TÍTULO: CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO … · consciência Negra” e `a associações com o...

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FICHA CATALOGRÁFICA

Autor Laura Célia Silva

Escola de atuação Colégio Estadual Anibal Khury Guaratuba, Paraná.

Município da Escola Guaratuba, Paraná.

Núcleo Regional de Educação Paranaguá

Orientador Eulália Moraes

Instituição de Ensino Superior UEPR, Campus FAFIPAR

Disciplina/área (entrada no PDE) História

Produção didático pedagógica Cultura afro-brasileira no ensino fundamental: história, cultura e cidadania através do Hip-hop.

Relação interdisciplinar Português e Arte

Público Alvo 8° (oitava série)

Localização Rua Francisco Gunz , 416 – Bairro Coroados - Guaratuba – PR.

Apresentação A presente pesquisa propõe estudar a temática afro-brasileira explorando a influência da musicalidade africana presente na nossa cultura. Dilatando as fronteiras culturais conduziremos os alunos do ensino Fundamental e Médio do Colégio Estadual 29 de Abril a refletir sobre o movimento afro reggae que tem como um de seus segmentos o Hip Hop. A história, a cidadania e a cultura na linguagem informal do Hip Hop estimulando sensibilidade, ritmo, equilíbrio e bem-estar. Em conformidade com os Parâmetros Curriculares, a proposta didático/pedagógica e a metodologia são uma adaptação as diretrizes curriculares nacionais que asseguram a Escola seu papel social. Assim, justificativa desta pesquisa centra-se nas prescrições da Lei 11. 645/ março de 2008, ou seja, na obrigatoriedade do estudo da Cultura Afro-brasileira e indígena no ensino Fundamental e Médio. A cultura do Hip Hop, faz parte de uma realidade urbana cada vez mais presente entre os alunos e mesmo sob a acusação de uma proximidade com a violência o movimento cresce e é inegável a atração que o ritmo exerce sobre os jovens.

Palavras-chave Ensino de História, cultura afro-brasileira; Afroreggae/Hip Hop.

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FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE PARANAGUÁ

TÍTULO: CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: HISTÓRIA, CULTURA E CIDADANIA ATRAVÉS DO HIP-HOP

TEMA: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

PARANAGUÁ 2010

LAURA CÉLIA SILVA

TÍTULO: CULTURA AFRO-BRASILEIRA NO ENSINO FUNDAMENTAL: HISTÓRIA, CULTURA E CIDADANIA ATRAVÉS DO HIP-HOP

TEMA: HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA

Proposta Didático Pedagógica, apresentado para o PDE, da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá. Professor orientador: Eulália Moraes.

PARANAGUÁ 2010

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 05

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO ....................................................................................... 08

PROCEDIMENTOS ................................................................................................... 09

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 22

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APRESENTAÇÃO TEMA História e cultura afro-brasileira e africana.

JUSTIFICATIVA

Debater sobre a cultura afro-descendente na escola, não é uma questão

simples, mas complexa que exige planejamento e, sobretudo, conhecimento. A

complexidade em se trabalhar com este tema, refere-se para a questão da

necessidade de se desmistificar o preconceito tão presente na atualidade.

Entretanto é necessário se tomar um direcionamento nas escolas, que se

envolva com a importância do trabalho com a cultura afrodescendente, não apenas

por ser exigido em lei, ou estar incluído no currículo e projeto pedagógico. O fato é

que, há exigências e pouco investimento em materiais ou subsídios que auxiliem

neste trabalho, o qual acaba ficando restrito a data de 20 de novembro, “Dia da

consciência Negra” e `a associações com o conteúdo da escravidão, perpassando-

se assim por concepções tradicionais da civilização africana, como por exemplo, o

tráfico de escravos, a mão-de-obra, os castigos sofridos pelos escravos, entre

outros, quais levam a qualificação do africanos como negros, colocando sua cor de

pele acima da grande leva cultural que trouxe para o Brasil.

