Textos modulo 1 – 2ª parte o educando (Curso de Capacitação de Educadores Espíritas, Berna...

10
Modulo 1 2ª parte = O EDUCANDO GRUPO 1 Quem é o educando/evangelizando/a criança/jovem? O evangelizando é um ser espiritual, criado por Deus e que participa dos dois planos da vida: do físico e do espiritual. Nesse processo de autoaperfeiçoamento, o educando se transforma e transforma a realidade que o circunda. Como foco do processo educativo, deve ser visto de forma integral, ao mesmo tempo que integrado com seu grupo social e com a Natureza, da qual faz parte. Seu objetivo na Terra é EVOLUIR, desenvolver sua potencialidade interior, compreender a sim mesma e ao mundo que a cerca, corrigir os erros cometidos no passado, superar os próprios defeitos, desenvolvendo assim, gradativamente, o germe da perfeição que carrega em sim mesma, como herança Divina. « A criança encarna o ser com todas as suas potencialidades morais e espirituais, mas o seu instrumento de manifestação, o corpo físico, não se apresenta em condições imediatas de manifestar em plenitude o seu estágio evolutivo. O ser está sujeito, às condições biológicas da espécie. Só através do desenvolvimento orgânico o ser vai se definindo em suas características individuais e revelando a sua capacidade de ajustamento social e cultural, como as suas possibilidades de auto-superação moral e espiritual. Compete à educação auxiliá-lo nesse desenvolvimento progressivo e orientá-lo para novas conquistas em futuras existências( Herculano Pires, Pedagogia Espírita)

Transcript of Textos modulo 1 – 2ª parte o educando (Curso de Capacitação de Educadores Espíritas, Berna...

Modulo 1 – 2ª parte = O EDUCANDO

GRUPO 1

Quem é o educando/evangelizando/a criança/jovem?

O evangelizando é um ser espiritual, criado por Deus e que participa dos dois planos da vida: do físico e do espiritual.

Nesse processo de autoaperfeiçoamento, o educando se transforma e transforma a realidade que o circunda. Como foco do processo educativo, deve ser visto de forma integral, ao mesmo tempo que integrado com seu grupo social e com a Natureza, da qual faz parte.

Seu objetivo na Terra é EVOLUIR, desenvolver sua potencialidade interior,

compreender a sim mesma e ao mundo que a cerca, corrigir os erros cometidos

no passado, superar os próprios defeitos, desenvolvendo assim,

gradativamente, o germe da perfeição que carrega em sim mesma, como

herança Divina.

« A criança encarna o ser com todas as suas potencialidades morais e

espirituais, mas o seu instrumento de manifestação, o corpo físico, não se

apresenta em condições imediatas de manifestar em plenitude o seu

estágio evolutivo.

O ser está sujeito, às condições biológicas da espécie. Só através do

desenvolvimento orgânico o ser vai se definindo em suas características

individuais e revelando a sua capacidade de ajustamento social e

cultural, como as suas possibilidades de auto-superação moral e

espiritual. Compete à educação auxiliá-lo nesse desenvolvimento

progressivo e orientá-lo para novas conquistas em futuras existências.»

(Herculano Pires, Pedagogia Espírita)

A criança é um Espírito reencarnado, dotado de habilidades desenvolvidas ao longo de suas múltiplas existências, bem como de necessidades em fase de aperfeiçoamento.

A Evangelização no período da infância representa ação relevante e imperiosa, capaz de contribuir com o processo de aprimoramento da criança, considerando-se que:

- Encarnando, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo (LE 2); e que

- [...] o Espírito da criança pode ser muito antigo e que traz, renascendo para a vida corporal, as imperfeições de que se não tenha despojado em suas precedentes existências .( ESE 3)

Considerando a criança como ser histórico — herdeiro de experiências pretéritas — e eterno, em constante processo de aprimoramento, o tempo presente mostra-se favorável ao correto investimento na alma infantil, fortalecendo-a para a jornada reencarnatória e apontando roteiros seguros pautados na vivência do amor. Nesse sentido, Amélia Rodrigues alerta-nos que evangelizar é trazer Cristo de volta ao solo infantil como bênção de alta magnitude, convidando a todos para uma ação condizente e coerente com a mensagem cristã.

............................................................................................................................................

GRUPO 2 Quais as necessidades básicas da criança?

