TIM 1 - A2 - Relatorio Final

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  • Universidade Federal de Minas Gerais

    Escola de Engenharia

    Trabalho de Integralizao Multidisciplinar 1

    TIM 1

    2 semestre de 2014

    Proposta de Diretrizes de Engenharia para o Planejamento

    da Ocupao da rea da Bacia do Crrego Pastinho

    (Avenida Dom Pedro II)

    Relatrio Final

    Grupo A2: Claudia Lopes

    Guilherme Soares Almeida Rodrigues

    Lucas Mendes Mateus

    Luciano Camargos Borges

    Naiara Silva Cruz

    Tutor: Adalberto Carvalho de Rezende

    Belo Horizonte

    Novembro - 2014

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG II

    SUMRIO

    LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................................................ IV

    LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................................... VII

    SIGLAS ................................................................................................................................................................ VIII

    1. INTRODUO ............................................................................................................................................... 1

    2. OBJETIVOS ................................................................................................................................................... 2

    3. DIAGNSTICO AMBIENTAL DA BACIA .......................................................................................................... 3

    3.1 SITUAO .......................................................................................................................................................... 3 3.2 MEIO FSICO ....................................................................................................................................................... 4

    3.2.1 Limites da rea de estudo ..................................................................................................................... 4 3.2.2 Coordenadas UTM ................................................................................................................................. 5 3.2.3 Geologia e Solos .................................................................................................................................... 6 3.2.4 Relevo .................................................................................................................................................... 7 3.2.5 Hidrogeologia ........................................................................................................................................ 8 3.2.6 Hidrografia ............................................................................................................................................ 9 3.2.7 Climatologia ........................................................................................................................................ 10 3.2.8 Cobertura vegetal ................................................................................................................................ 11 3.2.9 reas de Restrio Construtiva ........................................................................................................... 12

    3.2.9.1 Riscos de deslizamento e eroso ................................................................................................................ 13 3.2.9.2 Inundaes ................................................................................................................................................. 13 3.2.9.3 Mapeamento das reas de restrio construtiva ....................................................................................... 14

    3.3 MEIO BITICO .................................................................................................................................................. 15 3.3.1 Paisagem ............................................................................................................................................. 15 3.3.2 Vegetao ........................................................................................................................................... 16 3.3.3 Qualidade da gua .............................................................................................................................. 18 3.3.4 Principais Alteraes Ocorridas no Tempo .......................................................................................... 19 3.3.5 reas de Restrio Construtiva ........................................................................................................... 19

    3.4 MEIO ANTRPICO .............................................................................................................................................. 20 3.4.1 Indicadores Socioeconmicos .............................................................................................................. 21 3.4.2 Abastecimento de gua, esgoto, energia e limpeza urbana ............................................................... 22 3.4.3 Infraestrutura de Servios de Sade .................................................................................................... 23 3.4.4 Educao ............................................................................................................................................. 24 3.4.5 reas de Restrio ............................................................................................................................... 25

    4. PLANEJAMENTO FSICO TERRITORIAL ......................................................................................................... 27

    4.1 DIAGNSTICO DA OCUPAO FSICA TERRITORIAL ATUAL ............................................................................................ 27 4.1.1 Ocupao do Solo ................................................................................................................................ 27 4.1.2 Diretrizes da Legislao Urbana .......................................................................................................... 28 4.1.3 Usos do Solo e Principais Carncias Identificadas ............................................................................... 30 4.1.4 Principais Impactos Resultantes da Ocupao Atual .......................................................................... 32

    4.2 DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO FSICO TERRITORIAL ............................................................................................ 33 4.2.1 Vocao econmica ............................................................................................................................. 33 4.2.2 Diretrizes bsicas de planejamento ..................................................................................................... 33 4.2.3 Impactos do planejamento fsico territorial e medidas mitigadoras .................................................. 35

    5. ESTUDOS DEMOGRFICOS .......................................................................................................................... 37

    5.1 INTRODUO .................................................................................................................................................... 37 5.2 DIAGNSTICO DA SITUAO ATUAL ....................................................................................................................... 37 5.3 DIRETRIZES PARA OS ESTUDOS DEMOGRFICOS ........................................................................................................ 38

    5.3.1 Estimativas da populao de saturao .............................................................................................. 38

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG III

    5.3.2 Modelo de crescimento adotado ......................................................................................................... 39 5.3.3 Projeo Populacional ......................................................................................................................... 40

    6. SISTEMA DE TRANSPORTES ......................................................................................................................... 41

    6.1 CONTEXTUALIZAO ........................................................................................................................................... 41 6.2 DIAGNSTICO DO SISTEMA ATUAL DE TRANSPORTES ................................................................................................ 41

    6.2.1 Matriz Modal ....................................................................................................................................... 41 6.2.2 Localizao de rotas e acessos principais ............................................................................................ 43 6.2.3 Equipamentos especficos ................................................................................................................... 43 6.2.4 Polticas de integrao fsica, tarifria e institucional ........................................................................ 44 6.2.5 Problemas e pontos crticos................................................................................................................. 45 6.2.6 Impactos e externalidades .................................................................................................................. 45

    6.3 DIRETRIZES PARA O SISTEMA DE TRANSPORTES ........................................................................................................ 46 6.3.1 Sistema Virio Principal ....................................................................................................................... 46 6.3.2 Circulao Viria ................................................................................................................................. 47

    6.3.2.1 Vias Arteriais............................................................................................................................................... 47 6.3.2.2 Vias Coletoras ............................................................................................................................................. 48 6.3.2.3 Vias Locais .................................................................................................................................................. 49 6.3.2.4 Pavimentao ............................................................................................................................................. 50

    6.3.3 Transporte no motorizado ................................................................................................................. 51 6.3.4 Transporte Pblico .............................................................................................................................. 52

    6.3.4.1 Sistema Proposto ....................................................................................................................................... 52 6.3.4.2 Estimativa da Demanda .............................................................................................................................. 54

    6.3.5 Transporte de Carga ............................................................................................................................ 57 6.3.6 Impactos Ambientais ........................................................................................................................... 57

    7. ABASTECIMENTO DE GUA ......................................................................................................................... 59

    7.1 DIAGNSTICO DA INFRAESTRUTURA ATUAL DE ABASTECIMENTO DE GUA .................................................................... 59 7.2 DIRETRIZES PARA O ABASTECIMENTO DE GUA ......................................................................................................... 60

    8. ESGOTAMENTO SANITRIO ........................................................................................................................ 65

    8.1.1 Introduo ........................................................................................................................................... 65 8.1.2 Diagnstico da Infraestrutura Atual de Esgotamento Sanitrio ......................................................... 65 8.1.3 Diretrizes para o Esgotamento Sanitrio ............................................................................................ 69

    9. DRENAGEM DE GUAS PLUVIAIS ................................................................................................................ 74

    9.1.1 Diagnstico da infraestrutura atual de drenagem de guas pluviais ................................................. 74 9.1.1.1 Contextualizao ........................................................................................................................................ 74 9.1.1.2 Caracterizao dos fundos de vale ............................................................................................................. 75 9.1.1.3 Sistema de Macrodrenagem e Microdrenagem ......................................................................................... 76 9.1.1.4 Aspectos positivos e negativos do atual sistema de drenagem ................................................................. 78

    9.1.2 Diretrizes para a drenagem de guas pluviais .................................................................................... 79 9.1.2.1 Propostas para o controle de escoamentos na fonte ................................................................................. 79 9.1.2.2 Medidas Mitigadoras .................................................................................................................................. 82

    10. GERENCIAMENTO DOS RESDUOS SLIDOS URBANOS ................................................................................ 84

    10.1.1 Contextualizao ............................................................................................................................ 84 10.1.2 Diagnstico da infraestrutura atual de gerenciamento de resduos slidos .................................. 84

    10.1.2.1 Identificao e classificao dos resduos .................................................................................................. 84 10.1.2.2 Condies existentes de coleta, transporte e disposio final ................................................................... 85 10.1.2.3 Impactos ..................................................................................................................................................... 85

    10.1.3 Diretrizes para o gerenciamento de resduos slidos ..................................................................... 86

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ............................................................................................................................. 95

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG IV

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 - Situao da rea de estudo dentro do Municpio de Belo Horizonte. ........................... 3

    Figura 2 - Principais vias no entorno da rea de estudo. (Fonte: Adaptado de imagem de satlite

    do software Google Earth com sobreposio de mapa virio fornecido pela PBH). ...................... 3

    Figura 3 - Bairros que em cujo territrio est contida a rea de estudo. (Fonte: Adaptado de

    imagem de satlite do software Google Earth com sobreposio de limites dos bairros fornecido

    pela PBH). ....................................................................................................................................... 4

    Figura 4 Traado dos limites da rea de estudo a partir da topografia da regio. ....................... 5

    Figura 5 - Localizao dos pontos representativos do contorno da rea de estudo. ...................... 5

    Figura 6 - Mapa da Geologia de Belo Horizonte, com destaque para a regio onde se insere a

    Bacia do Crrego do Pastinho. (Fonte: Adaptado de CAMPOS, 2011, p. 28) ............................... 7

    Figura 7 - Mapa do relevo do Municpio de Belo Horizonte, com destaque para a rea de estudo.

    ......................................................................................................................................................... 7

    Figura 8 - Mapa de declividades de Belo Horizonte, com destaque para a regio onde encontra-se

    a rea de planejamento. (Fonte: Adaptado de Prodabel, 2007 e SMAPU, 2012). .......................... 8

    Figura 9 - Declividade moderada a acentuada na Rua Belmiro Braga, cortando um fundo de vale.

