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TÍTULO DO TRABALHO: PLANO DE … · Diagnóstico Participativo nas comunidades rurais e urbanas...
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TÍTULO DO TRABALHO: PLANO DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA (PDA) PARA O MUNICÍPIO DE
PITANGUEIRAS - PARANÁ
NOME E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO AUTOR: CRISTOVON VIDEIRA RIPOL ENGENHEIRO AGRÔNOMO
LOTAÇÃO DO AUTOR: REGIÃO DE LONDRINA
UNIDADE MUNICIPAL DE PITANGUEIRAS
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1- CONTEXTUALIZAÇÃO
Localizado na meso-região norte central paranaense, o Município de
Pitangueiras, emancipado em 28/09/1990, através da Lei Estadual nº 9.389, de
autoria do Deputado Homero Oguido, cuja instalação se deu em 01/01/1993,
possuía nas culturas do algodão e do café no sistema tradicional sua principal fonte
de geração e distribuição de riquezas.
Na safra 92/93, só o algodão ocupava uma área de 2.490 hectares,
representando aproximadamente, 40% (quarenta por cento) da área de lavouras
anuais. O café no sistema tradicional possuía uma área de 766 hectares, sendo
outros 5.680 hectares ocupados por pastagens improdutivas com baixa capacidade
de lotação. Estas áreas juntas representavam 64% (sessenta e quatro por cento) da
área total do Município (12.373,6 hectares).
No primeiro ano de gestão administrativa, o Município, através de seu
Departamento de Fomento Agropecuário e parceiros envolvidos com a agropecuária
local, notadamente a Corol – Cooperativa Agropecuária Rolândia Ltda. e Emater-
Paraná, vinculada do Sistema SEAB, realizaram eventos expressivos de repasse de
tecnologias inovadoras e de apoios institucionais no sentido de viabilizar o Algodão,
porém sem resultados significativos em virtude de problemas extra-propriedades e
estruturais da cadeia produtiva do algodão, atividade que inviabilizou-se no início da
década de 90 devido aos subsídios de importação do produto.
A cafeicultura e pecuária, por sua vez, adotavam um modelo econômico de
cultivo e exploração ultrapassado e decadente, em monocultura e com baixos níveis
de produtividade. Em 1994, o Município e todo Estado foram atingidos por uma
geada severa que dizimou as lavouras cafeeiras.
A maioria de sua população de 2.275 habitantes naquela época, sem
perspectiva de emprego e renda, aguardava as benesses prometidas da
emancipação política, pela liberação de verbas estaduais e federais, que eram
minguadas, insuficientes até para interromper o processo de êxodo municipal em
andamento. Numa época aliás, em que todas as condições eram favoráveis de se
atrelar ao modelo que persistia nos pequenos municípios do Paraná, onde a perda
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da população rural e a baixa arredação de tributos, extremamente dependente da
agropecuária limitada, podiam asfixiar qualquer iniciativa ousada de
desenvolvimento local.
As principais carências sentidas na época era a baixa renda dos
trabalhadores rurais, atrelada à sazonalidade na demanda por mão-de-obra volante,
a degradação dos recursos naturais, especialmente água e solos, a descapitalização
dos pequenos produtores e mal uso dos fatores de produção terra-capital-mão de
obra disponíveis. Como potencialidades, a presença de parceiros como cooperativas
e integradoras, a infra-estrutura de produção e tecnologias disponíveis, o apoio
institucional do Município e Governo Estadual e a credibilidade e interesse por parte
dos agentes de desenvolvimento, os próprios produtores rurais em mudar o
comportamento produtivo.
Foi aí que a então administração municipal, comandada pelo primeiro e atual
prefeito Arquimedes Ziroldo, o "Bega", em conjunto com o Conselho Municipal de
Desenvolvimento Agrícola, constituído de 30 membros, sendo a metade formada por
agricultores, demandaram à Emater-Paraná e parceiros o desafio de superarem
juntos as dificuldades e implementarem um programa de intervenção planejada de
inserção econômica, visando a geração de empregos e renda na agricultura, a
médio e longo prazo: O Plano de Desenvolvimento Agrícola para o Município de
Pitangueiras.
