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Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos

PRODUTO: TEXVET MAX Data de elaboração: 26/09/2011

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1 – Identificação do Produto e da Empresa

Nome do produto: TEXVET MAX

Fornecedor/Fabricante Nome da empresa: Bimeda-Mogivet Farmacêutica S/A. Endereço: Rod. Cônego Cyriaco Scaranello Pires, 421

Distrito Industrial, Monte Mor/SP

Telefone para contato: (19) 3879 7400/ 0800 555 408

2 – Identificação de Perigos

Perigos mais importantes: O produto pode causar alterações no sistema nervoso central e periférico. Podem ocorrer manifestações colinérgicas. É muito tóxico para organismos aquáticos.

Efeitos do produto

Efeitos adversos à saúde humana: Em contato com a pele pode causar irritação, vermelhidão, dor, ressecamento e parestesia (sensação de coceira e queimação na pele). Indivíduos com doença de pele e doenças respiratórias, principalmente asma, podem ser mais susceptíveis aos efeitos adversos do produto. O contato com os olhos pode causar vermelhidão e dor. O produto pode causar manifestações colinérgicas como náuseas, vômitos, diarreia, miose (contração da pupila), dificuldade respiratória, lacrimejamento, salivação excessiva e contrações musculares. Pode causar depressão no sistema nervoso central manifestada por dor de cabeça, confusão mental, tremores, convulsões e inconsciência.

Efeitos ambientais: Produto altamente tóxico para algas, microcrustáceos e peixes.

Perigos físicos e químicos: Incêndios envolvendo este produto podem gerar gases tóxicos e irritantes como cloreto de hidrogênio, cianeto de hidrogênio, óxido de nitrogênio, óxidos de fósforo, óxidos de enxofre.

Classificação de perigo (*):

Classe de perigo Categoria Palavra de advertência

Frase de perigo Pictograma

Líquidos inflamáveis 3 Atenção Líquidos e vapores inflamáveis

Toxicidade Aguda - Inalação

2 Perigo Mortal por inalação

Toxicidade Aguda - Oral

3 Atenção Tóxico por ingestão

Toxicidade Aguda - Pele

3 Atenção Tóxico em contato com a pele



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Classe de perigo Categoria Palavra de advertência

Frase de perigo Pictograma

Toxicidade para órgãos-alvo específicos -

exposição única

1 Perigo Provoca inibição das colinesterases

Toxicidade para órgãos-alvo específicos -

exposição repetida

2 Atenção Pode provocar danos ao sistema nervoso e

ao fígado por exposição repetida ou prolongada

Perigoso ao ambiente aquático – agudo

1 Atenção Muito tóxico para os organismos aquáticos

Perigo ao ambiente aquático –crônico

1 Atenção Muito tóxico para os organismos aquáticos,

com efeitos prolongados

Frases de precaução:

Mantenha afastado do calor/ faísca/ chama aberta/ superfícies quentes. — Não fume.

Mantenha o recipiente hermeticamente fechado.

Aterre o vaso contentor e o receptor do produto durante transferências.

Utilize equipamento elétrico/ de ventilação/ de iluminação à prova de explosão.

Utilize apenas ferramentas anti-faiscante.

Evite o acúmulo de cargas eletrostáticas.

Em caso de incêndio: Abandone a área.

Armazene em local bem ventilado. Mantenha em local fresco.

Use luvas de proteção/roupa de proteção/ proteção ocular/ proteção facial.

EM CASO DE CONTATO COM A PELE (ou o cabelo): Retire imediatamente toda a roupa contaminada. Enxágue a pele com água/ tome uma ducha.

EM CASO DE CONTATO COM A PELE: Lave com água e sabão em abundância.

Lave a roupa contaminada antes de usá-la novamente.

Não inale fumos/ gases/ névoas/ vapores/ aerossóis.

Lave as mãos cuidadosamente após manuseio.

Não coma, beba ou fume durante a utilização deste produto.

EM CASO DE exposição: Contate um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.

Armazene em local fechado à chave.

Utilize apenas ao ar livre ou em locais bem ventilados.

Use equipamento de proteção respiratória.

EM CASO DE INALAÇÃO: Remova a vítima para local ventilado e a mantenha em repouso numa posição que não dificulte a respiração.

