TlXtt M 4* piglM MinistérioePlano Trienal: Compromisso · Ministério não leva em conta...

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OB; Terror Policial Não Impede Greve Total Doe Securltarlo» Pelo Aumenlo de 70V —iBatatataE] Os Debetoi Sobre os Caminhos da Revolução "La Paiaionária" e representante do PC da China falam no X Conireaao do PC Italiano TlXtt M 4* piglM *¦***# * «»..*-H - ,. , •»*» .....«**.,„» m% •.«»»»> •</.• *,.•» ANO IV —¦ Rio de Janeiro, lomono de 1 a 7 d* fevereiro de 1903 N' 207 San Tiago Defende II*! Irizola Defende o Brasil Leia na *V página Prestes fala a NR Ministério e Plano Trienal: i$>*~ *.* ****' %-fOrore •»*•'*•«» •* Compromisso Conciliação Com e o Imperialismo e o Latifúndio Petulância de Goidon Não é possível tolerar por mai, teaoM m m*elen- cw com que veoi atuando em nossa Pais a embaixador da* Estado* Unido*, mister lincobt Oardan. Nao um acontecimerrfo importante na vida nadenal aos trans- corra tem a petulante mHrvoncie dessa "nmnmeÀmtm do govêmo o do* rtvawe norte attwtltadot. Age com orno desenvoltvra tão etcandalaM ave mai* parece wn vice-rei incumbido de monfst «ob sou aomtni, ume ee- loniasinha qualquer. ,-ie.MB ne Tjentfmo übclonal do la*tt**jtJsv.e*ss**JJo de •oflimot o manipulando è Tanleds 1* JmU.lL. J im, pmrendeu contatar, a ia<«ofa aa»é divwiagaa a«4a •mbaisada do Brasil on WaoMngien defendeu; da maneira mait cínica, a woellaeia da nasw Pais palas monopólio* ianque*, fim rtpenajom «**, pubHcamo* aa 8a. página desta edição a* IsMosas oncontrorôo oi da- dos reai* acerca da suporta ajuda «âa exortada por mister Gordon sen mai* lava puder. A fúria de Gar- don chegou a ponto d* trodutir-M «ai imulta* aa em- baixador Roberto Campos, a quim chamou, aaeoa* em termo» mait suave*, de mentiroso e hipócrita. Enfim, o zeloso torvical dos trutte* ianque* não Mi outra coita sertão a apologia da espoliação imporialitta que te abate sabre o Brasil o determina a atraso de nossa Pai* e a miséria d* nono povo. A imolôncia de Gordon não ficou nitta, porém. O embaixador do* Estado* Unida*, metendo a rocinha em otsuntos aue tão unicamente do nossa ateada porque pertencem à soberania brasileira intitriu em atacar a lei que limita a rametta d* lucra* para o ex- tarior e a fazer restrições «o Plano Trienal. Mau sobra ét*e< ootuntot como te fotte a pauto a quem cabe a dacitão suprema. Ma* ainda não é tudo. Na última parte de tua aranga, mitter Gordon aprotentou a «receita» para ot males do Brasil, com uma petulância diante aa qual té- mente metmo dotfibradoi não reagiriam. Segunda o ra- prattatant* dot frustes ianques . mcdíocra prafettar de Economia, a solução para at problemat bwtileiret ettá na aumento da exportação d* minério de farra e do carne bovina, admitindo ainda a possibilidade da ex- pórtacão de alguma* manufaturo*. Uma «receita», co- mo te vé, tipicamente calonialitta, igual at que têm tido ditada* e aplicada* datde a colonização portuguesa. Depois do pau-brasil, da cana-de-açúcar, da café e da borracha, devemot agora, do acordo cam mitter Gar- don, passar ao ciclo do minério e da carne. Quo mitter Gordon, o amigo de Kennedy a do Ro- ckefeller, fique com ot teu* comethot e at tuat receitai. Mai fique tombem sabendo d* uma coita: etta torra tom dona! E te ha amda alguni traidoras qua lho nat- tom a mão nela cabeça, outro, absolutamente outro, é a tentimento do povo. Ot patriota* bratrleire* raaudiam Gordon, tom patroa* o teu* cúmplice*. .. .¦. ¦';¦¦¦..¦ Wjá - 1-Vivs-"><' a*HLH' - *afc-'':- arJBaT - BBV'' IObImmW ¥Á *^*Hmmw '"$> -49LarW' Ministério não leva em conta significado do voto popular de 6 de janei- ro —¦ Compromisso com os reacionários do PSD e do PSP Plano Trie- nal não propõe medidas concretas contra a espoliação do Brasil Man- tem a eaH*an4Íal<>M *wbvao café Adota medidas preconizadas $|]iW'pllI ^twati^moàún fubsídio ao eonenmo provocando nova alta de||s#ÇOfl A resposta doa triuMhadore* deve ser a luta pelo aumento Ap&o do movo ministro do Trabalho 'iaaíi&i *~ ÍÊMké% msgmaM rechaçado pelos trabalhador**; Protestar contra a vergonho- «1 capitulação do governo no eaao da IT&T Entrevista na página três ¦X . ¦1 ..,'-,< "ijft- fH WLW9 â-^" ..-"'¦ S\ ¦ ¦A, «*M;' eus G33 ALIANÇA PARA 0 PROÍ KOMA nojei 00MICI0 CONTRA CARESTIâ Hoje às 16 horas, na rua Araújo Parto Alegre, em frente ao edifício da ABI, reallsar-se-á concentração contra a carestla promovida pela Lisa Feminina da Gua- naboM. A manifestação seré de protesto contra a indls- oriminada liberação dos pre- cos da carne e os aumentos pretendidos do leHe e do pio. Participarão da eon- contração representantes és sindicatos e entidade* popu- lares. REVOLTA EM PERNAMBUCOJEBKQVlARrOS DA GEMRAL CONTRA USINEIRO QUE MANDOU "«DERAM A PARTIDA; massacrar camponesesm CAMPAMIA POR AUMENTO TtKtf M I* |kBgÍMRtfMrtSgtt» M V péciM t-.;j SÃO PAULO: Santos Parou Duas Horas e 6 Mil Sargentos Soldados Exigem Posse Dos Eleito Os Comunistas de Santos e o Prefeito José Gomes Artigo At Antônio dt Brito Lapas na 6* página Rádio no Brasil: Como Vai Reportagem oe ttf 1* página Ragina Mantana mmmmmmwmmmmmmmmm^ BOVaasaajaaaaaaaaaM $' página ¦t1^::''^im,SÊjSÊl ymm*1 'útttimjJMt Texto na ' EI a:ít.?--'*., iT o'ii iii*í aTsnaaii ¦ n <m ,. QUE FAZ 0 GOVERNO? 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OB; Terror Policial Não Impede Greve TotalDoe Securltarlo» Pelo Aumenlo de 70V —iBatatataE]