    ......................................................................................................................................................... 8

    Figura 10 - Mapa Hidrogeolgico de minas Gerais, com destaque para a regio de Belo Horizonte

    ......................................................................................................................................................... 9

    Figura 11 - Detalhe de mapa hidrolgico de Belo Horizonte, destacando a regio da Bacia do

    Crrego do Pastinho. (Fonte: Adaptado de mapa fornecido pelo site da PBH). ........................... 10

    Figura 12 - Localizao da Estao Meteorolgica A521. .......................................................... 10

    Figura 13 - Grficos dos dados climatolgicos de Belo Horizonte. (Fonte: Site do INMET) ..... 11

    Figura 14- Cobertura vegetal na regio de Belo Horizonte. (Fonte: Adaptado de mapa fornecido

    no site do IBGE) ............................................................................................................................ 12

    Figura 15 - Foto de alagamento na Praa do Peixe (Fonte: site do Jornal Estado de Minas). ..... 14

    Figura 16 - Mapeamento das reas de restrio ocupao ........................................................ 14

    Figura 17 - Avenida Dom Pedro II com nfase para o canteiro central. (Fonte: Grupo A2) ....... 15

    Figura 18 - Ruas adjacentes Avenida Dom Pedro II. (Fonte: Grupo A2) ................................. 16

    Figura 19 - Vegetao original da regio de Belo Horizonte ....................................................... 16

    Figura 20 - reas de preservao (Fonte: Adaptado do mapa reas verdes protegidas, 2010, do

    site da Secretaria de Meio Ambiente da PBH) .............................................................................. 17

    Figura 21 - rea vegetada (Fonte: Adaptado do mapa reas vegetada, 2010, do site da Secretaria

    de Meio Ambiente da PBH) .......................................................................................................... 17

    Figura 22 - Maior rea de preservao da Bacia do Pastinho (Fonte: Adaptado do Google Maps)

    ....................................................................................................................................................... 18

    Figura 23 - Qualidade das guas dos afluentes da bacia do rio So Francisco na regio de Belo

    Horizonte. ...................................................................................................................................... 18

    Figura 24 - Mapa de prioridades para saneamento de Belo Horizonte (Fonte: adaptado de IGAM)

    ....................................................................................................................................................... 19

    Figura 25 - reas de restrio construtiva, em verde escuro. (Fonte: Adaptado mapa fornecido

    pelo Google Maps) ........................................................................................................................ 20

    Figura 26 - Mapa de Densidade Demogrfica. rea de Planejamento em destaque. .................. 21

    Figura 27 Grfico de Distribuio Local de Classes Sociais .................................................... 22

    Figura 28 - rea de restrio construtiva e delimitaes da bacia do Crrego do Pastinho. ....... 26

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG V

    Figura 29 - Zoneamento da Regio Noroeste de Belo Horizonte (Fonte: PBH, Lei 7166/96 e

    alteraes) ...................................................................................................................................... 27

    Figura 30 - Tipologia de ocupao conforme o uso. (Fonte: Prefeitura de Belo Horizonte) ....... 31

    Figura 31 - Fotos de estabelecimentos comerciais ao longo da Avenida Dom Pedro II. (Fonte:

    Grupo A2) ..................................................................................................................................... 31

    Figura 32 - Fotos de estabelecimentos comerciais ao longo da Rua Padre Eustquio. (Fonte: Grupo

    A2) ................................................................................................................................................. 32

    Figura 33 - Fotos das ruas Itoror e Marcondes, majoritariamente residenciais. (Fonte: Grupo A2)

    ....................................................................................................................................................... 32

    Figura 34 - Zoneamento bsico proposto pelo Grupo para a nova ocupao da Bacia do Crrego

    do Pastinho. (Fonte: Adaptado de mapa fornecido pela equipe da disciplina). ............................ 35

    Figura 35 - Grfico da evoluo populacional em Belo Horizonte segundo dados do IBGE ..... 37

    Figura 36 Grfico do crescimento populacional atravs do modelo adotado. .......................... 40

    Figura 37 - Localizao da rea de estudo, onde se observam rotas e acessos principais como

    Avenida Dom Pedro II, Avenida Presidente Carlos Luz e BR-381 no Anel Rodovirio. Destaque

    para o Aeroporto Carlos Prates. .................................................................................................... 43

    Figura 38- Faixa de pedestre no cruzamento da Avenida Carlos Luz com a Avenida Dom Pedro

    II (Fonte: Grupo A2) ..................................................................................................................... 43

    Figura 39 - Ponto de nibus na Avenida Dom Pedro II. (Fonte: Grupo A2) ............................... 44

    Figura 40 - Mapa do Sistema Virio Principal proposto. (Fonte: adaptado de mapa fornecido pelo

    site da Disciplina) .......................................................................................................................... 46

    Figura 41 - Esboo da seo tipo da Avenida Dom Pedro II, mostrando apenas um sentido da via.

    Considerar o mesmo esquema espelhado para o sentido oposto. (Fonte: produzido pelo Grupo A2

    no site www.streetmix.net) ............................................................................................................ 48

    Figura 42 - Seo tipo para a Avenida Carlos Luz em trecho onde no h o parque linear, e sim

    um canteiro central com ciclovia. (Fonte: adaptado de BARBOSA, 2011) ................................. 48

    Figura 43 - Seo tipo das vias coletoras (Fonte: adaptado de BARBOSA, 2011) ..................... 49

    Figura 44 - Exemplo de seo tipo de via local (Fonte: Adaptado de BARBOSA, 2011) .......... 50

    Figura 45 - Exemplo de seo tipo de via local (Fonte: Adaptado de BARBOSA, 2011) .......... 50

    Figura 46 Exemplo de calada larga, com comrcio e mobilirio, adotada em Atlanta, EUA. . 51

    Figura 47 Exemplo de elevao de piso para tornar a travessia de pedestres mais segura, nos

    EUA. .............................................................................................................................................. 52

    Figura 48 Desenho esquemtico de aplicao de rampas para cadeirantes e piso ttil para

    deficientes visuais (Fonte: Guia de Acessibilidade Urbana CREA-MG) .................................. 52

    Figura 49 - Exemplo de prottipo de veculo para sistema BRT. (Fonte: www.mercedesbenz.com)

    ....................................................................................................................................................... 53

    Figura 50 Exemplo de veculo do BRT de Los Angeles, que permite embarque em nvel para

    plataformas baixas, facilitando o acesso de cadeirantes, e com presena de rack frontal para

    transportar bicicletas. .................................................................................................................... 54

    Figura 51 Exemplos de possveis solues arquitetnicas para estaes, terminais e passarelas

    que tornariam o espao visualmente agradvel. (Fontes:

    http://leeuwarden.straatinfo.nl/fotos/modern-bushokje-bus-stop_765235/ e

    http://www.archdaily.com/48181/transbay-transit-terminal-pelli-clarke-pelli-architects) ........... 58

    Figura 52 - Principais Sistemas de Abastecimento e Reservatrios em Belo Horizonte. (Fonte:

    Copasa) .......................................................................................................................................... 60

    Figura 53 - Grfico de demanda anual de gua. Fonte: Grupo A2. ............................................. 61

    Figura 54 - Sistemas de abastecimento de gua da Regio Metropolitana de Belo Horizonte. Fonte:

    ANA. ............................................................................................................................................. 63

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG VI

    Figura 55 - Lay out do sistema de abastecimento da Bacia do Crrego Pastinho. (Fonte : Grupo

    A2). ................................................................................................................................................ 64

    Figura 56 -Situao dos cursos dgua e do sistema de esgotamento sanitrio na bacia do Crrego

    Pastinho. (Fonte: Prefeitura Municipal de Belo Horizonte) .......................................................... 65

    Figura 57 -Fundos de vale da regio do Crrego do Pastinho. (Fonte: Grupo A2). .................... 66

    Figura 58 -Regio para construo da ETE dentro da rea de estudo. (Fonte: Grupo A2). ........ 67

    Figura 59 -Em verde, bacias atendidas pela ETE Arrudas. E bacia do Crrego do Pastinho em

    vermelho. ....................................................................................................................................... 67

    Figura 60 -Evoluo das vazes mdias tratadas pela ETE Arrudas. (Fonte: COPASA) ........... 68

    Figura 61 -Vista area da ETE Arrudas. (Fonte: COPASA) ....................................................... 68

    Figura 62 -Rede de interceptores. (Fonte: Grupo A2) ................................................................. 69

    Figura 63 -Seo transversal mostrando os interceptores nos fundos de vales. (Fonte: ETG-

    UFMG). ......................................................................................................................................... 69

    Figura 64 Grfico da vazo domstica mdia de esgotos nos primeiros vinte anos de implantao.

    (Fonte: Grupo A2). ........................................................................................................................ 71

    Figura 65 Influncia da urbanizao nos processos hidrolgicos de infiltrao, escoamento e

    evapotranspirao. (Fonte: traduo livre de FISRWG, 2001) ..................................................... 74

    Figura 66 Mapa indicando as reas de drenagem de cada um dos crregos afluentes e a rea de

    contribuio direta ao Crrego do Pastinho. (Fonte: adapatado de mapa fornecido pelo site da

    disciplina). ..................................................................................................................................... 75

    Figura 67 - Bocas de lobo em rua prxima Avenida Dom Predo II. (Fonte: Grupo A2) .......... 76

    Figura 68 - Canalizao do Crrego do Pastinho em 1937, no cruzamento com a Rua Jaguari . 77

    Figura 69 - Canalizao do Crrego do Pastinho em 1972. (Fonte:

    http://curraldelrei.blogspot.com.br) ............................................................................................... 77

    Figura 70 - Foz do Crrego do Pastinho em frente a Rodoviria. (Fonte:

    http://curraldelrei.blogspot.com.br) ............................................................................................... 78

    Figura 71 - Carta de Inundaes de Belo Horizonte Regio Noroeste (Fonte: SUDECAP) .... 78

    Figura 72 Disposio das avenidas sanitrias propostas (em vermelho) dentro da rea de

    planejamento. ................................................................................................................................ 80

    Figura 73 corte esquemtico mostrando as camadas da pavimentao com asfalto permevel 80

    Figura 74 - Piso grama em estacionamento. (Fonte: Tecpar Pavimentos) ................................... 81

    Figura 75 - Telhados verdes em edificaes. (Fonte: Lecy Picorell) ........................................... 81

    Figura 76 Hidrograma de rea urbanizada versus rea no urbanizada. (Fonte: Instituto de

    Pesquisas Hidrulicas da UFRGS) ................................................................................................ 81

    Figura 77 - Sistema de captao de guas de chuva por gravidade ............................................. 82

    Figura 78 Evoluo da produo de RS ao longo dos anos. ..................................................... 89

    Figura 79 - Veculo de coleta seletiva de Belo Horizonte (Fonte:

    http://www.jornalwebminas.com.br) ............................................................................................. 90

