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Forros

Acabamento e mui to mais

Com tantas interfaces e implicaes tcnicas, os forros influenciam desde o projeto estrutural at o conforto acstico das edificaes.Tambm podem retardar a ao do fogo e facilitar acesso s instalaes

Embora seja uma pea de acabamento, o forro tem tantas implicaes tcnicas que influi nas duas pontas da obra: desde o projetoestrutural at o conforto ambiental aps a entrega do imvel. Por isso, saber quando utiliz-lo e tirar proveito das possibilidadestcnicas do sistema pode trazer ganhos obra em vrios momentos. E, atrs desse mercado que se abre, a indstria j desenvolveuforros de diversos materiais, alguns para utilizaes especficas.

Em princpio, a escolha de uso ou no do forro do arquiteto em conjunto com algum profissional que pode ser contratado paracomplementar o projeto, como um consultor de acstica ou de segurana contra o fogo. No entanto, a prtica mais comum que aconstrutora tambm participe dessa deciso, colocando mesa os argumentos de ordem executiva e financeira.

Isso ocorre porque, mesmo sendo instalado apenas nas etapas finais da obra, o forro j se faz presente na fase de estrutura, pois podepermitir cobrir as instalaes que, dessa forma, no precisam ser embutidas dentro das lajes. Essa caracterstica faz com que o sistematenha boa aceitao em edifcios comerciais, que exigem uma quantidade maior de instalaes e mudanas de layout interno maisconstantes.

Os forros ganham espao em edifcios comerciais por permitirem apassagem de grande quantidade de instalaes sem influir na laje,

alm de compor, com o piso e o revestimento, o projeto esttico do local

De qualquer forma, a possibilidade de deixar fiao, tubulao e automao livres da estrutura permite a concretagem da laje com

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A-2: habitao multifamiliar; A-3: habitao coletivaB: servio de hospedagem; C: comercial; D: servio profissional (escritrios, agncias bancrias, locais para reparo de aparelhos,

chaveiros); E: educacional e cultura fsica; F: local de reunio de pblico;G: servios automotivos e assemelhados; H: servios de sade e institucional; I-1: indstria com baixo potencial de incndio; I-3:indstria com alto risco de incndio; J-1: depsitos de material incombustvel;-2: depsitos com carga de incndio at 300 MJ/m;-3: depsitos com carga de incndio entre 300 e 1.200 MJ/m; J-4: depsitos com carga de incndio de mais de 1.200 MJ/m; L-1:

comrcio de explosivos;M-2: tanques ou parque de tanques de lquidos ou gases combustveis; M-3: central de comunicao e energia; 1Somente paraedificaes com altura superior a 12 m; 2Exceto edificao trrea; 3Exceto construes provisrias (como circos) com mais de 6 m dealtura; 4Somente para lquidos e gases combustveis e inflamveis acondicionados; 5Exceto para cozinhas, que sero classe I ou II-A

Fonte: Corpo de Bombeiros do Estado de So Paulo

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A importncia do forro na parte acstica tem como exemplo extremoa Sala So Paulo, mais importante espao de concertos do Pas queconta com forros mveis que se ajustam s caractersticas sonoras

de cada espetculo

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Fogo sob controle

Responsvel pelo Laboratrio de Segurana ao Fogo do IPT e coordenador da Comisso de VedaesCorta-Fogo e do Subcomit de Proteo Passiva do CB-24 (segurana contra incndio) da ABNT

Antnio Berto

Qual a importncia dos forros em um projeto de segurana contra incndio?

A segurana contra incndio depende da relao entre o foco e sua evoluo, o que determina acapacidade de o fogo se iniciar e de se espalhar pela edificao. Por isso, a situao do forro das mais delicadas. Esse material, alm

de poder ser exposto ao fogo, fica em contato com os gases durante um incndio. Caso se ignize, o forro pode espalhar as chamas com

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grande rapidez. Isso j ocorreu vrias vezes.

Em que casos?

O mais importante foi o incndio do prdio da Cesp (Companhia Energtica de So Paulo), em So Paulo. O forro tinha bomcomportamento acstico, mas ignizava e propagava o fogo com enorme facilidade. Houve um problema eltrico em uma luminria, oque provocou o fogo no forro. Em pouco tempo, os gases j haviam se espalhado para outros andares, cujos forros tambm seignizaram. Na poca, at se pensou em incndio criminoso pela forma como as chamas se espalharam. Alm desse caso, incndiosmarcantes como o Joelma, o Andrauss (So Paulo) e o Caneco de Belo Horizonte tambm contaram com participao importante doforro.

Os principais cuidados em relao ao forro seriam no material em si?

No adianta ter um material com comportamento muito bom em relao ao fogo se o projetista no tiver conscincia do que

necessrio fazer para tornar um edifcio seguro contra incndio. No basta discriminar o material, mas verificar seu desempenho ecomo o layout dos ambientes contribui ou no para isso.

DEBATE

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Como o processo de compra de forros em uma construtora?

Luiz Henrique Ceotto -Basicamente, consideramos duas coisas: a que se destina o ambiente e a unidade e, depois, o desempenhodo sistema. Tambm j sabemos de antemo que h vrios materiais de nvel de desempenho equivalente ou superior ao especificado,mas que no tm aplicabilidade naquele caso. Por exemplo, no utilizamos forro metlico em uma habitao. O forro metlico pode serbastante til em diversas aplicaes, mas no em habitao.

E como especificar se a obra ter ou no forro?

Ceotto - Hoje, todas as obras residenciais da Inpar tm forro porque sempre utilizamos lajes planas nervuradas. Alm disso, o forro

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Leia mais

Decreto Estadual no 46.076 e Instruo Tcnica no 10 do Corpo de Bombeiros de So Paulo. Faa o download no site da corporao:

www.polmil.sp.gov.br/ccb/pagina15.html. Os arquivos esto em extenso .doc