TÍTULO: A INFLUÊNCIA DO USO DA BANDAGEM ELÁSTICA...
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TÍTULO: A INFLUÊNCIA DO USO DA BANDAGEM ELÁSTICA KINESIOTAPING NO TESTE DEIMPULSÃO VERTICAL EM ATLETAS DE BASQUETEBOLTÍTULO:
CATEGORIA: CONCLUÍDOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDEÁREA:
SUBÁREA: FISIOTERAPIASUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZESINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): BEATRIZ GUEDES DE SANTANA, MAIRA SUELEN RODRIGUES DOS SANTOSAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): LEANDRO LAZZARESCHIORIENTADOR(ES):
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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
BEATRIZ GUEDES DE SANTANA
MAIRA SUELEN RODRIGUES DOS SANTOS
A INFLUÊNCIA DO USO DA BANDAGEM ELÁSTICA KINESIOTAPING NO TESTE
DE IMPULSÃO VERTICAL EM ATLETAS DE BASQUETEBOL
Relatório final apresentado ao Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação Científica
(PIBIC) da UMC.
Orientador: Profº. Ms. Leandro Lazzareschi
Co-orientador: Profº. Rodrigo Sousa Nilo de Araújo Aguiar
Mogi das Cruzes, SP
(Agosto 2014/Julho 2015)
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1. INTRODUÇÃO
Com a tentativa de melhorar a qualidade dos movimentos e atividades
musculares executados nos desportos, surgi o método Kinesio taping® (AMARAL;
PEREIRA, 2012).
O método Kinesio Taping® foi idealizado por Kenzo Kase por volta de 1970.
Consiste na aplicação direta da bandagem elástica sobre a musculatura de um
determinado segmento corporal. O método utiliza uma fita, fina e elástica que pode ser
tensionada em cerca de 120 até 140% de seu comprimento original, sendo aplicada em
tendões ou músculos e trazendo mais liberdade de movimentos ou maior restrição de
movimentos inadequados para o indivíduo que faz uso deste material em comparação
com bandagens convencionais. Kinesio taping®, é uma técnica com a proposta de
reduzir espasmos e dores musculares, corrigir a função motora dos músculos, aumentar
a circulação sanguínea, linfática e propriocepção por meio da estimulação constante dos
mecanoceptores cutâneos, bem como prevenir lesões no esporte (DEBELISO et al,
2004).
Devida técnica pode ser aplicada teoricamente em qualquer músculo ou
articulação do corpo, podendo ser mantida por até 4 dias, sem que interfira com a
higiene diária e sem modificar a propriedades do seu adesivo (KASE K.; KASE T.;
WALLIS, 2003). A aplicação é amplamente utilizada para prevenir lesões atléticas
(CAMBIER et al, 2002).
Acredita-se que o método Kinesio taping® aumente a propriocepção,
normalizando o tônus muscular, reduzindo a dor, corrigindo os posicionamentos
inapropriados e estimulando a ação de receptores cutâneos (BIALOSZEWSKI;
DWORNIK; SLUPIK, 2007). O aumento da estimulação somatossensorial, dado pelo
seu uso, pode melhorar o sistema de controle postural do atleta e antecipar seu retorno
ao desporto (DEBELISO et al, 2004).
Hipóteses sobre o efeito da aplicação da bandagem Kinesio Taping®, em
primeiro lugar, no músculo aumentaria a força muscular, em segundo lugar, seria de que
o mecanismo melhora a função proprioceptiva aumentando a sensação de ativação da
força através dos receptores musculares após aplicação da bandagem (CHANG et al,
2010).
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Para avaliação dos efeitos da Kinesio Taping® neste estudo, a musculatura
flexora de joelho e flexão plantar de tornozelo responsável pela impulsão foi escolhida
devido à sua localização e forma de mensuração de força (PUTS, R.; PABTS, R. 2000).