Conselho, Emater, parceiros e prefeitura unidos em construir uma proposta de
trabalho e decidir cada ação depois da análise de viabilidade técnica e que
garantisse resultado financeiro aos produtores rurais participantes, com propostas
voltadas à diversificação agropecuária, gestão da propriedade agrícola, organização
do produtor rural e da produção colhida, novas oportunidades de
agroindustrialização e controle da degradação ambiental, profundamente sentida
nos desmatamentos ciliares e na erosão do solo agrícola.
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2- CONCEITUAÇÃO O Plano de Desenvolvimento Agrícola – PDA foi elaborado nos anos
1994/1995 para execução posterior entre os anos de 1995 e 1998, porém sua
efetiva implementação estendeu-se até meados do ano 2003. É o produto de ações
e discussões trabalhadas na comunidade pelos seus agentes de forma organizada,
integrada e pautada nas suas expectativas.
As propostas de atuação visavam o desenvolvimento agrícola e a melhoria da
qualidade de vida da população como um todo, através do melhor dimensionamento
e utilização dos fatores de produção, otimizando-os em sistemas integrados que
maximizassem o uso da terra, do capital e da mão-de-obra durante o ano nas
propriedades rurais. Resumidamente, possuía uma matriz onde os produtores abandonariam o sistema de produção em monocultura para adotarem um sistema de produção diversificado. O PDA foi concebido com a criação de 04 (quatro) Programas Municipais:
Diversificação do Estabelecimento Agrícola, Organização Rural, Recuperação e
Conservação dos Recursos Naturais e Recuperação da Cotonicultura Municipal,
todos voltados ao aumento da circulação de riquezas a nível local, com
sustentabilidade econômica e ambiental.
3- DESENVOLVIMENTO
O início das ações previstas no PDA se deu em 1995 com a realização do 1º
Encontro de Diversificação Agrícola do Município de Pitangueiras, que fomentou e
organizou grupos informais de produção por atividade de interesse. Em 2003, o PDA
foi dado por concluído durante Oficinas Integradas de Trabalho que avaliaram os
resultados obtidos com a execução das propostas nele dimensionadas. Na
oportunidade, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Agrícola definiu a
necessidade de elaboração de um plano de maior abrangência, com o
redimensionamento de metas e objetivos, envolvendo setores do meio rural e
urbano: O Plano de Desenvolvimento Municipal, bem como a requalificação do
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Conselho Municipal de Desenvolvimento, visando capacitar seus membros em
metodologias de diagnóstico participativo e avaliação de indicadores sociais e
econômicos.
É aspiração atual da Administração Municipal a formalização do Conselho
Municipal de Desenvolvimento, através de Lei Municipal, que disponha sobre sua
criação, composição e atribuições, e, a partir da sua instituição, iniciar o
Diagnóstico Participativo nas comunidades rurais e urbanas para a elaboração do
novo plano. Em outubro de 2003 foi iniciado o processo de formação de potenciais
conselheiros, que prevê para o ano de 2005 a realização da 2ª etapa e uma
excursão técnica para o Município de Quatro Pontes – PR, cujo IDH-M é o 2º do
Estado, eventos já programados com recursos do Projeto Paraná 12 Meses –
Capacitação do 1º Trimestre/2005.
3.1- Estrutura Organizacional
Direcionados pelos objetivos e metas previstos no PDA e apresentados a
seguir, como reais instrumentos de trabalho e consulta permanente, o Conselho
Municipal de Desenvolvimento Agrícola representado pelos diversos segmentos da
agropecuária local, promoveu encontros municipais com a presença dos produtores
do município onde eram apresentadas oportunidades do agronegócio, as quais
visavam basicamente a diversificação das propriedades e conseqüentemente da
renda dos mesmos.
Nestes encontros os produtores foram organizados em grupos informais por
atividade de interesse. Constituíam-se então os grupos do Maracujá, dos
Cafeicultores de Adensado, da Seda, do Leite, da Laranja, da Avicultura, do Peixe,
entre outros. Cada grupo foi trabalhado de forma diferenciada, com a participação
dos parceiros (integradoras, cooperativas e agroindústrias), num processo
concentrado e organizado de auto-capacitação (aprender fazendo), fomento e
assistência técnica integral, com reuniões periódicas por fase produtiva das
culturas/atividades em questão, proporcionado segurança e confiança por parte dos
produtores.
