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THÁRCIO DE LIMA DOMINGUES
A PROPOSTA DE ENSINO DO TEOREMA DE PITÁGORAS EM DIFERENTES METODOLOGIAS
Assis 2010
THÁRCIO DE LIMA DOMINGUES
A PROPOSTA DE ENSINO DO TEOREMA DE PITÁGORAS EM DIFERENTES METODOLOGIAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, como requisito de curso de Licenciatura em Matemática.
Orientador: Rita de Cássia Cassiano Lopes Área de concentração: Ensino de Matemática
Assis 2010
FICHA CATALOGRÁFICA
DOMINGUES, Thárcio A proposta de ensino do teorema de Pitágoras em diferentes metodologias/Thárcio de Lima Domingues - Fundação Educacional do Município de Assis – Assis, 2010.
Orientadora: Rita de Cássia Cassiano Lopes Trabalho de Conclusão de Curso – Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis 1. História do teorema de Pitágoras. 2.Estudo de diferentes metodologias
CDD: 510 Biblioteca da FEMA
A PROPOSTA DE ENSINO DO TEOREMA DE PITÁGORAS EM DIFERENTES METODOLOGIAS
Thárcio de Lima Domingues
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis, como requisito de curso de licenciatura em matemática, analisado pela seguinte comissão examinadora:
Orientador: Rita de Cássia Cassiano Lopes
Analisador: Leonor Farcic Fic Menk
Assis 2010
DEDICATÓRIA
Aos meus pais Valdir Domingues e Maria Simone de Lima Domingues e a minha namorada Amanda da Silva Paião por representar meus maiores exemplos de vida e experiência de amor, amizade e lealdade e, sobretudo, pelo apoio e dedicação.
AGRADECIMENTOS
Agradeço principalmente a Deus, que além de tudo, me deu o “Dom da Vida!”.
A professora Rita de Cássia Cassiano Lopes pela orientação e pelo constante estimulo transmitido durante o trabalho.
Aos amigos de sala de aula, principalmente ao Marcio Hernani Barbosa da Silva, que me ajudou em momentos críticos e a todos que colaboraram direto ou indiretamente na execução deste trabalho.
Aos meus pais e a minha namorada que sempre estiveram do meu lado, me apoiando e me ajudando para o sucesso da minha formação.
Resumo
O presente trabalho tem como objetivo evidenciar proposta de abordagens do Teorema de
Pitágoras e suas aplicações utilizando diferentes metodologias. Em um primeiro momento
partimos para um levantamento do referencial teórico, logo em seguida, desenvolveram-se
algumas sugestões de propostas de metodologias que podem ser abordadas nos
procedimentos de ensino. Os Métodos utilizados são de suma relevância para o
desenvolvimento do ensino do teorema de Pitágoras, contribuindo na aprendizagem do
conteúdo proposto, tendo como público alvo os alunos do 9º ano do ensino fundamental,
mas não foi possível obter uma conclusão sólida de qual metodologia seria a mais adequada,
contudo apresentamos propostas, baseadas em experiências oriundas de educadores
renomados.
ABSTRACT
This paper aims to highlight proposed approaches of the Pythagorean Theorem and its
applications using different methodologies. At first we went to a survey of the theoretical,
shortly thereafter, developed some suggested proposals for methodologies that can be
addressed in the teaching procedures. The methods used are of paramount importance for
the development of the teaching of the Pythagorean theorem, contributing to the learning
content proposed, having as target students in 9th grade of elementary school, but could not
get a firm conclusion on which method would be more appropriate, however we present
proposals, based on experiences derived from renowned educators.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 - Imagem de Pitágoras...................................................................................15
FIGURA 2 - Modelo da corda de 13 nós empregada pelos antigos egípcios e a formação do triângulo de lados 3,4,5..............................................................................................19
FIGURA 3 - O Triângulo Retângulo...............................................................................20
FIGURA 4 - Quadrado com dois Triângulos Retângulos................................................21
FIGURA 5 - Saddo Almouloud.......................................................................................21
FIGURA 6 - Triângulo Retângulo...................................................................................28
FIGURA 7 - Quadrado....................................................................................................29
FIGURA 8 – Triângulo....................................................................................................30
FIGURA 9 - Triângulo Retângulo...................................................................................30
FIGURA 10 - Materiais para a construção de uma Pipa.................................................32
FIGURA 11 - Pipa 1........................................................................................................33
FIGURA 12 - Pipa 2........................................................................................................33
FIGURA 13 - Pipa 3........................................................................................................34
FIGURA 14 - Pipa 4........................................................................................................35
FIGURA 15 - AB .............................................................................................................36
FIGURA 16 - A Reta Perpendicular................................................................................37 FIGURA 17 - Triângulo Retângulo.................................................................................37
FIGURA 18 - Triângulo Retângulo com os valores de seus segmentos..........................38
FIGURA 19 - Triângulo Retângulo com os Ângulos......................................................38
FIGURA 20 - Triângulo Retângulo com os valores dos Ângulos...................................39
FIGURA 21 – A fórmula do Teorema de Pitágoras........................................................39
FIGURA 22 – Movimentação no Cabri – Géomètre.......................................................40
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................14 1.1.História............................................................................................................................14 1.2 Justificativa.....................................................................................................................16 1.3 Objetivos.........................................................................................................................18 1.3.1 Objetivos Gerais.........................................................................................................18 1.3.2 Objetivos Específicos................................................................................................18 1.4 Metodologia....................................................................................................................18 1.5 Estrutura do Trabalho....................................................................................................18 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...............................................................................19 2.1 Uma abordagem Tradicional............................................................................................19 2.2 O Laboratório de Ensino de Matemática (LEM)..............................................................22 2.3 A informática Educacional...............................................................................................24 3. PROPOSTAS DE TRABALHO................................................................28 3.1 Proposta de ensino do Teorema de Pitágoras por meio de uma metodologia convencional...............................................................................................................28
3.2 A proposta do teorema de pitágoras por meio do Laboratório de Ensino de Matemática (LEM ).....................................................................................................31 3.3 A proposta de ensino do Teorema de Pitágoras por meio do software Cabri – Géométré.....................................................................................................................36 3 .4 Complementando as Propostas............................................................................40
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................41 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................43
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1. INTRODUÇÃO
O Teorema de Pitágoras conceitua que: “Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado da
medida da hipotenusa é igual a soma dos quadrados das medidas dos catetos”.
