Tião Carreiro e Pardinho - Letras - 05 - Repertório de Ouro - 1964

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Repertório de Ouro Letras Por: Alexandre Fais, [email protected] 1964 Álbum de Carreira Tião Carreiro & Pardinho Obs: Clique na aba Bookmarks para facilitar a navegação entre as letras

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Tião Carreiro e Pardinho - Repertório de Ouro - 1964

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Repertório de Ouro

Letras Por: Alexandre Fais, [email protected]

1964 Álbum de Carreira

Tião Carreiro & Pardinho

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Bandeira Branca Pagode - (Tião Carreiro e Lourival dos Santos)

Vou Contar o que eu nunca vi pro sertão e pra cidade

Nunca via guerra sem tiro e nem cadeia sem grade

Nunca vi um prisioneiro que não queira liberdade

Nunca vi mãe amorosa do filho não ter saudade

Nunca vi homem pequeno que ele não fosse papudo

Eu nunca vi um doutor fazer falar quem é mudo

Nunca vi um boiadeiro carregar dinheiro miudo

Nunca vi homem direito vestir ‘carça’ de veludo

Eu nunca vi um carioca que não fosse bom sambista

Nunca vi um pernambucano que não fosse bom passista

Nunca vi um paraibano que não fosse repentista

Nunca vi um deputado apanhar de jornalista

Eu nunca vi um paulista da vida se ‘mardizendo’

Nunca vi um paranaense que não ‘teja’ ‘enriqueceno’

Eu nunca vi um baiano no facão sair perdendo

Eu nunca vi um mineiro da luta sair correndo

Nunca vi um catarinense depois de velho aprendendo

Nunca vi um mato-grossense de medo andar ‘tremeno’

Eu nunca vi um gaúcho pra laçar precisar treino

Eu nunca vi um goiano por paixão beber veneno

Nunca vi um fazendeiro andar em cavalo que manca

Pra fechar boca de sogra não vi chave, não vi tranca

Pra terminar meu pagode vou falar botando banca

Quero ver meus inimigos levantar bandeira branca

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Rio Preto de Luto Moda de Viola - (Joaquim Moreira e Zé Matão)

Rio Preto e toda região vive muito aborrecido

De uns certos tempo pra cá quantos ‘gorpes’ tem sofrido

Quantos homens de valores a cidade tem perdido

Seus nome ficou na História gravado em nossa memória

E jamais será esquecido

Quantas perda ‘irreparávi’ quase que num tempo só

As derrotas foram tantas falo apenas das maior

Doutor Anísio Moreira da vizinha Mirassol

Na selva de Mato Grosso caiu n'água num destroço

A morte não teve dó

Num desastre na Bolívia ‘Mirto’ Verde e seu cunhado

A bordo de um avião fizeram um pouso forçado

Lá viveu setenta dias do mundo desamparado

Triste fim teve os dois homens morreram de sede e fome

Completamente isolados

O Doutor Bady Bassite ilustre batalhador

Pela nossa Rio Preto não poupava o seu labor

Lutava pelo progresso com carinho e com amor

Mas por uma infeliz sorte foi tragado pela morte

Aumentando a nossa dor

Meus prezado ouvinte amigo isto tudo não foi só

A morte também levou Doutor Alberto Andaló

Das derrotas Rio-pretense foi uma das mais pior

Ex prefeito e deputado lutava desesperado

Por um Rio Preto ‘mior’

Rio Preto também perdeu o Coutinho Cavalcante

Morreu o Doutor Jafét outra figura importante

Nas águas do Rio Turvo cinquenta e nove estudante

Meus Deus tenha piedade defenda nossa cidade

E também seus habitantes

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Cabelo Loiro Arrasta Pé - (Tião Carreiro e Zé Bonito)

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Muitos ‘véio’ já foi moço, já gozou a mocidade

Eu também já tive amor, hoje só resta saudade

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Vou-me embora pra bem longe, aqui não posso ficar

Vivendo pertinho dela, minha vida e só chorar

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Você diz que bala mata, bala não mata ninguém

A bala que mais me mata o desprezo do meu bem

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Casa de pobre e ranchinho, casa de rico é de ‘teia’

Se ter amor fosse crime, minha casa era a cadeia

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Quanto mais tu me despreza, a dor no meu peito ‘inframa’

Quem não quero me quer bem, quem eu quero não me ama

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Beija-Flor que beija rosa se despede do jardim