    Figura 80 - Coleta de resduos de podas de rvores. (Fonte:

    http://prefeituradeipatinga.blogspot.com.br) ................................................................................. 90

    Figura 81 - Veculo compactador de lixo domstico. (Fonte: http://portalpbh.pbh.gov.br) ........ 91

    Figura 82 - rea para a construo do centro de triagem de materiais reciclveis. ..................... 91

    Figura 83 - Ponto de coleta voluntria de materiais reciclveis. (Fonte:

    http://www.portalpmt.teresina.pi.gov.br) ...................................................................................... 92

    Figura 84 - Lixeiras de coleta seletiva. (Fonte: http://www.24horasnews.com.br) ..................... 92

    Figura 85 - Itinerrio entre a rea de estudo e o local de disposio final RSU. (Fonte: Adaptado

    de Google Maps) ........................................................................................................................... 94

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG VII

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1: Lista das coordenadas UTM para os pontos representativos do contorno da rea de

    estudos ............................................................................................................................................. 5

    Tabela 2 - Taxa de rea Vegetada e ndice de reas Verdes por Habitante por Regio

    Administrativa ............................................................................................................................... 12

    Tabela 3 - reas restritas ocupao ........................................................................................... 15

    Tabela 4 - Rendimento Nominal Mensal Domiciliar. (Fonte: IBGE 2010) ................................. 21

    Tabela 5 - Diviso de Classes Sociais. (Fonte: IBGE) ................................................................. 22

    Tabela 6 - Porcentagem da populao com acesso aos servios de energia eltrica, abastecimento

    de gua, esgotamento sanitrio e servio de limpeza (Fonte: PBH, 2010) ................................... 23

    Tabela 7 - Taxa de Incidncia de Dengue por Distrito Sanitrio. ................................................ 24

    Tabela 8 - Acidente e taxa de incidncia de acidentes escorpinicos segundo o Distrito Sanitrio.

    Belo Horizonte, Minas Gerais, 1993-1996. (Fonte: BARBOSA, A.D. et al) ............................... 24

    Tabela 9 - Cadastro de Escolas - Setembro/2014. (Fonte: Secretaria do Estado de Educao de

    Minas Gerais/SI/SIE/Diretoria de Informaes Educacionais) ..................................................... 24

    Tabela 10 - Impactos ambientais nos meios Fsico, Bitico e Antrpico .................................... 35

    Tabela 11 Medidas mitigadoras dos potenciais impactos negativos ............................................ 36

    Tabela 12 - Evoluo populacional em Belo Horizonte, Minas Gerais e no Brasil. Fonte: IBGE

    ....................................................................................................................................................... 37

    Tabela 13 - Densidade populacional de saturao conforme rea. (Fonte: Alm Sobrinho e

    Tsutiya, 1999) ................................................................................................................................ 38

    Tabela 14 - Densidades populacionais tpicas em funo do solo. (Fonte: adaptado de Fair, Geyer

    e Okun (1973) e Qasim (1985) -valores arredondados) ................................................................ 39

    Tabela 15 - Tipologia de zoneamento, densidade de saturao, rea e populao de saturao . 39

    Tabela 16 Evoluo da populao em funo do tempo ............................................................ 40

    Tabela 17 - Variao das viagens por tipo de ligao entre regies 2002 e 2012. .................... 42

    Tabela 18 - Variao das viagens com e sem ligao com a rea Central 2002 e 2012. ......... 42

    Tabela 19 - Sees para vias arteriais com canteiro central (Fonte: BARBOSA, 2011) ............. 48

    Tabela 20 - Largura total da pista de rolamento para vias coletoras (Fonte: BARBOSA, 2011) 49

    Tabela 21 - Largura total da pista de rolamento para as vias locais (Fonte: BARBOSA, 2011) . 49

    Tabela 22 - Demanda por meio de transporte (Fonte: Adaptado de Plano Diretor de Mobilidade

    Urbana de Belo Horizonte, 2014). ................................................................................................ 55

    Tabela 23 - Demanda de viagens no horrio de pico na rea de estudo por modo de transporte.

    (Fonte: Grupo A2) ......................................................................................................................... 55

    Tabela 24 - Capacidade dos Sistemas Produtores para RMBH e BH .......................................... 59

    Tabela 25 - Valores para a demanda anual de gua em funo da populao. ............................ 61

    Tabela 26 -Populaes e vazes mdias de esgoto nos primeiros vinte anos de implantao.

    (Fonte: Grupo A2). ........................................................................................................................ 70

    Tabela 27 -Cargas e concentraes de DBO e coliformes fecais para o esgoto com e sem

    tratamento. (Fonte: Grupo A2) ...................................................................................................... 72

    Tabela 28 rea de cada bacida de contribuio ........................................................................ 75

    Tabela 29 Declividades dos fundos de vale .............................................................................. 76

    Tabela 30 - Produo anual de RS , em massa. ............................................................................ 87

    Tabela 31 Quantidades de matria reciclveis e compostveis. ................................................... 88

    Tabela 32 - Quantidades de resduos encaminhados ao aterro sanitrio. ..................................... 88

    Tabela 33 - Volume total a ser aterrado. ...................................................................................... 93

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG VIII

    SIGLAS

    ABAS Associao Brasileira de guas Subterrneas

    APP - reas de Preservao Permanente

    CTB Cdigo de Trnsito Brasileiro

    ETA Estao de tratamento de gua

    ETE Estao de tratamento de esgoto

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    INMET Instituto Nacional de Meteorologia

    ISFUC - Instituto Sagrada Famlia

    LEVs - Locais de Entrega Voluntria

    PBH Prefeitura de Belo Horizonte

    PL Poo Lumiar

    RCDs - Resduos de construo e demolio

    RS Resduos Slidos

    RSSs - Resduos de servios de sade

    SLU - Superintendncia de Limpeza Urbana

    SMAPU Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano

    SUDECAP - Superintendncia de Desenvolvimento da Capital

    URPVs - Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes

    UTM Universal Transverse Mercator (Sistema Universal Transverso de Mercator)

    ZA - Zona Adensada;

    ZAP - Zona de Adensamento Preferencial;

    ZAR - Zona de Adensamento Restrito;

    ZC - Zona Central;

    ZCBA Zona Central do Barreiro;

    ZCBH Zona Central de Belo Horizonte;

    ZCVN Zona Central de Venda Nova;

    ZE - Zona de Grandes Equipamentos;

    ZEIS - Zona de Especial Interesse Social;

    ZHIP Zona Hipercentral;

    ZP - Zona de Proteo;

    ZPAM - Zona de Preservao Ambiental.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 1

    1. INTRODUO

    O presente trabalho, proposto pela disciplina Trabalho Integralizador Multidisciplinar I, um

    exerccio de Planejamento Urbano, em que busca-se a integrao de todo o conhecimento tcnico

    e conceitual obtido nos primeiros seis semestres do Curso de Engenharia Civil, consolidado num

    nico trabalho. Porm, a definio de Planejamento Urbano algo bastante complexo e que

    demanda uma reviso bibliogrfica com especial ateno. Segundo Celson Ferrari, o

    planejamento no um fim em si mesmo. um meio para se atingir um fim. um mtodo de

    trabalho nas mos dos rgos de planejamento e de atuao contnua e permanente. O

    planejamento visa um estudo prvio para que seja feita uma previso ordenada capaz de

    antecipar suas ulteriores consequncias.

    J o autor Fbio Duarte (2011), correlaciona os termos planejamento urbano, desenho urbano,

    urbanismo e gesto urbana, afirmando que todos tem como objeto de estudo a cidade,

    considerada tanto em relao a suas caractersticas fsicas, quanto sociais, culturais e econmicas.

    Para ele, cabe ao planejamento antever as mudanas na organizao espacial da cidade que podem

    alterar as relaes econmicas, sociais e culturais.

    O importante para entendermos o planejamento urbano que ele no

    pode ser restrito a uma disciplina especfica. Nesse sentido, o campo se

    abre para conhecimentos e metodologias que abrangem aspectos da

    sociologia, da economia, da geografia, da engenharia, do direito e da

    administrao. (DUARTE, 2011)

    Belo Horizonte foi a primeira cidade planejada do Brasil, nascendo da prancheta do engenheiro

    Aaro Reis, sob o positivismo de refletir o ideal de uma cidade funcional e organizada. Ele

    acreditava que conseguiria forar o crescimento da cidade do centro para a periferia. Porm no

    houve uma continuidade e os fenmenos sociais como urbanizao acelerada, surgimento de

    uma classe mdia motorizada, enorme contingente de pobres gerado pelo xodo rural e pelo

    processo de concentrao de renda (GOUVA, 2005) produziram um crescimento desordenado

    fora dos limites da rea inicialmente planejada, sendo que essas novas ocupaes:

    Se desenvolveram buscando se adaptar, muitas vezes sem sucesso,

    topografia acidentada da cidade. Vencendo colinas e contornando

    montanhas, essas ruas se encontraram com as das cidades vizinhas, que

    nunca foram planejadas, vindo a constituir a terceira maior regio

    metropolitana existente hoje no pas. (GOUVA, 2005)

    Sob este contexto, devemos pensar o planejamento urbano de uma rea hipoteticamente

    desocupada, onde temos a chance de minimizar os problemas gerados pela falta de planejamento

    e propor novas diretrizes de ocupao, de forma a integrar a regio ao seu entorno e prever como

    se daro as relaes sociais, econmicas e culturais dentro dela e nos seus contornos.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 2

    2. OBJETIVOS

    O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar uma proposta de planejamento urbano

    para a rea limitada pela Bacia do Crrego Pastinho, localizada na regio Noroeste do municpio

    de Belo Horizonte.

    O planejamento proposto teve como princpios norteadores a sustentabilidade e o crescimento

    ordenado, partindo-se da hiptese de que a rea de planejamento encontra-se em suas condies

    naturais e sem nenhum tipo de ocupao. As solues sugeridas basearam-se na anlise

    retrospectiva da ocupao da rea e no diagnstico de seus pontos positivos e negativos.

