Textos Antigos - Revista Lusitana 21

download Textos Antigos - Revista Lusitana 21

of 57

Transcript of Textos Antigos - Revista Lusitana 21

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    1/57

    TEXTOS NTIGOS PORTUGUESES

    Cf.

    REVISTI\ LUSITRNI\ XX

    183)

    \ ' J

    l n t r o d u ~ a o

    Entre

    as \·J.rias

    traduc;\,es da Regra de ~ - Bento tescrita

    ori

    ginariamente

    em latim), feitas

    por rnonges

    d Akoba).'a: tlgura a

    que se segue

    e

    por

    si

    .sl1

    ocupa

    todo

    o c6J.ice

    daquela

    prove

    niencia, que, actualmente

    com

    o

    n.o

    44

    (de antes 32A)

    se guarda

    na Biblioteca :\acional de

    Lisboa.

    ele

    um belo volume

    enca

    dernado, cujas

    folhas.

    todas de pergaminho, teem

    estas

    dimenM

    sOes: omtJ

    :=;6

    de

    comprlmento

    e om. 118

    de

    largura,

    ocupando

    a

    parte escrita respectivamente om.t

    I-t

    e omp8:;

    ou

    seja

    com

    mar

    gens em

    ambos os lados

    e no alto e parte inferior

    de cada

    p

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    2/57

    REVISTA tUSITAN.r'\

    myll e imediatamente

    depois

    talvez

    R

    mesma

    mao,

    mas

    com

    letra de talhe diferente, exarou

    esta

    nota: Era do nascimento de

    1wsso

    Senhor

    ihesu

    Christo

    de m.ill

    e qua.tro centos e o_vteuta e

    no-ut

    tlnos

    entrarO

    per 1IO l iros fn'y

    Diego dt

    Li.-rboa e

    frey • r

    hanC de

    G_vmanles em

    dia

    de

    santa .:lfan·a

    de

    marco

    que he aos

    [X]XV dias do liitn mes. :l ais tarde ainda alguem escreveu em

    seguida: Anno

    Domini 5 l in

    1 igilia sancti

    Ednuidi

    ingressu,-,

    est putter Petrus a

    R_yuo

    nwjurc dvmum nouidorum _ . (o resto

    foi cortado pelo

    encadernador .

    No rosto

    da

    folba seguinte, ou

    seja

    a \' 1", ,·eem-se, feitos a pena, urn abade

    de

    mitra e

    baculo

    em atitude

    de

    abenyoar um frade

    que esta de

    joelhos diante

    dele, e

    por de

    tnis destas figuras um

    convento

    com dois cipres·

    tes. um a

    cada

    lado

    1

    sendo no respectivo verso que

    principia

    o

    texto

    da l ~ e g r a .

    que

    se

    prolonga ate

    ao

    rosto

    da

    folha CXJla e

    termina

    com urn

    Deo

    g r a { ~ a s a tinta

    vermelha; na parte

    inferior

    desta

    mesma p3gina

    e s r e v e u ~ s e

    muito

    depois evidentemente

    D a l c o b a r - a ~ isto e mais uma

    indicayao dos

    possuidores

    do

    li,·ro.

    o

    verso dessa

    mesma

    folha 12-se no alto o nome de

    Jesus

    em

    abre\·iatura, ao qual

    se

    segue

    uma f{)rmula de absolvic;ao de

    excomunhao de defuntos,

    a

    julgar

    por

    estas palavras

    que

    veem

    depois dela: Auima eitts et omnium fide/iii de{tmctorum

    per

    mi

    sericordiatu Dei requiescant in pace. AmJ. Na folha imediata

    CX ll• le-se: Aos (e por cima a los} uiuos tribuat Domiuus

    11ifii

    cternam.

    Amem:

    aos

    .fiuados

    anime eorum

    requ£esciit

    in

    pace

    amem.

    Conjt:ssiones

    frafrit. Anima

    istiu.s et

    mrntium. A seguir comeya

    uma especie de regra de civilidade, cujo titulo

    e

    Muito ama

    Dcu · a ordeutit;a. e se

    continua no

    respectivo verso, na folha

    imediata

    1

    da qual

    sU se

    e

    o rosto,

    por

    isso

    que

    o

    verso acha-se

    colado a capa do livro, e

    ainda, segundo

    presumo, na parte

    posterior

    da que

    se acha a

    farrar

    tambem a

    capa da

    frente.

    A letra do

    manuscrito

    e o

    gotico

    usado

    na epoca,

    mas muito

    bern feito, o que facilita bastante a

    sua

    leitura,

    sendo de cor

    preta

    a

    do

    texto e vermelha a dos titulos e inicial

    de cada

    capitulo.

    Sobre

    quem

    fossem

    S

    autores

    desta

    copia e t r a d u ~ i l o que

    e

    glossada. como

    todas as outras

    da

    mesma

    provenieucia,

    com

    e x c e p ~ i l o

    da do c6dice n.• 14, publicado por Fr. Fortunato de

    S. Boa

    ventura

    nos

    seus

    i7ll ditos- se

    e

    que

    o tradutor foi per

    sonagem diferente

    do

    copista - nenhuma informa

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    3/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    9

    ali a

    pOs.

    Tern com efeito toda a

    aparen.cia

    da

    linguagem entao

    usada a

    que

    ali se encontra

    1

    mas s J a dos ultimos anos

    daquele

    seculo ou dos

    primeiros

    do que se

    lhe

    seguiu

    nao

    obstante

    0

    emprego

    de alguns vocibulos

    que

    para

    o tempo jet

    se

    teriam

    tornado

    talvez obsoletos,

    emprego

    que

    todavia

    se

    p o d e r ~ l

    expli·

    car

    pela ~ n f t u e n c i que

    capias

    mais antigas exerreram

    nas que

    sucessivamente se iarn fazendo com o fim de acomodar s u c e s s i ~

    vamente ao

    modo

    de

    f l r ~

    t o r n n d o ~ o

    assim inteligivel a

    todos

    urn texto de tanto

    uso

    e leitura, como naturalmente de\'ia

    de

    ser

    aquele que continha os preceitos e conselhos a que todos

    sem

    except:;

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    4/57

    9

    REVISTA LUSITANA

    0 X' do ssegundo graao XXXV

    0

    X'

    do

    terceiro

    XXXVI

    XII

    do quarto

    XXXVI

    XII do quinto

    XXX\

    1I

    0 Xllll

    do

    ssexto XXXVIII

    X"V do

    sseptimo .

