Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de ...... Neste ano alguns dos seguintes...
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Título: Análise de referenciais teóricos de artigos de autores brasileiros sobre
Organização do Conhecimento publicados em revistas de Ciência da Informação
(2006-2013).
1. Introdução Este projeto pretende dar continuidade aos estudos realizados no âmbito da pesquisa
Organização do conhecimento/organização da informação: emergência, condições de
presença e desenvolvimento no contexto brasileiro, ampliando sua abrangência
cronológica e aprofundado a análise dos dados. O mapeamento dos referenciais teóricos
presentes em artigos sobre Organização do Conhecimento e da Informação (OCI) de
autores brasileiros que vimos realizando, permitirá conhecer os fundamentos nos quais se
apoia a pesquisa brasileira sobre o tema. Neste contexto, a pesquisa em OCI está
institucionalizada em Programas de pós-graduação, em linhas de pesquisa. O
conhecimento produzido é publicado em revistas especializadas da área e em anais de
eventos.
Na área da OCI convivem diferentes teorias e métodos de abordagem. Um olhar sobre a
bibliografia e presente nos artigos mostra que as Ciências da Linguagem e a Lógica
fundamentam muitas das pesquisas realizadas. No entanto, poucas são as discussões sobre
as escolas subjacentes às perspectivas dos pesquisadores. Costuma-se afirmar que duas
linhas de força informaram a área: a Documentação europeia e a Information retrieval
norte-americana. Essa visão dicotômica é, porém, esquemática e insuficiente. Um olhar
crítico sobre as teorias e métodos que convivem na teorização sobre a OCI permitirá
discutir a validade dessas perspectivas. Trata-se, portanto, de lançar um olhar
epistemológico sobre a produção publicada e identificar, através da análise de conteúdo,
os referenciais teóricos presentes na literatura publicada. Este estudo poderá contribuir
para a consolidação do próprio campo.
Como mencionado, o projeto de Iniciação Científica é parte da pesquisa Organização do
conhecimento/organização da informação: emergência, condições de presença e
desenvolvimento no contexto brasileiro, da Prof. Nair Kobashi, apoiado pelo CNPq com
Bolsa de Produtividade (Nível 1D).
2. Objetivos O objetivo principal deste projeto é identificar e sistematizar as teorias presentes nos
estudos sobre a Organização da Informação e do Conhecimento, publicados em
periódicos de Ciência da informação do país.
Neste projeto de Iniciação Científica caberá ao bolsista:
a) dar continuidade ao levantamento da literatura publicada no período 2006-2013,
constituindo um banco de dados.
b) mapear os referenciais teóricos presentes na literatura publicada e analisá-los
objetivando sua sistematização.
3. Preparação para a pesquisa Neste ano alguns dos seguintes itens bibliográficos foram fruto de discussão, servindo de
preparação para a pesquisa: Bardin (2009); González de Gomez (1996, 2009); Kobashi
(2008); Kondo (1998); Latour (2000); López-Huertas (2002, 2007); Macias-Chapula
(1998); Okubo (1997); Parlemit; Polity (2002); Santos; Kobashi (2005); Krippendorf
(1990); Bauer (2002). São estudos focados nos temas Organização da Informação e do
Conhecimento e Estudos métricos da informação.
Estas leituras e os seminários de pesquisa desenvolvidos pretendem contribuir para um
melhor entendimento da teoria da Organização da Informação e do Conhecimento e dos
2
Estudos Métricos, dentro da Ciência da Informação, e das bases metodológicas da
pesquisa.
Além das leituras teóricas, seminários específicos a respeito das ferramentas para
produção de gráficos e estatísticas serão realizados. Tais instrumentos são, basicamente,
softwares bibliométricos e estatísticos.
4. Metodologia A pesquisa, de natureza exploratória, terá abordagem quantitativa e qualitativa,
fundamentados na Análise de conteúdo. O corpus da pesquisa será tratado por métodos
quantitativos e qualitativos. Os métodos quantitativos serão aplicados para identificação
das referências bibliográficas dos artigos. A análise de conteúdo permitirá identificar as
citações diretas presentes nos artigos e sua sistematização temática.
O corpus global da pesquisa de Iniciação Científica será constituído de referências
bibliográficas de artigos publicados em periódicos nacionais de Ciência da Informação
do período 2006-2013. Os dados coletados serão padronizados e processados com
softwares bibliométricos e estatísticos.
As principais atividades da pesquisa previstas são:
1. Aprimoramento da utilização dos softwares bibliométricos e estatísticos.
1. Tratamento dos dados coletados na pesquisa em bases de dados de periódicos
nacionais de Ciência da informação.
3. Seleção e padronização dos dados bibliográficos do corpus.
4. Tratamento bibliométrico e representação gráfica dos dados.
5. Análise de conteúdo.
Serão utilizados na pesquisa os seguintes softwares:
- Infotrans- para padronização dos dado.
- Matrisme – para geração de gráficos e cluster.
- Excel e Statistica para tratamento estatístico e representação gráfica.
5. Resultados parciais
O projeto com vigência até julho de 2014, apresentado e aprovado ano passado dentro do Programa de Iniciação Científica sem Bolsa, desenvolveu-se a contento (cf. anexo I).
Alguns resultados parciais e a proposta de continuidade estão apresentados a seguir.
No período de 2013/2014, além de leituras referenciais, realizamos a seleção dos artigos
encontrados na base BRAPCI, de 2006 a 2013. Selecionamos, de início, os artigos nos quais
um dos descritores fosse “organização de domínios”. Por se tratar de atividade principiante,
a escolha do descritor obedeceu ao critério de quantidade, a qual foi de cinco artigos.
Após esta seleção, procedemos à leitura dos artigos e à coleta de definições e/ou contextos
definitórios sobre Organização de domínios (cf. Apêndice I). O mesmo vem sendo feito com
outro descritor, agora “folksonomia”.
6. Resultados esperados
Este projeto permitirá que o aluno de Iniciação Científica:
a) continue sua iniciação nas atividades próprias da pesquisa científica.
b) aprofunde seu conhecimento sobre os aspectos teóricos e metodológicos importantes da
produção de conhecimento em Organização da Informação e do Conhecimento.
c) produza um banco de dados com definições e contextos definitórios sobre temas
pesquisados em Organização do conhecimento.
3
7. Cronograma 1º. bimestre - Seminários de pesquisa: Estudo do referencial teórico e metodológico
Treinamento em softwares bibliométricos
2º. bimestre - Seminários de pesquisa: Estudo do referencial teórico e metodológico
- Padronização dos dados
- Análise dos dados
3º. bimestre -Seminários de pesquisa
- Elaboração do relatório intermediário da pesquisa
4º. bimestre - Seminários de pesquisa
- Análise dos dados
- Sistematização dos dados
5º. bimestre - Análise e sistematização final dos dados
6º. bimestre - Elaboração do relatório final da pesquisa
8. Bibliografia preliminar BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal: Edições 70, LDA, 2009.
BAUER, M. W. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: Bauer M.W, Gaskell G.
Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. 3a ed. Petrópolis
(RJ): Vozes, 2002. p.189-217.
COSTA, N. C. A. O conhecimento científico. São Paulo: Fapesp/ Discurso Ed., 1977.
FOUCAULT, M. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Rio
de Janeiro: Forense, 2000.
FROHMANN, B. The Role of the Scientific Paper in Science Information Systems.
University of Western Ontario, Ontario. Disponível em:
<http://instruct.uwo.ca/faculty/Frohmann>. Acesso em: 8 jul. 2009.
GONZÁLEZ DE GÓMES, Maria N. O contrato social da pesquisa: em busca de uma nova
equação entre a autonomia epistêmica e autonomia política. DataGramaZero - Revista de
Ciência da Informação, v.4, n.1, fev. 2003. Disponível em: <http://datagramazero.org.br>.
Acesso em: 20 jul. 2009.
GONZÁLEZ DE GÓMEZ, Maria N. Da Organização do Conhecimento às Políticas de
Informação. Informare, Rio de Janeiro, v.2, n.2, p.58-66, 1996.
KOBASHI, Nair Yumiko. Linguística textual e elaboração de informações documentárias:
algumas reflexões. In: GASPAR, Nádea Regina; ROMÂO, Lucília Maria Souza. (Org.).
Discurso e texto: multiplicidade de sentidos na Ciência da Informação. 1 ed. São
Carlos: EduFscar, v. 1, 2008, p. 47-66.
KONDO, E. K. Desenvolvendo indicadores estratégicos em ciência e tecnologia: as
principais questões. Ciência da Informação, Brasília, v. 27, n. 2, p. 128-133, maio/ago.
1998.
KRIPPENDORF, K. Metodología de análisis de contenido: teoria y práctica. Buenos
Aires: Paidós, 1990.
4
LAVILLE, C.; DIONNE, J. A construção o saber: manual de metodologia da pesquisa em
Ciências sociais.Porto Alegre: Artmed/Ed. UFMG, 1999.
LÓPEZ-HUERTAS, M.J. Gestión del conocimiento multidimensional en los sistemas de
organización del conocimiento. In: Actas del VIII CONGRESO ISKO- ESPAÑA. La
interdisciplinariedad y la transdisciplinariedade en la organización del conocimiento
científico/Interdisciplinarity and transdisciplinarity in the organization of scientific
knowledge. 1 ed. León: Universidad de León, 2007, v. 1, p. 1-26.
NOYONS, E. C. M. Bibliometric mapping as a science policy and research
management tool. Thesis, Leiden: DSWO Press, 1999.
OKUBO, Y. Bibliometric indicators and analysis of research systems: methods and
examples. Paris :OECD, 1997, 69 p. (STI Working Papers, 1997/1).
PARLEMITI, R; POLITY, Y. Dynamiques de l´institucionnlisation sociale et cognitive dês
sciences de l´information. In: BOURE, R (ed). Les origines dês Sciences de l´information
et de la communication: regrards croisés. Paris: PUS, 2002, p. 95-123.
PRAT, A. M. Avaliação da produção científica como instrumento para o desenvolvimento
da ciência e da tecnologia: relatos de experiências. Ciência da Informação, Brasília, v. 27,
n. 2, p. 206-209, maio/ago. 1998.
SANTAELLA, Lucia. Comunicação e pesquisa. São Paulo: Hacker, 2001.
SANTOS, R. N. M.; KOBASHI, N. Y. Aspectos metodológicos da produção de indicadores
em ciência e tecnologia. Trabalho apresentado no VI CINFORM. Salvador, 17 de junho de
2005.
SIEBENEICHLER, Flávio Beno. Razão comunicativa e técnicas de comunicação e
informação em rede. In: GONZÁLEZ DE GÓMEZ, Maria N.; LIMA, C. R. M.
Informação e democracia: a reflexão contemporânea da ética e da política. Brasília:
IBICT, 2010, p. 9-29.
WHITLEY, R. Cognitive and social institutionalization of scientific specialities and
research areas. In: WHITLEY, R (ed.) Social processes of scientific development.
London: Routledge and Kegan,1974, p. 69-95.
5
APÊNDICE I
Termo Autor texto citações Obras dos autores citados
Organização de Domínios
CAMPOS, Maria Luiza
1
"O postulado das categorias é o princípio normativo adotado
para organizar um universo/domínio, ou seja, um corpo de
conhecimento sistematizado. Mapear o universo de Assunto é o
primeiro passo do classificacionista para elaborar um Esquema
de classicação.", p. 159
CAMPOS, M.L.R. 1
“O universo do conhecimento ‘é a soma total, num dado
momento, do conhecimento acumulado. Ele está sempre em
desenvolvimento contínuo. Diferentes domínios do Universo
do Conhecimento são desenvolvidos por diferentes métodos. O
Método Científico é um dos métodos reconhecidos de
desenvolvimentos. O Método Científico é caracterizado pelo
movimento sem fim em espiral.’ (Ranganathan, 1963a, p.
359)”, p. 153.
RANGANATHAN, S. R. Five laws of Library
Science. Bombay: Àsia Publishing House, 1963.
“Ranganathan, ao enfocar o documento como um registro de
conhecimento, traz para o ambiente da documentação a
preocupação com o universo de conhecimento. Dessa forma,
na estrutura elaborada a partir de sua teoria, as unidades que a
constituem não são mais os assuntos dos documentos, mas os
conceitos, que ele denomina de isolados. Estes, reunidos por
um processo de arranjo ou combinação, permitem formar
qualquer assunto do documento. Em sua teoria, Ranganathan
apresenta cinco modos preliminares de formação de assuntos e
de isolados; desta forma, evidencia um dos campos de atuação
do profissional da informação, aquele relacionado ao espaço
temático dos assuntos tratados nos documentos.”, p. 156
CAMPOS, M.L.A. 1
6
[Ranganathan]“Propõe, através de sua teoria, uma nova forma
de organizar o Universo de Assuntos, não mais uma
classificação dicotômica/ binária, ou decatômica e sim uma
policotomia ilimitada.”, p.158
CAMPOS, M.L.A. 1
“ O mapeamento consiste, no primeiro momento, em se decidir
o domínio
de conhecimento que será tomado como base para a
organização das unidades
classificatórias (assunto básico, isolados).”, p.159
CAMPOS, M.L.A. 1
“A representação de um domínio de saber, se configura como
princípio norteador para a organização de documentos e
informação.” (...)