Os conceitos matemáticos, em muitos momentos, tornam-se um árduo caminho para o
entendimento de alunos nos primeiros anos escolares. Para tentar reduzir ou minimizar a
dificuldade que os alunos encontram, é possível trabalhar estes conceitos por meio de
diferentes metodologias, que não somente a do lápis e papel. Várias metodologias podem ser
definidas como diferenciais, para o aluno na aprendizagem de Matemática.
Com o surgimento da tecnologia e sua evolução, foi possível a criação de formas diferentes
para mostrar alguns conceitos matemáticos. Dentre essas tecnologias, o uso da Informática é
uma que se destaca. Podemos, por meio do computador, e mais especificamente, por meio
de softwares especializados proporcionar aos alunos uma forma diferente de aprendizado.
Em relação ao Teorema de Pitágoras, existem alguns softwares que podem facilitar o seu
entendimento.
Porém, não só o uso das ferramentas computacionais pode proporcionar a facilidade do
aprendizado. Outros métodos de ensino também podem ser propostos, como por exemplo, o
uso de Laboratórios de Ensino de Matemática. Esses laboratórios, utilizando-se de várias
opções, podem trazer o conceito matemático muito mais perto do aluno.
1.1 História
De acordo com as tradições contadas:
A pitanisa do oráculo de Delfos avisou aos pais de Pitágoras (senhor Mnésarcnos e sua mulher Parthénis), que o filho esperado por Parthénis seria um homem de extrema beleza, inteligência e bondade, e iria contribuir de forma única para o beneficio de todos os homens. Quando a criança nasceu em Samos, na Grécia, numa data que se situa mais ou menos em 580 a.c, os seus pais deram-lhe o nome de Pitágoras, em homenagem à pitanisa que havia previsto para ele uma vida diferente dos outros.
15
De todas as lendas obtidas sobre a vida de Pitágoras, a que as pessoas mais asseguram, foi à que ele não era um homem em comum, pois era chamado de um deus em forma de humano, por ensinar sua filosofia, a ciência e a arte, como cita o site (http://www.exatas.com/matematica/pitagoras.html)
FIGURA 1: Pitágoras – In:
http://2.bp.blogspot.com/_QuhOjQfm3tc/SYbzAoRrGMI/AAAAAAAAABk/FitBCJp6r5c/s400/060825_pitagoras.jpg
Na passagem pela sua adolescência, Pitágoras percebe que tudo o que os gregos sabiam
nada mais era o que se encontrava nos Templos Egípcios e na Mesopotâmia. Desejando
descobrir os segredos da Vida, se deslocou para o Oriente, assim escolhendo Esparta
(município da Grécia Antiga), situada as margens do rio Eurotas, como ponto de partida,
onde passou por 40 anos conhecendo lugares extraordinários.
Os historiadores afirmam que ele foi o primeiro homem a ser o “amigo da sabedoria”, por
causa de sua grande inteligência e bondade.
Com o passar dos anos, Pitágoras partiu para Crotona, (Magna Grécia, ao Sul da península
Itálica) em busca de novos conhecimentos, onde fundou a escola “Fraternidade Pitagórica”,
16
na qual reuniu os conhecimentos matemáticos, música e astronomia com base na ciência e
da arte.
O amigo da sabedoria designava Deus pelo número 1 e a matéria pelo número 2, mostrando
o universo pelo número 12, resultante da multiplicação de 3 por 4, ou seja, ele concebia o
universo composto por três mundos particulares que, encaixando-se uns aos outros por meio
dos quatro princípios ou elementos da natureza, desenvolviam-se em 12 esferas
concêntricas.
Com sua sabedoria e sua inteligência, aprendeu no Egito que os astros são corpos vivos que
se movimentavam no espaço, obedecendo a uma lei de harmonia universal, sendo assim,
desenvolvia suas figuras geométricas mais perfeitas.
