Textos de Sensibilização

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Um segredo para a minha Mãe Enquanto espero pelas festas, penso em todos os Natais calorosos e maravilhosos de quando era criança, e dou-me conta de que um sorriso me ilumina o rosto. Na verdade, são tempos que vale a pena recordar! Contudo, reparo que, à medida que fui ficando mais velha, as memórias do Natal tornaram-se menos vívidas e foram-se transformando numa época triste e deprimente… até ao ano passado. Foi nessa data que creio ter recuperado a alegria própria da infância. A alegria que eu sentia quando era criança… ♥♥♥ Todos os anos me canso à procura de algo para oferecer à minha mãe no Natal. Mais um roupão e uns chinelos, um perfume, umas camisolas? Tudo prendas interessantes, mas que não dizem Amo-te da maneira que deviam dizer. Desta vez, queria algo de diferente, algo que ela recordasse para o resto da vida… Algo que lhe devolvesse o sorriso na cara e a ligeireza no andar. A minha mãe vive sozinha e, por muito que eu queira passar algum tempo com ela, só consigo, com o meu horário, fazer- lhe visitas esporádicas. Portanto, tomei a decisão de ser o seu Pai Natal secreto. Mal sabia eu como acertara! Saí e comprei todo o tipo de pequenas prendinhas e, depois, passeei-me pelas zonas mais caras do centro comercial. Arranjei pequenas ninharias, coisas que eu sabia que apenas a minha mãe iria apreciar. Levei-as para casa e embrulhei-as, cada uma de maneira diferente. Depois, fiz um cartão para cada uma delas. Tudo de acordo com a canção “The twelve days of Christmas.” [“Os doze dias de Natal”]. E dei início à minha aventura. ♥♥♥ O primeiro dia foi tão emocionante! Deixei a prenda junto à porta do apartamento dela. Depois, apressei-me a telefonar-lhe, fingindo que era só para saber como estava de saúde. A minha mãe estava radiante! Alguém lhe tinha deixado ficar uma prenda e assinado “Pai Natal secreto.” No dia seguinte, a cena repetiu-se. Quatro ou cinco dias depois, fui a casa dela, e o meu coração quase rebentou de alegria. Tinha disposto todas as prendas em cima da mesa da cozinha e andava a mostrá-las aos vizinhos. Durante todo o tempo da minha visita, a minha mãe não parou de falar no admirador secreto… Estava no sétimo céu! Telefonava-me todos os dias com notícias da nova prenda que tinha encontrado ao acordar! Tinha decidido “apanhar” a pessoa responsável por tudo aquilo e ia dormir no sofá, com a porta completamente aberta. Por isso, nesse dia, tive de deixar a prenda mais tarde, o que a deixou aflita: será que as prendas tinham acabado? O último dia era um sábado e o cartão dizia-lhe para se vestir e que devia ir até ao Applebee’s para jantar. Era sinal de que iria, finalmente, conhecer o seu Pai Natal secreto. O cartão dizia, também, que pedisse à sua filha Susan (que sou

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Um segredo para a minha Mãe

Enquanto espero pelas festas, penso em todos os Natais calorosos e maravilhosos de quando era criança, e dou-me conta de que um sorriso me ilumina o rosto. Na verdade, são tempos que vale a pena recordar! Contudo, reparo que, à medida que fui ficando mais velha, as memórias do Natal tornaram-se menos vívidas e foram-se transformando numa época triste e deprimente… até ao ano passado. Foi  nessa data que creio ter recuperado a alegria própria da infância. A alegria que  eu sentia quando era criança…

♥♥♥

Todos os anos me canso à procura de algo para oferecer à minha mãe no Natal. Mais um roupão e uns chinelos, um perfume, umas camisolas? Tudo prendas interessantes, mas que não dizem Amo-te da maneira que deviam dizer. Desta vez, queria algo de diferente, algo que ela recordasse para o resto da vida… Algo que lhe devolvesse o sorriso na cara e a ligeireza no andar. A minha mãe vive sozinha e, por muito que eu queira passar algum tempo com ela, só consigo, com o meu horário, fazer-lhe visitas esporádicas. Portanto,  tomei a decisão de ser o seu Pai Natal secreto. Mal sabia eu como acertara!

Saí e comprei todo o tipo de pequenas prendinhas e, depois, passeei-me pelas zonas  mais caras do centro comercial. Arranjei pequenas ninharias, coisas que eu sabia que apenas a minha mãe iria apreciar. Levei-as para casa e embrulhei-as, cada uma de maneira diferente. Depois, fiz um cartão para cada uma  delas. Tudo de acordo com a canção “The twelve days of Christmas.” [“Os doze dias de  Natal”]. E dei  início à minha aventura.

