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TireóideTireóide

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1 -Tireotoxicose-Hipertireoidismo1 -Tireotoxicose-Hipertireoidismo2- Hipotireoidismo2- Hipotireoidismo3 - Tireoidites3 - Tireoidites4 - Bócios e Nódulos4 - Bócios e Nódulos5 - Câncer de Tireóide5 - Câncer de Tireóide

Disfunções tireoidianasDisfunções tireoidianas

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Tireotoxicose - Tireotoxicose - HipertireoidismoHipertireoidismo

Tireotoxicose Tireotoxicose é qualquer estado clínico resultante do é qualquer estado clínico resultante do excesso de hormônios da tireóide nos tecidos. Embora excesso de hormônios da tireóide nos tecidos. Embora na maior parte das vezes seja causada por hiperfunção na maior parte das vezes seja causada por hiperfunção tireoideana (hipertireoidismo), encontramos síndromes tireoideana (hipertireoidismo), encontramos síndromes

de tireotoxicose associadas à função normal ou de tireotoxicose associadas à função normal ou diminuída da tireóide, como ocorre na tireotoxicose diminuída da tireóide, como ocorre na tireotoxicose

factícia (causada pela uso abusivo de hormônio factícia (causada pela uso abusivo de hormônio tireoideano exógeno), nas tireoidites (em que a lesão tireoideano exógeno), nas tireoidites (em que a lesão

tecidual libera os hormônios tireoideanos previamente tecidual libera os hormônios tireoideanos previamente estocados) e na produção ectópica de hormônios da estocados) e na produção ectópica de hormônios da

tireóide. tireóide.

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Hipertireoidismo Hipertireoidismo é definido como é definido como hiperfunção da glândula tireóide, ou hiperfunção da glândula tireóide, ou

seja, um aumento na produção e seja, um aumento na produção e liberação de hormônios tiroideanos liberação de hormônios tiroideanos

(levotiroxina e triiodotironina). O (levotiroxina e triiodotironina). O hipertireoidismo leva à tireotoxicose. hipertireoidismo leva à tireotoxicose.

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Hipertireoidismo primárioHipertireoidismo primário Doença de Graves (60-90% dos casos de tireotoxicose)Doença de Graves (60-90% dos casos de tireotoxicose) Bócio Multinodular TóxicoBócio Multinodular Tóxico Adenoma TóxicoAdenoma Tóxico Metástases de CA de tireóideMetástases de CA de tireóide Mutação do receptor de TSHMutação do receptor de TSH Struma ovariiStruma ovarii Excesso de iodoExcesso de iodo

Hipertireoidismo secundárioHipertireoidismo secundário Adenoma hipofisário secretor de TSHAdenoma hipofisário secretor de TSH Síndromes de resistência ao hormônio tireoidianoSíndromes de resistência ao hormônio tireoidiano Tumores secretores de gonadotropina coriônica (mola Tumores secretores de gonadotropina coriônica (mola

hidatiforme, coriocarcinoma)hidatiforme, coriocarcinoma) Tireotoxicose gestacionalTireotoxicose gestacional

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Doença de GravesDoença de GravesDesordem auto-imune, de etiologia ainda desconhecida, que Desordem auto-imune, de etiologia ainda desconhecida, que

apresenta como características uma síntese e secreção excessiva apresenta como características uma síntese e secreção excessiva de hormônios da tireóide e achados clínicos muito típicos, que de hormônios da tireóide e achados clínicos muito típicos, que

consistem consistem em bócio difuso, oftalmopatia, dermopatia em bócio difuso, oftalmopatia, dermopatia (mixedema (mixedema pré-tibial) e pré-tibial) e acropatia. acropatia. É mais comum em mulheres, cerca de 9 É mais comum em mulheres, cerca de 9

vezes, e a prevalência geral na população é de 0,5%, sendo de 2% vezes, e a prevalência geral na população é de 0,5%, sendo de 2% no sexo feminino. O pico de incidência deste distúrbio situa-se no sexo feminino. O pico de incidência deste distúrbio situa-se

entre 20-50 anos, entretanto, indivíduos de qualquer faixa etária entre 20-50 anos, entretanto, indivíduos de qualquer faixa etária (idosos, crianças) podem ser afetados. O bócio caracteristicamente (idosos, crianças) podem ser afetados. O bócio caracteristicamente

difuso e simétrico à palpação, está presente em 97% dos casos difuso e simétrico à palpação, está presente em 97% dos casos (podendo estar ausente em até 20% dos idosos). É por isso que o (podendo estar ausente em até 20% dos idosos). É por isso que o

outro nome da doença é Bócio Difuso Tóxico.outro nome da doença é Bócio Difuso Tóxico.