Segundo o site, Pitágoras foi o inventor da palavra filósofo, porque certa vez, enquanto
assistia aos jogos olímpicos, o príncipe Leon perguntou a ele como ele se definia, e
Pitágoras respondeu:
“eu sou um Filósofo”, porque aqui nessa multidão reunida, alguns vieram em busca da fama, outros a procura de lucros, mas entre eles, alguns vieram observar e entender o que se passa aqui, eu chamo de filósofo, embora nenhum homem seja completamente sábio, o filósofo ama a sabedoria, como a chave para os segredos da natureza, (http://www.exatas.com/matematica/pitagoras.html#vida)
1.2 JUSTIFICATIVA
Segundo D Ambrósio (1989, p. 15):
As pessoas em geral, acham que a Matemática é um corpo de conceitos verdadeiros e estáticos, do qual não se duvida ou questiona, nem mesmo se preocupam como ela funciona, pois, acham que a Matemática é desenvolvida em cima de regras e não procuram solucionar um problema com soluções alternativas.
As dificuldades encontradas pelos alunos no processo de ensino e de aprendizagem da
Matemática são muitas e conhecidas. Muitas vezes, o aluno não consegue entender a
17
matemática que a escola lhe ensina, e assim, é reprovado nesta disciplina ou mesmo que
aprovado, sente dificuldades em utilizar o conhecimento "adquirido".
Analisando os livros didáticos do 9º ano do ensino fundamental (antiga 8ª série), resolvemos
desenvolver uma investigação sobre o aprendizado do “Teorema de Pitágoras” para os
alunos. Muitas vezes o modo de ensinar do professor acaba desanimando, sendo cansativo,
tornando o aprendizado mais complicado para eles. São nesses momentos, que muitos
professores procuram desenvolver uma aula diferente, utilizando os meios eletrônicos e
atividades em laboratórios de ensino de matemática.
Por meio de conversas informais, com professores de matemática, pudemos perceber que
alguns deles julgam que o aluno aprenderá melhor quanto maior for o número de exercícios
por ele resolvido, sendo assim, ele passa a acreditar que na aula de matemática o seu papel é
passivo e desinteressante.
Existem várias metodologias diferentes que podem ser aplicadas no ensino da Matemática e
especialmente no ensino do Teorema de Pitágoras. A descoberta de novas tecnologias são
como tentar definir diferentes caminhos tecnológicos, para a construção do conhecimento no
ensino da matemática.
Visando contribuir para a melhoria das condições de aprendizado dos alunos em relação ao
teorema de Pitágoras, propomos a utilização de formas diversificadas de ensino, não apenas
os procedimentos tradicionais, de giz e lousa, mas também a utilização de laboratórios de
ensino de matemática e da informática.
Será que a metodologia do professor tradicional, aquela metodologia que o aluno aprende
praticando exercícios e copiando conteúdo do quadro negro em sala de aula é o melhor
método? Ou será que usar essas novas tecnologias que vêm surgindo, pode facilitar o aluno
a perceber com mais clareza o conteúdo?
Portanto, qual será a metodologia que podemos usar com mais ênfase entre nossos alunos, a
do professor tradicional, a das novas tecnologias ou a do uso de laboratórios de Ensino de
Matemática.
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1.3 OBJETIVOS 1.3.1 OBJETIVOS GERAIS
Propor diferentes possibilidades de ensino do Teorema de Pitágoras.
1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Promover uma discussão em relação às propostas apresentadas e a seus potenciais resultados.
1.4 METODOLOGIA A pesquisa foi desenvolvida de forma qualitativa, de caráter exploratório, com levantamento
de dados por meio de livros, revistas especializadas, textos de dissertações, teses e também
pesquisa eletrônica.
A pesquisa ainda contempla sugestões de ensino do Teorema de Pitágoras por meio de três
formas: a forma convencional, o uso de um Laboratório de Matemática e ainda a utilização
de um software chamado Cabri - Géomètre.
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO A estrutura desse trabalho apresenta além dessa introdução outros três tópicos. A revisão da
literatura, que comenta a análise das leituras feitas para a composição do referencial teórico;
na seqüência são apresentadas três propostas distintas de estudo do teorema de Pitágoras e
finalmente são feitas as considerações finais.
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2. REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Uma abordagem Tradicional Segundo o trabalho de conclusão de curso de Renata Alves Costa (CEFET-MG p.2 – 4):
(...) o mais famoso tablete de argila, encontrado na Babilônia, contém seqüências de Números correspondentes às “ternas pitagóricas” – denominado Plimpton 322 – foi utilizado entre 1900 a 1600 antes de Cristo. No entanto, muitas vezes, os professores desconhecem estes fatos, e baseados nos livros didáticos, ensinam que Pitágoras foi quem descobriu a famosa relação: a² = b² + c², considerando um triângulo retângulo de hipotenusa “a” e de catetos “b” e “c”.
Os antigos egípcios utilizavam uma corda com treze nós, igualmente espaçados, de modo a determinar um ângulo reto ou uma a perpendicular, com a sobreposição do primeiro e do décimo terceiro nós (fig. 2). Ao avaliarmos o emprego da corda de treze nós, fica claro que os egípcios também sabiam que um triângulo de lados 3, 4 e 5 possui um ângulo de 90°.
