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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ MODELAGEM DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÁO CONTÁBIL LUZIRLEI GOMES DE AZEVEDO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

MODELAGEM DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÁO CONTÁBIL

LUZIRLEI GOMES DE AZEVEDO

MARINGÁ

2009

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LUZIRLEI GOMES DE AZEVEDO

MODELAGEM DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÁO CONTÁBIL

Trabalho apresentado como requisito para a aprovação na disciplina Trabalho Final de Graduação, do Curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Maringá.Orientador: Prof. José Braz Hercos Junior.

MARINGÁ

2009

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LUZIRLEI GOMES DE AZEVEDO

MODELAGEM DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÁO CONTÁBIL

Trabalho Final de Graduação aprovado no Curso de Ciências Contábeis da

Universidade Estadual de Maringá, como parte dos requisitos para obtenção do título de

Bacharel em Ciências Contábeis.

Aprovado em: 12/2009

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Lílian M. Alvarenga Assolari Prof.ª Vera Sirlene Leonardo

Universidade Estadual de Maringá Universidade Estadual de Maringá

Prof. Orientador José Braz Hercos Junior

Universidade Estadual de Maringá

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a meu pai e a minha mãe que, ao longo desses anos, mesmo

distantes estiveram perto através de palavras de incentivo e apoio.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por todas as maravilhas provenientes das suas

bondosas mãos, suas grandes benevolências e pela oportunidade que me concedeu de andar

entre seus filhos e por permitir-me participar no desenvolvimento da sabedoria entre os

homens.

Agradeço a meus pais, Paulo e Mirian que foram os agentes divinos que me colocaram

a existência e com muita responsabilidade concederam-me a melhor educação que puderam

bem como me prepararam para a vida fazendo-me alguém útil à sociedade e a Deus.

Agradeço à minha noiva Evany pelas constantes amáveis palavras de incentivo para eu

concluir este trabalho e pela compreensão da minha ausência cada vez mais constante no

término deste.

Agradeço ao meu irmão e amigo Misael pelo companheirismo ao longo deste tempo

em que moramos distantes de nossos pais, pelas muitas conversas sem limites, divagações e

sonhos que, muitos dos quais esperamos que se tornem realidade.

Agradeço aos meus amigos acadêmicos, companheiros de sala, verdadeiro professores,

com os quais caminhei junto nestes anos, que nos domingos e noites de muitas reuniões para

estudos, vivemos e crescemos, um ajudando ao outro até aqui.

Agradeço ao Professor Massakazu, a quem tenho em grande estima pela amizade,

companheirismo e orientações tanto para a vida acadêmica quanto social.

Agradeço a aqueles que foram meus professores nestes cinco anos de academia, bem

como os funcionários com quem convivi por todo este tempo os quais sempre foram mui

prestimosos no exercício das suas atribuições.

Agradeço ao Professor Braz que me orientou na elaboração deste trabalho, pela

paciência e compreensão em ajudar-me desenvolver este projeto.

Agradeço aos membros da banca que me concedem esta oportunidade de apresentar o

presente trabalho para a devida avaliação.

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RESUMO

A automação das mais diversas atividades de trabalho do ser humano tem levado este ao

comodismo de apenas realizar tarefas mecânicas sem conhecer o processo que está por trás

das janelas, formulários e planilhas. O mesmo ocorre na área contábil, onde todas as

informações são geradas a partir de sistemas específicos, ficando a cargo do mesmo a

exatidão e veracidade das informações por eles processadas. Entretanto, esta não deve ser uma

situação a ser desconsiderada, pois se faz necessário conhecer todo o processo de elaboração

da informação para tirar o melhor proveito dela. Neste trabalho procurou-se descrever todos

os passos necessários para a construção de um sistema contábil tanto financeiro quanto

gerencial, demonstrando as várias etapas para esta realização, inclusive a elaboração de um

plano de contas padrão que é a coluna central do sistema, pois é com base nele que são

preparados os relatórios informacionais. Para isso, se utilizou pesquisa bibliográfica de

diversos autores da área da contabilidade e sistema. Por esse processo é possível compreender

o funcionamento de um sistema contábil, de modo a ter uma ideia de como os dados contidos

nas notas e demais documentos lançados no sistema transitam por ele, passando pelas tabelas

do banco de dados até saírem na forma de relatórios. Também ressaltou-se a partir de um

estudo de caso os fatos contábeis de uma empresa comercial varejista optante pelo simples

nacional, bem como os dados a serem inseridos no sistema para cada um deles e qual o

lançamento a ser feito.

Palavras-Chave: Sistema de informação contábil, sistema de informação gerencial,

dados, informação.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................................12

1.1. JUSTIFICATIVA....................................................................................................................................12

1.2. OBJETIVO..............................................................................................................................................13

1.2.1. Objetivo Geral..............................................................................................................13

1.2.2. Objetivos Específicos...................................................................................................13

1.3. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO..............................................................................................................13

1.4. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO............................................................................................................14

2. REVISÃO DA LITERATURA...............................................................................................................15

2.1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................15

2.2. SISTEMA...................................................................................................................................................15

2.2.1 Componentes do Sistema...............................................................................................16

2.2.1.1 Objetivos do Sistema..............................................................................................................16

2.2.1.2 Entradas, Processamento e Saídas do Sistema.......................................................................16

2.2.1.3 Controle, Avaliação e Retroalimentação do Sistema.............................................................17

2.2.2 Ambiente do Sistema.....................................................................................................17

2.2.3 Recursos.........................................................................................................................18

2.3 VISÃO SISTEMICA DA EMPRESA.................................................................................................................18

2.3.1 Subsistema Institucional................................................................................................20

2.3.2 Subsistema de Físico-operacional..................................................................................21

2.3.3 Subsistema Social..........................................................................................................21

2.3.4 Subsistema Formal.........................................................................................................21

2.3.5 Subsistema de Informação.............................................................................................22

2.3.6 Subsistema Gestão.........................................................................................................22

2.4. SISTEMA DE INFORMAÇÃO.......................................................................................................................24

2.4.1 Dados.............................................................................................................................24

2.4.2 Informação.....................................................................................................................24

2.4.2.1 Atributos da Informação........................................................................................................25

2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO......................................................................................................................26

2.5.1 Recursos dos Sistemas de Informação...........................................................................27

2.5.2 Componentes dos Sistemas de Informação...................................................................27

2.5.3 Tipos de Sistema de Informação....................................................................................29

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2.5.3.1 Sistema de apoio às operações...............................................................................................29

2.5.3.2 Sistema de apoio à gestão......................................................................................................30

2.6. SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL....................................................................................................31

2.6.1 Objetivos........................................................................................................................31

2.6.2 Entradas e Saídas do Sistema de Informação Gerencial................................................32

2.7. SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL......................................................................................................33

2.7.1 Objetivos........................................................................................................................33

2.7.2 Subsistemas de um Sistema de Informação Contábil....................................................33

2.7.3 Entradas do Sistema de Informação Contábil................................................................34

2.7.4 Plano de Contas.............................................................................................................35

2.7.5 Saídas do Sistema de Informação Contábil...................................................................40

2.7.5.1 Balanço Patrimonial...............................................................................................................41

2.7.5.2 Demonstração do Resultado do Exercício.............................................................................41

2.7.5.3 Demonstração de Fluxo de Caixa..........................................................................................42

2.8 DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA........................................................................................................42

2.8.1 Modelagem....................................................................................................................42

2.8.2 Etapas de Desenvolvimento...........................................................................................43

2.8.3 Modelagem de Sistema de Informação Contábil...........................................................45

2.8.3.1 Estudo da empresa, obtendo-se a visão dos negócios da organização...................................45

2.8.3.2 Identificação das necessidades dos usuários do sistema de informação contábil..................45

2.8.3.3 Estruturação da conta contábil...............................................................................................46

2.8.3.4 Parametrização dos demais módulos do sistema de informação gerencial............................46

2.8.3.5 Plano de contas e operacionalização dos lançamentos..........................................................47

2.8.3.6 Disponibilização das informações e dos relatórios gerenciais...............................................47

2.9 SIMPLES NACIONAL..................................................................................................................................47

2.7 DEFINIÇÃO DOS TÓPICOS A SEREM DESEMVOLVIDOS.............................................................48

3. METODOLOGIA.....................................................................................................................................49

3.1. DEFINIÇÃO DO TIPO DE PESQUISA................................................................................................49

3.2. DEFINIÇÃO DAS PERGUNTAS DA PESQUISA...............................................................................49

3.3. MÉTODO DE COLETA DE DADOS....................................................................................................49

3.4. ANÁLISE DOS RESULTADOS............................................................................................................49

3.5. LIMITAÇÃO DA PESQUISA................................................................................................................50

4. DESENVOLVIMENTO...........................................................................................................................51

4.1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................51

4.2 FATOS CONTÁBEIS....................................................................................................................................51

4.3 RELATÓRIOS CONTÁBEIS E GERENCIAIS A SEREM USADOS PELA EMPRESA.............................................58

4.4 PLANO DE CONTAS ESPECÍFICO................................................................................................................58

4.5 DADOS A SEREM EXTRAIDOS DA DOCUMENTAÇÃO SUPORTE....................................................................64

4.6 FORMULÁRIOS DE REGISTROS DOS FATOS CONTÁBEIS..............................................................................73

4.6.1 Formulário para Registro de Entradas...........................................................................74

7

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4.7 MODELO DE TABELAS DE ARMAZENAMENTO DE DADOS..........................................................................74

4.7.1 Tabela do plano de contas..............................................................................................75

4.7.3 Tabela de custo e preço das mercadorias.......................................................................75

4.7.4 Tabela geral de registro de lançamentos........................................................................75

4.7.5 Tabela de contas a pagar................................................................................................76

4.7.6 Tabela de contas a receber.............................................................................................76

4.7.7 Tabela de movimentação de estoque.............................................................................77

4.8 RELATÓRIOS CONTÁBEIS..........................................................................................................................78

4.8.1 Balanço Patrimonial.......................................................................................................78

4.8.2 Demonstração do Resultado do Exercício.....................................................................82

4.8.3 Demonstração de Fluxo de Caixa..................................................................................84

4.9 RELATÓRIOS GERENCIAIS.........................................................................................................................85

4.9.1 Relatório de Movimentação dos Estoques.....................................................................85

4.9.2 Relatório de Contas a Pagar...........................................................................................87

4.9.3 Relatório de Contas a Receber.......................................................................................88

4.9.4 Relatório de Vendas X Custos por Período...................................................................89

4.9.5 Projeção de Caixa..........................................................................................................90

4.10 DIAGRAMA DA MOVIMENTAÇÃO DOS DADOS.........................................................................................91

5. CONCLUSÃO...........................................................................................................................................92

6. REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................93

7. CRONOGRAMA.......................................................................................................................................95

8

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - SUBSISTEMAS EMPRESARIAIS................................................................................................................20

FIGURA 2 - VISÃO SISTÊMICA DA EMPRESA, SUBSISTEMAS E EFICIÊNCIA...............................................................23

FIGURA 3 - ATIVIDADES BÁSICAS DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO......................................................................27

FIGURA 4 - CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.................................................................................29

FIGURA 5 - ETAPAS PARA DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA.............................................................................44

FIGURA 6 – JANELA DE LANÇAMENTOS...................................................................................................................73

FIGURA 7 – JANELA DE MANUTENÇÃO DAS TABELAS.............................................................................................74

Figura 8 – Diagrama da movimentação dos dados no sistema...............................................................................91

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – TABELA DE CADASTRO DE CONTAS NO PLANO DE CONTAS.................................................................75

TABELA 3 - TABELA DE CUSTO E PREÇO DA MERCADORIAS...................................................................................75

TABELA 4 – TABELA GERAL DE CADASTRO DOS LANÇAMENTOS............................................................................75

TABELA 5 – TABELA DE REGISTRO DAS CONTAS A PAGAR.....................................................................................76

TABELA 6 – TABELA DE REGISTRO DAS CONTAS A RECEBER..................................................................................76

Tabela 7 – Tabela de movimentação de estoque.....................................................................................................77

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LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 - CARACTERÍSTICA DA INFORMAÇÃO VALIOSA.....................................................................................26

QUADRO 2 - FATOS CONTÁBEIS:.............................................................................................................................52

QUADRO 3 - FATOS CONTÁBEIS:.............................................................................................................................65

QUADRO 4 – RELATÓRIO DE MOVIMENTAÇÃO DOS ESTOQUES...............................................................................86

QUADRO 5 – RELATÓRIO DE CONTAS A PAGAR.......................................................................................................87

QUADRO 6 – RELATÓRIO DE CONTAS A RECEBER...................................................................................................88

QUADRO 7 – RELATÓRIO DE VENDA X CUSTO POR PERÍODO (DETALHAMENTO POR PRODUTO)...........................89

QUADRO 8 – RELATÓRIO DE VENDAS X CUSTO POR PERÍODO (DETALHAMENTO POR FATURAMENTO)................89

Quadro 9 – Relatório de projeção de caixa por período..........................................................................................90

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1. INTRODUÇÃO

1.1. JUSTIFICATIVA

Sobreviver no mundo de negócios é um grande desafio para qualquer empreendedor.

Milhares de empresas vão à falência todos os anos por falta de orientação dos seus

responsáveis. Esta se dá em especial porque preferem tomar decisões no escuro, sem

subsídios sólidos para fundamentá-las.

Tomar decisão sem sustentação é arriscar-se num campo desconhecido. A base para a

tomada de um rumo certo é a informação. É de suma importância a sua participação no

processo decisório, pois assim é possível agir com segurança, sabendo qual direção tomar.

Padoveze (2002, p. 46) declara que a informação reduz a “incerteza no processo de tomada

decisão” além de aumentar a sua qualidade.

A contabilidade é um dos principais fornecedores de informações para os

administradores das empresas. Para Favero et al (2005, p. 1) o objetivo da mesma é “gerar

informações para o controle e tomada de decisões” e eles afirmam que é na contabilidade que

são efetuados “o registro, a síntese, a análise e a interpretação das transações que ocorrem no

patrimônio” das empresas e a resultante desse processo são as informações evidenciadas

através dos relatórios contábeis.

Logo, todas as informações relativas ao patrimônio, custos, despesas, receita dentre

muitas outras são encontradas nos relatórios contábeis, quer financeiros ou gerenciais, e na

análise dos mesmos os administradores poderão ser mais eficazes nas suas decisões.

Mas para que esses relatórios possam ser consistentes e confiáveis é necessário que o

contador, ou o sistema faça todo o procedimento de processamento dos dados corretamente.

Para isso, é importante que tanto o contador quanto o programador compreendam “a forma

como a contabilidade compila os dados e os transforma em informações” (FAVERO et al,

2005, p. 1).

No presente trabalho foi descrito o caminho dos dados inseridos no sistema contábil,

seu processamento e a saída das informações na forma de relatórios. Este é um tema de

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interesse para contadores, programadores e acadêmicos das duas áreas, pois através deste

trabalho terão material suporte para o exercício de suas profissões ou estudos.

1.2. OBJETIVO

1.2.1. Objetivo Geral

Propor um modelo de sistema de informação contábil voltado para empresas que

desenvolvam atividades comerciais e que se enquadrem tributariamente no Simples Nacional.

1.2.2. Objetivos Específicos

Identificar o processo de entrada e processamento de dados num sistema contábil, e

identificar a saída das informações geradas através de relatórios financeiros e gerenciais.

Identificar as rotinas da empresa que se refletem na contabilidade.

Determinar o tipo de dados que são inseridos no sistema de informação contábil e a

forma pela qual são inseridos.

Criar um modelo de inserção de dados no sistema.

Elaborar um Plano de Contas.

Identificar as necessidades de informação da empresa.

Identificar os relatórios obrigatórios e gerenciais necessários para suprir as

necessidades informacionais dos gestores da organização.

Criar um modelo de saída dos dados através de relatórios contábeis/gerenciais a partir

do Plano de Contas e tabela de dados.

1.3. DELIMITAÇÃO DO ESTUDO

O trabalho foi realizado em uma empresa de pequeno porte que tem como ramo de

atividade o comércio varejista de embalagens, optante pelo Simples Nacional, estabelecida no

Estado do Paraná, no ano de 2009, sendo utilizado o período de um mês para a coleta dos

dados.

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1.4. ORGANIZAÇÃO DO ESTUDO

O presente trabalho está subdividido em capítulos conforme segue detalhamento

abaixo.

O primeiro capítulo é a Introdução. Neste são apresentados a justificativa, objetivos

gerais e específicos, delimitação do estudo e organização do estudo. A introdução traz a

contextualização e a importância do trabalho para a sociedade, em especial para o campo da

contabilidade. Os objetivos gerais e específicos descrevem as metas a serem alcançadas pelo

desenvolvimento da pesquisa dando uma visão geral do tema abordado e colocando alguns

tópicos específicos que são respondidos no trabalho. A delimitação do estudo descreve os

limites espacial e temporal, situando este estudo dentro do contexto da atualidade. Na

organização do estudo é demonstrado um esboço da estrutura do trabalho.

O segundo capítulo traz a Revisão da Literatura. Nesta etapa é realizada uma pesquisa

bibliográfica para fundamentar todo o processo de elaboração, desenvolvimento do trabalho

assim como as conclusões apresentadas no mesmo.