Tríade Clássica:- 1- TireotoxicoseTríade Clássica:- 1- Tireotoxicose 2-Bócio difuso2-Bócio difuso 3-Exoftalmia e/ou dermopatia infiltrativa3-Exoftalmia e/ou dermopatia infiltrativa

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Quadro clínicoQuadro clínico NervosismoNervosismo InsôniaInsônia EmagrecimentoEmagrecimento TaquicardiaTaquicardia PalpitaçõesPalpitações Intolerância ao calorIntolerância ao calor Sudorese excessiva Sudorese excessiva

(pele quente e úmida)(pele quente e úmida) TremoresTremores Fraqueza muscularFraqueza muscular FadigaFadiga AnsiedadeAnsiedade DiarréiaDiarréia PruridoPrurido

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HipotireoidismoHipotireoidismoO hipotireoidismo é uma O hipotireoidismo é uma

síndrome clínica síndrome clínica ocasionada por síntese ocasionada por síntese e secreção insuficiente e secreção insuficiente

ou ação inadequada dos ou ação inadequada dos hormônios tireoideanos hormônios tireoideanos

- o resultado é a - o resultado é a lentificação lentificação

generalizada dos generalizada dos processos metabólicos. processos metabólicos.

Reversível com a Reversível com a reposição dos reposição dos

hormônios deficitários hormônios deficitários

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Etiologias de Hipotireoidismo em AdultosEtiologias de Hipotireoidismo em Adultos

Hipotireoidismo CentralHipotireoidismo Central Doenças hipotalâmicas / hipofisáriasDoenças hipotalâmicas / hipofisárias

Hipotireoidismo primárioHipotireoidismo primário Redução do tecido tireóideoRedução do tecido tireóideo - - Tireoidite auto-imuneTireoidite auto-imune, terapia com Iodo, irradiação cervical ou , terapia com Iodo, irradiação cervical ou

tireoidectomia.tireoidectomia. Doenças infiltrativasDoenças infiltrativas - Neoplasia, leucemia, sarcoidose, hemocromatose, amiloidose.- Neoplasia, leucemia, sarcoidose, hemocromatose, amiloidose. Produção diminuída de hormônioProdução diminuída de hormônio - Medicamentos: lítio, amiodarona, iodo, contrastes iodados, drogas - Medicamentos: lítio, amiodarona, iodo, contrastes iodados, drogas

antitireóideas.antitireóideas. - Tireoidites subagudas, deficiência de Iodo.- Tireoidites subagudas, deficiência de Iodo.

Hipotireoidismo periféricoHipotireoidismo periférico Resistência ao hormônio tireoidiano ou disponibilidade intracelular Resistência ao hormônio tireoidiano ou disponibilidade intracelular

diminuídadiminuída

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Aspectos clínicosAspectos clínicos AnamneseAnamnese: história de terapia com : história de terapia com

iodo, cirurgia de tireoide, uso de iodo, cirurgia de tireoide, uso de drogas, aumento glandular.drogas, aumento glandular.

Sintomas variam de acordo com a Sintomas variam de acordo com a causa, severidade e duração da causa, severidade e duração da síndrome.síndrome.

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QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO Alterações hormonais:Alterações hormonais:- TT3 3 regula positivamente a expressão do GH e do IGF-1 regula positivamente a expressão do GH e do IGF-1 - HiperprolactinemiaHiperprolactinemia- Aumento do PTHAumento do PTH

Cardiovascular:Cardiovascular:- Comprometimento da contração muscular, bradicardia, Comprometimento da contração muscular, bradicardia, DC, DC,

hipofonese de bulhashipofonese de bulhas- Aumento da resistência vascular periféricaAumento da resistência vascular periférica e hipertensão diastólica.e hipertensão diastólica.- Cardiomegalia por derrame pericárdico Cardiomegalia por derrame pericárdico

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QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO Sistema digestivo:Sistema digestivo:- macroglossia, anorexiamacroglossia, anorexia- gastrite auto-imune: anemia perniciosa auto- imune, acloridria e gastrite auto-imune: anemia perniciosa auto- imune, acloridria e

atrofia de mucosa gástrica atrofia de mucosa gástrica - peristalse intestinal reduzida peristalse intestinal reduzida constipação crônica constipação crônica

Função renal:Função renal: do DC e do volume sanguíneodo DC e do volume sanguíneo da taxa de filtração da taxa de filtração

glomerularglomerular creatinina, ácido úrico e Mgcreatinina, ácido úrico e Mg- proteinúriaproteinúria- comprometimento da capacidade de excretar sobrecarga de comprometimento da capacidade de excretar sobrecarga de

água água intoxicação hídrica intoxicação hídrica

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QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO PelePele

- diminuição da secreção sebácea: pele seca, descamativa e áspera diminuição da secreção sebácea: pele seca, descamativa e áspera - diminuição do metabolismo: pele friadiminuição do metabolismo: pele fria- diminuição da conversão do diminuição da conversão do ββ caroteno em vitamina A: pele amarelada caroteno em vitamina A: pele amarelada- cabelos secos e quebradiços, alopecia, perda do 1/3 distal das sobrancelhascabelos secos e quebradiços, alopecia, perda do 1/3 distal das sobrancelhas- fragilidade unguealfragilidade ungueal- acúmulo de glicosaminoglicanos no sub-cutâneo: edema generalizadoacúmulo de glicosaminoglicanos no sub-cutâneo: edema generalizado

