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Em 2010, a Secretaria da Sade lanou um plano de aes com o objetivo de reduzir a taxa de mortalidade materna e infantil no municpio.Em dezembro de 2010, Cotia chegou a apresentar 10, 4 para cada mil nascidos vivos. Embora o resultado definitivo seja concludo e divulgado em maro de 2011, o resultado parcial de 8, 85 mortes revela que a cidade j conseguiu reduzir o ndice dos anos anteriores.

Para atingir a meta de reduo da taxa de mortalidade materna infantil o plano de aes conta com protocolo de atendimento, capacitao de profissionais, projetos de incentivo ao aleitamento materno, implantao da Clinica da Mulher- espao adequado e especifico a sade da mulher com prioridade para os casos de gestao de alto risco. Entre as aes destaca-se ainda a garantia de sete consultas durante o pr-natal, consulta de puerprio (nmero supera o indicado pelo Ministrio da Sade e OMS- Organizao Mundial de Sade), curso de planejamento familiar, curso para gestantes, palestras, encontros, implantao do ambulatrio neonatal (Policlnica de Especialidades), atuao permanente do comit de mortalidade materno infantil.

As parcerias estabelecidas com a Secretaria de Assistncia e Desenvolvimento Social e o Fundo Social de Solidariedade exercem papel de grande importncia dentre as estratgias do plano de ao da reduo da taxa de mortalidade infantil, e tem sido fundamental para o xito da campanha, assim como o comprometimento de todo o grupo de profissionais da Secretaria Municipal de Sade.

Alm das aes implantadas e desenvolvidas pela Secretaria da Sade fundamental a conscientizao e a participao dos muncipes no comparecimento as consultas de pr-natal, puerprio, rotina de acompanhamento do recm-nascido mensalmente at os seis meses de vida e com intervalos at os dois anos de idade na unidade bsica de sade para o controle de peso e crescimento, entre outros.

O conjunto de aes do sistema de sade e dos usurios demonstra que os resultados podem ser obtidos a mdio prazo e de forma consistente. motivo de muita satisfao revelar que o trabalho em parceria de excelentes profissionais, das secretarias parceiras e da populao como um todo se transforma na possibilidade de salvar vidas. A Campanha de Reduo da Mortalidade Materna Infantil tem este grande propsito e vamos continuar trabalhando com a determinao de superar os desafios e reduzir ainda mais os ndices, diz Moiss Cabrera, Secretrio da Sade.

Ao assumir a pasta, Moisezinho conta que encara a misso como um desafio em sua trajetria profissional. Para ele, o objetivo do prefeito Carlo Camargo fortalecer os projetos iniciados nos ltimos meses, como por exemplo, a reformulao da administrao geral dos Pronto-Atendimentos, a reestruturao do agendamento de especialidades e o melhor acolhimento dos pacientes. O almoxarifado de medicamentos e materiais hospitalares segue em processo de reorganizao. No plano de trabalho entra tambm a inteno de aumentar a cota e a coleta de exames.

Ainda dentro do planejamento para os prximos meses, o Secretrio conta que, alm da humanizao da sade, pretende trabalhar tambm para capacitar funcionrios, promover programa de plano de carreira, fortalecer a ateno sade bsica e realizar concurso pblico, que j est em andamento.De acordo com os padres propostos pela Organizao Mundial da Sade, a Morte Materna abrange todas as mulheres que morrem em decorrncia de complicaes decorrentes diretamente da gravidez (eclmpsia hemorragia gestacional complicaes de aborto infeco puerperal entre outras), de complicaes de alguma doena pr-existente (cardiopatias diabetes hipertenso arterial crnica entre outras) ou de alguma doena que se instala durante a gestao ou puerprio e agravada pelos efeitos fisiolgicos da gravidez (broncopneumonias pielonefrites entre outras), sendo consideradas todas as mulheres desde o incio da gravidez at completar um ano de puerprio.A experincia aponta que a morte de mulheres por complicaes na gestao, no aborto, no parto ou no puerprio evitvel e passvel de preveno em aproximadamente 90% dos casos. Atravs de medidas eficientes de assistncia sade que vo desde o planejamento familiar at os cuidados ps-parto, passando por todo o processo gestacional, podemos reduzir a possibilidade dessas complicaes. Portanto, a morte de uma gestante ou purpera considerada uma das mais graves violaes dos direitos humanos.Vrias polticas pblicas de sade tm sido propostas para a reduo da morte materna no Brasil e no Mundo. Em 1987, a Conferncia Internacional sobre Maternidade Segura realizada em Nairobi, no Qunia, iniciou uma discusso de propores internacionais sobre a problemtica da morte materna. Em 1990, a UNICEF retomou essa discusso, durante a Conferncia da Infncia. Nesse momento, o Brasil foi signatrio, junto com pases de todo o mundo, da Declarao e Plano de Ao para a Reduo em 50% de suas taxas de mortalidade materna. Em 1994, na Conferncia Internacional sobre populao e Desenvolvimento, ocorrida no Cairo e em 1995, na 4 Conferncia Mundial sobre a Mulher, em Beijing, China, novamente essa meta foi enfatizada [UNICEF/ OMS /FNUAP,1997].Na avaliao da magnitude do problema utiliza-se um indicador denominado Razo de Morte Materna (RMM), sendo considerado um dos mais importantes indicadores das condies de vida de uma populao e da qualidade da assistncia que lhe prestada.Consideramos aceitvel uma RMM de at 20/100000 nascidos vivos (NV). O Canad, os Estados Unidos, a Austrlia e os pases nrdicos tm RMM abaixo de 20/100000 NV, enquanto que a Amrica Latina e do Sul tm uma RMM estimada de at 190/100000 NV. Na regio central da frica esses valores ultrapassam 1000/100000 NV.No Brasil, o ltimo dado oficial aponta para uma RMM de 68,2/100000 NV (IDB 2011), apresentando diferenas importantes entre as vrias regies. Porm, a RMM Real do nosso pas desconhecida. O Brasil comeou a implantar em meados de 2009 um sistema nacional de notificao de casos de morte materna. Esperamos que nossa realidade seja mais visvel atravs desse novo sistema.O Comit de Mortalidade Materna do Municpio de So Paulo vem pesquisando a situao da nossa cidade de forma oficial desde 1993, constatando que so as mulheres pobres, moradoras da periferia, com baixa escolaridade e com acesso restrito a servios de sade de qualidade as mais vulnerveis.s sndromes hipertensivas so as complicaes mais frequentes na gestao e constituem, no Brasil, a primeira causa de morte materna e perinatal, principalmente quando se instalam em suas formas mais graves como a eclampsia e sndrome de HELLP, em pases desenvolvidos como EUA esta patologia a segunda causa de morte entre gestantes (Neme, et al Hayman).