Destaca-se que algumas escolas, ainda trabalham desta maneira, mas não

por falta de interesse dos professores, ou por ter de se seguir um planejamento, ou

ainda a carga horária, entre outros desafios do cotidiano escolar. Trata-se da

necessidade de bibliografia e material sobre o assunto, enfatizando-se as influências

na arte, na música, na dança, na religião, na língua portuguesa, entre tantas outras

para que de fato se desmistifique o preconceito e principalmente, valorize a cultura

africana resgatando e identificando-se esta dentro da cultura brasileira.

Como professora de história, afro-descendente acredito que é de fundamental

importância ressaltar a cultura dos povos africanos, bem como a influência desta

cultura sobre a música brasileira, já que as manifestações culturais afro-

descendentes foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas. Em

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especial, se optou pelo caminho do afroreggae e a cultura urbana que vem sendo

atingida pelo Hip-hop.

Assim, neste projeto de um lado tem-se a tentativa de mostrar e transpassar

alguns elementos da cultura afro-descendente, mas deixando de lado outros

elementos, uma vez que se trata de uma cultura muito ampla, com elementos que se

complementam, e que devem ser resgatados dentro da sociedade nacional.

Outro fator a se explicar é o fato de no colégio encontrarem-se muitos alunos

que vivem problemas sociais, muitos deles até associados a criminalidade, além de

outras conseqüências sociais. Percebendo que o hip-hop já faz parte de suas

realidades em estilo de música e de vestir-se, considera-se que é a partir desta

realidade que se pode intervir trabalhando várias questões positivas, mostrando por

exemplo a crítica que se pode fazer com o rap, ou através do grafite. Enfim, o lado

significativo longe do preconceito que muitos interpretam o hip-hop dentro da

sociedade em Guaratuba-Pr.

Com relação aos alunos da 8° (oitava) série ou 9° (nono) ano, por serem

estes mais maduros para entenderem a questão de problemas e críticas sociais,

como também que percebem que a sociedade acaba dividindo-se em subgrupos

sociais, que buscam visibilidade e expressão, e esse fator pode e tem um lado

positivo, se acionado corretamente dentro dos ditames saudáveis para a sociedade.

Neste contexto, justifica este trabalho, pois este poderá contribuir como fonte

para outros profissionais interessados em trabalhar com a cultura afro-brasileira na

escola, em especial o Hip-hop que é tão presente na vida dos educandos. Também

porque é prescrito em Lei (11.645/março de 2008), a obrigatoriedade do estudo da

cultura afro-brasileira no ensino fundamental e médio, tanto em escolas públicas

como privadas, e é orientado nas Diretrizes Curriculares da educação Básica para o

Ensino de história. Sobre esta ultima justificativa, tem-se:

Espera-se que, ao concluir a Educação Básica, o aluno entenda que não existe verdade histórica única, e sim que verdades são produzidas a partir de evidencias que organizam diferentes problematizações fundamentadas em fontes diversas, promovendo a consciência da necessidade de uma contextualização social, política e cultural em cada momento histórico (CURITIBA, 2008, p. 69).

Assim, percebe-se que ao se propor o estudo das influencias e relações

culturais na disciplina de história, entende-se a cultura como aquela que permite

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conhecer os conjuntos de significados que os homens conferiram à sua realidade

para explicar o mundo. Uma vez que a palavra cultura é polissêmica, ou seja, não há

um único significado. Portanto, além da compreensão e resgate histórico, o estudo

com a música trabalha com a sensibilidade, ritmo, equilíbrio, proporcionando um

estado agradável de bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento do

raciocínio, entre outras questões que contribuem na formação integral do educando.

