Textos transcritos

13
Vou dormir Naquela tarde, a Joaquina perguntou ao ouriço-cacheiro: - Hoje não trabalhas? - Já acabei. E não calculas o sono que eu tenho. O Inverno não vai demorar muito a chegar e eu quero dormir na minha toca, enquanto o frio e a chuva andarem por aí á solta. Sempre me saíste um preguiçoso - disse ela. Mas, no fundo, estava com pena de ficar tanto tempo sem o ver, só porque ele ia hibernar. Achas que eu também podia hibernar contigo? perguntou ela. O ouriço sentou-se e coçou os picos da cabeça, que era a maneira mais clara de mostrar que não fazia a menor ideia. Maria Alberta Meneres (texto adaptado com supressões) Afonso e Maria Virgílio do 2º A

description

Consolidar as aprendizagens do MS WORD

Transcript of Textos transcritos

Page 1: Textos transcritos

Vou dormir

Naquela tarde, a Joaquina perguntou ao ouriço-cacheiro:

- Hoje não trabalhas?

- Já acabei. E não calculas o sono que eu tenho. O Inverno não vai demorar muito a chegar

e eu quero dormir na minha toca, enquanto o frio e a chuva andarem por aí á solta. –

Sempre me saíste um preguiçoso …- disse ela. Mas, no fundo, estava com pena de ficar

tanto tempo sem o ver, só porque ele ia hibernar. – Achas que eu também podia hibernar

contigo? – perguntou ela.

O ouriço sentou-se e coçou os picos da cabeça, que era a maneira mais clara de mostrar que

não fazia a menor ideia.

Maria Alberta Meneres (texto adaptado com supressões)

Afonso e Maria Virgílio do 2º A

Page 2: Textos transcritos

Que queres ser?

- Mariana, que queres ser, quando fores grande?- perguntou o João.

- Não sei…

Ela sabe. Sabe bem. Mas não quer contar o seu segredo a ninguém. Quantas vezes já se viu

em sapatinhos de pontas, vestido de tule rosa, com colarzinho de contas? Quantas vezes já

sonho rodopiar num palco, rodopiar, rodopiar, sem parar? Ela sabe. Sabe bem. E pensa que

tu não sabes. É um segredo que ela tem bem guardado a sete chaves.

Flora Azevedo (texto adaptado e com supressões)

Beatriz e João Tomás do 2º A

Page 3: Textos transcritos

Todos se salvaram

Um gafanhoto muito novinho foi à procura de coisas boas para o seu

pequeno-almoço. Mas, atrás dele, pulavam uma rã verde que também

tinha muita fome.

- Aquele gafanhoto é que me convinha- disse a rã.

Não sabia que, atrás de si, um pato esfomeado se preparava para a

engolir.

O pato já abria o seu grande bico quando apareceu uma raposa.

-Ah, ah! Não há coisa mais deliciosa do que pato para o meu pequeno-

almoço.

Nisto, ouviram-se tiros. Era um caçador. Felizmente para a raposa, o

caçador errou a pontaria e ela desapareceu por entre as árvores. O pato

atirou-se ao charco, a rã escondeu-se e o gafanhoto lá seguiu o seu

caminho.

Maria Isabel Mendonça Soares (Texto adaptado com supressões)

Frederica e Matilde Cunha do 2º A

Page 4: Textos transcritos

Chegou o Outono

Adeus, passarinhos…

Cantava a andorinha:

- Chegou o Outono…

Frio, chuva e sono…

Morreu a andorinha,

As cigarras a levaram.

Fazia chuva e vento…

Vinha da fonte um lamento.

- Chegou o Outono…

Ficou ali a andorinha…

Cobriram-na de mil folhas,

Coloridas como flores,

Amarelas e vermelhas…

- Chegou o Outono…

Frio, chuva e sono.

Maria Helena Araújo

Frederico e Carlota do 2º A

Page 5: Textos transcritos

Nasceu a minha irmã

No último dia do mês de Setembro do ano passado, nasceu a minha irmã Carolina. Fiquei tão feliz! Nesse dia, à tarde, mal soube da notícia, corri logo para o hospital de Aveiro, que ficava à beira da minha casa. O porteiro não me beira entrar. Eu protestei, barafustei, chorei, zanguei-me…

- Tu não podes entrar! És ainda uma criança… - disse-me o porteiro.

- Eu já sou uma mulher! Quero dar um beijo à minha mãe e à minha irmãzinha…

Estava tão furiosa que nem me apercebi da chegada do meu pai. Ele sorriu, pegou-me carinhosamente na mão e pediu-me ao porteiro para me deixar entrar.

Franclim Neto

Miguel e Joana do 2º A

Page 6: Textos transcritos

Um presente de Natal

Um dia, cheirava já a Natal, a Luísa pôs um embrulhinho de jornal em cima da velha

secretária.

- É para si professor!

Claro que logo quisemos saber que presente era aquele.

Desfiz os nós do cordel. Desembrulhei o jornal muito devagarinho…

E que vimos? Um par de meias!

- São de lã… foi a minha avó que as fez com agulhas de arame!

- Ó Luísa… mas a lã é tão cara…

- Não custou nada. Quem deu a lã foi a minha ovelhinha Mariquinha!

Confesso que logo as calcei.

E os meus pés apressaram-se a agradecer:

À Mariquinhas, que criou a lã;

ao pai da Luísa, que fez as agulhas;

à avò, que tricotou as meias.

António Mota (texto adaptado com supressões)

Mafalda e Rita do 2º A

Page 7: Textos transcritos

Chegou o Outono

Adeus, passarinhos…

Cantava a andorinha:

- Chegou o Outono…

Frio, chuva e sono…

Morreu a andorinha,

As cigarras a levaram.

Fazia chuva e vento...