Sistema respiratório:Sistema respiratório:- dispnéia em 50% dos casosdispnéia em 50% dos casos- respirações rasas e lentas respirações rasas e lentas - aumento do espaço morto, redução da ventilação pulmonar (hipercapnia/hipóxia) aumento do espaço morto, redução da ventilação pulmonar (hipercapnia/hipóxia) - derrame pleuralderrame pleural

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QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO Sistema hematopoiético:Sistema hematopoiético:- anemia- anemia

comprometimento da síntese de hemoglobina por deficiência de tiroxinacomprometimento da síntese de hemoglobina por deficiência de tiroxina deficiência de Fe por aumento da perda (menorragia) e diminuição da deficiência de Fe por aumento da perda (menorragia) e diminuição da

absorção intestinalabsorção intestinal deficiência da absorção intestinal de ácido fólicodeficiência da absorção intestinal de ácido fólico deficiência da vitamina B12deficiência da vitamina B12

Musculoesquelético:Musculoesquelético:- cãimbras, mialgias, artralgias, sd do túnel do carpo, parestesias, fraquezacãimbras, mialgias, artralgias, sd do túnel do carpo, parestesias, fraqueza do turnover ósseo, resistência à ação do PTH.do turnover ósseo, resistência à ação do PTH.

SNCSNC::- fadiga crônica, letargia, incapacidade de concentração, cefaléia, tontura, - fadiga crônica, letargia, incapacidade de concentração, cefaléia, tontura,

depressãodepressão

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QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO

Sistema reprodutivoSistema reprodutivo::- comprometimento da conversão dos precursores de comprometimento da conversão dos precursores de

estrogênio em estrogênio estrogênio em estrogênio alteração da secreção de LH e alteração da secreção de LH e FSHFSH

- hiperprolactinemia: decorre do hiperprolactinemia: decorre do TRH, TRH, sensibilidade dos sensibilidade dos lactotrófos ao TRHlactotrófos ao TRH

: ciclos anovulatórios, infertilidade, menorragia: ciclos anovulatórios, infertilidade, menorragia

: redução da libido, disfunção erétil, oligospermia: redução da libido, disfunção erétil, oligospermia

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TireoiditesTireoidites

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TireoiditesTireoiditesTermo genérico que comporta uma série de entidades clínicas que Termo genérico que comporta uma série de entidades clínicas que

têm em comum o acometimento inflamatório da tireóide. O têm em comum o acometimento inflamatório da tireóide. O mecanismo etiopatogênico pode ser infeccioso, auto-imune ou mecanismo etiopatogênico pode ser infeccioso, auto-imune ou

outros (trauma, radiação, drogas, desconhecido).outros (trauma, radiação, drogas, desconhecido).

1- Tireoidite de Hashimoto1- Tireoidite de Hashimoto 2- Tireoidite Subaguda Linfocítica2- Tireoidite Subaguda Linfocítica 3-Tireoidite Subaguda Granulomatosa3-Tireoidite Subaguda Granulomatosa 4- Tireoidite Pós-Parto4- Tireoidite Pós-Parto 5-Tireoidite Infecciosa5-Tireoidite Infecciosa 6-Tireoidite Medicamentosa6-Tireoidite Medicamentosa 7-Tireoidite Actínica7-Tireoidite Actínica 8- Tireoidite Fibrosante de Riedel8- Tireoidite Fibrosante de Riedel

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Tireoidite de HashimotoTireoidite de HashimotoTambém chamada de Também chamada de Tireoidite Crônica Autoimune. ÉTireoidite Crônica Autoimune. É a causa a causa

mais comum de hipotireoidismo permanente em regiões sem mais comum de hipotireoidismo permanente em regiões sem deficiência da ingestão de iodo, correspondendo a mais de deficiência da ingestão de iodo, correspondendo a mais de

90% dos casos. Doença característica de mulheres mais velhas 90% dos casos. Doença característica de mulheres mais velhas (5-8 vezes mais comum no sexo feminino), com uma (5-8 vezes mais comum no sexo feminino), com uma

prevalência em torno de 15% neste grupo (incluindo as formas prevalência em torno de 15% neste grupo (incluindo as formas subclínicas).subclínicas).

A etiologia é desconhecida, mas envolve mecanismos auto-A etiologia é desconhecida, mas envolve mecanismos auto-imunes. Os principais auto-anticorpos encontrados são a anti-imunes. Os principais auto-anticorpos encontrados são a anti-tireoperoxidase, anti-tireoglobulina, anti receptor TSH e anti-tireoperoxidase, anti-tireoglobulina, anti receptor TSH e anti-

transportador de iodo.transportador de iodo.