PÚBLICO ALVO

Oitava série ou nono ano do Ensino Fundamental.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Explorar a influência da música africana na cultura/música brasileira, levando

aos alunos não apenas os conhecimentos pertinentes à cultura em estudo, como

também sobre o movimento afroreggae tendo com um dos seus segmentos o Hip-

hop. Estimulando assim nos educandos, outros fatores como: sensibilidade, ritmo,

equilíbrio, bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio,

entre outras questões que contribuem na formação integral do educando.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Reconhecer a influência da cultura africana sobre o afroreggae direcionando-

se para a cultura urbana do Hip-hop;

Elaborar e acumular, fontes bibliográficas e materiais metodológicos que

contribuam como fonte para os trabalhos referentes à cultura afrobrasileira

para a escola;

Identificar os tipos de músicas brasileiras que recebem a influência da cultura

africana, até se chegar ao Hip-hop;

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Proporcionar práticas de ensino que envolvam o Hip-hop e levem os alunos a

valorização da cultura afro-brasileira, explorando elementos desta cultura

urbana, presente na realidade escolar.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

Produzir material bibliográfico enriquecido de informações e atrativo, que vise

auxiliar os professores de história no seu dia-a-dia. Também para os alunos

buscarem como material de pesquisa para melhor se interar sobre o assunto.

Centrar às práticas de ensino em atividades diversificadas, dividindo os

alunos em grupos organizados, onde cada grupo ficará com um dos elementos do

hip-hop: o Dj pelas batidas e harmonia da música, o Mc, responsável pelo rap, o

Breack e a dança.

Envolver atividades, com diferentes recursos audiovisuais, mostrando como o

movimento se desenvolveu e foi criando espaço como meio artístico, cultural e

crítico.

Trabalhar textos de músicas e letras de raps, mostrando também a influência

nas palavras, linguagens e expressões da língua portuguesa, como também a

expressão e crítica social de um povo que teve sua voz silenciada e desde sempre

busca visibilidade.

Proporcionar práticas de ensino que explicitem a diferença entre pixação e

grafitagem, estimulando a criação do grafite e de raps significativos para os alunos,

que envolvam a história da cultura afro-descendente e do hip-hop.

No final todo o trabalho acumulado com os alunos será apresentado para a

comunidade escolar.

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PROCEDIMENTOS

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Tema: apresentação e explicação do projeto para os alunos.

Desenvolvimento da atividade: Será explicado o projeto e sua finalidade dentro do

ensino de história e da cultura afrobrasileira. Também vídeos de estímulo e

conscientização perante o Hip Hop e a cultura em estudo. Para finalizar uma

atividade para sistematizar o conhecimento discutido inicialmente.

Tempo: duas horas aula.

Slides (elaborados pelo professor PDE/2011.

O Projeto englobará assuntos e atividades sobre o Hip Hop, como uma cultura que ganha cada vez mais visibilidade na sociedade e a partir dele refletir sobre a cultura afrobrasileira que é relacionada e

associada a esse movimento.

?

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Obs: imagem retirada de: <http://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/wp-content/uploads/2009/10/hip-hop-danilo.jpg>.

Link dos vídeos:

Cultura hip hop: < http://www.youtube.com/watch?v=vV2bDirpNuw>.

Atividade

Texto: organizado pela professora PDE a partir do site “Overmundo”.

Porque o Hip Hop está na moda e não é apenas um modismo, tem muito por traz dele... Toda escola brasileira, pública ou particular deve trabalhar sobre as culturas: africana e indígena, isso está previsto em Lei (11.645 de março de 2008).

Assim:

Pretende-se mostrar como estudar história e, sobretudo, a história da cultura afro-brasileira é divertido e interessante, levando-nos a compreendê-la melhor, além de admirá-la e se identificar como pessoas que fazem parte dessa cultura.