“O desenvolvimento desses estudos, no âmbito de modelos
teóricos de representação, permitirá ao profissional de
informação a possibilidade de atuar cada dia mais num espaço
interdisciplinar que englobe questões ligadas à epistemologia,
à lógica, à teoria cognitiva, à computação e à terminologia.”, p.
162
CAMPOS, M.L.A. 1
Termo Autor texto citações Obras dos autores citados
Organização de Domínios
CAMPOS, Maria Luiza; MEDEIROS, Jackson da Silva
2
“(...) os modelos de representação de domínios devem
compreender questões teóricas e metodológicas que possam ser
utilizadas na construção de modelos independentemente de
problemas específicos, ou seja, a partir de um processo de
modelização, o qual permite a utilização, em dada realidade, de
sistematizações teórico-metodológicas baseada em princípios
subtendidos ao ato de modelizar, como o método de raciocínio,
o objeto de representação, as relações entre os objetos e as
formas de representação (Campos, 2004).”
CAMPOS, M.L.A. 2
CAMPOS, M.L.A. 4
7
"Considera-se, assim, conceito como uma 'unidade de
conhecimento' (DAHLBERG, 1978), sendo o tesauro
conceitual constituído a partir dele.", p. 2
DAHLBERG, I. A referente-oriented analytical
concept theory of interconcept. International
Classification, Frankfurt, v.5, n.3, p. 142-150,
1978.
“(...) entendemos um tesauro conceitual como um tipo de
tesauro que está baseado no conceito, como unidade
representacional, e na categorização, como organizadora de
conceito em um sistema de conceitos, além da importância de
construção de definições consistentes para a elaboração de
estruturas conceituais (CAMPOS; GOMES, 2006).”, p. 3
CAMPOS, M.L.A. 2
CAMPOS, M. L.; GOMES, H.E. Metodologia de
elaboração de tesauro conceitual: a categorização
como princípio norteador. Perspectivas em
Ciência da Informcação, v. 11, n. 3, p. 348-359,
set./dez. 2006.
“Definimos ontologia com base na proposta de Guarino (1998),
deste modo sendo uma teoria lógica que corresponde ao
significado pretendido de um vocabulário formal, que possui
um dado compromisso ontológico que diz respeito a uma
conceitualização específica do mundo, gerando modelos
restritos por este compromisso.”, p. 3
CAMPOS, M.L.A. 2
GUARINO, N. Formal Ontology in Information
Systems. FOIS'98 Formal Ontology in Information
Systems, Trento, Itália. Anais... 1998. Amsterdam:
IOS Press, p. 3-15.
8
A Ontologia de domínios “(...) busca descrever formalmente
classes de conceitos e os relacionamentos de determinada área,
objetivando compartilhamento de consenso terminológico (...)”,
p. 4.
CAMPOS, M.L.A. 2
Ontologia formal “(...) formaliza o conceitos existente,
permitindo que seja este acessado e compartilhado através de
conceitos e categorias que satisfaçam a compreensão de um
domínio.”, p. 4.
CAMPOS, M.L.A. 2
“(...) segundo Ramalho (2010), uma ontologia é composta por
(a) classes e subclasses: categorizam elementos representados;
(b) propriedades: descrevem características das classes; (c)
relacionamentos: ligações entre classes; (d) regras e axiomas:
enunciados lógicos que restringem interpretações sobre
conceitos e permitem realizar inferências automáticas a partir de
informações não explicitadas; (e) instâncias: indicam os valores
das classes e subclasses e; (f) valores: atribuem valores às
propriedades.”, p. 4.
CAMPOS, M.L.A. 2
RAMALHO, R. A. S. Desenvolvimento e
utilização de ontologias em bibliotecas digitais:
uma proposta de aplicação. 145 f. Tese (Doutorado
em Ciência da informação) - Programa de Pós-
Graduação em Ciência da informação,
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita
Filho" - UNESP, Marília, 2010.
9
“Baseada na ontologia formal, a ontologia de fundamentação
tem por objetivo identificar categorias gerais de certos aspectos
da realidade que não são específicos a um campo científico,
descrevendo conhecimento independentemente de linguagem,
de um estado particular das coisas ou ainda do estado de agentes
(GUIZZARDI, 2005).”, p. 4.
CAMPOS, M.L.A. 2
GUIZZARDI, G. Ontological foundations for
structural conceotual models. 416f. Tese (PhD
em Computer Science) - Twente University of
Technology, Twente, Holanda, 2005.
Termo Autor texto citações Obras dos autores citados
Organização de Domínios
CAMPOS, Maria Luiza
3
“(...) Le Moigne afirma que conhecer é modelizar, ou seja, o
processo de modelização equivale à construção de modelos do
mundo/domínio a ser construído, que permite descrever e
fornecer explicações sobre os fenômenos que observamos (...)”,
p. 2.
CAMPOS, M.L.A. 3
LE MOIGNE, jean-Louis. A teoria do sistema
geral: teoria da modelização. Lisboa: Instituto
Piaget, 1977.
“O método indutivo possibilita a elaboração de modelos
partindo, desde o início, da representação dos
elementos/objetos e relações de um contexto; já o método
dedutivo propõe que se elaborem mecanismos de abstração
para pensar primeiramente o domínio/contexto, independente
de pensar os elementos e suas relações (...)”, p. 4.
CAMPOS, M.L.A. 3
10
“A Teoria da Classificação Facetada é representante de um
modelo que se utiliza do método dedutivo para classificar o
conhecimento dentro de um contexto. Desta forma, possui
mecanismos de representação para trabalhar com meta-níveis
conceituais, como por exemplo, as categorias. É a partir delas
que os conceitos são ordenados para formarem classes de
conceitos.”, p. 4
CAMPOS, M.L.A. 3
Na Ontologia Formal “O processo é iniciado com a descrição
bastante específica dos objetos de um contexto, desde sua
identidade até a sua dependência com outros objetos, mas esta
dependência não é estabelecida do contexto para o objeto e sim
entre os objetos. Desta forma, classificamos as ontologias (...)
como aquelas que se utilizam de um método indutivo para a
classificação de um domínio”, p. 5
CAMPOS, M.L.A. 3
“A Teoria da Terminologia pode também ser vista como aquela
que suporta o método indutivo para pensar um dado contexto.
Para Wuester os conceitos (Objeto/Entidade/Instância) se
associam um em relação aos outros formando um sistema de
conceitos. Entretanto, o sistema é formado a partir da análise do
próprio conceitos e não do contexto em que ele está inserido.”,
p. 5
CAMPOS, M.L.A. 3
WUESTER, E. L’Étude scientifique générale de la
Terminologie, zone Frontalière entre la
Linguistique, la Logique, l’Ontologie,
l’Informatique e les Sciences des Choses. In:
RONDEAU, G. & FELBER, F. (Org.) Textes
Choises de terminologie. I. Fóndements théoriques
de la terminologie. Québec, GIRSTERM, 1981. P.
