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    Texto 1: Matrizes de Competncias e Habilidades

    O Instituto Ayrton Senna tem como princpio norteador de seus programas odesenvolvimento do potencial de todas as crianas e todos os jovens, por meio doaprimoramento das competncias pessoais, sociais, profissionais e cognitivas. Para traduziresse forte e poderoso princpio em prticas pedaggicas, os programas do Instituto quesubsidiam a educao formal apresentam propostas curriculares organizadas em matrizes decompetncias e habilidades.

    O que se compreende por competncia? E por habilidade?1

    Uma competncia resulta da relao entre pensamento e ao, refere-se capacidade de agir eficazmente frente a uma situao indita ou quando instado a resolverproblemas. Agir de forma eficaz exige mais do que transferncia de saberes, pois implica acapacidade de levantar hipteses, acessar conhecimento e envolver operaes mentaiscomplexas.

    Competncia = pensamento + ao

    Nessa articulao entre o agir e o refletir, embora diversos conhecimentos sejammobilizados, rompe-se com a tradio conteudista na medida em que um conceito ou umsaber de uma disciplina especfica no relevante em si mesmo, mas torna-se significativojustamente por ter sido selecionado em funo de uma ao. Ser competente , portanto, sercapaz de fazer a mobilizao de saberes em ao.

    Para essa mobilizao, vrias habilidades so requisitadas. Uma habilidaderefere-seao plano imediato do saber-fazer. Uma pessoa hbil capaz de lidar com algo, seja umainformao, o manuseio de uma mquina ou a identificao de possveis caminhos para oenfrentamento de um problema da vida cotidiana.

    Habilidade = saber-fazer

    Como habilidades e competncias se articulam?

    Muitos educandos demonstram habilidades nas quatro operaes matemticas:somam, dividem, subtraem e multiplicam. Se, entretanto, eles no forem capazes de colocar

    em prtica essas habilidades em questes mais complexas, nem em ocasies do dia a dia, nosero competentes para resolver situaes-problema que as solicitem.

    A competncia est na qualidade das estratgias utilizadas para pensar um problemae na escolha dos instrumentos adequados sua soluo, em qualquer rea do conhecimento,seja ele global ou especfico.

    possvel, por exemplo, perceber a inteno de um autor de um texto, por meio dahabilidade de inferir nas entrelinhas.Assimcomo a argumentao empregada para convencer

    11Competncias so as modalidades estruturais da inteligncia, ou melhor, aes e operaes que utilizamos

    para estabelecer relaes com e entre objetos, situaes, fenmenos e conhecimentos. As habilidades referem-seao plano imediato do saber fazer. Por meio das aes e operaes, as habilidades aperfeioam-se e articulam-se, possibilitando nova reorganizao das competncias (INEP, 1999, p.7).

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    algum se constitui de expresses articuladoras especficas ao ato de argumentar, comotambm de posies favorveis ou contrrias de um interlocutor. Essas habilidades,relacionadas aos contedos lingusticos,so necessrias para o uso proficiente da lngua.

    Entretanto, para a elaborao de um bom texto ou projeto, para a apresentao de umtema, ou a participao em um debate, necessrio integrar e mobilizar outros conhecimentos,

    articulando-os de maneira pessoal, adequada situao de interao que se est enfrentando.Assim, no s o uso adequado de recursos lingusticos, como tambm conhecimentos, saberese raciocnio que, organizados, permitem cumprir uma dessas tarefas. So todas essassituaes que requerem a mobilizao de uma rede de habilidades traduzidas em um saber-agir em determinado contexto.

    Uma habilidade no se relaciona a apenas uma competncia em especial, pois muitasvezes uma mesma habilidade pode contribuir para competncias diferentes. Nemnecessariamente toda e qualquer habilidade poder se transformar em competncia. Emsituaes especficas, determinadas habilidades concorrem para um saber-agir eficaz etornam-se, elas mesmas, competncias.

    Nas prticas pedaggicas, o que importa se ter a clareza de que competncias ehabilidades precisam ser ampliadas ou desenvolvidas na escola e que contedosprogramticos so meios para promover esse aprimoramento.