A utilização de testes de saltos verticais tem como o objetivo avaliar as respostas
do treinamento no basquetebol, tendo como base de sustentação, a peculiaridade quanto
às exigências do jogo, como por exemplo, as ações de “bloqueios”, “rebotes”, “passes”
e “arremessos” (AMADIO et al 2012).
Os mecanismos fisiológicos de ação propostos pelo Kinesio Taping® tem como
proporcionar estímulo tátil através da pele e ativação/inibição de mecanoreceptores, que
ocasionam alterações fisiológicas no local da aplicação da bandagem, melhora da
circulação sanguínea e aumento na propriocepção, aumentam a excitabilidade e alteram
o padrão de contração muscular (VECCHIO; ZANCHET, 2013).
Jaraczewska e Long (2006) relatam que a Kinesio Taping® pode facilitar ou
inibir a função muscular, corrigir a função muscular fortalecendo os músculos
debilitados, aliviar a tensão dos músculos anormais, assim, ajudando a devolver a
função muscular e da fáscia.
Segundo Kase K.; Kase T.; Wallis (2003), a Kinesio Taping® promove
estímulos sensoriais e mecânicos duradores e constantes na pele, que mantém a
comunicação com os tecidos mais profundos através de mecanoreceptores encontrados
na epiderme e derme, produzindo vários efeitos, tais como promover auxílio na
contração muscular e aumento da propriocepção.
O basquetebol foi criado na cidade de Springfield no ano de 1891 pelo professor
de educação física James Naismith, o esporte surgiu a partir do intuito de permitir a
pratica de atividades físicas no inverno rigoroso, onde o mesmo deveria ser praticado no
interior de algum ambiente, pois as situações climáticas não proporcionava que o
mesmo fosse praticado ao ar livre (PIRES, 2004).
O jogo de basquetebol até o ano de 1894 era praticado com uma bola de futebol
que foi substituída por uma bola especifica produzida pela CHICOPEE FALLS, da
Massachusets. Além disso, neste mesmo ano foi introduzido na regra o lance-livre
(SILVA, 2007).
No ano de 1896 o basquetebol foi trazido para o Brasil, pelo norte americano e
missionário Augusto F. Shaw. No inicio o esporte que até então não era muito
popularizado pelo mundo não teve uma aceitação muito grande em nosso país, já hoje, é
reconhecido nacionalmente por diferentes faixas etárias, e o esporte já está ligado a
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diferentes clubes esportivos, aos qual a maioria está ligada a competições esportivas
nacionais, onde os atletas ficam expostos a treinamentos de alto nível (PIRES, 2004).
Nestes treinamentos os atletas ficam expostos a situações de jogo nas quais são
comuns movimentos com precisão e rapidez, sendo de extrema importância para o seu
desenvolvimento das habilidades, entre estes treinamentos estão exercícios como,
mudanças de direções, explosões de velocidade, saltos repetitivos, entre outros, todos
trabalhando em prol de um treinamento que proporcione reproduzir as capacidades
exigidas no jogo (GOMES, 2008).
Dentro da complexidade técnico-tática deste desporto, surgiram funções
específicas dos jogadores (armador, ala e pivô) com um papel distinto no jogo.
(OKAZAKI et al, 2004).
Os armadores são responsáveis por organizar taticamente as jogadas ofensivas e
possui e possui uma grande utilização da técnica de drible e de passe. Os alas são
jogadores normalmente de média estatura e grande velocidade. Atuam nas laterais da
quadra e possuem como característica os arremessos. Os pivôs tendem a serem os
jogadores com maior estatura, massa e força. Atuam mais próximo à cesta e são
caracterizados pelos rebotes e bloqueios (tocos) (OKAZAKI et al, 2007).
