquilo que o aluno j sabe. Este processo dever obter melhores resultados se o aluno tiver em sua estrutura cognitiva conceitos, enquanto idias ou problemas, de maneira estvel e definida, com as quais a nova informao pode interagir. Isto significa que na aprendizagem significativa, cada nova informao ligada a conceitos na estrutura cognitiva do sujeito.

Alguns estudos desenvolvidos em laboratrios indicam que fundamental a orientao da aprendizagem na perspectiva da aprendizagem significativa pois a informao aprendida de maneira mecnica inibe a aprendizagem subseqente de material adicional similar. E alm disso, mesmo esquecida a informao aprendida mecanicamente inibe a aprendizagem de nova informao similar.

Outros estudos indicam que a maioria das informaes aprendidas mecanicamente nas escolas perdida em um perodo de seis (6) a oito (8) semanas. Enquanto isso, a aprendizagem significativa provoca a ocorrncia do desenvolvimento e da elaborao de conceitos subsunores.

APRENDIZAGEM MECNICA: se da quando no existem subsunores adequados, de tal forma que a nova informao armazenada arbitrariamente sem, no entanto, interagir (ou integrar-se) com conhecimentos pr existentes. Conhecimentos estes relevantes e necessrios para fazer com que a tarefa do aprendiz seja potencialmente significativa, independetemente da quantidade de significado potencial que esta tarefa tenha (Ausubel; op. cit.).

Para Ausubel, no h uma distino entre aprendizagem significativa e mecnica enquanto uma dicotoma, mas como "continuum";REQUISITOS PARA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA:

Ausubel defende que o aluno manifeste uma certa predisposio para relacionar de forma sustentada e no arbitrariamente o novo material com sua estrutura cognitiva como se o material empregado no seu ensino fosse potencialmente significativo, para que seja relacionavel com sua estrutura de conhecimento sobre uma base no arbitrria.

Tipos de aprendizagem significativa:

Para Ausubel h tres tipos de aprendizagem significativa: de representaes de conceitos e de problemas.

1. Aprendizagem de representaes

a aprendizagem mais elementar, da qual dependem os demais tipos de aprendizagem.

Consiste na atribuio de significados a determinado smbolos. Diz Ausubel: este tipo de aprendizagem ocorre quando se igualam em significados smbolos arbitrarios com seus objetos de referncias (objetos, eventos, conceitos etc) e significam para o aluno qualquer significado alusivos aos objetos referenciais (AUSUBEL; op. cit.).

Este tipo de aprendizagem se apresenta, geralmente, em crianas. Por exemplo, quando a criana aprende a palavra bola quando esta passa a representar-lhe a mesma coisa, o objeto bolae a palavra bola. No se trata de uma simples associao entre o smbolo e o objeto que o ninho relaciona de maneira relativamente subjetiva e no arbitrria, como uma equivalencia de representao com os contedos relevantes existentes em sua estrutura cognitiva.

2. Aprendizagem de Conceitos

Os conceitos se definem como objetos, eventos, situaes ou propriedades que possuem atributos de criterios comuns e que so designados mediante algum smbolo ou signo. Da podemos afirmar que, de certa forma, tambm uma aprendizagem de representao.

Para Ausubel, o desenvolvimento do conceito melhor quando os seus elementos mais gerais so introduzidos em primeiro lugar e so, progressivamente, diferenciados em termos de detalhes e especificidades. H conceitos mais gerais e super ordenados e os mais especficos e subordinados. Para Ausubel, a principal funo da escola propiciar a aprendizagem de conceitos. Para tanto preciso separar os conceitos mais abrangentes e os subordinados. MAPAS CONCEITUAIS

Criados por Joseph D. Novak em 1960

Baseia-se na teoria construtivista e na aprendizagem significativa de Ausubel

representam relaes significativas entre os conceitos na forma de proposies

um recurso de representao esquemtica , semelhantes a diagramas, atravs de uma estrutura bidimensional de proposies, de significados conceptuais.