    As diretrizes de planejamento foram elaboradas preservando os preceitos e as exigncias legais

    caractersticas de uma expanso urbana para o municpio de Belo Horizonte. Buscou-se tambm

    apresentar diretrizes que estivessem em consonncia com a rea de influncia direta.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 3

    3. DIAGNSTICO AMBIENTAL DA BACIA

    3.1 Situao

    importante, como incio deste trabalho, situar a rea de estudo para facilitar o entendimento do

    mesmo. A rea escolhida pela equipe da disciplina, correspondente Bacia do Crrego do

    Pastinho, encontra-se totalmente inserida no Municpio de Belo Horizonte, e tambm dentro dos

    limites da Regional Noroeste Figura 1.

    Figura 1 - Situao da rea de estudo dentro do Municpio de Belo Horizonte.

    (Fonte: Adaptado de imagem de satlite do software Google Earth)

    A grosso modo, a rea limitada a noroeste pelo Anel Rodovirio, ao sul pela Rua Padre Eustquio

    e a leste pela Avenida Pres. Antnio Carlos (Figura 2). O crrego do Pastinho encontra-se

    totalmente canalizado e enterrado sob a Avenida Dom Pedro II, que cruza longitudinalmente toda

    a rea de estudo. Sua nascente localiza-se prximo interseco da Avenida Dom Pedro II com o

    Anel Rodovirio e ele desagua no Ribeiro Arrudas, aproximadamente na altura da Rodoviria.

    Figura 2 - Principais vias no entorno da rea de estudo. (Fonte: Adaptado de imagem de satlite do software Google

    Earth com sobreposio de mapa virio fornecido pela PBH).

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 4

    A rea de estudo engloba territrios de 13 bairros de Belo Horizonte, como mostra a Figura 3.

    Porm, como para alguns deles, a porcentagem da rea que est dentro de seus limites muito

    pequena, consideramos para efeito dos estudos apenas os seguintes bairros:

    Bonfim

    Caiara-Adelaide

    Caiaras

    Carlos Prates

    Jardim Montanhs

    Minas Brasil

    Monsenhor Messias

    Padre Eustquio

    Santo Andr

    Figura 3 - Bairros que em cujo territrio est contida a rea de estudo. (Fonte: Adaptado de imagem de satlite do

    software Google Earth com sobreposio de limites dos bairros fornecido pela PBH).

    3.2 Meio Fsico

    Para a compreenso da rea objeto de estudo deste trabalho, foi feito um levantamento do meio

    fsico da mesma como se seguem nos itens abaixo.

    3.2.1 Limites da rea de estudo

    Os limites da rea de estudo correspondem aos limites da Bacia Hidrogrfica do Crrego do

    Pastinho (nmero 4111700). No mapa de Topografia e Quadras, fornecido no site da disciplina,

    encontrava-se o traado em azul, presente na Figura 4, mesmo traado que encontrado em

    diversos outros mapas fornecidos pelo site da PBH. Ao traarmos novamente os limites da Bacia,

    utilizando os mtodos propostos para tal, cruzando perpendicularmente as curvas de nvel,

    encontramos pequenas diferenas (linha de cor magenta) e que consideramos no influenciar

    significativamente no estudo da rea. Portanto, preferimos adotar o traado que havia sido

    proposto inicialmente, devido ao maior nmero de referncias em que o mesmo utilizado.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 5

    Figura 4 Traado dos limites da rea de estudo a partir da topografia da regio. (Fonte: Adaptado de mapa fornecido pela equipe da Disciplina).

    Esses limites correspondem a uma rea de 5,45 km2 segundo os mapas fornecidos pela PBH. Ao

    medir-se o polgono formado pelas linhas de contorno no software AutoCAD, encontrou-se um

    valor de 5,42 km2. Quanto ao comprimento do permetro, tanto os dados fornecidos pela PBH

    quanto os encontrados pelo grupo coincidem em 14,7 Km.

    3.2.2 Coordenadas UTM

    Para situar as coordenadas UTM da rea, foi utilizado o software de geo-referenciamento Google

    Earth. Os pontos representativos do contorno aparecem na Figura 5 e, em seguida, apresentada

    a Tabela 1, com as coordenadas de cada um deles.

    Figura 5 - Localizao dos pontos representativos do contorno da rea de estudo.

    (Fonte: Adaptado de imagem de satlite fornecida pelo software Google Earth)

    Tabela 1: Lista das coordenadas UTM para os pontos representativos do contorno da rea de estudos

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    Escola de Engenharia - UFMG 6

    Ponto Latitude Longitude Ponto Latitude Longitude

    1 1954'47.70"S 4356'33.02"W 20 1954'14.28"S 4359'9.68"W

    2 1954'43.19"S 4356'32.59"W 21 1954'24.44"S 4359'20.10"W

    3 1954'41.67"S 4356'37.35"W 22 1954'30.28"S 4359'18.19"W

    4 1954'42.32"S 4356'41.29"W 23 1954'34.60"S 4359'25.99"W

    5 1954'31.27"S 4356'51.87"W 24 1954'38.79"S 4359'28.66"W

    6 1954'23.25"S 4357'2.65"W 25 1954'44.82"S 4359'32.90"W

    7 1954'13.46"S 4357'3.78"W 26 1954'55.60"S 4359'36.96"W

    8 1954'2.94"S 4357'0.03"W 27 1954'58.87"S 4359'34.64"W

    9 1954'7.64"S 4357'11.29"W 28 1954'52.48"S 4359'25.80"W

    10 1954'12.75"S 4357'26.54"W 29 1954'51.64"S 4358'58.71"W

    11 1954'13.68"S 4357'45.99"W 30 1954'56.33"S 4358'46.82"W

    12 1954'5.86"S 4357'52.63"W 31 1954'51.64"S 4358'39.17"W

    13 1953'57.17"S 4358'3.02"W 32 1954'53.33"S 4358'20.08"W

    14 1954'8.22"S 4358'16.62"W 33 1954'42.07"S 4357'54.93"W

    15 1954'1.25"S 4358'26.73"W 34 1954'38.33"S 4357'43.75"W

    16 1954'9.10"S 4358'40.41"W 35 1954'48.51"S 4357'30.86"W

    17 1954'17.02"S 4358'37.34"W 36 1954'57.41"S 4356'56.07"W

    18 1954'24.62"S 4358'42.16"W 37 1954'47.29"S 4356'38.17"W

    19 1954'21.52"S 4358'59.83"W 38 1954'48.41"S 4356'34.06"W

    Portanto, os pontos mais extremos, destacados na Tabela 1, so:

    Norte: Ponto 13

    Sul: Ponto 27

    Leste: Ponto 2

    Oeste: Ponto 26

    3.2.3 Geologia e Solos

    A geologia da cidade de Belo Horizonte composta por processos muito antigos de formao, de

    acordo com Silva et al.(1995), pode-se agrupar a formao geolgica de Belo Horizonte em dois

    grandes grupos: o Supergrupo Minas e o Complexo Belo Horizonte.

    O Supergrupo Minas (Grupos Sabar, Piracicaba e Itabira), ocupa 30 % do municpio em sua parte

    sul, composto por uma sequncia de rochas metassedimentares. O Complexo Belo Horizonte,

    constitui cerca de 70% do territrio municipal. A litologia predominante um gnaisse cinzento,

    com bandamento composicional e feies de migmatizao.

    A Bacia do Crrego Pastinho se encontra no Complexo Belo Horizonte, conforme pode ser visto

    na Figura 6, a Bacia composta por gnaisses. Segundo Carvalho (1999), estes gnaisses so rochas

    metamrficas que sofreram refuso parcial em grandes profundidades e recristalizao

    generalizada de seus cristais.

    Os gnaisses do origem a solos residuais de diferentes espessuras na regio, porm

    predominantemente profundos, geralmente susceptveis a eroso e podem ser encontradas rochas

    intrusivas e de formaes superficiais da natureza. Possuem permeabilidade moderada e so

    classificados como Solos silto-arenosos ou areno-argilosos (Ramos, 1998).

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 7

    Figura 6 - Mapa da Geologia de Belo Horizonte, com destaque para a regio onde se insere a Bacia do Crrego do

    Pastinho. (Fonte: Adaptado de CAMPOS, 2011, p. 28)

    3.2.4 Relevo

    O municpio de Belo Horizonte apresenta um relevo bastante acidentado, com altitudes variando

    entre aproximadamente 670m a 1500m, ou seja, uma diferena de 830m entre o ponto mais baixo

    e o mais alto. A rea de planejamento, porm, encontra-se numa regio no muito acidentada.

    Observando-se as curvas de nvel apresentadas na Figura 4, mencionada anteriormente, percebe-

    se que o Crrego do Pastinho tem sua nascente na cota 890m e desgua na cota 840m, portando,

    longitudinalmente, a rea de estudo tem um desnvel de aproximadamente 50m no fundo do vale.

    O ponto mais alto da bacia fica ao norte (margem esquerda do crrego) com um pico de 940m, ou

    seja, 100m de desnivel do ponto mais baixo. Outros dois picos, um ao norte e outro ao sul,

    apresentam altitudes de 935m. No geral, a margem direita tem altitudes inferiores s da esquerda.

    A Figura 7 traz um mapa do relevo de Belo Horizonte, com destaque para a rea da bacia.

    Figura 7 - Mapa do relevo do Municpio de Belo Horizonte, com destaque para a rea de estudo.

    (Fonte: Adaptado de mapa fornecido pelo site da PBH)

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 8

    Quanto declividade dos terrenos, a rea de planejamento no apresenta casos de rampas

    acentuadas, exceto em pequenas encostas prximas ao Aeroporto Carlos Prates. Como v-se na

    Figura 8, h reas com menos de 10% de inclinao na vrzea do crrego e no proprio Aeroporto,

    algumas poucas com inclinao de 30% a 47% e a grande maioria dos terrenos situa-se na faixa

    entre 10% e 30%. O traado das ruas existentes, porm, em alguns pontos no obedeceu caminhos

    preferenciais (tangenciando as curvas de nvel), tornando algumas ruas ngremes. o caso da Rua

    Belmiro Braga, no bairro Caiara-Adelaide, que em determinado ponto corta perpendicularmente

    um fundo de vale, como se v na Figura 9.

