TÍTULO DO TRABALHO: PLANO DE … · Diagnóstico Participativo nas comunidades rurais e urbanas...

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1 TÍTULO DO TRABALHO: PLANO DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA (PDA) PARA O MUNICÍPIO DE PITANGUEIRAS - PARANÁ NOME E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO AUTOR: CRISTOVON VIDEIRA RIPOL ENGENHEIRO AGRÔNOMO LOTAÇÃO DO AUTOR: REGIÃO DE LONDRINA UNIDADE MUNICIPAL DE PITANGUEIRAS

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TÍTULO DO TRABALHO: PLANO DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA (PDA) PARA O MUNICÍPIO DE

PITANGUEIRAS - PARANÁ

NOME E FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO AUTOR: CRISTOVON VIDEIRA RIPOL ENGENHEIRO AGRÔNOMO

LOTAÇÃO DO AUTOR: REGIÃO DE LONDRINA

UNIDADE MUNICIPAL DE PITANGUEIRAS

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1- CONTEXTUALIZAÇÃO

Localizado na meso-região norte central paranaense, o Município de

Pitangueiras, emancipado em 28/09/1990, através da Lei Estadual nº 9.389, de

autoria do Deputado Homero Oguido, cuja instalação se deu em 01/01/1993,

possuía nas culturas do algodão e do café no sistema tradicional sua principal fonte

de geração e distribuição de riquezas.

Na safra 92/93, só o algodão ocupava uma área de 2.490 hectares,

representando aproximadamente, 40% (quarenta por cento) da área de lavouras

anuais. O café no sistema tradicional possuía uma área de 766 hectares, sendo

outros 5.680 hectares ocupados por pastagens improdutivas com baixa capacidade

de lotação. Estas áreas juntas representavam 64% (sessenta e quatro por cento) da

área total do Município (12.373,6 hectares).

No primeiro ano de gestão administrativa, o Município, através de seu

Departamento de Fomento Agropecuário e parceiros envolvidos com a agropecuária

local, notadamente a Corol – Cooperativa Agropecuária Rolândia Ltda. e Emater-

Paraná, vinculada do Sistema SEAB, realizaram eventos expressivos de repasse de

tecnologias inovadoras e de apoios institucionais no sentido de viabilizar o Algodão,

porém sem resultados significativos em virtude de problemas extra-propriedades e

estruturais da cadeia produtiva do algodão, atividade que inviabilizou-se no início da

década de 90 devido aos subsídios de importação do produto.

A cafeicultura e pecuária, por sua vez, adotavam um modelo econômico de

cultivo e exploração ultrapassado e decadente, em monocultura e com baixos níveis

de produtividade. Em 1994, o Município e todo Estado foram atingidos por uma

geada severa que dizimou as lavouras cafeeiras.

A maioria de sua população de 2.275 habitantes naquela época, sem

perspectiva de emprego e renda, aguardava as benesses prometidas da

emancipação política, pela liberação de verbas estaduais e federais, que eram

minguadas, insuficientes até para interromper o processo de êxodo municipal em

andamento. Numa época aliás, em que todas as condições eram favoráveis de se

atrelar ao modelo que persistia nos pequenos municípios do Paraná, onde a perda

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da população rural e a baixa arredação de tributos, extremamente dependente da

agropecuária limitada, podiam asfixiar qualquer iniciativa ousada de

desenvolvimento local.

As principais carências sentidas na época era a baixa renda dos

trabalhadores rurais, atrelada à sazonalidade na demanda por mão-de-obra volante,

a degradação dos recursos naturais, especialmente água e solos, a descapitalização

dos pequenos produtores e mal uso dos fatores de produção terra-capital-mão de

obra disponíveis. Como potencialidades, a presença de parceiros como cooperativas

e integradoras, a infra-estrutura de produção e tecnologias disponíveis, o apoio

institucional do Município e Governo Estadual e a credibilidade e interesse por parte

dos agentes de desenvolvimento, os próprios produtores rurais em mudar o

comportamento produtivo.

Foi aí que a então administração municipal, comandada pelo primeiro e atual

prefeito Arquimedes Ziroldo, o "Bega", em conjunto com o Conselho Municipal de

Desenvolvimento Agrícola, constituído de 30 membros, sendo a metade formada por

agricultores, demandaram à Emater-Paraná e parceiros o desafio de superarem

juntos as dificuldades e implementarem um programa de intervenção planejada de

inserção econômica, visando a geração de empregos e renda na agricultura, a

médio e longo prazo: O Plano de Desenvolvimento Agrícola para o Município de

Pitangueiras.