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Tireoidite de HashimotoTireoidite de HashimotoNa primeira fase ocorre aumento transitório dos hormônios Na primeira fase ocorre aumento transitório dos hormônios

tireoidianos, eventualmente com tireotoxicose clinicamente tireoidianos, eventualmente com tireotoxicose clinicamente manifesta. A segunda fase da doença é o hipotireoidismo manifesta. A segunda fase da doença é o hipotireoidismo

subclínico, caracterizado pela elevação dos níveis de TSH, sem subclínico, caracterizado pela elevação dos níveis de TSH, sem ainda haver queda do T3 ou T4 séricos abaixo do valor de ainda haver queda do T3 ou T4 séricos abaixo do valor de referência. A evolução para a terceira fase da doença - o referência. A evolução para a terceira fase da doença - o

hipotireoidismo clinicamente manifesto - ocorre em média na hipotireoidismo clinicamente manifesto - ocorre em média na taxa de 5% ao ano. O bócio surge paulatinamente em 75% taxa de 5% ao ano. O bócio surge paulatinamente em 75%

dos pacientes, decorrente do efeito trófico do TSH no tecido dos pacientes, decorrente do efeito trófico do TSH no tecido folicular remanescente. Geralmente, o aspecto é de bócio folicular remanescente. Geralmente, o aspecto é de bócio

difuso, porém, algumas vezes, pode ter um aspecto difuso, porém, algumas vezes, pode ter um aspecto multinodular. Em 20-25% dos casos, não há bócio e a tireóide multinodular. Em 20-25% dos casos, não há bócio e a tireóide pode até mesmo estar reduzida de tamanho (forma atrófica).pode até mesmo estar reduzida de tamanho (forma atrófica).

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BócioBócio Bócio difuso tóxico (doença de Graves)Bócio difuso tóxico (doença de Graves) Bócio multinodular tóxicoBócio multinodular tóxico Bócio relacionado ao hipertireoidismo Bócio relacionado ao hipertireoidismo

secundário (macroadenoma hipofisário secundário (macroadenoma hipofisário hiperssecretante de TSH)hiperssecretante de TSH)

Bócio difuso atóxicoBócio difuso atóxico Bócio multinodular atóxicoBócio multinodular atóxico

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Bócio multinodular tóxicoBócio multinodular tóxicoCaracterizado pela formação de múltiplos nódulos de tamanhos Caracterizado pela formação de múltiplos nódulos de tamanhos

variados e que são os responsáveis pelo crescimento da variados e que são os responsáveis pelo crescimento da glândula. Existem dois tipos: o bócio multinodular atóxico glândula. Existem dois tipos: o bócio multinodular atóxico (BMA) e o bócio multinodular tóxico (BMT), este último (BMA) e o bócio multinodular tóxico (BMT), este último definido pelos exames laboratoriais mostrando sinais de definido pelos exames laboratoriais mostrando sinais de hipertireoidismo primário. A patogênese é desconhecida, hipertireoidismo primário. A patogênese é desconhecida,

assim como no bócio multinodular atóxico. Aparentemente, assim como no bócio multinodular atóxico. Aparentemente, fatores de crescimento promovem o crescimento folicular em fatores de crescimento promovem o crescimento folicular em áreas nodulares, sendo que alguns passam a crescer de forma áreas nodulares, sendo que alguns passam a crescer de forma

autónoma (independente do TSH). A maioria dos nódulos é autónoma (independente do TSH). A maioria dos nódulos é policlonal (proveniente da proliferação de células foliculares policlonal (proveniente da proliferação de células foliculares

diversas), mas alguns são monoclonais (origem de apenas diversas), mas alguns são monoclonais (origem de apenas uma célula mãe). uma célula mãe).

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Bócio multinodular tóxicoBócio multinodular tóxicoO BMT predomina em idosos, sendo uma importante causa de

hipertireoidismo nesta faixa etária. O paciente se apresenta com bócio e sinais de tireotoxicose leve (palpitações,

taquicardia, nervosismo, tremor, perda de peso e fibrilação atrial) ou tem apenas um hipertireoidismo subclínico. O bócio

pode atingir grandes dimensões, levando a efeitos compressivos, especialmente quando invade o espaço subesternal. A traquéia comprimida ou desviada pode justificar a tosse e o desconforto respiratório de alguns

pacientes. A compressão esofágica leva à disfagia e a dos nervos laríngeos recorrentes, á rouquidão.

O BMT predomina em idosos, sendo uma importante causa de O BMT predomina em idosos, sendo uma importante causa de hipertireoidismo nesta faixa etária. O paciente se apresenta hipertireoidismo nesta faixa etária. O paciente se apresenta

com bócio e sinais de tireotoxicose leve (palpitações, com bócio e sinais de tireotoxicose leve (palpitações, taquicardia, nervosismo, tremor, perda de peso e fibrilação taquicardia, nervosismo, tremor, perda de peso e fibrilação

atrial) ou tem apenas um hipertireoidismo subclínico. O bócio atrial) ou tem apenas um hipertireoidismo subclínico. O bócio pode atingir grandes dimensões, levando a efeitos pode atingir grandes dimensões, levando a efeitos

compressivos, especialmente quando invade o espaço compressivos, especialmente quando invade o espaço subesternal. A traquéia comprimida ou desviada pode subesternal. A traquéia comprimida ou desviada pode justificar a tosse e o desconforto respiratório de alguns justificar a tosse e o desconforto respiratório de alguns

pacientes. A compressão esofágica leva à disfagia e a dos pacientes. A compressão esofágica leva à disfagia e a dos nervos laríngeos recorrentes, á rouquidão. nervos laríngeos recorrentes, á rouquidão.