♥♥♥

O primeiro dia foi tão emocionante! Deixei a prenda junto à porta do apartamento  dela. Depois, apressei-me a telefonar-lhe, fingindo que era só para saber como  estava de saúde. A minha mãe estava radiante! Alguém lhe tinha deixado ficar uma prenda e assinado “Pai  Natal secreto.”

No dia seguinte, a cena repetiu-se. Quatro ou cinco dias depois, fui a casa dela, e  o meu coração quase rebentou de alegria. Tinha disposto todas as prendas em cima da mesa da cozinha e andava a mostrá-las aos vizinhos. Durante todo o tempo da minha visita, a minha mãe não parou de falar no admirador secreto… Estava no sétimo céu!

Telefonava-me  todos os dias com notícias da nova prenda que tinha encontrado ao acordar! Tinha  decidido “apanhar” a pessoa responsável por tudo aquilo e ia dormir no sofá, com  a porta completamente aberta. Por isso, nesse dia, tive de deixar a prenda mais tarde, o que a deixou aflita: será que as prendas tinham acabado?

O último dia era um sábado e o cartão dizia-lhe para se vestir e que devia ir até  ao Applebee’s para jantar. Era sinal  de que iria, finalmente, conhecer o seu Pai Natal secreto. O cartão dizia, também, que pedisse à sua filha Susan (que sou eu) para a levar lá. Acrescentava, ainda, que reconheceria o Pai Natal secreto pelo laço vermelho que ele usaria.

Fui buscá-la e lá fomos nós. Depois de chegarmos e de nos instalarmos, a minha mãe olhou em volta. Perguntava-se, sem dúvida, quando iria conhecer o seu Pai Natal secreto… Devagar, tirei o casaco e exibi o laço vermelho. A minha mãe começou a chorar. Estava mais feliz do que nunca!Senti-me tão contente quando tudo acabou!

E lembrei-me de uma coisa muito importante: a minha mãe ensinara-me, em criança, que era melhor dar do que receber. Por isso, todos os anos em que estive triste  durante as festas, foi porque procurei mais receber do que dar.

Agora,  podia, finalmente, sentir-me feliz.

Susan  Spence,2008

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Roque Schneider

Quero começar este texto, pedindo a você que responda a um questionário. Não é necessário papel e caneta. Faça isso de cabeça. Este mini-teste está dividido em duas partes. Este é o primeiro conjunto de perguntas:

1. Cite as cinco pessoas mais ricas do mundo hoje.2. Cite os últimos vencedores da corrida de São Silvestre.3. Cite as vencedoras do Concurso de Miss Brasil nos últimos cinco anos. Muito difícil? Está bem. Então fale o nome da última vencedora.4. Cite dez pessoas que ganharam o Prêmio Nobel ou Pulitzer. (Está bem, mencione apenas cinco! Ou três!)5. Cite os seis últimos vencedores do Oscar de melhor ator ou atriz.6. Cite os vencedores, na última década, das Copas do mundo de futebol. Ou, se for muito difícil, dê o nome dos melhores jogadores dos cinco últimos jogos da Copa.

Você provavelmente não saberia citar nem três nomes de cada uma dessas categorias, muito menos de todos esses indivíduos. Por quê? Apesar do sucesso na ocasião e das realizações significativas bem recompensadas, os prêmios famosos se vão, e a lembrança de quem os recebeu desaparece rapidamente.

Vamos tentar, agora, a segunda parte do questionário:

1. Cite dois professores que fizeram diferença em sua vida.2. Cite três amigos que estiveram ao seu lado durante um período difícil.3.Cite uma ou duas pessoas que acreditaram em você e que pensam em você como alguém de valor.4. Cite cinco pessoas com quem gostaria de passar um final de semana só por ser divertido estar com elas e a quem admira muito.5. Cite três ou quatro heróis, vivos ou mortos, cujas vidas inspiraram e encorajaram você.

Como foi dessa vez? Aposto que tirou "A". Na verdade, se houvesse tempo suficiente, você poderia ter citado mais nomes para cada pergunta. Por quê? Porque as pessoas que fazem diferença na vida não são aquelas com as credenciais mais impressionantes, nem as que possuem maiores portfólios. Não são sequer indivíduos que ganharam mais prêmios, nem aqueles cujos rostos aparecem nas capas derevistas.