Assim fez o meu amor quando despediu de mim

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

Cabelo loiro vai lá em casa passear, vai, vai cabelo loiro, vai ‘cabar’ de me matar

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Tem e Não Tem Pagode - (Tião Carreiro e Moacyr dos Santos)

A casa do João de barro tem porta e não tem janela

A mesa da minha casa tem perna e não tem canela

Na minha boca tem ponte, mas nunca teve pinguela

O motor do meu carro tem cavalo e não tem sela

Minha sogra tem brabeza mas não tenho medo dela

Onde tem ‘orde’ e progresso não pode ter decadência

Tem gente que tem vontade, mas não tem experiência

Como tem muitos violeiro no rádio sem competência

O frango também tem peito, pra cantar não tem potência

O pão também tem miolo, mas não tem inteligência

O Adão teve mulher, não teve sogra nem perdão

Tem muita gente no mundo que vive sem profissão

Tem outros que tem ofício, mas não tem calo na mão

Mulher que tem dois amores não tem dois coração

Tem gente que tem escola, mas não tem educação

Homem que tem mulher braba, esse não tem liberdade

Tem mulher que tem beleza, mas não sinceridade

Tem gente que tem dinheiro, mas não tem felicidade

Eu tenho certos patentes, deles não tenho saudade

Tem gente que tem diploma mas não tem capacidade

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Meu Fracasso Canção Rancheira - (Tião Carreiro, Carreirinho e Campeão)

Companheiradas! Vamos beber!

Pede ao garçom pra reunir quatro ou cinco mesas

Peçam bebidas! Muitas bebidas!

Que hoje sou eu quem paga a despesa

Quero beber! Quero embriagar-me

Quero esquecer a minha tristeza

Hoje eu sofro tanto, é grande minha dor

Perdi para sempre, perdi meu amor

Hoje estou vencido, estou convencido

A maldita sorte segue-me passo a passo

O meu triste fato reduz-me ao nada

E assim levo a vida de fracasso em fracasso

E no entretanto, a quem eu amo

Encontra vitória de braços em braços

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Roxinha Batuque - (Lourival dos Santos e Pimentel)

Ai Roxinha, quem mandou você pra cá?

Ai Roxinha, quem mandou você pra cá?

Sabendo que eu sou casado, mesmo assim quer me amar

Tá doido ô Roxinha

Tu é capaz de me matar

Tu é capaz de me matar

Ai Roxinha, amanhã vou te deixar

Ai Roxinha, amanhã vou te deixar

Vou-me embora pra bem longe

Não sei quando hei de ‘vorta’

Tá doido ô Roxinha

Tu é capaz de me matar

Tu é capaz de me matar

Ai Roxinha, eu não posso te amar

Ai Roxinha, eu não posso te amar

Eu sou fácil pra querer

Mas sou duro pra deixar

Tá doido ô Roxinha

Tu é capaz de me matar

Tu é capaz de me matar

Ai Roxinha, nós precisa se apartar

Ai Roxinha, nós precisa se apartar

Na hora da despedida

Não quero te ver chorar

Tá doido ô Roxinha

Tu é capaz de me matar

Tu é capaz de me matar

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Casa Branca da Serra Corta Jaca - (Tião Carreiro e José Russo)

Na casa branca da serra lugar que eu fui residente

Vou-me embora dessa terra daqui vou viver ausente

Mas antes de ir eu quero que todos fiquem cientes

Que um amorzinho que eu tinha tem um outro pretendente

É duro a gente gostar de quem não gosta da gente

Ai, ai de quem não gosta da gente ai, ai

Nosso amor de tantos ano acabou tão de repente

Este ‘gorpe’ tão ‘duído’, franqueza fiquei doente

Pra esquecer o nosso amor vou pra lugar diferente

Passar de braço na rua com outro na minha frente

Você faz por um capricho sabendo o que a gente sente

Ai, ai sabendo o que a gente sente ai, ai

Nosso amor foi como um vento que passou tão de repente

Os teus agrados fingido é que não me sai da mente

Você foi a minha flor mas em forma serpente

Teu retrato colorido guardarei eternamente

Eu sou como a flor do campo que não tem seu pretendente

Ai, ai que não tem seu pretendente ai, ai

Agora eu ‘cabei’ de crer que o amor é uma semente

Que semeia o sofrimento dentro do peito da gente

Embora vós não me queira, mas te quero eternamente

Quem dizer que amor não dói, franqueza digo que mente

O desprezo de um amor não há coração que agüente

Ai, ai não há coração que agüente ai, ai

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Tudo Serve Pagode - (Tião Carreiro e Moacyr dos Santos)