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Diagnóstico : cintilografia tireoidiana. O laboratório demonstra Diagnóstico : cintilografia tireoidiana. O laboratório demonstra sempre um TSH suprimido. O T4 livre e o T3 encontram-se sempre um TSH suprimido. O T4 livre e o T3 encontram-se

elevados em boa parte dos casos, porém o T3 está bem mais elevados em boa parte dos casos, porém o T3 está bem mais elevado do que o T4 livre,elevado do que o T4 livre,

Tratamento : O tratamento envolve o controle agudo dos Tratamento : O tratamento envolve o controle agudo dos sintomas com beta-bloqueadores e drogas anti-tireoideanas sintomas com beta-bloqueadores e drogas anti-tireoideanas

(PTU, metimazol). Como medida definitiva, destaca-se a (PTU, metimazol). Como medida definitiva, destaca-se a cirurgia cirurgia de tireoidectomia subtotal. A radioablação com 1-131 de tireoidectomia subtotal. A radioablação com 1-131 pode destruir os nódulos tóxicos, porém a chance de recidiva pode destruir os nódulos tóxicos, porém a chance de recidiva

(nascimento de outros nódulos) é muito grande.(nascimento de outros nódulos) é muito grande.

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Bócio relacionado ao Bócio relacionado ao hipertireoidismo secundário hipertireoidismo secundário

Pelo aumento do TSH, a glândula tireóide cresce Pelo aumento do TSH, a glândula tireóide cresce (bócio) e torna-se hiperfuncionante (bócio) e torna-se hiperfuncionante (hipertireoidismo). O paciente pode (hipertireoidismo). O paciente pode

manifestar-se com os sinais e sintomas manifestar-se com os sinais e sintomas clássicos da tireotoxicose. Se o adenoma clássicos da tireotoxicose. Se o adenoma hipofisário for grande, pode comprimir o hipofisário for grande, pode comprimir o quiasma óptico, provocando defeitos no quiasma óptico, provocando defeitos no

campo visual.campo visual.

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Tratamento : controle do hipertireoidismoTratamento : controle do hipertireoidismocom drogas anti-tireoideanas, seguido pelacom drogas anti-tireoideanas, seguido pela

remoção do tumor hipofisário através de uma remoção do tumor hipofisário através de uma ressecção transesfenoidal. Nos casos de ressecção transesfenoidal. Nos casos de

impossibilidade de se ressecar todo o tumor, o impossibilidade de se ressecar todo o tumor, o octreotide pode ser utilizado para suprimir a produção octreotide pode ser utilizado para suprimir a produção

autónoma de TSH.autónoma de TSH.

Laboratório : T4 livre elevado, com uma Laboratório : T4 livre elevado, com uma TSH sérico TSH sérico normal ou alto. normal ou alto. A detecção da subunidade alfa do A detecção da subunidade alfa do

TSH em níveis altos sela o diagnóstico. A detecção do TSH em níveis altos sela o diagnóstico. A detecção do tumor é feita pela TC de sela túrcica ou pela tumor é feita pela TC de sela túrcica ou pela

ressonância (RNM).ressonância (RNM).

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Bócio difuso atóxicoBócio difuso atóxicoA causa mais comum de bócio difuso atóxico é a A causa mais comum de bócio difuso atóxico é a deficiência de deficiência de

iodo, iodo, endêmica em algumas regiões. É também chamado de endêmica em algumas regiões. É também chamado de bócio endêmico. bócio endêmico. Nas demais regiões, predomina o Nas demais regiões, predomina o bócio bócio esporádico simples, esporádico simples, de causa desconhecida. Este é mais de causa desconhecida. Este é mais

comum em mulheres jovens e é caracteristicamente comum em mulheres jovens e é caracteristicamente eutireóideo. Alguns casos de bócio são decorrentes da eutireóideo. Alguns casos de bócio são decorrentes da

herança de defeitos enzimáticos da hormonogênese, que herança de defeitos enzimáticos da hormonogênese, que passaram despercebidos na infância. Nas regiões com passaram despercebidos na infância. Nas regiões com

ingestão suplementada de iodo, a causa mais comum de ingestão suplementada de iodo, a causa mais comum de bócio tóxico hipotireóideo é a bócio tóxico hipotireóideo é a Tireoidite de Hashimoto, Tireoidite de Hashimoto, causa causa

também mais comum de hipotireoidismotambém mais comum de hipotireoidismo

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Os sinais e sintomas do próprio bócio dependem de seu Os sinais e sintomas do próprio bócio dependem de seu tamanho e se ele "invadiu" ou não a região subesternal. tamanho e se ele "invadiu" ou não a região subesternal.