    Quais so os pressupostos de prticas pedaggicas comprometidas como desenvolvimento ou ampliao de competncias/habilidades?

    A proposta de aprendizagem e educao com nfase em competncias/habilidadesmodifica as prticas pedaggicas ao propor tarefas que desafiem e incentivem os alunos amobilizarem conhecimentos j adquiridos, na busca por novos conhecimentos. umaeducao dinmica, capaz de transformar a sala de aula em espao privilegiado deaprendizagens enriquecedoras, permitindo que o aluno participe ativamente da construo deseu conhecimento. Nela, o contedo um meio e no mais um fim em si mesmo. Pode-sedizer que se aprende o que no se sabe, fazendo(MEIREU, 1996).

    As prticas pedaggicas, estratgias e mtodos, nessa perspectiva, focam o processoe os resultados da construo do saber e requerem uma organizao conceitual dosconhecimentos. Portanto, o ensino voltado para o aprimoramento dehabilidades/competncias extrapola os limites dos temas, noes e conceitos de uma rea doconhecimento e agrega a preocupao com o formar em sentido mais amplo.

    As habilidades desenvolvem-se na relao do sujeito com um conjunto de informaes,de conceitos, de princpios organizados hierarquicamente. O contedo programtico , pois,ferramenta essencial para que o educando exercite aptides, ou at mesmo as crie, em funode um saber-fazer.

    No desenvolvimento da habilidade de ser crtico, por exemplo, no se pode prescindirda aquisio de conhecimentos suficientes sobre o tema que ser alvo da anlise crtica. Noh como refutar ou questionar algo, se no se conhecer suficientemente o assunto em questo.Por outro lado, o conhecimento de um assunto ou de um tema pode permitir o exerccio deautoria, com a possibilidade de elaborao oral ou escrita de pensamentos favorveis oucontraditrios aos do interlocutor.

    O trabalho pedaggico centrado no sucesso da aprendizagem do aluno consiste,ento, em levar em conta os conhecimentos prvios, ou seja, aqueles conhecimentos queesto, direta ou indiretamente, ligados ao assunto em estudo e que so necessrios aquisio ou ampliao da habilidade requerida. Mas esses conhecimentos precisam serampliados, e para isso, ao menos dois movimentos bsicos tornam-se imperiosos: acapacidade de aprender a partir das aprendizagens j concretizadas(colocar em ao o j

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    aprendido) e a indissociabilidade entre o que se aprende a fazer e o que se aprende acompreender.

    Processos de aprendizagens = conhecimentos prvios + compreender e fazer

    Esses movimentos dos processos de aprendizagens devem nortear a responsabilidade

    da escola na definio do que, como, para quem e, sobretudo, para que ensinar. Em outraspalavras, essa responsabilidade da escola implica em ter como objetivo central aaprendizagem dos alunos, com prioridade para o desenvolvimento de competncias ehabilidades, e no a transmisso pura e simples de conhecimentos. Isso se traduz no modocomo se planeja, se ensina e se avalia.

    O currculo, de acordo com esses pressupostos, entendido como algo muito superiora um programa de estudos, ou a um elenco de disciplinas, como era defendido antes pela jsuficientemente condenada viso utilitarista e pragmtica do conhecimento. Sem desprezar oscontedos disciplinares, a nova viso sobre o currculo prope um conjunto de conhecimentosque garantir, para alm do sucesso nas avaliaes, condies para a mobilizao eficientede saberes, para resolver situaes de desafios reais, ao longo da vida em sociedade e nomundo do trabalho. Trata-se, pois, de um currculo comprometido com a superao do fracassoescolar, enquanto as crianas e os jovens estiverem na escola, e com o sucesso na vida ps-escolar, nas vivncias cidad e profissional.

    A organizao curricular, nessa perspectiva, enfatiza ainda como o aluno aprende,oportunizando-lhe, nas situaes de aprendizagens, a mobilizao dos esquemas mentaisvariados e prprios de cada sujeito. Os contedos, selecionados a partir das competncias aserem desenvolvidas, passam a se constituir, pois, como princpios de integrao curricular,uma vez que mobilizam habilidades e saberes relacionados s diferentes disciplinasescolares e so necessrios para o aprimoramento do exerccio dos esquemas mentaisdo sujeito aprendiz.