Atualmente, h uma tendncia em considerar hipertenso na gravidez medidas de presso arterial iguais ou superiores a 140/90 mmHg (Benzecry et al Davey e MacGillivray). Proteinria definida como a excreo de 0,3 g ou mais de protena na urina de 24 horas e representa, numa gestante hipertensa, fator cumulativo associado a aumento da mortalidade perinatal.

Para entender plenamente a doena hipertensiva especifica da gestao alguns conceitos precisam estar claros, tais como:

Hipertenso Uma elevao de 30 mmHg ou mais na presso sistlica e de 15mmHg ou mais na diastlica considerado anormal nas tomadas na gravidez com relao aos nveis absolutos observados (Greenhill, 1976). A hipertenso arterial um sinal clinico e no uma doena. Sua presena pode ser secundria a diferentes entidades clinicas ou subclnicas, podendo coincidir ou ser desencadeada pela gravidez. Nveis iguais ou superiores a 140 / 90 mmHg, por conveno, so nveis hipertensivos nas mulheres grvidas. Entretanto, importa lembrar que, entre ns, no so infrequentes gestantes cujos nveis pressricos arteriais so muito baixos, no ultrapassando, por vezes, 80 / 50 mmHg. Nessas pacientes se aps a vigsima semana da prenhez os nveis tensionais elevam-se e atingem mais de 15 mmHg na diastlica e 30 mmHg na sistlica, admite-se tratar-se de hipertenso gestacional. Mesmo quando a proteinria negada ou menor que 300 mg / 24 horas, deve-se admitir, ate provar o contrario, estar iniciando-se o processo de pr-eclmpsia.

Proteinria a perda de protenas pela urina, esta perda sinal laboratorial importante das sndromes hipertensivas na gravidez. Ela pode ocasionalmente aparecer antes da hipertenso como manifestao de patologia renal vigente ou subclnica, sem a presena de hipertenso ou associada a ela. Nesta ultima situao, condio clnica que define o diagnostico de pr-eclmpsia. Para o Colgio Americano de Obstetras e Ginecologistas et al Neme, 2005 trata-se de proteinria a presena de 300 mg ou mais de protena excretadas na urina no perodo de 24 horas

Edema Durante algumas gestaes ou todas as gestaes, a maioria das grvidas normais pode mostrar edema postural das extremidades inferiores, que desaparecem caracteristicamente depois de repouso deitada ou simplesmente elevando os membros inferiores por curto intervalo. Um ganho de peso acima de 500 g em uma semana significa reteno de gua e pode ser uma manifestao de edema oculto. O edema um sinal de alerta e no mais como sinal clnico necessrio para diagnosticar a DHEG. Isso se baseia na ocorrncia de edema em 80% do total das gestantes.

Fonte: PORTAL EDUCAO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/19618/doenca-hipertensiva-especifica-da-gestacao-dheg#ixzz3LoQYiDXK

Doena hipertensiva especfica da gravidez (DHEG):uma reviso integrativaLa enfermedad hipertensiva especfica del embarazo: una revisin integradora

*Enfermeira/o graduada na Faculdade Santo Agostinho-Montes ClarosUNIMONTES-MG**Mestre em Cincias da Sade, Professora Assistente do Departamento de Enfermagemda Universidade Estadual de Montes ClarosUNIMONTES-MG***Mestre em Cincias da Sade, Professora Assistente do Departamento de Enfermagem daUniversidade Estadual de Montes Claros e da Faculdade Santo AgostinhoUNIMONTES-MG(Brasil)Girlete Silva de Souza*Diego Magno Alves de Almeida*Clara de Cssia Versiani**Carolina dos Reis Alves***[email protected]