Os DebetoiSobreos Caminhosda Revolução"La Paiaionária" e •representante do PCda China falam noX Conireaao do PCItaliano

TlXtt M 4* piglM

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ANO IV —¦ Rio de Janeiro, lomono de 1 a 7 d* fevereiro de 1903 — N' 207

San Tiago Defende II*!Irizola Defende o Brasil

Leia na *V página

PrestesfalaaNR

Ministério e Plano Trienal:i$>*~ *.* ****' %-fOrore •»*•'*•«» •*Compromisso Conciliação Come

o Imperialismo e o LatifúndioPetulância de Goidon

Não é possível tolerar por mai, teaoM m m*elen-cw com que veoi atuando em nossa Pais a embaixadorda* Estado* Unido*, mister lincobt Oardan. Nao hé umsé acontecimerrfo importante na vida nadenal aos trans-corra tem a petulante mHrvoncie dessa "nmnmeÀmtmdo govêmo o do* rtvawe norte attwtltadot. Age comorno desenvoltvra tão etcandalaM ave mai* parece wnvice-rei incumbido de monfst «ob sou aomtni, ume ee-loniasinha qualquer.

,-ie.MB ne Tjentfmo übclonal do la*tt**jtJsv.e*ss**JJo de•oflimot o manipulando è n« Tanleds 1* JmU.lL. Jim, pmrendeu contatar, a ia<«ofa aa»é divwiagaa a«4a•mbaisada do Brasil on WaoMngien • defendeu; damaneira mait cínica, a woellaeia da nasw Pais palasmonopólio* ianque*, fim rtpenajom «**, pubHcamo* aa8a. página desta edição a* IsMosas oncontrorôo oi da-dos reai* acerca da suporta ajuda «âa exortada pormister Gordon sen • mai* lava puder. A fúria de Gar-don chegou a ponto d* trodutir-M «ai imulta* aa em-baixador Roberto Campos, a quim chamou, aaeoa* emtermo» mait suave*, de mentiroso e hipócrita. Enfim, ozeloso torvical dos trutte* ianque* não Mi outra coitasertão a apologia da espoliação imporialitta que teabate sabre o Brasil o determina a atraso de nossaPai* e a miséria d* nono povo.

A imolôncia de Gordon não ficou nitta, porém.O embaixador do* Estado* Unida*, metendo a rocinhaem otsuntos aue tão unicamente do nossa ateada —porque pertencem à soberania brasileira — intitriu ematacar a lei que limita a rametta d* lucra* para o ex-tarior e a fazer restrições «o Plano Trienal. Mau sobraét*e< ootuntot como te fotte a pauto a quem cabe adacitão suprema.

Ma* ainda não é tudo. Na última parte de tuaaranga, mitter Gordon aprotentou a «receita» para otmales do Brasil, com uma petulância diante aa qual té-mente metmo dotfibradoi não reagiriam. Segunda o ra-prattatant* dot frustes ianques . mcdíocra prafettar deEconomia, a solução para at problemat bwtileiret ettána aumento da exportação d* minério de farra e docarne bovina, admitindo ainda a possibilidade da ex-pórtacão de alguma* manufaturo*. Uma «receita», co-mo te vé, tipicamente calonialitta, igual at que têm tidoditada* e aplicada* datde a colonização portuguesa.Depois do pau-brasil, da cana-de-açúcar, da café e daborracha, devemot agora, do acordo cam mitter Gar-don, passar ao ciclo do minério e da carne.