Essas pessoas causam pouco impacto em nossas vidas. É por isso que esquecemos os seus nomes. As que fazem verdadeira diferença são aquelas que se aproximaram de nós. Tornaram-se amigos queridos e, em alguns casos, nossos heróis. É interessante que, quando se trata de heróis genuínos, a aparência exterior nada significa. O QI deles ou o desempenho que tiveram na escola não faz diferença alguma para nós. Nada disso importa.

O que vale são as qualidades notáveis que os tornaram memoráveis. Permita-me fazer mais algumas perguntas. Sei que estou ficando bastante pessoal. Quando tiver saído desta cena terrena, como as pessoas se lembrarão de você? Que qualidade de caráter perdurará na memória deles, levando-as dizer que a sua vida foi importante? Por que desejariam parar diante do seu nome gravado em granito? Algumas histórias são tão boas que vale a pena repeti-las. Esta eu li no livro de Earl Nightingle, "Percepção - The way up". Trata-se da história de um jovem que decidiu fazer diferença, e aí descobriu que um único ato de bondade transformou sua vida inteira.

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"Numa noite tempestuosa há muitos anos atrás, um senhor idoso e sua esposa entraram no saguão de um pequeno hotel em Filadélfia. O homem levou a esposa até uma poltrona e depois dirigiu-se à recepção.

- Todos os grandes hotéis da cidade estão cheios. Por favor, vocês teriam um lugar para nós?

O funcionário explicou que, como se realizavam três convenções na cidade, não havia nenhum quarto disponível em nenhum lugar.

- Todos os nossos quartos também estão cheios, disse ele. Todavia, não posso deixar um casal simpático como vocês sair na chuva a uma da manhã. Estariam dispostos a dormir no meu quarto?

O homem replicou que não gostaria de privá-lo de seu quarto, mas o recepcionista insistiu:

- Não se preocupe, eu me arranjo.

Na manhã seguinte, ao pagar a conta, o velho disse ao rapaz:

- Você é o tipo de pessoa que deveria gerenciar o melhor hotel do país. Talvez um dia construa um para você.

O rapaz olhou para o casal e sorriu. Os três acabaram rindo e muito. A seguir ele os ajudou a levar as malas até a rua. Dois anos se passaram, e o recepcionista já se esquecera do incidente, quando recebeu uma carta daquele senhor. Nela ele relembrava a noite de tempestade e incluía uma passagem de ida e volta a Nova Iorque.

Quando o moço chegou a Nova Iorque, o homem levou-o à esquina da Quinta Avenida com a rua Trinta e Quatro e apontou para um enorme prédio, um verdadeiro palácio de pedras avermelhadas com torres e vigias, como um castelo de fadas elevando-se até o céu.

Fênix 212

- Esse, disse o homem, é o hotel que acabei de construir para você tomar conta.

- O senhor deve estar brincando, falou o jovem, sem saber se devia ou não acreditar nas palavras do outro.

- Não estou brincando não, respondeu o outro com um sorriso travesso.

- Afinal de contas quem é o Senhor?

- Meu nome é William Waldorf Astor. Estamos dando ao hotel o nome de Waldorf Astoria e você vai ser seu primeiro gerente. O nome do rapaz era George C. Boldt, e essa é a história de como ele saiu de um pequeno e medíocre hotel em Filadélfia para tornar-se gerente do que era então um dos hotéis mais finos do mundo."

Astor sabia que a bondade demonstrada por Boldt fora espontânea, sem pensar em tirar qualquer proveito dela, e por isso teve início uma amizade que superou todas as barreiras de status social e financeiro.

O recepcionista - que certamente recebia apenas um modesto ordenado - decidiu ajudar um estranho por perceber a sua real necessidade. Mal sabia ele que estava cedendo seu quarto a um dos homens mais ricos daquele país. Ele poderia muito bem ser apenas mais um homem de negócios, à procura de um quarto naquela noite tempestuosa e fria. Por outro lado, aquela semente de amizade, uma vez plantada, germinou para o recepcionista na forma de um cargo muito superior e de maior prosperidade financeira.

Narrei essa história aqui por uma única razão. Quer aqueles a quem ajudemos sejam pobres, ricos, de classe média, negros, brancos, amarelos ou pardos, tudo o que se espera de nós é que lhes estendamos uma palavra, um gesto de amizade. Se o fizermos com o fito de obter lucro, já teremos recebido a nossa recompensa e tudo termina aí. Mas, se nos mostrarmos generosamente solícitos, e compadecidos daqueles que nos rodeiam, seremos abençoados para sempre. Não ligue para as barreiras tolas levantadas pela sociedade ou pela própria pessoa. Avance confiante e faça diferença.