Resumo Introduo: No Brasil a hipertenso gestacional a primeira causa de morte materna especialmente quando se instalam nas suas formas mais graves. Objetivo: essa pesquisa teve por objetivo realizar uma reviso integrativa da literatura acerca da DHEG. Metodologia: realizou-se uma reviso bibliogrfica. Para seleo dos artigos, utilizou-se a base de dados da BVS (Biblioteca Virtual da Sade), SCIELO (Scientific Eletronic Library on line) e LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em cincias da Sade) para a busca de publicaes de trabalhos cientficos por meio dos descritores: gestao and alto risco e gravidez and hipertenso and fatores de risco. Resultados: A hipertenso a complicao clnica mais comum da gestao. Fatores de risco como diabetes etilismo, tabagismo, hipertenso arterial crnica, anemia falciforme, nuliparidade, extremos de idade materna, a cor e a obesidade esto entre a etiologia da doena. Consideraes finais: H a necessidade de melhorias na assistncia obsttrica adequada, com ateno especial as gestantes hipertensas primparas e de idade mais avanada com ateno especial a esses fatores para procurar melhorar os resultados maternos e perinatais das gestantes. Unitermos: Gestao. Gestao de alto risco. Hipertenso gestacional. Fatores de risco.

EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ao 19, N 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com

1 / 1 Introduo A gravidez um processo natural e dinmico que envolve diversas mudanas fisiolgicas, em mulheres normotensas, no entanto, muitos desafios podem surgir durante este perodo, um deles est relacionado s Sndromes Hipertensivas da Gravidez (DHEG) como a pr-eclmpsia leve, a pr-eclmpsia grave, a eclampsia e a sndrome Hellp - (H) hemlise (el) enzimas hepticas elevadas (lp) baixa contagem de plaquetas, ou CID (coagulao intravascular disseminada) (ANGONESI, POLATO, 2010). Esta sndrome pode est presente desde a implantao do ovo, caracterizando-se, clinicamente, por aumento dos valores da presso arterial aps a 20 semana de gestao, associado (pr-eclmpsia) ou no (hipertenso gestacional) proteinria. Nessa fase, a doena assintomtica, dependendo seu diagnstico unicamente do exame fsico e de dados laboratoriais da gestante. A evoluo natural da doena o desenvolvimento para as formas graves, entre elas, a eclampsia e a sndrome HELLP (FEBRASGO, 2011). No Brasil, estima-se que anualmente 300 mil gestantes so hipertensas, 240 mil gestantes apresentam quadro de pr-eclmpsia. 35% das mortes so por hipertenso: 1470 mortes/ano. E somente uma pequena parcela realiza os exames mnimos de pr-natal. A hipertenso a principal causa de morte pr-natal, 20% de 150/mil (NV) nascidos vivos (FERREIRA, 2007). Segundo dados do departamento de informtica do sistema nico de sade, do ministrio da sade SUS/MS (DATASUS, 2010) no Brasil a hipertenso gestacional a primeira causa de morte materna especialmente quando se instalam nas suas formas mais graves. Representa a entidade clnica de maior obiturio perinatal, acarretando, ainda, substancial nmero de neonatos vitimados, e quando sobrevivem aos danos da hipxia perinatal. Conforme dados do Sistema de Informao sobre mortalidade (SIM) do Ministrio da Sade (MS) - Secretaria de Vigilncia em Sade (SVS), a razo da mortalidade materna (RMM) para 2007 foi de 77,0/100.000 nascidos vivos (DATASUS, 2010), apontando a hipertenso como sendo a maior causa de morte materna no pas, responsvel por cerca de 20% da taxa de 77.0 mortes materna/100.000 nascidos vivos. relevante citar que a hipertenso arterial pode ser pr-existente, ou seja, ao invs de ser induzida pela gravidez pode ser: coincidente a hipertenso arterial que antecede a gravidez e persiste aps o parto; agravada pela gravidez: hipertenso prvia e/ou sub-clnica a que se agrava com a gravidez; ou ainda, transitria: hipertenso que se desenvolve aps a primeira metade da gestao e caracteriza-se por elevao discreta da presso arterial, sem prejuzo para a gravidez. Regredindo aps o parto, mas, na maioria das vezes retorna em gestaes subseqentes (SASS,2007). Assim, a definio de hipertenso na gravidez : Presso arterial sistlica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou Presso arterial diastlica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg (Definio de PA diastlica K5 = 5 rudo de Korotkoff = desaparecimento da bulha) (ANGONESI, POLATO, 2010). O diagnstico da hipertenso arterial em gestantes definida como a presso arterial sistlica >ou = a 140 mmHg e ou diastlica > ou = 90 mmHg. Utiliza-se a mdia de duas medidas no mesmo brao e a elevao devera ser confirmada 4 horas aps (GUIDELINE, 2008). Os grupos de gestantes com o risco de ocorrncia de pr-eclampsia so de 6 a 17% nas nulpara, 2 a 3% nas multparas, gemelaridades, obesidade, hipertenso prvia, histria familiar, diabetes gestacional, e a doena renal (FERREIRA, 2009). Os fatores de risco menores, de DHEG so a obesidade, idade < 20 anos ou >35 anos, gestaes mltiplas, nuliparidade, e histria familiar de pr-eclmpsia (FERREIRA, 2007). Entretanto, no existem evidncias que possam associar a ocorrncia de pr-eclmpsia a algum tipo de comportamento ou eventual negligncia pessoal. Apesar de no prevenir pr-eclmpsia, iniciar o pr-natal o mais precoce possvel pode permitir a antecipao de problemas. No se sabe exatamente por que algumas mulheres desenvolvem pr-eclmpsia e outras no. Parece existir alguma predisposio gentica, isto , filhas de mulheres que tiveram pr-eclmpsia teriam maior chance de t-la. Outros fatores relacionados ao sistema imunolgico materno fazem com que mulheres que estejam grvidas pela primeira vez de seu marido ou companheiro tenham maior chance de pr-eclmpsia. (MASSONETTO, 2011). Diante disto, a falta de assistncia as pacientes com pr-eclmpsia ou a sua evoluo desfavorvel pode levar ao bito, o que faz dessa doena a maior responsvel pela mortalidade materna nos pases da Amrica Latina e Caribe, incluindo o Brasil (2007). Portanto, as consultas realizadas durante o pr-natal, recomendadas pelo MS (2010), so importantes tanto na sua quantidade, e mais essencialmente na qualidade dessas consultas. Assim, medidas preventivas podem ser tomadas pela gestante, com orientaes mdicas e acompanhamento por profissionais da sade, como, a mudana no estilo de vida, parar de fumar, perder peso, diminuio da ingesta de sdio, diminuio do estresse, da carga de trabalho, evitar o uso de lcool. (LOPES, 2010) As condutas de enfermagem para pacientes com DHEG tm vrios objetivos dentre eles: diminuir a irritabilidade do sistema nervoso central, controlar a presso sangunea, promover a diurese, controlar o bem estar materno-fetal, auxiliar na dor, aliviar nuseas e vmitos, reduzir edemas e atentar para os sinais de alerta (cefalia, dor epigstrica, oligria, distrbios visuais (SOARES, FLORIANO, 2008; ZANOTTI et al., 2009). Mediante a complexidade do assunto, este artigo teve como objetivo realizar uma reviso integrativa da literatura acerca da DHEG.Metodologia Trata-se de uma reviso integrativa acerca da DHEG. A reviso integrativa um mtodo de reviso mais ampla, pois permite incluir literaturas tericas e empricas, bem como estudos com diferentes abordagens metodolgicas. (MENDES; SILVEIRA; GALVO, 2008). Utilizaram-se as bases de dados da BVS (Biblioteca Virtual em Sade), SCIELO (Scientific Eletronic Library on line), e LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em cincias da Sade) para a busca de publicaes de trabalhos cientficos por meio dos descritores: gestao and alto risco e gravidez and hipertenso and fatores de risco. Foram encontrados 114 artigos publicados de acordo com os descritores, porm dos 114 artigos selecionados 48 situaram-se nestes critrios de incluso. Buscou-se artigos publicados nos anos de 2001 a 2012. Aps a leitura minuciosa dos 48 artigos optou-se por utilizar seis artigos que compem o corpus da nossa pesquisa. Para cada artigo estudado foram investigados as seguintes variveis: ttulo, autor, ano de publicao, objetivo, tipo de estudo e peridico de publicao. Os dados analisados foram apresentados por meio de categorias.Resultados e discuso A presente reviso de literatura foi construda a partir de artigos indexados nos bancos de dados da Biblioteca Virtual em Sade (BVS) sendo provenientes das bases de dados: SCIELO e LILACS. Para realizao da pesquisa foram utilizados os seguintes descritores: gestao and alto risco e gravidez and hipertenso and fatores de risco, perfazendo um total de seis artigos disponveis, distribudos na tabela 01 a seguir:Tabela 01. Distribuio dos artigos segundo os descritores utilizados e bases de dados SCIELLO, LILACS e CAPES. Montes Claros, 2013TtuloAutor-formaoAno de publicaoObjetivo do estudoTipo de estudoPeridico de publicao