57-114.
11
“A Orientação a Objetos (...) da mesma forma pode ser
classificada como de caráter indutivo. Nela a metodologia parte
já estabelecendo princípios para identificar os objetos de um
domínio e seus relacionamentos, tratando assim,
especificamente desta representação.”, p. 5
CAMPOS, M.L.A. 3
“(...) a Teoria do Conceito introduz uma metodologia que
poderíamos denominar de híbrida, não só o método dedutivo e
não só o método indutivo (...). Dahlberg no estabelecimento de
sua teoria apresenta categorias para representar contextos e logo
depois analisa os conceitos de um contexto na perspectiva de
ordená-los no interior dessas categorias.”, p. 6.
CAMPOS, M.L.A. 3
“Na literatura relativa a Organização do conhecimento
(Dahlberg, 1978a), no âmbito da Ciência da informação, o
termo objeto representa uma entidade no mundo real, e se
caracteriza por ser um elemento do conceito que é denominado
referente.”, p. 6.
CAMPOS, M.L.A. 3
DAHLBERG, I. Ontical structures and universal
classification. Bangalore: Sarada Ranganathan
Endowment, 1978. 64 p.
“No contexto da Orientação a Objetos, os objetos que
constituem o mundo real são confundidos com a sua própria
representação; a OO afirma que um objeto é um conceito (não
definindo o que entende por conceito).”, p. 7.
CAMPOS, M.L.A. 3
12
“Segundo a Teoria do Conceito (Dahlberg, 1978), um conceito
é considerado uma tríade – referente, características e nome –
onde o objeto é o referente, que pode ser classificado como
objeto individual ou geral que, circunscrito a um dado contexto,
requer apropriação de características, sendo-lhe designado um
signo linguístico – um nome.”, p. 7
CAMPOS, M.L.A. 3
DAHLBERG, I. A Referent-oriented analytical
concept theory is interconcept. International
Classification, v.5, n. 3, p. 142-150, 1978.
“No espaço teórico da Ontologia Formal, Guarino (Guarino,
1998a) propõe que os objetos, ou particulares, sejam
classificados como concretos e abstratos. (...). Os objetos
concretos, no âmbito da Ontologia Formal, são classificados
como contínuos e ocorrentes.”, p. 7.
CAMPOS, M.L.A. 3
GUARINO, Nicola. Formal ontology and
information systems. Proceedings of FOIS’98,
Trento: Italy, p. 3-15, 1998.
“(...) ainda no âmbito da ontologia, Sowa (SOWA, 2000)
define objeto ocorrente como um processo.”, p.7.
CAMPOS, M.L.A. 3
SOWA, John F. Knowledge Representation:
logical, philosophical, and computational
foundations. Pacific Grove: Brooks/Cole, 2000.
13
“...objeto é na atualidade considerado como contínuo,...
processo é na atualidade considerado como ocorrente”, p. 7.
SOWA, John F. Knowledge Representation:
logical, philosophical, and computational
foundations. Pacific Grove: Brooks/Cole, 2000.
“Na Teoria da Classificação facetada, entretanto, as categorias
são pré-definidas, ou seja, Ranganathan propõe que todo
contexto de conhecimento pode ser dividido em até cinco
categorias fundamentais, que são: entidade, matéria, energia,
espaço e tempo.”, p. 9
CAMPOS, M.L.A. 3
“Um aspecto importante de ressaltar na Ontologia Formal é o
conceito de Teoria da Identidade, onde são introduzidas
questões que nos levam a perceber como um conceito pode ser
considerado um ente no mundo. O que permite definir através
de um “pensar” classificatório aquilo que pode ser considerado
gênero e espécie de conceito, fato que não se verifica as outras
teorias e métodos.”, p.12.
CAMPOS, M.L.A. 3
Termo Autor texto citações Obras dos autores citados
Organização de Domínios
CAMPOS, Maria Luiza
4
“Le Moigne afirma que conhecer é modelizar, ou seja, o
processo de conhecer equivale à construção de modelos do
mundo/domínio a ser construído que permitem descrever e
fornecer explicações sobre os fenômenos que observamos.”, p.
23.
CAMPOS, M.L.A. 4
LE MOIGNE, Jean-Louis. A teoria do sistema
geral: teoria da modelização. Lisboa : Instituto
Piaget, 1977.
14
“Segundo Davis et alii (1992), o conceito de representação de
conhecimento pode ser mais bem entendido a partir das
seguintes definições ligadas aos papéis que poderá
desempenhar:
1. Uma representação de conhecimento é um mecanismo
usado para se raciocinar sobre o mundo, em vez de agir
diretamente sobre ele. Neste sentido, ela é, fundamentalmente,
um substituto para aquilo que representa. (...)
2. Uma representação de conhecimento é uma resposta à
pergunta “Em que termos devo pensar sobre o mundo?”, isto é,
um conjunto de compromissos ontológicos. (...)
3. Uma representação de conhecimento é uma teoria
fragmentada de raciocínio que especifica que inferências são
válidas e quais são recomendadas. Uma representação é
motivada por alguma percepção de como as pessoas
argumentam ou por alguma crença sobre o que significa
raciocinar de forma inteligente.(...)
4. Uma representação de conhecimento é um meio de
computação pragmaticamente eficiente. Na realidade, esta
questão aborda a utilidade prática da representação. (...)
5. Uma representação de conhecimento é um meio de
expressão, isto é, uma linguagem na qual se pode dizer coisas
sobre o mundo. (...) Uma representação é a linguagem na qual
nos comunicamos e, assim, devemos ser capazes de falar sem
esforço heróico.”, p. 24.
CAMPOS, M.L.A. 4
DAVIS, H. et al. Towards in integrated
environment with open hypermedia systems. In:
ACM CONFERENCE ON HYPERTEXT, 1992,
Milan, Italy. Proceedings... Milan, Italy, 1992.
15
“(...) a representação do conhecimento pode ser classificada,
segundo Brachman (1979), de acordo com os tipos de
primitivas oferecidas ao usuário, em quatro níveis: lógico,
epistemológico, ontológico e conceitual.
O nível lógico é o nível da formalização. (...). No nível
epistemológico, a noção genérica de um conceito é introduzida
como uma primitiva de estruturação de conhecimento; ele é o
nível da estruturação. O nível ontológico tem por objetivo
restringir o número de possibilidades de interpretação do
conceito dentro de um dado contexto, a partir de um
formalismo que pretende representar o conteúdo do conceito.
No nível conceitual, independentemente de um formalismo, os
conceitos possuem, a priori, uma interpretação definida. (...)”,
p. 24-25
CAMPOS, M.L.A. 4
Falta a referência de Brachman
“(...) os quatro princípios fundamentais que devem auxiliar o
modelizador na elaboração de estruturas conceituais em
domínios de conhecimento são o método de raciocínio, o
objeto de representação, as relações entre os objetos e as
formas de representação.”, p. 25.
