Textos Para Historia Economica e Social

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Pré – História

Entre 200 e 100 mil anos atrás surgiu a supremacia do homem moderno, o Homo sapiens. Durante esse período ocorreram dois importantes eventos, a Revolução Agrícola e a Revolução Urbana. Divide-se a Pré-História em dois grandes períodos:

Paleolítico

Este período estende se até aproximadamente 10.000 a.C., ou seja, o início da Revolução Agrícola. Os hominídeos do paleolítico eram nômadas, utilizavam as cavernas como moradia, viviam em grupos e eram essencialmente coletores e caçadores. Lascavam ossos e pedras, para utilizarem na extração de raízes e no abate de animais, e foram desta forma os inventores do arpão, da lança, do anzol e do arco e flecha, além de terem desenvolvido a linguagem oral, a arte rupestre e aprendido a manejar o fogo.

Neolítico

Cerca de 8.000 a.C., o homem começou a domesticar os animais e a cultivar algumas espécies de grãos, desencadeando a Revolução Agrícola. Com o domínio da agricultura, as comunidades humanas deixaram de viver somente da caça e da coleta, possibilitando a sedentarização e o aprimoramento das tecnologias, como a utilização de cerâmica e o polimento das pedras. Tal transformação alterou sensivelmente o modo de vida do homem. A sedentarização, o crescimento no número de integrantes das famílias, a progressiva aproximação entre elas por meio das relações e parentesco, conduziram essas comunidades à criação de um espaço de vida comum, composto por construções que protegiam e abrigavam as famílias. Regras também foram criadas no intuito de organizar o convívio. Encontrava se em formação uma sociedade comunitária, onde a terra, o rebanho e os instrumentos eram de todos, e um indivíduo só poderia se considerar dono se pertencesse à comunidade. Como as comunidades passaram a produzir mais do que necessitavam para o próprio consumo, trocavam entre si os excedentes, o que demonstrava uma forte demonstração da evolução económica da época. Foi no Período Neolítico que o homem inventou a roda, desenvolveu meios de transporte, como o barco e os carros puxados por animais, e confecionou tecidos. A arte também ficou mais complexa, com pinturas geométricas e figurativas em cerâmica e esculturas de baixo-relevo, para além do culto à natureza, aos antepassados e à Deusa da fecundidade (relacionada à colheita).

Por volta de 4.000 a.C., já no fim deste período, tais agrupamentos intrafamiliares deram origem as

primeiras cidades. Geralmente dominadas por um poder

Teocrático, essas cidades-Estado deram início a chamada Revolução Urbana e foram a base das primeiras civilizações do Oriente Médio, da Mesopotâmia ao Egito.

A necessidade de centralização levou ao aparecimento da cidade, centro administrativo que reunia várias aldeias surgido em torno do templo do principal deus totêmico da comunidade. Nesse templo era armazenada a produção excedente das aldeias; à sua volta, viviam as pessoas que se dedicavam à administração, ao comércio e ao artesanato.

Nas cidades, os cidadãos passaram a ser classificados de acordo com a sua função, incluindo os sacerdotes, os escribas, os mercadores, os artesãos, os soldados, os camponeses, os escravos domésticos, os estrangeiros. A divisão do trabalho e as desigualdades de riquezas entre os cidadãos criaram a necessidade de leis e de forças capazes de fazer cumprir as leis. A liderança natural do grupo, que nas aldeias era exercida pelos mais velhos e sábios, cedeu lugar ao governo de um só homem, geralmente o principal administrador do templo ou um grande chefe guerreiro, surgindo assim a cidade-Estado.

Revolução Industrial e Revolução Agrícola

No final do Século XVIII, nasce um novo período de revolução dos meios tecnológicos quer a nível agrícola quer a nível industrial.

O que foi

A Revolução Agrícola Inglesa ocorreu no século XVIII, caracterizando-se por um conjunto de avanços e mudanças que possibilitaram o aumento da produção no campo.Esta revolução não ocorreu de uma hora para outra, mas foi um processo decorrente das modificações que já vinham ocorrendo no sistema agrícola desde o final da Idade Média. Os avanços desta revolução ocorreram na Inglaterra e também em suas colônias na América e Ásia. 