Contate imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.

Armazene em local bem ventilado. Mantenha o recipiente hermeticamente fechado.

Em caso de mal estar, consulte um médico.

EM CASO DE INGESTÃO: Contate imediatamente um CENTRO DE INFORMAÇÃO

Enxágue a boca.

Caso sinta indisposição, contate um CENTRO DE INFORMAÇÃO TOXICOLÓGICA ou um médico.



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Retire imediatamente toda a roupa contaminada.

Evite a liberação para o meio ambiente.

(*) ABNT NBR 14725-2, Produtos Químicos - Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente - Parte 2: Sistema de classificação de perigo (2009).

3 – Composição e Informações sobre os Ingredientes

MISTURA

Natureza química: Piretroide, organofosforado e hidrocarboneto aromático.

Classe: Uso veterinário.

Ingredientes que contribuem para o perigo:

Nome CAS Concentração

Butóxido de piperonila 51-03-6 1 mL

Cipermetrina 52315-07-8 15 g

Clorpirifós 2921-88-2 25 g

Xileno 1330-20-7 q.s.p. 100 mL

4 – Medidas de Primeiros Socorros

Inalação: Remover a vítima para local arejado. Procurar um serviço de saúde, levando a embalagem, a bula ou o rótulo do produto.

Contato com a pele: Remover roupas e sapatos contaminados imediatamente. Lavar a área atingida com água e sabão em abundância. Procurar um serviço de saúde levando a embalagem, a bula ou o rótulo do produto.

Contato com os olhos: Retirar lentes de contato, se presentes. Lavar os olhos com água corrente em abundância por 15 minutos, elevando as pálpebras ocasionalmente. Procurar um serviço de saúde levando a embalagem, a bula ou o rótulo do produto.

Ingestão: Não provocar vômito. Lavar a boca com água corrente em abundância. Em caso de vômito espontâneo, manter a cabeça abaixo do nível dos quadris ou em posição lateral, se o indivíduo estiver deitado, para evitar aspiração do conteúdo gástrico. Procurar um serviço de saúde imediatamente, levando a embalagem, a bula ou o rótulo do produto.

Notas para o médico: Tratamento sintomático e de suporte, de acordo com o quadro clínico. Antídoto: Atropina pelas vias intramuscular e/ou intravenosa, até atropinização leve. Nunca administre atropina antes do aparecimento dos sintomas de intoxicação. Podem ser administradas oximas, desde que em associação com a atropina. Não são recomendadas a realização de lavagem gástrica e administração de carvão ativado. Em caso de parestesia pode-se fazer uso tópico de vitamina E.

5 – Medidas de Combate a Incêndio

Meios de extinção apropriados: Usar dióxido de carbono (CO2), espuma, pó químico seco ficando a favor do vento para evitar intoxicação. A água pode ser ineficaz no combate ao fogo. Resfriar lateralmente os containeres expostos ao fogo com água. Evitar a contaminação ambiental pelas águas residuais.

Proteção das pessoas envolvidas no combate a incêndio:

Utilizar roupas de proteção adequadas no combate ao fogo e equipamento de respiração autônomo.

6 – Medidas de Controle para Derramamento ou Vazamento

Precauções pessoais

Remoção de fontes de ignição: Afastar de quaisquer fontes de ignição, chamas e calor.



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Controle de poeira: Não aplicável, por se tratar de um produto líquido.

Prevenção da inalação e do contato com a pele, mucosa e olhos:

Utilizar equipamento de proteção individual (EPI). Evitar o contato do produto com a pele, olhos e mucosas. Não manusear embalagens rompidas, a menos que esteja devidamente protegido com a utilização do equipamento de proteção individual.

Precauções ao meio ambiente: Em caso de derramamento ou vazamento, conter imediatamente o material derramado e remover todas as fontes de ignição. Evitar a contaminação de bueiros, drenos e demais corpos d’água pelo produto derramado.