Figura 2: Modelo da corda de 13 nós empregada pelos antigos egípcios e a formação do
triângulo de lados 3, 4, 5 – In:
http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/terca_tema1/TerxaTema1Ar
tigo16.pdf
20
Outro aspecto a ser destacado é que, ao considerar um triângulo retângulo de hipotenusa “a” e catetos “b” e “c”, a relação a² = b² + c² tem centenas de demonstrações distintas. Desde a Antiguidade, várias pessoas se dedicaram a prová-la.
A definição de triângulos pode ser utilizada em muitos momentos, principalmente quando se
trata de triângulos retângulos (ângulo reto) como diz Diniz (2005 p.267):
O triângulo retângulo é todo triângulo que tem um ângulo reto. Na figura abaixo BÂC é ângulo reto em A, costumamos dizer que o triângulo ABC é retângulo em A.
FIGURA 3: triângulo retângulo – In: http://educacao.uol.com.br/matematica/ult1692u43.jhtm
Em todo triângulo retângulo, os lados que formam o ângulo reto, são denominados catetos, o lado oposto ao ângulo reto é chamado de hipotenusa e os ângulos agudos são os complementares, porque a soma das medidas dos ângulos de qualquer triângulo é 180º, daí a soma das medidas dos ângulos agudos do triângulo retângulo ser 90º.
Um dos teoremas mais conhecidos da matemática foi demonstrado na escola pitagórica, criada pelo matemático grego Pitágoras de Samos (século VI a.C.). Esse teorema estabelece uma relação entre as medidas dos lados de um triângulo retângulo, mostrando que em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao quadrado da medida da hipotenusa, como mostra na figura acima, b e c são as medidas dos catetos e a é a medida da hipotenusa. Assim: b² + c² = a²
Em relação às aplicações do Teorema de Pitágoras, alguns autores desenvolvem suas
atividades usando o Teorema, como cita Diniz (2005 p. 268):
21
Num quadrado ABCD, vamos estabelecer a relação que existe entre as medidas da diagonal d e do lado l.
No triângulo ABC, temos:
d² = l² + l²
d² = 2.l²
d = 2 .l²
Figura 4: Quadrado com dois triângulos, In: http://2.bp.blogspot.com/_11SNFMrVD4s/Sgl25Gdai4I/AAAAAAAAAA0/lda_D7UhPc
s/s320/Quadrado.png
A matemática despertou interesse em muitas pessoas do mundo, como diz o professor Dr.
Saddo Ag. Almouloud, numa entrevista a revista Educação Matemática da Sociedade
Brasileira (2003, p. 45 – 49):
Figura 5: Saddo Almouloud – In: http://www.forumafrica.com.br/reportagem_racismo.html
22
A relação pitagórica despertou um interesse de muitos povos antigos, tais como babilônios, egípcios, gregos, hindus e chineses. Modernamente parece ter servido de inspiração para um problema que desafiaria matemáticos durante 358 anos.
As demonstrações do teorema de Pitágoras, conhecido como a 47ª proposição de Euclides e também como o “Teorema do carpinteiro“, podem ser classificadas, segundo Loomis, em quatro grandes grupos:
• Algébricas – baseadas nas relações métricas nos triângulos retângulos;
• Geométricas – baseadas em comparações de áreas;
• Vetoriais – baseadas em operações com vetores e empregando o conceito de direção;
• Dinâmicas – baseadas em massa e velocidade;
Como citou o autor, podemos perceber que os desafios matemáticos existem há muito
tempo, pois até mesmo antes de Cristo, vários autores demonstravam suas idéias e seus
conceitos matemáticos.
2.2 O Laboratório de Ensino de Matemática (LEM) Segundo Jesus(2010)
O Laboratório de Ensino de Matemática (LEM) é um local na escola apropriado para realizar as atividades de matemática com os alunos, preferencialmente não só para as aulas de matemáticas, mas também tirar dúvidas de alunos, para que os professores de matemática possam planejar suas atividades, exposições, inclusive produzir materiais instrucionais que possa facilitar o aprimoramento da prática pedagógica.(p.1)
O LEM em muitas escolas nem sempre são utilizados, às vezes nem existe, no entanto, pode
ser construído com muita facilidade, já que podemos construir um laboratório de ensino de
matemática utilizando materiais recicláveis, tornando-se de baixo custo.
Normalmente os professores se esforçam em divulgar o uso do material didático como apoio
nas aulas de Matemática, tentando aprimorar a metodologia na prática educativa do
professor, que é pouco usada e mesmo aqueles que os utilizam, muitas vezes o fazem sem
um estudo mais aprofundado, explorando as potencialidades desses materiais.
23
Vários professores que querem realizar um trabalho com o uso de materiais manipuláveis
encontram dificuldades em fazê-lo, pois a maioria das escolas públicas não possui um
espaço próprio para organizar e guardar esses materiais. Os educadores não têm a sua
disposição um local apropriado para desenvolverem essas atividades pedagógicas, tornando
as aulas mais cansativas, pelo fato de não poderem elaborar e propiciar aulas mais
agradáveis e acessíveis no laboratório de ensino de matemática.
O Material Didático (MD) pode ser muito eficiente para o ensino numa aula de matemática,
pois possibilita ao aluno aprender com seu próprio ritmo, ele poderá observar as
transformações de uma forma mais concreta.