01Perfil de risco gestacionale metablico no servio de pr- natal de maternidade pblica do nordeste do Brasil.Mdic.2012Descrever a prevalncia dos fatores de risco gestacionais e sua associao com desfechos materno-fetais desfavorveis.Estudo longitudinal, descritivo, analtico.Rev. Bras. Ginecol. Obstet

02Reviso sobre alteraeshemostticas na doenahipertensiva. especfica da gravidez (DHEG).Farmc.2001Avaliao hemosttica das gestantes que manifestaram a DHEG, mesmo sem histria de episdio tromboemblico anterior, atravs da determinao de marcadores de tromboembolismo, como um parmetro para o planejamentode futuras gestaes.Artigo de reviso literria.Jornal Brasileiro de Patologia.

03Perfil epidemiolgicodas mortes maternasocorridas no Rio Grande do Sul, Brasil: 2004-2007.Enferm.2012Estabelecer o perfil epidemiolgico das mortes maternas ocorridas entre os anos de 2004 e 2007 no Estado do Rio G. do Sul, Brasil, e, conhecer as caractersticas scias demogrficas e reprodutivas destas mulheres, descrevendo fatores associados aos bitos maternos.Estudo ecolgico descritivo.Rev. Brasil. de Epidemiologia.

04Mortalidade materna por hipertenso: ndice e anlise de suas caractersticas em uma maternidadeEscola.Mdic.2005Estudar a mortalidade materna por hipertenso na gestao, estimando a razo de mortalidade e o perfil das pacientes que foram a bito por essa causa.Estudo retrospectivo.Rev. Bras. Ginecol. Obstet

05Sndromes hipertensivasda gestao:identificaode casos graves.Medic.2006Conhecer a fisiopatologia da pr-eclmpsia, o diagnstico precoce e a atuao precisa no momento adequado nas situaes complicadas pela eclmpsia e/ou sndrome HELLP para melhora do prognstico materno e perinatal.Estudo de reviso.Rev. Bras. Ginecol. Obstet.

06Hipertensona gestao erepercussesperinatais.2006Avaliar repercusses perinatais nas sndromes hipertensivas em gestaes.Estudo observacional e retrospectivo.Revist. Brasil. Sade Matern. Infantil.