CAMPOS, M.L.A. 4
“Modelos são elaborados, tradicionalmente, tendo como
princípio um dos dois métodos de raciocínio: o método
dedutivo, também denominado top-down, ou o método
indutivo, também denominado bottom-up, ambos na ciência da
computação.
O método indutivo possibilita a elaboração de modelos,
partindo, desde o início, da representação dos
elementos/objetos e relações de um contexto. Já o método
dedutivo propõe que se elaborem mecanismos de abstração
para pensar primeiramente o domínio/ contexto,
independentemente de pensar os elementos e suas relações;
(...).”, p. 25.
CAMPOS, M.L.A. 4
16
“Na ciência da informação, a teoria da classificação facetada
(Ranganathan, 1967) é representante de um modelo que utiliza
o método dedutivo para classificar o conhecimento dentro de
um domínio. Desta forma, possui mecanismos de
representação para trabalhar com metaníveis conceituais – as
categorias. É a partir delas que os conceitos são ordenados
para formar classes de conceitos.”, p. 25
CAMPOS, M.L.A. 4
RANGANTHAN, S. R. Prolegomena to library
classification. Bombay : Asia Publishing House,
1967.
“No domínio da ciência da computação, a ontologia formal
utiliza o método indutivo. Apesar de possuir princípios para
descrição de metaníveis de objetos em um domínio
(universais), não utiliza esta classificação como um
mecanismo inicial para a organização dos objetos em um
contexto. O processo é iniciado com a descrição bastante
específica dos objetos de um contexto, desde sua identidade
até a sua dependência com outros objetos. Esta dependência,
entretanto, não é estabelecida do contexto para o objeto, mas
entre os objetos. Na verdade, o objetivo que suporta esta teoria
é a elaboração de instrumentos que possibilitem descrever,
conceitualmente, os elementos de um contexto.”, p. 26.
CAMPOS, M.L.A. 4
“Ainda no domínio da ciência da computação, a orientação a
objetos (OO), atendendo aos requisitos das aplicações a que se
destina, pode ser classificada, da mesma forma, como de caráter
indutivo. Nela, a metodologia já parte estabelecendo princípios
para identificar os objetos de um domínio e seus
relacionamentos, tratando assim, especificamente, desta
representação.”, p 26.
CAMPOS, M.L.A. 4
17
“Para Wuester, os conceitos (objeto/entidade/ instância)
associam-se um em relação aos outros, formando um sistema
de conceitos. Entretanto, o sistema é formado a partir da
análise do próprio conceito, e não do contexto em que ele está
inserido. O contexto é visto como um a priori que só é possível
identificar a partir do próprio conteúdo conceitual.”, p. 26.
CAMPOS, M.L.A. 4
WUESTER, E. L‘étude scientifique générale de la
terminologie, zone frontalière entre la linguistique,
la logique, l‘ontologie, l‘informatique et les
sciences des choses. In: RONDEAU, G.; FELBER,
F. (Org.). Textes choisis de terminologie. I.
Fondéments théoriques de la terminologie. Québec
: GIRSTERM, 1981. p. 57-114.
“No âmbito da ciência da informação, por sua vez, a teoria do
conceito introduz uma metodologia que poderíamos denominar
híbrida – não só o método dedutivo e não só o método
indutivo. (...)Dahlberg, no estabelecimento de sua teoria,
apresenta categorias para representar contextos e, logo depois,
analisa os conceitos de um contexto na perspectiva de ordená-
los no interior dessas categorias.”, p. 26.
CAMPOS, M.L.A. 4
“O segundo princípio diz respeito ao objeto de representação,
que, nas teorias analisadas, tem sido definido, de forma geral,
como a menor unidade de manipulação/representação de um
dado contexto.”, p. 26
CAMPOS, M.L.A. 4
18
“Ranganathan, em seu Prolegomena, introduz o conceito de
isolado como a unidade mínima e manipulativa de um sistema
de classificação. Dalhberg apresenta o Conceito como unidade
mínima e o define como uma tríade – referente, características
e nome. O objeto é o referente, que pode ser classificado como
objeto individual, ou geral, que, circunscrito a um dado
contexto, requer apropriação de características, sendo-lhe
designado um signo lingüístico – um nome.”, p. 26-27.
CAMPOS, M.L.A. 4
“No âmbito da ciência da computação, no contexto da
orientação a objetos, os objetos que constituem o mundo real
são a sua própria representação: um objeto é um conceito. No
espaço teórico da inteligência artificial, no âmbito da ontologia
formal, Guarino (1998) propõe que os objetos, ou particulares,
sejam classificados como concretos e abstratos.”, p. 27.
CAMPOS, M.L.A. 4
GUARINO, N. Formal Ontology in Information
Systems. FOIS'98 Formal Ontology in Information
Systems, Trento, Itália. Anais... 1998. Amsterdam:
IOS Press, p. 3-15.
“Os objetos concretos, no âmbito da ontologia formal, são
classificados como contínuos e ocorrentes. Para a teoria do
conceito, assim como para a teoria da terminologia, os objetos
ocorrentes não são objetos, e sim ação. Uma ação não é uma
entidade (objeto), mas um processo que ocorre com um dado
objeto, não considerando, então, como um objeto, o que a
ontologia formal denomina objeto ocorrente.”, p. 27.
CAMPOS, M.L.A. 4
19
“(...) ainda no âmbito da ontologia, Sowa (SOWA, 2000)
define objeto ocorrente como um processo.”, p. 27.
CAMPOS, M.L.A. 4
SOWA, John F. Knowledge Representation:
logical, philosophical, and computational
foundations. Pacific Grove: Brooks/Cole, 2000.
“...objeto é na atualidade considerado como contínuo,...
processo é na atualidade considerado como ocorrente”, p. 27.
SOWA, John F. Knowledge Representation:
logical, philosophical, and computational
foundations. Pacific Grove: Brooks/Cole, 2000.
“As relações entre os objetos de um dado contexto formam a
estrutura conceitual deste contexto e são de natureza diversa.”,
p. 27.
CAMPOS, M.L.A. 4
“Na teoria da classificação facetada, entretanto, as categorias
são predefinidas, ou seja, Ranganathan propõe que todo
contexto de conhecimento pode ser dividido em até cinco
categorias fundamentais: entidade, matéria, energia, espaço e
tempo.”, p. 27
CAMPOS, M.L.A. 4
"A teoria do conceito estende para um número muito maior as
categorias. Na verdade, Dalhberg explicita, em seu trabalho
Ontical Strutures (Dahlberg, 1978a), que tem por princípio a
classificação proposta por Aristóteles na antigüidade clássica,
categorias para o entendimento do conceito, e não para
classificar um domínio de conhecimento/atividade (...).”, p. 27
CAMPOS, M.L.A. 4
20
DAHLBERG, I. Ontical structures and universal
classification. Banglore: Sarada Ranganathan
Endowment, 1978.
