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TÍTULO: O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: FONTE DE PRAZER E APRENDIZAGEMTÍTULO:
CATEGORIA: EM ANDAMENTOCATEGORIA:
ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAISÁREA:
SUBÁREA: PEDAGOGIASUBÁREA:
INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDEINSTITUIÇÃO:
AUTOR(ES): DELIA RODRIGUESAUTOR(ES):
ORIENTADOR(ES): ELEIDA DA SILVA ARCE ADAMISKI, ERIKA KARLA BARROS DA COSTAORIENTADOR(ES):
DÉLIA RODRIGUES
O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: FONTE DE PRAZER E
APRENDIZAGEM
CAMPO GRANDE – MS
2014
DÉLIA RODRIGUES
O ENSINO DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: FONTE DE PRAZER E
APRENDIZAGEM
Pré-Projeto, e pesquisa apresentado a Anhanguera
Educacional Unaes, para obtenção de nota da disciplina:
PIC, sob a orientação da professora: Eleida da Silva Arce
Adamiski.
CAMPO GRANDE – MS
2014
INTRODUÇÃO
Arte, em seus diversos segmentos, representa formas de expressão criadas pelo
homem como possibilidades diferenciadas de dialogar com o mundo. Daí, a necessidade de
incluí-la na formação de crianças e adolescentes, não apenas em questões relativas ao acesso e
à apropriação da produção existente, como também na organização da escola como espaço de
criação estética.
As novas funções da educação infantil devem estar associadas a padrões de qualidade.
Essa qualidade advém de concepções de desenvolvimento que consideram as crianças nos
seus contextos sociais, ambientais, culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas
sociais que lhes fornecem elementos relacionados às mais diversas linguagens e ao contato
com os mais variados conhecimentos para a construção da autonomia.
A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as
crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da
cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social.
Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da
identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas,
realizadas em situações de interação (BRASIL, 1998, p. 23).1
Podem-se oferecer às crianças, condições para as aprendizagens que ocorrem nas
brincadeiras e àquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens
orientadas pelos adultos. Contudo, e importante ressaltar que essas aprendizagens, de natureza
diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil. Educar
significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas
de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis
de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, de
respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade
social e cultural.
Para educar, faz-se necessário que o educador crie situações significativas de
aprendizagem, se quiser alcançar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras
1 BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação básica. Diretrizes curriculares nacionais para educação infantil. Secretaria de
Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010.
e socioafetivas, mas e, sobretudo, fundamental que a formação da criança seja vista como um
ato inacabado, sempre sujeito a novas inserções, a novos recuos, a novas tentativas.
Professores podem não possuir conhecimento específico em Artes uma vez que os
professores de educação infantil são formados para serem “polivalentes”, ou seja, capaz de,
ministrar aulas nas diferentes áreas do conhecimento. Já existem críticas e discussões a este
respeito, mas a prática nas escolas continua a ser este tipo de profissional.
O conhecimento da técnica é necessário até para que a criança possa ter subsídios e
elementos variados e ser capaz de realizar interpretações com mais prazer. Além de, como
não poderia deixar de ser, estimular o ato criador. Um está realmente ligado ao outro sem
possibilidade de separação. Cada qual com sua dose necessária.
Daí o ensino profissionalizante da técnica de cada arte enquanto
problema de formação geral e educação devem ser introduzidos em
certos limites, reduzido ao mínimo e, principalmente, combinado a
duas outras linhas da educação estética; a própria criação da criança
e a cultura das suas percepções artísticas. Só é útil aquele ensino da
técnica que vai além dessa técnica e ministra um aprendizado
criador: ou de perceber (VIGOTSKI, 2001, p. 351).352
O ensino-aprendizagem de todas as áreas do saber pode despertar no ser humano o ato
criador, mas a Arte é a que permeia todas elas. O trabalho do professor é intencional e está
voltado para o ensino-aprendizagem.
