TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

9
UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO - UNDB CURSO DE ENGENHARIA CIVIL PAULO EMÍLIO M. BEZERRA LUCIANA MOREIRA TAVARES MARCUS VINICIUS LIMA DE CARVALHO TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

description

SOLOS TRANSPORTADOS

Transcript of TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

Page 1: TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO - UNDBCURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PAULO EMÍLIO M. BEZERRALUCIANA MOREIRA TAVARESMARCUS VINICIUS LIMA DE CARVALHO

TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

São Luís2011

Page 2: TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

PAULO EMÍLIO M. BEZERRALUCIANA MOREIRA TAVARESMARCUS VINICIUS LIMA DE CARVALHO

TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

São Luís2011

Page 3: TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

3

TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

BEZERRA, Paulo Emílio M.TAVARES, Luciana M.CARVALHO, Marcus Vinicius L.

RESUMO

O assunto deste trabalho está ligado diretamente à classificação dos tipos de solo

formados pelo transporte de sedimentos ao decorrer de um determinado período de tempo,

sendo estes classificados e analisados para que se possa determinar sua resistência, sua

plasticidade, elasticidade e coesão, para que seja utilizado em obras ligadas a construção civil.

Palavras-chave: Solos . Aglomerantes. Impermeável. Engenharia Civil.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho destina-se a analisar a classificação dos tipos de solo transportados e, bem como a formação de cada um deles, tais formações podem se da por processo físico, químico ou biológico.

Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram levados ao seu local atual por algum agente de transporte e lá depositados. As características dos solos sedimentares são função do agente de transporte.

Cada agente de transporte seleciona os grãos que transporta com maior ou menor facilidade, além disto, durante o transporte, as partículas de solo se desgastam e/ou quebram. Resulta daí um tipo diferente de solo para cada tipo de transporte. Esta influência é tão marcante que a denominação dos solos sedimentares é feita em função do agente de transporte predominante.

Os solos criados por processo de erosão, transporte, deposição de solos pré existentes e sedimentação são classificado da seguinte forma:

Page 4: TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

4

Coluvionares

É constituído por depósitos de matérias solto, encontrados no sopé de encostas e que foram transportados pela ação da gravidade ou, simplesmente, material decomposto, transportado por gravidade. Exemplo: Argila e blocos próximos ao pé das encostas.

Os solos coluvionares são dentre os solos transportados os mais heterogêneos granulometricamente, pois a gravidade transporta indiscriminadamente desde grandes blocos de rocha até as partículas mais finas de argila.

Entre os solos coluvionares estão os escorregamentos das escarpas da Serra do Mar formando os Tálus nos pés do talude, massas de materiais muito diversos e sujeitos a movimentações de rastejo. Têm sido também classificados como coluviões os solos superficiais do Planalto Brasileiro depositados sobre solos residuais.

Tálus – estado fofo, predominância de fragmentos de rocha apresentando rastejo. Os tálus são solos coluvionares formados pelo deslizamento de solo do topo das encostas. No sul da Bahia existem solos formados pela deposição de colúvios em áreas mais baixas, os quais se apresentam geralmente com altos teores de umidade e são propícios à lavoura cacaueira. Encontram−se solos coluvionares (tálus) também na Cidade Baixa, em Salvador, ao pé da encosta paralela à falha geológica que atravessa a Baia de Todos os Santos. De extrema beleza são os tálus encontrados na Chapada Diamantina, Bahia.

Colúvios – mias estáveis, com certa pedogênese.

Eólicos

O transporte pelo vento dá origem aos depósitos eólicos de solo. Em virtude do atrito constante entre as partículas, os grãos de solo transportados pelo vento geralmente possuem forma arredondada. A capacidade do vento de transportar e erodir é muito maior do que possa parecer à primeira vista. Vários são os exemplos de construções e até cidades soterradas parcial ou totalmente pelo vento, como foram os casos de Taunas − ES e Tutóia − MA; os grãos mais finos do deserto do Saara atingem em grande escala a Inglaterra, percorrendo uma distância de mais de 3000km!. Como a capacidade de transporte do vento depende de sua velocidade, o solo é geralmente depositado em zonas de calmaria.