“(...) Dalhberg apresenta o conceito de propriedade como uma
categoria, diferentemente de Ranganathan, que o coloca como
uma manifestação de uma das categorias.”, p. 28.
CAMPOS, M.L.A. 4
“Na ontologia formal, o conceito categoria aparece como o
nível de análise da estruturação dos objetos de um domínio. Na
verdade, Guarino parte dos objetos (ontologia dos particulares)
e nos apresenta a seguinte forma de análise: em todo contexto
nos deparamos com objetos (contínuos ou ocorrentes) que
estão em dada região temporal ou espacial. Quando esses
objetos fazem parte de um dado domínio, eles possuem
propriedades e estão relacionados entre si. Os tipos de objetos,
as categorias de objeto e os papéis que esses objetos exercem
em um dado domínio são propriedades utilizadas para análise
dos objetos em determinado contexto.”, p. 28.
CAMPOS, M.L.A. 4
“No que diz respeito à teoria da terminologia, o maior nível de
agrupamento de conceitos é o que ela denomina sistema de
conceitos, que possui um significado próprio, pois, aqui, o
sistema de conceitos representa uma classe de conceitos, e não
a reunião de todas as classes, que só seria possível se existisse
um elemento agregador que, no caso, podem ser as
categorias.”, p. 28.
CAMPOS, M.L.A. 4
“A orientação a objetos parte do objeto e de sua relação, mas
não está preocupada exatamente em classificar o objeto no
contexto de categorias preestabelecidas, e sim no contexto em
que a aplicação se insere, ou seja, descrevê-lo e apresentá-lo na
relação com outros objetos.”, p. 28.
CAMPOS, M.L.A. 4
21
“ (...) a teoria do conceito e a teoria da classificação
denominam esta relação [entre os objetos] de hierárquica, a
teoria da terminologia denomina relação lógica, já a orientação
a objetos define como relação de generalização e
especialização, e a ontologia formal define como “é um (ISA)”
e é considerada uma propriedade em uma ontologia mínima de
universais para a estruturação de um domínio.”, p. 28.
CAMPOS, M.L.A. 4
“A relação hierárquica é uma das relações principais em
qualquer estrutura classificatória. Ela é a que forma a espinha
dorsal de uma estrutura. Para as teorias que tratam dos
processos definitórios de um conceito, como a teoria da
terminologia e a ontologia formal, ela é imprescindível, sendo
a partir dela que se estabelece o primeiro elemento de uma
definição.”, p. 29
CAMPOS, M.L.A. 4
“A teoria do conceito a denomina relação partitiva; a teoria da
classificação coloca, em um mesmo grupo, as relações
hierárquicas e partitivas, como relação hierárquica; na teoria
da terminologia, ela é chamada de relação ontológica de
coordenação partitiva; a orientação a objetos a define como
relação de agregação; e a ontologia formal, de teoria todo-
parte, também denominada “mereotopologia”
(mereotopology).”, p. 29
CAMPOS, M.L.A. 4
22
“Este tipo de relação [entre objetos diferentes] se apresenta, na
teoria do conceito, como relação funcional sintagmática, ou
seja, relações que se estabelecem entre categorias. As relações
funcionalsintagmáticas, diferentemente das relações de
natureza paradigmáticas (lógicas e partitivas), podem ser
reconhecidas como relações que tornam evidente uma
determinada demanda, ou função, entre os objetos no mundo
fenomenal, não objetivando explicitar o objeto e suas
propriedades.”, p. 30
CAMPOS, M.L.A. 4
“Já a teoria da terminologia procura disciplinar a possibilidade
representacional deste tipo de relação, ou seja, propõe uma
classificação para o que ela irá denominar relação ontológica
de encadeamento e relação ontológica de causalidade,
diferenciando, assim, a relação ontológica de coordenação
partitiva”, p. 30
CAMPOS, M.L.A. 4
“A ontologia formal (...) ao definir os pressupostos da teoria da
dependência, apresenta questões ligadas ao relacionamento
entre os conceitos, no qual evidencia, com exemplificações,
que os conceitos se relacionam não somente em dependência
genérica e partitiva, mas também em várias formas de
dependência existencial, envolvendo indivíduos específicos
pertencentes a classes diferentes.”, p. 30.
CAMPOS, M.L.A. 4
“(...) a orientação a objetos não nomeia esta relação, mas a
utiliza quando efetiva relacionamentos entre objetos.”, p. 30
CAMPOS, M.L.A. 4
23
“Por último, é importante verificar um dado tipo de relação
que não mais se constitui entre conceitos, mas entre a forma de
expressar os conceitos, ou seja, dá-se no âmbito da língua: a
chamada relação de equivalência. Esta relação é somente
representada na teoria do conceito e da terminologia.”, p. 30
CAMPOS, M.L.A. 4
“Um modelo conceitual deve ser visto, também, como um
espaço comunicacional em que transpomos o mundo
fenomenal para um espaço de representação.”, p. 31
CAMPOS, M.L.A. 4
“A teoria da terminologia utiliza-se de uma representação
gráfica, visando a dois aspectos: o primeiro fornece ao
terminólogo uma ferramenta mais precisa para classificar os
conceitos em um sistema de conceitos, possibilitando, assim, a
elaboração de definições mais consistentes; o segundo permite
ao usuário visualizar as classes de conceitos afins, o que uma
simples ordem alfabética não permitiria. Por outro lado, a
ontologia utiliza-se da representação gráfica, como uma
ferramenta para garantir um projeto lógico mais bem
estruturado de um sistema e, para tanto, recorre geralmente à
representação gráfica utilizada pelo modelo OO. Assim, a
ontologia, apesar de avançar quanto aos aspectos teóricos da
OO, ainda está refém de uma forma de evidenciar os conceitos
e suas relações, pois, como foi dito, utiliza o modelo de
representação da OO.”, p. 31.
CAMPOS, M.L.A. 4
Termo Autor texto citações Obras dos autores citados
24
Organização de Domínios
CAMPOS, Maria Luiza; MARCONDES, Carlos H.
5
“(...) Tim Berners-Lee propõe a visão da Web Semântica, uma
extensão da Web atual, formada por documentos
compreensíveis unicamente por pessoas, para uma Web em
que documentos seriam auto-descritíveis, de forma que seu
conteúdo possa ser “compreendido” por programas, os agentes
de “software”*, que assim poderiam “raciocinar” e fazer
“inferências” sobre o conteúdo de documentos, ajudando as
pessoas em diferentes tarefas de recuperação de informações
que exijam, raciocínio, decisões, inferência de conclusões a
partir de informações não explicitamente disponíveis ou de
informações contextuais.”, p. 109.