Alessandra Arce coloca como sua interpretação a respeito do papel do professor e de
ensino:
“O professor aqui planeja antes de entrar em sala, prepara-se
estudando os conteúdos, desenvolvendo estratégias de ensino e
buscando metodologias eficazes para a aprendizagem. Enfim ele sabe
que o desenvolvimento de suas crianças será marcado pelo seu
trabalho intencional em sala de aula. Desde o momento em que entra
na escola, o professor tem plena consciência de que precisa estar
2 VIGOTSKI, Lev Semyonovicth. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
100% com as crianças, que suas atitudes, sua fala reverberam na
humanização das crianças sob sua responsabilidade”. (2007:35)593
Acreditamos que o RCNEI comunga da mesma ideia uma vez que se preocupa com a
aprendizagem e o conteúdo (conhecimento) a ser abordado e desenvolvido na educação
infantil.
A convivência com os objetos culturais e meios artísticos ajuda a criança a aprender
apreciar a arte produzida pelos artistas do seu e de outros países, do presente e do passado. Ao
se expressar pessoalmente mediante atividades artísticas, são levadas a perceber as
manifestações artísticas da humanidade. Falar de história da arte com a criança é tarefa bem
mais simples do que se imagina. As crianças ficam curiosas e muito interessadas. É como se
estivéssemos contados uma história.
Não se trata de respeitar a “vontade e o desejo” da criança, mas sim estudar maneiras
para facilitar a construção de um conceito, ou seja, a aprendizagem de um conhecimento
científico. O objetivo é não apenas ensinar o conteúdo como também ter a certeza de que este
foi aprendido pelo aluno. Isto requer um planejamento minucioso, que leve em consideração
os conhecimentos prévios dos alunos para atingir a zona de desenvolvimento proximal
eficientemente. Em outras palavras, produzir um desequilíbrio cognitivo motivador, para que
o reequilíbrio seja adquirido de forma eficaz. Aprendizagem com sucesso. O planejamento
então deve conter conteúdos e objetivos claros de aprendizagem, organização de tempo,
espaço e material.
3 ARCE, Alessandra; MARTINS, Ligia M. (orgs). Quem tem medo de ensinar na educação infantil?: em defesa do
ato de ensinar. Campinas: Alínea, 2007. p.13-36.
JUSTIFICATIVA
A teoria e a prática atravessam os milênios desafiando o pensamento, criando novos
significados para as palavras, gerando o movimento de ideias e estudos. Compreendemos a
prática como as atividades cotidianas, que são certamente impregnadas de influências do meio
social que vivemos. No entanto, se quisermos pensar a respeito prática, é preciso abandonar a
concepção ingênua do fazer mecanicamente. A teoria surge exatamente da reflexão de algo
real, de um fato concreto, e uma ação encaixa-se nesta categoria.
A troca de ideias entre teorias e prática, é o que contribui para a melhoria do processo
ensino-aprendizagem de qualquer área do saber inclusive a de Arte. Compreende que o ensino
de Arte é o momento para explorar a criatividade da criança, para deixá-la inventar, soltar sua
imaginação, criar, construir.
Como somos seres em constante ação de pensar não temos uma resposta afirmativa
definitiva para tais questões. Dentro de todas as variáveis isto seria impossível. Podemos ao
menos dizer que dentro do universo o qual temos a oportunidade de viver, o ensino de Arte na
educação infantil existe, apesar de bem diverso do que entendemos como ensino de Arte e do
que acreditamos como ideal. Mas ideal é algo sempre a ser atingido uma vez que estamos
sempre buscando o melhor. Esta é uma característica do ser humano.
Talvez o ensino de Arte na educação infantil precisa, tanto como nas demais áreas do
saber, diagnosticar o conhecimento prévio do aluno, trabalhar em sua zona de
desenvolvimento proximal para facilitar a construção de conhecimentos importantes para seu
aprendizado nesta área. Talvez por este motivo não conseguíssemos deixar de considerar o
conceito de criança historicamente construído e sujeito a mudanças constantes, as leis, a
dificuldade de praticá-las, a globalização, e a importante relação entre o passado e o presente
de tudo que se refere ao homem que vive em sociedade com cultura, economia e política em
movimento constante.
A Arte relaciona-se com as demais áreas de conhecimento humano sem deixar de ter
especificidades próprias e únicas de aprendizagens. Assim, entende se que o trabalho com a
arte deverá continuar desenvolvendo ações necessárias para garantir seu estudo e
implementação efetiva como área de conhecimento e que se construa sua identidade como
componente curricular.
Ensinar arte significa mais do que proporcionar aos alunos o
conhecimento da história da humanidade a partir de um modo
específico, formativo e inventivo, de fazer, exprimir e conhecer, para
além da ciência e dos limites das estruturas da língua falada e escrita.