O transporte eólico é o mais seletivo tipo de transporte das partículas do solo. Se por um lado grãos maiores e mais pesados não podem ser transportados, os solos finos, como as argilas, têm seus grãos unidos pela coesão, formando torrões dificilmente levados pelo vento. Esse efeito também ocorre em areias e siltes saturados (falsa coesão) o que faz da linha de lençol freático (linha a partir da qual todos os vazios do solo estão preenchidos com água) um limite para a atuação dos ventos.

Pode−se dizer portanto que a ação do transporte do vento se restringe ao caso das areias finas ou silte. Por conta destas características, os solos eólicos possuem grãos de aproximadamente mesmo diâmetro, apresentando uma curva granulométrica denominada de uniforme. São exemplos de solos eólicos:

Page 5: TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

5

As dunas são exemplos comuns de solos eólicos nordeste do Brasil. A formação de uma duna se dá inicialmente pela existência de um obstáculo ao caminho natural do vento, o que diminui a sua velocidade e resulta na deposição de partículas de solo.

Aluvionares

É constituído por material erodido, retrabalhado e transportado pelos cursos da água e depositado nos seus leitos e margens, ou em fundo e margens de lagoas e lagos, sempre associados à ambientes fluviais. Exemplo: Torrentes- blocos; rios – areias e siltes; lagos e lagunas – argilas.

O transporte pela água é bastante semelhante ao transporte realizado pelo vento, porém algumas características importantes os distinguem:

a) Viscosidade − por ser mais viscosa a água tem uma capacidade de transporte maior, transportando grãos de tamanhos diversos. b) Velocidade e Direção − ao contrário do vento que em um minuto pode soprar com forças e direções bastante diferenciadas, a água têm seu roteiro mais estável; suas variações de velocidade tem em geral um ciclo anual e as mudanças de direção estão condicionadas ao próprio processo de desmonte e desgaste do relevo. c) Dimensão das Partículas − os solos aluvionares fluviais são, via de regra, mais grossos que os eólicos, pois as partículas mais finas mantêm−se sempre em suspensão e só se sedimentam quando existe um processo químico que as flocule (isto é o que acontece no mar ou em alguns lagos). d) Eliminação da Coesão − vimos que o vento não pode transportar os solos argilosos devido a coesão entre os seus grãos. A presença de água em abundância diminui este efeito; com isso somam−se as argilas ao universo de partículas transportadas pela água.

De um modo geral, pode−se dizer que os solos aluvionares apresentam um grau de uniformidade de tamanho de grãos intermediário entre os solos eólicos (mais uniformes) e coluvionares (menos uniformes).

As ondas atingem as praias com um pequeno ângulo em relação ao continente. Isso faz com que a areia, além do movimento de vai e vem das ondas, desloquem−se também ao longo da praia. Obras que impeçam esse fluxo tendem a ser pontos de deposição de areia, o que pode acarretar sérios problemas.

Deposito marinho, fluviais (deposito de fundo de rio e terraços fluviais), deltaicos, glaciais.

Glaciais

Os solos formados pelas geleiras, ao se deslocarem pela ação da gravidade, são comuns nas regiões temperadas. São formados de maneira análoga aos solos fluviais. A corrente de gelo que escorre de pontos elevados onde o gelo é formado para as zonas mais baixas, leva consigo partículas de solo e rocha, as quais, por sua vez, aumentam o desgaste do terreno.

Os detritos são depositados nas áreas de degelo. Uma ampla gama de tamanho de partículas é transportada, levando assim a formação de solos bastante heterogêneos que possuem desde grandes blocos de rocha até materiais de granulometria fina.

Page 6: TIPO DE SOLOS TRANSPORTADOS

6

REFERÊNCIAS

FALÇÃO, Luiz. Materiais de Construção. LTC: 5º Ed, 2008.

BRUNETTI. Site de apoio de mecânica dos fluidos. Disponível em: <http://prenhall. com/brunetti_br>. Acessado em: 25 março 2011.