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Compreendendo melhor o Hip Hop dentro da cultura Afro-brasileira

A cultura negra como é chamada por muitos estudiosos, não é a mesma coisa que Hip Hop. Pois a cultura afro descendente é bem ampla, logo não abrenge apenas o Hip Hop, como também vários outros estilos e movimentos na sociedade, como por exemplo os associados ao Afroreggae, ao samba e suas vertentes, à capoeira, entre outros. As pessoas parecem atribuir o sucesso da cultura Hip Hop entre as mídias devido ao fato assumido que Hip Hop é cultura negra. É um engano, mas que eu posso entender, pelo fato de que a maioria das pessoas envolvidas com o Hip Hop são negras. Entretanto, quando você assiste a televisão, você não vê muito Hip Hop, ou até mesmo rap. Só a MTV passa vídeos de rap, ou as propagandas exploram usam o Hip Hop (mas não significa que os artistas são do real Hip Hop). Assim, quando o telespectador casual caminha ao longo da "seção de Rap/R&B/Hip-Hop" do canal, ou observa as propagandas, o que aparecem são faces negras. Então, é natural para o telespectador casual pensar que Hip Hop é cultura negra. Assim, o Hip Hop não é apenas um CULTURA NEGRA. Seguramente, a maioria dos emcees expostos são afro-americano, mas e sobre o DJs? E sobre os escritores de graffiti? E sobre os b-boys e b-girls? E sobre todas as pessoas que respeitam a cultura e seguem isto e amam isto? E sobre as pessoas que contribuem para revistas de Hip Hop e zines? Se pudéssemos contar todas essas pessoas, poderíamos ver facilmente que esse Hip Hop não é APENAS cultura negra. Entretanto é extremamente relacionado com ela, principalmente pelas lutas que os afrodescendentes enfreantaram e ainda enfrentam buscando respeito e valorização na sociedade. Assim, você pode ver por que as pessoas no Hip Hop não estão agindo na cultura negra. Você pode ver por que as pessoas precisam saber a verdade, é um movimento cultural ASSOCIADO a cultura negra mas não é ela em si, pois vem se tornando uma cultura que qualquer pessoa participa ou assume traços destes estilos de vestir, de música de gestos, etc. Enfim, a associação com a cultura afro-descente deve ao fato da expressão, da busca pela visibilidade, do exagero, e de tudo isso com o urbanismo, pois muitos escravos antigos dos Estados Unidos viveram em ruas, moradores do Brooklin, bairro famoso, retratado muitas vezes em filmes.

Fonte imagens: < http://www.megafone.inf.br/arquivos/Image/hiphopMEGAFONE.jpg>.

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Tema: Cultura afrodescendente e o lado negativo e positivo do Hip Hop na

sociedade.

Desenvolvimento da atividade: Os alunos assistirão o filme “Beat Street - A

Loucura do Ritmo”, na seqüência será estimulada uma discussão pra explanar sobre

o filme com o hip hop e a cultura afrodescendente. Por fim responderão um

questionário que será aplicado na intenção de direcionar e sistematizar a

compreensão do filme, finalizando com um debate, organizado e encaminhado pelo

professor PDE.

Tempo: Aproximadamente quatro horas aula. (duas para o filme e duas para as

atividades relacionadas).

Professor: Procure nestes primeiros momentos apenas discutir e ir soltando

informações para os alunos, uma vez que, se trata de um movimento onde

principalmente a música e o estilo de se vestir, fazem parte da realidade dos

alunos, assim, discuta sobre a cultura do Hip Hop, instigando o saber prévio

dos educandos, como também discutindo questões como preconceito racial,

lutas que o negro enfrentou desde a escravidão, para que ele contextualize e

relacione a Cultura afro descendente.

O filme “Beat Street - A Loucura do Ritmo”, é um drama musical, dirigido por

Taylor Hackford e estrelado por Jamie Foxx.

A violência dos anos 1980 dá lugar ao mundo de dançarinos, cantores de rap,

grafiteiros e DJs. É o mundo novo do break, uma verdadeira revolução na música, na

arte pop e na dança. Na trilha sonora, hoje clássicos dos mestres do rap como Kool Moe

Dee, DJ Jazzy Jay, Afrika Bambaataa e Grand Master Flash & The Furious Five, que

gravou a canção tema ''Beat Street''.