O terceiro capítulo é a Metodologia. É um importante capítulo, pois apresenta o tipo

de pesquisa feito e os métodos empregados para avaliação e processamento dos dados. Nele

também são descritas as perguntas às quais direcionaram o desenvolvimento do trabalho

assim como os limites da realização deste.

O quarto capítulo é o Desenvolvimento. Neste capítulo são apresentados os fatos

contábeis que subsidiam o sistema com os dados de entrada e também a listagem dos

relatórios requeridos pela administração da organização. Também é proposto um modelo de

plano de contas e tabela de armazenamento de dados capaz de suportar as operações da

empresa e os relatórios finais.

O quinto e último capítulo é a Conclusão e Apresentação dos Resultados. Depois da

análise dos dados colhidos é elaborado o modelo de sistema de informação contábil proposto

como objetivo deste trabalho. O modelo é apresentado neste capítulo como resultado final da

pesquisa.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1. INTRODUÇÃO

Nesta etapa são revistos os marcos conceituais sob os quais se desenvolveu a presente

pesquisa, as linhas de pensamento e as teorias que sustentaram a análise e a apresentação do

resultado final.

2.2. SISTEMA

A teoria sistêmica surgiu numa área de conhecimento distante das ciências sociais

aplicadas com Bertalanffy, professor austríaco de biologia, que em 1951 publicou a “Teoria

geral dos sistemas”. Ele sustentou sua teoria dizendo que um ser vivo não é um amontoado de

elementos sem interação e organização, mas sim um sistema que se mantém num estado

inalterado, onde a matéria e a energia que se renovam constantemente permanecem em

equilíbrio (MELO, 1979, p. 7).

Daí por diante surgiram diversos conceitos para o termo sistema. Entretanto, é comum

a todos os teóricos a ideia de que sistema é a associação entre dois ou mais elementos

interdependentes que interagem entre si na busca de um objetivo comum. Esses elementos são

em muitos casos subsistemas que se associam a outros elementos para obtenção de uma

finalidade. (GIL, 1999; REZENDE, 2005; CAUTELLA e POLLONI, 1996).

Sistemas estão dispersos em todas as áreas do conhecimento e viver do homem. A

começar pelo próprio corpo humano que é composto de diversos sistemas, e estes por diversos

outros subsistemas. Como exemplo disso há o sistema circulatório que é composto por um

conjunto de veias e artérias, sangue e o coração etc. que interagem entre si na busca do bem

comum que é fazer o sangue circular por todo o corpo, alimentando as células e retirando

delas as toxinas. (ENCICLOPÉDIA ENCARTA, verbete: circulação; 2001).

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2.2.1 Componentes do Sistema

A ideia de sistema traz automaticamente a de conjunto. Por conseguinte, é um

conjunto de elementos ou componentes (PADOVEZE, 2002, p.29). São eles:

- os objetivos do sistema;

- entradas do sistema;

- processo de transformação;

- saídas do sistema;

- controles e avaliação do sistema;

- retroalimentação, realimentação ou feedback do sistema. (OLIVEIRA, 1990; SATIR

e REYNOLDS, 2006).

Pode-se afirmar que os componentes são as partes imprescindíveis para a existência e

funcionamento de um sistema.

2.2.1.1 Objetivos do Sistema

Os objetivos variam de acordo com o tipo de sistema abordado. No caso do sistema

digestório, o objetivo é processar os alimentos ingeridos e retirar os nutrientes para a nutrição

celular (ENCICLOPEDIA ENCARTA, verbete anatomia, 2001). No sistema empresa o

objetivo é previamente estabelecido, e as atividades nele desenvolvidas e a forma como elas

são realizadas variam em função do objetivo. Quando a abordagem é sistema de informação,

o objetivo é dar encaminhamento a todos os dados e processá-los e gerar as informações

necessárias para o processo decisório e controle da empresa (CAUTELA e POLLONI, 1996,

p. 20).

2.2.1.2 Entradas, Processamento e Saídas do Sistema

Estes componentes do sistema fazem parte do mecanismo de funcionamento do

mesmo, sendo que a primeira atividade ocorre na entrada que é quando o sistema recebe do

meio os seus insumos que no caso do corpo humano, do sistema digestório, é a ingestão de

alimentos através da boca.

O passo seguinte é o processamento, também chamado de operação por Crozatti e Sá

(1996, p. 25) que afirma que “todo sistema processa ou converte suas entradas em saídas,

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através de subsistemas especializados em cada tipo de entradas”. E após o processamento dos

insumos recebidos do meio então eles são novamente postos no meio para a sua devida

função.

O processamento é a tarefa realizada que no sistema digestório, iniciando já pela

mastigação e depois no estômago, intestino e outros órgãos retiram os nutrientes dos

alimentos ingeridos e dão saídas dos mesmos enviando-os para as células e o restante na

forma de dejetos, são eliminados para o ambiente externo.

2.2.1.3 Controle, Avaliação e Retroalimentação do Sistema

Esses procedimentos de controle e avaliação são importantes para verificar se as saídas

correspondem com o esperado, ou os objetivos estabelecidos, o que para Padoveze (2002, p.

33) eles “partem do processo de estabelecer as medidas de rendimento do sistema” avaliando

a satisfação do resultado obtido.

Já a retroalimentação corresponde à reinserção das saídas novamente no próprio

sistema. Este irá reagir sucessivamente fazendo “correções necessárias para atingir seus

objetivos com maior eficiência e eficácia” alcançando assim “equilíbrio e estabilidade no

funcionamento” (CROZATTI e SÁ, 1996, p. 25).

2.2.2 Ambiente do Sistema

No que tange a interação com o ambiente, ou o meio externo, os sistemas são

classificados em abertos ou fechados.

a) Sistema aberto:

A classificação de sistema aberto é dada pela existência de relacionamento do mesmo

com o ambiente ou também chamado meio externo. Oliveira (1990, p. 31) define o ambiente

“como o conjunto de elementos que não pertencem ao sistema, mas: qualquer alteração no

sistema pode mudar ou alterar os elementos; e qualquer alteração nos elementos pode mudar

ou alterar o sistema”.. Quanto a este relacionamento com o ambiente, Bio (1985, p.19)

comenta:

Os sistemas abertos envolvem a ideia de que determinados inputs são introduzidos no sistema e, processados, gerando certos outputs. Com efeito, a empresa vale-se de

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recursos materiais, humanos e tecnológicos, de cujo processamento resultam bens ou serviços a serem fornecidos ao mercado.

Padoveze, (2002, p. 34) comenta o texto de Bio dizendo que nesta abordagem são

ressaltadas as diversas “e enormes pressões a que o ambiente submete a empresa”, sendo que

existe constante influência do meio, com interação e até mesmo mudanças frequentes

decorrentes deste intercâmbio.

Luporini (1985, p.49) corrobora com este pensamento e acrescenta quando declara que

sistema aberto “é aquele que influencia e sofre influência do meio ambiente. Todos os

sistemas administrativos são abertos”... Esta última afirmação nos reporta ao que ocorre nas

empresas, pois devido ao meio em que estão inseridos e ao tipo de atividades que realizam

constata-se grande número de fatores que acabam influenciando de forma benéfica ou

maléfica seu sistema.

b) Sistema fechado:

Sistemas fechados são aqueles que não interagem com o ambiente externo. São

exemplos de sistemas fechados as máquinas, ou um relógio, que não interagem com o meio

externo no desenvolvimento de sua função/objetivo (PADOVEZE, 2002; STAIR e

REYNOLDS, 2006).

2.2.3 Recursos

Para Padoveze (2002, p. 32) os recursos do sistema “são o conjunto de tudo o que está

ou entra no Sistema para ser utilizado durante o processo de transformação. Compreendem

recursos físicos, humanos, materiais, energia, tempo, serviços, equipamentos, tecnologia etc.”.

Ou seja, os recursos são todas as coisas necessárias para que um sistema entre em

funcionamento.

2.3 VISÃO SISTÊMICA DA EMPRESA

A empresa é uma entidade constituída com o propósito de cumprir com uma

determinada missão, sendo esta a razão principal pela qual existe. Para que isso ocorra, ela

procura suprir-se de todos os recursos e meios necessários para, então, alcançá-la. É

estabelecido os níveis hierárquicos, bem como as atividades dos setores, é contratado e

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treinado todo o pessoal, assim como adquirido todos os equipamentos necessários para o

início das atividades.

Com todas estas partes que devem interagir entre si, percebe-se que a empresa também

é um sistema ou, dependendo do foco do ponto de vista, um subsistema – que é um sistema

inserido em outro sistema. Na abordagem sistêmica da empresa, percebe-se que na sua

estrutura todos os departamentos, níveis hierárquicos e setores devem trabalhar de forma

harmônica e conjunta para que ela alcance seu objetivo final e, todas as partes necessitam uma

da outra. Os departamentos não podem trabalhar de forma isolada. Como exemplo prático

cita-se o departamento de produção que é dependente do departamento de compras – o qual

lhe provê de matéria prima -, necessita do departamento de vendas – pois a produção se

justifica pela demanda dos clientes -, e departamento pessoal – que contrata funcionários

habilitados para o serviço e os controla.

Também a empresa é considerada um subsistema quando esta é analisada como parte

de um sistema maior, sendo chamado por Magalhães e Lunkes (2000, p. 31) de microssistema

empresa pois segue o entendimento de que a empresa é uma Unidade Produtora do Sistema

Econômico. As empresas sofrem influência do sistema econômico e de outros subsistemas.

No caso de uma empresa que produz alimentos, ela depende da agropecuária, da logística de

transportes, dos pontos de vendas, etc.

Na visão da empresa como um sistema, constata-se que esta é composta por diversos

departamentos, ou subsistemas que mantém interação tanto com o meio interno como com o

externo. Sendo assim, a organização pode ser definida como um sistema aberto pois realiza

constantes trocas com o ambiente externo captando “energia, matérias prima, recursos

humanos e informação” transformando-os “em produtos e serviços que são exportados para o

ambiente” (CROZATTI e SÁ, 1996, p. 27).

Considerando os subsistemas que compõe o sistema empresa, Guerreiro (1989, p.165)

afirma que pode-se:

[...] visualizar a empresa composta por seis elementos ou subsistemas interdependentes que interagem no sentido de a empresa cumprir a sua missão. Subsistema Institucional, Subsistema Físico, Subsistema Social, Subsistema Formal, Subsistema de Informação, Subsistema de Gestão.

A figura 1 traz uma representação esquemática da empresa e seus subsistemas

conforme divisão apresentada por Guerreiro.

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Figura 1 - Subsistemas empresariais.Fonte: Padoveze (2002, 39).

Esses são os principais subsistemas de uma organização. É do comprometimento – as

crenças e valores – e interação entre si que o objetivo maior – missão – do sistema é

alcançado. Na sequência é descrito cada um desses subsistemas.

2.3.1 Subsistema Institucional

O Subsistema Institucional é o que define o comportamento da empresa, valores, a sua

forma de agir, o modelo de gestão, influenciando “diretamente na definição da missão, dos

objetivos e das estratégias de ação da empresa” (CROZATTI e SÁ, 1996, p. 28) pois esta

precisa “definir um modelo de administração, com o objetivo de que todos os envolvidos em

seu ambiente interno atuem sob as mesmas linhas de pensamento” que fazem parte de seu

modelo de gestão que é apresentado “como um conjunto de ideias, valores e crenças da

administração que orienta e determina o processo administrativo da entidade” (PADOVEZE,

2002, p. 40).

Chiavenato (1987, p. 47) aborda este subsistema dizendo ser ele composto pelos

“diretores, dos proprietários ou acionistas e dos altos executivos ... responsável pela definição

dos objetivos e das estratégias da empresa e pelas principais decisões empresariais”.

20

Page 22: TFG Luzirlei

2.3.2 Subsistema de Físico-operacional

Tudo o que diz respeito à parte das instalações físicas e equipamentos necessários para

que a empresa realize suas atividades enquadram-se neste subsistema. Todo o aparato de

recursos físicos, materiais e operacionais como as máquinas, equipamentos, instalações,

recursos financeiros, tecnologia, métodos e sistemas são aqui compreendidos.

Padoveze (2002, p. 43) ressalta que é neste subsistema “que as transações são

executadas e os eventos econômicos acontecem” além de ser onde a empresa processa os

recursos e elabora seus produtos ou serviços.

2.3.3 Subsistema Social

Neste Subsistema, o Social, é abrangido todas as pessoas que participam da atividade

da empresa, com suas habilidades, conhecimentos, atitudes, comportamentos e percepções,

características e cultura. Para Crozatti e Sá (1996, p. 28) “é o subsistema que mais fortemente

interage com os demais” pois o homem executa ou orienta todas as atividades que ocorrem na

empresa.

As organizações devem dar muita atenção a este setor, principalmente no que tange à

motivação e qualificação do seu quadro de pessoal, pois pela falta disto muitas empresas tem

passado por sérias dificuldades inclusive fechado as portas. Guerreiro (1989, p. 171) afirma

que este subsistema faz referência, dentre outros aspectos, a:

- Necessidades dos indivíduos;

- Criatividade;

- Objetivos Individuais;

- Motivação;

- Liderança;

- Treinamento etc.

2.3.4 Subsistema Formal

Crozatti e Sá (1996, p. 28) cometam que o Subsistema Formal “compreende as normas

de organização da empresa, as linhas gerais de relacionamento entre os órgãos que a

compõem e suas interdependências”. Guerreiro (1989, p. 171), coopera com o pensamento

21

Page 23: TFG Luzirlei

acrescentando que esse subsistema

...contempla a forma pela qual a empresa agrupa as suas atividades em departamentos, a definição da amplitude administrativa, o grau de descentralização desejável, a utilização das funções de acessória, o problema de autoridade e responsabilidade, entre diversos outros aspectos.

Ou seja, é um padrão organizacional definido que orienta, na forma de um

organograma, a esfera de atuação e responsabilidades de cada parte da empresa, agrupando

atividades e tarefas em setores, departamentos ou divisões.

2.3.5 Subsistema de Informação

Este subsistema é responsável pela interação entre os demais subsistemas da

organização. Ele recebe dados obtidos dos mais diferentes setores da empresa e faz seu

processamento transformando-os em informação que alimentam novamente os outros

subsistemas e, principalmente o Subsistema de Gestão. Guerreiro (1989, p. 172) assim afirma:

“o objetivo fundamental do Sistema de Informação é dar o adequado suporte informativo ao

Sistema de Gestão” bem como ao operacinal.

Este enfoque sobre o Subsistema de Informação lembra o objetivo principal da

contabilidade que é gerar informação para a tomada de decisão tanto a usuários internos

quanto externos. Sendo assim, a contabilidade é o componente principal deste subsistema

sendo o contador o seu gestor.

Um ponto abordado por Padoveze (2002, p. 43) diz respeito à produção de informação

dentro de uma empresa principalmente para suprir as atividades de controle. Entretanto, para a

produção dessas informações, em muitos casos se faz necessário “a criação de atividades

desnecessárias à empresa no cumprimento da sua missão”. Ele ainda coloca que o Subsistema

de Informação precisa de uma constante vigilância para que não se tornar um peso para a

empresa, reduzindo sua eficácia organizacional, por produzir informações desnecessárias ao

processo.

2.3.6 Subsistema Gestão

É neste subsistema que as atividades da empresa são planejadas, organizadas, dirigidas

22

Page 24: TFG Luzirlei

e controladas através dos meios disponíveis no mesmo. Para iniciar esse processo de forma

adequada, é necessário conhecer a realidade da organização através das informações geradas

pelo Subsistema de Informação. O passo seguinte “é o planejamento de todas as atividades,

através de planos de ação bem definidos, e acompanhadas por instrumentos de controle

eficientes” (CROZATTI e SÁ, 1996, p. 29).

Padoveze (2002, p. 41) complementa a ideia supracitada afirmando que “o Subsistema

de Gestão compreende um conjunto de procedimentos e diretrizes, partindo do planejamento

até o controle das operações”, e são eles:

- análise do ambiente externo e interno

- elaboração do planejamento estratégico;

- elaboração das diretrizes e políticas estratégicas;

- planejamento operacional;

- programação das operações;

- aprovação do programa operacional;

- execução das operações e transações;

- controle; e

- ações corretivas.

Na figura 2 é representada de forma esquemática uma empresa, o seu ambiente, os

subsistemas, enfatizando a questão da eficiência dentro do Subsistema Físico-operacional.

23

Page 25: TFG Luzirlei

Figura 2 - Visão sistêmica da empresa, subsistemas e eficiência.Fonte: Padoveze (2002, 44).

2.4. SISTEMA DE INFORMAÇÃO

2.4.1 Dados

Segundo Laudon e Laudon (2001, p. 5) dados “são sequencias de fatos que

representam eventos que ocorrem nas organizações ou no ambiente físico, antes de terem sido

organizados e arranjados de uma forma que as pessoas posam entendê-los e usá-los”. Esta

definição é corroborada por Gil (1995, p. 13) quando afirma que “o dado é a matéria-prima

com que o sistema de informação vai trabalhar”.

Rezende (2005, p. 18) declara que “dado é o conjunto de letras, números ou dígitos

que, tomado isoladamente, não transmite nenhum conhecimento, ou seja, não contém um

significado claro”, sendo somente uma “expressão lógica de um fato isolado” conforme Melo

(2002, p. 30).