Conselho, Emater, parceiros e prefeitura unidos em construir uma proposta de

trabalho e decidir cada ação depois da análise de viabilidade técnica e que

garantisse resultado financeiro aos produtores rurais participantes, com propostas

voltadas à diversificação agropecuária, gestão da propriedade agrícola, organização

do produtor rural e da produção colhida, novas oportunidades de

agroindustrialização e controle da degradação ambiental, profundamente sentida

nos desmatamentos ciliares e na erosão do solo agrícola.

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2- CONCEITUAÇÃO O Plano de Desenvolvimento Agrícola – PDA foi elaborado nos anos

1994/1995 para execução posterior entre os anos de 1995 e 1998, porém sua

efetiva implementação estendeu-se até meados do ano 2003. É o produto de ações

e discussões trabalhadas na comunidade pelos seus agentes de forma organizada,

integrada e pautada nas suas expectativas.

As propostas de atuação visavam o desenvolvimento agrícola e a melhoria da

qualidade de vida da população como um todo, através do melhor dimensionamento

e utilização dos fatores de produção, otimizando-os em sistemas integrados que

maximizassem o uso da terra, do capital e da mão-de-obra durante o ano nas

propriedades rurais. Resumidamente, possuía uma matriz onde os produtores abandonariam o sistema de produção em monocultura para adotarem um sistema de produção diversificado. O PDA foi concebido com a criação de 04 (quatro) Programas Municipais:

Diversificação do Estabelecimento Agrícola, Organização Rural, Recuperação e

Conservação dos Recursos Naturais e Recuperação da Cotonicultura Municipal,

todos voltados ao aumento da circulação de riquezas a nível local, com

sustentabilidade econômica e ambiental.

3- DESENVOLVIMENTO

O início das ações previstas no PDA se deu em 1995 com a realização do 1º

Encontro de Diversificação Agrícola do Município de Pitangueiras, que fomentou e

organizou grupos informais de produção por atividade de interesse. Em 2003, o PDA

foi dado por concluído durante Oficinas Integradas de Trabalho que avaliaram os

resultados obtidos com a execução das propostas nele dimensionadas. Na

oportunidade, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Agrícola definiu a

necessidade de elaboração de um plano de maior abrangência, com o

redimensionamento de metas e objetivos, envolvendo setores do meio rural e

urbano: O Plano de Desenvolvimento Municipal, bem como a requalificação do

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Conselho Municipal de Desenvolvimento, visando capacitar seus membros em

metodologias de diagnóstico participativo e avaliação de indicadores sociais e

econômicos.

É aspiração atual da Administração Municipal a formalização do Conselho

Municipal de Desenvolvimento, através de Lei Municipal, que disponha sobre sua

criação, composição e atribuições, e, a partir da sua instituição, iniciar o

Diagnóstico Participativo nas comunidades rurais e urbanas para a elaboração do

novo plano. Em outubro de 2003 foi iniciado o processo de formação de potenciais

conselheiros, que prevê para o ano de 2005 a realização da 2ª etapa e uma

excursão técnica para o Município de Quatro Pontes – PR, cujo IDH-M é o 2º do

Estado, eventos já programados com recursos do Projeto Paraná 12 Meses –

Capacitação do 1º Trimestre/2005.

3.1- Estrutura Organizacional

Direcionados pelos objetivos e metas previstos no PDA e apresentados a

seguir, como reais instrumentos de trabalho e consulta permanente, o Conselho

Municipal de Desenvolvimento Agrícola representado pelos diversos segmentos da

agropecuária local, promoveu encontros municipais com a presença dos produtores

do município onde eram apresentadas oportunidades do agronegócio, as quais

visavam basicamente a diversificação das propriedades e conseqüentemente da

renda dos mesmos.

Nestes encontros os produtores foram organizados em grupos informais por

atividade de interesse. Constituíam-se então os grupos do Maracujá, dos

Cafeicultores de Adensado, da Seda, do Leite, da Laranja, da Avicultura, do Peixe,

entre outros. Cada grupo foi trabalhado de forma diferenciada, com a participação

dos parceiros (integradoras, cooperativas e agroindústrias), num processo

concentrado e organizado de auto-capacitação (aprender fazendo), fomento e

assistência técnica integral, com reuniões periódicas por fase produtiva das

culturas/atividades em questão, proporcionado segurança e confiança por parte dos

produtores.