Causas principais:

 Aumento populacional na Inglaterra, que demandava um aumento da produção para suprir as necessidades do mercado consumidor inglês.

-Fortalecimento e amadurecimento do sistema capitalista, que buscou não somente na indústria (Revolução Industrial), mas também no campo o

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aumento dos lucros na produção e comercialização de gêneros agrícolas.

 - O aumento da necessidade de produção de matéria-prima para a indústria têxtil: o algodão. Este devia ser produzido, principalmente nas colônias inglesas como, por exemplo, os Estados Unidos. Para que a produção fosse eficiente, foi necessária a adoção de técnicas agrícolas mais avançadas.

 - Lei dos Cercamentos de Terras, que tirou grande parte das terras que estavam nas mãos de pequenos proprietários, que praticavam a agricultura de subsistência, passando as para ricas famílias aristocratas que tinham capacidade financeira para investir na grande produção agrícola.

 Principais características (avanços)

 - Substituição do sistema de produção agrícola extensivo pelo intensivo, gerando assim maior produtividade no campo (produção em larga escala).

 - Adoção do sistema de rotatividade de culturas, evitando o desgaste do solo, mantendo-o quase sempre fértil.

 

Introdução – Revolução Industrial

A Revolução Industrial teve início no século XVIII, na Inglaterra, com a mecanização dos sistemas de produção. Enquanto na Idade Média o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, com a perspetiva de maiores lucros, menores custos e produção acelerada, buscou alternativas para melhorar a produção de mercadorias. Também podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo Inglês

Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grandes reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor.

Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reservas de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para

financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e contratar empregados. O mercado consumidor inglês também pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo inglês.

Avanços da Tecnologia

O século XVIII foi marcado pelo grande salto tecnológico nos transportes e máquinas. As máquinas a vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a máquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preço de mercadorias e acelerou o ritmo de produção.

Locomotiva: importante avanço nos meios de transporte

Na área de transportes, podemos destacar a invenção das locomotivas a vapor (maria fumaça) e os trens a vapor. Com estes meios de transportes, foi possível transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

A Fábrica

As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxílio e passavam por situações de precariedade.

Reação dos trabalhadores

Em muitas regiões da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condições de trabalho. Os empregados das fábricas formaram as tradeunions (espécie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condições de trabalho dos empregados. Houve também movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Também conhecidos como "quebradores de máquinas", os ativistas invadiamas fábricas e destruíam os seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relação a vida dos empregados.

Conclusão

A Revolução tornou os métodos de produção mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais

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rapidamente, barateando o preço e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou também o número de desempregados. As máquinas foram substituindo, aos poucos, a mão-de-obra humana. A poluição ambiental, o aumento da poluição sonora, o êxodo rural e o crescimento desordenado das cidades também foram consequências nocivas para a sociedade.

Até os dias de hoje, o desemprego é um dos grandes problemas nos países em desenvolvimento. Gerar empregos tem vindo a tornar-se um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substituídos por máquinas e robôs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e múltiplas capacidades. Mesmo nos países desenvolvidos tem faltado empregos para a população.

O Feudalismo

Tem início com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa) sendo as suas principais características gerais do feudalismo são: poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos.

Na Europa, durante a Idade Média (século V ao XV) o feudo era um terreno ou propriedade (bem material) que o senhor feudal (nobre) concedia a outro nobre (vassalo). Em retribuição, o vassalo deveria prestar serviços ao senhor feudal, pagar impostos e oferecer lealdade e segurança, enquanto os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais, que eram corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, e representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e soberania. A nobreza era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu soberano. O vassalo oferece ao senhor, ou soberano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. As redes de vassalagem estendiam se por várias regiões, sendo o rei o soberano mais poderoso, tendo este todos os poderes, jurídico, económico, enquanto o poder político era descentralizado, pois cada feudo tinha suas leis e impostos.

A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura de subsistência (Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas. As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal. O feudo era a base económica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder. O artesanato também era praticado na Idade Média. A

produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares. O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultara.