Métodos para limpeza: Isolar e sinalizar a área contaminada. Piso pavimentado: Absorver o produto com areia, terra ou outro material absorvente inerte não combustível. Recolher o material com auxílio de uma pá, evitando a formação de faíscas e colocar em recipiente lacrado e devidamente identificado, para descarte posterior. Lavar o local com água e sabão, tomando medidas preventivas para evitar a contaminação ambiental pelas águas residuais. Solo: Retirar as camadas de terra contaminada, até atingir o solo não contaminado e proceder conforme indicado acima. Para todos os casos acima citados, o produto derramado não deverá mais ser utilizado. Neste caso, contatar a Bimeda-Mogivet Farmacêutica S/A. para devolução e destinação final.

7 – Manuseio e Armazenamento

MANUSEIO

Medidas técnicas apropriadas

Prevenção da exposição do trabalhador: Utilizar EPI. Evitar contato do produto com a pele e mucosas. Seguir as instruções de uso recomendadas na bula. Ao abrir a embalagem, faça-o de modo a evitar respingos.

Prevenção de incêndio e explosão: Manter o produto afastado de fontes de ignição e calor.

Precauções e orientações para manuseio seguro:

Manipular respeitando as regras gerais de segurança e higiene industrial. Utilizar somente as doses recomendadas. Não reutilizar as embalagens vazias. Não lavar embalagens em lagos, fontes, rios e demais corpos d’água. Observar o prazo de validade.

Medidas de higiene apropriadas: Não comer, não beber e não fumar durante o manuseio deste produto. Lavar as mãos e o rosto nos intervalos e após o trabalho. Tomar banho e trocar as roupas ao final do dia de trabalho.

ARMAZENAMENTO

Condições adequadas: Armazenar as embalagens fechadas e em local fresco, seco e ao abrigo da luz solar. Armazenar o produto sempre em sua embalagem original e afastado de alimentos, bebidas, materiais de higiene pessoal e cosméticos. Manter o produto fora do alcance de crianças e animais domésticos.

Condições a serem evitadas: Temperaturas elevadas e fontes de ignição.

Materiais para embalagem

Recomendados: Plástico: PET (tereftalato de polietileno) ou COEX (polietileno coextrusado).

8 – Controle de Exposição e Proteção Individual

Parâmetros de controle específicos

Limites de exposição ocupacional: Butóxido de piperonila: Não estabelecido pela ACGIH (2011).

Cipermetrina: Não estabelecido pela ACGIH (2011).



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Clorpirifós: 0,1 mg/m3 (FIV) (ACGIH, 2011).

Xileno: 100 ppm TLV-TWA; 150 ppm TLV-STEL (ACGIH, 2011).

FIV: Fração Inalável e Vapor

Indicadores biológicos de exposição: Pesticidas inibidores da acetil colinesterase (Clorpirifós): Determinante: Atividade da colinesterase eritrocitária Horário de coleta: Arbitrário BEI: 70% da atividade basal individual (ACGIH, 2011).

Xilenos: Determinante: Ácidos metil-hipúricos na urina Horário da coleta: Final da jornada BEI: 1,5 g/g creatinina (ACGIH, 2011).

Medidas de controle de engenharia: Assegurar ventilação adequada no local de trabalho. Providenciar ventilação local exaustora onde os processos exigirem, chuveiro de emergência e lava-olhos.

Equipamento de proteção individual Apropriado

Proteção dos olhos/face: Óculos de proteção para produtos químicos.

Proteção da pele e do corpo: Luvas de látex, avental de trevira e botas de borracha.

Proteção respiratória: Máscara de proteção com filtro para vapores orgânicos.

9 – Propriedades Físicas e químicas

Estado físico: Líquido.

Cor: Amarelo.

Odor: Característico.

pH: Não disponível.

Ponto de ebulição: Butóxido de piperonila: 180°C a 133,3 Pa (1 mmHg) (HSDB, 2010c). Cipermetrina: 216°C (US EPA, 2008). Clorpirifós: Decompõe-se antes da ebulição (170 a 180°C) (EC, 2005). Xileno: 137 - 140°C (O’NEIL et al, 2001).

Ponto de fulgor: Butóxido de piperonila: 171°C (HSDB, 2010c). Xileno: 29°C (O’NEIL et al, 2001).

Taxa de evaporação: Não disponível.

Inflamabilidade: Inflamável.

Limites de explosividade superior/inferior:

Não disponível.