    XXXVIII

    XVI

    do

    oilavo XXXIX

    XVII

    do

    nono XXXIX

    0 XVIII

    do de

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    5/57

    HXTOS ANTIGOS PORTUGUESES

    93

    0 XLII como deue reyeber os ffrades ffugitiuos

    que

    sse wlao

    do moesteiro LVlll

    0 XLIII como

    deue castiguar

    os mo[rm]

    9 s

    de

    meor

    hidade

    LVJI

    XLIIII

    quail

    deue sseer

    o 1:elareiro LVI l

    XLV

    das alffayas e tferramentas do moesteiro

    LX

    0 XLVI

    sse

    deuC

    os

    mOges

    dauer on

    teer alglHt

    coussa

    prop1a LXI

    XLVII

    sse

    deue

    todos

    de re1:eber igualmcte

    as

    coussas

    neyessanas

    0

    XLVIU dos

    domaairos

    da

    cozinha

    XLIX dos

    frades cftermos

    L

    dos

    uelhos e

    dos

    moyos

    pequenos

    Ll

    do

    domaairo

    de leer aa

    mesa

    0 LII da quantidade e

    menssura

    dos

    m a n i a r e ~

    0 LIII da menssura e quantidacle do beuer

    0 LUll quaes horas deuC de comer os monges

    0 LV

    como

    nf•

    deuc lfalar clepois de rompleta

    LXII

    LX II

    LXV

    LX

    \'I

    LXVI

    LXVII

    LXIX

    LXX

    LXXI

    0 LVI dos que

    ueerem

    tarde aas horas de Deus

    ou aa

    mesa LXXll

    0 LVII

    como

    deue

    sat isfazer

    os

    que

    fort'

    e s c o m C ~

    guados LXXI ll

    0 L

    \'Ill

    como devc ssatisfazer os que falecem

    na

    egreia do

    que

    ha de

    dizer LXXV

    ()

    LIX d a q u e l ~ e s

    que

    l: alguas cousas pecarem ou d e ~ f a l l e -

     

    ~ e r e m LXXV [ ,.]

    0 LX

    como

    deuC

    tanger

    e fazer sinal aas horars] ile

    deus LXXVI

    0 LX I como d e u ~ os monges

    de

    obrar

    per suas

    maaos LXXVII

    0 LXII do

    aguarclamdo da

    quareesma

    LXXX

    0 LXUI

    dos

    frades que som

    ocupados

    t lauor ou som Cuia-

    dos

    em

    alguu

    caminho

    LXXXI

    0

    LXllll dos

    frades que som i'uiados a

    perto

    do moes-

    teiro LXXXI

    0

    LXV

    da

    egreia

    e oratorio do moesteiro

    0 LXVI como

    dew} r e ~ e b e r

    o ~ hosrledes

    0

    LXV.ll

    sse deuC os m\)ges

    r e c e l _ ~ e r

    cousa

    LX\"lll

    das

    uestiduras dos

    frades

    0 LXIX

    da

    mesa

    do

    ab Jade

    0 LXX dos frades artifi;;iaaes

    LXXXII

    LXXXIII

    c a r t a ~

    outra

    LXXXV

    LXXX\'

    LXXX\'IH

    LXXX\'lll

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    6/57

    REVISTA LUSITANA

    0 LXXI como deue

    de

    receber os f r a d e ~

    n o u i ~ o s

    LXXXX

    0 LXXII como deue sseer re

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    7/57

    1EXTOS ANTJGOS PGRTUGUESES

    95

    poer e reo;eber e coto dos seus filhos. que non seia e ne him

    tenpo cotristado dos nossos

    maaos

    feitos. E por esto nsi lhe

    deuemos seer obedientes e todo tepa pollos bees e men;ees que

    reo;ebemos del

    que

    no ta

    solamente

    asi

    como irado

    padre

    e

    al

    gCtu tCpo

    nO

    desherde os filhos. mais

    aynda

    n.§ assi como senhor.

    spatoso temedoyro.

    mouido

    e asanhado pollos nossos

    pecados.

    de

    os muy

    maaos seruos

    os

    quaes ho ml qui.serom seguir

    aa

    gloria. a pena e ao tormeto

    perdurauil.

    irisiv

    En todo

    tepa deuemos d o b e d e , ~ e r aos

    p r e ~ - : e i t o s de

    deus.

    e por tanto

    l e u ~ U e m o n o s

    e quitemonos dos pecados C que C

    algUu tf-po steuemos

    ou stamos. [IX]

    por que a scriptura nos

    arnoesta

    e diz.

    hora he de

    nos

    leuatarmos

    do sono. s. do pecado.

    E

    abramos os olhos do noso

    c o r a ~ t ) . e

    ct1

    as

    orelhas

    do noso

    emtfdimfto o u ~ ~ a m o s aquello

    que

    nos

    amoesta

    e

    cada

    hliU dia a

    uoz

    santa

    e diz. hoie

    este

    dia (

    1

    )

    se ouuirdes

    a uoz

    de

    ihesu

    cristo nf1 quelrades eduretar

    uossos c o r a ~ i 1 e e s .

    E diz

    snd

    mais. Aquell que

    teuer orelhas

    pera ouuir a palaura

    de deus

    ouya. e Ctenda hem

    aqudlo

    que o

    spirito santo

    diz aas egreias.

    E que diz. filhos. uijndeuos e ouvydeme. e insinaruosey que

    cousa he o temor de deus. E traiJ3lhade equanto teendes e aue-

    des Jume

    de

    uida.

    ne

    per

    uCtura as

    treuas da

    rnorte uos

    cal\·e

    e

    tome. E demadante

    (J

    o nosso

    senhor

    cteus

    na

    r n u h i d ~ J O e do

    seu poboo o sseu obreiro. ao qua.ll esta cousa braada. diz aynda

    outra uez. Qual

    he

    ho home qne quer uida perdurauil e cobijya

    e deseia de ueer boons dias. A

    qual

    com.;a sse tu

    ouuyres

    e

    disseres

    en.

    diz a ti

    deus.

    Se tu queres auer uerdaJeira

    uida

    e

    perpetua pera todo senpre,

    quita

    e refrea a tua lingua do mal

    e a tua boca. nf)

    fa11e

    Cguano. parte-te do mal e faze boas obras.

    demada paz

    e

    siguia.

    E quan[x}do

    uos

    esto fezerdes.

    os

    mens

    olhos seerom sobre uos e as

    minhas

    oreihas

    seert

    prestes e

    aparelhadas

    pera

    os

    uossos

    rogos. e ante

    que

    me chamede.s. direy.

    eu presente som pera

    cornprir

    as

    uo.ssa:5

    piti\,'{Joes. Irmaaos muito

    amados, quail

    cousa

    pode seer me1hor e mais

    nobre

    a nos

    que

    esta

    uoz

    de

    nosso senhor ihesu christo. que nos

    conuida

    e

    chama

    e

    cada

    hlm

    dia e por

    sua

    piedade e rn.isericordia nos d e m o n ~ t r e

    ho caminho da uida perdurauil.

    d n ~ v s i o .