Quo mitter Gordon, o amigo de Kennedy a do Ro-ckefeller, fique com ot teu* comethot e at tuat receitai.Mai fique tombem sabendo d* uma coita: etta torratom dona! E te ha amda alguni traidoras qua lho nat-tom a mão nela cabeça, outro, absolutamente outro, éa tentimento do povo. Ot patriota* bratrleire* raaudiamGordon, tom patroa* o teu* cúmplice*.

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REVOLTA EM PERNAMBUCO JEBKQVlARrOS DA GEMRALCONTRA USINEIRO QUE MANDOU

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Artigo AtAntônio dt BritoLapasna 6* página

Rádiono Brasil:Como Vai

Reportagem oettf 1* página Ragina Mantana

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*- 2 NOVOS RUMOS Rio <fo Jonttro, ftmana 'dt 1 o 7 de fevereiro de 1063 —

gravi m II mN iKirHAHM da loanikirii

Patrão Que Explora Bancário,Explora Também Securltárloe Nfto Cumpre as Leis do PaísNem a brutal e covarde

represália do governadorLacerda arrefeceu o ardorde luta dos II mil securl-tárlos. cm greve desde têr.ça-felra, dia 29. por aumen-to de salários. Com bombas,carsetetes e metralhadoraso '•fubrer"' de Brocolômandou que seus policiaisinvestissem contra oi pi*quites, espancassem rapa-¦es e moças, fizessem dete-nas de prisóef

A ordem ío! cumprida àrUra. mas a reação náoabnt-ii o entusiasmo dosgrcvlstr- í,

A greve continuou. E cen-tlnuou mais forte

Mas a quem foi que La-cerda mandou proteger?<}ue objetivos tinhn em vis-ta ao soltar os céus poü-ciais, nas ruas centrais doRio, para espancar pacifl-cos funcionários, explora-«los pelas eniprôfns de sr-guro e capitalizarão?

Náo desejava outra coLra• governador senão "garan-1!r" as arapucas dos seusruplnchas Antônio Carlosric Almeida, diretor da Com-panhia Atlântica (e supe-Tintendente do Banco daGuanabara t e a Sul-Amé-rica Capitalização, da qual«• dono Antônio Sprchez deLarcagolti Jr.. que tem co-mo cúmplices os inn me-nos aproveitadores I, u c a sLopes c Rui Carneiro.

Fei para proteger scaua-zes que o governador man-dou espancar grevistas, poissomente as arapucas dosamigos receberam a "pro-tfiçào" policial.

A REVELAÇÃO DO ANOli

No setor das lutas sindi-cais, um lugar de destaquecaberá aos securitários doEstado da Guanabara. Pou-ca gente deles tomava co-nhecimento, quase ninguém;havia tomado sentido dasua disposição de luta. Des-

|de 1945 que não esboçavam^tomada de posição maisfirme, anestesiados que es-itavam pela ação de falsoslideres, simples intérpretes'da vontade patronal peran-te a massa de funcionários.

"Foi a nossa primeiragreve" — disse orgulhosauma Jovem da StXLACAP.

"V a minha primeira gr*-ve — acentuou ainda, para

exibir o ssu orgulho a dia-poelçio de luta. Nas pernase noa braços, arranhõee amanchas arroxeadas rersla-vam a crueza daa ssearamu-ças com os bandos policiais.

"Logo, nós vamos ser co-mo os bancários — diria umoutro, quase menino, e quepouco antes fora libertadoda pr»«*,i• Com a palavra um dos 11-deres do movimento:

•Sim. não queremos outracoi>a xenáo alcançar o ni-vel de unidade de banca-rios. Agora vamos ter vida.«indicai permanente e efe-tlvo, Vamos aproveitar a ex-pcriòncla dos demais tra-balhadores. Temos bonsprofessores — os bancários— que são explorados pe-Im me-mos homens que nosexploram."

Que desejam os securitá-rios?

— A maioria, 80% oumais. canha apenas o sala-rio minlmo — responde umdirigente da greve.

— Com essa miséria temosde andar bem vestidos, bemcalçados, bonitinhos. engra-vatados e até culturalmenteatualizados. Todo mundo sa-be que tanta despesa é im-Dossivcl, com tão baixos sa-lárlos. Per isso reivindica-mos um salário profissional,um minlmo digno para amultidão dos securitários.Pedimos o raoável: 70%agora, 35% em Julho, mini-mo de 15 mil erueiros. Nãoestamos pedindo o impossi-vel. as empresas podem pa.gar. Podem e vão pagar 1"

Com essa greve os securi-tários serão a "revelação doano" no campo sindical.Bastou mudar a diretoria,tirar do Sindicato os apro-veitadores, para que a pri-meira greve se material!-zasse. Bastou que a grevefosse deflagrada para quesurgissem, na sua crista, au-tênticos lideres, e a vitóriacomeçasse a despontar.

CASO DE POLICIA

Vários grupos dominam ocomércio do seguro e eapi-taüaacão om nosso Pais. Oe-ralmente estão ligados a or-ganiaaçõoe bancárias, bene-fleiando-se mutuamente.

Oa escândalos que periòdl-eamente estouram, ainda

Silenciarão os Telefones sea CTB Não Aumentar Salários

Expira amanhã, 1.° deíe-vereiro, o prazo fatal con-cedido por 9 mil trabalha-dores nas empresas telefó-nicas da Guanabara e Es-tado do Rio. Nesse dia rea-lizarão assembléia. Se niotiverem uma resposta con-creta ao seu pedido de au-mento de salários, a grevesen deflajiiada. os telefo-nes silencia: áo.