De uma forma geral, a atuação do professor é determinante no sucesso ou no fracasso
escolar do aluno, não basta disponibilizar o LEM para os alunos usarem e não saber usar
corretamente os MDs nos momentos certos.
O laboratório de ensino de matemática, assim como a informática, é uma das metodologias
que o professor e os alunos podem utilizar, pois muitas vezes no desenvolvimento de uma
demonstração, podemos construir figuras geométricas ou até mesmo um raciocionio lógico,
como cita Lorenzato (2009, p.5)
(...) não faltam argumentos favoráveis para que as escolas possuam objetos e
imagens a serem utilizados nas aulas, como facilitadores de aprendizagem.
Justamente por isso, decore uma inescapável necessidade de as escolas possuírem
laboratórios de ensino dotados de materiais didáticos de diferentes tipos.
Como podemos perceber o LEM (Laboratório de Ensino de Matemática) é indispensável
para as escolas, pois são nessas aulas que os alunos conseguem enxergar e entender os
conceitos matemáticos de uma forma diferente. Mesmo que o laboratório não esteja em
condições favoráveis, o professor pode tornar o trabalho mais gratificante para o ensino e
aprendizagem do aluno.
24
2.3 A Informática Educacional
Em relação aos conteúdos matemáticos, atualmente podemos contar com uma série de
softwares: algébricos, geométricos, recreativos e vários outros. Dentre eles, destacamos o
software de geometria dinâmica, Cabri–Géomètre, pelo fato do governo do Estado de São
Paulo ter investido na instalação do mesmo na grande maioria das escolas de sua rede de
ensino, além de promover cursos de capacitações à seus professores, para que os mesmos
pudessem utiliza-lo em suas aulas.
(...) este software, cuja primeira versão data de 1988, foi desenvolvido por Yves Baulac, Franck Bellemain e Jean-Marie Laborde, no laboratório de Estruturas Discretas e de Didática do Instituto de Informática Aplicada da Universidade Joseph Fourier de Grenoble, França, com o apoio do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS), (Menk,2005, p.39)
Seu nome foi inspirado nas palavras de origem francesa “Cahier de Brouillon Interactif”
que significa “Caderno de Rascunho Interativo”.
Esse software apresenta uma forma interessante de trabalho, pois podemos utilizá-lo como
uma folha de caderno de desenho, para construir qualquer figura geométrica, podendo usar
diversas propriedades.
Além disso, o aspecto dinâmico do mesmo permite criar condições de observação, análise e
conclusão, que dificilmente seria possível por meio da forma estática de representação da
figura em uma folha de papel.
Sendo assim, o Cabri-Gèomètre II-Plus ajuda no desenvolvimento matemático. Muitas
dúvidas que existem em relação às propriedades, podem ser minimizadas ou eliminadas com
a ajuda do software.
Com o avanço das tecnologias e com a evolução da informática podemos observar que
muitos benefícios surgiram para somar no Ensino da Matemática. Na Educação Matemática
não foi diferente, a tecnologia informática facilitou a vida dos professores e dos alunos. Os
professores podem desenvolver suas atividades de uma forma diferente, na tentativa de
tornar mais atrativa as aulas, facilitando o aprendizado dos alunos.
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Segundo Jover (2008, p.6):
A Informática, desde o seu surgimento, trouxe muitas contribuições para o ser humano. Ela é uma tecnologia que se vale de: rapidez, baixo custo, melhor qualidade, menor intervenção manual humana, em parte com o objetivo de produção com maior eficácia. Esse conhecimento é considerado pré-requisito para muitas profissões: arrisca-se a perder muitas oportunidades de trabalho quem não conhece Informática.
Na Educação Matemática, esse fato também é verdadeiro. A tecnologia Informática facilita muito a vida do professor e dos alunos. Acredito que futuramente não será mais possível ser um professor de Matemática em Educação Básica sem o conhecimento da utilização do computador na educação.
As razões são as mais variadas. O computador, quando bem empregado, facilita o trabalho pedagógico, com recursos que o giz e o quadro-negro não disponibilizam. Por exemplo: geometria dinâmica, permitindo demonstrações geométricas utilizando animações e modelagem de situações-problema; estudos de funções, com suas diferentes representações, mediante softwares específicos; os objetos de aprendizagem na forma de animações onde o estudante interage com a ferramenta e constrói seu conhecimento; o hipertexto, com sua estrutura muito utilizada nos textos disponíveis em sítios da Internet.
Resumidamente podemos dizer que com o investimento na tecnologia, podemos melhorar o
conhecimento dos alunos e facilitar para o professor nos procedimentos de ensino.
Para Gravina e Santarosa (apud Jover, 2008, p.13) a tecnologia também foi uma
metodologia que veio para capacitar os professores e consequentemente seus alunos, pois
com a informática podemos demonstrar e mostrar coisas que fisicamente não conseguimos
enxergar.
Com o uso de tecnologia, a informática deve propiciar novas possibilidades para o aprendizado e não apenas a fazer o que se fazia antes sem os recursos de Informática (como por exemplo, memorização do conhecimento e resolução de problemas seguindo o modelo)
(...) só existe aprendizagem quando o conhecimento advém da experiência, que pode ser física ou do tipo lógico-matemático. A resolução de problemas com discussão de conjeturas e métodos, para que os alunos se tornem conscientes de suas concepções e dificuldades.