Percebe-se que o dado tomado isoladamente não é representativo, entretanto é a partir

de um ou mais deles que se constrói a informação, sendo uma espécie de matéria-prima

indispensável na fabricação de um objeto.

2.4.2 Informação

Para Laudon e Laudon (2001, p. 5) informação “quer dizer dados apresentados em

uma forma significativa e útil para os seres humanos” e Gil (1995, p. 13) complementa

dizendo que “é o produto final do sistema de informação e deve ser apresentada em forma,

prazo e conteúdo adequados aos usuários”.

Rezende (2005, p. 19) explica que informação é “todo o dado trabalhado ou tratado”

ou “um dado com valor significativo atribuído ou agregado a ele e com um sentido natural e

lógico para quem usa a informação”. E complementa que quando “a informação é trabalhada

por pessoas e pelos recursos computacionais, possibilitando a geração de cenários, simulações

e oportunidades, pode ser chamada de conhecimento”.

Melo (2002, p. 30) sintetiza, afirmando que “a informação é a expressão lógica do fato

global”. Se o dado é a matéria-prima, a informação é o produto final, acabado e pronto para

ser utilizado. Ressaltam-se três atributos básicos imprescindíveis para que este produto

24

Page 26: TFG Luzirlei

elaborado - a informação -, seja útil e dê sua contribuição a seus usuários: a forma; o prazo; e

o conteúdo.

2.4.2.1 Atributos da Informação

No que tange a dimensão do tempo, ou, o prazo, O’Brien (2006, p. 15) afirma que a

informação deve ser fornecida quando for necessária, atualizada, tantas vezes quanto forem

necessárias, e apresentando períodos passados, presentes e futuros.

O’Brien (2006 p. 15) faz uma abordagem sobre a questão do conteúdo o qual deve ser

preciso, sem nenhuma presença de erros. A informação deve ser específica a quem vai utilizá-

la, não trazendo excessos tampouco ser insuficiente. Neste âmbito, ela pode ser de amplo

alcance ou de cunho restrito e sempre deve estar à disposição de quem dela precise.

Somente os atributos acima são insuficientes para que a informação seja significativa,

útil e valiosa. O terceiro aspecto ao qual a informação deve se adequar é com relação a sua

forma, ela deve ser fornecida numa forma de fácil compreensão. Conforme a necessidade,

deve estar detalhada ou resumida, seguindo uma ordem predeterminada. O conteúdo pode ser

apresentado de forma narrativa, numérica, gráfica, ou outra, segundo a necessidade do usuário

da informação e em papel impresso, ou algum outro recurso de mídia (O’BRIEN, 2006).

Ainda no que tange aos atributos da informação, Stair e Reynolds (2006, p. 6) dizem

que esta deve ser valiosa para então atingir seu objetivo, e para que isso ocorra deve

apresentar as seguintes características:

Características Definições

Precisa Informação precisa não contêm erros. Em alguns casos, informações imprecisas são geradas quando dados imprecisos são fornecidos durante o processo de transformação. Isso é comumente denominado lixo entra, lixo sai.

Completas Informações completas contêm todos os fatos importantes. Por exemplo, um relatório de investimentos que não inclua todos os custos importantes não é completo.

Econômicas Informações devem também ser relativamente econômicas de produzir. Os tomadores de decisão devem sempre equilibrar o valor das informações e o custo de produzi-las.

Flexíveis Informações flexíveis podem ser usadas para diversos propósitos. Por exemplo, informações sobre os itens em estoque para uma peça específica podem ser usadas por um representante de vendas para fechar uma venda, por um gerente de produção para determinar se é preciso repor os estoques e por um executivo para determinar o valor

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Page 27: TFG Luzirlei

total que a companhia investiu em estoque.Confiáveis Podemos depender de informações confiáveis. Em muitos casos, a

confiabilidade de informações depende da confiabilidade do método de coleta de dados. Em outros, a confiabilidade depende da fonte de informações. Um boato de fonte desconhecida de que o preço do petróleo pode subir pode não ser confiável.

Relevantes Informações relevantes são importantes para o tomador de decisões. A informação de que o preço do tecido pode cair talvez não seja relevante para um fabricante de dispositivos para computadores.

Simples Informações devem também ser simples, e não exageradamente complexas. Informações sofisticadas e detalhadas podem ser desnecessárias. De fato, informações em demasia podem provocar uma sobrecarga de informações e o tomador de decisões, por sua vez, talvez não consiga determinar o que é de fato importante.

Apresentadas no

momento exato

É preciso apresentar as informações no momento exato. Saber das condições climáticas da semana anterior não o ajudará a decidir qual roupa vestir hoje.

Verificáveis Informações devem ser verificáveis. Isso significa que você pode checá-las para garantir que estejam corretas, talvez pela checagem de muitas fontes para a mesma informação.

Acessíveis Informações devem ser de fácil acesso aos usuários autorizados, obtidas no formato correto e no momento correto segundo suas necessidades.

Seguras Informações devem ser seguras quanto ao acesso de usuários não autorizados.

Quadro 1 - Característica da informação valiosa.Fonte: Stair e Reinolds (2006, p. 6).

2.5 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Segundo Melo (2002, p. 30), sistema de informação é “todo e qualquer sistema que

tem informação como entrada visando gerar informação como saída”, sendo que “a

expectativa de se obter tais informações, para satisfazer determinadas necessidades,

corresponde ao objetivo geral dos sistemas de informação”.

Sistemas de informações correspondem a conjuntos de recursos humanos, materiais,

tecnológicos e financeiros inter-relacionados de forma lógica que coletam, processam,

armazenam e disseminam informações necessárias à tomada de decisão. (LAUDON e

LAUDON, 2001; GIL, 1995; PADOVEZE, 2002; CAUTELA e POLLONI, 1996).

Por ser sistema, não existe somente um inter-relacionamento entre os recursos, mas

também uma interdependência. Qualquer problema que se apresente em algum deles é o

suficiente para que a produto final do sistema de informação esteja corrompido, ou inútil para

subsidiar o processo decisório na empresa por não conter os atributos imprescindíveis da

26

Page 28: TFG Luzirlei

informação: forma, prazo e conteúdo.

2.5.1 Recursos dos Sistemas de Informação

Para a operacionalização do sistema de informação ocorrer é necessário a utilização de

vários recursos conforme segue:

- Recursos humanos: “profissionais que constroem, atuam e utilizam sistemas de

informação” (GIL, 1999, p. 13). Este parecer é semelhante ao de Stair e Reynolds que

acrescentam ser este o recurso mais importante (2002, p. 15). O’Brien (2004, 11) os divide em

dois grupos: usuários finais ou clientes, que são os usuários de sistemas de informação ou das

informações geradas pelo mesmo; e especialistas em sistemas de informação, que são as

pessoas que desenvolvem e operam os sistemas de informação.

-Recursos tecnológicos: são as “atividades que dinamizam o processo sistêmico”

(GIL, 1995, p. 14), o que para Laudon e Laudon (2001 , p. 6) abrangem hardware, software e

tecnologias de armazenamento, ou seja todo aparato tecnológico necessário para que um

sistema funcione.

-Recursos materiais: é todo o aparato físico que sustenta e viabiliza a existência de um

sistema como equipamentos, insumos e instalações (GIL, 1995, p. 14). Percebe-se uma

sobreposição de classificação entre os recursos tecnológicos e materiais no que tange á

equipamentos de hardware. Segundo o ponto de vista de Laudon e Laudon estes são

tecnológicos e, para Gil, são materiais.

-Recursos financeiros: para Gil (1995, p. 14), é a “qualificação dos outros três recursos

segundo o denominador comum moeda”. Ou seja, é o valor monetário de todos os recursos

aplicados no sistema de informação.

2.5.2 Componentes dos Sistemas de Informação

De acordo com Stair e Reynolds (2002, p. 12), qualquer sistema de informação

consiste em quatro atividades ou componentes básicos: entrada, processamento, saída e

feedback, sendo que outros autores acrescentam objetivo e armazenamento. Tais atividades

transformam dados originais dispersos em informação útil, conforme mostra a figura 3:

27

Page 29: TFG Luzirlei

Figura 3 - Atividades básicas de um sistema de informação.Fonte: Adaptado de Stair e Reynolds (2002, p. 12)

- Objetivos: é apresentado por Oliveira (2005, p.23) como um dos componentes do

sistema, pois o “objetivo é a própria razão de existência de um sistema, ou seja, é a finalidade

para a qual o sistema foi criado” sendo que em sistema de informação o objetivo é atender às

“necessidades informacionais para a gestão empresarial” (PADOVEZE, 2002, p. 42).

- Entradas: é a atividade de reunir e coletar os dados em forma bruta no ambiente

interno, ou externo – conforme sua origem – dando entrada do mesmo no sistema para ser

processado (MELO, 1979; LAUDON e LAUDON, 1999; O’BRIEN, 2006).

- Processamentos: Gil (1995, p. 19) declara que este é o momento em que o “dado será

trabalhado e transformado em informação semi-elaborada ou final”. Nesta mesma linha de

pensamento, O’Brien (2006, p. 7) exemplifica afirmando que é a conversão do insumo em

produto, em se tratando de sistema de informação, transformar dados, ou informações semi-

elaboradas em informação para retroalimentação ou uso final.

-Saídas: Stair e Reynolds (2006, p. 13) afirmam ser a produção final do sistema, e no

caso de um sistema de informação, é a informação útil apresentado geralmente na forma de

documentos e relatórios. Magalhães e Lunkes (2000, p. 21) referem-se às saídas dos sistemas

de informações que são transmitidas aos usuários das mesmas como resultado das funções

executadas pelo sistema.

- Armazenamento: as informações geradas pelo sistema de informação são arquivadas

“para serem utilizadas na operacionalização do sistema em momento oportuno”

(MAGALHÃES e LUNKES, 2000, p. 21). Esse armazenamento é feito em Banco de Dados, e

segundo Padoveze (2002, p. 50) implica num armazenamento de forma estruturada para os

mais variados tipos de acessos.

- Controle: refere-se ao feedback que é feito no sistema, ou seja o mecanismo utilizado

para realizar as correções e/ou melhorias nas atividades de entrada e/ou de processamento do

sistema. Esse procedimento é chamado de realimentação por Stair e Reynolds (2006, p. 13).

Estes componentes podem ser definidos como as atividades realizadas por um sistema.

28

Page 30: TFG Luzirlei

A partir de um objetivo, se delineia um processo que vai da escolha do tipo de dado que irá

alimentar o sistema, o procedimento para processamento desses dados até a saída da

informação final, bem como armazenamento e análise para possíveis correções.

2.5.3 Tipos de Sistema de Informação

Os sistemas de informação são classificados em sistemas de informação de apoio às

operações e sistemas de informação de apoio à gestão conforme mostra a figura 4:

Figura 4 - Classificação dos sistemas de informação.Fonte: Adaptando de O’Brien (2004, p. 23).

2.5.3.1 Sistema de apoio às operações

Os sistemas de informação de apoio às operações são aqueles que visam atender às

necessidades operacionais da empresa, subsidiando os mais variados departamentos de

informações e meios de controle das suas movimentações.

Bio (1988, p. 34) destaca que “os sistemas de apoio às operações são tipicamente

sistemas de processadores de transações, ou seja, são redes de procedimentos rotineiros que

servem para o processamento de transações recorrentes”, garantindo assim maior controle e

segurança às atividades operacionais da empresa.

Padoveze (2002, p. 57) exemplifica afirmando que esses tipos de sistemas são os de

Sistemas de

Informação

Sistemas de

Apoio às

Operações

Sistemas de

Apoio

Gerencial

Sistemas de

Processamento

de Transações

Sistemas de

Controle de

Processos

Sistemas

Colaborativos

Sistemas de

Informação

Gerencial

Sistemas de

Apoio à

Decisão

Sistemas de

Informação

Executiva

29

Page 31: TFG Luzirlei

controle de estoque, controle de produção, controle patrimonial, planejamento de vendas

dentre outros com o objetivo de “auxiliar os departamentos e atividades a executarem suas

funções operacionais” (estocagem, produção, vendas, controle de produção, etc.).

O’Brien (2004, p.23) subdivide sistemas de apoio às operações em:

- Sistemas de processamento de transações: “é um sistema computadorizado que

executa e registra as transações rotineiras diárias necessárias para a condução dos negócios”

(LAUDON e LAUDON, 2001, p. 31). A automação das atividades rotineiras da empresa

facilita e agiliza a realização das tarefas, além de oferecer mais informações para a gestão do

negócio.

- Sistemas de controle de processos: são utilizados para controlar e monitorar os

processos operacionais na empresa. Como exemplo apresenta-se um controle de vendas a

serem faturadas, ou um controle de faturamentos que aguardam para serem entregues.

- Sistemas colaborativos: são sistemas cujo objetivo é apoiar a comunicação e

colaboração entre equipes e grupos de trabalho.

2.5.3.2 Sistema de apoio à gestão

Padoveze (2002, p.57) afirma que sistemas de informação de apoio à gestão são “os

sistemas ligados à vida econômico-financeira da empresa e às necessidades de avaliação de

desempenho dos administradores internos”.

O’Brien (2002, p.29) chama esses sistemas como sistema de apoio gerencial

afirmando que são sistemas de informação que “se concentram em fornecer informação e

apoio à tomada de decisão eficaz pelos gerentes”. Eles são utilizados pela alta administração

da empresa para fazer planejamento e controle financeiro, bem como avaliação de

desempenho do negócio.

Os sistemas de apoio à gestão são subdivididos em três grupos, são eles:

- Sistema de informação gerencial: de acordo com Stair e Reynolds (2006, p. 372), o

propósito básico de um sistema de informação gerencial é ajudar a empresa a alcançar suas

metas, fornecendo a seus gerentes detalhes sobre as operações rotineiras da organização, de

forma que possam controlar, organizar e planejar com mais efetividade e com maior

eficiência. Em suma, um sistema de informação gerencial provê aos gerentes, não só

informação e suporte para a efetiva tomada de decisão, mas também respostas às operações

diárias, agregando, assim, valor aos processos da organização.

30

Page 32: TFG Luzirlei

- Sistema de suporte de decisão: para Laudon e Laudon (1999, p. 354) um sistema de

apoio ou suporte à decisão (SAD/SSD) “é um sistema interativo, sob controle do usuário

individual ou em grupo, que oferece dados e modelos para dar suporte à discussão e à solução

de problemas semi-estruturados”, e ainda de acordo com O’Brien (2004, p. 289), “o uso de

um sistema de apoio à decisão envolve um processo interativo de modelagem analítica”,

sendo assim um sistema de suporte a decisão possui ferramentas analíticas e de modelagem

dinâmicas que, entre outras coisas possibilitam simulações.

- Sistema de suporte executivo: são sistemas específicos para os executivos de alto

escalão da empresa que tem como característica ferramentas de análise e modelagem que

permitem a seus usuários fazer um diagnóstico detalhado sobre a organização para tomarem

decisões estratégicas (STAIR e REYNOLDS, 2006, p. 405 e 406).

2.6. SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL

2.6.1 Objetivos

Após analisar o referencial teórico que abordou sistema de informação, se especificará

mais o estudo adentrando ao campo de sistemas de informação gerencial.

Cruz (2002, p. 56), no que tange à estrutura, declara que Sistemas de Informações

Gerenciais “são o conjunto de tecnologias que disponibiliza os meios necessários à operação

do processo decisório em qualquer organização por meio do tratamento dos dados

disponíveis”.

Já Laudon e Laudon (1999, p. 348) abordam o assunto a partir dos resultados a serem

obtidos, declarando que “os sistemas de informação gerenciais oferecem relatórios resumidos

de rotina sobre o desempenho da empresa; esses sistemas são utilizados para monitorar e

controlar a empresa e prever o futuro desempenho”, e continua sua abordagem dizendo que os

gerentes têm a possibilidade de intervir no rumo da empresa caso os relatórios apresentem que

as coisas não estão bem.

Seguindo o mesmo pensamento, Oliveira (1990, p. 39) afirma que Sistema de

Informação Gerencial “é o processo de transformação de dados em informações que são

utilizadas na estrutura decisória da empresa, bem como proporcionam a sustentação

administrativa para otimizar os resultados esperados”. (CRUZ, 1998, p.57)

Stair e Reynolds (2006, p. 372) complementam dizendo que:

31

Page 33: TFG Luzirlei

Um sistema de informação gerencial (SIG) abrange uma coleção organizada de pessoas, procedimentos, software, banco de dados e dispositivos que fornecem informações rotineiras aos gerentes e aos tomadores de decisão. O foco de um SIG é, principalmente, a eficiência operacional.

A partir desta consideração, pode-se dizer que um Sistema de Informação Gerencial é

uma ferramenta indispensável para o administrador moderno. Suas decisões devem se pautar

em informações precisas e relevantes, que lhe proporcionam visão clara do passado e as

tendências do futuro. Sendo assim, o Sistema de Informação Gerencial deve ser organizado de

forma tal a permitir que as informações nele disponibilizadas atenda às características da

informação valiosa.

2.6.2 Entradas e Saídas do Sistema de Informação Gerencial

No que se refere às entradas de um sistema de informação gerencial, pode-se dizer que

ele obtém dados de fontes internas e externas, entretanto, as mais significativas são as

internas, derivadas dos vários sistemas de processamento de transações da organização. O

sistema processa esses dados e os transforma em informações úteis para os gerentes e os mais

diversos usuários da informação gerencial.