O pau de pinheiro serve pra fazer viola de pinho

O braço da viola serve pra mim pontear direitinho

‘Muié’ faladeira serve pra falar ‘mar’ dos vizinho

As água que corre, corre, serve pra mover moinho

Carro ‘véio’ na estrada serve pra entupir o caminho

Sapato apertado serve, dói o calo quando eu piso

Negócio quando é mal feito só serve pra dar prejuízo

O dinheiro também serve, pois é dele que eu preciso

As ‘muié’ bonita serve pra gente perder o juízo

Os seus lábios também serve pra me dar beijo e sorriso

Os seus beijos também serve pra me dar inspiração

A sua beleza serve pra aumentar minha paixão

Seus carinhos também serve pra dobrar minha ilusão

Seu orgulho também serve pra fazer ingratidão

Seu desprezo também serve pra ferir meu coração

Mocinhas de pouca idade só serve pra namorar

A sogra encrenqueira serve, faz o casal separar

As ‘muié’ baixinha serve, já nasceram pra teimar

Os homens baixinho serve pra fazer os grande brigar

Na casa que a mulher manda o homem serve pra apanhar

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Boi Sete Ouro Moda de Viola - (Teddy Vieira e Arlindo Rosas)

Circo Rodeio Ipiranga sua fama vai avante

Faixa Preta é o proprietário tem um boi lhe garante

O seu nome é Sete Ouro seus pulos vale diamante

São Paulo , Goiás e Minas fez proezas importante

Parece que o ‘tar’ boi tem sabão em cima do couro

Faixa Preta fala grosso: “O bichão vale um tesouro

Derrubou seiscentos peão não contando c’os calouro

Deixo da vida de circo se quebrarem o Sete Ouro”

Certo dia um feiticeiro fez um ‘trabaio’ pesado

Levou um peão no rodeio cem conto foi apostado

Sete Ouro não pulou deixou o povo admirado

Faixa Preta descobriu que o boi foi enfeitiçado

Faixa Preta na revanche contratou um macumbeiro

Dobrou a aposta com o peão para duzentos ‘mir’ cruzeiro

E foi no primeiro pulo o peão beijou o picadeiro

Nesse dia que o feitiço virou contra o feiticeiro

Faixa Preta se orgulha da façanha que o boi fez

Quem tentar montar no bicho nunca mais fica freguês

Pros peão da minha terra lanço um desafio cortez

Pra quebrar meu Sete Ouro precisa nascer outra vez

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Repertório de Ouro Cururu - (Tião Carreiro e Moacyr dos Santos)

Na viola eu sou competente e tenho meu peito sadio

Pra não arder no meu ouvido procuro cantar baixo e bem macio

Tenho repertório de ouro, outro igual ainda não existiu

Com meu repertório de ouro ainda mais a minha fama subiu

Não preciso ficar repetindo muitas moda que o povo já ouviu

Uma moda que eu canto em janeiro só vou repetir lá pro mês de Abril

Meu pagode que é o “Tudo Certo” está falado em todo o Brasil

E a “Geada do Paraná” cena triste que ‘nóis’ assistiu

A moda do “Rei do Gado”, boiadeiros contente sorriu

E a moda da “Terra Roxa”, enxadeiros também me aplaudiu

Com o meu “Pagode em Brasília” Juscelino também divertiu

Não canto modas de abater, pois comigo ninguém ainda não ‘buliu’

Hoje em dia a viola é quem manda, os caboclo também progrediu

O estilo novo do pagode foi nós mesmo quem descobriu

Os compositores sertanejo também merece nosso elogios

Caboclada boa na caneta, inteligente e do sangue frio

A legião de fã que ‘nóis’ tem, foi cantando que ‘nóis’ conseguiu

Agradeço à platéia querida e aqueles ouvintes que nunca me viu

Me contaram que dois violeiro da viola já desistiu

Porque foram cantar numa praça, nem de casa o ‘pessoar’ não saiu

Esses cara ‘derrubaro’ a praça e praça pra nós, pode crer, não caiu

Depois deles eu dei o meu show, atendendo meus fãs que pediu

Duas noite eu cantei nesta praça, duas noite o circo entupiu

Nos lugar que eles tomam prejuízo eu nunca ‘vortei’ com meu ‘borso’ vazio

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Triste Destino* Canção Rancheira - (Tião Carreiro)