    Em sntese, um currculo focado no desenvolvimento de competncias permite ao

    aluno atribuir valor de uso aos conhecimentos, auxiliando-o a mobilizar esses conhecimentosem aes da vida em sociedade, na resoluo de problemas e na superao dos desafiosenfrentados no cotidiano imediato ou em um futuro prximo.

    Como se d o planejamento do trabalho escolar?

    Como j discutido, os contedos escolares constituem-se em ferramentas parapropiciar o desenvolvimento de competncias/habilidades em crianas e jovens. Isso implicauma organizao especfica da escola, da prtica pedaggica do professor, da sala de aula, daavaliao, da formao de grupos de alunos e dos materiais utilizados.

    O fazer pedaggico assume um papel preponderante no processo de aprendizagem do

    aluno. ao professor, como mediador das aprendizagens, que cabe selecionar e oferecer, ematividades significativas, materiais, livros didticos e diferentes tecnologias, a fim de que osalunos usufruam de diversificadas fontes de pesquisas e utilizem-nas na busca de informaes. ainda pela ao pedaggica que os alunos podero transformar as informaes emconhecimentos, e mobiliz-los no desenvolvimento de suas competncias/habilidades.

    Cada rea do conhecimento e, dentro dela, cada disciplina , tem particularidades,metodologia e abordagem prprias, logo nenhum fenmeno social, natural ou cientfico podeser compreendido exclusivamente por uma disciplina. Haver a necessidade de integraoentre as diferentes reas e disciplinas por meio de aproximaes pertinentes que facilitem oensino e a aprendizagem.

    A equipe escolar, isto , professores, coordenao pedaggica e direo, devetrabalhar de forma coletiva e planejada na busca de dilogos com outros campos de

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    conhecimento e na busca dos pontos convergentes das diferentes disciplinas, conectando asprticas escolares com as prticas sociais.

    Cabe ao educador dar continuidade ao planejamento coletivo, atravs da compreensodos processos de aprendizagens dos alunos. Desse modo ele estar possibilitando aos alunostornarem-se autnomos e responsveis pela aquisio do conhecimento, alm de cultivarem oshbitos do autoconhecimento, do pensar criticamente e do aprender a aprender (DELORS,

    1999).

    A opo pelo trabalho com matriz de competncias e habilidades, tanto no processocoletivo do planejamento quanto no individual do professor, implica:

    ensino voltado para o desenvolvimento de habilidades e no centrado natransmisso de contedos conceituais e procedimentais;

    nfase no processo cognitivo do aluno (como se aprende) e em diferentes estilos deaprendizagens;

    seleo (em quantidade e qualidade) e integrao dos contedos, com base nashabilidades a serem desenvolvidas;

    contedos conceituais abordados a partir de situaes-problema;

    ensino focado nas situaes do cotidiano, com o apoio em materiais e recursosdiversificados;

    atividades dirigidas observao, ao questionamento da realidade e integrao desaberes;

    atividades cooperativasde aprendizagem, orientadas para a integrao dos alunos epara a troca de saberes;

    exerccios voltados a processos metacognitivos;

    reflexo da prtica docente;

    avaliao da aprendizagem adequada ao aprender a aprendereaprimoramento dosprocessos de aprendizagem.

    Avalia-se para qu, quem e como?

    A avaliao j foi compreendida como instrumento ou processo que avaliava o grau de alcancede contedos ensinados e o resultado obtido servia exclusivamente para qualificar ousancionar apenas o aluno. Com os avanos na literatura pedaggica e intenes implcitas emreformas educacionais outras concepes de avaliao foram concebidas e no se limitam aqualificar ou valorar os resultados. O processo de construo de saberes, individual de cadaaluno e os possveis objetos e sujeitos surgem como princpios constituintes da avaliao.