No que tange às saídas dos sistemas de informação gerencial, Stair e Reynolds (2002,

p. 279) afirmam que a maioria delas corresponde a um conjunto de relatórios destinados aos

gerentes que podem ajudá-los a desenvolver projetos mais eficientes, tomar decisões mais

precisas, além de ter mais controle sobre as operações da empresa. Ressalta-se ainda que

muitos dos relatórios são focalizados à demanda dos vários departamentos emitindo relatórios

para Finanças, Marketing, Recursos Humanos, dentre outros.

Os relatórios de um sistema de informação gerencial podem ser de vários tipos

conforme segue para exemplificar: relatórios agendados que são gerados periodicamente,

sendo diário, semanal, mensal, ou qualquer outro período; relatórios de indicadores chave que

resumem as atividades críticas do dia anterior estando disponível geralmente no início de cada

jornada de trabalho com intuito de orientar os gestores em ações corretivas e emergenciais

relacionadas a aspectos fundamentais do negócio; relatórios de demanda disponibilizam

informações de acordo com as exigências da gerencia; relatório de exceção, estes são

produzidos automaticamente quando há uma situação adversa, incomum ou que exija

intervenção da gerência; além de muitos outros relatórios de extrema importância para a boa

tomada de decisão na empresa.

32

Page 34: TFG Luzirlei

2.7. SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL

2.7.1 Objetivos

A contabilidade é naturalmente um sistema de informação pois “nasceu sob a

arquitetura de sistema informacional” (PADOVEZE, 2002, p. 49). Nele são acumuladas

informações de vários outros sistemas existentes dentro de uma organização e são gravadas

em bancos de dados para utilização quando necessário (MOSCOVE, SIMKIN e

BRAGANOFF, 2002, p 24)

John F. Nash (apud PADOVEZE, 2002, p. 126) vai além e declara que “o Sistema de

Informação Contábil é um veículo formal para o processamento operacional de dados

contábeis e para as atividades de suporte à decisão”. Esta afirmativa faz lembra que o objetivo

da contabilidade é a geração de informação para tomada de decisão e controle. Assim sendo o

Sistema de Informação Contábil é o mecanismo operacional centralizador de informações

dentro da organização responsável por gerar as informações de suporte a decisão e controle.

Os sistemas de informações contábeis devem ser estruturados e operacionalizados de

forma a atender as leis comerciais, a Lei das Sociedades por Ações, Instruções da CVM além

dos Postulados, Princípios e Convenções (MAGALHÃES e LUNKES, 2000). E, no que tange

ao ambiente, Padoveze (2002, p. 130) declara que os limites desse sistema “se estende até as

fronteiras do sistema empresa”, ou seja, “qualquer transação que resulte em alteração do

patrimônio da empresa, quer quanto a sua classificação contábil quer quanto ao seu valor”.

2.7.2 Subsistemas de um Sistema de Informação Contábil

Os subsistemas básicos de um sistema de informação contábil são : orçamento, contas

a receber, folha de pagamento, gerenciamento de ativos e razão geral (STAIR e REYNOLDS;

1999, p. 255).

a) subsistema de orçamento – é uma espécie de “plano financeiro que identifica os

itens e o capital que a organização estima gastar” (STAIR e REYNOLDS; 1999, p. 255), e

permite aos gestores monitorar “o nível de despesas em cada departamento” e ajustar sua

proposta orçamentária de forma a “atender às metas organizacionais”.

b) subsistema de contas a receber – este subsistema é responsável por gerir o fluxo de

caixa da empresa e controlá-lo conforme movimentações das contas vendas de mercadorias e

33

Page 35: TFG Luzirlei

serviços prestados, além de elaborar relatórios dos maus pagadores para monitoramento dos

gerentes para que evitem a aceitação de pedidos de clientes inadimplentes. Também informa a

programação da entrada de caixa o que possibilita a organização nas contas a pagar.

c) subsistema de folha de pagamento – são subsistemas complexos, capazes de “lidar

com horas-extras, pagamento de férias, estruturas salariais variáveis e com vários níveis,

programas de incentivo e comissões” além do controle de horário dos funcionários através do

“relógio ponto, cartão ponto e dispositivos industriais para coleta de dados” e geram os

formulários de impostos federais e estaduais bem como a folha de pagamento e pró-labore

(STAIR e REYNOLDS; 1999, p. 255).

d) subsistema de gerenciamento de ativos – este subsistema tem por finalidade

controlar os investimentos em bens de capital assim como gerenciar a depreciação de forma a

maximizar os benefícios com os impostos.

e) subsistema razão geral – este subsistema norteia o registro de forma correta das

transações da empresa. É em função do razão geral que é possível automatizar a emissão de

relatórios financeiros além do registro dos dados de entrada. O razão geral é a coluna dorsal

do banco de dados de um sistema contábil, portanto este deve ser muito bem elaborado.

2.7.3 Entradas do Sistema de Informação Contábil

As entradas de um sistema de informação contábil são todos os fatos contábeis

gerados na gestão empresarial como recebimentos, pagamentos, compras, vendas, provisões

etc. (MAGALHÃES e LUNKES; 2000). São todas as operações que ocorrem na empresa

tanto as de entrada como as de saída, que são previamente classificadas e então inseridas no

sistema contábil, através de processo manual ou computadorizado onde é “processado sob a

influência do ambiente no qual está instalado o Departamento de Contabilidade”.

Comentando sobre as documentações de entradas nos sistemas de informações

contábeis, Moscove, Simkin e Braganoff (2002, p 46) citam os cartões de ponto, notas fiscais

de compra e venda, comprovantes de despesas e formulários de reembolso de despesas de

viagens.

Deve-se atentar para a convenção contábil da objetividade. Segundo Favero et al

(2005, p. 41) “o registro de qualquer operação só terá validade se estiver embasado em

documentação suporte”, sendo ela “notas fiscais, recibos, folha de pagamento etc.”. Nenhuma

entrada será feita no sistema sem estes comprovantes, e comprovantes válidos. Isto faz evitar

34

Page 36: TFG Luzirlei

fraudes, permite revisão futura além da confiabilidade dos registros.

As entradas no sistema de informação contábil ocorrem através do lançamento.

Padoveze (2002, p. 164) declara que o método utilizado “é o das partidas dobradas e a

acumulação das informações dá-se nas contas contábeis”, que é o banco de dados de um

sistema de informação contábil.

2.7.4 Plano de Contas

O Plano de Contas é conceituado por Favero et al (2005, p. 130) como “um conjunto

ordenado de contas necessárias ao atendimento das necessidades de informação da empresa”.

Destarte, faz parte da técnica tradicional da contabilidade que dispões de forma lógica e

estruturada as contas proporcionando uma visão do conjunto patrimonial e sistematização do

trabalho contábil, tendo como principal objetivo “possibilitar o registro dos lançamentos

contábeis, de forma a criar condições ótimas de classificação e acumulação dos dados”

(PADOVEZE; 2002, p. 185).

Este Plano de Contas segue uma estrutura que é estabelecida pela Lei das Sociedades

por Ações, particularmente pela Lei do Imposto de Renda e da CVM (Conselho de Valores

Mobiliários) sendo adaptável a cada empresa particularmente segundo as suas peculiaridades,

necessidades informacionais internas e transações.

“A elaboração de um bom plano de contas é fundamental no sentido de utilizar todo o

potencial da contabilidade em seu valor informativo para inúmeros usuários” (IUDÍCIBUS,

MARTINS e GELBCKE; 2007, p.19). Desta forma, percebe-se a importância de se relacionar

os mais variados relatórios gerenciais e contábeis para uso tanto interno quanto externo

quando se trabalha no projeto de desenvolvimento do Plano de Contas pois este deve ser

capaz de supri-los com as informações inerentes a cada um deles.

Favero et al, (2005, p. 131) afirma que um plano de contas padrão deve conter os

seguintes elementos:

- elenco de contas: que é o conjunto de contas analíticas e contas sintéticas que

compõem o plano; e

- função das contas: são as especificações (regras) que determinam a ocasião e a razão

pela qual determinada conta deve ser utilizada.

Fazendo assim, fica prático para o usuário no seu dia-a-dia utilizá-las. Favero et al

(2005, p. 131) ainda complementa acerca do planejamento para a elaboração do plano de

35

Page 37: TFG Luzirlei

contas que deve atentar aos seguintes passos:

- análise dos fins a que se destina a empresa, visando organizar um plano de contas que tenha afinidade com o propósito da empresa;- planejamento prévio do trabalho de elaboração do plano;- observação do ambiente empresarial e coleta dos dados necessários à elaboração do plano;- conscientização das pessoas envolvidas com o manuseio do plano de contas quanto a sua importância para a consecução dos objetivos da empresa;- elaboração do plano de contas;- implantação do plano de contas;- acompanhamento dos trabalhos durante a implantação do plano de contas;- análise do funcionamento do plano; e- ajustes necessários.

A seguir é apresentado um modelo de estrutura de um plano de contas conforme

apresentado por Iudícibus, Martins e Gelbcke (2007, p.22-28):

Ativo

I. Ativo Circulante1. Disponível2. Clientes3. Outros Créditos4. Investimentos Temporários5. Estoques6. Ativos Especiais7. Despesas Do Exercício Seguinte Pagas Antecipadamente

Ii Ativo Não CirculanteIi.1. Ativo Realizável A Longo Prazo

1. Créditos E Valores2. Investimentos Temporários A Longo Prazo3. Despesas Antecipadas

Ii.2. InvestimentosA. Participações Permanentes Em Outras SociedadesA) Avaliação Por Método De Equivalência Patrimonial1. Valor De Equivalência Patrimonial2. Ágio Ou Deságio Dos Investimentos Menos Amortizações3. Provisão Para Perdas PermanentesB) Avaliação Pelo Método De Custo1. Participação Em Sociedades Controladas E Coligadas2. Participações Em Outras Empresas3. Participações Em Fundos De Investimentos4. Debêntures Permanentes5. Provisão Para Perdas Permanentes 6. Provisão Para Redução Ao Valor De MercadoB. Outros Investimentos

Ii.3. Ativos ImobilizadosA. Bens Em Operação - CustoB. Depreciação, Amortização E Exaustão AcumuladaC. Imobilizado Em Andamento – Custo

Ii.4. IntangívelA. CustoB. Amortização Acumulada

Passivo + Patrimônio Líquido

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Page 38: TFG Luzirlei

I. Passivo Circulante1. Empréstimos E Financiamentos2. Debêntures3. Fornecedores4. Obrigações Fiscais5. Outras Obrigações6. Provisões

Ii. Passivo Não Circulante1. Empréstimos E Financiamentos2. Debêntures3. Retenções Contratuais4. Ir E Cs Diferidos5. Resgate De Partes Beneficiarias6. Provisões7. Refis

Iii. Resultados De Exercícios Futuros

Iv. Acionistas Não Controladores

V. Patrimônio Líquido1. Capital Social2. Reservas De Capital3. Despesas Na Emissão De Ações4. Reservas De Lucros5. Lucros Ou Prejuízos Acumulados6. Ações Em Tesouraria

Contas De Resultado

I. Receita Bruta De Vendas De Produtos E Serviços1. Vendas De Produtos2. Vendas De Serviços

Ii. Deduções Da Receita Bruta

1. Vendas Canceladas E Devoluções 2. Abatimentos3. Impostos Incidentes Sobre Vendas

Iii. Ajuste A Valor Presente De Clientes

Iv. Custo Dos Produtos Vendidos E Dos Serviços Prestados1. Custo Dos Produtos Vendidos2. Custo Dos Serviços Prestados

V. Custos De Produção1. Matéria-Prima Direta2. Outros Materiais Diretos3. Mão De Obra Direta4. Outros Custos Diretos5. Custos Indiretos

Vi. Despesas OperacionaisA. De Vendas1. Despesas Com Pessoal2. Comissões De Vendas3. Ocupação4. Utilidades E Serviços

37

Page 39: TFG Luzirlei

5. Propaganda E Publicidade6. Despesas Gerais7. Tributos E Contribuições8. Provisão Para Créditos De Liquidação DuvidosaB. Administrativas1. Despesas Com Pessoal2. Ocupação3. Utilidades E Serviços4. Honorários5. Despesas Gerais6. Tributos E Contribuições7. Despesas Com ProvisõesC. Resultado Financeiro Líquido1. Receitas E Despesas Financeiras2. Variações Monetárias De Obrigações E Créditos3. Pis/Pasep Sobre Receitas Financeiras4. Cofins Sobre Receitas FinanceirasD. Outras Receitas E Despesas Operacionais1. Lucros E Prejuízos De Participações Em Outras Sociedades2. Vendas Diversas

Vii. Ganhos/Perdas Em Itens MonetáriosIx. Imposto De Renda E Contribuição Social

X. Participações E Contribuições1. Debêntures2. Empregados3. Administradores4. Pertes Beneficiárias5. Instituição Ou Fundo De Assistência Ou Previdência A

Empregados

Xi. Resultado Líquido Do Exercício

2.7.5 Saídas do Sistema de Informação Contábil

Padoveze (2002, p. 131) comenta que “as saídas do sistema de informação são as

informações contábeis necessárias para cumprir todos seus objetivos” e elas são

disponibilizadas através dos componentes de saídas do sistema.

Magalhães e Lunkes (2000, p. 43) dividem essas saídas em dois módulos específicos:

módulo financeiro e módulo gerencial. O modulo financeiro é aquele que visa atender

usuários externos apresentando as demonstrações fiscais obrigatórias e as demonstrações

contábeis auxiliares. Já o módulo gerencial é mais específico aos usuários internos,

compreendendo as informações direcionadas “aos pontos de decisão do Sistema Empresa”.

Estas poderão ser produzidas em períodos pré-fixados para atender a demanda interna das

informações contábeis.

Percebe-se que após todo o processo do sistema de informação contábil, suas saídas

podem atender a todos os que precisam da informação contábil para tomada de decisão e

38

Page 40: TFG Luzirlei

controle. Todos os relatórios obrigatórios como Balanço Patrimonial, Demonstração do

Resultado do Exercício, Demonstração de Fluxo de Caixa, dentre outros são gerados pelo

mesmo, bem como vários outros relatórios auxiliares que subsidiarão a direção da empresa na

execução da sua atividade.

2.7.5.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é uma demonstração da estática patrimonial, ou seja, apresenta

a posição financeira e patrimonial da entidade em um dado momento. Ela tem a finalidade de

“demonstrar a posição de bens, direitos e obrigações em determinado momento, evidenciando

a situação líquida”, sendo um valioso instrumento “para a análise da estrutura de capital e da

capacidade financeira da empresa” (FAVERO et al, 2005, p. 58).

A Lei 6.404/76 e alterações posteriores orientam para que a estrutura do Balanço

Patrimonial apresente os seguintes itens:

a) Ativo – “é o conjunto de bens e direitos decorrentes de transações passadas e com

potencialidade de geração de caixa, colocados à disposição da entidade para que essa possa

alcançar os seus objetivos” (FAVERO et al, 2005, p. 59), sendo o dinheiro em caixa, as

duplicatas a receber, adiantamento a fornecedores, maquinas, investimentos, terrenos dentre

muitos outros. O ativo é subdividido em agrupamentos que são dispostos segundo o grau de

liquidez.

b) Passivo – representa a aplicação de capital de terceiros na organização para que esta

possa alcançar seus objetivos. Portanto são as obrigações que deverão ser pagas em algum

momento. O passivo também é subdividido em agrupamentos de contas e dispostos segundo o

grau de exigibilidade, partindo das obrigações mais imediatas para aquelas a longo prazo,

sendo aqui que são listadas as obrigações com fornecedores, funcionários, bancos, governo e

etc.

c) Patrimônio Líquido: é a discriminação do capital inicial e aumentos posteriores dos

sócios investidos na empresa, acrescido dos resultados positivos obtidos pela mesma, bem

como os resultados das alienações de partes beneficiárias e bônus de subscrição, ágio na

venda de ações, prêmios de emissão de debêntures, doações e subvenções.

39

Page 41: TFG Luzirlei

2.7.5.2 Demonstração do Resultado do Exercício

Um dos princípios da contabilidade é o da realização da receita em confrontação com

as despesas, ou seja, para alcançar as receitas é necessário realizar gastos que serão deduzidos

para a verificação do resultado da operação, ou período. Este princípio fica evidente na

Demonstração do Resultado do Exercício que é.um relatório contábil da dinâmica patrimonial

da empresa, cujo “objetivo é demonstrar o resultado obtido pela entidade em determinado

período de tempo através da confrontação entre as receitas e despesas desse mesmo período”

(FAVERO et al, 2005, p. 82).

A Demonstração do Resultado do Exercício é estruturada seguindo um método

dedutivo, partindo das receitas totais de venda e/ou prestação de serviços apuradas no período

e a partir daí se faz as deduções dos custos e das despesas chagando-se ao resultado líquido do

período.

O artigo 187 da Lei 6.404/76 declara que a Demonstração do Resultado do Exercício

deve conter os seguintes itens:

- a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os

impostos;

- a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e

o lucro bruto;

- as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as

despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

- o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo da

conta correção monetária;

- o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto;

- as participações de debêntures, empregados, administradores, e partes beneficiárias, e

as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência dos empregados;

- o lucro ou prejuízo líquido do exercício e seu montante por ação do capital social.