Pressão de vapor: Butóxido de piperonila: 6,932x10-4 Pa (5,2x10-6 mmHg) a 25°C (HSDB, 2010c). Cipermetrina: 4,93x10-7 Pa (3,07x10-9 mmHg) a 20°C (US EPA, 2008). Clorpirifós: 1,43 10-3 Pa a 20ºC (EC, 2005). Xileno: 895,9238 Pa (6,72 mmHg) a 21°C (ATSDR, 2007).

Densidade de vapor: Não disponível.

Densidade: 1020 - 1060 kg/m3 (1,02 - 1,06 g/mL).

Solubilidade: Miscível em água formando emulsão.

Coeficiente de partição n-octanol/água:

Butóxido de piperonila: Log Kow = 4,95 (US EPA, 2006b). Cipermetrina: Log P = 6,60 (US EPA, 2008). Clorpirifós: Log Pow = 4,7 (20ºC, pH neutro) (EC, 2005). Xileno: Log Kow = 3,12 - 3,2 (US EPA, 2003).



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Temperatura de auto-ignição: Clorpirifós: 258±5°C (EC, 2005).

Xileno: 464°C (ATSDR, 2007).

Temperatura de decomposição: Não disponível.

Viscosidade: Butóxido de piperonila: 0,04 Pa.s (40 cP) a 25°C (HSDB, 2010c). Xileno: 3,4 x 10-4 Pa.s (0,34 cP) a 30°C (THE UNIVERSITY OF AKRON, 2010).

10 – Estabilidade e Reatividade

Estabilidade química: O produto é estável quando armazenado e manuseado adequadamente.

Reatividade: Nenhuma, quando armazenado e utilizado adequadamente.

Possibilidade de reações perigosas: Nenhuma, quando armazenado e utilizado adequadamente.

Condições a serem evitadas: Fontes de ignição e calor.

Materiais ou substâncias incompatíveis:

Agentes oxidantes fortes, ácidos e bases.

Produtos perigosos da decomposição: Cloreto de hidrogênio, cianeto de hidrogênio, óxido de nitrogênio, óxidos de fósforo, óxidos de enxofre.

11 – Informações Toxicológicas

Toxicidade aguda: Não há dados para o produto formulado. Butóxido de piperonila: DL50 oral (ratos): 4570 mg/kg p.c. (US EPA, 2006b). DL50 dérmica (coelhos): > 2000 mg/kg p.c. (US EPA, 2006b). CL50 inalatória (ratos): > 5,9 mg/L/4h (US EPA, 2006b).

Cipermetrina: DL50 oral (ratos): 250 mg/kg p.c. (O’NEIL et al, 2001). DL50 dérmica (coelhos): > 2460 mg/kg p.c. (HSDB, 2010b). DL50 dérmica (ratos): 1600 mg/kg p.c. (HSDB, 2010b). CL50 inalatória (ratos): 2,5 mg/L/4h (HSDB, 2010b).

Clorpirifós: DL50 oral (ratos): 82 mg/kg p.c. (HSDB, 2010a). DL50 dérmica (ratos): 202 mg/kg p.c. (HSDB, 2010a). CL50 inalatória (ratos): 0,56 mg/L/4h (WAGNER, 1999).

Xileno: DL50 oral (ratos): 3523 mg/kg p.c. (ATSDR, 2007). DL50 dérmica (coelhos): > 4350 mg/kg p.c. (ECB, 2000). CL50 inalatória (ratos): 6,35 mg/L/4h (6350 mg/m3/4h) (6350 ppm) (HSDB, 2010d).

Corrosão/irritação da pele: Não há dados para o produto formulado. Butóxido de piperonila: Minimamente irritante dérmico em estudos conduzidos com coelhos (US EPA, 2006b). Cipermetrina: Causou leve a moderada irritação dérmica em animais de experimentação, reversível em 48 horas (US EPA, 2008). Clorpirifós: Causou leve irritação dérmica em coelhos, reversível em 7 dias (US EPA, 2006a). Xileno: Irritante dérmico (ATSDR, 2007).

Lesões oculares graves/irritação ocular:

Butóxido de piperonila: Minimamente irritante ocular em estudos conduzidos com coelhos (US EPA, 2006b).