    Figura 8 - Mapa de declividades de Belo Horizonte, com destaque para a regio onde encontra-se a rea de

    planejamento. (Fonte: Adaptado de Prodabel, 2007 e SMAPU, 2012).

    Figura 9 - Declividade moderada a acentuada na Rua Belmiro Braga, cortando um fundo de vale.

    (Fonte: Grupo A2)

    3.2.5 Hidrogeologia

    Segundo a ABAS (Associao Brasileira de guas Subterrneas), Hidrogeologia o ramo da

    Hidrologia que estuda a gua subterrnea, em especial a sua relao com o ambiente geolgico; ,

    pois, uma das cincias da Terra, mas tem forte conotao de Engenharia.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 9

    Tendo em vista esta definio pode-se descrever a hidrogeologia da Bacia do Crrego Pastinho.

    Como j foi dito anteriormente, a Bacia se encontra no Complexo Belo Horizonte e de acordo com

    Silva et al (1995) este representa um dos principais aquferos de Belo Horizonte. De acordo com

    Costa (2002), em Belo Horizonte a espessura do aqufero granular muito varivel em todo o

    municpio, como conseqncia das condies topogrficas e geolgicas locais, podendo se

    ausentar nas reas em que a rocha aflora, at atingir espessuras da ordem de 100 m. Os gnaisses

    do Complexo Belo Horizonte apresentam maior competncia aos esforos tectnicos,

    deformando-se no regime rptil. Dessa forma, as fraturas so mais abertas e penetrativas, embora

    muito espaadas entre si, o que reduz significantemente sua potencialidade como aqufero. A

    Figura 10 ilustra a disposio dos aquferos em Minas Gerais, especialmente na regio onde se

    encontra Belo Horizonte

    Figura 10 - Mapa Hidrogeolgico de minas Gerais, com destaque para a regio de Belo Horizonte

    (Fonte: Adaptado de mapa fornecido pelo site da CPRM).

    3.2.6 Hidrografia

    De acordo com a ABAS, Hidrografia descrio cientfica das condies fsicas dos corpos de

    gua superficial. A partir deste conceito pode-se descrever a Hidrografia da Bacia do Crrego

    Pastinho. O Crrego Pastinho o principal Crrego de uma Sub-Bacia do Ribeiro Arrudas que

    leva seu nome, a Bacia do Crrego Pastinho.

    A cidade de Belo Horizonte est localizada na Bacia Hidrogrfica do Rio das Velhas, que integra

    a Bacia do Rio So Francisco. Dentro do municpio existem duas sub-bacias, a Bacia Hidrogrfica

    do Ribeiro Arrudas e a Bacia Hidrogrfica do Ribeiro do Ona. Internamente a essas bacias mais

    abrangentes, encontra-se uma rede complexa de ribeires e crregos. Nesta rede encontra-se a

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 10

    Bacia Hidrogrfica do Crrego Pastinho. Esta bacia delimitada de acordo com a Figura 4 . As

    cotas altimtricas so fundamentais para a delimitao da Bacia, como foi feita no item 3.2.1, a

    Bacia do Crrego Pastinho composta pelos Crregos: da Rua Par de Minas, do Pastinho, da

    Avenida do Canal e da Avenida Presidente Carlos Luz. (Figura 11)

    Figura 11 - Detalhe de mapa hidrolgico de Belo Horizonte, destacando a regio da Bacia do Crrego do Pastinho.

    (Fonte: Adaptado de mapa fornecido pelo site da PBH).

    3.2.7 Climatologia

    Segundo o Site do INMET, a estao meteorolgica mais prxima da rea de estudo a de cdigo

    A521 Belo Horizonte Pampulha, implantada em 2006 (ver localizao na Figura 12). Porm,

    os dados climatolgicos disponveis desta estao s constavam dos ltimos 3 meses. Como, no

    geral, no h diferenas significativas entre os dados pontuais desta estao especfica e os dados

    para a cidade de Belo Horizonte como um todo, decidiu-se considerar, para efeito de estudo, os

    dados climticos da cidade.

    Figura 12 - Localizao da Estao Meteorolgica A521.

    (Fonte: Adaptado de mapa fornecido pelo site do INMET).

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 11

    Segundo o site da PBH, o clima de Belo Horizonte caracterizado como Tropical de Altitude, j

    que a cidade est a uma mdia de 900m do nvel do mar. Atravs dos Grficos de compilao de

    sries histricas (1961 a 1990) obtidos no site do INMET (Figura 13) percebe-se que a

    temperatura amena o ano todo, sendo a temperatura mxima mdia cerca de 29C no ms de

    fevereiro e a mnima mdia cerca de 13C em julho. As chuvas, por sua vez, no so distribudas

    uniformemente ao longo do ano, tendo um vero bastante chuvoso (cerca de 300mm em dezembro)

    e um inverno bastante seco (20mm em julho), caracterstica que acompanhada pela umidade

    realtiva do ar, sendo este mido no vero e bastante seco nos meses de agosto e setembro.

    Figura 13 - Grficos dos dados climatolgicos de Belo Horizonte. (Fonte: Site do INMET)

    3.2.8 Cobertura vegetal

    A vegetao dominante original na Bacia do Crrego Pastinho, bem como em toda a regio de

    Belo Horizonte, marcada pela transio entre Cerrado e Mata Atlntica. Este bioma sofreu grande

    devastao ao longo do tempo, enquanto aquele ainda se encontra presente na rea.

    O cerrado marcado por gramneas, arbustos e rvores esparsas, as quais tm caules retorcidos e

    razes longas para permitirem a absoro de gua disponvel nos solos abaixo de 2 metros de

    profundidade, mesmo durante a estao seca do inverno. A Figura 14 mostra os tipos de cobertura

    vegetal na rea que circunda Belo Horizonte.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 12

    Figura 14- Cobertura vegetal na regio de Belo Horizonte. (Fonte: Adaptado de mapa fornecido no site do IBGE)

    Na rea de estudo deste trabalho, porm, a vegetao nativa foi quase totalmente suprimida,

    restando pequenas reas. Se considerarmos que os dados para a Regional Noroeste so

    representativos para a bacia do Pastinho, podemos tomar a Tabela 2 como exemplo para mostrar

    o quo baixa a taxa de reas verdes para na regio.

    Tabela 2 - Taxa de rea Vegetada e ndice de reas Verdes por Habitante por Regio Administrativa

    (Fonte: Secretaria Municipal do Meio Ambiente)

    Regio Administrativa

    (RA)

    rea Total

    Populao rea Vegetada - 2010 (1) ndice de reas Verdes - 2010 (2)

    (km) (hab.) km %

    (m/hab)

    km %

    (m/hab)

    Barreiro 53,46 282.552 20,55 38,44 72,73 16,53 30,93 58,52

    Centro-Sul 31,73 283.776 7,43 23,41 26,18 4,90 15,45 17,27

    Leste 27,90 237.923 6,89 24,70 28,96 4,04 14,48 16,98

    Nordeste 39,33 290.969 9,37 23,82 32,20 2,96 7,54 10,19

    Noroeste 30,08 268.038 2,01 6,68 7,50 0,55 1,82 2,05

    Norte 32,56 212.055 12,81 39,34 60,41 4,70 14,44 22,17

    Oeste 35,93 308.549 5,71 15,89 18,51 3,82 10,63 12,38

    Pampulha 51,04 226.110 13,98 27,39 61,83 3,97 7,77 17,54

    Venda Nova 29,16 265.179 4,22 14,47 15,91 1,80 6,18 6,80

    Belo Horizonte 331,19 2.375.151 82,97 25,05 34,93 43,28 13,07 18,22

    3.2.9 reas de Restrio Construtiva

    reas de restrio construtiva so regies na Bacia do Crrego do Pastinho em que h certos riscos

    de deslizamentos de encostas de acordo com o tipo do solo, a declividade de terrenos e os processos

    erosivos. Pode haver ainda riscos de inundaes em plancies e alguns conflitos de interesses

    quanto ao uso do solo.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 13

    3.2.9.1 Riscos de deslizamento e eroso

    Conforme revela o mapa de percentuais de declividade na regio de Belo Horizonte em 2012, a

    regio noroeste na qual se insere a Bacia do Crrego Pastinho marcada pela presena de algumas

    lagoas e cursos dgua e algumas acentuaes de nveis espalhadas pela rea, mais dispostas a

    oeste e nordeste, locais prximos a Contagem e Pampulha.

    Do ponto de vista geolgico, o solo da regio da Bacia est sujeito eroso. Dessa forma, no se

    recomenda a construo civil nas reas j mencionadas j que apresentam uma acentuao mais

    elevada, o que poderia implicar em eroses indesejadas comunidade.

    Tais locais podem, portanto, ser considerados reas de restrio em torno da Bacia devido ao

    potencial risco que acarretam. O ideal tambm evitar a construo em torno de nascentes para

    preservar a nascente de rios em parmetros hidrolgicos.

    3.2.9.2 Inundaes

    Conforme o relatrio da Superintendncia de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP), a Bacia

    do Crrego Pastinho considerada um dos principais locais de ocorrncia de inundao em Belo

    Horizonte, mais especificamente na regio da Praa do Peixe na Avenida Dom Pedro II. Alega-se

    que h a ocorrncia de inundaes anuais, perdas patrimoniais e interrupo de circulao em via

    de grande volume de trfego em regies prximas praa.

    O diagnstico atual aponta que as bifurcaes locais so insuficientes para o escoamento da galeria

    principal. H ainda uma obstruo da bifurcao central devido a estacas do viaduto Sarah

    Kubitschek.

    O prprio relatrio prope a reconstruo de uma das galerias do trecho bifurcado e o

    aprimoramento do sistema de microdrenagem na Praa do Peixe. O oramento para a realizao

    de tais investimentos gira em torno de R$1.600.000,00. Todos os gastos seriam direcionados a

    obras, sem a necessidade de verbas para manuteno, desapropriao e relocalizao na Avenida

    Dom Pedro II.

    O critrio geral bsico a respeito dos eventos de inundaes consideradas para a seleo dessa rea

    estava relacionado ocorrncia anual e ao sistema de macrodrenagem. Entretanto, h inundaes

    anuais pela macrodrenagem em locais sem danos. Logo, so selecionados locais onde as situaes

    analisadas correspondem aos critrios bsicos havendo pelo menos um tipo de dano significativo.