2.7.5.3 Demonstração de Fluxo de Caixa

Demonstração financeira que indica a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa

(caixa + bancos + aplicações de curtíssimo prazo), bem como a aplicação de todo o dinheiro

que saiu do Caixa em determinado período e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro.

40

Page 42: TFG Luzirlei

2.8 DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA

2.8.1 Modelagem

Stair e Reynolds (1999, p.11) abordam a questão da modelagem de sistema e fazem

uma retrospectiva histórica do uso de modelos pelo homem. Afirmam que um modelo é uma

representação abstrata da realidade, mas representativa pois possibilita a exploração e

entendimento da situação real e o ser humano passou a utilizá-los há milhares de anos através

da descrição de batalhas, construção de maquetes e mesmo a utilização de símbolos, números

para representar mensurações. E em nossos dias, os gestores organizacionais utilizam-se dos

modelos para avaliar e tomar suas decisões com relação ao desempenho da empresa.

São utilizados vários métodos para a elaboração de um modelo, e são eles:

a) modelo narrativo – é o que se baseia em palavras, descrição verbais e textuais de

uma situação, a exemplo do relato de um vendedor bem como os relatórios e documentos.

b) modelo físico – são modelos que representam de forma tangível a realidade como as

maquetes e os projetos desenvolvidos em programas específicos de computador.

c) modelo esquemático – são aqueles representados através de gráficos, desenhos,

figuras, diagramas, ilustrações e fotos. Este tipo de modelo é muito usado para

desenvolvimento de sistemas de computador, principalmente pelo uso dos “fluxogramas de

programas”, que indicam como um programa de computador deve ser desenvolvido. Também

se enquadra neste modelo a planta de uma construção e o organograma da estrutura

administrativa de uma empresa.

d) modelo matemático – esta é a representação aritmética de uma situação real, e isto

se torna real através das fórmulas matemáticas.

Em qualquer modelo deve-se prezar pela precisão da sua representação, pois o

contrário induzirá ao erro o tomador de decisão.

2.8.2 Etapas de Desenvolvimento

O desenvolvimento de um sistema de informação é altamente complexo e difícil. É

necessário que se cumpra várias etapas do seu começo à conclusão. Stair e Reynolds (2006, p.

41

Page 43: TFG Luzirlei

26) apresentam:

1° Passo – Investigação de sistema: é o estágio do desenvolvimento de sistemas que

tem por objetivo conseguir um entendimento claro do problema a ser resolvido ou da

oportunidade a ser abordada. Esta é uma tarefa para o analista de sistema que busca junto aos

usuários as saídas de que necessitam do sistema.

2° Passo – Análise de sistema: é uma etapa do desenvolvimento do sistema em que os

problemas e oportunidades são definidos. Isto é feito após a investigação inicial, onde são

levantadas inúmeras necessidades, ideias, problemas, e então são peneirados e bem definidos

de forma que as pessoas envolvidas no desenvolvimento do sistema possam ter visão clara pra

dar andamento ao trabalho.

3° Passo – Projeto do sistema: nesse estágio é determinado como o novo sistema

operará para atender às necessidades de negócio definidas durante a análise de sistemas. É

tarefa do analista de sistema a elaboração do projeto que determina de que forma serão

resolvidos os problemas apresentados pelos usuários. Faz parte do projeto tanto o

desenvolvimento do sistema quanto a parte de equipamentos necessários para o

funcionamento do sistema.

4° Passo – Implementação de sistemas: é nesta fase do desenvolvimento de sistema

durante o qual os diversos componentes do sistema (software, hardware, base de dados etc.)

definidos no passo do projeto são criados ou adquiridos e então montado, e o novo sistema é

posto em operação.

5° Passo – manutenção e revisão de sistema: estágio do processo de desenvolvimento

de sistemas que tem por objetivo verificar e modificar o sistema para que ele continue a

atender às necessidades mutantes de negócio.

42

Page 44: TFG Luzirlei

Figura 5 - Etapas para desenvolvimento de um sistemaFonte: Stair e Reynolds; 2006, p. 27

Um modelo semelhante é apresentado por Moscove, Simkin e Braganoff (2002, p.306

e 307) que enfatiza a necessidade de constante acompanhamento do sistema quando já estiver

em utilização para “certificar-se de que ele ainda está operando de maneira eficiente e

efetiva”, pois, caso contrário, deve-se efetuar reparos ou mesmo a sua substituição.

2.8.3 Modelagem de Sistema de Informação Contábil

Para construção de um modelo de sistema de informação contábil deve-se seguir o

enfoque sistêmico, começando pela “análise do ambiente externo até a definição das

necessidades informacionais, para que as saídas do sistema sejam coerentes com os objetivos

do sistema contábil” (PADOVEZE, 2002, p. 133).

Para que este processo ocorra, segue um modelo conceitual de estruturação de um

sistema de informação contábil conforme apresentado por Padoveze (2002, p. 134 a 137) que

aborda os seguintes itens:

Investigação de sistemas

Entender o problema

Análise de sistemas

Entender a solução

Projeto de sistemas

Selecionar e planejar a melhor solução

Implementação de sistemas

Colocar a solução em ação

Manutenção e revisão de sistemas

Avaliar resultados de solução

43

Page 45: TFG Luzirlei

- Estudo da empresa, obtendo-se a visão dos negócios da organização;

- Identificação das necessidades dos usuários do sistema de informação contábil;

- Estruturação da conta contábil;

- Parametrização dos demais módulos do sistema de informação gerencial;

-Plano de contas e operacionalização dos lançamentos; e

- Disponibilização das informações e dos relatórios.

2.8.3.1 Estudo da empresa, obtendo-se a visão dos negócios da organização

Esta é uma etapa para conhecimento da empresa, ter uma visão dos negócios,

conhecimento dos produtos, materiais, processo de produção e comercialização, além do

levantamento da estrutura organizacional e funcionamento da empresa. Esse levantamento

permite a definição dos seguintes elementos:

a) Segmentação da empresa em setores, departamentos, divisões, diretorias e

áreas da empresa;

b) Segmentação da empresa em atividades, se for o caso;

c) Incorporação da hierarquia formal ao sistema de informação contábil;

d) Definição dos produtos e serviços de cada divisão ou unidade de negócio;

e) Definição das contas de despesas e receitas;

f) Definição do grau de responsabilidade sobre os ativos, receitas e despesas

etc.

2.8.3.2 Identificação das necessidades dos usuários do sistema de informação contábil

Neste passo são detectadas “todas as informações necessárias e desejáveis que o

sistema de informação contábil deverá moldar e disponibilizar” (PADOVEZE, 2002, p.134)

sendo esta uma etapa a ser cumprida em conjunto pela alta administração da empresa e o

contador e, na sequencia, com os níveis hierárquicos de gestores intermediários e inferiores.

Não devem ser esquecidas as necessidades dos usuários externos da informação contábil.

É feito um levantamento para identificação de quais são as informações que a empresa

necessita do sistema de informação contábil, bem como o nível de detalhamento, setorização

da organização, estabelecimentos dos centros de custos, moeda e prazos para divulgação da

informação. Além destas necessidades relativas a informação, também é observado a

44

Page 46: TFG Luzirlei

necessidade de recursos como hardware, comunicação, equipamentos de telefonia, redes,

aplicativos específicos etc.

2.8.3.3 Estruturação da conta contábil

Segundo Padoveze (2002, p. 136) a estrutura tradicional da conta contábil é

insuficiente para atender a todas as necessidades informacionais definidas nas duas etapas

anteriores, análise do negócio e organização, por isso se faz necessário que a estrutura da

conta seja mais abrangente, mais analítica, com centros de custos, para acúmulo das

informações de forma a poder gerar os mais diferentes relatórios além dos obrigatórios.

Padoveze (2002, p. 136) afirma que a estrutura da conta de ser constituída por vários

segmentos. Esta proposta permite que os vários módulos da empresa trabalhem com a mesma

conta por meio dos registros contábeis. Esta forma de estruturação da conta maximizar “a

capacidade de armazenamento dos dados contábeis, para fins legais e, ao mesmo tempo,

gerenciais”.

Assim sendo, todas as informações são registradas através dos lançamentos ampliados

nesta estrutura, e então armazenadas no banco de dados, ficando assim disponíveis para

consulta e emissão dos relatórios.

2.8.3.4 Parametrização dos demais módulos do sistema de informação gerencial

Padoveze (2002, p. 136) parte da premissa de que o sistema de informação gerencial e

sistema de informação contábil, que é o financeiro, são distintos e que o primeiro já esteja

implantado na empresa, e a partir disto discorre apresentando que o Sistema de Informação

Contábil recebe muitas informações que são lançadas no Sistema de Informação Gerencial.

Isto faz necessária uma análise por parte do contador se cada módulo do Sistema de

Informação Gerencial está habilitado a fornecer as informações de que o Sistema de

Informação Contábil necessita.

Para atender as necessidades do Sistema de Informação Contábil é preciso que seja

feita uma remodelagem na parametrização dos módulos do Sistema de Informação Gerencial

permitindo assim uma total integração entre os dois sistemas para troca de informação.

45

Page 47: TFG Luzirlei

2.8.3.5 Plano de contas e operacionalização dos lançamentos

Através da execução das etapas anteriores é elaborado um plano de contas central e o

plano de contas complementares. Também já se pode definir a forma como serão realizados

os lançamentos.

Para a criação dos planos de contas deve-se levar em consideração que esta é uma

ferramenta basilar, imprescindível para a implementação e utilização de um Sistema de

Informação eficiente para a elaboração dos relatórios dele requerido, contábeis e gerenciais. E

é a partir desta premissa que se estrutura o plano de contas. Assim como a conta contábil deve

ser ampliada para atender às necessidades de consulta dela requerida, o plano de contas

precisa também de uma estruturação ampliada, pois o plano de contas tradicional da

contabilidade é incapaz de atender ás necessidades gerenciais.

2.8.3.6 Disponibilização das informações e dos relatórios gerenciais

A partir das necessidades informacionais detectadas nos primeiros passos deste

modelo de estruturação de um Sistema de Informação Contábil, é que são elaborados os

relatórios finais. Nesta última etapa é estabelecido o processo de elaboração destes relatórios

bem como o modelo destes, visando sempre a apresentação num formato claro e objetivo,

sendo assim de fácil compreensão por parte dos usuários dos mesmos.

2.9 SIMPLES NACIONAL

O Simples Nacional é um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Impostos e

Contribuições com o objetivo de atender e favorecer as Microempresas (ME) e Empresas de

Pequeno Porte (EPP). Foi criado pela Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006

entrando em vigor em 1° de julho do ano seguinte.

A legislação tributária define Microempresa a pessoa jurídica que em cada ano-

calendário tenha uma receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil

reais) e Empresa de Pequeno Porte a pessoa jurídica que no mesmo período tenha receita

bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) a igual ou inferior a R$

2.400.000,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais).

O Regime do Simples Nacional teve o intuito de unificar a legislação tributária

46

Page 48: TFG Luzirlei

aplicável à modalidade de empresas supracitadas nas diversas esferas do governo: federal,

estadual e municipal. Os Tributos unificados são o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica),

CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), PIS/Pasep (Programa de Integração

Social/ Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público), COFINS (Contribuição

para Financiamento da Seguridade Social), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados),

CPP (Contribuição Previdenciária Patronal), todos estes na esfera federal, ICMS (Imposto

sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) no âmbito estadual e ISS (Imposto Sobre

Serviços) administrado pelos municípios.

Para conseguir o enquadramento no Simples Nacional a empresa deve manter em dia o

pagamento dos seus tributos, emitir notas fiscais e registro dos empregados. A opção

tributária é realizada do primeiro ao último dia útil do mês de janeiro de cada ano.

2.7 TÓPICOS DESENVOLVIDOS

1 – Fatos Contábeis;

2 – Relatórios Contábeis e Gerenciais a serem usados pela empresa;

3 – Plano de Contas específico para a empresa analisada;

4 – Informações que devem constar no registro de cada fato contábil;

5 – Formulário de registro dos fatos contábeis;

6 – Modelo de tabela de armazenamento das informações lançadas no sistema;

7 – Relatórios Contábeis elaborados a partir do plano de contas e tabela de

armazenamento;

8 – Relatórios Gerenciais elaborados a partir do plano de contas e tabela de

armazenamento;

9 – Diagrama da movimentação dos dados da entrada à saída da informação tanto

contábil quanto gerencial.

47

Page 49: TFG Luzirlei

3. METODOLOGIA

3.1. DEFINIÇÃO DO TIPO DE PESQUISA

O tipo da pesquisa realizada é um estudo de caso com natureza descritiva, pois o

objetivo foi descrever as características de um processo contábil partindo dos dados

fornecidos por uma empresa comercial sem, no entanto, manipulá-lo. O processo descrito é o

utilizado pela contabilidade para gerar seus relatórios, sendo que a partir deste é criado um

modelo dos procedimentos para processamento dos dados.

3.2. DEFINIÇÃO DAS PERGUNTAS DA PESQUISA

a- Quais as rotinas do comércio que geram dados para o sistema contábil?

b- Quais os relatórios requeridos pela administração da empresa?

c- Como dar entrada à variedade de dados no sistema?

d- Como elaborar um plano de contas capaz de suportar as rotinas da empresa?

e- Como extrair os relatórios a partir de um plano de contas e tabelas de dados?

3.3. MÉTODO DE COLETA DE DADOS

Os métodos escolhidos para a coleta dos dados para análise na pesquisa foi:

a- Observação – para o levantamento das rotinas que influem no patrimônio.

b- Consulta de documentos – para esboçar um padrão de dados que precisarão ser

lançados no sistema.

c- Pesquisa bibliográfica – autores que sistematizam o processo.

Page 50: TFG Luzirlei

3.4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

A partir dos dados coletados se buscou criar um padrão de todo o processo contábil,

das notas aos relatórios. A partir das rotinas e documentações são traçados todos os eventos

que geram fatos contábeis, e sua devida justificativa. No segundo momento são definidos os

dados que deverão ser lançados no sistema bem como as tabelas de armazenamento de dados

que devem conter no sistema. E na etapa final é apresentado um modelo padrão da entrada de

dados e para a extração dos valores no plano de contas e tabela de dados para a geração dos

relatórios.

3.5. LIMITAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa teve as limitações do tempo do período de apuração dos fatos contábeis na

empresa que restringiu-se somente a um mês de operações. Outra limitação importante está

relacionada à quantidade de teóricos da área contábil que abordam desenvolvimento de

sistemas contábeis.

49

Page 51: TFG Luzirlei

4. DESENVOLVIMENTO

4.1 AMBIENTE DE APURAÇÃO DOS FATOS CONTÁBEIS

A empresa base para o presente estudo é uma sociedade limitada que atua no comércio

varejista de embalagens. Localizada no município de Maringá, Estado do Paraná, esta iniciou

suas atividades no ano de 1995 como um pequeno empreendimento familiar expandindo-se

até se tornar uma empresa de referência de embalagens na região.

Tributariamente enquadra-se no regime do Simples Nacional e suas movimentações

seguem somente uma rotina simplificada com operações como compra, vendas, despesas

operacionais, folha de pagamento etc. Desta forma, tornou-se menos complexa a proposta

deste trabalho, o modelo de sistema contábil.

4.2 FATOS CONTÁBEIS

Os fatos contábeis, também chamados de fenômenos patrimoniais, são todas as

operações que ocorrem na empresa, como as compras, vendas, despesas, recebimentos,

pagamentos, empréstimos e muitos outros que, de alguma forma alteram a situação

patrimonial da mesma. Estes fatos são decorrentes da atividade operacional e não operacional,

pois mesmo os negócios envolvendo áreas secundárias, ou não ligadas à atividade principal da

organização, mas que altera a sua situação patrimonial, são fatos contábeis.

Na empresa estudada se fez um levantamento nas notas fiscais emitidas e recebidas

bem como faturas de serviços recebidos num determinado período de tempo e apuraram-se os

fatos contábeis conforme Quadro 2, sendo apresentada juntamente a justificativa da sua

ocorrência e as contas contábeis que movimentaram. Ressalta-se ainda que muitos outros

fatos contábeis poderiam ser listados e que tem ligação com a atividade da empresa,

entretanto se restringiu somente a estes que ocorreram no período da avaliação.

Page 52: TFG Luzirlei

Quadro 2 - Fatos Contábeis:Fato Contábil Justificativa Movimentação Contábil

Compra de Mercadorias Fato que tem relação direta com a atividade principal da empresa, sendo o abastecimento dos estoques para revenda.

Débito Estoque

CréditoCaixa/Banco (a vista)Fornecedores (a prazo)

Pagamento de Compra É quando ocorre o pagamento das compras a prazo de mercadorias.

Débito Fornecedores

CréditoCaixa/Banco

Venda de Mercadorias É a atividade principal da empresa, sendo realizada a vista e a prazo.

Débito Caixa/Banco (a vista)Clientes (a prazo)Custos da Mercadoria Vendida

CréditoVenda a Vista/PrazoEstoque

Recebimento de Venda É o quando ocorre o recebimento das vendas a prazo realizadas.

Débito Caixa/Banco

CréditoClientes

Salários dos Funcionários

São de funcionários que atuam em todas as áreas da empresa, sendo elas: vendas; entregas; administrativo; serviços gerais; e financeiro.