    Pols

    que

    deus

    polla

    sua

    p i e ~ l a d e nos demostra ho caminho

    da uida. deuemos

    d e ~ g u a r n e c e r

    J e

    \;:erquar

    os nossos corpos

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    8/57

    REV ST A UJS TANA

    per

    ffe e per aguardamento de boas obras. e sseguir ho caminho

    e a carreira de euagelho. pera sseem1os dignos e mere.,:edores de

    u e e r m o ~ deus no sseu

    regno.

    no qual regno. sse quisermos morar

    nc,

    podemos

    allo

    hir

    ~ a a l u o

    sse

    ffezermos

    boas

    obras.

    E

    porende

    preglitemos o nosso ssenhor

    deus

    cl) o

    propheta

    e diguamos a

    ell.

    Senhof. quem uiuera

    e

    possuira

    a

    tua morada. ou quem

    ffolguara no

    teu santo f f i ( ~ l t e . depois desta pregunta. irmaacs.

    ow;arnos nosso

    senhor deus

    que

    nos responde

    e

    nos

    de[X ]mos

    tra ho

    caminho

    e a carreyra da ssua morada e diz. Aquell que

    entrar puro

    e linpo e

    sem pecado

    e

    ohrar

    iustif;a.

    aquell

    que

    falar e tli,-;ser uerda:de no s:-;eu corac;O e

    na

    sua boca. e aquel

    que

    n,-)

    trouuer

    en_Jano

    nC

    tnaliyia

    na

    sua

    lingua. aquell

    que O l

    fezer

    n ~

    di5ser mal ao

    seu

    proximo. aquel que n ~ ) quiser

    ascuitar

    n2

    ouuir o mal

    do

    s.;;eu

    proximo.

    aquel que esquiuar e

    contra·

    disser ao diaboo

    )S

    seus

    amoestametos.

    e

    remouer

    e tirar

    do

    seu

    c o r a t ; l ~ , el e t\.)cialas sua:; teptayl)ees. e

    a-s

    suas maas cuidayt,oes

    quebnmtar. e demustrar a ihesn christo. E aquelles que temerC

    deus e n \ ~ 1 Cssoberuecer0- ne sse

    e x a l ~ a r e m

    pollo bem que rlazem.

    mais

    cuidaretn senpre que o be que elies ouuer proyede e

    uem de deus. e n r ~ ) delles. por que

    de1es.

    nl)

    pode

    proc;eder ne

    sa_vr

    n2 hUa boa

    nbra.

    e

    1ouuarem

    e

    daretn

    (

    1

    J

    grac;as a

    deus.

    po lo ,0 que

    obra

    0 eles.

    d e z t ~ n d o

    o dito

    do

    propheta.

    Senhor.

    nt1 a nos. n·J a nos. m a ~ s ao teu santo nome da

    gloria

    e

    louuor.

    e a:;;sf con1jtou

    n ~

    assijnuu

    a ssi n3hUa

    euusa.

    (]izendo.

    aquello

    que eu

    ssom

    feito.

    per1a

    g r a , ~ a de den:-: s ~ o m

    E ell diz

    aynda.

    aquell

    que

    sse g l o ~

    rificar e

    alt·lx:1

    ·.:grar'

    a1egresse

    C

    deus.

    e

    de gra\;as

    a ell. E

    ihesu

    chri:;;.to diz no euJ.g:elhn. aquell que ouue

    a-s

    minhas pa1auras e

    as

    ftaz.

    eu

    ho

    :-Tarey

    ~ s e m e l h a u i l

    ao homem

    S3abedor

    que

    ediffi.

    cou

    e

    fundou

    a

    sc.;ua

    casa ;.;sobre a pedra.

    ueen-l os

    rijos.

    sso·

    prarl.)tn

    os u;::·tos. e Cpeyarom e derom aquella

    cassa

    e nC

    na

    podertl derribar.

    por;1ue era ffll(lada ssoUre pedra.

    Aquestas

    cou;;;.as ;o;suhrt>liit;;b

    comprio

    e acabou o nosso s.;;enhor

    deus.

    e

    el e;.;guan la c:tda. h:}u Llia per

    estes

    sew:;

    santos

    a m o e s t a m ~ t o s

    que lhe dt:uc:nos de

    resp\)der C i ~ )

    Loas

    obras

    e boos ffeitos. E

    p o r t ~ ~ t o

    l ni0da.(,'•l e

    cnrrigimento d ~ ) . s

    no.ssos pecados.

    nos ssom

    leix;Hl

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    9/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    97

    que nosso ssenhor deus mny piadoso disse. m) quero a

    morte

    do pecador. mais

    que

    se conuerta e tome a penitencia e uiua.

    d i z n : . ~ i o .

    lrmaaos

    quando pregutamos

    o nosso ssenhor deus qlu'> era

    aquel

    que

    auia

    de possuir

    a

    ssua

    morada. ouuymos o pret;epto

    e o ecomendamento que pertee

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    10/57

    REV ST A LUSITANA

    ssegunda g e e r a ~

    he

    dos anacoritas. e estes ssom os

    [xv]

    hirmi

    tiillt S que no logo nouamente

    e come

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    11/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    99

    bestes spiritu de adop

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    12/57

    100 REVISTA LU61TANA

    mais

    huu

    que

    o outro.

    saluo

    aquel

    que

    for

    achado

    ~ milho

    res feitos. ou mais

    o b e d i ~ t e

    No seia preposto

    ho

    liure

    ao

    seruo.

    s. se

    ho

    seruo

    ueo primeiro

    aa

    hordem que

    o liure

    no

    deue

    ho

    liure

    dauer

    mayor

    loguar que

    o seruo.

    saaluo se

    for par algua

    causa razoauil. E esto pode ffazer o obbade a

    qual quer que

    seia da cogrega96 se el

    uir

    e etender

    que he

    tal

    que

    o mere seia promouudo. mais cada

    huu tenha seu loguar

    propio.

    par que

    tabem

    seruos

    como liures

    todos

    somas

    huus em ihesu christo. e todos nos

    deus

    padre

    criou igualmente. e todos

    deuemos

    de seruir a el ajutadamente. e

    hua

    vnidade

    e igualdade.

    porque

    ante

    no ha

    departimento

    nem re e;ebemento de pessoas. Tam soomente e esto ssomos de-

    partidos

    ante

    a

    ssua

    presen

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    13/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES 101