Um feudo medieval (território), geralmente, era constituído pelas seguintes instalações: castelo fortificado (residência do nobre e sua família), vila camponesa (residência dos servos), área de plantio, igreja ou capela, moinho, estábulo, celeiro e possuíam ainda muitos servos que trabalhavam para ele. Também chamado de soberano, este era o senhor que concedia o benefício, enquanto o vassalo era o senhor que recebia o benefício criando assim laços de fidelidade. Os soberanos cobravam diversos tributos, como, impostos e taxas aos servos, pela utilização das terras do feudo, ou seja, os servos estavam presos a uma série de obrigações aos senhores feudais, e, sendo praticamente

Escravos, só adquiriam a liberdade mediante a um pagamento, mas isso era muito difícil. Também os camponeses cultivavam em suas terras produtos dos Senhores Feudais e seus produtos próprios também, no mercado, o produto dos Senhores Feudais tinha mais valor e mais preferência.

A estrutura social praticamente não permitia mobilidade, sendo, portanto que a condição de um indivíduo era determinada pelo nascimento, ou seja, quem nasce servo será sempre servo (Povo). Utilizando os conceitos predominantes hoje, podemos dizer que, o trabalho, o esforço, a competência e etc, eram características que não podiam alterar a condição social de um homem. A Nobreza era a proprietária dos meios de produção, e envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder enquanto os servos representavam a grande massa de camponeses que produziam a riqueza social.

A Igreja Católica (Clero) dominava o cenário religioso, detentora do poder espiritual, e era a Igreja que influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média. Os vitrais das igrejas traziam cenas bíblicas, pois era uma forma didática e visual de transmitir o evangelho para uma população quase toda formada por analfabetos. A igreja também tinha grande poder económico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando.

Com o aparecimento de novas cidades próximas das terras do senhor (Renascimento Urbano) desenvolveram se várias atividades nas cidades, movimentando a economia local, uma dessas atividades foi o artesanato. A atividade artesanal destacou-se inicialmente pela sua produção têxtil, pois toda a produção era organizada pelas chamadas cooperações de ofício. As cooperações de ofício eram

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administradas e controladas pelo mestre artesão, existindo também os aprendizes sendo estes jovens que pretendiam seguir a profissão relacionada ao artesanato. A organização das oficinas artesanais em cooperações tinham como principal objetivo a articulação politica e económica, com a finalidade de enfrentar os mercadores que passaram a viver nas cidades com interesse extremamente comercial.

Os mercadores eram homens ricos e poderosos, que impulsionaram as atividades comerciais do século VI.

Com a concentração das atividades comerciais as cidades começaram a ter um enorme crescimento, assim nasceu uma nova classe social denominada de burguesia. Importantes comerciantes que foram fundamentais para o desenvolvimento da mentalidade capitalista.

O Mercantilismo

O mercantilismo esteve presente no contexto político do Absolutismo Monárquico como um conjunto de medidas econômicas que garantia às monarquias acumular internamente grande quantia de metais preciosos, tendo como base para isso os lucros com as atividades mercantis e principalmente pela exploração das colônias. Devido ao privilégio dado às atividades mercantis, essa política econômica ficou denominada como mercantilismo. Teve início no séc. XV durante a expansão marítima e comercial, com o interesse de enriquecer a nação (principalmente a burguesia) e reforçar o poder real (Estado), o mercantilismo perdurou até o século XVIII, passando por varias transformações e adaptações para adequar-se à realidade e a conjuntura econômica de cada país.

No século XVI, a Espanha utilizava o metalismo ou, exploração de metais preciosos das colônias; no século XVII, vários Estados preocuparam-se com o comércio externo, com o desenvolvimento do mercado interno e a indústria manufatureira no intuito de evitar as importações, mantendo a balança comercial favorável; no século XVIII foi o momento em que as colônias passaram de apenas fornecedoras de matérias-primas para mercados consumidores, tornando-se extensão dos mercados nacionais.

Mesmo passando por várias transformações o mercantilismo possui algumas características às quais podemos caracterizar. São elas:

· Forte intervenção do Estado na economia: utilizado para proteger o mercado interno, os monopólios comerciais e a expansão dos mercados internacionais esta medida fortalecia o Estado e a

burguesia comercial; o Estado passava a ter condições de organizar e manter um exército, expandir o poder administrativo e melhorar a fiscalização. O estado é quem estabelecia medidas protecionistas e concessões de monopólios que favoreciam a burguesia.

