Tintas na Construção Civil
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Tintas na Construção Civil
Aline Guidolin da Luz
Ana Paula Piccoli Dudek
Damille Pacheco
Isabela Maria Nicaretta
Letícia Maria Oenning
Michelle de Lima Rodrigues
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Constituintes Básicos das Tintas
↓ ↓ ↓ ↓
PIGMENTO RESINA SOLVENTE ADITIVO
Orgânicos Água
InorgânicosSolventes
orgânicos
TINTAS
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Pigmentos
Sólidos, não voláteis e insolúveis no meio. Promovem cor, opacidade, consistência, durabilidade e resistência à tinta.
• Orgânicos.Exemplos: ftalocianinas azuis e verdes, quinacridonas violeta e vermelha.• InorgânicosExemplos: dióxido de titânio, óxidos de ferro, caulim caulim calcinado.
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Resina
Não-volátil, conhecida como ligante. Também chamada de veículo sólido.
Responsáveis pela maioria das características físicas e químicas.
Exemplos: fenólicas, epóxi-fenólicas, alquídicas e acrílicas.
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Solventes
Veículo volátil, incolor e neutro. Melhora a viscosidade, facilitando a
aplicabilidade das tintas e aumentando a aderência ao substrato.
Tintas base solventeTintas base aquosa
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Aditivos
• Secantes; • Catalisadores; • Antipeles; • Espessantes; • Antiescorrimento; • Surfactantes; • Dispersantes;
• Antiespumantes; • Nivelantes; • Biocidas; • Estabilizantes de
ultravioleta.
Conferem importantes propriedades:
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Formulação das Tintas
Proporcionamento de matérias-primas.Permite a previsão de algumas de suas
propriedades.
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Processo de Fabricação
Tintas Base Solvente• Etapas:
1. Pré-mistura: dos insumos de acordo com a fórmula.
2. Dispersão (moagem): desagregamento dos pigmentos e cargas, e formação de uma dispersão maior e mais estável dos sólidos.
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3. Completagem: mistura dos componentes restantes. Também são feitos acertos da cor, da viscosidade, a correção do teor de sólidos, etc.
4. Filtração e Envase
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Verniz
• Etapas:
1. Mistura: homogeneização das resinas, dos solventes e dos aditivos em tanques ou tachos.
2. Dispersão (certos casos): para evitar grumos.
3. Filtração e Envase
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Tinta Látex / Base Água
• Etapas: 1. Pré-mistura e Dispersão (moagem): da água, dos
aditivos, das cargas e do pigmento. Com a dispersão ocorrendo em seguida, no mesmo equipamento.
2. Completagem: são adicionados, em um tanque apropriado, água, emulsão, aditivos e coalescentes.
3. Fitração e Envase
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Constituintes dos Sistemas de Pintura
● Tinta de Fundo ou “Primer”: Serve para preparar a base para receber a massa.
● Massa de Nivelamento: É aplicada para corrigir irregularidades na superfície.
● Tinta: É a parte visível do sistema de pintura, aplicada para dar acabamento.
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Classificação das Tintas
● Classificação de acordo com o usuário:־ Quanto ao aspecto do acabamento;־ Quanto à textura;־ Quanto à cor.
● Classificação segundo a composição:־ Sistema de Base Aquosa;־ Sistema de Base Solvente;־ Sistema Bicomponente.
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Sistema de Base Aquosa
● Produtos à base de água, menor impacto ambiental.● Tintas Látex Acrílica e PVA
־ Apresentam baixo odor, fácil aplicação e secagem rápida.־ Aplicação: argamassa, concreto, bloco de concreto, gesso.־ Ambiente: interno e externo.
● Vernizes Acrílicos־ Aplicação: superfícies de concreto.־ Ambiente: interior.
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Sistema de Base Solvente
● Produtos à base de solventes orgânicos.● Apresentam baixa resistência à umidade elevada e
elevado teor de VOC.● Esmalte Sintético
־ Aplicação: superfícies metálicas, madeira, concreto.־ Ambiente: interior (fosco) e exterior (brilhante).־ Secagem lenta.
● Verniz Sintético־ Aplicação: superfícies de madeira.־ Ambiente: interior.־ Secagem lenta.
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Sistema Bicomponente
● Constituído por: componente A (base pigmentada ou verniz) e componente B (agente de cura).