Com a evolução do basquetebol, virando uma modalidade competitiva se tornou
necessário o desenvolvimentos de habilidades especificas como saltos, e movimentos de
alta velocidade e precisão gerando assim um aumento significativo de lesões nos
músculos responsáveis por essas ações nos últimos anos (ROMANI; SILVA;
FORNAZZARI; 2009).
O salto com impulsão vertical é um movimento com base muito importante para
diversos gestos técnicos em diversas modalidades, e muitas vezes uma execução
adequada deste movimento tem alto fator decisivo para o sucesso na precisão de alguns
movimentos técnicos. No basquetebol a execução deste tipo de salto serve como base
para movimentos como, arremessos em suspensão, rebotes, bandejas, entre outros
(OLIVEIRA; SILVA, 2003).
A utilização dos testes de salto verticais é bastante utilizada com o objetivo de
monitorar ou avaliar as respostas do treinamento no basquetebol, desta forma conseguir
avaliar a forma com que a musculatura de cada atleta reage ao movimento (AMADIO et
al, 2012).
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Avaliar os efeitos do método Kinesio Taping® no teste de impulsão vertical do
basquete.
2.2 Objetivos Específicos
Identificar possíveis alterações na força muscular de gastrocnêmio.
Avaliar possíveis influências psicológicas sobre os resultados.
Verificar os efeitos imediatos e retardados da aplicação da bandagem relevantes na
aplicação clínica.
3. MATERIAIS E MÉTODO
a. PLANO DE TRABALHO E MÉTODO
O presente estudo foi caracterizado como um ensaio clínico randomizado – ECR.
b. População
Neste estudo foram avaliados 9 indivíduos do gênero masculino com idade entre 15 a
19 anos.
Os atletas foram divididos em dois grupos sendo:
Pacientes do Grupo 1 (G1): os atletas deste grupo receberam aplicação da fita
Kinesio Taping® com inibição muscular;
Pacientes do Grupo 2 (G2): os atletas deste grupo receberam aplicação da fita
Kinesio Taping® sem técnica muscular (controle);
c. Avaliação
A avaliação do teste de impulsão antes e após a aplicação da fita Kinesio Taping® foi
realizada por um avaliador cego, que desconhecia qual grupo o paciente pertenceu.
Para se ter maior fidelidade ao ECR, os atletas não souberam qual técnica de aplicação
foi realizada, com isso o mesmo foi cego em relação a intervenção.
Com isso este ECR foi caracterizado como duplo cego.
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3.1 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Teste de impulsão vertical:
Foi utilizado o teste de impulsão vertical (Freitas, 2004). Onde os atletas realizaram
séries de três saltos e ao final considerou-se o que obteve maior resultado. Colocou-se
uma fita métrica presa na parede a partir de 1,5 metros de altura do solo, de lado para a
fita, com os dedos sujos de pó de giz da mão dominante, o atleta realizou uma marca
antes de saltar, com a palma dos dedos suja de pó de giz, depois de feito isso, o mesmo
saltou o mais alto possível e fez outra marca de giz com a palma dos dedos na fase aérea
que atingiu a maior altura da fita métrica.
Os atletas que foram avaliados posicionaram os pés ao lado da parede, conservando os
calcanhares em contato com o solo. Ao sinal verbal do pesquisador, o atleta realizou o
salto encostando as polpas dos dedos no ponto mais alto de sua fase aérea, fazendo
assim uma marcação na fita métrica. O resultado foi registrado medindo-se a distância
entre a primeira e a segunda marca.
Durante os saltos para validação, não houve corridas, marchas, ou saltitos, sob pena de
invalidação do teste.
Após a validação dos 3 saltos, foi considerado o salto em que o atleta obteve o maior
resultado. E os demais foram descartados.
Os testes foram realizados logo após um aquecimento de 5 minutos, no qual os atletas
realizaram alongamentos evidenciando os membros inferiores, e pequeno trote ao redor
da quadra de basquetebol.