Débito Salários (pelo reconhecimento da despesa)Salários a pagar (pagamento)

CréditoSalários a pagar (pelo reconhecimento da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Retirada pró-labore A retirada mensal dos sócios pelos serviços prestados à empresa.

Débito Pró-Labore (apropriação da despesa)Pró-Labore a Pagar (pagamento)

Crédito

Page 53: TFG Luzirlei

Pró-Labore a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Honorários Contábeis Pagamento ao escritório de contabilidade pelos serviços recebidos, relativos a controle do departamento pessoal, apuração dos impostos e registros contábeis.

Débito Honorários Contábeis (apropriação da despesa)Honorários Contábeis a Pagar (pagamento)

CréditoHonorários Contábeis a Pagar (apropriação das despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Água Pelo uso da água na cozinha, nos banheiros e para limpeza do estabelecimento.

Débito Água e Esgoto (apropriação da despesa)Água e Esgoto a Pagar (pagamento)

CréditoÁgua e Esgoto a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Energia Elétrica É relativo ao gasto de energia nas áreas de vendas, administração e depósito.

Débito Energia Elétrica (apropriação da despesa)Energia Elétrica a Pagar (pagamento)

CréditoEnergia Elétrica a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Telefone Tanto o uso de telefone de telemarketing quanto para uso administrativo.

Débito Telefone (apropriação da despesa)Telefone a Pagar (pagamento)

CréditoTelefone a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Correios São os gastos para envio de correspondência a clientes e fornecedores.

Débito Despesas Postais

CréditoCaixa

Material de Limpeza Relacionam-se todos os itens de limpeza e higiene utilizados na empresa bem como pequenos utensílios

Débito Estoque de Material de Limpeza (compra)

52

Page 54: TFG Luzirlei

necessários para a realização desta tarefa. Material de Limpeza (uso do estoque - despesa)Crédito

Caixa/Banco/Contas a Pagar (compra)Estoque de Material de Limpeza (uso do estoque -

despesa)Material de Escritório Materiais como papel A4, papel razão para as

impressoras, canetas, calculadoras, grampos, clipes, pastas para arquivo etc.

Débito Estoque de Material de Escritório (compra)Material de Escritório (uso do estoque - despesa)

CréditoCaixa/Banco/Contas a Pagar (compra)Estoque de Material de Escritório (uso do estoque -

despesa)Brindes Canetas, bonés e camisetas confeccionadas para

divulgação da marca da empresa.Débito

Brindes (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Site Despesas relacionadas à construção do sitio, bem como manutenção, hospedagem e domínio.

Débito Site (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Propaganda Ações de divulgação da merca realizadas através de anúncios apresentados em mídia impressa e audiovisual.

Débito Propaganda (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DAS – Simples Nacional É o recolhimento mensal do imposto único devido Débito

53

Page 55: TFG Luzirlei

relativos à empresas optantes pelo Simples Nacional. Simples Nacional (apropriação da despesa)Simples Nacional a Pagar (pagamento)

CréditoSimples Nacional a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Combustível É o gasto diário dos veículos que realizam as entregas.

Débito Combustíveis (pagamento - despesa)

CréditoCaixa/Banco (pagamento - despesa)

Manutenção dos Veículos

É referente aos gastos com manutenção dos veículos, como troca de óleo, pneus, ajustes etc.

Débito Manutenção dos Veículos (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Imposto Veicular São os impostos anuais dos veículos da empresa como licenciamento, IPVA e seguro obrigatório.

Débito Impostos de Veículos (apropriação da despesa)Impostos de Veículos a Pagar (pagamento)

CréditoImpostos de Veículos a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Multas e Juros São as despesas geradas pelo atraso de pagamento de duplicatas.

Débito Multas e Juros (pagamento)

CréditoCaixa/Banco (pagamento)

IPTU Imposto municipal relativo à ocupação espacial da empresa.

Débito IPTU (apropriação da despesa)IPTU a Pagar (pagamento)

CréditoIPTU a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

INSS Imposto federal incidente sobre folha de pagamento Débito

54

Page 56: TFG Luzirlei

dos funcionários e pró-labore. INSS (apropriação da despesa)INSS a Pagar (pagamento)

CréditoINSS a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

FGTS Imposto federal incidente sobre a folha de pagamento dos funcionários.

Débito FGTS (apropriação da despesa)FGTS a Pagar (pagamento)

CréditoFGTS a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Despesas Bancárias Despesas decorrentes da manutenção da conta em banco, assim como da

Débito Despesas Bancárias

CréditoBanco

Compra de Imobilizado Compra de itens do imobilizado como móveis e utensílios, equipamentos de processamento de dados, máquinas, instalações, etc.

Débito Imobilizado (pela imobilização)Títulos a Pagar (pagamento)

CréditoTítulos a Pagar (pela imobilização)Caixa/Banco (pagamento)

Outros Impostos e Taxas Outros impostos ou taxas diversas que possam ocorrer como o FUNREBOM.

Débito Impostos e Taxas (apropriação da despesa)Impostos e Taxas a Pagar (pagamento)

CréditoImpostos e Taxas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Devolução de Vendas Ocorre quando o cliente retorna com o produto a loja desfazendo a compra ou efetuando troca.

Débito Devolução de VendaEstoque

CréditoCaixa/Banco (a vista)

55

Page 57: TFG Luzirlei

Clientes (a prazo)Custos da Mercadoria Vendida

Devolução de Compra Pela devolução de mercadoria comprada devido a algum problema com as mesmas.

Débito Caixa/Banco (a vista)Fornecedores (a prazo)

CréditoEstoque

Sistema de Controle Mensalidade do sistema de controle da empresa Débito Manutenção do Sistema (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

Depreciação dos Bens Pelo desgaste dos bens da empresa constantes no ativo imobilizado e uso do benefício legal.

Débito Depreciação (apropriação da despesa)

Crédito(-) Depreciação Acumulada (apropriação da despesa)

Perda de Mercadoria Decorrentes de descuidos com armazenamento ou validade de produtos acarretando em perdas no estoque.

Débito Perdas no Estoque

CréditoEstoque

Adiantamento a Fornecedores

Pagamento a maior para o fornecedor ou adiantamento efetuado.

Débito Adiantamento a Fornecedores

CréditoCaixa/Banco (pagamento)

Adiantamento de Clientes

Recebimento a maior de clientes ou adiantamento efetuado pelos mesmos.

Débito Caixa/Banco

CréditoAdiantamento de Clientes

Aluguel do Imóvel Aluguel do imóvel onde se localiza o estabelecimento comercial.

Débito Aluguéis (apropriação da despesa)Aluguéis a Pagar (pagamento)

56

Page 58: TFG Luzirlei

CréditoAluguéis a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

57

Page 59: TFG Luzirlei

4.3 RELATÓRIOS CONTÁBEIS A SEREM USADOS PELA EMPRESA

Numa pesquisa junto aos sócios da empresa levantou-se as necessidades

informacionais dos mesmos para gerir o negócio e, através disto, concluiu-se que o modelo de

sistema proposto por este trabalho deve gerar os seguintes relatórios:

a) Financeiros:

- Balanço Patrimonial – Para fins obrigatórios e uso interno na empresa para

informação e controle patrimonial;

- Demonstração do Resultado dos Exercícios – Para fins obrigatórios e uso interno na

empresa para informação e controle dos gastos da empresa;

- Demonstração de Fluxo de Caixa – Para fins informacionais acerca da movimentação

de caixa num período.

b) Gerenciais:

- Relatório de Movimentação dos Estoques – Para informação e controle dos estoques

da empresa;

- Relatório de Contas a Pagar – Para informação e controle das contas a pagar, sendo

os fornecedores, tributos, despesas e outros.

- Relatório de Contas a Receber – Para informação e controle das contas a receber de

clientes e débitos de recebimentos com cartão.

- Relatório de Vendas X Custos por Período – Para informação e controle dos níveis

de vendas por período especificado em contrapartida com a baixa nos estoques de

mercadorias (custo das mercadorias vendidas).

- Relatório de Projeção de Caixa – Um comparativo entre as contas a receber e o

contas a pagar por período, para informação e controle dos gastos e receitas e planejamento

financeiro da empresa.

Outros relatórios contábeis e gerenciais poderiam ser listados, entretanto restringiu-se

a estes pois já são suficientes aos sócios da empresa além do que a cada relatório que é

acrescido, mais complexo fica a elaboração e desenvolvimento do sistema.

4.4 PLANO DE CONTAS ESPECÍFICO

Após levantamento dos fatos contábeis descritos no Quadro 2 foi elaborado o plano de

Page 60: TFG Luzirlei

contas específico à empresa em estudo, conforme segue:

PLANO DE CONTAS

1. ATIVO

1.1. ATIVO CIRCULANTE

1.1.1. DISPONÍVEL

1.1.1.01. Caixa

1.1.1.02. Banco HSBC S/A

1.1.1.03. Banco Itaú S/A

1.1.2. CLIENTES

1.1.2.01. Clientes em Carteira

1.1.2.02. Duplicatas a Receber

1.1.2.03. (-) Duplicatas Descontadas

1.1.3. OUTROS CRÉDITOS

1.1.3.01. Cheques em Cobrança

1.1.3.02. Cartões a Receber

1.1.3.03. Adiantamento a Fornecedores

1.1.3.04. Adiantamento a Funcionários

1.1.3.05. Empréstimo a Funcionários

1.1.3.06. Mercadorias Remetidas para Demonstração

1.1.4. ESTOQUES

1.1.4.01. Mercadorias para Revenda

1.1.4.02. Material de Escritório

1.1.4.03. Material de Embalagem

1.1.4.04. Material de Limpeza

1.2. ATIVO NÃO CIRCULANTE

1.2.1. ATIVOS IMOBILIZADOS

1.2.1.01. BENS EM OPERAÇÃO - CUSTO

1.2.1.01.01. Aparelhos Telefônicos

1.2.1.01.02. Equipamentos de Processamento de Dados

1.2.1.01.03. Móveis e Utensílios

1.2.1.01.04. Veículos

1.2.1.02. DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO ACUMULADA

1.2.1.02.01. (-) de Aparelhos Telefônicos

59

Page 61: TFG Luzirlei

1.2.1.02.02. (-) de Benfeitorias em Imóveis de Terceiros

1.2.1.02.03. (-) de Linhas Telefônicas

1.2.1.02.04. (-) de Equipamentos de Processamento de Dados

1.2.1.02.05. (-) de Móveis e Utensílios

1.2.1.02.06. (-) de Veículos

1.2.1.03. IMOBILIZADO EM ANDAMENTO – CUSTO

1.2.1.03.01. Bens em Comodato

1.2.1.03.02. Consórcios de Bens

1.2.1.03.03. Leasing – Arrendamento Mercantil

1.2.2. INTANGÍVEL

1.2.2.01. CUSTO

1.2.2.01.01. Site

1.2.2.02. AMORTIZAÇÃO ACUMULADA

1.2.2.02.01. (-) de Site

2. PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.1. PASSIVO CIRCULANTE

2.1.1. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

2.1.1.01. Banco HSBC S/A

2.1.2. FORNECEDORES

2.1.2.01. Fornecedores

2.1.3. OBRIGAÇÕES FISCAIS

2.1.3.01. Contribuição Confederativa a Recolher

2.1.3.02. FGTS a Recolher

2.1.3.03. INSS a Recolher

2.1.3.04. IPTU a Recolher

2.1.3.05. Imposto dos Veículos a Recolher

2.1.3.06. Simples Nacional a Recolher

2.1.3.07. Impostos e Taxas Diversas a Recolher

2.1.4. OUTRAS OBRIGAÇÕES

2.1.4.01. Salários e Ordenados a Pagar

2.1.4.02. Pró Labore a Pagar

2.1.4.03. Férias a Pagar

2.1.4.04. Rescisão a Pagar

60

Page 62: TFG Luzirlei

2.1.4.05. Contas a Pagar

2.1.4.06. Água e Esgoto a Pagar

2.1.4.07. Aluguéis a Pagar

2.1.4.08. Energia Elétrica a Pagar

2.1.4.09. Fretes a Pagar

2.1.4.10. Honorários Contábeis a Pagar

2.1.4.11. Seguros a Pagar

2.1.4.12. Serviços de Terceiros a Pagar

2.1.4.13. Telefones a Pagar

2.1.4.14. Encargos Financeiros a Pagar

2.1.4.15. Juros a Pagar

2.1.4.16. Consórcio a Pagar

2.1.4.17. Manutenção do Site a Pagar

2.1.4.18. Títulos a Pagar

2.1.4.19. Adiantamento de Clientes

2.1.5. PROVISÕES

2.1.5.01. Provisão para Férias

2.1.5.02. Provisão INSS sobre Férias

2.1.5.03. Provisão FGTS sobre Férias

2.1.5.04. Provisão PIS sobre Férias

2.1.5.05. Provisão para 13° Salário

2.1.5.06. Provisão de INSS sobre 13° Salário

2.1.5.07. Provisão de FGTS sobre 13° Salário

2.1.5.08. Provisão de PIS sobre 13° Salário

2.2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE

2.2.1. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

2.2.1.1. Leasing a Pagar

2.2.1.2. Empréstimo a Pagar

2.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

2.3.1. CAPITAL SOCIAL

2.3.1.01. Capital Subscrito

2.3.1.02. (-) Capital a Integralizar

2.3.2. RESERVAS DE CAPITAL

2.3.3. RESERVAS DE LUCROS

61

Page 63: TFG Luzirlei

2.3.3.01. Reserva Legal

2.3.3.02. Reservas Estatutárias

2.3.3.03. Reserva Orçamentária

2.3.3.04. Reservas de Lucros para Expansão

2.3.4. PREJUÍZOS ACUMULADOS

2.3.4.01. (-) Prejuízos Acumulados

2.3.4.02. Lucro do Período

2.3.4.03 (-) Prejuízo do Período

2.3.5. AÇÕES EM TESOURARIA

3. CONTAS DE RESULTADO

3.1. RECEITA BRUTA DE VENDAS DE MERCADORIAS

3.1.1. VENDAS DE MERCADORIAS

3.1.1.01. Vendas a Vista

3.1.1.02. Vendas a Prazo

3.2. DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

3.2.1. VENDAS CANCELADAS E DEVOLUÇÕES

3.2.1.01. Vendas Canceladas

3.2.1.02. Devoluções de Vendas

3.2.2. ABATIMENTOS

3.2.3. IMPOSTOS INCIDENTES SOBRE VENDAS

3.2.3.01. Simples Nacional

3.3. AJUSTE A VALOR PRESENTE DE CLIENTES

3.4. CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

3.4.1. CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

3.4.1.1. Custo das Mercadorias Vendidas

3.5. DESPESAS OPERACIONAIS

3.5.1. DE VENDAS

3.5.1.01. DESPESAS COM PESSOAL

3.5.1.01.01. Salários e Ordenados

3.5.1.01.02. Gratificações

3.5.1.01.03. 13° Salário

3.5.1.01.04. Férias

3.5.1.01.05. INSS

62

Page 64: TFG Luzirlei

3.5.1.01.06. FGTS

3.5.1.01.07. Indenizações e Aviso Prévio

3.5.1.01.08. Seguro de Vida em Grupo

3.5.1.01.09. Trabalho Temporário

3.5.1.01.10. Uniformes

3.5.1.02. PROPAGANDA E PUBLICIDADE

3.5.1.02.01. Propaganda

3.5.1.02.02. Brindes

3.5.1.03. PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA

3.5.1.03.01. Provisão

3.5.2. ADMINISTRATIVAS

3.5.2.01. DESPESAS COM PESSOAL

3.5.2.01.01. Pró-Labore

3.5.2.01.02. INSS

3.5.2.02. OCUPAÇÃO

3.5.2.02.01. Aluguel

3.5.2.02.02. Manutenção e Reparos

3.5.2.03. UTILIDADES E SERVIÇOS

3.5.2.03.01. Água e Esgoto

3.5.2.03.02. Energia Elétrica

3.5.2.03.03. Telefone

3.5.2.03.04. Despesas Postais

3.5.2.03.05. Site

3.5.2.03.06. Manutenção do Sistema

3.5.2.04. HONORÁRIOS

3.5.2.04.01. Honorários Contábeis

3.5.2.05. DESPESAS GERAIS

3.5.2.05.01. Material de Escritório

3.5.2.05.02. Material de Limpeza

3.5.2.05.03. Bens de Pequeno Valor

3.5.2.05.04. Limpeza e Conservação

3.5.2.05.05. Seguro de Bens

3.5.2.05.06. Manutenção dos Veículos

3.5.2.05.07. Combustíveis

63

Page 65: TFG Luzirlei

3.5.2.05.08. Copa e Cozinha

3.5.2.05.09. Depreciação

3.5.2.05.10. Perdas no Estoque

3.5.2.06. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES

3.5.2.06.01. Imposto Sindical

3.5.2.06.02. Impostos dos Veículos

3.5.2.06.03. IPTU

3.5.2.06.04. Impostos e Taxas

3.5.2.06.05. PIS

3.5.3. RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

3.5.3.01. DESPESAS FINANCEIRAS

3.5.3.01.01. Multas e Juros Pagos

3.5.3.01.02. Descontos Concedidos

3.5.3.01.03. Despesas Bancárias

3.5.3.02. RECEITAS FINANCEIRAS

3.5.3.02.01. Descontos Obtidos

3.5.3.02.02. Juros Recebidos

3.5.3.03. VENDAS DIVERSAS

3.5.3.03.01. Vendas de Sucatas

3.8. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

3.8.1 Resultado Líquido do Exercício

3.8.1.01 Resultado Líquido do Exercício

4.5 DADOS A SEREM EXTRAIDOS DA DOCUMENTAÇÃO SUPORTE

O quadro a seguir traz a fonte de informação que subsidia cada um dos fatos contábeis

a serem lançados no sistema, bem como apresenta os dados a serem extraídos dos documentos

para que o sistema possa gerar os relatórios dele requeridos.