Para que uma criança cresça harmonicamente, necessidades físicas e psicológicas devem ser supridas: alimentação, higiene, abrigo, agasalho, medicação quando estão doentes, espaço para suas brincadeiras e jogos, e

acesso ao aprendizado. Além dessas necessidades elas possuem outras que não vemos, que são

extremamente importantes e que as auxiliarão a se desenvolverem como pessoas ajustadas e equilibradas na vida:

Noção de Deus - é fonte da idéia de fraternidade e é base para as

atitudes éticas perante nós mesmos e perante os outros.

Amor e respeito -Assim ela adquire uma auto-imagem positiva e se

sente alguém único e especial, absorvendo igualmente modelos de amor e afetividade que exercitará na vida.

Auto-estima - Uma criança precisa aprender a gostar de si mesma e a escolher o que é melhor para si. Isto a livrará de cair em inúmeras

[...] a criança e o jovem evangelizados agora são, indubitavelmente, aqueles

cidadãos do mundo, conscientes e alertados, conduzidos para construir, por seus

esforços próprios, os verdadeiros caminhos da felicidade na Terra.

Guillon Ribeiro 1

armadilhas e a impedirá de assumir comportamentos autodestrutivos, a se afastar dos vícios e a buscar qualidade para sua vida.

Atenção - As crianças não são auto-suficientes e nem sempre aquilo de

que necessitam está claro e visível. Por isso, ela precisa de alguém que

preste atenção constante ao seu olhar, aos seus gestos e palavras, a

fim de identificar o que lhes falta e providenciá-lo

Valores- são a fonte de nossas escolhas e atitudes. Valores

verdadeiros, fundamentados nas leis morais e especialmente na Lei de

Justiça, Amor e Caridade, nos ajudam a sofrer menos e a causar menos

sofrimento àqueles que amamos.

Objetivos – Uma vida sem objetivos tende a se perder em detalhes e

superficialidades, causando tédio e desgosto, impedindo uma plena

auto-realização. A criança precisa descobrir objetivos dignos de serem

atingidos (não aqueles impostos pelos adultos) e a alegria de se dedicar

a eles.

Conhecimentos- Conviver com a beleza e a cultura, bens invisíveis que

nutrem e ajudam a elevar a alma, é uma necessidade de toda criatura...

Querer conhecer as grandes obras da humanidade e apreciar a beleza

da arte mais sublimada são objetivos que promovem a evolução

intelecto-moral.

Liberdade - para brincar, para sonhar, para dizer o que pensa e sente,

para exercitar seus valores e buscar seus objetivos; liberdade aliada ao

amor é o sentimento que mais nos preenche da sensação de estar

vivos, que transforma a vida num ramalhete de possibilidades de agir e

trabalhar para ser feliz.

............................................................................................................................................

GRUPO 3

As Etapas do Desenvolvimento Infantil

0 a 2 anos:

Nos primeiros anos de vida, o corpo físico entra em acelerado desenvolvimento. A energia criadora do Espírito se manifesta no campo sensorial e motor. Os órgãos dos sentidos, tato, visão, audição, olfato e paladar se desenvolvem rapidamente. Gradualmente, conforme o desenvolvimento dos órgãos, o Espírito se manifesta, deixando transparecer lentamente, conforme os estímulos do meio, suas tendências e

aptidões, que se acentuam cada vez mais.

Segundo Piaget, os esquemas sensoriomotores são construídos a partir de

reflexos inatos (sucção), usados pelo bebê para lidar com o meio. Tais

esquemas vão se modificando com as experiências, diferenciando-os e tornando-os cada vez mais complexos e maleáveis

Baseia-se em percepções sensoriais e esquemas motores – pegar um objeto, jogar uma bola, bater, morder, jogar, balançar, etc.

Afetividade e inteligência são processos indissociáveis e influenciados, desde

cedo, pelo meio social.

Vive o aqui-e-agora da situação. Não consegue representar eventos ou evocar o passado.

Se um objeto for deslocado de sua visão ela não irá procura-lo. É como se o objeto tivesse deixado de existir.

esse mesmo período, as concepções de espaço, tempo e causalidade começam

a ser construídas, possibilitando à criança novas formas de ação prática para lidar com o meio. Esquemas mais complexos são construídos, de forma a

propiciar o aparecimento da função simbólica, que vai alterar a forma da criança lidar com o meio, anunciando uma nova etapa: pré-operatória.