Para Novak o um mapa conceptual pode ser simultaneamente:

um recurso de auto-aprendizagem para os alunos(e no s)

um mtodo para encontrar e explicitar significado para os materiais de estudo

uma estratgia que estimula a organizao dos materiais de estudo

Passos para a construo de um mapa conceitual:

1. Anotar os principais termos ou conceitos acerta do tpico

2. Identificar os conceitos mais gerais, os intermdios e os especficos

3. Comear a construir o mapa de conceitos:

Os conceitos so contornados com um crculo (oval ou outra forma)

Localizar o conceito mais geral no topo

Colocar os conceitos intermdios abaixo do geral e os especficos abaixo dos intermdios

4. Traar as linhas de ligao entre os conceitos

5. "Etiquetar" as linhas de ligao com as palavras de ligao para indicar como os conceitos esto relacionados - proposies

6. Fazer a reviso do mapa

Critrios de classificao dos mapas de conceitos de acordo com Novack : Proposies: A relao de significado entre dois conceitos indicada pela linha que os une e pela palavra de ligao correspondente. A relao vlida? Atribuir um ponto por cada relao vlida e significativa que aparea, pode ser um critrio.

Hierarquia: O mapa revela uma hierarquia? Cada um dos conceitos subordinados mais especfico e menos geral que o conceito escrito acima dele? Cada nvel hierrquico vlido pode valer 5 pontos.

Ligaes Cruzadas: O mapa revela ligaes significativas entre um segmento da hierarquia conceitual e outro segmento? Essa ligao significativa e vlida ? Cada ligao cruzada vlida e significativa pode valer por exemplo 10 pontos.

Exemplos: Os acontecimentos ou objetos concretos que sejam exemplos vlidos do que designam os termos conceptuais podem valer 1 ponto cada um (estes exemplos no devem ser circundados pela linha curva fechada - crculo ou outra - uma vez que no so conceitos).Um mapa de conceitos sempre pessoal. Mas alguns aspectos devem ser tidos em conta para conseguir um maior aperfeioamento (de acordo com a informao disponibilizada no site Mind Tools - www.mindtools.com/mindmaps.html), tais como: Usar palavras simples ou frases simples para informao

Usar fontes (tipo de letra) facilmente legveis

Usar cores para separar idias diferentes

Usar smbolos e imagens sugestivas

Usar formas diferentes para diferentes grupos de informao

Usar setas para mostrar relaes de causa e efeito

Outros sites sobre mapas conceituias:

http://br.geocities.com/confrajolas/mapas.htmhttp://mapasconceituais.cap.ufrgs.br/equipe.phpReferncias bibliogrficasALMEIDA. A. M. F.P.M. A aprendizagem experienciada na prxis poltico pedaggica na formao de educadores. Tese (Livre-Docncia) Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Cincias, 2005. 314 p.

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Texto elaborado para orientar os seminrios dos alunos de Psicologia da Educao.

Professora Livre Docente do Departamento de Educao UNESP Bauru/SP.

De acordo com o mesmo autor, A primeira edio do livro de Gagn The Conditions of Learning, foi publicada em 1965 e a quarta, em 1985. Nesse perodo, sua teoria evoluiu de uma perspectiva bastante behaviorista para outra predominantemente cognitiva (Driscoll, 1994, p.333).

O modelo de Bruner sugere que o trabalho do professor seja para a organizao estrutural da aprendizagem, para a seleo de material pedaggico apropriado para o estudante e para a apresentao bem organizada dos contedos. Este autor tambm defende que os estudantes necessitam de motivao externa (como exames de aptido ou proficincia por exemplos) para conseguirem a aprendizagem.

Esta uma palavra que procura traduzir o termo, originado na lngua inglesa, subsumer.

O significado lgico depende somente da natureza do material e o significado psicolgico resultado da experincia que cada indivduo tem. Cada aprendiz faz sua prpria filtragem ou seleo dos materiais que tm significado ou no para si.

o conjunto de conceitos e idias que um indivduo tem em um determinado campo de conhecimento, assim como sua organizao.

Por relao no arbitrria e sustentada deve-se entender que as idias se relacionam com algum aspecto pr-existente de forma relevante na estrutura cognitiva do aluno, como por exemplo, uma imagem, um smbolo com significado, um conceito ou um problema (Ausubel, 1983).

importante ressaltar que aprendizagem significativa no apenas a simples conexo da informao nova com aquela j existente na estrutura cognitiva de quem aprende. Muito ao contrrio, ela invoca modificao e evoluo da nova informao assim como de toda a estrutura cognitiva envolvida nesta aprendizagem.

o indivduo constri seu conhecimento e significados a partir da sua predisposio para realizar esta construo