64

Page 66: TFG Luzirlei

Quadro 3 – Documentos e dados de entrada no sistema dos fatos contábeis:Fato Contábil Movimentação Contábil

Compra de Mercadorias Débito Estoque

CréditoCaixa/Banco (a vista)Fornecedores (a prazo)

DocumentoNota Fiscal de Compra

DadosN° da NotaFornecedorMercadoriaQuantidadeValor UnitárioValor TotalValor das parcelasVencimento das parcelas

Pagamento de Compra Débito Fornecedores

CréditoCaixa/Banco

DocumentoDuplicata/Recibo

DadosN° do DocumentoFornecedorValorData de pagamentoAcréscimos

Venda de Mercadorias Débito Caixa/Banco (a vista)Clientes (a prazo)Custos da Mercadoria Vendida

CréditoVenda a Vista/PrazoEstoque

DocumentoNota Fiscal de Venda

DadosN° da NotaClienteMercadoriaQuantidadeValor UnitárioValor TotalValor das parcelasVencimento das parcelas

Page 67: TFG Luzirlei

Recebimento de Venda Débito Caixa/Banco

CréditoClientes

DocumentoDuplicata/Recibo

DadosN° do DocumentoClienteValorData de pagamentoAcréscimos

Salários dos Funcionários

Débito Salários (pelo reconhecimento da despesa)Salários a pagar (pagamento)

CréditoSalários a pagar (pelo reconhecimento da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoResumo da folha de pagamento, horelites e guias

de recolhimento dos impostosDados

Valores dos proventosValores dos descontosValores dos impostosData de pagamento da folhaData de pagamento dos impostos

Retirada pró-labore Débito Pró-Labore (apropriação da despesa)Pró-Labore a Pagar (pagamento)

CréditoPró-Labore a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoResumo da folha de pagamento, horelites e guias

de recolhimento dos impostosDados

Valores dos proventosValores dos descontosValores dos impostos Data de pagamento da folhaData de pagamento dos impostos

Honorários Contábeis Débito Honorários Contábeis (apropriação da despesa)Honorários Contábeis a Pagar (pagamento)

CréditoHonorários Contábeis a Pagar (apropriação das

despesa)

DocumentoFatura do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValor

66

Page 68: TFG Luzirlei

Caixa/Banco (pagamento) VencimentoÁgua Débito

Água e Esgoto (apropriação da despesa)Água e Esgoto a Pagar (pagamento)

CréditoÁgua e Esgoto a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoFatura do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

Energia Elétrica Débito Energia Elétrica (apropriação da despesa)Energia Elétrica a Pagar (pagamento)

CréditoEnergia Elétrica a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoFatura do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

Telefone Débito Telefone (apropriação da despesa)Telefone a Pagar (pagamento)

CréditoTelefone a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoFatura do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

Correios Débito Despesas Postais

CréditoCaixa

DocumentoCupom fiscal

DadosN° do DocumentoValor

Material de Limpeza Débito Estoque de Material de Limpeza (compra)Material de Limpeza (uso do estoque)

CréditoCaixa/Banco/Contas a Pagar (compra)

DocumentoNota Fiscal do Produto

DadosN° da NotaFornecedor

67

Page 69: TFG Luzirlei

Estoque de Material de Limpeza (uso do estoque) ValorVencimento

Material de Escritório Débito Estoque de Material de Escritório (compra)Material de Escritório (uso do estoque)

CréditoCaixa/Banco/Contas a Pagar (compra)Estoque de Material de Escritório (uso do estoque)

DocumentoNota Fiscal do Produto

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

Brindes Débito Brindes (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoNota Fiscal do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

Site Débito Site (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoNota Fiscal do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

Propaganda Débito Propaganda (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoNota Fiscal do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

DAS – Simples Nacional

Débito Simples Nacional (apropriação da despesa)

DocumentoGuia de recolhimento do DAS

68

Page 70: TFG Luzirlei

Simples Nacional a Pagar (pagamento)Crédito

Simples Nacional a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DadosCompetênciaValor Vencimento

Combustível Débito Combustíveis (pagamento)

CréditoCaixa/Banco (pagamento)

DocumentoCupom fiscal

DadosN° do DocumentoValor

Manutenção dos Veículos

Débito Manutenção dos Veículos (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoNota Fiscal do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

Imposto Veicular Débito Impostos de Veículos (apropriação da despesa)Impostos de Veículos a Pagar (pagamento)

CréditoImpostos de Veículos a Pagar (apropriação da

despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoGuia de recolhimento do imposto

DadosCompetênciaValor VencimentoVeículo

Multas e Juros Débito Multas e Juros (pagamento)

CréditoCaixa/Banco (pagamento)

DocumentoDuplicatas/Recibos que discriminem o acréscimo

DadosN° do DocumentoFornecedorValor

IPTU Débito IPTU (apropriação da despesa)IPTU a Pagar (pagamento)

DocumentoGuia de recolhimento do imposto

Dados

69

Page 71: TFG Luzirlei

CréditoIPTU a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

CompetênciaValor Vencimento

INSS Débito INSS (apropriação da despesa)INSS a Pagar (pagamento)

CréditoINSS a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoGuia de recolhimento do imposto

DadosCompetênciaValor Vencimento

FGTS Débito FGTS (apropriação da despesa)FGTS a Pagar (pagamento)

CréditoFGTS a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoGuia de recolhimento do imposto

DadosCompetênciaValor Vencimento

Despesas Bancárias Débito Despesas Bancárias

CréditoBanco

DocumentoExtrato bancário

DadosDataValor

Compra de Imobilizado Débito Imobilizado (pela imobilização)Títulos a Pagar (pagamento)

CréditoTítulos a Pagar (pela imobilização)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoNota Fiscal de Compra

DadosN° da NotaFornecedorBem

Outros Impostos e Taxas

Débito Impostos e Taxas (apropriação da despesa)Impostos e Taxas a Pagar (pagamento)

CréditoImpostos e Taxas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoGuia de recolhimento do imposto

DadosCompetênciaValor Vencimento

70

Page 72: TFG Luzirlei

Órgão recolhedorDevolução de Vendas Débito

Devolução de VendaEstoque

CréditoCaixa/Banco (a vista)Clientes (a prazo)Custos da Mercadoria Vendida

DocumentoNota Fiscal de Devolução

DadosN° da NotaClienteMercadoriaQuantidadeValor UnitárioValor Total

Devolução de Compra Débito Caixa/Banco (a vista)Fornecedores (a prazo)

CréditoEstoque

DocumentoNota Fiscal de Devolução

DadosN° da NotaFornecedorMercadoriaQuantidadeValor UnitárioValor Total

Sistema de Controle Débito Manutenção do Sistema (apropriação da despesa)Contas a Pagar (pagamento)

CréditoContas a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoNota Fiscal do Serviço

DadosN° da NotaFornecedorValorVencimento

Depreciação dos Bens Débito Depreciação (apropriação da despesa)

Crédito(-) Depreciação Acumulada (apropriação da despesa)

DocumentoFicha de controle dos bens

DadosBemValorN° da parcela referente

71

Page 73: TFG Luzirlei

Perda de Mercadoria Débito Perdas no Estoque

CréditoEstoque

DocumentoDocumento de controle de estoque

DadosMercadoriaValor unitárioValor TotalQuantidade

Adiantamento a Fornecedores

Débito Adiantamento a Fornecedores

CréditoCaixa/Banco (pagamento)

DocumentoRecibo da Operação

DadosValorFornecedorData da Operação

Adiantamento de Clientes

Débito Caixa/Banco

CréditoAdiantamento de Clientes

DocumentoRecibo da Operação

DadosValorClienteData da Operação

Aluguel do Imóvel Débito Aluguéis (apropriação da despesa)Aluguéis a Pagar (pagamento)

CréditoAluguéis a Pagar (apropriação da despesa)Caixa/Banco (pagamento)

DocumentoRecibo do Locador

DadosValorPeríodo de CompetênciaData do Pagamento

72

Page 74: TFG Luzirlei

4.6 JANELAS DO SISTEMA

O projeto de sistema contábil apresentado seque um padrão simplificado e

desenvolvido no compilador Delphi 7 da Borland para linguagem Pascal. O sistema ao ser

inicializado abre-se uma janela com os seguintes menus:

- Cadastros – para cadastro de contas e cadastro de preço de venda das mercadorias;

- Lançamentos – que abre a janela de lançamentos;

- Relatórios – que abre submenus distinguindo os relatórios financeiros dos gerenciais;

- Diversos – com as opções de manutenção das tabelas de armazenamento de dados e a

calculadora; e

- Sair – para fechar o sistema.

Figura 6 – Janela inicial do sistema

4.6.1 Menu de cadastros

Neste menu tem a opção de cadastros de contas e preço de venda das mercadorias.

Figura 7 – Menu de cadastros

Quando inicializado o cadastro de contas abre-se uma janela com as opções para

inserir nova conta, alterar e excluir (esta opção somente para contas sem movimento) além de

trazer o plano de contas completo com opção de busca na parte inferior.

Para cadastrar é necessário saber exatamente onde a conta deve estar no plano de

contas da empresa. Isto é definido no campo “ordem” que serve para orientar a classificação.

No campo “natureza” é onde define a natureza das contas, se devedoras ou credoras. Em

Page 75: TFG Luzirlei

“tipo” encontra-se a opção entre analítica ou sintética, pois é somente as contas analíticas que

ficam a disposição para ser efetuado os lançamentos.

Figura 8 – Janela de Cadastro das Contas

4.6.1 Formulários de registros dos fatos contábeis

O modelo proposto apresenta um único formulário para os lançamentos contábeis.

Através desta janela é feita a entrada de todos os dados no sistema, lançando-os na tabela

geral de armazenamento no banco de dados.

74

Page 76: TFG Luzirlei

Figura 9 – Janela de lançamentosConforme apresentado, esta é a janela de entrada de dados para a tabela geral de

armazenamento das informações. Percebe-se que as opções para preenchimento visam

satisfazer as necessidades do banco de dados de forma que este contenha dados suficientes

possibilitando a elaboração dos relatórios proposto pelo trabalho.

Dados como Data, Contas a Débito e a Crédito, movimentação de mercadorias com

controle de valores, bem como a possibilidade de fazer um desdobramento para lançamento

75

Page 77: TFG Luzirlei

de contas a receber e contas a pagar, colocando datas de vencimento são algumas das opções

desta janela de inserção de dados.

Para manutenção das tabelas há outro formulário que permite selecionar a tabela

desejada, verificar os dados contidos nela e fazer inserção manual. Este formulário serve

principalmente para a inserção de nova conta no plano cadastrado.

Figura 10 – Janela de manutenção das tabelas

4.7 MODELO DE TABELAS DE ARMAZENAMENTO DE DADOS

Neste tópico são apresentadas as tabelas de armazenamento de dados originados dos

formulários citados no item anterior. Vale ressaltar que para um Sistema gerencial/Contábil

mais completo o número de tabelas se multiplicaria, entretanto neste há somente sete delas,

suficientes para atender às necessidades informacionais dos gestores da empresa conforme

segue.

4.7.1 Tabela do plano de contas

Tabela 1 – Tabela de cadastro de contas no plano de contasTabela de Cadastro de Contas

Código 04

Ordem 1.1.1.1

Descrição Caixa

76

Page 78: TFG Luzirlei

Natureza (Débito/Crédito) Débito

Tipo (Sintética/Analítica) Analítica

Esta tabela deve conter o plano de contas da empresa e qualquer necessidade de nova

conta deve ser inserida nela, atentando-se para a numeração da ordem e cadastramento da

natureza e tipo para que o sistema tenha um correto funcionamento.

4.7.3 Tabela de custo e preço das mercadorias

Tabela 2 - Tabela de custo e preço da mercadoriasTabela de Custo e Preço das Mercadorias

Código 03

Mercadoria Caixa de Plástico

Custo R$ 8,90

Preço de Venda R$ 12,00

O objetivo desta tabela é registrar o custo da mercadoria e seu preço de venda.

4.7.4 Tabela geral de registro de lançamentos

Tabela 3 – Tabela geral de cadastro dos lançamentosTabela de Cadastro dos Lançamentos

Código 032

Data 11/12/2009

Conta Caixa

Natureza Crédito

N° Nota Fiscal/Documento 123951

Histórico Pagamento de mercadoria comprada em 15/11/2009

Valor R$ 75,00

N° do Lançamento 09

Esta é a tabela que registra todos os lançamentos efetuados no sistema e serve de

suporte para todos os relatórios pois é a que tem a maior quantidade de registros. Dela são

resgatados a data, conta, natureza, valor e n° do lançamento que na junção com outras tabelas

possibilita a criação dos relatórios.

77

Page 79: TFG Luzirlei

4.7.5 Tabela de contas a pagar

Tabela 4 – Tabela de registro das contas a pagarTabela de Cadastro das Contas a Pagar

Código 025

Data Entrada 11/11/2009

Data de Vencimento 11/12/2009

Data de Pagamento

N° do Lançamento 013

Situação (Pago/Pendente) Pendente

Valor R$ 99,00

Fornecedor Plásticos Ltda

Devido ao relatório de contas a pagar é necessário ter um registro a parte somente do

parcelamento das compras de bens e serviços. Nesta tabela fica registrado dados como valor

da parcela e vencimento, alem de gravar a dada do pagamento.

4.7.6 Tabela de contas a receber

Tabela 5 – Tabela de registro das contas a receberTabela de Cadastro das Contas a Receber

Código 025

Data Entrada 11/11/2009

Data de Vencimento 11/12/2009

Data de Recebimento

N° do Lançamento 013

Situação (Recebido/Pendente) Pendente

Valor R$ 99,00

Cliente Plásticos Ltda

Para suprir o relatório de contas a receber é necessário ter um registro a parte somente

do parcelamento das vendas efetuadas. Nesta tabela fica registrado os dados do valor da

parcela e vencimento, alem de gravar a dada do recebimento.

78

Page 80: TFG Luzirlei

4.7.7 Tabela de movimentação de estoque

Tabela 6 – Tabela de movimentação de estoqueTabela de Cadastro das Movimentações do Estoque

Código 012

Número do Registro 02

Conta Mercadoria Caixa de Papelão

Movimentação (Entrada/Saída) Saída

Quantidade (em unidades) 05

Custo R$ 3,50

Valor (em R$) R$ 4,80

O objetivo desta tabela é registrar as operações de movimentação de mercadorias

deixando gravado a quantidade, custo, valor da venda, sendo de uso principalmente para o

relatório de movimentação do estoque.

79

Page 81: TFG Luzirlei

4.8 RELATÓRIOS CONTÁBEIS

4.8.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial busca no banco de dados os saldos das contas analíticas do

Ativo (iniciadas pelo código 1), Passivo e Patrimônio Líquido (iniciadas pelo código 2) e os

apresenta conforme modelo a seguir, totalizando conforme sobe o nível de detalhamento.