(...) a Informática na Educação Matemática permite aproximar o concreto e o formal, pois criam-se na tela do computador objetos concreto-abstratos: concretos porque existem na tela do computador e podem ser manipulados; abstratos por se tratarem de realizações feitas a partir de construções mentais.
(...) o professor precisa planejar as atividades de forma a permitir a liberdade de ação por parte do aluno. A Informática na Educação envolve a necessidade de construção de softwares, reformas curriculares e preparo dos professores, entretanto é um projeto altamente viável.
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De acordo com as citações acima, podemos observar que com o surgimento dos
computadores, a Educação Matemática evoluiu, pois muitos conteúdos puderam ser
observados de uma forma diferente, tornando a tecnologia informática um meio de ensino e
aprendizado.
A tecnologia hoje em dia participa constantemente no ensino da matemática, com isso
devemos priorizar a formação dos professores, para que eles se formem mais capacitados e
que tornem suas aulas mais produtivas, mas infelizmente muitas vezes isso não ocorre,
como afirmam Martins, Pittelkow e Oliveira, (2006, apud Jover, 2008)
(...) na formação dos professores a informática nas práticas educativas não tem sido priorizada, transparecendo a idéia de que os equipamentos sozinhos podem melhorar a qualidade das práticas educativas. (p.13):
Conforme Melo e Santos (2006 apud Jover 2008 p.14):
(...) a capacitação docente deve oferecer experiências inovadoras que considerem os alunos como futuros cidadãos na sociedade. Nesse sentido, defendem a reformulação dos currículos e a apropriação de recursos tecnológicos abrangendo as faces multiculturais da aprendizagem. Com relação à capacitação no uso da Informática na Educação, a formação não deve seguir o padrão de “Curso Básico de Computação” (ou seja, com a mera utilização de apostilas, tutoriais e modelos), mas sim com a visão de que o computador é uma ferramenta que pode promover a construção do conhecimento.
Concluem que a Informática na Educação deve promover a noção de cidadania, incentivar um papel de sujeito ativo na sociedade, e visando a compreensão do real papel da tecnologia.
Segundo Correa. C. D. e S (2006, apud Jover 2008 p.14):
(...) a questão das dificuldades de uso do computador na educação com a questão natural do medo do desconhecido, inerente ao ser humano, haja vista a necessidade de superação dos obstáculos para dar-se a adaptação a um meio que, em princípio, lhe pareça hostil.
Vê-se que a formação de professores, no século XXI, necessariamente deverá incluir conhecimentos das tecnologias, tanto para uso de softwares educativos como para utilização da informação no ensino. Em resumo, os professores não podem ignorar a tecnologia, sob pena de perderem o contato com seus próprios alunos e de tornarem pouco eficientes no seu trabalho de educadores.
27
Com o surgimento dessas novas tecnologias, podemos observar que muitos professores
ainda não estão capacitados para trabalhar com os computadores, principalmente com
softwares voltados para a matemática, como dizem Borba e Penteado.
Entre as várias considerações a respeito, pode-se citar que a chegada de “uma mídia qualitativamente diferente, como a informática, contribua para modificar as práticas do ensino tradicional vigente”.(BORBA e PENTEADO, 2001, apud MENK, 2005 p.51)
Estes autores argumentam ainda que: [...] sem uma discussão sobre como os professores podem utilizar a informática, e o que isso demanda para seu trabalho, os computadores estarão fadados a ficarem empoeirados em uma sala da escola. (p.51)
28
3. PROPOSTAS DE TRABALHO
3.1. PROPOSTA DE ENSINO DO TEOREMA DE PITÁGORAS POR
MEIO DE UMA METODOLOGIA CONVENCIONAL
Esta proposta pode ser desenvolvida com um grupo de alunos do 9º ano do Ensino
Fundamental, ou seja, antiga 8ª série.
Considerando que essa atividade está baseada numa estratégia de ensino tradicional, supõe-
se que o professor inicie sua aula, anotando, no quadro negro, (ou lousa) o conteúdo teórico,
o qual deva ser copiado pelos alunos, no seu caderno, e na seqüência sejam apresentados
alguns exercícios de aplicação do mesmo.
Desse modo, acreditamos que essa aula, poderia conter, por exemplo, o texto e os exercícios
relacionados abaixo.
O teorema de Pitágoras:
O teorema de Pitágoras é um dos mais conhecidos da matemática. Ele foi demonstrado por
Pitágoras, um filósofo importante para o avanço do ensino da matemática e esse teorema
estabelece uma relação entre as medidas dos lados de um triângulo retângulo. “Em todo
triângulo retângulo, a soma dos quadrados das medidas dos catetos é igual ao quadrado da
medida da hipotenusa”.
Figura 6: Triângulo retângulo – In:
http://www.tosabendomais.com.br/userfiles/image/FORMULAS%2015(1).jpg
29
No triângulo retângulo, representado na figura acima, b e c são as medidas dos catetos e a é
a medida da hipotenusa.
Desse modo, temos: a ² = b ² + c ²
Na figura abaixo, se traçarmos a diagonal (d) do quadrado com lados de medida (l),
obteremos dois triângulos congruentes.