CAMPOS, M.L.A. 5
“Ontologia é definida como uma especificação formal e
explícita de um conceitualização compartilhada. Fornece uma
compreensão comum e compartilhada de um domínio que
pode ser comunicada a pessoas e sistemas* (DING, 2002b, p.
375).”, p. 111.
DING, Yin; FOO, Schubert. Ontology research and
development. Part 2 - a review of ontology
generation. Journal of Information Science, v.28,
n.4, p. 375-388, 2002.
“Uma conceitualização parcial de um domínio de
conhecimento, compartilhada por uma comunidade de
usuários, definida em linguagem formal, processável por
máquina, para o objetivo explícito de compartilhar informação
semântica entre sistemas automatizados.* (JACOB, 2003, p.
20).”, p. 111.
JACOB, Elin K. Ontologies and the Semantic Web.
Bulletin of the American Society for
Information Science and Technology, April/May,
2003. p. 19-22.
“A literatura, muitas vezes, vem denominando ontologias
pequenas estruturas de conceitos. Essas estruturas, apesar de
possuírem conceitos e relações, não possuem definição na
forma de axiomas dos seus conceitos e, na maioria das vezes,
não são árvores, mas grafos. Estes tipos de ontologias são
chamadas, também, de ontologias informais (WEINSTEIN,
1998) ou ontologias lingüísticas (GUARINO, 1998 b)”, p. 112.
CAMPOS, M.L.A. 5
25
WEINSTEIN, Peter C. Ontology-Based Metadata:
transforming the MARC Legacy. Digital
Libraries, Pittsburg, p. 254-263, 1998.
GUARINO, N. Some ontological principles for
designing upper level lexical resorces. In:
International Conference on Language Resources
and Evalution, 1., 1998, Granada.
Proceedings…1998 b. Disponível em:
<http://www.loa-cnr.it/Papers/LREC98.pdf>.
Acesso em: 15 out. 2005.
“Em Inteligência Artificial o que se denomina por ontologia é
considerado ontologia formal, ou seja, aquela que define
vocabulário com o uso da Lógica.(...) Desta forma, uma
ontologia consiste em termos, definições, e axiomas relativos a
eles. (GRUBER, 1993)”, p. 112.
CAMPOS, M.L.A. 5
GRUBER, T.R. A translation approach to portable
ontology specifications. Knowledge Acquisition,
v. 5, p. 199-220, 1993.
“A diferença entre uma ontologia lingüística e uma formal é
que as ontologias lingüísticas constroem redes semânticas
entre palavras, onde estão em jogo cadeias de associações que,
na maioria dos casos, não estão baseadas em relações
lógicas.”, p. 112.
CAMPOS, M.L.A. 5
26
"A Web Semântica não é uma Web separada, mas sim uma
extensão da Web atual, na qual à informação é dado um
significado definido, favorecendo que computadores e pessoas
trabalhem em cooperação”* (BERNERS-LEE, 2, 2001)", p.
114.
BERNERS-LEE, Tim; HENDLER, James;
LASSILA, Ora. The semantic web. Scientific
American, May, 2001. Disponível em:
<http://www.scian.com/2001/0501issue/0501berner
s-lee.html>.Acesso em: 24 mai. 2001.
“As ontologias formais ligadas ao conceito de modelagem de
conhecimento podem ser consideradas um mecanismo de
representação, como um meio próprio de observação do
conhecimento de um dado domínio. O objetivo da modelagem
de conhecimento é elaborar uma conceituação da porção do
mundo em estudo.”, p. 118.
CAMPOS, M.L.A. 5
“Toda ontologia formal está pautada em uma taxionomia,
como uma "espinha dorsal" de qualquer domínio de
conhecimento. (GUARINO, 1998a)."p. 118.
CAMPOS, M.L.A. 5
GUARINO, N. Formal ontology and information
systems. In: FOIS '98, 1, 1998, Trento, Italy.
Proceedings… Amsterdam: IOS Press; Tokyo:
Omsha, 1998 a. p. 3-15.
Na prática, a Ontologia Formal pode ser entendida como a
teoria das distinções a priori sobre: as entidades do mundo
(objetos físicos, eventos, regiões, quantidades de matéria); as
categorias de meta-nível para modelar o mundo (conceitos,
propriedades, qualidades, estados, papéis e partes).
(GUARINO, 1998a).”, p.118.
CAMPOS, M.L.A. 5
27
GUARINO, N. Formal ontology and information
systems. In: FOIS '98, 1, 1998, Trento, Italy.
Proceedings… Amsterdam: IOS Press; Tokyo:
Omsha, 1998 a. p. 3-15.
“Uma ontologia define um vocabulário comum para uma
comunidade que precisa compartilhar informação em um
determinado domínio. Inclui definições de conceitos básicos
no domínio e as relações entre estes de forma que sejam
interpretáveis por máquina.”, p. 121.
CAMPOS, M.L.A. 5
“Muita confusão se tem feito em torno do conceito de
ontologia, que não pode ser considerado somente como um
vocabulário controlado. Uma ontologia possui informações de
natureza distinta, ou seja: terminológica - possui um conjunto
básico de conceitos e relações-; e assertivas aplicadas aos
conceitos e relações, que constitui um conjunto de axiomas,
diferentemente de um tesauro.” (CAMPOS, M. L. M;
CAMPOS, M. L. A.; CAMPOS, L. M., 2005)”, p. 122.
CAMPOS, M. L. M.; CAMPOS, M. L. A.;
CAMPOS, L. M. . Web semântica e a gestão de
conteúdos informacionais. In: Carlos H.
Marcondes; Hélio Kuramoto; Lídia Brandão
Toutain; Luís Sayão. (Org.). Bibliotecas digitais:
saberes e práticas. Salvador, EDUFBA; Brasília:
IBICT, 2005, p. 55-75.
“Se considerarmos uma ontologia como um sistema de
conceitos interelacionados, podemos dizer que estas contém
basicamente três componentes, quais sejam: 1. Um conjunto
básico de conceitos e relações; 2. Uma forma de representação;
3. Um conjunto de assertivas.”, p. 122-123.
CAMPOS, M.L.A. 5
28
“(...) diferentemente das ontologias, as relações em tesauros
são menos especificadas. Mesmo os tesauros de vertente
conceitual que avançam sobre os com base somente alfabética,
não especificam suas relações de modo a possibilitar o
raciocínio automatizado (CAMPOS, 2001), como é um dos
requisitos para que uma ontologia venha a ser definida como
formal.”, p. 123.
CAMPOS, M.L.A. 5
“A taxonomia ou taxionomia surgiu como Ciência das leis da
classificação de formas vivas e, por extensão, ciência das leis
da classificação. No ambiente dos sistemas de classificação,
das ontologias, da inteligência artificial, é entendida como
classificação de elementos de variada natureza.”, p. 123-124
CAMPOS, M.L.A. 5
CAMPOS, M. L. A. Linguagem documentária:
teorias que fundamentam sua elaboração. Niterói:
EDUFF, 2001.