Hoje ela vive distante, tudo entre nós se acabou

Do nosso amor o que resta: a saudade que ficou

Tantos carinho eu lhe dei, em troca deu-me a traição

Seguindo a estrada de espinho da ingrata perdição

Embora eu sofra muito por amar uma fingida

Mesmo assim eu não te esqueço um estante em minha vida

Vive vagando pro mundo, senti na vida o cansaço

Quem teve grande aventura, hoje só resta o fracasso

Segue seu triste caminho na miséria sem guarida

Quem iludiu meu amor foi as colegas perdidas

Embora eu sofra muito por amar uma fingida

Mesmo assim eu não te esqueço um estante em minha vida

Mesmo assim eu não te esqueço um estante em minha vida

* Primeiramente gravada em dupla com Carreirinho esta música aparece com o nome de “Triste Caminho” no álbum “Meu

Carro é Minha Viola” - 1962

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Fracassada Tango - (Tião Carreiro e Vicente de Oliveira)

A bebida te deixaste fracassada

Agora vive sem abrigo e sem um lar

Hoje vive pelo mundo desprezada

O passado tu bem deves recordar

Quem foi dona de um lar abençoado

E tinha tudo mas não soube dar valor

Então andas pelo mundo abandonada

Maltratada, sem carinho e sem amor

Sofre e faz a gente sofrer também

Chora e faz a gente também chorar

Mas se um dia deixares a bebida

Voltaras ter nova vida

Reconstruindo um novo lar

Mas se um dia deixares a bebida

Voltaras ter nova vida

Reconstruindo um novo lar

A bebida te deixaste fracassada

Agora vive sem abrigo e sem um lar

Hoje vive pelo mundo desprezada

O passado tu bem deves recordar

Quem foi dona de um lar abençoado

E tinha tudo mas não soube dar valor

Então andas pelo mundo abandonada

Maltratada, sem carinho e sem amor

Sofre e faz a gente sofrer também

Chora e faz a gente também chorar

Mas se um dia deixares a bebida

Voltaras ter nova vida

Reconstruindo um novo lar

Mas se um dia deixares a bebida

Voltaras ter nova vida

Reconstruindo um novo lar

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Jangadeiro Cearense Cururu - (Tião Carreiro e Carreirinho)

Narrador (Tião Carreiro):

O sol nasce no horizonte entre as floresta e os monte despertando o jangadeiro

Homem que não teme a morte, jangadeiro do norte trabalha nos inteiro

‘Sorta’ a jangada no mar, vai remando devagar, vai ficando a branca areia

Fica as mata e os palmiteiro, diz adeus ao jangadeiro, suas folhas balanceia

Por ter suas devoção no tirar o pé do chão

Ele faz sua oração para se ‘arretirar’

Ai, ai, pra enfrentar as ondas do mar

Eu sou um pobre pescador, ajudai oh meu senhor

Manda um anjo protetor para o meu barco guardar

Ai, ai, pras ondas não me tragar

E o ‘sor’ já se despedindo sobre as águas vai sumindo

As estrelas vão surgindo, fica as estrela e o luar

Ai, ai, só ele, Deus e o mar

Ele volta carregado, com seu corpo já cansado

Seu amor desesperado no seu ranchinho a esperar

Ai, ai, ela se põe a rezar

Lá vem o meu pescador, lutou com força e vigor

Agradeço meu Senhor por esta benção me dar

Ai, ai já voltou para o meu lar

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Meu Sofrimento Cateretê - (Tião Carreiro e Onofre Egídio)

Meu sofrimento é demais depois que me abandonou

Vou te escrever uma carta contando como eu estou

Sentindo saudade sua, relembrando nosso amor, ai

O meu amor pra você já ficou no esquecimento

Até mesmo sua jura já se passou como um vento

Enquanto eu aqui padeço com você no pensamento, ai

Este mundo é mesmo assim, não podemos ser iguais

Enquanto uns tem alegria outros sofre por demais

Eu sofro por te amar e pra você tanto faz

Preciso me conformar com esta sorte tirana

Eu ‘alembro’ de você todos dias da semana

Com este jeito fingido, qualquer um você engana