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Destacamos a evolução do grupo de cafeicultores de adensado que, em

25/10/1999, consolidou-se historicamente na 1ª associação de produtores do

município, a ACAPI – Associação dos Cafeicultores de Pitangueiras, congregando,

na época, 39 (trinta e nove) associados e o grupo de vileiros que em 14/01/2003

iniciaram as atividades da VR – Vila Rural Confecções, congregando 31 famílias.

3.2- Processo de Gestão

O PDA foi executado pelos produtores e parceiros, sempre coordenado pelo

Conselho Municipal de Desenvolvimento Agrícola. Estrategicamente, para maior

agilidade dos trabalhos e comunicação com os grupos/comunidades rurais, 50% dos

membros do Conselho era composto por produtores rurais, os próprios líderes e/ou

representantes dos grupos informais e das comunidades.

3.3- Público Alvo

Inicialmente, o PDA, conforme o próprio objetivo e nomenclatura, pretendia

atender um segmento econômico do município na geração de empregos e renda, ou

seja, a agropecuária municipal, especialmente os agricultores familiares.

Porém, durante a execução do plano, nas reuniões periódicas do Conselho,

outros segmentos da sociedade foram chamados para opinarem e implementarem

algumas atividades, mais especificamente no que se referia à saúde e educação,

tais como a implementação do Programa Vilas Rurais, cadastramento de produtores

em programas sociais e emissão de notas de produtores.

Neste sentido houve a inserção de membros do meio urbano no Conselho,

que contribuíram para um trabalho mais amplo, resultando em expressivas

realizações no âmbito social, não previstas no PDA, que foram alcançadas graças à

elevação do valor bruto da produção agropecuária, com conseqüente aumento no

repasse da Cota-parte do ICMS pelo Governo do Estado e maior capacidade de

investimento por parte da administração municipal, proporcionando significativa

melhoria na qualidade de vida da população como um todo.

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Vale ressaltar os equipamentos sociais na área de saúde e educação que

foram implantados no período compreendido pelo plano e principalmente nos anos

de sua pós-execução, como por exemplo: o Terminal do Trabalhador Volante, o

Centro de Educação Infantil Criança Feliz, o Projeto Piá como contra-turno escolar, o

Centro de Educação e Esportes, Centro de Reabilitação Motora, entre outros, sem

esquecer de mencionar, que estas ações possibilitaram notáveis avanços no IDH-M,

onde Pitangueiras, em 1991, enquanto Distrito de Rolândia, possuía o IDH-M de

0,652, passando para 0,754 em 2000, classificando o município na 145ª posição

dentre os 399 municípios do Paraná. Ainda em relação aos indicadores sociais, num

confronto entre os anos de 1991 e 2000, destacamos a elevação da renda per

capita, a redução drástica da porcentagem de pobres no município e a elevação da

esperança de vida ao nascer, que em Pitangueiras é de 72,3 anos, uma das

melhores da AMEPAR (vide gráficos anexos).

3.4- Participação Popular

O PDA, na sua execução junto aos grupos de produtores, previa além do

fomento das atividades e capacitação, o constante diagnóstico participativo e

avaliação dos trabalhos para uma intervenção planejada conforme dificuldades

encontradas durante a implementação das ações. Portanto, houve, em todas as

etapas de execução do plano, a participação efetiva dos parceiros e produtores.

Como citado anteriormente, a coordenação geral dos trabalhos foi exercida

pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Agrícola, o qual era devidamente

assessorado por outras comissões de conselheiros por ocasião da implantação dos

programas previstos (Ex.: Comissão Municipal do Programa Vilas Rurais etc.).

A comunidade urbana se fez representar conforme citado anteriormente, no

item 2 deste relato – Processo de Gestão.

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3.5- Parcerias

A elaboração e execução do Plano de Desenvolvimento Agrícola – PDA,

contou com as seguintes parcerias:

Governamentais: Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento –

SEAB e suas vinculadas, EMATER-PR, IAPAR e CODAPAR, Secretaria Especial

da Política Habitacional, através da COHAPAR, Secretaria de Estado do

Emprego e Relações de Trabalho – SERT (hoje SEPT), Secretaria de Estado do

Meio Ambiente – SEMA, através do Instituto Ambiental do Paraná – IAP,

Prefeitura do Município de Pitangueiras, Câmara Municipal de Pitangueiras,

Banco do Brasil S/A e Banco do Estado do Paraná S/A.