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Destacamos a evolução do grupo de cafeicultores de adensado que, em
25/10/1999, consolidou-se historicamente na 1ª associação de produtores do
município, a ACAPI – Associação dos Cafeicultores de Pitangueiras, congregando,
na época, 39 (trinta e nove) associados e o grupo de vileiros que em 14/01/2003
iniciaram as atividades da VR – Vila Rural Confecções, congregando 31 famílias.
3.2- Processo de Gestão
O PDA foi executado pelos produtores e parceiros, sempre coordenado pelo
Conselho Municipal de Desenvolvimento Agrícola. Estrategicamente, para maior
agilidade dos trabalhos e comunicação com os grupos/comunidades rurais, 50% dos
membros do Conselho era composto por produtores rurais, os próprios líderes e/ou
representantes dos grupos informais e das comunidades.
3.3- Público Alvo
Inicialmente, o PDA, conforme o próprio objetivo e nomenclatura, pretendia
atender um segmento econômico do município na geração de empregos e renda, ou
seja, a agropecuária municipal, especialmente os agricultores familiares.
Porém, durante a execução do plano, nas reuniões periódicas do Conselho,
outros segmentos da sociedade foram chamados para opinarem e implementarem
algumas atividades, mais especificamente no que se referia à saúde e educação,
tais como a implementação do Programa Vilas Rurais, cadastramento de produtores
em programas sociais e emissão de notas de produtores.
Neste sentido houve a inserção de membros do meio urbano no Conselho,
que contribuíram para um trabalho mais amplo, resultando em expressivas
realizações no âmbito social, não previstas no PDA, que foram alcançadas graças à
elevação do valor bruto da produção agropecuária, com conseqüente aumento no
repasse da Cota-parte do ICMS pelo Governo do Estado e maior capacidade de
investimento por parte da administração municipal, proporcionando significativa
melhoria na qualidade de vida da população como um todo.
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Vale ressaltar os equipamentos sociais na área de saúde e educação que
foram implantados no período compreendido pelo plano e principalmente nos anos
de sua pós-execução, como por exemplo: o Terminal do Trabalhador Volante, o
Centro de Educação Infantil Criança Feliz, o Projeto Piá como contra-turno escolar, o
Centro de Educação e Esportes, Centro de Reabilitação Motora, entre outros, sem
esquecer de mencionar, que estas ações possibilitaram notáveis avanços no IDH-M,
onde Pitangueiras, em 1991, enquanto Distrito de Rolândia, possuía o IDH-M de
0,652, passando para 0,754 em 2000, classificando o município na 145ª posição
dentre os 399 municípios do Paraná. Ainda em relação aos indicadores sociais, num
confronto entre os anos de 1991 e 2000, destacamos a elevação da renda per
capita, a redução drástica da porcentagem de pobres no município e a elevação da
esperança de vida ao nascer, que em Pitangueiras é de 72,3 anos, uma das
melhores da AMEPAR (vide gráficos anexos).
3.4- Participação Popular
O PDA, na sua execução junto aos grupos de produtores, previa além do
fomento das atividades e capacitação, o constante diagnóstico participativo e
avaliação dos trabalhos para uma intervenção planejada conforme dificuldades
encontradas durante a implementação das ações. Portanto, houve, em todas as
etapas de execução do plano, a participação efetiva dos parceiros e produtores.
Como citado anteriormente, a coordenação geral dos trabalhos foi exercida
pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Agrícola, o qual era devidamente
assessorado por outras comissões de conselheiros por ocasião da implantação dos
programas previstos (Ex.: Comissão Municipal do Programa Vilas Rurais etc.).
A comunidade urbana se fez representar conforme citado anteriormente, no
item 2 deste relato – Processo de Gestão.
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3.5- Parcerias
A elaboração e execução do Plano de Desenvolvimento Agrícola – PDA,
contou com as seguintes parcerias:
Governamentais: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento –
SEAB e suas vinculadas, EMATER-PR, IAPAR e CODAPAR, Secretaria Especial
da Política Habitacional, através da COHAPAR, Secretaria de Estado do
Emprego e Relações de Trabalho – SERT (hoje SEPT), Secretaria de Estado do
Meio Ambiente – SEMA, através do Instituto Ambiental do Paraná – IAP,
Prefeitura do Município de Pitangueiras, Câmara Municipal de Pitangueiras,
Banco do Brasil S/A e Banco do Estado do Paraná S/A.