Fonte:<http://filmesblack.blogspot.com/2009/08/beat-street-loucura-do-ritmo.html>

.

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Atividade

* Sobre o Filme “Beat Street - A Loucura do Ritmo”, responda: 1. Resuma em até três linhas, o que acontece no filme. 2. Indique traços positivos e negativos da cultura afro descendente apresentados no filme. 3. Associe esses traços indicando como eles podem ser visto positivamente ou negativamente na sociedade ou na mídia.

4. Na sua opinião, o ritmo e a música do hip hop, podem influenciar na vida das

pessoas de maneira a mudá-los para uma vida sem preconceitos?

5. Elabore duas perguntas para discutir em debate com a turma.

Sugestões de palavras para incluir nas perguntas

Visão do afro descente na sociedade – marginalidade – violência – drogas –

música e estilo do hip hop – movimentos afro descendentes e o hip hop

Professor: Após discutir abertamente com os alunos sobre o filme, sugere-se que

divida-os em grupos de até três alunos, os quais responderão o questionário

sistematizando o conhecimento. No fim do questionário, será estimulado e

proposto que cada grupo elabore duas perguntas para ser respondida entre o

grande grupo (a turma) em forma de debate. Logo as perguntas elaboradas

pelos grupos, direcionarão as discussões do debate. Assim, é muito importante

que o professor associe na elaboração das perguntas palavras que auxiliem

como: preconceito, marginalidade, música, hip hop, entre outras, como poderá

ser observado na sugestão de atividade a seguir.

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Tema: A música do hip hop.

Desenvolvimento de atividade: Inicia-se com slides explicativos (elaborados pelo

professor PDE) sobre a música dentro da cultura afro descendente e afro brasileira,

direcionando-se para a música do hip hop, focando principalmente o RAP. Na

seqüência será trabalhado com um RAP, interpretando a música, e depois cantando

juntamente aos alunos.

A música na cultura afro brasileira

e

a música no Hip Hop

O Grupo Cultural Afro Reggae, ou apenas Afro Reggae, é uma ONG que também atua como banda musical surgida em 1993 inicialmente como um jornal informativo (Afro Reggae Notícias) das festas que o grupo realizava e também a valorização da cultura negra voltada sobretudo aos jovens ligados a música como Reggae, Soul e Hip hop. Inicialmente, a festa chamava-se Rasta Dancing.

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O objetivo do AfroReggae era ter um tipo maior de intervenção com a população afro-brasileira, atuando principalmente na comunidade de origem de seus membros, Vigário Geral. Foi criado o Núcleo Comunitario de Cultura em 1993 para iniciar no local suas atividades de amparo a jovens carentes e com potencial de se envolver com a criminalidade que passavam a integrar projetos sociais como: dança, percussão, futebol, reciclagem de resíduos e capoeira.

A partir deste momento, o projeto consolidou-se e, em 1997, o núcleo contou com apoio de personalidades como Caetano Veloso e Regina Casé. Com o passar do tempo, o Afro Reggae vem crescendo e hoje já atua em quatro comunidades, Vigário Geral, Morro do Cantagalo, Parada de Lucas e Complexo do Alemão. Além disso, o grupo tem mais de 65 Projetos e também desenvolve trabalhos em todo Brasil e fora dele.

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CONCLUINDO...

Afroreggae é tanto um estilo de música dentro da história da cultura afrobrasileira, como um movimento social que contribui ajudando jovens com problemas em algumas favelas do Brasil, com diferentes projetos. O samba, o reggae, o pagode, a capoeira, o olodum e o hip hop (RAP), são estilos musicais que carregam o ritmo africano.

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O RAP

O RAP surgiu na Jamaica na década de 1960. Este

gênero musical foi levado pelos jamaicanos para os

Estados Unidos, mais especificamente para os

bairros pobres de Nova Iorque, no começo da década

de 1970. Jovens de origens negra e espanhola, em

busca de uma sonoridade nova, deram um

significativo impulso ao RAP.