Vinha da fonte um lamento.

- Chegou o Outono…

Frio, chuva e sono.

Ficou ali a andorinha…

Cobriram-na de mil folhas,

Coloridas como flores,

Amarelas e vermelhas…

- Chegou o Outono…

Frio, chuva e sono.

Maria Helena Araújo

Manuel e Maria Costa do 2º A

Page 8: Textos transcritos

Todos se salvaram

Um gafanhoto muito novinho foi à procura de coisas boas para o seu pequeno-almoço. Mas,

atrás dele, pulava uma rã verde que também tinha muita fome.

- Aquele gafanhoto é que me convinha- disse a rã.

Não sabia que, atrás de si, um pato esfomeado se preparava para engolir.

O pato já abria o seu grande bico quando apareceu uma raposa.

- Ah, ah! Não há coisa mais deliciosa do que pato para o meu pequeno-almoço.

Nisto, ouviram-se tiros. Era um caçador. Felizmente para a raposa, o caçador errou a pontaria e

ela desapareceu por entre as árvores. O pato atirou-se ao chaço, a rã escondeu-se e o

gafanhoto lá seguiu o seu caminho.

Maria Isabel Mendonça Soares (texto adaptado e com supressões)

Maria Ana e Guilherme do 2º A

Page 9: Textos transcritos

Perigo na estrada

Aproximava-se o Natal. A mãe, atarefada, corria de um lado para outro.

Era preciso pôr o bacalhau de molho, fazer o arroz-doce, as rabanadas...

Os filhos, o Jorge, a Rita e o Pedro, brincavam no jardim e, entusiasmados, falavam

sobre as prendas que iriam receber. A certa altura, ouviram chamar:

- Jorge! Rita! Pedro! Venham cá! Preciso que me vão buscar açúcar e canela ao supermercado -disse a

mãe.

Pegaram imediatamente nas bicicletas e seguiram, uns atrás dos outros, em fila. Depois, o Pedro

começou aos ziguezagues na estrada.

-Pedro, não faças isso! Olha que é perigoso!- avisaram os irmãos.

Mas Pedro fingia não ouvir. E continuava a brincar.

A certa altura, ouviu-se o chiar de uns travões. Um automóvel quase

atropelava o Pedro, que caiu numa valeta.

Felizmente, não houve feridos e o Pedro continuou o seu caminho. Desta vez, porém, respeitou as

regras de segurança e seguiu, em fila, atrás dos irmãos.

Franclim Neto

Maria Nogueira e Carolina do 2º A

Page 10: Textos transcritos

Preocupação exagerada

Certo dia, a Mariana e o Rafael chegaram à escola muito aflitos e a chorar.

- O que é que os meninos têm? - Porque choram? - perguntou a professora.

- Caíram-me dois dentes. Não sei o que me está a acontecer. Pareço uma velhinha! -

respondeu Mariana.

-Eu devo estar muito doente! Já me caíram quatro dentes! - afirmou o Rafael.

A professora sorriu carinhosamente e informou-os:

-Meus queridos meninos, não vos preocupeis! Não estais doentes. O que vos está a

acontecer é perfeitamente natural. Alguns dos vossos vinte dentes irão cair, sendo

substituídos por outros.

As duas crianças limparam as lágrimas e sorriram também.

Franclim Neto

Matilde Gonçalves e Tomás Pinto do 2º A

Page 11: Textos transcritos

O fim do terror

A avó do Capuchinho Vermelho tinha desaparecido. A menina não parava de chorar. Então,

o Lobo Mau Xau Xau aproximou-se dela e disse-lhe:

- Não chores, não chores mais,

Que a tua avó eu vou buscar.

Pedirei a estes pardais

Que me ajudem a procurar.

E partiu em grande correria. Entrou numa gruta, encontrou a avó do Capuchinho Vermelho

e trouxe-a às costas. A menina ficou muito feliz e os três abraçaram-se com imensa força,

sorrindo, sorrindo sempre.

Os animais da floresta fizeram uma grande roda á volta deles e cantaram:

O nosso lobo Xau Xau

Afinal, não era mau.

Ele é mesmo um lobo bom

E chamar-se-á Pom Pom.

Venham todos aplaudir

O fim do terror.

O lobo aprendeu a sorrir

E passou a dar-nos amor!

Franclim Neto, O Lobo Mau Xau Xau (texto com supressões)

Pedro Aguilar e Maria Pereira do 2º A

Page 12: Textos transcritos

A consoada

A chuva não havia meio de parar.

- Há três dias que chove. Queria Deus que não venha por aí uma cheia -

disse a mãe, em voz baixa, ao pai.

- Não penses o pior, Maria; e, sobretudo, não assustes as pequenas -

respondeu o pai, também em voz baixa.

A Isa ficou preocupada ao ouvir a conversa dos pais mas, entretida com

os arranjos de Nata, esqueceu – se e não contou nada á irmã.

A noite veio depressa e o jantar reuniu a família à volta da mesa.

Comeram o bacalhau cozido com batatas e couves, prato tradicional da

festa

A Isa torceu o nariz:

- Ah! Couves!...

Maria Isabel Mendonça Soares (texto adaptado com supressões)

Sofia e António do 2º A

Page 13: Textos transcritos

O Inverno chegou

Quando o Inverno chegou, resolveu soprar as folhas que o Outono deixara no chão.

Era um grande soprador. Soprou tanto que outras folhas caíram e o Inverno culpou

o Outono de todo aquele desmazelo.

- É impossível ter a terra arrumada com um Outono tão pouco cuidadoso - disse,

enquanto soprava. - Se eu fosse assim, a pobre Primavera teria de trabalhar até ao

Verão para limpar aterra de tanta folha caída.

Sidónio Muralha

Tiago e Leonor do 2º A