(DUARTE, 1995, p.11).4
A arte é importante na escola, principalmente porque é importante fora dela, pois
desde os primórdios da civilização, ela esteve presente em todas as formações culturais
estabelecendo novas realidades, novas formas de inserção no mundo e de visão deste mesmo
mundo.
Quando nos expressamos dentro de várias modalidades artísticas, elaborando e
reconhecendo de modo sensível nossos pertencimentos ao mundo alargaram e aprofundaram o
conhecimento do ser humano, possibilitando maior compreensão da realidade e maior
participação social.
A produção artística que, historicamente, os grupos populares vêm produzindo faz
parte do acervo cultural da humanidade e nos representa de modo legítimo. Por isso, é
importante ver e ler o mundo através da arte, analisando e debatendo as várias interpretações
que o olhar crítico pode suscitar, ajudando-nos a ver o mundo sob diferentes linguagens como
forma de expressão e representação da vida – a criação.
Assim o ensino e a aprendizagem da arte fazem parte, de acordo com as normas e
valores estabelecidos em cada ambiente cultural, do conhecimento que envolve a produção
artística em todos os tempos.
4 DUARTE JÚNIOR, João Francisco. Fundamentos estéticos da educação. São Paulo: Papirus, 1995.
OBJETIVOS
Geral
Entender e estimular o ensino da arte na escola, principalmente nas salas de educação infantil,
como um espaço vivo, produtor de conhecimento novo, revelador, que aponta para a
transformação sob uma visão estética de mundo, numa educação estética.
Específicos
Promover a interação entre saber e prática relacionados à história, às sociedades e às culturas,
possibilitando uma relação de ensino aprendizagem de forma efetiva;
Promover um estudo e uma reflexão sobre a visão ampla das competências e habilidades do
ensino da arte na educação infantil
Criar meio para tornar o ensino da arte uma prática significante para quem dela participa,
revertendo o quadro e através de ações junto com os arte-educadores.
METODOLOGIA
Os estudos serão uma pesquisa ação com estudo de caso com enfoque as salas de
educação infantil em um Centro de Educação Infantil Municipal da Cidade de Campo Grande.
A pesquisa de campo, com o estudo será realizado caracterizando como uma pesquisa de
abordagem descritiva e interpretativa, com enfoque no estudo de caso, buscando uma relação
estreita com a realidade nas aulas de arte na educação infantil, como os professores
administram as aulas de artes nas salas de Educação Infantil e também como se dá o processo
de construção do conhecimento da criança.
Com a finalidade de se alcançar os objetivos propostos nesta pesquisa, será feito um
levantamento bibliográfico, apoiando-se nos autores que defendem uma educação de
qualidade e compromissada dentro, sobretudo, da Educação Infantil.
Para a análise, utilizaremos entrevistas abertas, direcionadas aos educadores que com
eles convivem. Concretizando como apenas uma das fases da pesquisa, servindo como
introdução do desenvolvimento do estudo.
Será utilizada na fase de construção de dados a observação das aulas de arte, a
aplicação de questionários com os professores responsáveis e ainda com a coordenadora
pedagógica da turma.
A pesquisa caracterizará como um estudo de caso por se relacionar com as vivencias e
observações de dados colhidos diretamente com a participação de professores da educação
infantil e seu Pesquisador. Terá enfoque qualitativo e interpretativo, do processo contínuo
propiciando uma estratégia de estudo de caso.
Os resultados obtidos farão necessários uma vez que o estudo virá do desenvolvimento
no ensino da arte na sala de educação infantil.
CRONOGRAMA
2014 2015
Atividades Abril. Maio Junho Julho Agosto Set. Out. Nov. Fev. Mar Abr.
Elaboração
do Projeto
X
X
X
X
Pesquisa
Bibliográfica
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Coleta de
Dados
X X X X X
Apresentação
e discussão
dos dados
X
X
X
Conclusão X X
REFERÊNCIAS
ARCE, Alessandra; MARTINS, Ligia M. (orgs). Quem tem medo de ensinar na educação
infantil?: em defesa do ato de ensinar. Campinas: Alínea, 2007. p.13-36.
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VIGOTSKI, Lev Semyonovicth. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
______.Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2001.