3.2 Randomização
A randomização foi realizada em três etapas:
3.2.1 Primeira etapa
Cada indivíduo incluído neste estudo recebeu um número de ordem, consecutivo de 1 a
11. Doze envelopes escuros foram numerados de 1 a 11 pedaços de cartolina de 10 x 5
cm e em 6 deles grafou-se G1 (inibição); e em 6 deles, G2 (controle). Os cartões foram
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dobrados de forma que o que se grafou fique na parte interna, impossibilitando a leitura
por transparência.
3.2.2 Segunda etapa
Foram recortados 11 pedaços de papel 1x1 cm de uma folha A4 e grafou-se na parte
interna números de 1 a 11 consecutivamente, impossibilitando a visualização. A seguir,
os 11 papéis serão dobrados e colocados em uma pequena caixa e agitados por 1
minuto. Após, os 11 papéis foram divididos em dois grupos de 15 cada, produzindo
assim 02 conjuntos de números aleatoriamente obtidos. Cada conjunto de números
randômico foi designado G1, G2.
Os 11 cartões dobrados e previamente preparados foram colocados no interior dos
envelopes, segundo sua designação e grupos numéricos a que pertenciam. Os envelopes
foram selados e organizados novamente em ordem crescente de 1 a 11 e colocados em
uma caixa, a partir da qual se procederam aos agendamentos dos pacientes.
3.2.3 Terceira etapa
Uma vez admitido no estudo, o indivíduo foi registrado num livro, recebendo um
número sequencial. Chegando ao local pré-estabelecido para secretariar o estudo, o
envelope que corresponde àquele número foi aberto, permitindo-se a alocação, na
dependência do que contiver o envelope do ATLETA para um dos 02 (dois) grupos.
4. INTERVENÇÃO
Após a randomização dos grupos a intervenção foi realizada através da seguinte
rotina: No primeiro dia foi realizado o teste de impulsão vertical, e, logo após a
aplicação da fita. No segundo dia após 24hrs o atleta realizou o teste de impulsão
vertical. No terceiro dia após 48hrs o atleta repetiu o teste de impulsão vertical. No
quarto dia após 72hrs o atleta refez o teste de impulsão vertical e logo após retirou a fita.
E no quinto e último dia após 96hrs o atleta realizou o teste de impulsão vertical 24hs
após a retirada da fita.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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Durante a coleta de dados de (Novembro de 2014 a Fevereiro de 2015), fora
utilizada uma amostra de 11 sujeitos no estudo, com idade de 15 a 19 anos, sendo que, 2
sujeitos não compareceram para as três condições de avaliação e foram excluídos da
análise. Participaram 9 sujeitos, sendo 100% da amostra utilizadas neste estudo
pertencia ao gênero masculino. A média geral de idade foi de 17,33 anos (mínimo 15;
máximo 19) (Tabela 1).
Tabela 1: Caracterização da amostra quanto à idade e gênero.
A Figura 1 está relacionada à avaliação, notou-se que ocorreu uma leve
tendência de diminuição do desempenho na condição do salto de impulsão vertical entre
24hs e 48hs, quando comparado às 72hs e 96hs.
Figura 1: Comparação das médias do teste de impulsão vertical dos atletas
do grupo onde foi inibida a musculatura
Voluntário Idade Gênero
1 17 Masculino
2 17 Masculino
3 18 Masculino
4 17 Masculino
5 17 Masculino
6 19 Masculino
7 15 Masculino
8 19 Masculino
9 17 Masculino
AMOSTRA
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Jaraczewska e Long (2006), relatam em seu estudo que a Kinesio Taping®
pode facilitar, inibir e adequar à função muscular fortalecendo os músculos fracos,
diminuir a tensão dos músculos com alterações, auxiliando a correção da função
muscular e da fáscia.