Fonte: Banco de dados SCIELO e LILACS, 2013.Aspectos sociodemograficos x DHEG A hipertenso a complicao clnica mais comum da gestao, ocorrendo em 10 a 22% das gestaes. (OLIVEIRA et al) 2006. Observou-se nos estudos analisados que no Brasil h uma relao direta entre a Razo de Mortalidade Materna (RMM) e a idade das mulheres. medida que as faixas etrias se elevavam maiores s possibilidades de morte materna por complicaes dentre elas a DHEG. (CARRENO et al, 2012) Constatou-se maior freqncia na faixa etria de 18 a 22 anos (25,4%), seguida pelo intervalo de 28 a 32 anos (19,3%). A idade em que se deu o maior nmero de casos foi de 19 anos, seguida pela idade de 20 anos. (SANTOS et al, 2012; FERRO et al, 2006; BEZERRA et al, 2005). Em relao cor/raa relata-se que as mulheres de cor preta apresentaram maiores RMMEs (Razo de Mortalidade Materna Especfica). As causas de morte materna podem estar relacionadas predisposio biolgica das mulheres pretas para doenas cardiovasculares, como a hipertenso arterial. As desigualdades sociais relacionados dificuldade de acesso; a baixa qualidade do atendimento recebido; e para a falta de aes e capacitao de profissionais de sade voltadas para os riscos especficos aos quais as mulheres pretas esto expostas. (CARRENO et al, 2012; (SANTOS et al) 2012). Quanto ao estado civil, a RMME apresentou ndices relevantes nas mulheres sozinhas (vivas, separadas judicialmente e solteiras). Onde as mulheres declaradas separadas judicialmente ou solteiras apresentaram RMMEs mais elevadas, mantendo-se entre 51,8 e 70,8 em 100 mil nascidos vivos (CARRENO et al 2012) A prevalncia de hipertenso gestacional (HG) em pacientes nulparas 6 a 17%, sendo 2 a 4% em pacientes multparas. Em 20 a 50% das pacientes com hipertenso gestacional h progresso para pr-eclampsia (PE), com desenvolvimento de proteinria, antes ou aps o parto. A prevalncia de PE normalmente descrita como 5 a 8%, apresentando amplas variaes na literatura. Em gestao gemelar a prevalncia de PE de 14%, podendo chegar a 40% em pacientes com PE prvia. A hipertenso arterial crnica (HAC) acomete em torno de 5% das gestaes, sendo considerada como fator de risco para a PE. A taxa de PE sobreposta em pacientes hipertensas crnicas 15 a 25% (OLIVEIRA et al., 2006). Em relao idade gestacional, houve predomnio de morte nas faixas de 31 a 34 semanas (25,4%) e de 35 a 38 semanas (22,8%), sendo mais freqente entre as primigestas (40,4%), seguidas pelas secundigestas e tercigestas (26,3%). A mdia do peso fetal foi de 2827 832 g e quatro (2%) dos recm-nascidos foram considerados pequenos para a idade gestacional. Em relao ao ndice de Apgar, 27 (13,5%) recm-nascidos tiveram ndice da Apgar ou = a 500 gramas por semana), seguido de edema generalizado, depois hipertenso e por fim proteinria, sendo a hipertenso o sinal mais freqente e importante (REZENDE; MONTENEGRO, 2000). O Consenso Brasileiro de Cardiopatia e Gravidez (2004), acrescenta que na pr-eclmpsia leve a PA< 160x110mmHg e uma proteinria < 2g/24h, com ou sem edema.- pr-eclmpsia grave: caracterizada quando um ou mais sintomas so encontrados: PA> ou = 160x110mmHg, confirmado em pelo menos duas tomadas, com intervalo de quatro horas; proteinria de 5g ou mais em urina de 24h; oligria ou diurese menor que 400ml por dia; cefalia; dor epigstrica e transtornos visuais; cianose e edema pulmonar; dor no hipocndrio direito; trombocitopenia ou plaquetas abaixo de 100.000/mm cbicos; anemia hemoltica microangioptica decorrente da hemlise; ictercia e/ou elevao das enzimas hepticas e crescimento intra-uterino retardado (KAHHALE; ZUGAIB, 2000).? Sndrome HELLP: so as iniciais usadas para descrever a condio de pacientes com pr-eclmpsia grave que apresenta H - hemlise (fragmentao das clulas vermelhas do sangue na circulao), EL - nveis elevados de enzimas hepticas, e LP - diminuio do nmero de plaquetas. Essa variao da pr-eclmpsia, foi denominada por Louis Weinstein, em 1982. uma doena identificada como um processo de anemia hemoltica microangioptica que pode acelerar e progredir para suas formas mais graves, caracterizadas por graus variados de coagulao intravascular disseminada (RUDGE; PERAOLI; CUNHA, 2000). A Sndrome HELLP , em 70% dos casos, ocorre anteriormente ao parto, sendo 15% entre 17-26 semanas e a quase totalidade antes de 36 semanas. Os 30% restantes aparecem no ps-parto, e os sintomas tpicos dessa sndrome so a cefalia, dor epigstrica ou no quadrante superior direito do abdome, nuseas e vmitos, podendo a hipertenso estar ausente em 20% dos casos, ou ser leve em 30% (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Pr-eclmpsia superajuntada: quando a pr-eclmpsia se