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Cipermetrina: Causou irritação ocular em animais de experimentação,

foram observadas leve vermelhidão na conjuntiva e quemose persistente por 7 dias (US EPA, 2008). Clorpirifós: Causou leve irritação ocular em coelhos, reversível em 24 horas (US EPA, 2006). Xileno: Irritante ocular (ATSDR, 2007).

Sensibilização respiratória ou da pele: Butóxido de piperonila: Não sensibilizante dérmico em cobaias (CVMP, 1999; MORETTO, 1995). Cipermetrina: Não apresentou potencial para sensibilização dérmica (US EPA, 2008). Clorpirifós: Não apresentou potencial para sensibilização dérmica em animais de experimentação (cobaias) (US EPA, 2006a). Xileno: Não há dados disponíveis em literatura referentes ao potencial de sensibilização.

Mutagenicidade: Butóxido de piperonila: Não foi genotóxico nos estudos realizados in vitro ou in vivo (MORETTO, 1995). Cipermetrina: Não apresentou potencial mutagênico em testes in vitro. Nos testes in vivo, os resultados não foram conclusivos, mas sugerem que a cipermetrina não seja mutagênica (CVMP, 2003). Clorpirifós: Não apresentou potencial mutagênico nos testes in vitro e in vivo (WHO, 2009). Xileno: Não apresentou potencial mutagênico em testes in vitro e in vivo (ATSDR, 2007).

Carcinogenicidade: Butóxido de piperonila: Em estudos com animais de experimentação foram observados efeitos carcinogênicos sobre o fígado e tireoide, porém por mecanismo não genotóxico e com doses elevadas que causaram toxicidade ao fígado (CVMP, 1999; US EPA, 2006b). Cipermetrina: Não apresentou potencial carcinogênico nos estudos conduzidos com animais de experimentação (CVMP, 2003). Clorpirifós: Não apresentou potencial carcinogênico em testes conduzidos com ratos e camundongos. É improvável que apresente risco para humanos (WHO, 2009). Xileno: Não há dados adequados para avaliar o potencial carcinogênico para humanos (ATSDR, 2007).

Toxicidade à reprodução e lactação: Butóxido de piperonila: Não apresentou embriotoxicidade nem teratogenicidade nos estudos conduzidos com animais de experimentação. Foram observados resíduos no leite materno após administração oral a animais de experimentação, porém não é possível avaliar a relevância deste dado (CVMP, 1999; MORETTO, 1995). Cipermetrina: Não é teratogênica, nem causou efeitos para a reprodução em estudos conduzidos com animais de experimentação (US EPA, 2008). Clorpirifós: Após análise dos dados disponíveis, verificou-se que os efeitos tóxicos para o desenvolvimento e reprodução em estudos conduzidos com ratos ocorreram apenas em doses em que houve toxicidade materna (EC, 2005). Xileno: Há poucos estudos relacionados aos efeitos do xileno para a reprodução humana, dentre os quais há alguns dados que indicam que pode causar aborto, hemorragia e infertilidade. Em animais de experimentação, há evidências de efeitos tóxicos ao feto, porém geralmente estão associados à toxicidade materna (HSDB, 2010). O xileno pode atravessar a barreira placentária e ser secretado no leite (ATSDR, 2007).



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Toxicidade sistêmica para certos órgãos-alvo - exposição única:

Butóxido de piperonila: Após exposição aguda a concentrações elevadas, foram observadas secreção nasal e dificuldade respiratória (MORETTO, 1995). Cipermetrina: Após exposição aguda, podem ser observados efeitos neuromusculares, tais como tremores e redução da atividade motora (US EPA, 2008). Clorpirifós: Causa inibição da enzima acetilcolinesterase e consequente crise colinérgica com náuseas, vômitos, diarreia, miose (contração das pupilas), broncoespasmo, salivação e fasciculações musculares (HSDB, 2010a). Xileno: Pode causar depressão do sistema nervoso central, dor de cabeça, tontura e dificuldade respiratória (HSDB, 2010d).