Apertados entre atntran-sigència da empresa ("sópodemos dar aumento se astarifas forem aumenta-das"), a omissão de Lacer-da ("aumento de tarifas écom o Governo Federal"l ea quase indiferença do in-terventor na empresa i"nàotenho pooères para aumen.tar as tartfas"i, os traba-Jhaiores naquele importan-te setor dn comunicaçõesestão sendo levados a. me-dida extrema, apesar dassua» várias tentativas pararesolver o impasse. Recor-reram á Jusfçs do Traba-lho. pediram os bons ofi-cios do presidente da Re-pública, argumentaram comelementos concretos sobre aearestia, a insigniflcànciados salários que percebemc o lucro da empresa.

Nada foi resolvido.Compareceram a cansa-

t.ivas audiências, com rcsul.tãdos idênticos. Diante dis-so, não lhes resta outraopção senão Ir à greve.INTRANSIGÊNCIAPATRONAL

Agindo como senhores cmUm Pak ocupado, os gringosfia Companhia TelefônicaBivsileirâ recusaram, w.clu.slyc, a mcflinçfio prcslden. .dal. Repeliram h sugostfloriu sr. Jcúo Goulart", feitapiraví'? rio assessor sindicalc!¦¦ Prc-.i Icncia, Gilberto Çro-c!;ai rJ • fã nn s nítido rle••¦',- i-i.nccilflo nm abono <lrrmyrgL-ncia tia ordem de <Cv,. .-i per,ír deste;mês (iojaneiro, e ni6 março, quando

IS CUBAm\h 0 BRASIL.'on^as curtas)

Diariamente, entre 20.00- 21 OU noras a Radio Ha-vana - Cuba transmitem-gramação especial em

português. Faixa de 16* metros, 15,140 ks.

expira o atual acôrJo sala-Hal.

«Não damos nenhum au.mento. nem abono, nem gra.tificaçào, antes de 31 de mar-ço..* — responderam oa ame-ricanos da CTB.

E para que não pairassemdúvidas, acrescentaram:- Não damos abono nem de

60 por cento, nem de 32 porcento, náo damos abono aLgum. Aumento somente apartir de marcu. e isto se astarifas forem também maio.radas».

Com essa resposta lnso-leme, a CTB recusou a ten.tativa do sr. João Goulartem resolver amigavelmenteo problema. Foi a partir deentão que os telefônicos to.ma ram posição mais enérgi.ca. pois perceberam que aempresa estrangeira está in-teressada em desmoralizarnão somente a eles, nua tam.bém às autoridades do Pais.

AVOCADO POR ALMINOAinda hoje, dia 31, o mi.

nistro do Trabalho deverádar uma resposta aos traba-lhadores. aos quais pediu umprazo de uma semana paraestudar o assunto. O minis.t ro du Trabalho avocou pa-ra si o processo, na espe.rança de que o prestigio docaigo que ocupa e a suaaçâ< pessoal poderiam levara uma soluçá0 razoável, semnecessidade de interromperos serviços telefônicos.

Como prova de sua dispo.skâo de negociar e facilitaro trabalho do Governo oatelefônicos aceitaram a

'íór-mula de abono de emergên-da sugerida pelo sr. JoioGoulart, embora relvindi-quem aumento de 80% apartir de prlmeir0 de Janei.io. e mais 40 por cento, emabril.

Enquanto nos bastidoresse degiadiam os representan.i<?« dos governos da Uniáoe do Estado, e os da am.prêss. os trabalhadores daCTB na Guanabara e Estado

do Rio aguardam tranqüilosa resposta do sr. ÀlmlnoAfonso. Já tomaram suasprovidências: as comissõesestãp funcionando, os pique-,tea já foram constituídos, ocomando de greve está for-mado.

A greve é quase cena. poisos telefônicos náo váo oederao «tio estlo reivindicando.

«nio tiveram bastante entr-

i para determinar umavaasa nas empresas, queroubam o segurado, "pas-

mm para trás" o Institutode Resseguros do Brasil, de-fraudam o imposto de ren-da, descumprem todas asleia do Pab."Mo verdadeiros cáncaros

no organismo nacional —fala um seeurltárlo. E expü-sa:

Todas as empresas tra-halham contra os Interessesnacionais. Juntam-se cmbandos secretamente liga-dos, e, através de malaba-rlsmos contábeis, escondemseus lucros, fogem ao paga-mento dos tributos.

A Atlântica — conti-nuou — nio é das maioresmas figura entre as malainldtaeas. t impiedosa parao* asas funcionários, e,sempre qua pode, engana aprópria clientela.

Quanto ao Grupo Sul-Amc-rica. o mais poderoso daAmerica do Sul, é constltuf-do por seis empresas subsl-diárias, com os quais jogapara sonegar o recolhlmen-to ao IRJB.

