Texto Jornalístico_noticia Golfinhos

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Grupo I Texto A Animais em risco por falta de verbas O Núcleo do Litoral Alentejano da associação ambientalista Quercus entregou esta semana em Santiago do Cacém (Setúbal), quatro aves aos representantes locais do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), em protesto contra a falta de apoios financeiros ao centro de Santo André. O centro deixou de acolher animais para recuperação entregues por entidades que prestam serviços ao Estado (ICN, GNR, Polícia Marítima, entre outros) desde 15 de Novembro de 2006, recebendo, desde então, apenas entregas feitas por particulares. Na origem da decisão, segundo os dirigentes da Quercus, está a impossibilidade económica de alimentar e tratar os animais, devido aos cortes nos apoios governamentais. O responsável do Núcleo do Litoral Alentejano da Quercus, Dário Cardador, afirmou hoje à Lusa que o objectivo da associação passa por restringir ainda mais a quantidade de animais recebidos pelo centro, dando apenas prioridade às espécies protegidas ou em vias de extinção, como a águia de Bonelli, a cegonha preta ou o abutre do Egipto. “Agora, só podemos contar com o apoio dos mecenas, que contribuem com dinheiro ou géneros, como medicamentos ou peixe. Por causa disso, vamos ter de reformular o centro, para canalizar o dinheiro existente para as espécies prioritárias”, lamentou. Aberto há 16 anos, o centro de recuperação de Santo André, como se pode ler nas paredes do edifício, tem procurado constituir um local de “passagem para os (animais) que resistem” poderem partir “em liberdade”. Depois da entrega quarta-feira, como forma de protesto, de quatro aves irrecuperáveis à direcção da Reserva Natural das Lagoas de Santo André, o centro ficou apenas com dois animais: um grifo e uma águia de asa redonda. Grif

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Grupo I

Texto A

Animais em risco

por falta de verbas

O Núcleo do Litoral Alentejano da associação ambientalista

Quercus entregou esta semana em Santiago do Cacém (Setúbal), quatro

aves aos representantes locais do Instituto de Conservação da Natureza

(ICN), em protesto contra a falta de apoios financeiros ao centro de Santo André.

O centro deixou de acolher animais para recuperação entregues por entidades que prestam serviços ao Estado

(ICN, GNR, Polícia Marítima, entre outros) desde 15 de Novembro de 2006, recebendo, desde então, apenas entregas

feitas por particulares.

Na origem da decisão, segundo os dirigentes da Quercus, está a impossibilidade económica de alimentar e tratar

os animais, devido aos cortes nos apoios governamentais.

O responsável do Núcleo do Litoral Alentejano da Quercus, Dário Cardador, afirmou hoje à Lusa que o objectivo

da associação passa por restringir ainda mais a quantidade de animais recebidos pelo centro, dando apenas prioridade

às espécies protegidas ou em vias de extinção, como a águia de Bonelli, a cegonha preta ou o abutre do Egipto.

“Agora, só podemos contar com o apoio dos mecenas, que contribuem com dinheiro ou géneros, como

medicamentos ou peixe. Por causa disso, vamos ter de reformular o centro, para canalizar o dinheiro existente para as

espécies prioritárias”, lamentou.

Aberto há 16 anos, o centro de recuperação de Santo André, como se pode ler nas paredes do edifício, tem

procurado constituir um local de “passagem para os (animais) que resistem” poderem partir “em

liberdade”.

Depois da entrega quarta-feira, como forma de protesto, de quatro aves irrecuperáveis à

direcção da Reserva Natural das Lagoas de Santo André, o centro ficou apenas com dois

animais: um grifo e uma águia de asa redonda.

O grifo, uma espécie de abutre mais pequeno, deverá ser libertado “daqui a alguns dias”,

depois de mais de três meses de estadia em estado de debilidade.

A águia, também conhecida por búteo, “escapou” por um triz à entrega feita aos

representantes locais do ICN, demonstrando indícios de recuperação das lesões provocadas por um tiro na asa.

A caça está, de facto, na origem de muitos ferimentos, posicionando-se no segundo lugar das causas.

“Nos meses da caça, de Agosto a Novembro, o número de animais recebidos no centro dispara”, garante Dário

Cardador, apontando para os gráficos que constam anualmente do relatório de actividades.

“Cerca de metade morrem logo nas primeiras 72 horas após a chegada. É que os animais selvagens, em

particular as aves, só se deixam apanhar quando já estão muito debilitados, às vezes em estado terminal, e aí pouco há

a fazer”,concluiu. (In Notícias da Manhã, Sexta-Feira, 02 de Fevereiro de 2007)

Grifo

Águia Búteo

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1. Após uma leitura atenta do texto, responde às seguintes questões:

1.1. Classifica o tipo de texto jornalístico apresentado. Justifica a tua resposta, indicando a

respectiva estrutura.

1.2. Indica as principais informações que podemos retirar do primeiro parágrafo.

1.3. O centro entregou quatro aves aos representantes locais do Instituto de Conservação da

Natureza.

1.3.1. Identifica os motivos que levaram o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo

André (Crassa) a tomar uma atitude tão radical.

1.3.2. Por que razão o centro continuará ainda a receber a cegonha preta e o abutre do Egipto?

1.3.3. Aponta a causa que levou os responsáveis do centro a não entregar a Águia Búteo e o Grifo.

1.4. Explica o sentido da expressão que se pode ler numa das paredes do edifício do Centro de

Recuperação: “passagem para os que resistem em liberdade”.

1.5. Qual a altura do ano em que o centro tem mais trabalho? Justifica a tua resposta.

1.6. Consideras que a taxa de recuperação de animais selvagens é um sucesso? Justifica a tua

resposta com elementos do texto.

1.7. Elabora um subtítulo adequado a este texto jornalístico. Justifica a tua resposta.

Grupo II

Funcionamento da Língua

3. Atenta no seguinte parágrafo do texto:

“O Núcleo do Litoral Alentejano da associação ambientalista Quercus entregou esta semana em Santiago

do Cacém (Setúbal), quatro aves aos representantes locais do Instituto de Conservação da Natureza

(ICN), em protesto contra a falta de apoios financeiros ao centro de Santo André.”

3.1. Identifica as classes e subclasses das palavras anteriormente sublinhadas.

4. Atenta nos seguintes conjuntos de palavras:

Grupo AGrupo A Grupo BGrupo B Grupo CGrupo C

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4.1. Identifica o conjunto representado em cada um dos grupos e diz qual é a palavra

que não pertence a esse mesmo grupo.

5. Redige uma frase com o adjectivo indicado em cada uma das alíneas no grau que te é

indicado.

a) Interessante – Grau superlativo absoluto sintético;

b) Bonito – Grau comparativo de superioridade;

Grupo III

1. Escolhe uma das seguintes propostas de produção escrita.

A) Imagina que és jornalista e que foste incumbido de noticiar um ataque de um animal selvagem a

um homem em São Marcos da Ataboeira. Elabora uma notícia (150 – 200 palavras) clara, correcta e

concisa, de acordo com o tema proposto e respeitando a estrutura desta tipologia textual.

Responsável

Conservação

Esta

Quercus

Animais

Águia

Responsável

Conservação

Esta

Quercus

Animais

Águia

decisão

impossibilidade

apoios

lagoa

prioridade

objectivo

extinção

decisão

impossibilidade

apoios

lagoa

prioridade

objectivo

extinção

o

esta

um

certo

meu

grifo

o

esta

um

certo

meu

grifo