    [XXII] de

    reger almas. e seruir aos

    custum

    es e aos t a l ~ [ ~ ; ; de

    muytos. E

    huus deue

    de

    reger

    e correger

    per palauras

    hlandas

    e

    massas

    e outros

    per

    palauras de doestos. e

    outros

    per

    rogos

    e

    amoestamentos. E

    ssenpre

    vse e seia co

    os seus

    di\'ipollos e os

    c5forme.

    segundo

    a qualidade e codi

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    14/57

    1 2 Rf'VIST A LUSITANA

    my hor e rnais proueitoso. E

    os

    frades assy

    deue

    de

    dar

    consse-

    lho co toda subgeip> e homildade.

    que

    no

    presuma ne

    ousern

    demostrar ne

    defender soberuosamente

    aquello

    que

    a elles for

    uysto. mas ho consselho ste mais no aluydro e juizo

    do

    abbade

    que

    no delles. e todos obedee

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    15/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    1 3

    sseia peljuro. verdade de coraco e uoontade e pella boca dizer.

    mal por ffi9.l no fazer ne dar. Jniuria a nehuu no fazer. mais

    se

    lha

    fezeri pacietemente e

    cl i

    humildade

    par

    amor

    de

    ihesu

    christo a ssoportar e ssofrer. N sseer soberuoso. ne beuedor.

    nen

    muyto comedor. n sonollento e dormidor. ne priguy e voonta[xxvu]de

    spiritual deseiar e nebrarse e cada

    hCm

    dia que ha de morrer.

    Os feitos e as obras

    da ssua

    vida e toda

    bora

    aguardar. e sseia

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    16/57

    1 4

    REVISTA LUSITANA

    onde todas estas

    cousas

    sobreditas cil d i l i g e n ~ a deuemos de

    fazer e obrar. ssom os moesteiros. e persseuerar e cOtinuar

    n

    cogregua

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    17/57

    TEXTOS NTIOOS PORTUOUESES

    IOS

    murmure pella boca. mais

    murmure

    (

    1

    ) no corac;o. e fa deuemos de

    falar ne dizer as boas cousa.,.

    quanto

    mais polio pecado e pena

    del deuemos de calar e cessar de dizer

    maas

    palauras. E por

    Me aos di

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    18/57

    \

    lo6

    REVISTA LUSITANA

    mynha

    alma o teu

    gualardo

    e gloria. como o rno

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    19/57

    TEXTOS ANTIQOS PORTUOU SES

    107

    me

    eu

    guardar de toda

    maldade. E

    ainda nos

    he

    defeso

    que no

    ffa< arnos a

    nossa

    propia voontade dizedo a scriptura a nos.

    Tomate

    e quitate

    dos teus

    dileitos

    e

    deseios. E

    por

    ede

    e

    nossas orat;Oes rroguamos a deus que seia a ssua voontade

    o m ~

    prida

    e

    nos. Como

    ergo somas doutrinados

    e esinados.

    no

    fazer

    as nossas

    voontades. e n > fazer aquello

    que

    deffende

    a santa

    scriptura.

    om

    autos e obras que

    p a r e d ~

    aos

    homees

    dereitas e

    boas. a fim e o acabamento das quaes

    t r a ~

    em

    os

    hom.ees

    ao

    proffundo

    do jnfemo

    E

    quando

    fazem.

    s

    aquello

    que

    defende a

    santa scriptura. caimos nas culpas dos negligentes. aos quaes he

    dito. Corrutos e auorreyiuijs feitos ssom

    nos sseus

    maaos

    d e ~ e i o s

    [xxxv]

    E

    por esso

    creamos

    que

    senpre

    deus he presente

    nos

    nossos deseios

    da

    came

    segC1do que

    diz o propheta, Senhor ante

    ti he todo o meu deseio.

    E por esta

    razom nos deuemos de qui·

    tar

    de

    todo maao deseio. por que o maao deseio tras d )ssigo

    jutamente

    a morte.

    Onde

    a scriptura

    nos

    manda. e diz.

    No

    vaas

    n ~

    obedee.yas

    aos

    teus deseios.

    E por Me jrmaaos se deus

    es-

    guarda os boos- e os maaos. el do < eeo senpre oolha sobre os

    fi hos

    dos

    homees.

    pera veer

    se he alguu

    que tema ou

    queira

    seruir

    a deus.

    E

    se

    as

    nossas obras

    e

    cada

    huu dia pellos

    augeos

    ssom demostrados

    ao nosso

    criador

    deus.

    ergo

    c

    toda

    hora

    nos

    deuemos de_ cauydar

    asy como diz o

    propheta

    no salmo. Nem

    per uentura deus esgua.rde nos e as nossos feitos maaos sem

    proueitc.

    perdoando

    a

    nos

    e este tenpo.

    por

    que

    el

    he

    piadoso

    e misericordioso e atende

    que nos

    tornemos a el. digua a

    nos

    no dia do

    juizo.

    Estes pecados

    ffezeste

    tu

    e caleime eu.

    ssegundo

    ssegundo

    grao da homyldade

    he

    sse

    alguu nC> ama

    a

    ssua

    voontade

    propia.

    ne

    se dileita

    ne

    toma

    plazer

    pera

    ci>prir e aca-

    bar

    os

    seus

    deseios.

    mais

    per obras

    e

    per

    feitos

    ssegue

    aquella

    voz

    de nosso ssenhor que

    diz. Nom vijm ffazer a

    mynha

    voonta-

    de [xxxn]

    mas a voontade daquel

    que

    me eviou.

    E

    diz a scriptura.

    deleitamento ha pena e tormento. e a ne\'essidade aparelha

    coroa

    e gualardi:>.

    Terceiro

    teryeiro

    grao da homyldade

    he

    se alguu

    polio amor de

    deus

    suiugua ssy

    e a

    ssua

    propia voontade

    ao

    mayor

    com toda

    obediem;:ia e

    segue jhesu

    cristo

    do

    qual diz o apostolo feito he

    obediente ao

    padre ataa

    a morte.

    Quari:o

    0

    quarto grao da homyldade

    he. sse

    toda cousa que he

    madada ao

    moge. posto

    que seia graue

    e

    aspera

    e cotraira

    aa

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    20/57

    108

    REVISTA LUS TANA

    ssua

    voontade. toda obedien

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    21/57

    TEXTOS ANTIGOS PORTUOUESES

    l()(j

    he forem ecomendadas

    que

    ffa

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    22/57

    l O

    REVISTA

    LUSIT N

    ficados em terra. ffazendosse reeo e

    culpado

    e en toda ora

    pensando

    e sseus pecados. e pense e cuyde e

    sseu

    cora90 que

    ia

    he

    presentado

    no muy

    spantoso

    juizo de deus. e digua

    sen

    pre

    co os olhos fiquados i . terra o que he scripta no

    euagelho

    do

    publicano. Senhor eu pecador ni > som digno

    leuantar

    os meus

    olhos ao

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    23/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    l l

    omine

    qtli multiplicali sunt. E

    depois

    deste. Venite

    e >:ttltemos

    domino.

    co

    sua antiphiia. ou sem antiphiia se tal tenpo for. e

    depois ho hynno. e seis salmos ct} antiphaas.