O Onipo Sul América éconstituído pela 8 A TUA,Colonial Borborema. SATIM.Sul América, Sulacap eSALIC. O grupo Lowndes, éintegrado pela Cruzeiro doSul. Imperial, London Insu-rance, London Lancashire,

. Porto-Alegrense e R. Bran-co. o Regente, tem a Motorunion, Americana, Guardiana Royal como subsidiária*,

O grupo Boavlsta, é forma-do pela companhia Lins,Mercantil, Bala Vista, s do

3uai é diretor o presidenta

o sindicato patronal.

Agindo com plena llber-dade, as empresas da segu-ro e capitalização nacio-nals s estrangeiras, agrupa-das, auferem anualmente,lucros da bllhôos, cujo valorexato é sonegado áa autori-dadas, pela alquimia conta-bll )á referida. Por outrolado descumprem todas asleis que rege» suas atlvi-dades. obrigando os clientes' a exigências desonestas.

PICARETAGEM

"A Sul América — o eaem-pio é dado por um dos seusfuncionários — náo aceitaqualquer seguro, apesar deobrigada por lei. Para fa-ser seguro d» automóvel,exige que sela feito tam-bém o de acidente pessoalou de incêndio, com prê-ml0 superior a 3 mil cruzei-ros. Os prêmios, apesar deterem seu teto regulados porlei, estáo sendo cobradoseatorsivamente. Nem mesmoo seguro de acidentes dotrabalho, cujo prêmio é porlei fliado em 20 traseiros,está sendo respeitado. Co-bram quando querem e ain-da dificultam o Ingresso dosinteressados.

— O preço do titulo é umescândalo á parte. Um sim-pies pedaço de papel, umpaperacho, o formulário pa-ra ser preenchido, é vendidoao candidato, par SOO % »

Multa odita

Paiauulraa mala nreelaama vio ser ditai, .afinei-lente sAbre a fui Amé-

tominada por apre*vtlládorei vuiiana, e ond««I empregados são obriga*

¦ákis tala smprêaa, falaum dos seua funcionários:

"O escândalo da Funda-çáo ê um bom assunto paraa Imprensa, merece umaComissão Parlamentar deInquérito. A Fundaçáo Lar-ragoi foi fundada apenaspara sonegar imposto derenda. Construiu um hospl-tal, que pertencia, por lei,aoa funcionários, e que foivendido sem nenhuma sa-tlsfaçáo aqueles. Suspendeutodas as vantagens que pa-gava aos funcionários, einstituiu um regime de ter-ror fascista. Funcionário quefica por mais de 10 minutosno banheiro ê despedido,quem pedir dispensa do se-guro é despedido. Apertamcada ves mais a vida do em-pregado, enquanto seus ne-góclos se ampliam, os mi-lhôes se multiplicam.

E concluindo:"Sabe quanto custou a

decoração, recente, do ga-blnete de um doa diretores?Oito mllhõea e melol Masse recusa a pagar um sala-rio digno à massa que lheproporciona tais milhões,"

BÉÉmHa SmmSÊ WMÊmMl m

M EmKí&M Sitú. -jtm^ÈÊà2*mTR WwJÈ M^L\ ¦mS^SK:*" - -m^P^m' ¦¦"*T^^^mmmmmWmàmW^ãÊmBm IM mmmWtStmV SÈÉÊÈ Im m* J^uiiíèm m

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QUEBRARAM 0 TAIU OOM UMA VITéRIAOs securitários mineiros realizaram comêxito * sua primeira greve. Cinco dias de

paralisação de qualquer atividade das em-presas de seguro de Belo Horizonte garan-

tiram à categoria nm aumento que os pa-trôes vinham negando insistentemente. Nafoto um dos piquetes que garantiram o au-cesso da parede.

PRIMEIRA GREVE DOS SECURITÁRIOSMINEIROS DEU À CATEGORIAUM AUMENTO SALARIAL DE 70%

Belo Horironte (Da sucur-sal) — Contrariando asafirmativas patronais deque securitários e funciona-rios das companhias de ca-pitalização Jamais fariamgreve, aquelas categoriasrealizaram a primeira gran-de parede do ano em Mi-nas Gerais paralisando to-talmente as atividades dasempresas de seguro destacapital.

Motivou a greve a siste-mática negativa dos patrõesem conceder aumento sala-

.rial reivindicado por seusempregados desde novembrodo ano passado. Os securi-tárlos pleiteavam um au-mento na base de 100 porcento, proposta terminante-mente recusada pelos donos.de empresas. No dia ? deJaneiro, esgotados todos osrecursos no sentido de umasolução amigável para o lm-passe, os trabalhadores re-

.solveram deflagrar a pare-de. A decisão foi tomada emgrande assembléia de cias-se — a maior realizada pe-Ia categoria rios últimostempos — no teatro Fran-cisco Nunes. A reuniãotranscorreu em clima de.grande vibração, com alto-falantes entoando hinos ecom moças recolhendo fun-dos para as despesas. Aomesmo tempo em que resol-veu-se a paralisação dotrabalho foram organiza-,dos piquetes e solicitou-sea solidariedade das outrascategorias de trabalhadores,de pronto prestada.

As securitárias participa-ram ativamente do movi-.mento grevista, sendo queenquanto umas formavamao lado dos paredlstas nos

Siquetes, outras, nn rede do

lndlcato, preparavam san-

.duiches e faziam café paraos companheiros que per-maneclam nas portas dasempresas.