Não-Governamentais: Cooperativa Agropecuária Rolândia Ltda. – COROL,

Associação de Desenvolvimento Comunitário de Pitangueiras – ADECOP, Big

Frango, Comaves, Avebom, Kanebo Silk do Brasil, Fiação de Seda Bratac S/A,

Agroceres, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Astorga, Sindicato Patronal de

Astorga, entre outras.

3.6- Instrumentos Legais

Por ocasião da elaboração e execução do PDA, a Administração Municipal

disponibilizou os seguintes instrumentos legais:

Leis de Diretrizes Orçamentárias, elaboradas anualmente, nas quais são

estabelecidas as metas e prioridades municipais no âmbito da agricultura;

Leis Orçamentárias Anuais, através das quais são consignados recursos, em

montantes significativos, para a diversificação agrícola e organização rural;

Planos Plurianuais, que definem as metas e prioridades para cada setor da

Administração Municipal, para um período de 4 (quatro) anos;

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Decreto nº 324/96, de 06/08/1996, que criou o Conselho Municipal do Projeto

Paraná 12 Meses, através do qual foi formalizado o próprio Conselho do PDA e

posterior alteração através do Decreto nº 522/2001, de 06/03/2001;

Decreto nº 301/96, de 06/05/1996, que criou o Conselho Municipal do Trabalho,

através do qual viabilizou-se convênios para a capacitação de produtores;

Portaria nº 003/98, de 23/01/1998, que designou os membros componentes da

Comissão Municipal do Programa Vilas Rurais, e sua posterior alteração através

da Portaria nº 015/2001, de 28/09/2001;

Convênios Anuais com a EMATER-PR, deste 1993; e

Convênios e Contratos diversos para execução de obras e serviços,

especialmente em adequação de estradas rurais, apoio a piscicultura, construção

de abastecedores comunitários e incentivos a associações.

4- RESULTADOS

Considerando a segmentação do PDA em 04 (quatro) Programas Municipais,

citados anteriormente e, sua conclusão em 2002, apresentamos a seguir os

objetivos e metas previstos e obtidos como resultados em cada programa.

4.1- Programa de Diversificação do Estabelecimento Agrícola

4.1.1- Objetivos Previstos e Obtidos: Distribuição das entradas de receitas nas propriedades durante o ano;

Geração de empregos;

Abastecimento regional; e

Gestão econômica.

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4.1.2- Metas Previstas e Obtidas

Metas (Principais) Prevista Executada

Investimentos em infra-estrutura R$ 300 mil (*)

Implantação de pomares 80 hectares 152,3 hectares

Implantação de amoreira/seda 50 hectares 30 hectares

Implantação de café adensado 30 hectares 380 hectares

Sistemas diversificados (% de

estabelecimentos)

27% 65%

Elevação do Valor Bruto de Produção – VBP R$ 20,00 milhões R$ 36,77 milhões

Geração de empregos 90 200

4.2- Programa de Organização Rural

4.2.1- Objetivos Previstos e Obtidos Cadastramento de produtores por grupos de interesse;

Implantação de associações de produtores;

Capacitação da mão-de-obra (cursos e outras metodologias); e

Implantação de vilas rurais.

4.2.2- Metas Previstas e Obtidas

Metas (Principais) Prevista Executada

Investimentos em infra-estrutura R$ 375 mil (*)

Implantação de vilas rurais 01 03

Número de lotes em vilas rurais 40 84

Implantação de grupos informais 10 10

Implantação de associações de produtores 02 02

Número de produtores capacitados em cursos (repet.) 240 505

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4.3- Programa de Recuperação e Conservação dos Recursos Naturais

4.3.1-. Objetivos Previstos e Obtidos Manejo e conservação dos solos e águas;

Reflorestamento ciliar de nascentes;

Implantação de abastecedores comunitários;

Readequação de estradas rurais; e

Implantação do plantio direto.