Não-Governamentais: Cooperativa Agropecuária Rolândia Ltda. – COROL,
Associação de Desenvolvimento Comunitário de Pitangueiras – ADECOP, Big
Frango, Comaves, Avebom, Kanebo Silk do Brasil, Fiação de Seda Bratac S/A,
Agroceres, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Astorga, Sindicato Patronal de
Astorga, entre outras.
3.6- Instrumentos Legais
Por ocasião da elaboração e execução do PDA, a Administração Municipal
disponibilizou os seguintes instrumentos legais:
Leis de Diretrizes Orçamentárias, elaboradas anualmente, nas quais são
estabelecidas as metas e prioridades municipais no âmbito da agricultura;
Leis Orçamentárias Anuais, através das quais são consignados recursos, em
montantes significativos, para a diversificação agrícola e organização rural;
Planos Plurianuais, que definem as metas e prioridades para cada setor da
Administração Municipal, para um período de 4 (quatro) anos;
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Decreto nº 324/96, de 06/08/1996, que criou o Conselho Municipal do Projeto
Paraná 12 Meses, através do qual foi formalizado o próprio Conselho do PDA e
posterior alteração através do Decreto nº 522/2001, de 06/03/2001;
Decreto nº 301/96, de 06/05/1996, que criou o Conselho Municipal do Trabalho,
através do qual viabilizou-se convênios para a capacitação de produtores;
Portaria nº 003/98, de 23/01/1998, que designou os membros componentes da
Comissão Municipal do Programa Vilas Rurais, e sua posterior alteração através
da Portaria nº 015/2001, de 28/09/2001;
Convênios Anuais com a EMATER-PR, deste 1993; e
Convênios e Contratos diversos para execução de obras e serviços,
especialmente em adequação de estradas rurais, apoio a piscicultura, construção
de abastecedores comunitários e incentivos a associações.
4- RESULTADOS
Considerando a segmentação do PDA em 04 (quatro) Programas Municipais,
citados anteriormente e, sua conclusão em 2002, apresentamos a seguir os
objetivos e metas previstos e obtidos como resultados em cada programa.
4.1- Programa de Diversificação do Estabelecimento Agrícola
4.1.1- Objetivos Previstos e Obtidos: Distribuição das entradas de receitas nas propriedades durante o ano;
Geração de empregos;
Abastecimento regional; e
Gestão econômica.
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4.1.2- Metas Previstas e Obtidas
Metas (Principais) Prevista Executada
Investimentos em infra-estrutura R$ 300 mil (*)
Implantação de pomares 80 hectares 152,3 hectares
Implantação de amoreira/seda 50 hectares 30 hectares
Implantação de café adensado 30 hectares 380 hectares
Sistemas diversificados (% de
estabelecimentos)
27% 65%
Elevação do Valor Bruto de Produção – VBP R$ 20,00 milhões R$ 36,77 milhões
Geração de empregos 90 200
4.2- Programa de Organização Rural
4.2.1- Objetivos Previstos e Obtidos Cadastramento de produtores por grupos de interesse;
Implantação de associações de produtores;
Capacitação da mão-de-obra (cursos e outras metodologias); e
Implantação de vilas rurais.
4.2.2- Metas Previstas e Obtidas
Metas (Principais) Prevista Executada
Investimentos em infra-estrutura R$ 375 mil (*)
Implantação de vilas rurais 01 03
Número de lotes em vilas rurais 40 84
Implantação de grupos informais 10 10
Implantação de associações de produtores 02 02
Número de produtores capacitados em cursos (repet.) 240 505
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4.3- Programa de Recuperação e Conservação dos Recursos Naturais
4.3.1-. Objetivos Previstos e Obtidos Manejo e conservação dos solos e águas;
Reflorestamento ciliar de nascentes;
Implantação de abastecedores comunitários;
Readequação de estradas rurais; e
Implantação do plantio direto.