A policia tentou Impedira ação dos piquetes, masteve a sua intenção frus-trada pela decidida inter-venção do Congresso Sindi-cal de Minas Gerais e pelafirme disposição do coman-do da parede e de todos osgrevistas.A VITÓRIA

Os -íinco dias de dura-ção do movimento transcor-reram quase que sem ne.nhuma anormalidade, anão ser as tentativas dehostilizar um ou outro pi-quête praticadas pela poli-cia. Todas as companhiasde seguro da capital estl-veram totalmente paralisa-das, o mesmo acontecendocom empresas de várias cl-dades 'nterioranaj. notada-mente Uberaba. Ubclân-dia e Juir de Fora

No dia 10, após enten-dimení.is havidos nu Pala-cio cia liberdade, cem aparticioaçâo do governador •Magalhães Pinto, emprega-dores ° representante.* dosempregados chagaram a umacordo. * 'órmula que pôsfim à greve, proposta pe,ogovernudor, estabelfcia umaumtnto de 70 p«r centosobre os salários pagos aossecuiltários no mès de ja-neiro do ano findo, 14 milcruzeiros de aumento mi-nimo e mais 20 por centoa partir de junho próximo.O sr Magalhães Pinto eom-prometeu-se na oportunl-dade a efetuar gestões jun-to aos donos d*s empresasde seguro com o fifo de ob-1rr dentro de reis meses opagamento do trlénio pre.lei d'do pelos secnritúrlosNo dia sepuinte, em novareunião efetuada no teatro

Francisco Ntfnes. com apresença de dirigentes sin-dlcais de outros setores osgrevistas decidiram re*rc:«.-sar ao trabalho, mantendocontudo, seu dispositivo aegreve de alerta para o ca-so de surgirem tentativaspatronais de não cumtri-mento de cláusulas do acòr-do. Na assembléia o lidtrsindical Armando Ziller daC O N T E C, congratulou-secom a categoria que real;-zava com êxito o seu pri.melro movimento par.-distae a exortoi a unlr-sc aosdemais trabalhadores naluta pelas reformas debase.

NOVOSRUMOS

UiretoiOrlando Bumfim Júnior

Direto) KxocutlvoFniRnion Bnriros

Itedator CheleLuiz. (inzzaneo

OercnlrGuttemtwrit cvalcunti

Redação: Av Klo Hranr*.IS? 17* anilnr «/ms — Toli

•S-1S44üerenrla: 4v Klo Hranro.

ÍS7. «' «odai S/VOSSlttKMI IIK M MULORua IS dr NovMnhro. tSS

».» andai S/HSlr*t,i ssiMu

ünderteu iricxrsrteo«NOVllSHI'MI»K>áSSINATrRASi

(Sèaenu a adlcSa Mraaaal)

i Anual 1 aetoéttral

TrimestralSünlãê250.00

ASSINATIHA AÍBKA

Anual a.suu.00Semestral l.aiu.00rnm«ftrni aw.ooNumeru avulso 20.00Número utrasado .. 30,00

FERROVIÁRIOS DA CENTRAL «DERAMA PARTIDA» NA CAMPANHA POR AUMENTOAo longa dee t mil a IM cerda, contra todos os que

«li cruzeiros, conforme sMia da freguês.

quilômetros de trilhos daEstrada de Ferro Centraldo Brasil. 44800 emprega-do* dessa ferrovia estãorealizando assembléias, reu-ntOes, comícios, concentra-

foaosateijarÇKSlHe «••sssa, IMQaIiIC luar*da.fre^os, %feea(es de ateução. AsiaW it llnhis. fun-

. alada podeiAre as empresas

êlonAMós" d«s aSwMni«te., oi ferroviários da Cen*trai. em néio. estão mebi-Iludas.

Oi oradores sãa muitm,as argumentei «flrercm, asexpllcaçfies viriam, mv oproblema é um só: queemaumento de salários

A luM t9\ dcflt<»ncla acampanha comieou' o dl*iflSMa vmm «w»»»ua takela df «lério* ;>wir,-dlsadoa^ uslr 11 ferravlái loa;c presidente da Rede Fir-rnvlárn ftderal logo ribe-rá o q<j« desejam os fun-clonárlos daquela frrrnvlapois oflc'1. manifesto e ta-oela estai » caminho doseu gabinete.

SALAIIOS AISORVIOOS

Foi em outubro de 1061que os ítrro»lárioa da Cen-tial do Braii: tiveram seuúltimo alimento de venci,mentos. Há mvto que iu-tam por v.rlhorescondfçOude vida. derde muitos anosque se bMrtx por uma pa-litlca salarial justa e hu-mana naquela ferrovia.

"Os saláricp atuais de umtfts«uiT'Wft não lhe permi-te tranqüilidade para tra-balhar — disse o secreta-rio da Colteação Nacionaldos Servidores PúblicosFerroviários. Authalr Fi-gueiredo."Mas não se trata desimples e puro aumento —completou.

Muita coisa vai ter que serconcertada. Inclusive a dis.ciplinação dos nivela, a eleva,ção dos cavoqueiroa do ni-vel 3 para o 8. e a manutenção dog comissionamentos dedireito nas séries funcionaissuperiores da carreira a quepertencem.»TIAMÇAO DE UfTAMuitos se admiraram quan-

do no dia 5 de Julho do anopassado a Central parou to.talmente, com milhares deferroviários fazendo frenteaoa golpistas que tentavamreerguer • cabeça.