    Os

    quaes

    acabados

    e dito o uesso. de o abbade a been

    alleluya. E ditos estes. digml o capitulo

    de

    cor. e o uesso. e

    kyn eleysom.

    e assy (xxxx1t1) seiam

    ncabadas

    as vigilias

    das

    noites.

    Em que guisa sse lim de dizer as matinas no quintura

    Dela

    pascoa ataa

    as calendas de

    nouebro.

    aas matinas.

    diguam os salmos

    pela

    ordina sohre dita. saluo as lio;:es

    que

    nO seia leudas pelo liuro. E esta par as noites

    que

    sam breues e

    pequenas. E

    por

    essas t.res liyt)es. seia dita

    hL1a

    liyc 1 de cor

    do

    testamento velho. e depois ela.

    ln1u

    rresponsso brt>ue. e todalas

    outras cousas seia cfiJ ridas t acahadas pel a guisa que dito he.

    cOuem a saber que m:ica aas matinas seia ditos menos de doze

    salmos tirado. Domine qnid tu/ultiplir:ati stit e Venite e.-vulton-us

    Donri1to.

    Como

    sse

    deuem

    de

    dizer

    as

    matinas no domyngo

    No dia

    do domyngo

    mai.s ~ e d o

    sse

    leu

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    24/57

    1 2

    REVISTA LUSITANA

    ponssos

    pelo modo e ordem que

    de

    suso disemos. Depois seiam

    ditas tres

    canticas

    dos prophetas quaes

    mandar

    o abbade.

    As

    quaes canticas seiam ditas cii alleluya. e dito o uesso e

    dada

    a

    beenc;o do abbade. seiam leudas

    outras

    quatro lic;oes do testamento

    nouo.

    segundo

    modo e ordem das outras

    suso

    ditas. E depois

    do quarto rresponso. come.;:e o

    abbade

    o hynno

    Te deum lauda-

    mus.

    0 qual acabado. lea o abbade a li

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    25/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    3

    phila

    a

    passo.

    assy como no dia

    do domyngo.

    por tal

    que

    todos

    chegue.

    ao quiquagessimo. que C

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    26/57

    REVIST

    A LUSITANA

    no seiam ditos co aileluya. ssaluo des a pascoa

    ataa

    penti·

    coste.

    Como sse

    deue de

    dlzer

    as horas

    do dla

    Assy como diz o propheta. Senhor sete vezes

    no

    dia

    dey

    louuor

    a ty. 0 qual

    cOlo

    septenario e

    numero

    de

    nos assy seera

    comprido.

    sse

    em

    tenpo

    da

    nossa

    servydooe pagu[a]rmos os ofi·

    r;ios cOuem a saber. os laudes. a prima. a tcn;a. a sexta. a noa. a

    vespera. e a copleta.

    Por que destas horas

    diz o propheta.

    ssete

    vezes

    no dia dey

    Jouuor a ty. mais

    das

    vigilias

    da

    noite.

    esse

    propheta

    diz.

    aa meatade da noite

    me

    leuantey

    a coffessar e

    dar

    Jouuor a ty.

    Ergo

    demos louuores ao

    nosso

    criador.

    sobre

    os

    jui-

    zos

    da

    ssua

    justiya cOuem a ssaber. em

    nos

    laudes.

    na

    prima.

    na

    ten;a.

    na

    sexta.

    na

    noa.

    na vespera

    e clipleta. e de noyte

    nos

    l e u ~ t e m o s

    a cOfessar e

    dar

    Jounores a el.

    Quantos ssalmos

    ssel1i

    dltos aas ditas horas

    ]a

    dos nocturnes. e dos Jaudes departimos e ordinamos a

    hordem

    dos salmos.

    agora

    veiamos

    das

    horas

    siguintes.

    Na ora

    da

    prima. sseiam ditos tres [xxxx1x] ssalmos

    cada

    huii

    co sua

    gloria

    E

    ante

    que estes salmos seiam

    c o m e ~ a d o s diguam deus

    ;,.

    adiutori1i

    nlCii ite11de. E depois o

    hynno

    p e r t e e ~ e n t e a

    essa

    ora.

    acabados

    os salmos

    digua

    o

    capitolb

    e o vesso. e o

    kyrie-

    leysom

    e assy seia

    acabada.

    A tert;a e a ssexta e a

    noa p e ~ esta

    o r d i n a ~ r

    seiam ditas. s.

    Deus i n adiutcrili

    e

    as

    hynos

    p e r t e e c ; e n ~

    tes a

    essas

    horas. e tres ssalmos. e o

    c < ~ p i t o l l o .

    e o uesso. e

    -

    rieleysom e assy seiil fijndas.

    Sea

    cogregua

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    27/57

    TEXTOS ANT OOS PORTIJOUESES

    115

    noite. partindo aqueles

    que

    mayores som em

    duas

    partes. e se

    per

    ventura

    a

    alguu

    no

    aprouguer

    do repartimento e o r d i n ~ o

    destes

    salmos. e

    el en tender que

    i

    outra guisa

    sse

    podem

    milhor

    stabele

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    28/57

    II6

    REVISTA LUSITANA

    Dos

    deeanos do moestelro

    Se a

    c o g r e g u a ~ o m

    for mayor seiam elegidos e stabelio;:idos

    decanos

    frades

    de

    boa vida e

    santa

    c o v e r s s a ~ i i

    os quaes

    deue

    de

    procurar

    e

    reger suas

    decanias e todalas cousas.

    segundo

    o

    mandado

    de deus e ecomendameto de

    seu

    abbade. E taes de-

    canos seiam eligidos.

    cO

    os (1uaes o

    abbade seguramente possa

    partir

    seus

    ecarregos. E

    nO seiam

    eligidos e escolheitos

    per

    or-

    dem. mais

    segundo ho

    meriyirnento da ssua vida. e a doutrina

    e

    e s i n l l ~ a

    E

    sse per uentura

    a l g ~ u

    deles

    depois

    for

    achado em

    pecado

    de soberua.

    ou i outro de

    que possa e

    dena seer

    repre-

    hendido. seia castiguado

    per hUa

    e

    duas

    e tres vezes. E sse

    sse

    nO quiser emmendar.

    seia tirado

    desse o-ffic;io.

    e outro

    digno

    e

    mereyedor seia posto

    em

    seu

    logo. E assy

    como

    dizemos

    destes

    decanos

    assi stal1eleyemos e

    ordinamos

    do prcposto.