associa a hipertenso pr-existente gestao, ocorrendo em 15 a 30% dos casos, aumentando o risco quando a gestante apresenta comprometimento renal. um fato de fundamental importncia, pois a pr-eclmpsia se associa hipertenso crnica em sua forma mais grave e em poca mais precoce da gestao, quando o concepto ainda imaturo, acarretando um desfecho mais sombrio para a me e seu feto (KAHHALE; ZUGAIB, 2000). Faz-se o diagnstico quando ocorre acrscimo na PAS de 30mmHg e na PAD de 15mmHg, juntamente com o aparecimento de proteinria e edema generalizado (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Eclmpsia: a causa mais comum de convulses associada com a hipertenso arterial e proteinria na gravidez, sendo definida como a manifestao de convulses e/ou coma no relacionados a outras condies cerebrais, durante o ciclo gravdico-puerperal, em pacientes com sinais e sintomas de pr-eclmpsia. Sua incidncia varia de 1/100 a 1/3.500 gestaes, onde as convulses podem apresentar sinais premonitrios como cefalia occipital forte e persistente, mudana de comportamento tanto para o lado da agitao como da obnubilao e torpor, distrbios visuais como borramento da viso, escotomas, fotofobia, dor epigstrica ou no quadrante superior direito do abdome, nuseas e vmitos (RUDGE; PERAOLI; CUNHA, 2000). A crise convulsiva pode desencadear-se durante a gestao (50% dos casos), no decorrer do parto (25%) ou do puerprio (25%). No ps-parto, aps 72h, a crise convulsiva caracteriza a eclmpsia tardia, onde pode haver o aparecimento de alteraes respiratrias, taquicardia e hipertermia, alm de leses hepticas, ictercia, anuria, hematuria e a hemoglobinria. A eclmpsia comatosa ou sem convulso , uma forma rara e gravssima, na qual a paciente entra diretamente em coma, no sendo precedido de convulso, ocorrendo extensas leses hepticas (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).6. FISIOPATOLOGIA? Alteraes renais: a leso mais caracterstica, a endoteliose capilar glomerular, que responsvel por todas as alteraes funcionais existentes, tais como proteinria, reduo de fluxo plasmtico e da filtrao glomerular renal. So leses reversveis aps o trmino da gestao. A diminuio na filtrao glomerular renal (cerca de 30%) constante, assim como a elevao do cido rico (5,5 7,5mg%), e elevao nos nveis de creatinina, podendo ocorrer tambm isquemia renal (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Alteraes vasculares: o vasoespasmo a alterao fundamental na fisiopatologia da DHEG, determinando resistncia ao fluxo sanguneo e subsequentemente hipertenso arterial. A ocorrncia de leso endotelial, associada a hipxia dos tecidos, leva necrose hemorrgica e a outros distrbios vistos na DHEG. H um acrscimo na sntese de prostaglndinas com propriedades vasoconstritoras, reduo na formao de PGI2, e reduo do xido ntrico que um potente vasodilatador secretado pelo endotlio vascular (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Alteraes cardiovasculares: reduo do volume intravascular, que normalmente est aumentado na gestao normal; nas pacientes com pr-eclmpsia grave ou eclmpsia, a hipertenso pode se exacerbar e h risco de edema agudo de pulmo como resultado da administrao vigorosa de lquidos na tentativa de expandir o volume sanguneo a nveis pr-gravdicos (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Alteraes hepticas: particularmente na sndrome HELLP, h necrose hemorrgica do tipo periportal, com depsitos de material fibrinide nos sinusides responsvel pelo aumento das enzimas hepticas e dor no quadrante superior direito do abdome. Em alguns casos, pode ocorrer hemorragia intra-heptica com hematoma subcapsular, podendo levar rotura do fgado (KAHHALE; ZUGAIB, 2000; REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Alteraes cerebrais: podem ocorrer convulses, edema cerebral, necrose hemorrgica no crebro ou hemorragia difusa, alm dos trombos plaquetrios intravasculares, que so leses que constituem a causa das convulses. Podem ocorrer alteraes visuais, como amaurose e deslocamento de retina (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Alteraes sanguneas: a trombocitopenia a alterao hematolgica mais comumente encontrada na DHEG, podendo causar hemorragia cerebral e heptica subcapsular. H presena de leso endotelial, encontrando-se elevao nos nveis de endotelina I, e reduo nos nveis de antitrombina III. H diminuio no volume plasmtico (hemoconcentrao), e de albumina (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Alteraes hidreletrolticas: a gestante com DHEG, retm sdio e gua em quantidades superiores as da grvida normal, porm normal a concentrao de eletrlitos no sangue. H presena de edema generalizado (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Alteraes no sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA): o sistema SRAA desempenha papel importante na regulao do tono vascular e da presso sangunea. A angiotensina I, inativa, produzida pelo fgado, e convertida biologicamente em angiotensina II , ativa, pela enzima convertedora da angiotensina, que est ligada ao endotlio vascular. Na gravidez normal, os componentes do SRAA esto aumentados. Na DHEG, a atividade da renina plasmtica (ARP) e a concentrao de renina no plasma esto diminudos, assim como os nveis de angiotensina II e os de aldosterona. A angiotensina II induz contrao da musculatura lisa e produo de aldosterona, levando reteno do sdio (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Alteraes uteroplacentrias: a circulao uteroplacentria est reduzida na DHEG, cerca de 40 a 60%, proporcionando grandes enfartes placentrios, crescimento retardado da placenta e seu deslocamento prematuro, determinando sofrimento fetal e elevado orbiturio perinatal. Pode ocorrer uma reduo de at 50% do consumo de oxignio. A isquemia da placenta tem repercusses hormonais, principalmente queda dos estrognios e do hPL. Ocorre aumento na atividade uterina, sendo o responsvel pela maior incidncia de prematuridade, estando elevada tambm, a sensibilidade do tero ocitocina (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).7. COMPLICAES? Maternas: hemorragia cerebral, cegueira cortical, insuficincia renal, encefalopatia hipertensiva, ruptura heptica, edema agudo de pulmo, coagulopatia intravascular disseminada, psicose, infeco, sndrome da angstia respiratria do adulto, infarto, disseco aguda da aorta, deslocamento prematuro da placenta, bito materno (CONSENSO BRASILEIRO DE CARDIOPATIA E GRAVIDEZ, 2004; RUDGE; PERAOLI; CUNHA, 2000).? Concepto: abortamento, prematuridade, retardo de crescimento intra-uterino, sofrimento fetal agudo e crnico, bito fetal (CONSENSO BRASILEIRO DE CARDIOPATIA E GRAVIDEZ, 2004).8. DIAGNSTICOO diagnstico clnico e laboratorial. Deve-se avaliar a presso arterial, presena de edema generalizado (parede abdominal, pernas, face, regio lombossacra e mos), aumento de peso acima de 1000g por semana, proteinria com valores iguais ou maiores a 300mg de protena na urina coletada durante 24h (CORLETA; KALIL, 2004).Em pacientes examinadas desde a primeira metade da gestao, o diagnstico sugerido ao aparecer hipertenso aps 24 semanas da prenhez. Existem alguns exames complementares valiosos (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Teste de hipertenso supina: permite, entre 28-32 semanas da prenhez, prever o aparecimento, mais tarde, da DHEG. Considera-se o exame positivo quando mudando-se a paciente do decbito lateral para o dorsal a tenso diastlica eleva-se de no mnimo 20mmHg (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Exame do fundo-dos-olhos: traduz apenas o espasmo arteriolar. Nos casos mais graves h edema de pupila, exsudatos em flocos de algodo, hemorragias e edema sub-retiniano que pode levar ao deslocamento da retina (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Biopsia renal: autentica o diagnstico ao documentar a leso glomerular (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).? Doppler: a presena de incisura bilateral no incio da distole, aps 20-24 semanas de gravidez, associada relao A/B mdia das artrias uterinas > 2,6 sinal indicativo de DHEG (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).O diagnstico diferencial, em especial nas convulses antes de 20 semanas ou aps 48h de ps-parto, deve ser feito com AVCs (hemorrgico, etc), leso expansiva do SNC (tumores, etc), doena hipertensiva, epilepsia, doenas metablicas (hipoglicemia, etc), doenas infecciosas (meningite, etc) e prpura trombocitopenica trombtica (RUDGE; PERAOLI; CUNHA, 2000).9. PROGNSTICO? Materno: a DHEG no costuma determinar seqelas definitivas na mulher, embora a reversibilidade completa das leses possam durar at 12 meses, ou desaparecendo normalmente dentro de 8 semanas ps-parto. O prognstico, na maioria das vezes est relacionado a presena de crises convulsivas. A hemorragia cerebral a principal causa de morte na eclmpsia, responsvel por 60% dos bitos (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).Em relao ao prognstico de outras gestaes, trabalhos referem que pacientes com histria de DHEG provavelmente apresentam risco significativo de desenvolver uma nova DHEG na prxima gestao. Essas mulheres devem ser aconselhadas a iniciar precocemente o pr-natal e ter maior nmero de consultas (RUDGE; PERAOLI; CUNHA, 2000).? Fetal: as alteraes placentrias so responsveis pelo sofrimento