A criança, sendo um Espírito reencarnado, está na verdade, reconstruindo esquemas já

construídos no passado e habilitando o novo corpo ao comando do Espírito que, gradualmente se manifesta por ele.

As experiências e atividades que vivencia são de grande importância nesse processo de

recapitulação e reconstrução. Quanto mais ricas as experiências, mais dinâmico será o processo de reconstrução, propiciando ao Espírito maior possibilidade de

manifestação de seu potencial interior.

No aspecto afetivo, o amor dos pais e das pessoas que o cercam nesses primeiros

anos, é necessário ao seu desenvolvimento nesta área, não só para acordar sentimentos já desenvolvidos no passado como para alimentar o superconsciente, desenvolvendo gradualmente vibrações de caráter superior e nobre.

Do ponto de vista moral, está na fase de anomia, coincidindo com o egocentrismo, natural nesta idade.

Até essa idade a criança pode compreender instruções verbais simples e sua fala é

muito imatura. Deve-se trabalhar com experiências sensoriais e ações motoras, envolvendo-a num ambiente vibratório de carinho e amor. A presença dos pais,

especialmente da mãe, é muito importante nesses primeiros anos de vida.

............................................................................................................................................

GRUPO 4 As Etapas do Desenvolvimento Infantil 02 a 07 anos: Na medida em que a criança cresce, sua percepção do meio se amplia e a influência externa se torna maior. A importância do meio e dos exemplos será fundamental na educação do Espírito reencarnado nesses primeiros sete anos As casas espíritas devem oferecer às crianças este ambiente salutar e evangelizador através da vivência dos princípios do Evangelho e do conhecimento superior que a Doutrina nos oferece.

Do ponto de vista cognitivo, segundo Piaget, a criança se encontra no chamado

“pensamento pré-operatório” que já indica uma inteligência capaz de ações interiorizadas, ações mentais. Mas é um pensamento centrado em si mesmo:

pensamento egocêntrico. A partir dos 3 anos, o Espírito amplia sua convivência com o outro. A influência

do meio e os exemplos são enormes.

Ao sentir as vibrações superiores e observar os exemplos edificantes, a criança tende a adotar modelos e agir como eles agem, o que equivale a dizer, a viver e vibrar na

mesma sintonia. Exemplos nobres e ambiente evangelizador são indispensáveis.

O sentimento superior, aliado ao conhecimento espiritual que a Doutrina Espírita oferece, formará o alicerce sólido para o Espírito que está “construindo o próprio futuro santificante” Deve-se trabalhar com vivências. A criança não aprenderá por meio de exortações e

aulas teóricas, mas poderá compreender aquilo que é capaz de vivenciar. Utilizar atividades que envolvam os órgãos dos sentidos, que estão em franco desenvolvimento.

A criança pequena compreende o mundo como o vê, tendo uma percepção sensorial muito sensível e aberta ao mundo. Mas a percepção não é apenas sensorial, mas também intelectual e afetiva. A emoção que o momento suscita, a vibração do ambiente é de grande importância

Nesta idade, o aspecto emocional e afetivo prepondera sobre o aspecto intelectual. O amor é fundamental para o desenvolvimento dos sentimentos nobres do Espírito

reencarnado. O amor e o carinho do adulto alimentam as regiões superiores da alma, o superconsciente onde se localiza o ideal superior, a essência Divina que todos

possuímos.

Deve-se trabalhar, desde cedo, em ambiente de cooperação, em clima de respeito

mútuo entre educador e educando, embasado no afeto sincero, auxiliando o processo da a passagem gradual da anomia para heteronomia, preparando caminho para a

autonomia moral e intelectual que ocorrerá mais tarde.

............................................................................................................................................

GRUPO 5 As Etapas do Desenvolvimento Infantil

07 a 12/13 anos:

Segundo André Luiz no livro Missionários da Luz, após os sete anos, o processo

reencarnatório está consolidado. Uma primeira etapa da nova reencarnação terminou e o Espírito está apto a iniciar nova etapa evolutiva na presente encarnação, integrado

em seu novo corpo. Nesta etapa, o pensamento lógico, objetivo, adquire preponderância. As ações interiorizadas vão se tornando cada vez mais reversíveis e, portanto, móveis e flexíveis. O pensamento se torna menos egocêntrico. A criança é capaz de construir um conhecimento mais compatível com o mundo que a cerca. O real e o fantástico não se misturam em sua percepção.

