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T.F. Delfim (Licenciando em Física – IFRJ - Campus Nilópolis) V.L.B. de Jesus (IFRJ - Campus Nilópolis) O PROBLEMA DA SIMULTANEIDADE NA LEI DO IMPEDIMENTO DO FUTEBOL

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T.F. Delfim (Licenciando em Física – IFRJ - Campus Nilópolis)

V.L.B. de Jesus(IFRJ - Campus Nilópolis)

O PROBLEMA DA SIMULTANEIDADE

NA LEI DO IMPEDIMENTO DO FUTEBOL

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INTRODUÇÃO Segundo a FIFA, a lei do impedimento nos diz :“Se um jogador se encontrar mais próximo da linha de meta adversária do que a bola e

o penúltimo adversário, ele estará em caráter de impedimento” E mais:

“Um jogador em posição de impedimento somente será sancionado se, NO

MOMENTO EM QUE A BOLA FOR TOCADA OU JOGADA por um de seus

companheiros, ele estiver, na opinião do árbitro, envolvido em jogo ativo”

O impedimento entrou no livro de regras em 1925, na Inglaterra.

O responsável por essa marcação é o árbitro lateral conhecido como

“bandeirinha”

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INTRODUÇÃO “Para que a posição de impedimento de um atacante seja considerada uma infração, é necessária a observação SIMULTÂNEA de dois eventos: a posição do jogador que realiza o passe, e a posição do atacante que vai recebê-lo. Essa detecção simultânea deve atendida para QUAISQUER posições destes jogadores no momento do passe.”

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OBJETIVO Mostrar que o “bandeirinha” não é capaz de realizar a

OBSERVAÇÃO SIMULTÂNEA do jogador que realiza o

passe e da posição do atacante que irá recebê-lo,

conforme exige a lei do impedimento, em TODAS as

situações possíveis no campo.

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O campo de visão humano binocular não possui 180º de panorama horizontal, mas 120º devido a sobreposição dos campos de visão monoculares que possuem 150º.

Em princípio, o campo de visão binocular é vasto, mas…

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Área central da retina (fóvea): campo visual central que varia de 10 a 30 graus (segundo alguns autores).

Área mais periférica: campo visual periférico: até 120 graus para a visão binocular.

A visão periférica processa mais rapidamente a informação que se refere a movimentos e a visão sob níveis de reduzidos de iluminação.

A visão central (fóvea) processa a informação com mais acuidade que a área periférica.

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Sem girar a cabeça, o campo de visão central (mais preciso) é reduzido (10 a 30 graus). É possível detectar o movimento utilizando a visão periférica e, depois disso, colocar o objeto observado no campo de visão central, para maior acuidade. Esses movimentos dos olhos chamam-se: Movimentos Oculares Sacádicos (MOS).

Sem girar a cabeça, o tempo de latência dos MOS é de aproximadamente 200 ms para 5 graus 250 ms para 40 graus. Duração entre 20-80 ms.

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Se for necessário girar a cabeça, gasta-se um tempo que é suficiente para um avanço significativo do atacante em posição legal no momento do passe.

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Então, se o campo visual central é reduzido, o

“bandeirinha” deverá girar a cabeça, a fim de

observar as jogadas com precisão suficiente para

garantir a correta marcação da infração. Ou seja,

tentar visualizar o lançador e monitorar o atacante

que está em posição duvidosa em relação a linha de

impedimento. E vai gastar um certo tempo para realizar

esta tarefa.

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Foi montado um simples experimento cujo objetivo era

estimar o tempo de giro da cabeça do banderinha;

Foram montados dois fotossensores, separados de 11cm

e ligados a um cronômetro, e uma régua acoplada a um

boné. A régua inicia e finaliza a contagem do tempo de

giro de 90º da cabeça.

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Linha lateral

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Velocidade de giro Tempo (s)

Máxima 0,550,600,730,69

Mínima 0,600,680,850,800,95

0,45

Resultado dos tempos máximos e mínimos de giro da cabeça (ida e volta) a 90º realizados por cinco alunos do IFRJ – campus Nilópolis.

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Foi estimada a velocidade média de arrancada de um jogador utilizando os dados de um velocista (Usain Bolt, quebra de recorde muldial em Zurich, 2009) nos 10 m iniciais.

Variação da posição (m) Tempo (s) Velocidade (m/s)0- 10 1,89 ~ 5,3

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Resultados e discussões

Com base nas estimativas do TEMPO GASTO (t) pelo

“bandeirinha” para girar a cabeça e VALORES TÍPICOS DA

VELOCIDADE ( Vm ) de um atacante arrancando em direção ao

gol próximo à linha de impedimento, foi possível estimar o

DESLOCAMENTO ( s ) do jogador em relação à linha de

impedimento após a observação do lançamento pelo

“bandeirinha”.

s = Vm .t

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Tempo de giro (t) Avanço estimado (s)2,4 m

3,0 m/s (jogador) 1,3 m 5,0 m

3,0 m/s (jogador) 2,8 m

Vel. Média (Vm)

0,45 s – mínimo medido 5,3 m/s (Usain Bolt)

0,95 s – máximo medido 5,3 m/s (Usain Bolt)

Resultados e discussões

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Resultados e discussõesAs estimativas indicam que não é fisicamente possível acompanhar

dois lances simultaneamente em todos os pontos do campo de ataque.

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Conclusão

O trabalho teve por objetivo mostrar a

impossibilidade da marcação CORRETA do

impedimento em todos os pontos do campo. Para

que a regra do impedimento seja cumprida, é

necessário ter um campo de visão de 180º, e assim

observar dois eventos sumultâneos.

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Atualmente, as transmissões de TV podem mostrar

quadro a quadro qualquer lance duvidoso durante o jogo,

e possuem uma visão simultânea de todos os envolvidos

no jogo.

Com esta “mãozinha” tecnológica é possível cumprir o

requisito de simultaneidade exigido pela regra do impedimento do futebol.

Conclusão

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Bibliografia FIFA, Laws of the Game 2009-2010, Published by Fédération Internationale

de Football Association, July 2008.

Hezel, P. J. e Veron, H., Head Mounted Displays for Virtual Reality, 1993.

Lorenzetto, L. A., treinando seus olhos: saúde e educação corporal, Universidade Estadual Paulista - DEF/IB. Publicação Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde.

Rui Manuel Neto e Matos, “Treinabilidade e transfer da prática esportiva para tarefas de condução de automóvel”. Tese de Doutorado. Universidade Técnica de Lisboa – Faculdade de Motricidade Humana (2008)

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Bibliografia http://speedendurance.com/2009/08/19/usain-bolt-10-meter-splits-fastest-

top-speed-2008-vs-2009/ - visitado no dia 13/10/2010.

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http://www.hse.rj.saude.gov.br/profissional/clin/oftalmo/esotropia11.htm – visitado no dia 02/11/2010.

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Agradecimentos