4.3.2- Metas Previstas e Obtidas

Metas (Principais) Prevista Executada

Investimentos em infra-estrutura R$ 222 mil (*)

Calagem dos solos 1.500

hectares

9.500 hectares

Toneladas de calcário 2.000 3.000

Análise de solo 100 500

Implantação de abastecedores comunitários 03 04

Readequação de estradas rurais 23,8 Km 27,0 Km

Plantio de mudas nativas 10.000 15.000

Implantação do plantio direto (lavouras anuais - %

da área)

40% 100%

4.4- Programa de Recuperação da Cotonicultura Municipal

4.4.1- Objetivos Previstos e Obtidos Incentivos ao plantio;

Repasse de tecnologias;

Implantação de unidades demonstrativas; e

Organização da categoria.

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4.4.2- Metas Previstas e Obtidas

Metas (Principais) Prevista Executada

Investimentos em infra-estrutura R$ 18 mil (*)

Implantação de unidades demonstrativas 04 04

Organização e capacitação dos produtores 100% 100%

Manutenção da área de plantio 1.000

hectares

420 hectares

(**)

Implantação de associações de produtores 02 02

(*) A meta total de investimentos em infra-estrutura compreendia R$ 915 mil, sendo

aplicados aproximadamente R$ 5,0 milhões considerando recursos do

PRONAF (R$ 900 mil), Projeto Paraná 12 Meses (R$ 722 mil), Município de

Pitangueiras, Governo do Estado e contrapartidas dos produtores; e

(**) Média de área entre as safras 94/95 e 97/98.

5- CONCLUSÕES O PDA terá sua continuidade através do Plano de Desenvolvimento Municipal

- PDM, o qual começará a ser trabalhado em 2005 pelo Conselho Municipal de

Desenvolvimento, após a aplicação da metodologia do INPA junto aos conselheiros,

agentes de desenvolvimento e comunidades rurais e urbanas locais. Neste sentido,

novo ânimo surgiu junto a toda municipalidade com a premiação do PDA de Pitangueiras entre as 10 melhores experiências municipais da 1ª versão do Prêmio Homero Oguido/2004 do Governo do Estado – SEDU – Secretaria de

Desenvolvimento Urbano, dentre 262 experiências apresentadas por 153 municípios

paranaenses.

O Plano de Desenvolvimento Municipal perseguirá o crescimento do IDH –

Índice de Desenvolvimento Humano do Município de Pitangueiras, com reais

investimentos nas pessoas e nas oportunidades, para o fortalecimento das

instituições locais, com vistas à melhoria da qualidade de vida da sua população.

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A matriz do PDA deverá ser preservada na dimensão agropecuária do novo

formato do plano municipal, isto é, a otimização dos fatores de produção Terra-

Capital-Homem, como garantia da sustentabilidade dos sistemas de produção locais,

hoje 65% totalmente diversificados com no mínimo 03 atividades agropecuárias,

considerando que a maioria dos resultados em qualidade de vida da população

como um todo, surgiram deste modelo de geração e distribuição de riquezas.

A aplicabilidade do PDA é possível em outros municípios, desde que previstas

e negociadas antecipadamente as parcerias e os recursos necessários para a

implementação das propostas de diversificação agrícola, ainda, dimensionada a

assistência técnica, capacitação e o fomento agropecuário junto aos produtores

envolvidos. Assim, o PRONAF – Programa Nacional de Fortalecimento da

Agricultura Familiar e o Projeto Paraná 12 Meses são importantes alavancas

financeiras aos planos de desenvolvimento e, as secretarias municipais de

agricultura podem suprir a estrutura de pessoal de campo necessária, sob a

coordenação da Emater-Paraná, sendo a capilaridade e a presença técnica nas

propriedades indispensáveis para o sucesso na aplicação desta matriz de

desenvolvimento.

6- ELABORAÇÃO

Engº Agrº Cristovon Videira Ripol

Unidade Municipal de Pitangueiras – Paraná

Região de Londrina

Pitangueiras, 06 de Janeiro de 2005.

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RELAÇÃO DE ANEXOS

01. 12 (doze) fotos com identificação, sobre o Plano de Desenvolvimento Agrícola

para o Município de Pitangueiras - Paraná;

02. 04 (quatro) gráficos com indicadores sociais (Esperança de Vida ao Nascer,

Indicadores de Renda, Pobreza e Desigualdade, Evolução do IDH – Pitangueiras

e Indicadores de Mortalidade Infantil, Longevidade e Fecundidade), fonte: Atlas

do Desenvolvimento Humano; e

03. Evolução do VBP – Valor Bruto da Produção nos municípios de porte

semelhante (área) da região administrativa do Núcleo da SEAB de Londrina

(cinco municípios).