Toxicidade sistêmica para órgão-alvo específico - exposições repetidas:

Butóxido de piperonila: Em estudos de curto e longo prazo, conduzidos com animais de experimentação, o órgão alvo foi o fígado (CVMP, 1999; MORETTO, 1995). Cipermetrina: Foram observados efeitos neuromusculares como tremores, ataxia, incoordenação e diminuição da atividade motora em estudos conduzidos com animais de experimentação (US EPA, 2008). Clorpirifós: Pelo fato da inibição da enzima acetilcolinesterase não aumentar com o tempo, e ser dependente da concentração máxima alcançada, a descrição acima (toxicidade sistêmica - exposição única) também se aplica neste item. Xileno: Após exposições repetidas e prolongadas pode causar alterações sobre os rins e fígado, além de depressão do sistema nervoso central, dor de cabeça, tontura e dificuldade respiratória (HSDB, 2010d).

Perigo por aspiração: Xileno: A aspiração pulmonar pode causar pneumonite, edema pulmonar, hemorragia e insuficiência respiratória (HSDB, 2010d).

12 – Informações Ecológicas

Efeitos ambientais, comportamentos e impactos do produto:

Ecotoxicidade:

Toxicidade para algas: Não há dados para o produto formulado. Cipermetrina: CE50 (72h): > 0,1 mg/L (Pseudokirchneriella subcapitata) (PPDB, 2011b).

Toxicidade para microcrustáceos: Não há dados para o produto formulado. Butóxido de piperonila: CE50 (48h): 0,51 mg/L mg/L (Daphnia magna) (US EPA, 2006b).

Cipermetrina: CE50 (48h): 0,0003 mg/L (Daphnia magna) (PPDB, 2011b).

Clorpirifós: CE50 (48h): 0,0001 mg/L (Daphnia magna) (PPDB, 2011a).

Xilenos: CE50 (48h): 0,6 mg/L (Gammarus lacustris) (ECB, 2000).

Toxicidade para peixes: Não há dados para o produto formulado. Butóxido de piperonila: CL50 (96h): 1,9 mg/L (Oncorhynchus mykiss) (US EPA, 2006b).

Cipermetrina: CL50 (96h) = 0,0009 mg/L (Oncorhynchus mykiss) 0,0028 mg/L (Salmo gairdneri) (PPDB, 2011b).

Clorpirifós: CL50 (96h) 0,0013 mg/L (Oncorhynchus mykiss) (PPDB, 2011a).



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Xileno:

CL50 (96h): 13,5 mg/L (13500 g/L) (Oncorhynchus mykiss) (HSDB, 2010d).

Persistência e degradabilidade: Butóxido de piperonila: É rapidamente degradado no meio ambiente (US EPA, 2006b). Cipermetrina: É altamente persistente em sedimentos aquáticos (US EPA, 2008). Apresenta rápida biodegradação sob condições aeróbicas (HSDB, 2010b). Clorpirifós: No solo apresenta-se persitente na ausência de luz e lentamente degradável sob condições aeróbicas e anaeróbicas (US EPA, 2006a). Xileno: É lentamente degradado em condições anaeróbicas, sendo mais rapidamente degradado em condições aeróbicas (HSDB, 2010d).

Potencial bioacumulativo: Butóxido de piperonila: Apresenta potencial para bioconcentração em organismos aquáticos, porém é rapidamente metabolizado (HSDB, 2010c). Cipermetrina: Apresenta alto potencial de bioconcentração em organismos aquáticos (HSDB, 2010b). Clorpirifós: É esperado que apresente moderado a alto potencial de bioconcentração em organismos aquáticos (HSDB, 2010a). Xileno: Apresenta baixo potencial de bioconcentração em organismos aquáticos (HSDB, 2010d).

Mobilidade no solo: Butóxido de piperonila: É esperado que apresente baixa a moderada mobilidade no solo (HSDB, 2010c). Cipermetrina: Não apresenta mobilidade no solo (HSDB, 2010b). Clorpirifós: Apresenta alta adsorção ao solo e consequente baixa a nenhuma mobilidade no solo (HSDB, 2010a). Xileno: Pode apresentar moderada a alta mobilidade no solo (HSDB, 2010d).

13 – Considerações sobre Tratamento e Disposição

Métodos recomendados para tratamento e disposição

Produto e restos de produtos: Não descartar o produto ou restos de produto em sistemas de esgotos e cursos d’água. Manter as eventuais sobras dos produtos em suas embalagens originais adequadamente fechadas. Métodos preconizados pela empresa para disposição de embalagens e restos de produtos: co-processamento e/ou incineração.