    Estes riscos envolvem risco de vida humana, perdas patrimoniais e inundaes em via de grande

    volume de trfego e equipamento urbano especial. Conforme visto, a Bacia do Pastinho tambm

    atende a esses pontos. A Figura 15 traz uma foto de reportagem de 2012 sobre uma inundao na

    Praa do Peixe.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 14

    Figura 15 - Foto de alagamento na Praa do Peixe (Fonte: site do Jornal Estado de Minas).

    3.2.9.3 Mapeamento das reas de restrio construtiva

    Levando-se em conta os critrios citados acima e somando-se a eles a restrio ocupao nas

    proximidades de corpos dgua, que ser melhor explanada no diagnstico do Meio Bitico, foi

    possvel delimitar as reas restritas ocupao, como v-se na Figura 16. J a Tabela 3 faz um

    comparativo entre a dimenso e a porcentagem de cada rea. Fazendo uma aproximao, podemos

    dizer que as reas restritas correspondem a cerca de 10% da rea total. Vale lembrar que este

    mapeamento no implica em limitar as reas no ocupadas a estes limites mnimos, cabendo ao

    estudo do planejamento urbano propor a ampliao das mesmas e/ou criao de outras reas no

    ocupadas.

    Figura 16 - Mapeamento das reas de restrio ocupao

    (Fonte: Adaptado de mapa fornecido pela equipe da disciplina)

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 15

    Tabela 3 - reas restritas ocupao

    Motivo da restrio rea (Km) Porcentagem da rea total (%)

    Declividade acentuada 0,046 0,84

    Proximidade a corpo dgua 0,5 9,17

    Risco de inundao 0,015 0,28

    Total 0,561 10

    3.3 Meio Bitico

    O diagnstico do meio bitico da rea de estudo segue nos itens a seguir.

    3.3.1 Paisagem

    A rea compreendida pela bacia do Crrego do Pastinho de ocupao muito antiga e

    extensamente modificados pelo homem, sendo composta principalmente por imveis residenciais

    e comerciais.

    A Avenida Dom Pedro II composta por um canteiro central muito estreito onde h rvores

    enfileiradas e muitas vezes espaadas, como pode ser visto na Figura 17. As ruas dos bairros

    adjacentes avenida, Figura 18, no so bem arborizadas e existem poucas praas, dando um

    aspecto rido e predominantemente impermeabilizado regio.

    Figura 17 - Avenida Dom Pedro II com nfase para o canteiro central. (Fonte: Grupo A2)

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 16

    Figura 18 - Ruas adjacentes Avenida Dom Pedro II. (Fonte: Grupo A2)

    3.3.2 Vegetao

    Belo Horizonte localiza-se numa regio de transio entre os biomas Mata Atlntica e Cerrado. A

    bacia do Crrego do Pastinho est localizada na regio de Mata Atlntica.

    Figura 19 - Vegetao original da regio de Belo Horizonte (Fonte: Adaptado do mapa de Biomas do Brasil, do site da IBGE).

    Em visita realizada pelo grupo para pesquisa explanatria da rea de estudo, observou-se a

    vegetao original est praticamente suprimida em sua totalidade. Essa foi removida, em sua

    maioria, para a construo das edificaes existentes. H a presena frequente de vegetao

    plantada, principalmente rvores nas caladas.

    So poucas as reas de preservao compreendidas pela rea da bacia, como mostrado na Figura

    20. A regio est localizada na regional Nordeste de Belo Horizonte, que tem o ndice de reas

    verdes mais baixo da capital, inferior a 6 m2 por habitante.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 17

    Figura 20 - reas de preservao (Fonte: Adaptado do mapa reas verdes protegidas, 2010, do site da Secretaria de

    Meio Ambiente da PBH)

    As reas efetivamente com vegetao so ainda menores, Figura 21. O que ressalta o aspecto

    excessivamente urbanizado da regio.

    Figura 21 - rea vegetada (Fonte: Adaptado do mapa reas vegetada, 2010, do site da Secretaria de Meio

    Ambiente da PBH)

    A maior rea de preservao ambiental encontra-se s margens do Aeroporto Carlos Prates. No

    entanto, tal rea no est em boas condies de conservao, como pode ser visto na imagem

    adaptada do Google Maps, Figura 22.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 18

    Figura 22 - Maior rea de preservao da Bacia do Pastinho (Fonte: Adaptado do Google Maps)

    3.3.3 Qualidade da gua

    O crrego do Pastinho um dos afluentes do Ribeiro Arrudas, este tem a qualidade de suas guas

    monitoradas pelo Instituto Mineiro de Gesto das guas (IGAM). A classificao do Ribeiro

    Arrudas dada como ruim, com ndice de qualidade de gua (IQA) entre 25 e 50, como mostrado

    na Figura 23.

    Figura 23 - Qualidade das guas dos afluentes da bacia do rio So Francisco na regio de Belo Horizonte.

    (Fonte: IGAM)

    Apesar da sub-bacia do Pastinho ser afluente de um rio poludo, esse no encontra-se como

    prioridade pela Prefeitura de Belo Horizonte, Figura 24, por apresentar qualidade da gua superior

    aos demais crregos do municpio.

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 19

    Figura 24 - Mapa de prioridades para saneamento de Belo Horizonte (Fonte: adaptado de IGAM)

    3.3.4 Principais Alteraes Ocorridas no Tempo

    A regio do crrego do Pastinho foi uma importante rea de urbanizao do municpio de Belo

    Horizonte. A ocupao inicial ocorreu com a instalao de colnias agrcolas em decorrncia da

    proximidade do curso dgua para irrigao e plantao.

    Com a maior populao o crrego do Pastinho passou a servir como via de drenagem dos esgotos

    e resduos industriais, o que provocou sua morte biolgica. Consequentemente, passou a ser foco

    de vetores e foi canalizado.

    Hoje o crrego canalizado encontra-se sob a Avenida Dom Pedro II e desagua no Ribeiro Arrudas

    prximo Rodoviria de Belo Horizonte.

    3.3.5 reas de Restrio Construtiva

    Conforme os dois primeiros artigos e respectivos pargrafos nicos da legislao federal (Lei N

    4.771, de 15 de setembro de 1965) as florestas e demais formas de vegetao no Brasil cujas

    utilidades so reconhecidas pelas suas terras revestidas so bens de interesse e propriedade comuns

    aos residentes no pas, com limitaes estabelecidas pela lei. As aes ou omisses contrrias a

    tais disposies quanto ao uso e explorao florestal sero nocivas utilizao da propriedade.

    As florestas e demais tipos de vegetao natural so considerados reas de preservao permanente

    (APP) quando situados:

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 20

    a) Ao longo de rios ou cursos dgua em margem cuja largura mnima seja:

    1) 5 metros para rios com menos de 10 metros de largura (zona rural); 2) Igual metade da largura dos cursos cuja distncia entre as margens esteja entre 10

    e 200 metros;

    3) 100 metros para os cursos com largura superior a 200 metros; 4) 30 metros para rios com menos de 10 metros de largura (zona urbana); 5) 50 metros para cursos dgua entre 10 e 50 metros de largura; 6) 100 metros para cursos dgua entre 50 e 100 metros de largura; 7) 150 metros para cursos dgua entre 100 e 200 metros de largura 8) Igual distncia entre as margens para cursos com mais de 200 metros de largura.

    b) Ao redor das lagoas, lagos ou reservatrios dgua naturais ou artificiais; c) Em nascentes e olhos dgua independentemente da situao topogrfica; d) No topo de morros, montes, montanhas e serras; e) Em encostas ou partes com mais 45 de declividade, o que equivale linha de maior

    declive;

    f) Em restingas fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; g) Em bordas de tabuleiros ou chapadas; h) Acima de 1800 metros de altitude, em campos naturais ou artificiais, florestas nativas

    e vegetaes campestres.

    Em reas compreendidas em permetros urbanos definidos por lei municipal e em regies

    metropolitanas e aglomeraes, notam-se as disposies nos respectivos planos diretores e leis de

    uso do solo, respeitados os princpios e limites referentes.

    Pelo fato de a regio Nordeste de Belo Horizonte se caracterizar como a menos arborizada,

    essencial preservar as poucas reas verdes que restam. Estas se encontram prximas ao Aeroporto

    Carlos Prates e nas reas de preservao, como v-se na Figura 25.

    Figura 25 - reas de restrio construtiva, em verde escuro. (Fonte: Adaptado mapa fornecido pelo Google Maps)

    3.4 Meio Antrpico

    O diagnstico do Meio Antrpico da rea de planejamento foi realizado a partir da anlise de dados

    referentes aos bairros completamente ou parcialmente inseridos nas delimitaes da Bacia do

    Crrego Pastinho.

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    Escola de Engenharia - UFMG 21

    3.4.1 Indicadores Socioeconmicos

    O nmero total de habitantes na regio de planejamento de aproximadamente 44.640 pessoas e

    a densidade demogrfica mdia de 9794,8 hab/km ou 97,948 hab/ha, de acordo com dados do

    Censo Demogrfico 2010 realizado pelo IBGE e considerando-se para os clculos apenas a

    porcentagem do bairro efetivamente inserida na rea de planejamento.

    Figura 26 - Mapa de Densidade Demogrfica. rea de Planejamento em destaque.

    (Fonte: Disponibilizado no site da disciplina TIM I)

    O perfil social da populao foi traado com base nas estatsticas de rendimento mensal domiciliar

    apresentadas pelo Censo Demogrfico supracitado, e na diviso de classes proposta pelo IBGE:

    Tabela 4 - Rendimento Nominal Mensal Domiciliar. (Fonte: IBGE 2010)

    Bairros

    Domiclios particulares permanentes

    Classes de rendimento nominal mensal domiciliar (salrio mnimo)

    At

    1/2

    Mais

    de 1/2

    a 1

    Mais de

    1 a 2

    Mais de

    2 a 5

    Mais de

    5 a 10

    Mais de

    10 a 20

    Mais

    de 20

    Sem

    rendimento

    Bonfim 6 118 230 580 349 174 62 22

    Carlos Prates 12 266 550 1713 1632 888 282 97

    Caiaras 9 171 470 1414 1159 750 319 74

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 22

    Tabela 5 - Diviso de Classes Sociais. (Fonte: IBGE)

    CLASSE SALRIOS MNIMOS (SM)

    A Acima 20 SM

    B 10 a 20 SM

    C 4 a 10 SM

    D 2 a 4 SM

    E At 2 SM

    Figura 27 Grfico de Distribuio Local de Classes Sociais

    Com base nas tabelas e grfico apresentados, conclui-se que a populao atualmente residente na

    rea de planejamento pertence majoritariamente s classes C e D.