    Como

    deuem os monges de dormir

    Cada hOu mange dorma em

    sseu

    lecto. os quaes tenhii ca-

    mas.

    segundo modo

    e usn

    da

    congregac;om e

    mandado de

    sseu

    abbade. E

    sse

    sse

    poder

    fazer. todos dormii em hua

    casa.

    E

    [Lin]

    sse per uentura

    fore muytos. e esto no podere fazer. dorma dez.

    ou Yijnte

    antre os

    quaes. iac;am an

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    29/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    II?

    santa regia. ou desprezador dos Ccomendamentos

    de

    seus mayo

    res ste tal seia amoestado de seus anc;yaaos. segundo o pre-

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    30/57

    us REVISTA LUSITANA

    Como o abade deue sseer s s o l i ~ i t o e dillereto

    uobre

    os seomunguados

    0 abbade aia cura e Cllidado co toda descri£

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    31/57

    TEXTOS ANT OOS PORTUOUESES

    19

    ~

    Eston.ye o

    abbade use

    do exemplo

    da santa

    scriptura. assy

    como

    diz

    o apostolo.

    Deitade

    o

    maao

    fora de uos. E

    sseguesse

    0

    maao

    sse sse

    departe departasse

    e vaasse.

    n ~ per uentura

    htia ou[e]lha

    emferma

    e

    chea

    de pecado.

    danpne

    e eyugete

    toda

    a

    outra

    copanha

    Como

    deuem r e ~ e b e r

    os flra[Lvm]des f ugitivos

    que sse vaao do moesteh·o

    0 frade que polo

    seu

    proprio

    pecado sse ssaae ou

    he deitado

    fora

    do

    moesteiro, e

    depois

    sse quiser tornar. primeiramente

    por·

    meta

    toda e m e n d a ~ ;

    do pecado porque sse

    sayo. e assi seia reye-

    budo

    e posto

    no

    ultimo grao.

    pera seer

    c o n h e ~ u d a e

    prouada

    a

    ssua

    homyldade. E

    sse per uetura

    sse sair

    per duas

    vezes.

    atees

    a ten;eira vez. assi seia re«;ebydo.

    " vlais

    sse depois veer

    seia

    9erto

    que

    o

    nO

    rec;eberD

    no

    moesteiro.

    Como deue eastlguar os mocos de meor hidade

    Toda

    hidade

    ou entendimento.

    deue

    dauer

    propias mi ssu-

    ras

    e discri

    pode

    fazer.

    Guarde

    a

    ssua alma

    e

    seia senpre

    nebrado.

    do

    apostolo

    que

    diz.

    Que

    aquel que bem

    ministrar.

    auera boo

    gualardom

    Aia

    cura e

    cuydado

    c0 toda

    discr;

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    32/57

    110

    RtVISTA LUSITANA

    -------------------

    todas.

    ha de dar

    ci\to e razom a

    deus no

    dia· do juizo.

    Toda

    a -

    sustnnc,ja do rnoesleiro e os

    vasos guarde

    e oolhe. assy

    como

    sse

    fossem

    vasos ssagrados dos

    altares. Nom

    ponha

    negligen

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    33/57

    TEXTOS ANTIOOS POQTUOUESES

    121

    cousa. porque no lhes clivem ne pertee seia

    cf1tristado.

    E o que mais

    ouuer mester. homyldesse pola

    sua

    entirmydade. e m

    se

    exal

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    34/57

      22

    R VISTA LUSITANA

    domaayro. anbos lauern

    os pees

    a

    todos.

    As

    escudelas

    e

    as outras

    cousas co que servyro. silas e linpas de ao

    ~ l r e i r o

    que as

    guarde. E esse c;elareiro

    as

    de

    per conto ao

    dornaairo

    que

    entrar. pera seer c;erto daquelo que

    da

    ou que r be . Os do

    rnaayros ante da hora da

    refei

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    35/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    23

    Dos vel hos e dos

    m o ~ o s

    pequenos

    Como

    quer

    que

    a naturaleza

    1

    humanal aia misericordia e

    piadade

    ~

    hidades. s. dos velhos e dos moo;:os pequenos. pero a

    outoridade

    da

    regia oolhe e esguarde

    e

    eles. Seia senpre cossij-

    rada

    a fraqueza delles. e ho apertamento da Regia no sse etenda

    e

    elles no comer. mais seia

    e

    eles consijraco piadosa. e comil

    ante

    das

    horas canonicas primeyro que os outros.

    o

    domaairo de leer

    aa

    mesa

    Da mesa dos frades

    quando

    comerem no deue de desfale

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    36/57

    124

    Rl VISTA lUSITANA

    as

    infirmydades

    desuayradas. por

    tal

    que

    o

    que

    no

    poder comer

    dhuu coma do outro E portanto dous codoitos cozidos

    auondem

    a todolos frades. E sse hi ouuer fruyta ou legumes seia dado

    aa

    terceira vez. Hcta iura de pam

    auonde no

    dia. assi a hua refei

    ~ m como a iantar e a

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    37/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    125

    Em que oras

    deue

    de comer os mliges

    Dela santa pascoa atoa pentic-oste. os frades jantem depois

    de ssexta. e

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    38/57

      26

    REVISTA LUSITANA

    aa

    mais

    graue ,;ndita.

    saluo

    se

    for neyessidade dospedes que

    veerem.

    ou

    per uentura o abade mandar fazer alglla cousa algllu.

    A qual

    causa

    co grande graueza e discri.yom e honestamente

    seia feita.

    Dos

    que veerem tarde aas horas de deus. ott aa mesa

    Aas horas do hoffiyio de deus. tanto que os

    m5ges

    ouvyr

    o ssino leyxem todalas cousas que teuerem nas maaos

    1

    e cO

    grande pressa vaanse

    aa

    jgreia. Pero esto seia feito cu t pe-

    ran

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    39/57

    TEXTOS ANT OOS PORTUOUESES

    27

    uylmente

    pade

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    40/57

    us

    RI VISTA

    LUSITANA

    mxldade. aquelo e

    que pecou

    e desfale.;:eo

    per sua

    negligen

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    41/57

    TEXTOS ANTlOOS PORTUOUESES

    129

    lhes

    for neo;essario. ataa quarta ora. E

    da

    quarta

    ora

    atees

    quanta possa sseer

    ora

    de

    sexta entendam

    aa

    lio;o.