«Foi uma greve política.Diremos lato alto e clara,mente pare que todo mundosaiba da noasa capacidadede luta. Foi uma greve con.tre oa. «forüas». contra La.

desejam Implantar um real-me fascista em nosso Pai*.F«>i uma greve política. Fa.ço qucslflo de repetir, paraficar bem claro que quemfer greve poMttea com tento•uoomo, pode, «té licllmen-te parallur M trahslhos pormolharei aalãrtõa.»

Mas os cétloos ainda nãosp tlnhsm refeito da smprê-an quando, dois meses it.pois, em setembro de dl. Io*uos oi oomboioe «ia Centralforam Imobiilsados onde secnponiravam e assim per-mnncceram durante T2 hcr«s.

«Três dias! — exclama Au-thalr.

Por Ires dias os trens nãocircularam nenhum fctrovlá.via tocou num paraluio. U-|uu uma çháva ou «rionuuum comando de carro ou a».taçflo, O motivo? Novamon.te gteve política! Desta ve/.cm defesa do mandato dosr. João Goulart, após a re-nuncla de Jânio Quadros.Os tiens deixaram de cor-rcr na Central e na Leopol-dína. Os navios e os portosnáo funcionaram. Os <gorl.las> recuaram. No máximo,conseguiram castrar parteda autoridade do presidente.cuja posse não tiveram íór.ças para impedlr>.OUIMAOO O TABU

Essas duas grandes pare-dès foram precedidas pelagreve de novembro de 1961,com a qual os ferroviáriosda Central conseguiramIgualdade salarial com seus.companheiros da Leopol-dlna.

"Depois dessa parallzação— dis o dirigente ferrovia-.rio — o tabu caiu por terra.Ninguém mais teve cora-gem de dizer que a Central

.do Brasil náo entrava emgreve. Tínhamos quebradouma barreira que persistia.hà 11 anos, e que para to-dos nós era motivo de abòr-recimento."

Desde 1950 que os ferro-viários da Central não fa-ziam greve. Mesmo esta,

.havia sido parcial, tinhaafetado apenas os ramais.do interior de Minas. SãoPaulo e Estado do Rio."Não chegou ao Rio —comenta o diretor da Coll-gação. Parou precisamenteem Barra dn Plraí. onde

.uma composição teve suas.rodas soldadas nos trilhos,e o tráfego somente foi res-tabelecldo depois de peno-so trabalho para desgar-rá-la."

Referindo-se á prisão deum maqulnlsta por estar,

.armado, isto na semanapassada, o que provocou a

perallsaato da ferrovia porduas horas, dim:"Que Isso sirva de eaem-pio para o Governador. Quemande policiar os trens e as.estações, que defenda a d-dade e oe que trabalham, *u.« maqulnlstes datarão deusar armas Prendê-los por*que procuram se defender,isso náo: os trens pararáo.toda ves que isso ocorrer."

SAãOTAOiMDurante seu encontro

com o repórter o líder daColigação dos Ferroviáriosda Central do Brasil reftrtu.se á sabotagem que está sen-do feita contra a readmls.sáo dos empregados demiti.dos por motlvoa políticos,recentemente anistiados.

.fts;cs companheiros, dis.se, Já Impetraram mandadode segurança para assegu.rar o cumprimento da lei,mas mesmo assim seus pro-cessos náo andaram. DesdeJaneiro do ano passado quecorrem scçócs, departamen.tos, divisões e nada. Pareceque há um objetivo dellbe.rado de retardar ou náo darcumprimento a lei. Os prejtt.dlcados vão recorrer de novoao Judiciário e. se ainda as.sim náo forem atendidos, acoisa vai mudar de figura."

A TABHAPreparada com cuidado e

com a colaboração de cente.nas de ferroviários, os lide*res da Coligação Nacionaldos Servidores Públicos Fer.roviários enviaram a seguln.te tabela de salários aos dl.rigentes da Central e daRFF, pela qual já estão emcampanha:

R.F.F. S. A

EFCB EFL Salário iNíveis Níveis . Cr*

1479

111315

21.00000 !24.990,00 |30.030.00 |33.390,00 i36.75000 I40550,00 |43.820.00 ;

16 45.640.00 '18 49.560.00 :

10 20 53;48000! 11 22 i 57.400,00i 12 24 | ai.aao,oo

13 26 65.520,00! 14 27 67.620,00

15 i ae 00.790,00I 16 30 73,990,00i 17 ! 39 94.668,001 18 42 [ 101.913,00

PARANAGUÁ; CARREGADORES E ÈNSACADORESDE CAFÉ INAUGURAM NOVA SEDE

Curitiba (Da Sucursal) —Os carregadores e ensaca-dores de café do porto deParanaguá vêm de inaugu-rhr, festivamente, a novasede do seu Sindicato declasse. A solenidade de en-trega aquelas categorias detrabalhadores de Sua novacasa teve lugar em Paraná-guã no dht 20 de Janeiro úl-tlmos. Estiveram presentescentenas de operários, au-toridades civis e eclesiásti-eaa e representantes de fe-derações e sindicatos detrabalhadores de todo o Es-tado, além de lideres eatu-dántls e camponeses. Entreos dirigentes sindicais no-tavam-se oa senhores OtoBracarenae da Costa, dele-gado do IAPB no Paraná, eEspedlto de Oliveira Rocha,presidente do Sindicato dosTrabalhadores nas Indús-triaa Químicas de Curitiba.