    Avalia-se para conhecer os alunos, suas necessidades e interesses; para identificar o queaprenderam e o que ainda precisam aprender; diagnosticar nveis de aprendizagem; pontuar osavanos e os entraves encontrados no s pelos alunos, mas tambm pelos professores e ainstituio. Nesse sentido, a avaliao passa a ser um instrumento que permiteconstantemente refletir sobre o cenrio, o processo de ensinar e aprender, o projetopedaggico, suas metas, suas possibilidades e a localizao de cada aluno em relao smetas estabelecidas.

    A avaliao nessa perspectiva possibilita identificar em que medida os alunos desenvolveramas competncias e habilidades esperadas e, a partir disso, orienta um novo planejamento,contribuindo para a melhoria do processo ensino-aprendizagem e o contnuo aperfeioamentopessoal e coletivo.

    Avaliao = observao + diagnstico + novo planejamento

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    A observao sistemtica de diferentes atividades e tarefas, individuais e em grupo, o melhorinstrumento para a aquisio do conhecimento sobre a aprendizagem dos alunos desde queobservadas em clima de confiana e de cooperao entre os atores do processo, professor ealunos.

    Apesar do ensino-aprendizagem estarem intimamente relacionados e ambos integrarem a aula,

    distinguimos dois processos de avaliao: como o aluno aprende e como o professor ensina.Assim, h quatro objetos e quatro sujeitos da avaliao:

    Processos Aprendizagemindividual

    Aprendizagemdo grupo

    Ensino individual Ensino do grupo

    Sujeitos Aluno Grupo Professor Equipe docente

    Cada aluno torna-se ator, autor e gestor de sua aprendizagem; alm de contribuir para aaprendizagem do grupo de alunos; e o professor torna-se o gestor do ensino, que no momentodo planejamento com a equipe docente, questiona-se: O que ensino?, Por que ensino?, Emque medida e como os meus alunos podem aprender isso?. Tais questionamentos direcionamseu olhar para os efeitos das aes didticas que organiza para que os alunos desenvolvam epotencializem suas habilidades e competncias, ou seja, aprendam. A equipe docente torna-seco-responsvel pela aprendizagem de todos os alunos.

    A avaliao bem elaborada fornece dados que possibilitam ao professor compreender o que foiaprendido ou no, e d pistas para fazer intervenes que permitam ao aluno avanar em seuprocesso. Isso faz com que os diversos instrumentos utilizados se organizem em torno deatividades que interessem, instiguem os alunos a pensar, a mobilizar os conceitos e aselecionar os procedimentos adequados para resolver as situaes propostas.

    A avaliao torna-se ento, simultaneamente, uma situao de ensino e de aprendizagem.Para o aluno, que exercita suas habilidades e competncias nos momentos de avaliao eidentifica o que sabe e o que deve ainda aprender. E para o professor, que a partir do registrode suas observaes acerca do processo dos alunos, compreende cada um deles, ponderaacerca dos caminhos e das intervenes que devem ser efetivadas para que todos aprendam.Alm disso, avalia, compreende e redimensiona as prprias estratgias de ao pedaggica.Assim, a avaliao parte da ao pedaggica, pois ela somente ter sentido se promover aaprendizagem do aluno.

    A reflexo do professor acerca do processo de ensino e aprendizagem requer o registrosistematizado de observaes sobre o aluno e sobre a sua prpria prtica docente:

    Registro de observaes dos alunos que devem contemplar no s os aspectos cognitivos,mas as atitudes, interesses, procedimentos, sentimentos e reaes frente a desafios;Observaes dos alunos em atividades em grupo ou individuais, em atividades escritas ouorais e corporais. Dentro e fora da sala de aula, em diversas interaes com outros alunos eprofissionais.

    Registros das intervenes realizadas pelo professor, individualmente e com o grupo dealunos, que devem conter a situao real de aprendizagem, a interveno realizada e oresultado conseguido.

    A reflexo a partir desses registros resulta numa radiografia do desenvolvimento de cada alunoe se transforma numa excelente ferramenta para o replanejamento do ensino com foco naaprendizagem de todos.

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    A avaliao pode ser compreendida como uma anlise global do processo educacional quetem incio com as primeiras aprendizagens, expressa a trajetria seguida pelo aluno, asmedidas que foram adotadas pela equipe docente, o resultado alcanado e especialmente, apartir deste conhecimento, as previses sobre o que necessrio continuar fazendo ou serpreciso fazer de novo ou o que precisa ser feito de outra forma.