    3.4.2 Abastecimento de gua, esgoto, energia e limpeza urbana

    Em termos de infraestrutura de servios pblicos, a tabela a seguir mostra que a populao em

    quase sua totalidade possui acesso energia eltrica, abastecimento de gua, esgotamento sanitrio

    e coleta de lixo.

    Alm disso, de acordo com informaes da Prefeitura de Belo Horizonte para o ano de 2010, 95%

    das vias pavimentadas urbanizadas da Regio Noroeste so atendidas pelo servio de varrio de

    logradouros, capina e limpeza de bocas de lobo. Por falta de informaes detalhadas sobre o

    Caiara - Adelaide 4 137 292 903 1031 781 368 60

    Jardim Montanhs 6 112 315 739 533 247 66 42

    Minas Brasil 1 38 90 297 357 265 150 15

    Monsenhor Messias 0 61 148 550 493 271 71 29

    Padre Eustquio 23 423 894 2753 2999 1996 788 177

    Santo Andr 10 235 402 1008 485 188 54 39

    TOTAL 71 1561 3391 9957 9038 5560 2160 555

    TOTAL

    PERCENTUAL 0,22% 4,83% 10,50% 30,83% 27,99% 17,22% 6,69% 1,72%

    Classe E16%

    Classes C e D60%

    Classes A e B24%

    DISTRIBUIO LOCAL DE CLASSES SOCIAIS

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 23

    servio de varrio em cada bairro, este percentual ser considerado aplicvel para a rea de

    planejamento.

    Tabela 6 - Porcentagem da populao com acesso aos servios de energia eltrica, abastecimento de gua,

    esgotamento sanitrio e servio de limpeza (Fonte: PBH, 2010)

    Bairros Energia eltrica de

    companhia distribuidora

    Abastecimento de gua pela rede geral

    Existncia de banheiro ou sanitrio e

    esgotamento sanitrio

    Lixo coletado por servio de

    limpeza

    Bonfim 99,94% 99,94% 99,81% 99,42%

    Caiara - Adelaide 100,00% 98,63% 98,97% 99,14%

    Caiaras 99,95% 99,95% 99,59% 99,68%

    Carlos Prates 99,94% 99,98% 99,32% 99,39%

    Jardim Montanhs 99,90% 99,90% 99,38% 95,39%

    Minas Brasil 100,00% 99,84% 98,93% 99,67%

    Monsenhor Messias 100,00% 100,00% 99,94% 100,00%

    Padre Eustquio 99,88% 99,90% 99,68% 98,65%

    Santo Andr 99,75% 99,88% 96,38% 99,92%

    3.4.3 Infraestrutura de Servios de Sade

    A respeito dos servios de sade, constatou-se que a rea de planejamento possui cinco hospitais,

    sendo eles:

    1. Hospital Alberto Cavalcanti Bairro Padre Eustquio

    2. Hospital Ren Guimares Bairro Padre Eustquio

    3. Hospital Miguel Couto Bairro Bonfim

    4. Hospital BH Mater Bairro Carlos Prates

    5. Hospital Promater Bairro Carlos Prates

    Alm disso, h quatro Centros de Sade municipais inseridos na rea ou em suas adjacncias:

    1. Centro de Sade Padre Eustquio

    2. Centro de Sade Jardim Montanhs

    3. Centro de Sade Carlos Prates

    4. Centro de Sade Santos Anjos

    Para caracterizao das condies de sade locais, no menos importante que a infraestrutura de

    servios de sade so as taxas de epidemias mais recorrentes na regio. As tabelas a seguir

    apresentam taxas de incidncia de dengue e de ataques escorpinicos em todos os distritos

    sanitrios de Belo Horizonte.

    A partir da anlise das tabelas apresentadas, percebe-se que em todos os anos relatados a regio

    Noroeste apresentou altas taxas de incidncia de dengue, sendo que nos anos de 2002 e 2003 estas

    taxas foram as mais altas entre todos os distritos sanitrios do municpio.

    A anlise da taxa de incidncia de acidentes escorpinicos conduz a concluso semelhante: o

    distrito sanitrio Noroeste apresentou uma taxa de incidncia muito superior quelas apresentadas

    pelos demais.

    A elevada incidncia verificada no DS Noroeste pode ser explicada, em parte, em razo de este

    distrito constituir-se, em relao ao municpio, em uma regio de muitos contrastes. o distrito

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 24

    que apresenta a maior populao, o segundo maior nmero de domiclios vagos e o maior nmero

    de residncias uni-familiares (casas), alm de apresentar extensa rea de ocupao antiga e

    estagnada (Nunes, et. al. 2000).

    Tabela 7 - Taxa de Incidncia de Dengue por Distrito Sanitrio.

    Tabela 8 - Acidente e taxa de incidncia de acidentes escorpinicos segundo o Distrito Sanitrio. Belo Horizonte,

    Minas Gerais, 1993-1996. (Fonte: BARBOSA, A.D. et al)

    3.4.4 Educao

    A caracterizao dos servios de educao ofertados na regio foi feita atravs do Cadastro de

    Escolas disponibilizado em Setembro/2014 pela Secretaria de Educao do Estado de Minas

    Gerais. A tabela a seguir apresenta todas as instituies de ensino cadastradas nos bairros de

    planejamento.

    Contabilizaram-se 6 escolas pertencentes rede municipal, 11 escolas estaduais e 54 da rede

    privada, totalizando 71 instituies de ensino, sendo que 50 delas ofertam vagas para a educao

    infantil, 29 para o Ensino Fundamental (1 ao 5 ano), 19 para o Ensino Fundamental (6 ao 9

    ano), 13 para o Ensino Mdio Regular, 8 para Educao Profissional Nvel Tcnico e 4 para o

    programa Educao de Jovens e Adultos (EJA).

    Tabela 9 - Cadastro de Escolas - Setembro/2014. (Fonte: Secretaria do Estado de Educao de Minas

    Gerais/SI/SIE/Diretoria de Informaes Educacionais)

    Nome da Escola Dependncia

    Administrativa Bairro

    CRECHE VOV GUIOMAR PRIVADA BONFIM

    INSTITUTO CRISTO GAPE UNIDADE BONFIM PRIVADA BONFIM

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 25

    Nome da Escola Dependncia

    Administrativa Bairro

    JD DE INF CINDERELA PRIVADA BONFIM

    CENTRO INTEGRADO ANDRIA AZEVEDO PRIVADA CAIARA

    CENTRO UNIVERSITRIO NEWTON PAIVA - UNIDADE CARLOS LUZ PRIVADA CAIARA

    COLGIO BERLAAR SO PASCOAL PRIVADA CAIARA

    COLGIO FRANCISCANO SAGRADA FAMLIA PRIVADA CAIARA

    COMUNIDADE INFANTIL PRNCIPE DA PAZ PRIVADA CAIARA

    EM MONSENHOR ARTUR DE OLIVEIRA MUNICIPAL CAIARA

    ESCOLA CONSTRUIR PRIVADA CAIARA

    ESCOLA DE EDUCAO PROFISSIONAL NEWTON PAIVA UNIDADE CARLOS LUZ III PRIVADA CAIARA

    ESCOLA DE EDUCAO PROFISSIONAL NEWTON PAIVA UNIDADE MARECHAL FOCH PRIVADA CAIARA

    ESCOLA INCLUSIVA RENASCER PRIVADA CAIARA

    ESCOLA INFANTIL ESTRADA DO SOL PRIVADA CAIARA

    INSTITUTO CRISTO DO CAIARA PRIVADA CAIARA

    INSTITUTO EDUCACIONAL DESPERTANDO PARA O SABER PRIVADA CAIARA

    INSTITUTO EDUCACIONAL E CRECHE EVANGLICA ABRIGO DE PAZ PRIVADA CAIARA

    INSTITUTO LE PETIT PRIVADA CAIARA

    INSTITUTO MTODO E APRENDIZAGEM PRIVADA CAIARA

    EE PROFESSOR FRANCISCO BRANT ESTADUAL CAIARA-ADELAIDE

    EE CAIO NELSON DE SENA ESTADUAL CAIARAS

    EE SANTOS ANJOS ESTADUAL CAIARAS

    INSTITUTO FILADLFIA PRIVADA CAIARAS

    CENTRO DE EDUCAO SO FRANCISCO PRIVADA CARLOS PRATES

    CENTRO EDUCACIONAL CARLOS PRATES - CECAP PRIVADA CARLOS PRATES

    CENTRO EDUCACIONAL ROGDO CER PRIVADA CARLOS PRATES

    COLGIO PEDRO II PRIVADA CARLOS PRATES

    COLEGUIUM - UNIDADE CARLOS PRATES PRIVADA CARLOS PRATES

    EDUCANDRIO MINI DOUTOR PRIVADA CARLOS PRATES

    EE LCIO DOS SANTOS ESTADUAL CARLOS PRATES

    EE MELO VIANA ESTADUAL CARLOS PRATES

    EM DOM JAIME DE BARROS CMARA MUNICIPAL CARLOS PRATES

    ESCOLA DE EDUCAO INFANTIL BERO AMOR E CIA PRIVADA CARLOS PRATES

    INSTITUIO PINTANDO O SETE MILTICENTRO INFANTIL PRIVADA CARLOS PRATES

    INSTITUTO EDUCACIONAL COLORIR PRIVADA CARLOS PRATES

    INSTITUTO PEDAGGICO LPIS DE COR PRIVADA CARLOS PRATES

    INTEGRALLIS CENTRO EDUCACIONAL PRIVADA CARLOS PRATES

    UMEI CARLOS PRATES MUNICIPAL CARLOS PRATES

    UMEI SABINPOLIS MUNICIPAL CARLOS PRATES

    CENTRO CRISTO EVANGLICO EDUCACIONAL CCEE PRIVADA JARDIM MONTANHS

    EE ELISEU LABORNE E VALE ESTADUAL JARDIM MONTANHS

    JARDIM CANTINHO DO CU PRIVADA JARDIM MONTANHS

    COLGIO SANTA MARIA CORAO EUCARSTICO PRIVADA MINAS BRASIL

    EE DESEMBARGADOR MRIO GONALVES MATOS ESTADUAL MINAS BRASIL

    INST MLTIPLO PRIVADA MINAS BRASIL

    INSTITUTO EDUCACIONAL RECANTO DO SABER PRIVADA MONSENHOR MESSIAS

    COL OMEGA PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    COLGIO PADRE EUSTQUIO PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    COLGIO RAIZ PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    CRECHE ABRIGO INFANTIL VOV DUDU PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    CRECHE ABRIGO JESUS PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    CRECHE CASULO CARAVANA DE LUZ PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    CRECHE PADRE EUSTQUIO PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    EE CRISTIANO MACHADO ESTADUAL PADRE EUSTQUIO