O rap tem uma batida rápida e acelerada e a letra

vem em forma de discurso, muita informação e pouca

melodia. Geralmente as letras falam das dificuldades da

vida dos habitantes de bairros pobres das grandes

cidades. As gírias das gangues destes bairros são muito

comuns nas letras de música rap. O cenário rap é

acrescido de danças com movimentos rápidos e

malabarismos corporais. O break, por exemplo, é um tipo

de dança relacionada ao rap. O cenário urbano do rap é

formado ainda por um visual repleto de grafites nas

paredes das grandes cidades.

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Fonte: para elaboração dos slides, utilizaram-se dados dos seguintes sites.

- Letras . com <http://www.letras.com.br/biografia/afroreggae >.

- Sua Pesquisa. <http://www.suapesquisa.com/rap/>.

Atividade

1. Ler a letra do RAP abaixo, observando o ritmo que a própria leitura oferece.

2. Ouvir a música e a melodia através do vídeo clip.

Vídeo: < http://www.youtube.com/watch?v=QGb1PWJbikU>.

3. Interpretação crítica da letra:

Fonte: <http://nossacarapreta.blogspot.com/2009/01/coisa-de-negro-frica.html>

Coisa de Negro – (Marcio Brown)

África.

A nave mãe, nossa freqüência,

Nossa influência até na fé.

Quem vive isso daqui,

Força pra pode ficar de pé.

Entendendo o Rap

Geralmente, o rap é cantado e tocado por uma dupla composta por um DJ ( disc-jóquei ), que fica responsável pelos efeitos sonoros e mixagens, e por MCs que se responsabilizam pela letra cantada. Quando o rap possui uma melodia, ganha o nome de hip hop.

Um efeito sonoro muito típico do rap é o scratch (som provocado pelo atrito da agulha do toca-discos no disco de vinil). Foi o rapper Graand MasterFlash que lançou o scratch e depois deles, vários scratchings começaram a utilizar este recurso.

O rap tem uma batida rápida e acelerada e a letra

vem em forma de discurso, muita informação e pouca

melodia. Geralmente as letras falam das dificuldades da

vida dos habitantes de bairros pobres das grandes

cidades. As gírias das gangues destes bairros são muito

comuns nas letras de música rap. O cenário rap é

acrescido de danças com movimentos rápidos e

malabarismos corporais. O break, por exemplo, é um tipo

de dança relacionada ao rap. O cenário urbano do rap é

formado ainda por um visual repleto de grafites nas

paredes das grandes cidades.

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Coisas que é do coração você sabe...

Vibração treme o chão.

Aquilo que se aprende só com seu irmão.

É na hora que vamos vê,

Não te deixa na mão.

Tem uma posição e não é um vacilão é firmão.

As ruas ensinam ser sobrevivente.

E no elo da corrente consciente.

O que é bom...

Que venha pra gente.

Já plantamos várias semente.

Fartura para o povo urgentemente.

Mudar o que a pele sente.

Mas derrepente, a minha mente,

Pode não somar com a sua.

E no olhar das ruas,

A vida continua ...

Isso aqui é coisa de negro...

Influência de guerreiro, ser do bem seu segredo.

a) Indique o que o autor da música quiz chamar a atenção em ser “coisa de negro”.

b) A África influencia em várias questões, copie versos da música que mostram no

que ela pode influenciar segundo o autor da música.

c) Indique as gírias usadas na linguagem do RAP e depois escreva o possível

significado dela.

d) O Ser negro implica irmandade, companheirismo, aceitação e valorização da

cultura negra/ afro descendente, onde identificamos isso na letra do RAP?

e) Junte-se a mais dois colegas no final da atividade e escolha umas das opções de

atividades abaixo:

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1. Escrever um pequeno RAP com ritmo e letra associada ao Hip Hop e a cultura

afrobrasileira.

2. Trazer um RAP de sua escolha para ler e mostrar para a turma, contanto que não

seja uma letra agressiva voltada para marginalidade ou apologia à drogas.