Na Figura 2, notou-se que ocorreu uma oscilação entre todos os períodos de
avaliação, porém se manteve razoavelmente estável. Portanto, acredita-se que pode ter
ocorrido influências de alguns fatores tais como: etnia, biótipo, treinos de segunda a
sábado, dedicação aos treinos, podendo variar de 01h30min a 2hs de treino; musculação
de segunda a sábado; membros que foram exercitados no dia; tempo de musculação,
sendo que a média de tempo em treino é de 1,43 (de 1h à 2hs) e influências
psicológicas.
Figura 2: Comparação das médias do teste de impulsão vertical dos atletas do grupo controle
A Tabela 2 e 3 refere-se aos resultados apresentados do grupo que inibiu a
musculatura. Somente 10% obteve a inibição em 24hs, logo em 48hs, os voluntários
apresentaram uma leve tendência a uma diminuição de 50%, sendo que, um dos
voluntários manteve uma inibição entre 48hs e 72hs, em 72hs, apenas 30% teve o efeito
da inibição e somente 10% dos voluntários inibiram em 96hs.
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Tabela 2: Medidas de altura máxima atingida no teste de impulsão vertical
em todas as fases do grupo que inibiu a musculatura
Tabela 3: Medidas de altura máxima considerando o teste de impulsão vertical
em todas as fases do grupo que inibiu a musculatura
Tabela 4: Medidas de altura máxima atingida no teste de impulsão vertical em todas as fases do grupo sem
técnica muscular
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Tabela 5: Medidas de altura máxima considerando o teste de impulsão vertical em todas as fases do grupo sem
técnica muscular.
Resultados referentes à tabela 4 e 5, tanto quanto oscilatórios, porém fora
aplicada as fitas sem quaisquer tensões, pois segundo o (Nakajima e Baldridge;
2013) o grupo controle é somente a aplicação da bandagem no músculo, sem
tenciona-la, mas assim como os receptores cutâneos são ativados na colocação das
outras técnicas da Kinesio Taping®, no grupo controle também ocorreram os
mesmos efeitos, pois é o que esperasse ao aplicar a bandagem elástica no músculo,
porém sem tensão da fita.
Segundo Cabreira, Coelho e Quemelo (2014) acredita-se que os efeitos
fisiológicos da Kinesio Taping®, ao ser aplicada são: enviar estímulos sensoriais por
meio de mecanorreceptores localizados na derme e na epiderme, resultando em uma
resposta eficaz segundo a localização desejada .
Ainda sim a Kinesio Taping® tem a finalidade de proporcionar: adequação
da função muscular, estímulo cutâneo com o objetivo de ativar ou inibir o
movimento, contribuição para a diminuição do edema, correção de alterações
articulares, diminuição da dor pelo trajeto neural (PAOLONI, BERNETTI,
FRATOCCHI, MANGONE, PARRINELO, DEL PILAR COOPER; 2011;
CASTRO-SÁNCHEZ, LARA-PALOMO, MATARÁN-PEÑARROCHA,
FERNÁNDEZ-SÁNCHEZ, SÁNCHES-LABRACA, ARROYO-MORALES; 2012
;. KAYA, ZINNUROGLU, TUGCU.; 2011).
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Vários estudos exploraram o efeito da Kinesio Taping® sobre a força
muscular em populações dissemelhantes (VITHOULKA, et. al. 2010.
MOHAMMADI, et. al. 2010. CHANG. et. al. 2010. LEE. et. al. 2010.). Esses
estudos apresentam resultados contraditórios quanto ao benefício da bandagem
sobre essa inconstante. No mesmo raciocínio, o objetivo desse estudo é avaliar os
efeitos do método Kinesio Taping® no teste de impulsão vertical do basquete. Com
base nos nossos resultados, não foi possível comprovar que os grupos obtiveram
uma relevância significativa, visto que, aconteceram pequenas oscilações impedindo
que chegássemos a um resultado conclusivo. Sendo que, na inibição ocorreu uma
alteração quando medido em 48hs (2,94), em que 50% dos voluntários apresentaram
uma leve tendência a uma diminuição razoavelmente estável, porém não podemos
levar em consideração esses resultados.