Figura 7: Quadrado – In:
http://www.tosabendomais.com.br/userfiles/image/FORMULAS%2012.jpg
Logo:
d.d = l.l + l.l
d² = l² + l²
d² = 2 .l²
Sendo assim, l é a medida dos catetos e d é a medida da hipotenusa de cada um dos
triângulos retângulos.
30
Exercícios:
Nas figuras abaixo, calcule o valor de x usando o teorema de Pitágoras:
(a)
Figura 8: Triângulo
(b)
Figura 9: Triângulo Retângulo
31
Resolução esperada pelo professor
(a)
a² = b² + c²
10² = x² + 6²
100 = x² + 36
100 – 36 = x²
64 = x²
x = 64
x = 8 cm
(b)
a² = b² + c²
(4,5)² = x² + (7,5)²
20,25 = x² + 56,25
x² = 56,25 – 20,25
x = 36
x = 6 cm
3.2 A PROPOSTA DE ENSINO DO TEOREMA DE PITÁGORAS POR MEIO DO LABORATÓRIO DE ENSINO DE MATEMÁTICA (LEM).
Da mesma forma que propomos trabalhar o Teorema de Pitágoras por meio do método
convencional, proporemos agora o ensino do Teorema, fazendo uso do material didático
pertencente ao Laboratório de Ensino de Matemática para a construção da forma esquelética
de uma pipa.
32
Caso a escola não possua um LEM, a sala de aula pode se adaptar provisoriamente de modo
a permitir a realização da atividade.
Inicialmente os alunos devem ser separados em grupos. Em seguida são distribuidos um
carretel de linha de costura, três varetas de bambu de quarenta centímetros cada e uma fita
métrica e um trasferidor a cada grupo.
Figura 10: Materias para construção de uma Pipa
Primeiro passo: Selecionar uma vareta e medir oito centímetros de cima para baixo,
encontrando um ponto. Nesse ponto, posicionar e amarrar uma outra vareta no sentido
horizontal e cortar a vareta vertical, de modo que esse ponto seja o ponto médio da vareta
vertical.
33
Figura 11: Pipa 1
Segundo passo: Descer a linha, utilizada para amarrar as varetas, quinze centímetros para
baixo em relação ao primeiro ponto encontrado, marcando outro ponto e repetir o processo
realizado no passo anterior.
Figura 12: Pipa 2
34
Terceiro passo: Passar a linha em volta toda da pipa, formando uma figura geométrica.
Figura 13: Pipa 3
Quarto passo: Medir todos os ângulos e segmentos, encontrados no “esqueleto” da pipa e
registrar as medidas.
Após a construção do “esqueleto” da pipa, inicia-se a exploração da figura obtida: pode-se
trabalhar a questão das medidas dos lados dos triângulos retângulos, e as dos ângulos; bem
as congruências das figuras encontradas.
Na sequência, os alunos fazendo uso das medidas obtidas para os catetos e a hiponetusa de
cada triângulo, devem verificar a validade do Teorema de Pitágoras, ou seja, as medidas
encontradas, devem obedecer a relação a² = b² + c² .
Para finalizar a aula, propoe-se a resolução do exercício indicado abaixo e pede-se que os
alunos comparem as respostas encontradas, com as medições realizadas.
35
Exercício:
Calcule quanto iremos gastar de linha para contornar a pipa, ou seja, seu perímetro?
Figura 14: Pipa 4
Resolução esperada
a² = b² + c²
x² = 8² + 20²
x² = 64 + 400
x = 464
x ≅ 21,5 cm n ≅ 21,5 cm
a² = b² + c²
w² =17² + 20²
w² = 289 + 400
w = √689
w ≅ 26 cm z ≅ 26 cm
36
P = x + y + w + z + m + n
P = 21,5 + 15 + 26 + 26 + 15 + 21,5
P = 125 cm
3.3 A PROPOSTA DE ENSINO DO TEOREMA DE PITÁGORAS POR
MEIO DO SOFTWARE CABRI – GÉOMÈTRE
Uma outra proposta de ensino do Teorema de Pitágoras é utilizar um meio eletrônico, no
caso um computador, e um software educativo que trabalhe a geometria dinâmica. O
software sugerido é o Cabri–Géomètre II- Plus. (Essa atividade tem como suporte, uma
atividade proposta por Baldim(2004, p.165-166)
Primeiro passo: Construir AB (Janela 3)
Figura 15: AB
37
Segundo passo: Construir uma perpendicular a AB passando pelo vértice A (janela 5)
Figura 16: A reta perpendicular
Terceiro passo: Marque um ponto qualquer C, sobre a perpendicular (janela 2) e em seguida,
construa um triângulo retângulo CAB (janela 3) clicando sobre os pontos C, A e B, nessa
ordem.
Figura 17: Triângulo Retângulo
38
Quarto passo: Utilizando a ferramenta “Distância e Comprimento”( janela 9 ), meça as
distâncias entre vértices do triângulo CAB. Dê um clique duplo sobre as medidas e escreva,
“ a =”, “b =” e “c =”, de modo que a, b e c, correspondam respectivamente às medidas
relativas aos lados opostos aos ângulos A, B e C.