    A opo pelo trabalho voltado ao desenvolvimento de competncias e habilidades implica umamudana radical na prpria concepo de avaliao que deixa de ser entendida como seletiva,aquela que separa os que sabem dos que no sabem, para ser assumida como uma ao queoferece, a cada estudante, a oportunidade de desenvolver, em diferentes graus, todo o seupotencial.

    Todos os atores envolvidos com os resultados

    Os possveis interessados nos resultados da avaliao seriam o prprio aluno, os professores,os pais ou familiares, a escola e a secretaria de educao.

    O aluno precisa conhecer a sua situao e receber toda a orientao e informao para

    superar os desafios que lhe so impostos.

    Os professores (as) precisam dispor de dados atuais sobre o processo de aprendizagem decada aluno.

    Os familiares precisam receber as informaes centradas no processo de ensino eaprendizagem, nos avanos que o aluno realiza, nas medidas que a famlia pode adotar parafavorecer a aprendizagem e como colocar disposio os meios que possibilitem ocrescimento do aluno.

    A equipe docente da escola necessita registrar o percurso desenvolvido por cada aluno, suascaractersticas pessoais, resultados obtidos, medidas adotadas, incidentes significativos emsua trajetria escolar, para garantir que todos os professores, e a equipe escolar, se engagemno processo de seu desenvolvimento durante todo o Ensino Fundamental.

    A secretaria de educao precisa conhecer os resultados alcanados pelas escolas de suarede para pensar sua poltica educacional, propor e desenvolver aes articuladas que visemgarantir a qualidade da aprendizagem de todos os alunos.

    Para finalizar:

    A organizao curricular uma importante ferramenta de apoio prtica docente e saprendizagens dos alunos.

    No Programa Gesto Nota 10 a proposta curricular para os nove anos do Ensino Fundamentalest organizada em matrizes de competncias e habilidades com o objetivo de contribuir paraa reflexo e discusso sobre o que os estudantes precisam desenvolver em termos de suaspotencialidades e o que necessitam aprender relativamente a cada rea do conhecimento.

    O conjunto de matrizes de competncias e habilidades foi organizado por especialistas dediferentes reas e coordenado pelo Instituto Ayrton Senna. Este trabalho est ancorado nosParmetros Curriculares Nacionais, na forma de conceber os fins da educao e nacompreenso de que as reas do conhecimento podem contribuir para a formao dosestudantes. Este conjunto dever integrar a Proposta Pedaggica das escolas.

    O programa Gesto Nota 10 prope que o trabalho pedaggico seja pautado pelodesenvolvimento de competncias e habilidades por meio do estudo de contedos, dispostos

    de forma integrada e articulada, de maneira a levar o cotidiano para dentro da sala de aula,onde saberes, problemas e decises compartilham os mesmos tempos e os mesmos espaos.

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    HADJI, Charles. Avaliao Desmistificada.. Porto Alegre: Artmed, 2001.

    PERRENOUD, Philippe. Ensinar: agir na urgncia, decidir na incerteza. Porto Alegre:ArtMed,2001.

    PERRENOUD, Phillipe. Avaliao: da excelncia regulao dasaprendizagens Entre DuasLgicas, Porto Alegre, Editora Artes Mdicas,1999.

    RAMOS, Marise Nogueira. A Pedagogia das Competncias: autonomia ouadaptao?, 2 ed.,So Paulo, Editora Cortez, 2002.

    ROLDO, Maria do Cu. Gesto do Currculo e Avaliao de Competncias. EditorialPresena, Lisboa , 2003.

    SACRISTN, J. Gimeno. O currculo: uma reflexo sobre a prtica. Trad. Ernani F. da Fonseca

    Rosa. 3 ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

    SACRISTN, J.Gimeno; Perz Gmez, A. I. Compreender e transformar o ensino.Trad. ErnaniF. da Fonseca Rosa. 4 ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

    ZABALA, Antoni. A prtica educativa. Como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.