Neste caso, pode-se observar a presença de sintomas Neste caso, pode-se observar a presença de sintomas compressivos da traquéia (tosse e dificuldade respiratória), compressivos da traquéia (tosse e dificuldade respiratória),

esôfago (disfagia) ou nervos laríngeos recorrentes esôfago (disfagia) ou nervos laríngeos recorrentes (rouquidão). Às vezes, só é detectado pelo exame de (rouquidão). Às vezes, só é detectado pelo exame de imagem (RX ou TC de tórax). O imagem (RX ou TC de tórax). O sinal de Pemberton sinal de Pemberton é é característico: ao elevar os braços acima da cabeça, o característico: ao elevar os braços acima da cabeça, o

paciente sente fraqueza e tontura, com sinais de congestão paciente sente fraqueza e tontura, com sinais de congestão facial. A cintilografia tireoideana pode ajudar a diferenciar facial. A cintilografia tireoideana pode ajudar a diferenciar

um bócio difuso de um bócio multinodular. um bócio difuso de um bócio multinodular.

Bócio difuso atóxicoBócio difuso atóxico

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O tratamento visa a redução do bócio, com o intuito meramente O tratamento visa a redução do bócio, com o intuito meramente estético ou para prevenir ou tratar os fenomenos estético ou para prevenir ou tratar os fenomenos

compressivos. A terapia de escolha é a compressivos. A terapia de escolha é a supressão do TSH com supressão do TSH com levotiroxina. levotiroxina.

A A cirurgia cirurgia está indicada nos casos de bócio muito grande (> está indicada nos casos de bócio muito grande (> 150g), nos casos de refratariedade à terapia supressiva e 150g), nos casos de refratariedade à terapia supressiva e

sempre quando há sintomas compressivos. sempre quando há sintomas compressivos. A A ablação com radioiodo ablação com radioiodo é uma opção terapêutica, com sucesso é uma opção terapêutica, com sucesso

em 50% dos casos. A reposição de iodo está indicada quando em 50% dos casos. A reposição de iodo está indicada quando da sua deficiência confirmada. Pela fibrose, às vezes, o bócio da sua deficiência confirmada. Pela fibrose, às vezes, o bócio

endémico não regride.endémico não regride.

Bócio difuso atóxicoBócio difuso atóxico

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Bócio Multinodular AtóxicoBócio Multinodular AtóxicoA maioria dos bócios difusos atóxicos evoluem mais A maioria dos bócios difusos atóxicos evoluem mais

tarde para um bócio multinodular atóxico. Porém, tarde para um bócio multinodular atóxico. Porém, não se conhece a sua patogênese. Tal como o não se conhece a sua patogênese. Tal como o

primeiro, é mais comum em mulheres e aumenta de primeiro, é mais comum em mulheres e aumenta de prevalência com a idade. A sua prevalência é prevalência com a idade. A sua prevalência é

inversamente proporcional à ingesta de iodo. Os inversamente proporcional à ingesta de iodo. Os nódulos variam de tamanho, são múltiplos; alguns nódulos variam de tamanho, são múltiplos; alguns

são policlonais, outros monoclonais. A fibrose é são policlonais, outros monoclonais. A fibrose é extensa (muito mais que no bócio difuso), daí a extensa (muito mais que no bócio difuso), daí a

maior refratariedade à terapia.maior refratariedade à terapia.

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O paciente é eutireóideo. O BMA é o responsável pelos maiores O paciente é eutireóideo. O BMA é o responsável pelos maiores bócios existentes e são aqueles que mais levam aos sintomas bócios existentes e são aqueles que mais levam aos sintomas

compressivos, bem como ao sinal de Pemberton. Uma dor compressivos, bem como ao sinal de Pemberton. Uma dor súbita na tireóide pode ocorrer por uma hemorragia em um súbita na tireóide pode ocorrer por uma hemorragia em um

dos nódulos.dos nódulos.A terapia supressiva não costuma ser eficaz, devido à presença A terapia supressiva não costuma ser eficaz, devido à presença

de nódulos autónomos e ao alto grau de fibrose na glândula. de nódulos autónomos e ao alto grau de fibrose na glândula. As opções são a As opções são a radioablação com 1-131, radioablação com 1-131, com sucesso em 40-com sucesso em 40-

50% dos casos. Os casos de grandes bócios (> 150g), bócios 50% dos casos. Os casos de grandes bócios (> 150g), bócios refratários ou com sintomas compressivos, exigem a refratários ou com sintomas compressivos, exigem a cirurgia cirurgia

de ressecçãode ressecção

Bócio Multinodular AtóxicoBócio Multinodular Atóxico

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Câncer de tireóideCâncer de tireóide

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NEOPLASIAS MALIGNAS BEM DIFERENCIADASNEOPLASIAS MALIGNAS BEM DIFERENCIADASPapilífero (75-85%doscasos)Papilífero (75-85%doscasos)

Papilífero puroPapilífero puro Papilífero Folicular mistoPapilífero Folicular misto

Variante folicular do carcinoma papiltferoVariante folicular do carcinoma papiltfero Variante encapsuladaVariante encapsulada