    EE PADRE EUSTQUIO ESTADUAL PADRE EUSTQUIO

    EE PEDRO DUTRA ESTADUAL PADRE EUSTQUIO

    EE PROFESSOR MORAIS ESTADUAL PADRE EUSTQUIO

    ESCOLA CRIST ARCA DA ALIANA PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    ESCOLA TCNICA VITAL BRASIL PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    INSTITUTO EDUCACIONAL CRIANA E ARTE PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    INSTITUTO EDUCACIONAL DENTINHO DE LEITE PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    INSTITUTO ROUSSEAU PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    JARDIM DE INFNCIA CASINHA ENCANTADA PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    JARDIM DE INFNCIA PADRE EUSTQUIO PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    NCLEO EDUCACIONAL CRESCER PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    SENAI CENTRO DE FORMAO PROFISSIONAL PAULO TARSO PRIVADA PADRE EUSTQUIO

    EM CARLOS GIS MUNICIPAL SANTO ANDR

    EM MARIA DA GLRIA LOMMEZ MUNICIPAL SANTO ANDR

    ESCOLA INFANTIL BARBA PAPA PRIVADA SANTO ANDR

    ESCOLA INFANTIL ESTRELINHA MGICA PRIVADA SANTO ANDR

    INSTITUTO EDUCACIONAL MAGNA VITA PRIVADA SANTO ANDR

    3.4.5 reas de Restrio

    Os critrios para demarcao de reas de restrio construtiva visando minimizar os impactos ao

    meio antrpico foram definidos de acordo com o zoneamento apresentado pela Lei de

    Parcelamento, Uso e Ocupao do Solo de Belo Horizonte (Lei 9959/2010).

    A restrio de construo deve aplicar-se s zonas definidas como ZA (Zona Adensada), tendo-se

    em vista que, de acordo com o Art. 9 da lei supracitada, estas so regies nas quais o adensamento

    deve ser contido, por apresentarem alta densidade demogrfica e intensa utilizao da

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 26

    infraestrutura urbana, de que resultam, sobretudo, problemas de fluidez do trfego, principalmente

    nos corredores virios.

    Considerando-se as delimitaes da bacia do Crrego do Pastinho, as zonas adensadas esto

    concentradas nos bairros Carlos Prates e Padre Eustquio. A imagem a seguir apresenta o contorno

    da bacia hidrogrfica e a rea de restrio construtiva, conforme critrios mencionados acima.

    Figura 28 - rea de restrio construtiva e delimitaes da bacia do Crrego do Pastinho.

    (Fonte: adaptado de mapa da PBH)

  • TIM 1 Bacia do Crrego Pastinho

    Escola de Engenharia - UFMG 27

    4. PLANEJAMENTO FSICO TERRITORIAL

    4.1 Diagnstico da ocupao fsica territorial atual

    4.1.1 Ocupao do Solo

    De acordo com a lei municipal n 7166/96 e suas alteraes, a bacia do crrego Pastinho tem

    padres de ocupao diferenciados, sendo a Avenida Dom Pedro II o principal limite divisor destes

    padres.

    Os bairros Padre Eustquio e Carlos Prates, situados em um mesmo lado da avenida, tm a grande

    maioria de sua rea caracterizada como Zona Adensada (ZA). Uma pequena parcela do bairro

    Padre Eustquio, localizada no entorno do Aeroporto Carlos Prates, definida como Zona de

    Preservao Ambiental (ZPAM) e Zona de Proteo (ZP-1).

    J a regio de planejamento situada do lado oposto da avenida tem grande parte de sua rea

    definida como Zona de Adensamento Preferencial (ZAP). Uma menor parte de rea, j afastada

    do permetro da avenida, caracterizada como Zona de Adensamento Restrito (ZAR-2). O bairro

    Bonfim possui uma zona definida como Zona de Grandes Equipamentos (ZE), por tratar-se de um

    cemitrio.

    A rea de influncia direta bacia possui majoritariamente as classificaes de Zona Adensada

    (ZA) e Zona de Adensamento Restrito (ZAR-2). Algumas regies especficas foram classificadas

    como Zona de Especial Interesse Social (ZEIS-1), sendo elas a Vila Jardim So Jos, Marmiteiros,

    So Francisco das Chagas (tambm conhecido como Vila Peru), Pedreira Prado Lopes e Senhor

    dos Passos.

    O mapa a seguir ilustra a distribuio das zonas de ocupao citadas anteriormente.

    Figura 29 - Zoneamento da Regio Noroeste de Belo Horizonte (Fonte: PBH, Lei 7166/96 e alteraes)

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    4.1.2 Diretrizes da Legislao Urbana

    A lei municipal n 7166/96 e suas alteraes posteriores estabelecem normas e condies para o

    parcelamento, ocupao e uso do solo urbano no municpio de Belo Horizonte.

    A seguir apresentam-se as principais diretrizes definidas pela legislao mencionada e que se

    aplicam diretamente rea de planejamento.

    LEI 7166/96 E ALTERAES

    CAPTULO II - DO ZONEAMENTO

    Art. 6 - So ZPAMs as regies que, por suas caractersticas e pela tipicidade da vegetao,

    destinam-se preservao e recuperao de ecossistemas, visando a:

    I - garantir espao para a manuteno da diversidade das espcies e propiciar refgio fauna;

    II - proteger as nascentes e as cabeceiras de cursos d'gua;

    III - evitar riscos geolgicos.

    1 - vedada a ocupao do solo nas ZPAMs de propriedade pblica, exceto por edificaes

    destinadas, exclusivamente, ao seu servio de apoio e manuteno.

    2 - As reas de propriedade particular classificadas como ZPAMs podero ser parceladas,

    ocupadas e utilizadas, respeitados os parmetros urbansticos previstos nesta Lei e assegurada sua

    preservao ou recuperao, mediante aprovao do Conselho Municipal de Meio Ambiente -

    COMAM.

    Art. 7 - So ZPs as regies sujeitas a critrios urbansticos especiais, que determinam a ocupao

    com baixa densidade e maior Taxa de Permeabilidade, tendo em vista o interesse pblico na

    proteo ambiental e na preservao do patrimnio histrico, cultural, arqueolgico ou

    paisagstico, e que se subdividem nas seguintes categorias:

    I - ZP-1, regies, predominantemente desocupadas, de proteo ambiental e preservao do

    patrimnio histrico, cultural, arqueolgico ou paisagstico ou em que haja risco geolgico, nas

    quais a ocupao permitida mediante condies especiais;

    Art. 8 - So ZARs as regies em que a ocupao desestimulada, em razo de ausncia ou

    deficincia de infraestrutura de abastecimento de gua ou de esgotamento sanitrio, de

    precariedade ou saturao da articulao viria interna ou externa ou de adversidade das condies

    topogrficas, e que se subdividem nas seguintes categorias:

    II - ZARs-2, regies em que as condies de infraestrutura e as topogrficas ou de articulao

    viria exigem a restrio da ocupao.

    Art. 9 - So ZAs as regies nas quais o adensamento deve ser contido, por apresentarem alta

    densidade demogrfica e intensa utilizao da infraestrutura urbana, de que resultam, sobretudo,

    problemas de fluidez do trfego, principalmente nos corredores virios.

    Art. 10 - So ZAPs as regies passveis de adensamento, em decorrncia de condies favorveis

    de infraestrutura e de topografia.

    Art. 12 - So ZEISs as regies edificadas, em que o Executivo tenha implantado conjuntos

    habitacionais de interesse social ou que tenham sido ocupadas de forma espontnea, nas quais h

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    interesse pblico em ordenar a ocupao por meio de implantao de programas habitacionais de

    urbanizao e regularizao fundiria, urbanstica e jurdica, subdividindo-se essas regies nas

    seguintes categorias:

    I - ZEISs-1, regies ocupadas desordenadamente por populao de baixa renda, nas quais existe

    interesse pblico em promover programas habitacionais de urbanizao e regularizao fundiria,

    urbanstica e jurdica, visando promoo da melhoria da qualidade de vida de seus habitantes e

    sua integrao malha urbana;

    Art. 13 - So Zonas de Grandes Equipamentos - ZEs - as regies ocupadas ou destinadas a usos

    de especial relevncia na estrutura urbana, nas quais vedado o uso residencial.

    CAPTULO III

    DO PARCELAMENTO DO SOLO

    Art. 17 - Os parcelamentos devem atender s seguintes condies:

    I - a extenso mxima da somatria das testadas de lotes ou terrenos contguos compreendidos

    entre duas vias transversais no pode ser superior a 200m (duzentos metros);

    II - os lotes devem ter rea mnima de 125 m (cento e vinte e cinco metros quadrados) e mxima

    de 10.000 m (dez mil metros quadrados), com, no mnimo, 5,00 m (cinco metros) de frente e

    relao entre profundidade e testada no superior a 5 (cinco);

    III - obrigatria a reserva de faixas non aedificandae estabelecidas com fundamento em parecer

    tcnico:

    a) ao longo de guas correntes ou dormentes, com largura mnima de 30,00m (trinta metros) em

    cada lado, a parti