"O coração do homem é como um moinho que trabalha sem parar. Se não há nada para moer, corre o risco de triturar a si mesmo."

Page 4: Textos de Sensibilização

Permita-me apresentar-lhe uma ladra profissional. Provavelmente você nunca irá distinguir essa pequena e ligeira moça

no meio da multidão, mas muitos, ao longo dos anos, se referiram a ela como uma formidável gigante.

Rápida como laser e silenciosa como a luz da lua, ela pode invadir facilmente. Uma vez dentro, seus modos agradáveis

irão cativar sua atenção. Você irá tratá-la como uma das suas melhores amigas. Mas fique atento. Ela vai limpá-lo sem o

mínimo remorso.

Sendo um mestre da esperteza, a bandida irá rearranjar os fatos o suficiente para ganhar a sua simpatia. Quando os

outros chamarem sua atenção acerca de seu caráter, você se verá não somente acreditando nela, mas também agindo

em sua defesa e apoio. Tarde demais, você conseguirá enxergar através de sua astúcia e dar-lhe crédito como a mais

inteligente das ladras. Alguns nem mesmo percebem que foram atacados por ela. Vão para o túmulo de braços dados

com o mesmo ladrão que roubou as suas vidas.

Seu nome? Procrastinação. Sua especialidade roubar o tempo e incentivo. Ela vem e troca valores inestimáveis por

substitutos fajutos: desculpas, racionalizações, promessas vazias, embaraço e culpa. Como a maioria dos marginais,

essa profissional o atinge quando você está desprevenido - no momento quando relaxa as defesas.

Você acorda num sábado de manhã. Foi uma semana horrível. As insistentes vozes das tarefas ainda não terminadas

ecoam em sua cabeça lutando por sua atenção.Subitamente sua co-artista aparece e começa a barganhar com você. Ao

pôr-do-sol ela foi embora... e também o seu dia... e sua esperança.

Você pisa na balança do banheiro e não acredita. O marcador está mostrando a verdade - mas a ladra oferece outra

interpretação. Roubando a sua motivação, ela sussurra a palavra mágica - amanhã - e você vai procurar um doce para

celebrar sua filosofia: "Nunca faça hoje o que você pode fazer amanhã".

Você se depara com uma decisão crucial essa tarde. Ela tem sido construída por duas semanas. Você a ignorou, se

esquivou, adiou - mas não há mais como fugir. Hoje é o dia "D". Você se comprometeu. Trinta minutos antes do prazo,

essa ladra lhe oferece um álibi perfeito e atrás dessa defesa a sua decisão escorrega para outro dia.

Nenhuma despesa é mais bem paga. Nenhum mentiroso é mais respeitado. Nenhum ladrão é mais recompensado.

Nenhum gigante é mais bem tratado.

Você sabe que é - ela sempre ganha, mesmo você estando ciente que é uma grande fora-da-lei. Ela pode convencer

qualquer estudante a esquecer a lição de casa, um executivo a desfazer acordos. Ela pode convencer qualquer dona de

casa a negligenciar as louças e qualquer pai a não disciplinar seus filhos. Ela pode impedir qualquer vendedor de efetuar

uma venda. Ela tem uma estratégia e concentra todos os seus esforços em um único objetivo: destruir seu sucesso.

"Como eu posso vencê-la?", você pergunta. Qual é o segredo - a fórmula - para escapar da intimidadora rede dessa

ladra? Como impedir que o gigante invada e entre?

É realmente simples... tão simples que você não acredita. Tudo gira em torno de uma palavra, talvez a palavra mais fácil

de ser usada em nosso idioma. Quando utilizada apropriadamente, ela carrega mais peso que uma tonelada de boas

intenções. A ladra não consegue suportar o som dela. Essa palavra faz com que a procrastinação recue, totalmente

frustrada. Se você usá-la constantemente, pode até ficar cansado de ouvi-la - e deixá-la em paz.

Curioso? Vou fazer um acordo com você. Eu lhe digo a palavra se prometer usá-la na próxima vez que for tentado a

ouvir essa falsa conselheira. Entretanto, há um porém. Talvez seja fácil dizê-la - mas vai requerer toda a disciplina que

tem para realmente vive-la. Implementá-la vai exigir, na verdade muita coragem. A palavra é "Agora".