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Curso: EDIFICAÇÕES Valor: 10 pontos Disciplina: Práticas Leitoras RESOLVA AS QUESTÕES ABAIXO: PAÍS DA VIOLÊNCIA Ninguém desconhece que a violência urbana e a criminalidade atingiram no Brasil um nível dramático. Nas grandes cidades, perder a vida em situações rotineiras, ao abrir a porta de casa ou ao parar o automóvel num sinal de trânsito, tornou-se um fato lamentavelmente frequente. A sociedade indigna-se, familiares protestam, ONGs promovem atos pela paz, mas nenhuma mudança mais animadora se vê no horizonte. Duas reportagens publicadas pela Folha no início da semana mostraram aspectos chocantes desse ambiente de medo e selvageria. Na primeira delas, apresentaram-se as estatísticas dos sequestros no Estado de São Paulo – crime cuja incidência aumentou no início do ano. Mais do que empresários, as principais vítimas são estudantes, cujo resgate será cobrado de pais em desespero. Um deles declarou que, depois de ter um filho de 19 anos sequestrado, providenciou a blindagem dos veículos usados pelos membros da família e determinou que, se abordados por criminosos, “passassem por cima”. A recomendação traduz um pouco do estado de espírito que se vai apoderando de pessoas traumatizadas pela insegurança. Na segunda reportagem, publicada ontem, noticiou-se que a cada 17 horas um policial civil ou militar é vítima de homicídio no Brasil. Entre janeiro e a primeira quinzena de julho, pelo menos 281 policiais civis e militares foram mortos. A título de comparação, nos Estados Unidos, 34 policiais foram assassinados no mesmo período. Na Colômbia, onde tem lugar uma guerrilha, 65. No Reino Unido, apenas um. Os números mostram que, das polícias do mundo, a brasileira é uma das que mais mata. Mas está também entre as que mais perdem agentes assassinados - a maior parte deles, diga-se, fora de serviço regular, em “bicos” como seguranças ou vítimas de vinganças. São 1

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Curso: EDIFICAÇÕES Valor: 10 pontos Disciplina: Práticas Leitoras

RESOLVA AS QUESTÕES ABAIXO:

PAÍS DA VIOLÊNCIA

Ninguém desconhece que a violência urbana e a criminalidade atingiram no Brasil um nível dramático. Nas grandes cidades, perder a vida em situações rotineiras, ao abrir a porta de casa ou ao parar o automóvel num sinal de trânsito, tornou-se um fato lamentavelmente frequente. A sociedade indigna-se, familiares protestam, ONGs promovem atos pela paz, mas nenhuma mudança mais animadora se vê no horizonte. Duas reportagens publicadas pela Folha no início da semana mostraram aspectos chocantes desse ambiente de medo e selvageria.

Na primeira delas, apresentaram-se as estatísticas dos sequestros no Estado de São Paulo – crime cuja incidência aumentou no início do ano. Mais do que empresários, as principais vítimas são estudantes, cujo resgate será cobrado de pais em desespero. Um deles declarou que, depois de ter um filho de 19 anos sequestrado, providenciou a blindagem dos veículos usados pelos membros da família e determinou que, se abordados por criminosos, “passassem por cima”. A recomendação traduz um pouco do estado de espírito que se vai apoderando de pessoas traumatizadas pela insegurança.

Na segunda reportagem, publicada ontem, noticiou-se que a cada 17 horas um policial civil ou militar é vítima de homicídio no Brasil. Entre janeiro e a primeira quinzena de julho, pelo menos 281 policiais civis e militares foram mortos. A título de comparação, nos Estados Unidos, 34 policiais foram assassinados no mesmo período. Na Colômbia, onde tem lugar uma guerrilha, 65. No Reino Unido, apenas um.

Os números mostram que, das polícias do mundo, a brasileira é uma das que mais mata. Mas está também entre as que mais perdem agentes assassinados - a maior parte deles, diga-se, fora de serviço regular, em “bicos” como seguranças ou vítimas de vinganças. São cifras alarmantes, que dão razão àqueles que comparam a violência brasileira à de uma verdadeira guerra civil.

(Folha de S.Paulo, 4/8/2004)Questão 1 - (valor: 4,5 pontos) O texto acima é um editorial, gênero em que jornais e revistas expressam sua opinião sobre temas diversos. Identifique no texto o termo a que se refere cada uma das expressões:

a) Ambiente de medo e selvageria (1º parágrafo).__________________________________________b) Um deles (2º parágrafo). ___________________________________________________________c) Uma das (4º parágrafo).____________________________________________________________d) A maior parte deles (4º parágrafo).___________________________________________________e) A que dados se refere o substantivo números, no 4º parágrafo?_________________________________________________________________________________f) No 2º parágrafo, a palavra recomendação retoma no texto a orientação dada por um pai à família. Qual é a frase que é retomada? ________________________________________________________Questão 2 - (valor: 1,5 ponto)

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No texto, nota-se a presença de vários marcadores temporais. Alguns desses marcadores referem-se à data de publicação das reportagens a que o texto faz menção (“no início da semana”, “ontem”). Observe no 3º parágrafo o emprego de expressões como “Entre janeiro e a primeira quinzena de julho” e “no mesmo período”. Que importância têm esses elementos coesivos para o desenvolvimento das ideias do texto? ____________________________________________________________________________________________________________________________________

Questão 3 - ( valor: 4 pontos)

Apresente 3 (três) sugestões para minimizar a violência urbana nas grandes cidades. Não ultrapasse a quantidade de linhas abaixo:

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