· *Metalismo ou Bulionismo: ideia da época na qual a riqueza das nações era medida pela quantidade de metais preciosos presente em seu país; passou a ser criticado a partir do séc. XVII quando verificou-se que não bastava acumular metais sem preocupar-se em manter a balança comercial favorável, exemplo disso temos a Espanha, que era, no século XV, o país mais rico da Europa em consequência do ouro e da prata oriundos de suas colônias da América. O atraso do comércio das manufaturas e da agricultura espanholas, entretanto, obrigavam a Espanha a importar de outros países europeus a quase totalidade das mercadorias necessárias ao seu consumo. Como essas importações eram pagas em ouro e prata, os metais preciosos que chegavam à Espanha eram, em seguida, desviados para o resto da Europa. A Espanha tornou-se, assim, a ‘garganta por onde passava o ouro para o estômago de outros países mais desenvolvidos do ponto de vista comercia e industrial, como a França, a Inglaterra e a Holanda.

· Balança Comercial Favorável: basicamente é exportar mais do que importar, ou vender mais caro o que se comprou. Para que a balança comercial favorável funciona-se era preciso garantir mercados externos crescentes (para as exportações) e proteger internamente a economia, desta forma evitava-se a saída de metais preciosos, aumento seu estoque devido ao aumento das exportações.

·Protecionismo: utilizado para proteger o mercado interno, consistia no aumento das taxas alfandegárias que acarretava em duplo objetivo; encarecia os produtos importados aumentando assim o consumo dos produtos nacionais. O protecionismo também era aplicada sobre as matérias-primas, causando um obstáculo nas exportações, está medida era com o ideal de evitar concorrência.

·Monopólio: a maioria dos Estados utilizava do monopólio para assegurar o domínio das atividades econômicas de seu país, ficava, por exemplo, a cargo do Estado fazer concessões comerciais à burguesia que em troca de impostos e pagamentos passavam a ter o direito de comércio exclusivo.

·Exploração da Colônias: nem todos os Estados possuíam este tipo de mercantilismo, porém foi muito utilizado. Baseia-se na exploração de produtos tropicais e matérias-primas além de ouro e prata, por

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volta do século XVIII as colônias passaram a ter papel fundamental como mercado consumidor.

A política econômica mercantilista estava voltada para três objetivos principais: o desenvolvimento da indústria, o crescimento do comércio e a expansão do poderio naval. Para incentivar o desenvolvimento da Indústria, o governo concedia a grupos particulares o monopólio de determinados ramos da produção ou criava as manufaturas do Estado. A meta era a obtenção da autossuficiência econômica e a produção de excedentes exportáveis.

O crescimento do comércio era Incentivado através da criação de grandes companhias comerciais, como a Companhia das Índias Ocidentais e a Companhia das índias Orientais e da organização de vastos Impérios coloniais. O comércio entre metrópole e colônia era regulado pelo pacto colonial, baseado num sistema de monopólio comerciei também chamado de exclusivo metropolitano. A metrópole adquiria da colônia produtos tropicais e exportava para estes artigos manufaturados, obtendo, naturalmente, sempre uma balança de comércio favorável.

A expansão do poderio naval era essencial para garantir as comunicações marítimas entre as metrópoles europeias e seus Impérios coloniais assim como para a redução do comércio em escala mundial. No século XV, Portugal exerceu a supremacia naval; no século XVI. Esta passou à Espanha; no século seguinte, à Holanda; e. Finalmente. No século XVIII a Inglaterra tornou-se a “rainha dos mares”.

A aplicação das medidas mercantilistas dependiam da situação de cada nação, em alguns casos a colonização foi utilizada, em outros o desenvolvimento industrial manufatureiro metropolitano é que foi decisivo na escolha da política econômica.

O conjunto de políticas econômicas, o Mercantilismo, está diretamente vinculado com o processo de transição (Idade Moderna), que reforçou os Estados Nacionais, a burguesia comercial, a expansão marítima e o sistema colonial.