    Depois de

    ssexta tanto que sse leuantare de

    comer. deytense e

    sseus

    leitos

    co

    todo

    seeno;o. e

    sse per uetura alguu quiser

    leer. lea

    per tal guisa que

    nges

    Y

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    42/57

    130

    REVISTA UJSITANA

    que n?> stem

    outyiosos. ne

    seiil. apremudos

    per

    grandes traba·

    lhos. e ho

    abbade deue de cossijrar

    e veer a fraqueza delles.

    o

    guardamento

    da

    quareesma

    [LXXX] Como

    quer que

    em todo

    tepa ho moge deue de

    fazer

    vida

    de

    quareesma.

    Pero porque esta uirtude he

    de

    poucos. por

    e amoestamos e

    rroguamos que

    e

    estes

    santos dias

    da quareesma

    ho

    moge aguarde sua

    vida cf,

    toda

    linpeza. s. todallas

    negli·

    genyias

    e

    errores

    dos outros tenpos aiUtadamente e

    estes santos

    dias destruir. A qual

    cousa sera

    ffeita dignamente.

    sse

    nos.

    nos

    tt perarmos e

    aguardarmos

    de

    todollos

    pecados.

    e

    ~ t e n e n n o s

    aa

    ora«; )

    e

    aa liytJ C

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    43/57

    TEXTOS ANT OOS PORTUC.UESES

    131

    Dos lrades que ssom

    emvlados

    a perto do moestelro

    Os

    frades

    que

    ssom ernviados

    on

    forC

    a

    algtm loguar

    por

    qual quer rrazom que seia. sse em es.se dia entenderem de tornar

    ao mo[Lxxxn]esteiro.

    1 1 { ~

    presumo1

    nC ousem de

    cOJner fora

    em

    causo

    que dalgUus seiam rroguados muyto aficadamente. ssaluo

    se 1he seu abLade der

    l i ~ e n < ; a .

    E sse a l g ~ w . s fezerern o C )trairo

    desto.

    escomUguenos.

    Da

    jgrela

    e oratorio do

    moesteiro

    A Igreia ou ho o r a ~ o r i o . seia rrescrllado e

    agula

    .·rclaJo tam

    ssomente para aquelo que he dito e chamado. s. casa doraf;f> e

    outra cousa n(, seia

    hi

    feita nC posta saaluo atluelu que for ne-

    ~ ~ m t ~ n « ; f , mu,y

    atlcada

    do corayom.

    E

    por esto aquel que

    n,) quiser fazer tal

    obra como

    esta.

    nO

    lhe

    sseia outorguado q u ~

    fique

    na

    jg;reia ou no oratorio.

    depois que

    as horas de

    deus

    fore

    acabadas

    como dito he. ne per

    uentura

    o outro pa[Lxxxin]deo;a alguu jmpedimento ou noio.

    Como

    deuem

    rreQeber

    os

    hospedes

    Todolos hospedes que veerem ao moesteiro assy seiam re·

    ~ e b i d o s como jhesu cristo. por que

    l

    disse. Hospede fuy e

    re

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    44/57

    132

    REVISTA LUSITANA

    todo o corpo em terra.

    adorem

    em elles jhesu cristo. o qual

    r r e < ; e b ~ rre9ehendo eles. E

    depois que os hospedes

    forem rre

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    45/57

    TEXT 5 ANTIOOS PVRTUGUE E

    133

    alg[Lxxxvr]ua cousa. no ouse de a rre9eber. ssaluo

    se

    o primeira-

    mente

    disser

    ao abbade. e sse

    lhe

    mandar que a rre9eba. tomea.

    E este

    e

    poderio e aluydro do al>bade de a dar a que por bern

    teuer.

    E

    nU

    sseia

    cOtrist.ado o

    trade

    a

    que

    foy

    evyada

    essa

    cousa

    ne

    per uentura per jnuydia ou murmura\'0 seia dado aazo e logo

    ao diaboo. Aquel que

    trespasar

    e for cCara este

    mandado

    seia

    sometldo

    aa

    dlciplina e correit;tl da rregla.

    Das vistiduras dos frades

    As vestiduras

    seiam

    dadas

    aos

    tfrades ssegundo a

    qualidade

    e

    tenperanya

    do aar que cussar nos loguares honde mora.

    par

    (]Ue

    nos 1oguares tfrijos

    ham

    mester mais rroupa

    que nos q u e e n ~

    tes. E esta ci)ssijrac;U

    sseia

    em juizo do abbade. Pero

    nos

    cree-

    mos

    que

    nos

    loguares tenperados abastara a cada hlm dos mt)ges.

    cugula e

    saia.

    s. no _jnverno cugub grossa e no

    veraJo delguada.

    ou

    velha. e scapelairo pera as o b r a : : ~ . A

    vestimenta

    dos pees.

    seiam piuguas e c a l t . . ~ a s . da

    color

    hondade Cas vestiduras. n11

    rrazot;. nC

    entriste\'J OS

    mt»ges sse

    lhes

    derC

    do pano que

    for

    achado

    na prouent;ia.

    posto que

    seia

    de pequeno

    va r.xxxvn]lor.

    A

    mensura dessas

    \'istiduras

    em

    disposi\'),J

    alvydro

    do

    abbade

    seia.

    os que

    as

    usarem

    nt; as

    tragnam

    curtas nern longuas.

    E

    q nando r r e e h e r ~ as

    vistidllras

    nouas. dem a i

    vel

    has. as quaes

    sei

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    46/57

    134 REVISTA

    LUSITANA

    cOsijre

    ssenpre

    a

    sentenya que he

    scripta

    nos autos dos apos

    tolos. na

    qual

    diz. Dauii a cada huu

    assy

    como o auia mester.

    E cosijre

    aynda.

    as jnfirmydades e ne

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    47/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    135

    nouy

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    48/57

    REVIST LUSIT N

    dia

    en

    diate

    non pode auer

    nehila cousa.

    ni

    auer poderio

    sobre

    o

    sseu

    corpo. E logo na

    jgreia

    seia desuystido das vestiduras

    propias e seia vestido

    das do

    moesteiro. E as vestiduras

    que

    he

    for

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    49/57

    aa

    rregla e dar a todolos outros eixemplo

    domvldade Se

    fala

    on

    ordinamento

    quiserem

    fazer no moesteiro. ten ha

    aquel

    loguar e

    grao

    que

    tijnha quando entrou no moesteiro. e nii o

    que

    lbe foy

    dado

    e

    outorguado por honrra

    do

    s a ~ · e r d o ~ i o .