Figura 18: Triângulo Retângulo com os valores de seus segmento Quinto passo: Marque os ângulos internos do triângulo (janela 10)
Figura 19: Triângulo Retângulo com os ângulos
39
Sexto passo: Meça as ângulos (janela 9 )
Figura 20: Triângulo Retângulo com os valores dos ângulos
Sétimo passo: Use as caixas de comentário e edite as expressões ( janela 10) nos espaços
convenientes da área de trabalho: a² = b² + c²
Figura 21: A fórmula do teorema de Pitágoras
40
Oitavo Passo: Com auxílio do ponteiro “arraste” os vértices e a perpendicular. Observe o
que acontece.
Figura 22: Movimentação no Cabri –Géomètrè II- Plus
Resposta esperada pelo professor: Ao realizar essa atividade supoe-se que o professor espere que os alunos observem que
mesmo que as medidas dos lados modifiquem, a relação estabelecida pelo Teorema de
Pitágoras continua válida, ou seja, qualquer que seja o triângulo retângulo, o quadrado da
medida da hipotenusa é igual a soma dos quadrados da medida dos catetos.
3 .4 COMPLEMENTANDO AS PROPOSTAS
Finalizando esse capítulo, gostaríamos de comentar que a aplicação dessas propostas poderia
ser realizada sempre com o mesmo grupo, em momentos distintos, ou com grupos diversos.
Em qualquer situação seria interessante fazer uma comparação de resultados no sentido de
avaliar os procedimentos, e uma investigação junto aos alunos, para saber que procedimento
eles gostaram mais.
41
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com as metodologias propostas, não pôde-se obter uma conclusão definitiva
referente ao mais benéfico, pois não foi realizada a efetiva aplicação, entretanto, todos os
métodos são considerados bastante eficientes.
A proposta de ensino por meio do método convencional é muito importante, pois as
atividades de Matemática desenvolvidas em salas de aula, fazem com que os alunos
exercitem seus raciocínios e possam pratica-los para melhor fixação.
Por outro lado, a metodologia que propõe o uso do software, pode ser eficaz no momento
em que permite ao aluno a visualização do Teorema de uma forma diferente. Neste contexto,
com a manipulação do Cabri e suas ferramentas, é apresentado ao aluno uma outra
perspectiva de entendimento, pois permite a interação, ainda que virtual, com os objetos do
estudo, dentre eles: ângulos, retas, medidas, figuras geométricas. E a característica de
dinamismo do software, também pode proporcionar ao aluno diferentes visões de um
mesmo conceito.
Por fim, propusemos uma Metodologia que utiliza materiais didáticos pertencentes a um
Laboratório de Ensino de Matemática (LEM). Essa Metodologia proporciona aos alunos a
manipulação de objetos, com a finalidade de observar o Teorema, utilizando para isso o
lúdico, recurso tão interessante e importante no ensino da Matemática. Na proposta
apresentada foi construída uma pipa, objeto de brincadeiras infantis, que imaginamos poder
criar especial interesse por parte do aluno, visto tratar-se de um brinquedo da referida faixa
etária. No entanto, poderiam ser construídos quaisquer outros objetos de brincadeiras
infantis, voltados para meninos e/ou meninas, desde que tenham a finalidade maior, que é de
utilizá-los para ilustrar e despertar maior interesse junto aos alunos. É sabido também, que
as formas de aprendizagem que se valem de objetos manipuláveis, desenhos, figuras, trazem
muitos benefícios à aprendizagem e entendimento de diversos conteúdos, possibilitando
assim uma maior fixação do conceito que foi exposto.
No entanto, as propostas apresentadas não foram aplicadas no âmbito desta pesquisa, porém,
podem servir como instrumentos para futuros estudos e abordagens, bem como efetivas
42
aplicações, com o objetivo de perceber suas respectivas importâncias e características no
apoio ao ensino do Teorema de Pitágoras.
Com isso, diante das propostas metodológicas apresentadas nesta pesquisa, sugestões e
alguns comentários, objetivamos incitar a discussão acerca das mesmas e seus potenciais
resultados.
43
5. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ALMOULOUD. S.A. Revista da Sociedade Brasileira de Educação Matemática. O teorema
de Pitágoras: uma abordagem enfatizando o caráter necessário/suficiente. p.(45 a 47)
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Federal de Educação Tecnológica de Minas gerais. Disponível em:
<http://www.senept.cefetmg.br/galerias/Arquivos_senept/anais/terca_tema1/TerxaTema1Art
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AZEVEDO, C. M. M. Geometria com Dobraduras: uma maneira lúdica de fixar os
conteúdos matemáticos. Disponível em:
<www.sbemrn.com.br/site/II%20erem/minicurso/doc/mc12.pdf> - Acessado em: 5 de
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BALDIN. Y. Y Atividades com Cabri-Géomètre II para Cursos de Licenciatura em
Matemática e Professores do Ensino Fundamental e Médio. Editora da Universidade
Federal de São Carlos, p. (165 – 166), 2004.
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<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/conteudo/artigos_teses/
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EVES, H. História da Geometria. T Tradução: Hygino H. Domingues. São Paulo: Editora
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EVES, H. Introdução à História da Matemática. Tradução: Hygino H. Domingues.
Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1995.
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Disponível em: <http://www.pedagogia.com.br/artigos/laboratoriomatematico/> Acessado
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