Pensamento operatório: Piaget denominou esse período de operatório porque é reversível: a criança pode retornar, mentalmente, ao ponto de partida.

A construção das operações possibilita a elaboração da noção de conservação.

O pensamento agora baseia-se mais no raciocínio do que na percepção. O

pensamento operatório, contudo, está muito ligado ainda aos materiais que possam ser observados. Ela precisa do concreto para desenvolver o

pensamento operatório.

Na evangelização infanto-juvenil, que trabalha com conceitos muitas vezes profundos, como desencarnação, reencarnação, mundo espiritual, etc., temos necessidade de

concretizarmos tais ensinamentos, utilizando objetos como maquetes, fantoches, material de sucata, etc., preparando a criança para a próxima etapa onde deverá estar

apta a trabalhar com as idéias abstratas.

Do ponto de vista moral, Piaget destaca que a criança, embora na fase da moralidade

heterônoma, caminha lentamente para a sua autonomia moral. Daí a necessidade de se trabalhar, desde cedo, em ambiente de cooperação, em clima de respeito mútuo entre educador e educando, embasado no afeto sincero.

É muito importante uma autoridade natural baseada no afeto. A criança necessita sentir-se engajada nas atividades, daí a necessidade dos métodos

ativos, que propiciam uma participação intensa da criança em seu próprio processo educativo.

............................................................................................................................................

GRUPO 6

As Etapas do Desenvolvimento infantil

13/14 anos em diante: Adolescencia/juventude

Época de grandes transformações, a adolescencia se caracteriza principalmente pela

troca do corpo infantil para o corpo adulto.

É um momento ambiguo de aquisição e perdas.

Aquisição de experiencias não vividas na infancia e perda do corpo infantil.

É o período de reorganizacão e avaliação dos modelos infantis e é nesta fase quando

surgem as crises inerentes ao processo de configuração da identidade.

Cabe aos pais do adolescente acompaná-o em seu desenvolvimento, não perdendo de

vista a necessidade do diálogo, do amor, do companherismo, do exemplo edificante e

da atitude de respeito que deve nortear toda e qualquier comunicação com eles,

buscando assim que as escolhas efetuadas pelos filhos sejam as mais adequadas.

As transformações em uma época de mudanças: Fases da juventude

Inicial (10 - 14 ANOS) = Preocupação pelo físico e emocional

• Duelo com o corpo e com relacão infantil com os pais

• Flutuações de ânimo • Ajustes as crescentes mudanças sexuais e fisiológicas

• Anda com grupos do mesmo sexo

Media (14 - 18 ANOS): Preocupação pela afirmação pessoal e social

• Distanciamento do grupo familiar • Duelo parental pela perda do filho idealizado • Questionamento dos aspectos comportamentais e posições previas

Final (19 - 21 ANOS): Preocupação pelo social

• Reestruturação das relações familiares

• Avanço na elaboração da identidade • Desenvolvimento da capacidade do autocuidado e do cuidado mutuo

Pensamento:

Do ponto de vista cognitivo, Piaget destaca que os primeiros tempos da adolescência, o jovem começa a lidar não só com as situações reais e concretas,

mas também de pensar logicamente sobre coisas abstratas. Aumenta gradualmente a capacidade de resolver problemas abstratos, adquirindo o

pensamento científico.

Daí a importância de se trabalhar com técnicas dinâmicas que levem o jovem à pesquisa, à troca de idéias, ao desenvolvimento do pensamento científico.

O jovem se torna capaz de lidar não só com situações reais e concretas, mas também

de pensar logicamente sobre coisas abstratas. Capacidade de resolver problemas abstratos, adquirindo o pensamento científico. É capaz de raciocinar cientificamente,

formando hipóteses e comprovando-as na realidade ou em pensamento. Ela passa a usar operações lógicas e lógica formal à maneira adulta, na resolução de problemas.

Moral Autônoma: Teoricamente, o jovem se encaminha para a autonomia

moral, adquirindo a capacidade de se governar a si mesmo. Obedece não mais

às regras externas, sem critério ou por medo da punição. Ao adquirir a

capacidade de análise e raciocínio lógico, obedece aos princípios éticos e

morais com consciência e compreensão de sua necessidade. Na ausência da

autoridade, permanece o mesmo. Tende a ser responsável, autodisciplinado e

justo. No entanto, o próprio Piaget, em suas pesquisas, chegou à conclusão que

apenas pequena parte da humanidade chegou à plena autonomia moral.