● Tinta e Verniz Epóxi־ Aplicação: superfícies de madeira e concreto, sobretudo em pisos. ־ Ambiente: interior.־ Sensíveis à radiação ultravioleta.־ Elevada resistência a soluções ou vapores de produtos químicos.
● Tinta e Verniz Poliuretânica־ Aplicação: metais, madeira, concreto.־ Ambiente: exterior.־ Boa resistência à abrasão, química e à radiação solar.־ Custo Elevado.
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Mecanismos de Formação de
Película
• Evaporação• Coalescência• Oxidação• Polimerização (ativação térmica e temperatura
ambiente)• Hidrólise
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Evaporação
• Processo físico• Solvente evapora sobram moléculas de resina
Moléculas grandes
Grande atração
Material resistente
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Evaporação
• Vantagens: monocomponente; boa aderência
entre demãos;
• Desvantagens: fraca resistência a solventes –
podem formar bolhas e poros na ocasião da
evaporação.
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Coalescência
• Tintas dispersas em água.
(Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais, 2010,
IBRACON)
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Oxidação
• Tintas a óleo
Oxigênio do ar + duplas ligações C Moléculas grandes Enrijecimento
Cuidado:Camadas muito grossas moléculas da superfície
camada líquida inferior
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Polimerização – Ativação
térmica
• Resinas do tipo fenólicas, epóxi-fenólicas,
silicones.
• Temperatura ambiente não suficiente
Necessidade de um agente para
ativação térmica
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Polimerização – Temperatura
ambiente• Tintas BI componentes
Um dos componentes é responsável pela cura da tinta.
• É importante ficar atento ao tempo de vida útil da mistura (POT LIFE).
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Hidrólise
• Resina: silicato de etila, utilizada na fabricação
de tintas de fundo ricas em zinco.
• Umidade do ar para o processo de
endurecimento.
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Impactos Ambientais das Tintas
• VOC - Composto Orgânico Volátil• Definição: substâncias que participam de
reações fotoquímicas na atmosfera.
• Emissão: durante a pintura, a secagem e os primeiros anos da edificação, principalmente pelas tintas de base solvente e por produtos como thinner e aguarrás.
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• Efeitos na saúde: problemas respiratórios, irritação e obstrução nasal, desidratação e irritação da pele, problemas na garganta e nos olhos, dores de cabeça e cansaço.
• Pode causar a Síndrome de Edifícios Doentes.
• Na atmosfera: formação do smog fotoquímico.
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Metais Pesados
• Pigmentos nocivos a saúde: cádmio, cromo hexavalente, chumbo, mercúrio e antimônio.
• Presentes em: aditivos para secagem, alguns pigmentos coloridos, pigmentos anticorrosivos de fundos preparadores (primer).
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Durabilidade
Durabilidade não é uma propriedade domaterial, mas o resultado da interaçãomaterial-ambiente.
Durabilidade = f (natureza tinta, características
do substrato, condições do ambiente, uso)
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Envelhecimento
Processo de deterioração nos materiaisresultado dos efeitos combinados de:
LUZ Radiação solar, em particular a ultravioleta, é o
principal responsável pela iniciação do processode degradação.
O que ocorre: alteração da cor, materialquebradiço.
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Envelhecimento
Processo de deterioração nos materiaisresultado dos efeitos combinados de:
CALOR Temperatura = f (localidade, estação do ano,
fenômenos meteorológicos). Temperatura ambiente ≠ temperatura na
superfície ensaios
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Envelhecimento
Processo de deterioração nos materiaisresultado dos efeitos combinados de:
UMIDADE Quem fornece os meios para a ocorrência da
degradação:• Química: oxidação, hidrólise e acidiólise.• Física: expansão volumétrica e formação de bolhas.
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Envelhecimento
Processo de deterioração nos materiaisresultado dos efeitos combinados de:
BIODEGRADAÇÃO Degradação química causada por ataque de
microbiológico reagem com materiaispoliméricos.