4.3.2- Metas Previstas e Obtidas
Metas (Principais) Prevista Executada
Investimentos em infra-estrutura R$ 222 mil (*)
Calagem dos solos 1.500
hectares
9.500 hectares
Toneladas de calcário 2.000 3.000
Análise de solo 100 500
Implantação de abastecedores comunitários 03 04
Readequação de estradas rurais 23,8 Km 27,0 Km
Plantio de mudas nativas 10.000 15.000
Implantação do plantio direto (lavouras anuais - %
da área)
40% 100%
4.4- Programa de Recuperação da Cotonicultura Municipal
4.4.1- Objetivos Previstos e Obtidos Incentivos ao plantio;
Repasse de tecnologias;
Implantação de unidades demonstrativas; e
Organização da categoria.
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4.4.2- Metas Previstas e Obtidas
Metas (Principais) Prevista Executada
Investimentos em infra-estrutura R$ 18 mil (*)
Implantação de unidades demonstrativas 04 04
Organização e capacitação dos produtores 100% 100%
Manutenção da área de plantio 1.000
hectares
420 hectares
(**)
Implantação de associações de produtores 02 02
(*) A meta total de investimentos em infra-estrutura compreendia R$ 915 mil, sendo
aplicados aproximadamente R$ 5,0 milhões considerando recursos do
PRONAF (R$ 900 mil), Projeto Paraná 12 Meses (R$ 722 mil), Município de
Pitangueiras, Governo do Estado e contrapartidas dos produtores; e
(**) Média de área entre as safras 94/95 e 97/98.
5- CONCLUSÕES O PDA terá sua continuidade através do Plano de Desenvolvimento Municipal
- PDM, o qual começará a ser trabalhado em 2005 pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento, após a aplicação da metodologia do INPA junto aos conselheiros,
agentes de desenvolvimento e comunidades rurais e urbanas locais. Neste sentido,
novo ânimo surgiu junto a toda municipalidade com a premiação do PDA de Pitangueiras entre as 10 melhores experiências municipais da 1ª versão do Prêmio Homero Oguido/2004 do Governo do Estado – SEDU – Secretaria de
Desenvolvimento Urbano, dentre 262 experiências apresentadas por 153 municípios
paranaenses.
O Plano de Desenvolvimento Municipal perseguirá o crescimento do IDH –
Índice de Desenvolvimento Humano do Município de Pitangueiras, com reais
investimentos nas pessoas e nas oportunidades, para o fortalecimento das
instituições locais, com vistas à melhoria da qualidade de vida da sua população.
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A matriz do PDA deverá ser preservada na dimensão agropecuária do novo
formato do plano municipal, isto é, a otimização dos fatores de produção Terra-
Capital-Homem, como garantia da sustentabilidade dos sistemas de produção locais,
hoje 65% totalmente diversificados com no mínimo 03 atividades agropecuárias,
considerando que a maioria dos resultados em qualidade de vida da população
como um todo, surgiram deste modelo de geração e distribuição de riquezas.
A aplicabilidade do PDA é possível em outros municípios, desde que previstas
e negociadas antecipadamente as parcerias e os recursos necessários para a
implementação das propostas de diversificação agrícola, ainda, dimensionada a
assistência técnica, capacitação e o fomento agropecuário junto aos produtores
envolvidos. Assim, o PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar e o Projeto Paraná 12 Meses são importantes alavancas
financeiras aos planos de desenvolvimento e, as secretarias municipais de
agricultura podem suprir a estrutura de pessoal de campo necessária, sob a
coordenação da Emater-Paraná, sendo a capilaridade e a presença técnica nas
propriedades indispensáveis para o sucesso na aplicação desta matriz de
desenvolvimento.
6- ELABORAÇÃO
Engº Agrº Cristovon Videira Ripol
Unidade Municipal de Pitangueiras – Paraná
Região de Londrina
Pitangueiras, 06 de Janeiro de 2005.
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RELAÇÃO DE ANEXOS
01. 12 (doze) fotos com identificação, sobre o Plano de Desenvolvimento Agrícola
para o Município de Pitangueiras - Paraná;
02. 04 (quatro) gráficos com indicadores sociais (Esperança de Vida ao Nascer,
Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade, Evolução do IDH – Pitangueiras
e Indicadores de Mortalidade Infantil, Longevidade e Fecundidade), fonte: Atlas
do Desenvolvimento Humano; e
03. Evolução do VBP – Valor Bruto da Produção nos municípios de porte
semelhante (área) da região administrativa do Núcleo da SEAB de Londrina
(cinco municípios).