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Tema: Apresentação dos RAPs escolhidos ou escritos pelos alunos

Desenvolvimento da atividade: tomando como ponto de partida a atividade

anterior, os alunos apresentarão as composições ou os RAPs de sua escolha, tendo

assim uma atividade de apreciação musical.

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Tema: Movimento hip hop, arte, história e hip hop

Desenvolvimento da atividade: a partir dos vídeos sobre hip hop e a arte de

grafitar. Na seqüência os educandos construirão grafites com as suas assinaturas

em forma de grafite, para elaboração de um painel para exposição.

Tempo: Aproximadamente três horas aula.

Professor: Neste momento são fundamentais as explicações e direcionamentos

diante da música como pano de fundo dos vídeos, juntamente a diferenciação do

grafite e da pixação. Também a compreensão dos elementos que compõem o

hip hop. Sempre retomando os conhecimentos/ informações das atividades

anteriores, para se visualizar os conhecimentos que foram acrescentados aos

alunos no decorrer da aplicação da produção didático pedagógica. Sugere-se

que principalmente seja centrado o rap (um dos elementos do hip hop), as suas

letras e os movimentos urbanos associados ao mesmo, como o afroreggae.

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Vídeos:

- Grafite e hip hop: <http://www.youtube.com/watch?v=ww8iN5BzNqQ> .

- Arte urbana – Graffiti: <http://www.youtube.com/watch?v=42cKzMr91xg>.

- A arte de grafitar: <http://www.youtube.com/watch?v=SQhgTLvb8JA&feature=fvst>.

Atividade

: é o nome que se usa para a assinatura, ou seja, os artistas que

compõem grafites criam suas assinaturas, as quais assinam sempre os seus

trabalhos, logo, se tornarem-se famosos, a assinatura (TAG) será reconhecida em

qualquer lugar do mundo.

Crie uma “Tag”, juntamente a um grafite com o seu nome, que será utilizado

para montar um painel para exposição das atividades deste projeto.

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Tema: música, dança e apresentação.

Desenvolvimento da atividade: os alunos serão organizados em dois grandes

grupos, os quais se organizarão pra fazer uma apresentação de hip hop, a escolha

deles, usando-se do RAP, ou da dança (break) , juntamente ao som (Dj). Assim,

algumas aulas serão utilizadas para ensaio. No ultimo dia os resultados do projeto

serão mostrados à comunidade escolar, com as apresentações, painel de grafites e

painel explicativo sobre o hip hop.

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REFERÊNCIAS

Biografia Afroreggae, 23/11/09. Letras. Com. Disponível em: <http://www.letras.com.br/biografia/afroreggae>. Acesso em: 01/07/11.

BRASIL. Presidência da República: subchefia de assuntos jurídicos. Lei 11.645 de 10 de março de 2008. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2007- 2010/2008/Lei/L11645.htm>., acessado em 3/09/2010. BRASIL. CURITIBA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da educação básica-História. Curitiba, Paraná, 2008. BROWN, Marcio. Nossa cara preta, Coisa de negro (música). Disponível em: <<http://nossacarapreta.blogspot.com/2009/01/coisa-de-negro-frica.html>.Acesso em: 01/07/11. MARTINS, R. Hip Hop: o estilo que ninguém segura. São Paulo: ESETEC, 2005. OLIVEIRA, Raquel de. História e cultura Afro-brasileira no currículo escolar: a lei respalda e garante a implementação de projetos pedagógicos que tornam o currículo escolar mais democrático. Casa de cultura da mulher negra, São Paulo, 2001. Disponível em: < http://www.casadeculturadamulhernegra.org.br/rn_edu_ant03.htm>. Acesso em: 11/09/10.

Professor:

Para estimulação das apresentações serão mostrados alguns vídeos

de dança e música com o hip hop, dando-se sugestões aos grupos para

pensarem em uma boa apresentação cheia de expressão e que realmente

represente o hip hop.