Conforme Iglesias, Peñas, Cleland, Huigbregts (2009) foi realizado um
ensaio randomizado, com 21 mulheres, onde utilizaram uma escala de avaliação de
dor Mixed, em que todas estavam com dores agudas somando 11 pontos, com isso
foram divididos em dois grupos, em que um grupo recebeu a Kinesio Taping® com
tensão e o outro grupo sem tensões (controle) ambas com dores na cervical. Em
24hs de acompanhamento foi realizado uma nova avaliação com um avaliador cedo,
as análises foram feitas pelo ANOVAs em cada variável de resultado. Todas as
pacientes que relataram as dores agudas exibiram uma melhora estatisticamente
significativa independente da forma de aplicação. No entanto as melhorias foram
pequenas e não podem ser clinicamente significativas.
De acordo com o nosso estudo, apenas obtivemos um resultado inibitório
em 48hs, com uma leve tendência a diminuição, diferente do estudo acima que
relatou efeito em 24hs. Neste estudo analisamos que, houve no grupo controle, um
efeito contraditório do que é proposto para a Kinesio Taping®, quando se fala em
controle estamos dizendo de uma fita sem tensão, ou seja, sem efeito de inibição ou
facilitação do movimento, espera-se que o voluntário permaneça realizando os
movimentos normais sem nenhuma alteração da força e função muscular, mantendo
os resultados, mas não podemos negligenciar o fato de que o voluntário com uma
fita terá uma influência, a ativação dos mecanorreceptores, informando que tem algo
ali, mas que não ocasionará efeito, com isso chegamos a um consenso de que o
psicológico possa ter alterado o resultado, mediante que eles não tiveram
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informações quanto ao efeito da fita, outrossim, foi levado em consideração, o fato
de que se indivíduo salta três vezes seguidos, durante cinco dias terá alteração nos
saltos, não obtendo o mesmo resultado comparando aos saltos anteriores.
Segundo Michels, Ruzzon e Júnior (2007) o efeito controle é algo que
objetivamente não deveria ocorrer somente manter, pois são ações provenientes do
psicológico que não fazem uso de um principio ativo, sendo que este efeito mostra o
quanto o pensamento modifica o funcionamento do corpo. Um estímulo sensorial,
seja ele interno ou externo, alcança um receptor e ocasiona modificações das
condições orgânicas e, em ilação, uma resposta que pode ser motora, secretora ou
vegetativa. Além disso, pode fazer com que substâncias sem atividade provoquem
efeitos que delas não dependem.
6. CONCLUSÃO
O presente estudo, verificou-se que do grupo que inibiu a musculatura,
somente 10% obteve a inibição em 24hs, em 48hs 50% dos voluntários apresentaram
uma leve tendência à inibição, sendo que um dos voluntários manteve uma inibição
entre 48hs e 72hs, porém não foi significativa, em 72hs, apenas 30% obteve uma leve
tendência à inibição, e somente 10% dos voluntários inibiram em 96hs. Ocorreu uma
alteração quando medido em 48hs (2,94), em que 50% dos voluntários apresentaram
uma diminuição razoavelmente estável, porém não podemos levar em consideração
esses resultados. O grupo controle manteve-se apresentando pequenas oscilações, o que
não era esperado para um grupo sem tensão da fita, acredita-se que pode ter sofrido
influências internas e externas mencionadas neste estudo, impedindo que chegássemos
a um resultado conclusivo. Desse modo não foi possível comprovar que os grupos
obtiveram uma relevância significativa, sendo bem escassos estudos que comprovem a
eficiência da Kinesio Taping® para o teste de força muscular em MMII.
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Maira Suelen Rodrigues dos Santos Beatriz Guedes de Santana
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Leandro Lazzareschi