crnico do concepto, que tem o seu crescimento intra-uterino restrito e pode morrer dentro do tero. A mortalidade perinatal de 5-15% na pr-eclmpsia, 7-60% na sndrome HELLP, 30-35% na eclmpsia (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).10. TRATAMENTO? Clnico: depende do grau da doena. Na pr-eclmpsia leve, a teraputica conservadora at o concepto atingir a maturidade de 37 semanas, avaliando a paciente de forma clnica e laboratorial, e a vitabilidade fetal. Qualquer forma clnica de DHEG, com o feto maduro > ou = a 37 semanas, obriga a interrupo da gravidez, pois a DHEG s se cura com o parto. Na pr-eclmpsia grave, e na eclmpsia, antes de interromper a gestao, o quadro clnico deve ser estabilizado, demorando em torno de 4 a 6h. A pr-eclmpsia grave, eclmpsia e estado de sofrimento fetal, indicam que a gestao deve ser interrompida, independente da idade gestacional (REZENDE; MONTENEGRO, 2000).No tratamento deve-se levar em considerao a idade gestacional e a gravidade da DHEG, para que se escolha a conduta mais adequada. O tratamento definitivo a interrupo da gestao, entretanto algumas vezes possvel aguardar o amadurecimento fetal para realizar o parto (CORLETA; KALIL, 2004).Os autores supra-citados, indicam que na pr-eclmpsia leve com o feto a termo, deve-se interromper a gestao e induzir o parto; na pr-eclmpsia leve com o feto prematuro, indica-se o repouso, controle da PA, avaliao fetal e exames de controle do quadro. Na pr-eclmpsia grave com feto a termo, deve-se equilibrar as condies maternas e depois interromper o parto; na pr-eclmpsia grave com o feto prematuro, deve-se realizar uma avaliao materna e do bem estar fetal, uso de corticides para ajudar o amadurecimento do pulmo fetal e interromper a gestao; na eclmpsia com o feto a termo ou pr-termo, a conduta visa inicialmente tratar as convulses e os distrbios metablicos maternos e logo aps, a gestao deve ser interrompida.? Fisioteraputico: todo o programa fisioteraputico deve ser estabelecido individualmente com base no diagnstico e gravidade da DHEG, em suas limitaes e avaliao. As atividades precisam ir de encontro as necessidades da paciente, mas no devem complicar ainda mais a sua condio (KONKLER; KISNER, 1998).A fisioterapia s vai atuar nos casos de pr-eclmpsia leve moderada, podendo atuar orientando as pacientes quanto ao posicionamento, exerccios respiratrios, alongamentos, exerccios ativos que devem ser lentos, homogneos e simples, devendo requerer o mnimo de esforo, tratar edemas, mobilizao de cinturas escapular e plvica, tcnicas de relaxamento e hidroterapia (KONKLER; KISNER, 1998).- DICAS: em vrios casos, mudanas no peso, dieta e estilo de vida podem ajudar a diminuir a presso arterial na gestante (BRINGMANN, 2004):1. O hbito de fumar cigarros no uma causa da hipertenso, mas as pessoas que tem hipertenso e fumam correm o maior risco de desenvolver complicaes, principalmente durante a gestao;2. Se estiver acima do peso, reduza-o atravs de uma dieta balanceada, at atingir o peso ideal de sua gestao;3. Evite adicionar sal a comida e diminua a ingesto de alimentos ricos em sdio;4. Tente tornar a agenda de trabalho menos exigente, aprendendo a curtir mais a sua gestao;5. O lcool deve ser evitado;6. Casos de hipertenso leve, as vezes pode ser tratada sem medicamentos, por meio de exerccios, reduo de peso, diminuio da ingesto de sdio e relaxamentos.BIBLIOGRAFIA: 1-BRINGMANN, N .V. Hipertenso na gravidez . Disponvel em:. Acesso em 10.06.04.2-CONSENSO BRASILEIRO DE CARDIOPATIA E GRAVIDEZ. Hipertenso na gravidez : pr-eclmpsia e eclampsia. Disponvel em:. Acesso em 10.06.04.3-CORLETA, H. V. E. ; KALIL, H. S. B. Gestao e Hipertenso . Disponvel em:. Acesso em 04.06.04.4-GALLETTA, M. A. ; ZUGAIB, M. Doena Hipertensiva Especfica da Gravidez . Disponvel em:. Acesso em 05.06.04.5-KAHHALE, S. ; ZUGAIB, M. Sndromes Hipertensivas na Gravidez: Pr-eclmpsia. In: BENZECRY, R. ; OLIVEIRA, H. O. ; LEMGRUBER, I. Tratado de Obstetrcia . Rio de Janeiro: Revinter, 2000. p. 524-529.6-KONKLER, C. J. ; KISNER, C. Princpios de Exerccios para a Paciente Obsttrica. In: KISNER, C. ; COLBY, L. A. Exerccios Teraputicos : Fundamentos e Tcnicas. So Paulo: Manole, 1998. p. 581-613.7-REZENDE, J. de ; MONTENEGRO, C. A. B. Obstetrcia Fundamental . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S. A. 2000.8-RUDGE, M. V. da C. ; PERAOLI, J. C. ; CUNHA, S. P. da. Eclampsia e Sndrome Hellp: complicaes crticas da pr-eclmpsia. In: BENZECRY, R. ; OLIVEIRA, H. O. ; LEMGRUBER, I. Tratado de Obstetrcia . Rio de Janeiro: Revinter, 2000. p. 529-534.Artigo Publicado em:11/01/2007Autor(es):Lusicleide Galindo da Silva(1); Gerson Dantas Soares(2)