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O crescimento do VBP permitiu a realização de importantes obras no meio urbano. O “Centro de Educação Infantil Criança Feliz” atende a 160 crianças, especialmente os filhos de agricultores familiares e trabalhadores rurais do Município. No detalhe o Terminal do Trabalhador, fórum permanente de organização do trabalho volante e onde é servida a 1ª refeição do dia (gratuita).

Vista aérea do Município de Pitangueiras, com 65% dos seus estabelecimentos rurais diversificados. A maior geração de riquezas proporcionou a atração e instalação de 03 novas agências bancárias para a comunidade (Sicredi, Bradesco e Caixa Econômica Federal) - detalhe.

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A VR – Vila Rural Confecções, associação de vileiros que emprega 16 mulheres e jovens rurais em serviços de costura industrial, gerando renda adicional média de 1,5 salários mínimos/mês para suas famílias. No detalhe a logomarca da VR e Luzia Helena Moreira da Cruz, Presidente da VR.

Acima a ACAPI – Associação dos Cafeicultores de Pitangueiras, investimento de R$ 300 mil, que beneficia o produto e organiza a comercialização de Cafés com notável agregação de valor. Abaixo a matriz do PDA (propriedade diversificada – Café/Frango/Laranja) e o Conselho Municipal em treinamento/Outubro 2003.

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0

10

20

30

40

50

60

70

80

Guaraci 69,6

Jaguapitã 71,5

Londrina 71,4

Miraselva 76,4

Pitangueiras 72,3

Prado Ferreira 71,8

Rolândia 68,4

Dr. Ulysses 63,6

Quatro Pontes 77,7

Esperança de vida ao nascer

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER

0

50

100

150

200

RENDA PER CAPITAMÉDIA (R$ DE 2000)

107,4 190,4

PROPORÇÃO DEPOBRES

52,2 25,5

ÍNDICE DE GINI 0,48 0,48

1991 2000

PITANGUEIRAS

ESPERANÇA DE VIDA AO NASCER

FONTE: ATLAS DO DESENVOLVIMENTO

HUMANO

PITANGUEIRAS INDICADORES DE RENDA,

POBREZA E DESIGUALDADE 1991 E 2000

FONTE: ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO

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0

0,2

0,4

0,6

0,8

1

ÍNDICE DEDESENVOLVIMENTOHUMANO MUNICIPAL

0,652 0,754

EDUCAÇÃO 0,713 0,825

LONGEVIDADE 0,691 0,788

RENDA 0,553 0,649

1991 2000

0

20

40

60

80

MORTALIDADE ATÉ 1ANO (POR MILNASCIDOS VIVOS)

35,2 14,3

ESPERANÇA DE VIDAAO NASCER

66,4 72,3

TAXA DEFECUNDIDADE

2,6 5,5

1991 2000

PITANGUEIRAS

EVOLUÇÃO DO IDH

1991 E 2000FONTE: ATLAS DO

DESENVOLVIMENTO HUMANO

PITANGUEIRAS

INDICADORES DE MORTALIDADE

INFANTIL, LONGEVIDADE E FECUNDIDADE

1991 E 2000

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EVOLUÇÃO DO VBP – VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

SAFRA LUPIONÓPOLIS MIRASELVA PITANGUEIRAS CAFEARA GUARACI 93/94 2.365.951,62 7.944.606,62 4.749.482,32 3.662.393,80 3.491.946,8894/95 2.949.434,23 8.362.937,91 6.870.427,64 3.239.944,14 8.008.167,0095/96 3.718.544,67 5.331.841,05 9.174.500,55 5.790.349,74 9.030.973,9896/97 5.051.528,05 5.549.599,10 11.454.735,59 5.502.981,54 14.149.926,5897/98 5.799.275,02 4.219.674,75 11.216.373,35 6.439.320,37 30.695.728,7798/99 7.309.360,53 6.725.839,49 12.027.293,25 8.163.970,85 28.653.620,7199/00 6.685.851,30 10.125.533,81 11.077.283,73 8.489.978,65 19.171.648,3000/01 9.015.234,83 5.408.631,81 14.252.038,76 10.504.437,59 21.188.157,4001/02 9.880.754,35 7.724.001,46 21.367.016,57 14.734.612,12 17.227.790,0702/03 - - 36.766.114,79 - -

FONTE: SEAB/DERAL – DEPARTAMENTO DE ECONOMIA RURAL DA SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO DO PARANÁ.