Carcinoma Folicular (10-20% dos casos)Carcinoma Folicular (10-20% dos casos) Minimamente invasivo, encapsuladoMinimamente invasivo, encapsulado

Invasivo, carcinoma folicular angioinvasivoInvasivo, carcinoma folicular angioinvasivoCarcinoma de células de HurthleCarcinoma de células de Hurthle

NEOPLASIAS MALIGNAS POUCO DIFERENCIADASNEOPLASIAS MALIGNAS POUCO DIFERENCIADASCarcinoma Medular (5% dos casos)Carcinoma Medular (5% dos casos)

Carcinoma Anaplásico (< 5% dos casos)Carcinoma Anaplásico (< 5% dos casos) Carcinoma de Células gigantes e Fusiformes Carcinoma de Células gigantes e Fusiformes (spindle)(spindle)

Carcinoma de Células PequenasCarcinoma de Células Pequenas

MISCELÂNEAMISCELÂNEALinfoma de TireóideLinfoma de Tireóide

(geralmente (geralmente Linfoma B de Grandes Células)Linfoma B de Grandes Células) Carcinoma de células EscamosasCarcinoma de células Escamosas

Carcinoma MicroepidermóideCarcinoma Microepidermóide Teratoma, Sarcoma e tumor metastáticoTeratoma, Sarcoma e tumor metastático

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Carcinoma Carcinoma PapilíferoPapilífero

É a malignidade mais comum da tireóide, sendo a neoplasia de É a malignidade mais comum da tireóide, sendo a neoplasia de tireóide predominante em pessoas expostas à radiação e em tireóide predominante em pessoas expostas à radiação e em crianças (75%). Tem sua maior prevalência no sexo feminino crianças (75%). Tem sua maior prevalência no sexo feminino (2:1) e a idade de apresentação situa-se entre a terceira e a (2:1) e a idade de apresentação situa-se entre a terceira e a

quarta décadas.quarta décadas.A apresentação vai variar com o estágio tumoral. Geralmente o A apresentação vai variar com o estágio tumoral. Geralmente o

indivíduo encontra-se eutireoideano, com uma massa de indivíduo encontra-se eutireoideano, com uma massa de crescimento lento, não dolorosa, em topografia de tireóide. crescimento lento, não dolorosa, em topografia de tireóide. Em casos avançados, aparecem os sintomas compressivos, Em casos avançados, aparecem os sintomas compressivos,

disfagia e rouquidão por comprometimento do nervo laríngeo disfagia e rouquidão por comprometimento do nervo laríngeo recorrente.recorrente.

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O tratamento é cirúrgico. O procedimento a ser empregado O tratamento é cirúrgico. O procedimento a ser empregado vai depender obviamente da localização do tumor, história de vai depender obviamente da localização do tumor, história de

irradiação prévia e comprometimento de linfonodos irradiação prévia e comprometimento de linfonodos regionais.regionais.

Tireoidectomia total: Tireoidectomia total: encontra-se indicada nos pacientes com encontra-se indicada nos pacientes com tumores de baixo risco > l,5cm, ou com metástases cervicais, tumores de baixo risco > l,5cm, ou com metástases cervicais,

nos indivíduos com tumores de alto risco e em carcinoma nos indivíduos com tumores de alto risco e em carcinoma papilífero decorrente de irradiação prévia (multicentricidade).papilífero decorrente de irradiação prévia (multicentricidade).

Radioablação com 131I: Radioablação com 131I: Utilizada como terapia adjuvante Utilizada como terapia adjuvante quando há captação residual pós- tireoidectomia totalquando há captação residual pós- tireoidectomia total

Terapia supressiva com Levotiroxina: O Terapia supressiva com Levotiroxina: O uso da levotiroxina uso da levotiroxina faz parte do arsenal terapêutico, não só para repor hormônio faz parte do arsenal terapêutico, não só para repor hormônio

tireoideano no pós-operatório, mas principalmente para tireoideano no pós-operatório, mas principalmente para suprimir o TSH, uma vez que células tumorais são responsivas suprimir o TSH, uma vez que células tumorais são responsivas

à este hormônioà este hormônio

Carcinoma PapilíferoCarcinoma Papilífero

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Carcinoma Carcinoma FolicularFolicular

É tumor mais comum no sexo feminino, ocorrendo mais em áreas deficientes em iodo, onde o estímulo

do TSH à glândula é maior. A disseminação hematogênica é comum, com

metástases ósseas, pulmonares e hepáticas ocorrendo em cerca de 33% dos casos. A via linfática

de propagação é mais rara, ao contrário do tumor papilífero.