    Se

    alguu

    outro

    cre-

    ligo quiser vijnr

    aa

    c6greguayom

    do

    moesteiro

    seia

    posto e lo-

    guar

    e

    graao qual

    a elle perteen1ce.

    sse prometer aguardar

    os

    preceptos e

    mandamentos da

    rregla e persseuerar en

    sseu

    proposito

    Como deue sseer

    r r e ~ i b i d o s

    os miiges peregrines

    [Lxxxxv]

    Se

    algl)u

    mange

    peregrina

    veer

    de

    longuas

    prouy-

    cias. e por o s p e d ~ quiser morar no moesteiro. e

    sse

    ct)tentar do

    husso

    e custume do luguar e n , ~ . ffor

    superfluo

    ; pedir e

    deman·

    dar

    outra consa e nO toruar ho moesteiro. mais sinplezmente

    sse cOtentar daquelo que achar

    ~ e i a

    rreyibido no moesteiro quan·

    to deseiar.

    Pero se

    per uCtura ct) rrazom e cO homyldade e cari-

    dade e amor de deus rreprehender traute o abbadc e con dis-

    cre.;:on veia sse pera esto foy enuyado de deus Se depois qniser

    fazer

    profissom e

    pormeter

    a

    persseuerar sseia

    lhe

    rreyibida

    ssua

    pitiyom maiormente

    que no

    tenpo

    da

    ospita1idade

    podia

    seer

    conhe

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    50/57

    REVISTA LUSITANA

    os ssac;erdotes do moesteiro

    Se

    o

    abbade

    pedir

    ao bispo que he ordine alguu moge de

    myssa ou dauagelho. tome e scolha dos sseus

    aqueles

    que vir

    que som hidoneos. 0 que for ordinado nfJ sseja

    soberuoso.

    n ~

    presuma ne

    ouse

    de tlazer

    nenhua

    cousa ssem madado do

    abba·

    de. e

    seia

    certo que he muyto mais soieito e ohriguado aos pre-

    ceptos da

    rregla

    que

    antes.

    Nen per

    aazo ocasic, do sayerdoyio

    oluyde a obediecia e pret;eptos e mandamentos

    da

    rregla. mais

    de

    hem e melbor aproueite em seruit;o

    de

    deus [LXXXVII]. E sse

    per uentura

    o

    abbade

    e a cl•gregnat;

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    51/57

    TEXTOS A '.'TIOOS PORTUOUESES

    139

    dtgradou. todollos

    oulros

    aiam e

    stem

    e seus graaos

    a8S.Y

    como

    veerO. s. o que

    veer

    ao

    moesteiro

    na

    segunda

    bora do

    dia

    conhe

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    52/57

    140 REVISTA lUSITANA

    [cr]quem ha de dar

    conto

    e rrazom da ssua mynistra

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    53/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    l.fl

    cO

    maao

    sprito e

    Ctl gram soberua pensam

    e

    creem que

    som ia

    segundos

    abbades.

    e

    e sseus

    ofi

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    54/57

    REVIST lUSIT N

    dar

    razom a dens. e por esso

    aia guarda

    e ssy. e

    per maao

    zeo

    e evidia e stigua fferuor

    de

    c a r i d ~ d e rre;;pond«.

    Ao qual

    porteiro ;;eia dado frade junyor por

    cDpanheiro sse o nutter mcster. 0 moesteiro

    sse

    poder seer.

    sseia heditlicado 0 log-uar que aia todalla,; cousas nec;essarias. s.

    a ~ u a moynho. orta. Torno. e outras

    quaesquer

    artes desuairadas.

    pera os nHiges ntl andarem vaguanclo

    tfora

    do moesteiro por que

    n()

    he proueito

    de ssuas

    almas.

    E

    queremos

    que e;:;ta:rregla

    sseia

    leuda muytas v e z e ~

    na

    c g r e g u a ~ ~ ~ ~ pera os frades n()

    sse escu-

    sarem

    per

    J g n o r a n c ~ l a .

    Dos ffrades que som emviados a alguus loguares

    )::; ffrades

    que

    stam de camynho pera hirem a algUu lugar.

    ante

    que sse

    vaam peyam ao abbade e a todolos outros que ro

    guem

    a deus por elles. E

    ssenpre

    en todolas

    horas

    do dia

    na

    fim

    da ultima orai,:U seia ffeita et'lmemorac;O por

    todollos

    ab[cvu]ssentes. E

    quando

    veerem do camynho. em aquel dia que

    cheguarem

    ao rnoesteiro per todolas

    horas canonycas

    e em fim

    dellas deitados e terra na jgreia pe

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    55/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOtJESES

    143

    co toda omyldade

    e obedienc;ia. E sse vir que de todo

    ~

    todo

    ho

    DO

    pode

    ffazer.

    digua

    honestamente e Ctl toda

    homyldade

    ao

    sseu

    mayor.

    ho

    causo

    e a rrazom

    por

    que

    o ni)

    pode

    fazer. E

    ssem

    soberua e cOtradizimeto demostre aquelo qUe diser. E

    depols

    que

    el

    splanar

    e diser a (cvrn} s;c.;eu mayor as

    cousas

    e razL,es

    por

    que n

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    56/57

    ReV STA LUSITANA

    primeiramente os

    manges

    deuem de obede

  • 8/19/2019 Textos Antigos - Revista Lusitana 21

    57/57

    TEXTOS ANTIOOS PORTUOUESES

    145

    do testamento novo

    e velho

    que no

    sseia

    regia muy nobre

    e di

    reita

    para

    os

    homees hem

    viuerem? ou

    qual he

    o

    liuro dos

    san·

    tos

    e catholicos padres. que no digua

    que

    per

    1

    autos

    e meri9i·

    mentos

    de

    boa

    vida

    venharnos

    aaquel

    senhor que nos de

    nehua

    cousa ffez e criou?

    E

    que

    som

    as colac;Oees e tlstumes e

    cons-

    tituc;Oes

    dos

    santos

    padres

    e

    as vidas

    deles e a rregla

    de ssam

    basilio

    nosso padre.

    senll exenplos

    de

    mt)ges bem [cx11] obe-

    dientes e de boa vida. e autos e

    obras

    de uirtude.s? Os exemplos

    e a u t o r i d a d ~ s

    dos quaes

    a nos outros prig:uiyosos

    negligentcs

    e

    rremyssos e

    que

    mal

    viuemos

    .ssom. grande contlusom e de.strul-

    9iJ Tu ergo que deseias e queres vijnr ao rregno de deus esta

    rreg1a

    muy pequena.

    C comec;o

    de

    tua

    cOuerssayom

    com

    aiudoiro

    de deus. cople

    e

    acaba.

    E

    depois desto co ajuda

    e

    gra9a de

    deus yijnras aa

    muy

    grande

    alteza

    e perffeiyom de doutrina e

    uirtudes

    que

    de ssuso dissemos.

    Deo gratlas

    ·