BALANÇO PATRIMONIAL

CASA DE EMBALAGENS LTDA

Em 31/12/2009

ATIVO R$

ATIVO CIRCULANTE

DISPONÍVEL

Caixa

Banco HSBC S/A

Banco Itaú S/A

CLIENTES

Clientes em Carteira

Duplicatas a Receber

(-) Duplicatas Descontadas

OUTROS CRÉDITOS

Cheques em Cobrança

Cartões a Receber

Adiantamento a Fornecedores

Adiantamento a Funcionários

Empréstimo a Funcionários

Mercadorias Remetidas para Demonstração

ESTOQUES

Mercadorias para Revenda

Page 82: TFG Luzirlei

Material de Escritório

Material de Embalagem

Material de Limpeza

ATIVO NÃO CIRCULANTE

ATIVOS IMOBILIZADOS

BENS EM OPERAÇÃO - CUSTO

Aparelhos Telefônicos

Benfeitorias em Imóveis de Terceiros

Linhas Telefônicas

. Equipamentos de Processamento de Dados

Móveis e Utensílios

Veículos

DEPRECIAÇÃO, AMORT. E EXAUSTÃO ACUMULADA

(-) de Aparelhos Telefônicos

(-) de Benfeitorias em Imóveis de Terceiros

(-) de Linhas Telefônicas

(-) de Equipamentos de Processamento de Dados

(-) de Móveis e Utensílios

(-) de Veículos

IMOBILIZADO EM ANDAMENTO – CUSTO

Bens em Comodato

Consórcios de Bens

Leasing – Arrendamento Mercantil

INTANGÍVEL

CUSTO

Site

AMORTIZAÇÃO ACUMULADA

(-) de Site

TOTAL DO ATIVO

81

Page 83: TFG Luzirlei

PASSIVO R$

PASSIVO CIRCULANTE

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Banco HSBC S/A

FORNECEDORES

Fornecedores

OBRIGAÇÕES FISCAIS

Contribuição Confederativa a Recolher

FGTS a Recolher

INSS a Recolher

IPTU a Recolher

Imposto dos Veículos a Recolher

Simples Nacional a Recolher

Impostos e Taxas Diversas a Recolher

OUTRAS OBRIGAÇÕES

Salários e Ordenados a Pagar

Pró Labore a Pagar

Férias a Pagar

Rescisão a Pagar

Contas a Pagar

Água e Esgoto a Pagar

Alugueis a Pagar

Energia Elétrica a Pagar

Fretes a Pagar

Honorários Contábeis a Pagar

Seguros a Pagar

Serviços de Terceiros a Pagar

Telefones a Pagar

Encargos Financeiros a Pagar

Juros a Pagar

Consórcio a Pagar

Manutenção do Site a Pagar

Títulos a Pagar

Adiantamento de Clientes

82

Page 84: TFG Luzirlei

PROVISÕES

Provisão para Férias

Provisão INSS sobre Férias

Provisão FGTS sobre Férias

Provisão PIS sobre Férias

Provisão para 13° Salário

Provisão de INSS sobre 13° Salário

Provisão de FGTS sobre 13° Salário

Provisão de PIS sobre 13° Salário

PASSIVO NÃO CIRCULANTE

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Leasing a Pagar

Empréstimo a Pagar

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CAPITAL SOCIAL

Capital Subscrito

(-) Capital a Integralizar

RESERVAS DE CAPITAL

RESERVAS DE REAVALIAÇÃO

RESERVAS DE LUCROS

Reserva Legal

Reservas Estatutárias

Reserva Orçamentária

Reservas de Lucros para Expansão

PREJUÍZOS ACUMULADOS

(-) Prejuízos Acumulados

Lucro do Período

(-) Prejuízo do Período

AÇÕES EM TESOURARIA

TOTAL DO ATIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

83

Page 85: TFG Luzirlei

4.8.2 Demonstração do Resultado do Exercício

Neste relatório o sistema puxa do banco de dados as contas de resultado (iniciadas

pelo código 3) e seus respectivos saldo, apresentando totalização e operações conforme

apresentado no modelo:

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

CASA DE EMBALAGENS LTDA

De 01/01/2009 a 31/12/2009

RECEITA BRUTA DE VENDAS DE MERCADORIAS R$

VENDAS DE MERCADORIAS

Vendas a Vista

Vendas a Prazo

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

Vendas Canceladas

Devoluções de Vendas

Simples Nacional

(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS

CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS

(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS

(-) DE VENDAS

Salários e Ordenados

Gratificações

13° Salário

Férias

INSS

FGTS

. Indenizações e Aviso Prévio

Seguro de Vida em Grupo

Trabalho Temporário

84

Page 86: TFG Luzirlei

Uniformes

Propaganda

Brindes

(-) ADMINISTRATIVAS

Pró-Labore

INSS

Aluguel

Manutenção e Reparos

Água e Esgoto

Energia Elétrica

Telefone

Despesas Postais

Site

Manutenção do Sistema

Honorários Contábeis

Material de Escritório

Material de Limpeza

Bens de Pequeno Valor

Limpeza e Conservação

Seguro de Bens

Manutenção dos Veículos

Combustíveis

Copa e Cozinha

Depreciação

Perdas no Estoque

Imposto Sindical

Impostos dos Veículos

IPTU

Impostos e Taxas

PIS

(+) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO

(-) DESPESAS FINANCEIRAS

Multas e Juros Pagos

Descontos Concedidos

85

Page 87: TFG Luzirlei

Despesas Bancárias

(+) RECEITAS FINANCEIRAS

Descontos Obtidos

Juros Recebidos

(+) VENDAS DIVERSAS

Vendas de Sucatas

(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO

(-) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

Contribuição Social

Imposto de Renda

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

4.8.3 Demonstração de Fluxo de Caixa

A demonstração de fluxo de caixa é um relatório que apresenta todas as

movimentações de caixa ocorridas num período, portanto, o sistema tem que reconhecer todas

as contas que foram movimentadas na contrapartida da conta Caixa. As demais classificações

dentro da demonstração de fluxo de caixa devem estar previamente parametrizadas no

sistema.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

CASA DE EMBALAGENS LTDA

De 01/01/2009 a 31/12/2009

ATIVIDADES OPERACIONAIS R$

Recebimento de clientes

(-) Pagamento de fornecedores

(-) Recebimento de outros ativos circulantes

(-) Pagamento de salários

(-) Pagamentos de despesas a pagar

(-) Pagamento de despesas antecipadas

Recebimento de juros

86

Page 88: TFG Luzirlei

(-) Pagamento de juros

Outros recebimentos

(-) Outros pagamentos

(=) CAIXA LÍQUIDO GERADO (CONSUMIDO) PELAS ATV. OPERACIONAIS

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

(-) Investimentos no Realizável a Longo Prazo

(-) Outros investimentos de Longo Prazo

(-) Investimentos no Imobilizado

(-) Investimentos no Diferido

(-) Outros investimentos de Permanentes

(=) CAIXA LÍQUIDO GERADO (CONSUMIDO) PELAS ATIVIDADES. DE

INVESTIMENTOS

ATIVIDADES FINANCEIRAS

Aumento de Capital

Captação de Longo Prazo

(-) Pagamento de Empréstimos

(-) Pagamento de Dividendos e outros s/ o Capital Próprio

(=) CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

(=) VARIAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA

(+) CAIXA INICIAL

(=) CAIXA FINAL

4.9 RELATÓRIOS GERENCIAIS

4.9.1 Relatório de Movimentação dos Estoques

O relatório de movimentação de estoque apresenta na sua estrutura a relação de todas

as contas de mercadorias estocadas e apresenta o saldo anterior, sua movimentação no período

buscado e totaliza o saldo atualizado, sendo em quantidades e valores.

Sua movimentação ocorre pelo critério de PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai),

portanto todas as baixas ocorrem com custo das mercadorias que entraram há mais tempo no

estoque.

87

Page 89: TFG Luzirlei

Quadro 4 – Relatório de movimentação dos estoques

RELATÓRIO DE MOVIMENTAÇÃO DOS ESTOQUES

CASA DE EMBALAGENS LTDA

De 01/12/2009 a 31/12/2009

N° MERCADORIA

S

SALDO INICIAL

MOVIMENTAÇÃO

SALDO FINALENTRADA SAÍDA

Qtde Vlr Unit. Vlr Total Qtde Vlr Unit. Vlr Total Qtde Vlr Unit. Vlr Total Qtde Vlr Unit. Vlr Total

01 Caixa Plástica 5 R$ 6,00 R$ 30,00 5 R$ 7,00 R$ 35,00 7 R$ 6,29 R$ 44,00 3 R$ 7,00 R$ 21,00

02 Caixa Papel 7 R$ 7,00 R$ 49,00 10 R$ 8,00 R$ 80,00 9 R$ 7,22 R$ 65,00 8 R$ 8,00 R$ 64,00

03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

Page 90: TFG Luzirlei

4.9.2 Relatório de Contas a Pagar

O relatório de Contas a Pagar tem na sua estrutura os vencimentos, fornecedores e

seus respectivos valores. Ele é ordenado conforme data de vencimento para facilitar

visualização das contas e planejamentos de pagamento alem de apresentar a somatória das

pendências do período.Quadro 5 – Relatório de contas a pagar

RELATÓRIO DE CONTAS A PAGAR

CASA DE EMBALAGENS LTDA

De 01/12/2009 a 31/12/2009

N° VENCIMENTO FORNECEDOR VALOR SITUAÇÃO

01 02/12/2009 Papel e Cia Ltda R$ 350,00 Vencido

02 02/12/2009 Azul Papelão Ind e Com Ltda R$ 650,00 Vencido

03 03/12/2009 Sanepar R$ 53,49 Vencido

04 05/12/2009 Pró-Labore a Pagar R$ 1.500,00 Vencido

05 05/12/2009 Pneus de Borracha S/A R$ 220,00 Vencido

06 10/12/2009 Plástico Ltda R$ 760,00 A Vencer

07 10/12/2009 Saco de Lixo Sacos S/A R$ 180,00 A Vencer

08 13/12/2009 Hospedagem Site R$ 30,00 A Vencer

09 15/12/2009 Plásticos ABC S/A R$ 520,00 A Vencer

10 16/12/2009 Copel R$ 230,00 A Vencer

11 16/12/2009 Copel R$ 79,00 A Vencer

12 18/12/2009 Sistema Integrado S/A R$ 345,00 A Vencer

13 20/12/2009 INSS R$ 430,00 A Vencer

14 26/12/2009 Fitas Adesivas S/A R$ 130,00 A Vencer

15 27/12/2009 Isopor Ltda R$ 37,00 A Vencer

16 31/12/2009 Copo X Descartável S/A R$ 100,00 A Vencer

TOTAL R$ 5.614,49

Page 91: TFG Luzirlei

4.9.3 Relatório de Contas a Receber

A estrutura do relatório de Contas a Receber é praticamente a mesma do Contas a

Pagar sendo composta pelo vencimento, cliente, o valor, a situação e totalização das

pendências do período apurado. Também é ordenado pelo vencimento para facilitar a

visualização e análise.Quadro 6 – Relatório de contas a receber

RELATÓRIO DE CONTAS A RECEBER

CASA DE EMBALAGENS LTDA

De 01/12/2009 a 31/12/2009

N° VENCIMENTO CLIENTE VALOR SITUAÇÃO

01 02/12/2009 Restaurante Bom Apetite R$ 350,00 Vencido

02 02/12/2009 Quitanda da Esquina R$ 650,00 Vencido

03 03/12/2009 Mercado Porta Grande R$ 53,00 Vencido

04 05/12/2009 José da Silva R$ 1.500,00 Vencido

05 05/12/2009 João Manuel R$ 220,00 Vencido

06 10/12/2009 Frutaria Mamão Azul R$ 760,00 A Vencer

07 10/12/2009 Pastelão Ltda R$ 180,00 A Vencer

08 13/12/2009 Maria José R$ 30,00 A Vencer

09 15/12/2009 Cachorrão HOT DOG R$ 520,00 A Vencer

10 16/12/2009 Ricardo Vitor R$ 230,00 A Vencer

11 16/12/2009 Lanches Amarelo R$ 79,00 A Vencer

12 18/12/2009 Restaurante do Sabiá R$ 345,00 A Vencer

13 20/12/2009 Abobora e Legumes S/A R$ 430,00 A Vencer

14 26/12/2009 Marta Cristina R$ 130,00 A Vencer

15 27/12/2009 100% Gostoso Almoços R$ 37,00 A Vencer

16 31/12/2009 Armarinhos e Armarinhos R$ 100,00 A Vencer

TOTAL R$ 5.614,00

90

Page 92: TFG Luzirlei

4.9.4 Relatório de Vendas X Custos por Período

A estrutura deste relatório apresenta uma confrontação direta entre as receitas com

vendas de mercadorias e o custo das mesmas, bem como a margem de ganho bruto sobre as

movimentações, sendo que a margem é calculada da razão entre Valor de Venda pelo Valor

de Custo.

Este relatório se apresenta sob duas formas, uma na qual é apresentada a margem por

produtos, sendo então listados todos os que tiveram movimentação no período e, a outra

forma é a margem por faturamento, sendo listadas todas as vendas para tal.Quadro 7 – Relatório de Venda X Custo por período (detalhamento por produto)

RELATÓRIO DE VENDAS X CUSTOS POR PERÍODO

CASA DE EMBALAGENS LTDA

De 01/12/2009 a 31/12/2009 - (detalhamento por produto)

N° Mercadoria Vlr Total das Vendas Custo Total % de Margem

01 Caixa de Plástico R$ 1.050,00 R$ 760,00 38,16%

02 Caixa de Papel R$ 2.300,00 R$ 1.500,00 53,33%

03 Fita Adesiva R$ 760,00 R$ 460,00 65,22%

04 Saco Plástico R$ 5.250,00 R$ 3.900,00 34,62%

TOTAL R$ 9.360,00 R$ 6.620,00 41,39%

Quadro 8 – Relatório de Vendas X Custo por período (detalhamento por faturamento)

RELATÓRIO DE VENDAS X CUSTOS POR PERÍODO

CASA DE EMBALAGENS LTDA

De 01/12/2009 a 31/12/2009 - (detalhamento por faturamento)

N° Faturamento Vlr Total das Vendas Custo Total % de Margem

01 José da Silva R$ 770,00 R$ 530,00 45,28%

02 Marcado Tudo Verde R$ 4.900,00 R$ 3.500,00 40,00%

03 Quitanda Fruta Madura R$ 1.500,00 R$ 1.050,00 42,86%

04 Restaurante Boa Comida R$ 2.190,00 R$ 1.540,00 42,21%

TOTAL R$ 9.360,00 R$ 6.620,00 41,39%

91

Page 93: TFG Luzirlei

4.9.5 Projeção de Caixa

O relatório de projeção de caixa faz uma correlação entre contas a receber e a pagar numa mesma data, ou período de tempo,

apresentando o saldo que deveria ser resultante se tanto pagamentos quanto recebimento realmente se concretizarem. A tabela inicia com o saldo

inicial de Caixa e termina com a previsão de Caixa futuro.Quadro 9 – Relatório de projeção de caixa por período

RELATÓRIO DE PROJEÇÃO DE CAIXA POR PERÍODO

CASA DE EMBALAGENS LTDA

De 01/12/2009 a 31/12/2009

N° VENCIMENTO A RECEBER A PAGAR SALDO

01 R$ 7.500,00

02 03/12/2009 R$ 1.300,00 R$ 1.200,00 R$ 7.600,00

03 05/12/2009 R$ 2.500,00 R$ 990,00 R$ 9.110,00

04 13/12/2009 R$ 930,00 R$ 4.500,00 R$ 5.540,00

05 15/12/2009 R$ 1.025,00 R$ 3.900,00 R$ 2.665,00

06 18/12/2009 R$ 1.800,00 R$ 120,00 R$ 4.345,00

07 27/12/2009 R$ 835,00 R$ 350,00 R$ 4.830,00

08 31/12/2009 R$ 3.090,00 R$ 1.060,00 R$ 6.860,00

TOTAL R$ 11.480,00 R$ 12.120,00 R$ 6.860,00

Page 94: TFG Luzirlei

4.10 DIAGRAMA DA MOVIMENTAÇÃO DOS DADOS

Este é uma representação gráfica da movimentação dos dados dentro do sistema contábil/gerencia, com duas tabelas suporte, cadastro de

contas - que envia informação para a janela de lançamento e para os relatórios -, e de Custo e Preço das mercadorias - que se relaciona tanto

recebendo como enviando informações para a janela de lançamentos. As demais tabelas armazenam os dados da Janela de Lançamento e enviam

essas informações para os relatórios, contábeis e gerenciais.

Figura 11 – Diagrama da movimentação dos dados no sistema

Page 95: TFG Luzirlei

5. CONCLUSÃO

Este trabalho trouxe um modelo de estruturação de sistema de informação contábil e

gerencial e evidenciou o caminho desde a entrada dos dados no mesmo até a sua saída na

forma de relatórios. Também foi apresentado o plano de contas como o norteador tanto para

os lançamentos quanto para a geração de relatórios.

Este projeto de sistema apresentado aqui deverá ter maior aprofundamento nas

amarrações dos campos das tabelas com a Janela de Lançamentos bem como com os campos

dos relatório o que envolve um processo mais apropriado para conhecedores da área de

programação de sistemas, entretanto, para os pesquisadores da área gerencial e contábil já

pode-se ter uma base do processo da movimentação dos dados num sistema de sua área afim.

Page 96: TFG Luzirlei

6. REFERÊNCIAS

BIO, Sergio R. Sistemas de informações: um enforque gerencial. São Paulo: Atlas,

1988.

CAUTELA, Alciney L.; POLLONI, Enrico G. F. Sistemas de informação na

administração de empresas. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1996.

CRUZ, Tadeu. Sistemas de Informações Gerenciais. São Paulo: Ed. Atlas, 1998.

CHIAVENATO, Idalbert. Teoria Geral da Administração. 4º ed. São Paulo: Makron

Books, 1993.

CROZATTI, Jaime; SÁ, Maria Thereza A. P. Visão sistêmica da empresa e seus

subsistemas. In Enfoque,12 ed. Cooper Graf; Maringá, 1996

FAVERO, Hamilton Luiz et al. Contabilidade: teoria e prática. v. 1. 3.ed. São Paulo:

Atlas, 2005.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,

2007.

GIL, Antonio de Loureiro. Sistemas de informações contábil/financeiros. 3 ed. São

Paulo: Atlas, 1999.

GUERREIRO, Reinaldo. Modelo conceitual de sistema de informação de gestão

econômica: uma contribuição à teoria da comunicação da contabilidade. Tese de doutorado

apresentada à FAE-USP, São Paulo, 1989.

LAUDON, K. C; J. P. Gerenciamento de Sistemas de Informação. 3. ed. Rio de

Janeiro: LCT, 2001.

MAGALHÃES, Antonio D. F.; LUNKES, Irtes C. Sistemas contábeis. São Paulo:

Atlas, 2000.

MARION, José Carlos; DIAS, Reinaldo; TRALDI, Maria Cristina. Monografia para

os cursos de administração, contabilidade e economia. São Paulo: Atlas, 2002.

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