DAHLBERG, I. A Referent-oriented analytical
concept theory of interconcept. International
Classification, Frankfurt, v.5, n.3, p.142-150,
1978a.
29
“Modelos vêm sendo elaborados, tradicionalmente, tendo
como princípio um dos dois métodos de raciocínio: o método
dedutivo, também denominado "top-down", na Ciência da
Computação, ou o método indutivo, também denominado
"bottom-up", na Ciência da Computação. No âmbito da
Ciência da Informação, por sua vez, a Teoria do Conceito
(DAHLBERG, 1978b) introduz uma metodologia que
poderíamos denominar de híbrida - não só o método dedutivo e
não só o método indutivo - mas agregando os dois em um
exercício de pensar o particular como um todo e o todo
possuindo particulares.”, p. 124
CAMPOS, M.L.A. 5
DAHLBERG, I. Ontical structures and universal
classification. Bangalore: Sarada Ranganthan
Endowment, 1978b. 64 p.
“Ranganathan em seus Prolegomena (1967) introduz o conceito
de isolado como a unidade mínima e manipulativa de um
sistema de classificação. Dalhberg apresenta o Conceito, como
unidade mínima, e o define como uma tríade - referente,
características e nome. O objeto é o referente, que pode ser
classificado como objeto individual, ou geral, que, circunscrito
a um dado contexto, requer apropriação de características,
sendo-lhe designado um signo lingüístico – um nome.”, p. 125.
CAMPOS, M.L.A. 5
RANGANATHAN, S. R. Prolegomena to library
classification. New York: Asia Publishing House,
1967.
30
“O primeiro movimento é a verificação, nas teorias e métodos
apresentados, da existência de relações categoriais. Este tipo
de relação reúne, em um primeiro grande agrupamento, os
objetos por sua natureza, ou seja, entidades, processos, entre
outros.”, p.126
CAMPOS, M.L.A. 5
“Para Dalhberg a relação hierárquica baseia-se em uma relação
lógica de implicação, ou seja, nela os conceitos devem ser de
mesma natureza, o que não ocorre com o todo e suas partes
que, em muitos casos, são de natureza diferentes.”, p.126
CAMPOS, M.L.A. 5
“Um terceiro movimento do ato de modelar é a análise de
como "o objeto se constitui", ou seja, quais são suas partes e
elementos. Nesta forma de relacionamento, determinam-se as
relações partitivas.”, p.126
CAMPOS, M.L.A. 5
“Um outro movimento é verificar como objetos de natureza
diferente se relacionam e representar esse relacionamento de
forma mais consistente, ou seja, a partir da determinação de
alguns critérios prescritivos que possibilitam ligações mais
criteriosas. Este tipo de relação se apresenta, na Teoria do
Conceito, como Relação Funcional Sintagmática, ou seja,
relações que se estabelecem entre categorias.”, p.126
CAMPOS, M.L.A. 5
Há um tipo de relação que se constitui “(...) entre a forma de
expressar os conceitos, ou seja, se dá no âmbito da língua: a
chamada Relação de Equivalência que evidenciam
relacionamentos de sinonímia ou quase-sinônimos.”, p.126
CAMPOS, M.L.A. 5
31
“Podemos afirmar que um corpo de conhecimento
representado é baseado em uma conceituação, dos objetos, dos
conceitos e de outras entidades, que se supõem existir em
alguma área de interesse e os relacionamentos que os ligam.
Desta forma, toda base de conhecimento é comprometida com
alguma conceituação. Esta deve poder ser representada para
atender as necessidades de sistemas automatizados. Nestes
sistemas, são os mecanismos de representação de
conhecimento que podem facilitar quais processos de
formalização sobre os objetos e suas relações em contextos
pré-definidos podem ser facilmente representados. No âmbito
das ontologias estes mecanismos permitem a sistematização
dos conceitos e conseqüentemente a elaboração de definições
consistentes, visando possibilitar futuras inferências sobre o
domínio.”, p. 126-127.
CAMPOS, M.L.A. 5
“Sistemas computacionais, com suas interações humano-
máquina e humano humano, mediadas por computadores e
redes, por sua vez inseridas em complexas interações
sócioculturais, são sistemas altamente complexos, recursivos,
em que o modelador é também parte do sistema, influencia e é
influenciado por ele (LE MOIGNE, [s.d.]).”, p. 128
CAMPOS, M.L.A. 5
LE MOIGNE, J-L. A teoria do sistema geral:
teoria da modelização. Lisboa: Instituto Piaget,
1977. A citação está como S.D. no corpo do texto,
apesar de nas referêcnias aparecer com data.
Pusemos as duas referências existentes.
32
LE MOIGNE, J.-L. Formalisms of systemic
modeling. 1992. Disponível em:
<http://www.mcxapc.org/docs/ateliers/0505formali
smes.pdf> . Acesso em: 05 mar. 2005.
“Neste sentido a modelagem de sistemas computacionais, entre
eles as ontologias, vai na direção do preconizado por Hjorland
(2002), e já investigada por pesquisadores da Ciência da
Computação como Prieto-Diaz (1990) e Berzitiss (1999), de
uma visão sócio-cognitiva, de análise de domínios.”, p. 128.
CAMPOS, M.L.A. 5
HJØRLAND, Birger. Domain analysis in
information science: Eleven approaches -
traditional as well as innovative. Journal of
Documentation, v. 58, n. 4, p. 422- 462, 2002.
33
Artigos utilizados:
1 -CAMPOS, M. L. A.; GOMES, H. E. Organização de domínios de conhecimento e os
princípios ranganathianos. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v.
8, n. 2, p. 150-163, jul./dez. 2003.
2 -MEDEIROS, Jackson da Silva.; CAMPOS, M. L. A. Tesauros Conceituais e
Ontologias de Fundamentação: modelos conceituais para representação de domínios. In:
ENANCIB - Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação, XI, Rio de
janeiro, 2010.
3 -CAMPOS, M. L. A. Estudo comparativo de modelo de representação de domínios de
conhecimento: uma investigação interdisciplinar. In: ENANCIB - Encontro Nacional
de Pesquisa em Ciência da Informação, V, Belo Horizonte, 2003.
4 - CAMPOS, M. L. A. Modelização de domínios de conhecimento: uma investigação de
princípios fundamentais. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 1, p. 22-32, jan./abr.
2004.
5 -MARCONDES, Carlos Henrique; CAMPOS, M. L. A. Ontologia e Web Semântica: o
espaço da pesquisa em Ciência da informação. Ponto de Acesso, Salvador, v.2, n.1, p.
107-136, jun./jul. 2008