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Nódulos tireoideanos solitários que apresentam rápido crescimento ou eventualmente dor por hemorragia em seu

interior. O diagnóstico por aspiração por agulha fina e citologia geralmente não é firmado, ao contrário do

papilífero. já que os achados citopatológicos do adenoma folicular e do carcinoma folicular são muito semelhantes,

necessitando da identificação de invasão capsular ou angioinvasão para o diagnóstico de malignidade. Assim, na

prática clínica, não temos muitas vezes o diagnóstico de malignidade no pré-operatório, sendo este nódulo

classificado como "tumor folicular". Mesmo sabendo que na maioria dos casos estes nódulos são adenomas, todos os tumores foliculares têm indicação cirúrgica, pela já citada

impossibilidade de exclusão de malignidade.

Carcinoma FolicularCarcinoma Folicular

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Carcinoma Medular da Carcinoma Medular da TireóideTireóide

Representa de 5 a 10% dos tumores malignos da tireóide. Ele Representa de 5 a 10% dos tumores malignos da tireóide. Ele consiste de neoplasia de células parafoliculares ou células C, consiste de neoplasia de células parafoliculares ou células C, produtoras de produtoras de calcitonina. calcitonina. Este tumor se apresenta em 80% Este tumor se apresenta em 80%

dos casos em sua forma esporádica, mais comum em dos casos em sua forma esporádica, mais comum em indivíduos entre a quinta e a sexta décadas, apresentando-se indivíduos entre a quinta e a sexta décadas, apresentando-se

como tumor unilateral.como tumor unilateral.Os pacientes podem se apresentar com um nódulo tireoideano Os pacientes podem se apresentar com um nódulo tireoideano

palpável (forma mais comum) ou uma glândula tireoideana palpável (forma mais comum) ou uma glândula tireoideana multinodular. A doença localmente avançada pode levar a multinodular. A doença localmente avançada pode levar a

rouquidão, disfagia e sinais de comprometimento respiratóriorouquidão, disfagia e sinais de comprometimento respiratório

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Tireoidectomia total é sempre indicada devido a Tireoidectomia total é sempre indicada devido a multicentricidade do tumor. Geralmente é realizada multicentricidade do tumor. Geralmente é realizada a ressecção de linfonodos da cadeia central (bainha a ressecção de linfonodos da cadeia central (bainha

carotídea a traquéia) junto com os paratraqueais. Em carotídea a traquéia) junto com os paratraqueais. Em pacientes com linfonodos cervicais aumentados ou pacientes com linfonodos cervicais aumentados ou envolvidos, é recomendado o esvaziamento cervical envolvidos, é recomendado o esvaziamento cervical

radical modificado. O tumor não é responsivo à radical modificado. O tumor não é responsivo à radioterapia, ablação com radioiodo, ou terapia radioterapia, ablação com radioiodo, ou terapia

supressiva com hormônio tireoideanosupressiva com hormônio tireoideano

Carcinoma Medular da Carcinoma Medular da TireóideTireóide

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Anaplásico ou IndiferenciadoAnaplásico ou Indiferenciado

Idosos : pico 65-70aIdosos : pico 65-70a Crescimento rápidoCrescimento rápido Invasão local precoceInvasão local precoce Sintomas compressivos, disfagiaSintomas compressivos, disfagia ou paralisia das cordas vocaisou paralisia das cordas vocais Tumor resistente ao tratamento,Tumor resistente ao tratamento,

Traqueostomia imediataTraqueostomia imediataRadio e QuimioterapiaRadio e Quimioterapia

Pior prognóstico: 90% morrem em 6 meses Pior prognóstico: 90% morrem em 6 meses (metástases disseminadas)(metástases disseminadas)

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LinfomasLinfomasOs linfomas da tireóide são tumores raros, sendo na maioria Os linfomas da tireóide são tumores raros, sendo na maioria

não-Hodgkin. É importante memorizarmos a associação com não-Hodgkin. É importante memorizarmos a associação com tireoidite de Hashimoto tireoidite de Hashimoto (aumenta a incidência em 40 vezes). (aumenta a incidência em 40 vezes).

O tipo mais comum é o linfoma B de grandes células. Nas O tipo mais comum é o linfoma B de grandes células. Nas fases iniciais, quando o tumor ainda não atravessou a cápsula, fases iniciais, quando o tumor ainda não atravessou a cápsula, a tireoidectomia total seguida de radioterapia obtém sucesso. a tireoidectomia total seguida de radioterapia obtém sucesso.

Na maior parte dos casos, o tumor se comporta como um Na maior parte dos casos, o tumor se comporta como um carcinoma anaplásico e a terapêutica fica restrita a radio e carcinoma anaplásico e a terapêutica fica restrita a radio e quimioterapia. Mesmo em pacientes com a doença extra-quimioterapia. Mesmo em pacientes com a doença extra-

tireoideana, a resposta a quimioterapia pode ser gratificante.tireoideana, a resposta a quimioterapia pode ser gratificante.

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Complicações da Complicações da TireoidectomiaTireoidectomia

Insuficiência RespiratóriaInsuficiência Respiratória HipotireoidismoHipotireoidismo Injúria ao nervo laríngeo recorrenteInjúria ao nervo laríngeo recorrente HipoparatireoidismoHipoparatireoidismo Injúria ao ramo externo do nervo Injúria ao ramo externo do nervo

laríngeo superiorlaríngeo superior