……………………………………………………………………………………………………………………...………………

GRUPO 7

As Etapas do Desenvolvimento infantil

13/14 anos em diante: Adolescencia e Juventude

Dentro das escolhas, a questão da sexualidade é um dos fatores mais significativos

porque na fase da adolescencia, quando os hormonios estão em ebulição decorrente

das transformações que o adolescente vai percebendo em seu corpo e que não deseja,

varias dúvidas vão sendo formuladas.

Ao redor dos 14 anos, com o grito da pubertade, a glândula pineal exerce influencia

directriz sobre o sistema glandular dos organismos, principalmente na produção da

melatonina, hormônio que desperta a sexualidade do adolescente. É tambem a

glândula da Mediunidade, que permite ao ser receber as ondas magnéticas do

pensamento e do sentimento, direcionando-as para as regiones específicas para cada

função.

A energia sexual desperta mais intensamente neste período, trazendo muitos conflicos

para o jovem, que depois de sair do período da aminesia reencarnatoria (infancia),

ocasião em que esteve maleável as impressões do processo educacional, agora entrará

em confrontação com os impulsos trazidos do passado.

Através da evolução cultural, eo sexo se tornou objeto de estudos nobres ,

recuperando o respetio que merece em sua condição de instrumento para a

procriação, perpetuando a especie e graças a visão espírita, agora, além de suas

nobres funções orgânicas, desempenha tambiem um papel emocional muito

significativo, como consequência do modo como é considerado e vivido.

Sexualidade e emoção: Essa é uma das mais belas e importantes fases do

Espírito reencarnado. Segundo André Luiz, Missionários da Luz, a epífise, glândula da vida mental, acorda as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da

criatura terrestre. “A glândula pineal reajusta-se ao conserto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de sensações e impressões na esfera emocional.

Entrega-se a criatura, à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos”. André

Luiz afirma ainda que a epífise, glândula da vida espiritual do homem, “comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade”.

O Espírito reencarnado ver-se-á diante das emoções que cultivou no passado, sendo chamado ao reajuste dos canais de manifestações de suas energias interiores,

retificando possíveis erros do passado e direcionando suas energias para os canais superiores da vida.

No livro citado, o instrutor Alexandre revela ainda que todos os seres da criação

trazem em si o impulso criador; no entanto, mais da metade dos Espíritos reencarnados na Terra se fixam nos movimentos instintivos, concentrando suas

faculdades no sexo. Grande parte já conquistou a razão, acima do instinto, permanecendo, contudo, nos desatinos da prepotência e do capricho autoritário, famintas de evidência e realce.

Pequeno grupo, contudo, de homens e mulheres, em regime de responsabilidade, se fixam na região sublime da superconsciência, absorvidos em idealismo superior.

Daí a importância de se alimentar a alma infantil com sentimentos elevados, cultivar os ideais superiores da alma e abrir canais para a expansão e liberação dessa energia

para os caminhos superiores da vida, abrindo-se e expandindo a energia criadora nos caminhos belos e Divinos da arte em geral, da música, da dança, do teatro, das artes

plásticas, da poesia e, ao mesmo tempo, desenvolvendo os ideais nobres da alma que vão desembocar no amor ao próximo, essência Divina e superior do sentimento maior.

............................................................................................................................................

Pesquisa: Arlete Länzlinger

Bibliografia:

1 Guillon Ribeiro (Página recebida em 1963, durante o 1o Curso de Preparação de

Evangelizadores — CIPE, realizado pela Federação Espírita do Estado do Espírito Santo,

pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro. Fonte: Apostila Opinião dos Espíritos sobre a

Evangelização Espírita Infantojuvenil, FEB)

2. O Livro dos Espiritos, questao 383

3. O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.8, it.3

4. Portal PEDAGOGIA ESPÍRITA

5. Artigo Rita Foelker, A criança e suas necessidades basicas.

http://www.feal.com.br/artigo.php?car_id=26&col_id=20&t=A-crianca-e-suas-

necessidades-basicas.

6. Livros Missionarios da Luz, Sexo e Destino – Francisco Cdndido Xavier

7. Psicologia do Desenvolvimento (A adolescencia) – C.R. Rappaport