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Degradação
EM SÍNTESE:
Teor de resina
PVC PorosidadeRetenção de sujeira
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Métodos de ensaios
• Condições reais X Ensaios de laboratório
• Tinta líquida X Película Seca
• Critérios básicos de avaliação de tintas:
• Proteção de superfícies (Durabilidade)
• Efeito Estético
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Tinta Líquida
• NBR 15315 - Tinta para construção civil – Método de ensaio para edificações não industriais – Determinação do teor de sólidos
• Permanecem no filme seco (Não voláteis)
• Relaciona-se com o rendimento final da tinta (Custo)
• Expresso em % do volume de tinta
• Informado pelo fabricante
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Materiais:
• Recipiente de metal, vidro ou cerâmica de fundo plano
(Diâmetro aprox. 75mm)
• Arame metálico
• Estufa com circulação de ar
• Balança Semi-Analítica (Precisão mín. 0,01g)
• Dessecador
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Procedimento• De acordo com a NBR 15315:
• Secar o recipiente vazio e o arame em estufa a (105 +- 5) °C durante, no mínimo, 5 minutos;
• Resfriar o conjunto até temperatura ambiente em dessecador;
• Pesar o recipiente vazio mais o arame (M0);
• Pesar (2,0 +- 0,20)g da amostra no recipiente com o arame (M1);
• Espalhar a amostra pesada com o arame sobre a superfície do recipiente;
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• Colocar o recipiente com a amostra e o arame na estufa a (105 +- 5) °C, durante 3 horas;
• Retirar o recipiente da estufa, colocar no dessecador, deixar resfriar até a temperatura ambiente e pesar (M2);
• Repetir a secagem na estufa a (105 +- 5) °C, durante 1h, resfriar no dessecador até a temperatura ambiente e pesar (M3);
• Verificar (M3). Se (M2) for igual a (M3), finalizar o ensaio deste corpo-de-prova. Se (M2) for diferente de (M3) repetir o descrito no item anterior até peso constante;
• Executar o ensaio em triplicata.
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Resultados
• Calcula-se o teor de sólidos em porcentagem:
% Sólidos = (M3 – M0) / (M1 – M0) X100
Observações:
1. Calcular a média dos resultados obtidos; desconsiderar o valor que esteja diferente de
2% da média. Neste caso, considerar a média dos outros dois resultados.
2. No caso de um dos dois resultados ainda ser diferente da nova média, num valor
superior a 2%, desconsiderar este ensaio e realizar outro.
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Película Seca
NBR 15299 – Tinta para construção civil – Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais – Determinação do brilho
• “Baseado na medida fotoelétrica da reflexão da luz, incidente nos ângulos de 20 °, 60 °, 85 °, diretamente nas superfícies das películas.”
• Influência da superfície no resultado
• Medida em Unidades de Brilho (UBs)
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Materiais:• Cartela de PVC preta;
• Placa de vidro incolor plana, com dimensões mínimas de (200 x 120 x 3)mm;
• Placa de vidro tipo carrara preto (black carrara glass – blacktite) – Único que
pode ser usado para vernizes;
• Aparelho para a medição do brilho;
• Extensor de barra com abertura de 150µm;
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Medição do Brilho
Basicamente, a execução consiste em:
• Aplicar o produto sobre o substrato e deixá-lo secar por aprox. 24h,
em ambiente com troca de ar, temperatura de (25+-2) °C, com U.R.
de (60+-5)%, na posição horizontal;
• Calibrar o aparelho e ajustá-lo no ângulo de 60°;
• Efetuar três leituras em pontos diferentes da película;
• Se os valores forem >70 UB – Refazer com ângulo de 20°
• Se os valores forem <10 UB – Refazer com ângulo de 85°
• Calcula-se a média dos resultados obtidos em UB
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Referências
• Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais, 2010, IBRACON.
• Apostila Tintas – Curso técnico de Química, Profº. Marcelo Antunes Gauto. Gravataí, 2007.
• Apostila de treinamento – Pintura Industrial com Tintas Líquidas -WEG.
• http://casaeimoveis.uol.com.br/tire-suas-duvidas/arquitetura/qual-e-a-diferenca-entre-os-varios-tipos-de-tinta-como-saber-
quando-usar-cada-uma.jhtm
• https://docente.ifrn.edu.br/valtencirgomes/disciplinas/construcao-civil-ii-1/pintura-apresentacao
• http://www.tintasepintura.pt/tintas-de-base-de-solvente/
• Guia Técnico Ambiental Tintas E Vernizes – Série P+L – CETESB – Companhia de tecnologia de Saneamento Ambiental – São Paulo
• NBR 15299
• NBR 15315