Embalagens usadas: Não reutilizar embalagens vazias. A destinação inadequada das embalagens vazias e restos de produtos no meio ambiente causa contaminação do solo, da água e do ar, prejudicando a fauna, a flora e a saúde das pessoas. Observar a legislação local.



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14 – Informações sobre transporte

Regulamentações nacionais e internacionais:

Transporte terrestre (*) Número ONU: 2903

Nome apropriado para o embarque:

PESTICIDA LÍQUIDO, TÓXICO, INFLAMÁVEL, N.E. com PFg igual ou superior a 23°C (Butóxido de piperonila/Cipermetrina/ Clorpirifós/ Xileno)

Classe ou subclasse de risco: 6.1

Classe de risco subsidiário: 3

Número de risco: 63

Grupo de embalagem: III

*Decreto n°. 96.044 de 18 de maio de 1988. Resolução n° 420 de 12 de fevereiro de 2004.

Transporte marítimo (*) Número ONU: 2903


PESTICIDE, LIQUID, TOXIC, FLAMMABLE, N.O.S. flashpoint not less than 23°C (Chlorpyrifos/ Cypermethrin/ Piperonyl butoxide/ Xylene)




Poluente marinho: Yes

Ems: F-E, S-D

*IMDG Code 2010 Edition (IMO – International Maritime Organization).

Transporte aéreo (*) Número ONU: 2903


Pesticide, liquid, toxic, flammable, n.o.s. flashpoint 23°C or more (Chlorpyrifos/ Cypermethrin/ Piperonyl butoxide/ Xylene)




*DGR IATA 52nd Edition, 2011 (Dangerous Goods Regulations – International Air Transport Association).

15 – Regulamentações

Nacionais: Esta Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) foi preparada de acordo com ABNT NBR 14725-4: 2009, versão corrigida 2: 2010. (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

16 – Outras Informações

Limitações e Garantias: As informações contidas nessa ficha correspondem ao estado atual do conhecimento técnico-científico Nacional e Internacional deste produto. As informações são fornecidas de boa fé, apenas como orientação, cabendo ao usuário a sua utilização de acordo com as leis e regulamentos federais, estaduais e locais pertinentes.

Referências bibliográficas:

AGENCY FOR TOXIC SUBSTANCES AND DISEASE REGISTRY (ATSDR). Toxicological Profile for Xylene. Atlanta, United States of America: U.S. Department of Health and Human Services, 2007. Disponível em: <http://www.atsdr.cdc.gov/toxprofiles/tp71.pdf>. Acesso em: 22 set. 2011.



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AMERICAN CONFERENCE OF GOVERNMENTAL INDUSTRIAL HYGIENISTS (ACGIH).

Threshold Limit Values (TLVs®) and Biological Exposure Indices (BEIs®). Cincinnati, OH, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14725-1: Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 1: Terminologia. Rio de Janeiro, Brasil, 2010. Versão corrigida.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14725-2: Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 2: Sistema de classificação de perigo. Rio de Janeiro, Brasil, 2009.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14725-3: Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 3: Rotulagem. Rio de Janeiro, Brasil, 2010. Versão corrigida.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 14725-4: Produtos químicos: Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente: Parte 4: Ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ). Rio de Janeiro, Brasil, 2010. Versão corrigida.

Banco de dados PLANITOX – The Science-based Toxicology Company.

BRASIL. Decreto n° 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Diário Oficial [da] União, Poder Executivo, Brasília, DF, 19 maio 1988.

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Abreviações: BEI - Índices Biológicos de Exposição (Biological Exposure Indices).

CAS - Chemical Abstract Service.

CE50 - Concentração efetiva do agente químico que causa inibição de 50% da biomassa em relação ao controle, nas condições de teste.

CL50 - Concentração que resulta em morte de 50% dos animais de experimentação.

DL50 - Dose administrada que resulta em morte de 50% dos animais de experimentação.

EPI - Equipamento de proteção individual. TLV-TWA - Limite de exposição – média ponderada pelo tempo (Exposure Limit - Time

Weighted Average).

TLV-STEL - Limite de exposição – exposição de curta duração (Short-Term Exposure Limit).

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