15
O crescimento do VBP permitiu a realização de importantes obras no meio urbano. O “Centro de Educação Infantil Criança Feliz” atende a 160 crianças, especialmente os filhos de agricultores familiares e trabalhadores rurais do Município. No detalhe o Terminal do Trabalhador, fórum permanente de organização do trabalho volante e onde é servida a 1ª refeição do dia (gratuita).
Vista aérea do Município de Pitangueiras, com 65% dos seus estabelecimentos rurais diversificados. A maior geração de riquezas proporcionou a atração e instalação de 03 novas agências bancárias para a comunidade (Sicredi, Bradesco e Caixa Econômica Federal) - detalhe.
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A VR – Vila Rural Confecções, associação de vileiros que emprega 16 mulheres e jovens rurais em serviços de costura industrial, gerando renda adicional média de 1,5 salários mínimos/mês para suas famílias. No detalhe a logomarca da VR e Luzia Helena Moreira da Cruz, Presidente da VR.
Acima a ACAPI – Associação dos Cafeicultores de Pitangueiras, investimento de R$ 300 mil, que beneficia o produto e organiza a comercialização de Cafés com notável agregação de valor. Abaixo a matriz do PDA (propriedade diversificada – Café/Frango/Laranja) e o Conselho Municipal em treinamento/Outubro 2003.
17
0
10
20
30
40
50
60
70
80
Guaraci 69,6
Jaguapitã 71,5
Londrina 71,4
Miraselva 76,4
Pitangueiras 72,3
Prado Ferreira 71,8
Rolândia 68,4
Dr. Ulysses 63,6
Quatro Pontes 77,7
Esperança de vida ao nascer
ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER
0
50
100
150
200
RENDA PER CAPITAMÉDIA (R$ DE 2000)
107,4 190,4
PROPORÇÃO DEPOBRES
52,2 25,5
ÍNDICE DE GINI 0,48 0,48
1991 2000
PITANGUEIRAS
ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER
FONTE: ATLAS DO DESENVOLVIMENTO
HUMANO
PITANGUEIRAS INDICADORES DE RENDA,
POBREZA E DESIGUALDADE 1991 E 2000
FONTE: ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO
18
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
ÍNDICE DEDESENVOLVIMENTOHUMANO MUNICIPAL
0,652 0,754
EDUCAÇÃO 0,713 0,825
LONGEVIDADE 0,691 0,788
RENDA 0,553 0,649
1991 2000
0
20
40
60
80
MORTALIDADE ATÉ 1ANO (POR MILNASCIDOS VIVOS)
35,2 14,3
ESPERANÇA DE VIDAAO NASCER
66,4 72,3
TAXA DEFECUNDIDADE
2,6 5,5
1991 2000
PITANGUEIRAS
EVOLUÇÃO DO IDH
1991 E 2000FONTE: ATLAS DO
DESENVOLVIMENTO HUMANO
PITANGUEIRAS
INDICADORES DE MORTALIDADE
INFANTIL, LONGEVIDADE E FECUNDIDADE
1991 E 2000
19
EVOLUÇÃO DO VBP – VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA
SAFRA LUPIONÓPOLIS MIRASELVA PITANGUEIRAS CAFEARA GUARACI 93/94 2.365.951,62 7.944.606,62 4.749.482,32 3.662.393,80 3.491.946,8894/95 2.949.434,23 8.362.937,91 6.870.427,64 3.239.944,14 8.008.167,0095/96 3.718.544,67 5.331.841,05 9.174.500,55 5.790.349,74 9.030.973,9896/97 5.051.528,05 5.549.599,10 11.454.735,59 5.502.981,54 14.149.926,5897/98 5.799.275,02 4.219.674,75 11.216.373,35 6.439.320,37 30.695.728,7798/99 7.309.360,53 6.725.839,49 12.027.293,25 8.163.970,85 28.653.620,7199/00 6.685.851,30 10.125.533,81 11.077.283,73 8.489.978,65 19.171.648,3000/01 9.015.234,83 5.408.631,81 14.252.038,76 10.504.437,59 21.188.157,4001/02 9.880.754,35 7.724.001,46 21.367.016,57 14.734.612,12 17.227.790,0702/03 - - 36.766.114,79 - -
FONTE: SEAB/DERAL – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL DA SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DO PARANÁ.