Nft INVIA MfNSAGEM

Não tendo podido com-parecer à festa, o corres-pondente de NOVOS RU-

MOS no Paraná, JornalistaAgliberto Azevedo, convida-do especial dos trabalhado-res, enviou a seguinte men-ssagem aos diretores do Sin-dicato dos Carregadores eEnsacadores de Café:

"Agradecendo o atendo-so convite para assistir ainauguração da nova sedesocial desse Sindicato, comgrande pesar comunico aoscompanheiros que, por mo-tlvo de absoluta forçamaior, sinto-me na impôs-slbilidade de estar presentea essa festividade".

Aproveitando o ensejo,transmito a essa Diretoriae, por seu intermédio, a to-dos os associados dessa glo-riosa organização da classeoperária, minha calorosasaudação por mais esta vi-tória alcançada pelos car-regadores e ensacadores decafé de Rtranaguá, confian-te em que a nova sede teráInestimável papel no forta-lecimento desse Sindicato eda unidade de todos os tra-balhadores parnanguaras

através do Foram Mndlealde Debates.

Desejando as melhoresvotos de êxito a essa festade confráternisação doatrabalhadores do nosso pôr-to é com satisfação que rea-firmo os inabaláveis pro-pósitos de continuar reíle-tindo nas páginas de NO-VOS RUMOS, semanário doqual sou representante noParaná, as lutas e os pro-blemas do povo, particular-mente da classe trabalhado-ra. vanguardeira das gran-des jornadas pátrias".PRESENÇA DO CPC

Um dos pontos altoa dareunião de inauguração danova sede dos carregadorese ensacadores de café foià presença do Centro Popu-lar de Cultui* de Curitiba,que encenou vários quadros,aplaudidissimos peloe tra-balhadores, entre os quais"Não tem imperialismo noBrasil", "Salário Minlmo","Canção da Reforma Agra-ria" e "Canção do Subde-senvolvido".

Santa partii un defesa dos mandatosSP: SEIS MIL SARGENTOS E SOLDADOSRECLAMAM POSSE PARA DEPUTADOS ELEITOSSAO PAULO (Da sucur-

sal) — Seis mil sargentos,cabos e soldados do Exerci,to. Marinha e Aeronáuticarealizaram uma grande as.sembléia no Teatro Para.mout. na noite de 26 de janeiro, num ato em que It.-.¦duziram seu protesto contraa cassação dos mandatos desargentos eleitos no pleito deoutubro do ano passado.

Duas enormes faixas mos-travam estes dizeres: «Exi-gimos o respeito à vontadepopular* — «De fuzil namão, ao lado do povo, pelagrandeza da Pátria». Du.rante longos minutos, mlli-tares e cMs presentes aplau-diram as expressões conti-das naquelas faixas, poiselas traduziam um senti-mento generalizado.

Os trabalhos da reuniãoforam presididos pelo sar.gento Aymoré Zoch Cava.Ihelro, do Rio Grande do Sul,eleito com grande votação,e que no entanto teve suaeleição anulada pelo Tribu»nal Eleitoral, numa dsdsaaque indignou toda a opiniãopública.

Encontravam.se ã mesados trabalhos representan-tes de vários sindicatos ope.rários, do Fórum Sindical erepresentantes dos sargentos

de Caxias do Sul, Guanaba-ra, Cumbica, os deputadosRio Branco Paranhos e Lu-ciano Lcpera. representantesda Universidade Católica ie.São Paulo e das organiza.çOês populares de bairros.

Os sete militares eleitos a7 de outubro c que tiveram.seu mandato anulado por de.cisão iniqua do TribunalSuperior Eleitoral foram ai.vo do calorosa manifestaçãopur parte da expressiva mas-sa ali concentrada e que pro-tostava contra um Julgamen.to considerado unânimemen.te como uma violação vergo.nhosa da soberania popular,um desrespeito á vontade dopovo nas urnas.

Vários oradores condena-ram a decisão do TribunalEleitoral cassando os man-datos dos sargentos, assina,lando que a democracia foraassim duramente ferida, numdesrespeito acintoso á von.tade do eleitorado clara,mente expressa. Tratava-se,assim do uma violação da'própria Constituição da Ke-publica.

SANTOS PAROUNa manha de sexta-feira

durante duas horas, os tra.

balhadores santistas, em suaesmagadora maioria, para-Usaram as atividades na pri.meira manifestação dêste ti.po em defesa doa deputadoseleitos e n*o empossadosainda e dos sargentos quetiveram sua eleição anula.da.

Mais de 30.000 trabalhado,res. entre eles portuários, es-tivadores. petroleiros, indus-triários e de outras catego.rias participaram da grevepolítica dando assim umademonstração de unidade efirmeza na luta que travampelo respeito ao voto popu-lar de 7 de outubro. Os tra-balhadores da orla marilima,depois de cruzarem os bra.ços, realizaram numerosasmanifestações ao longo dafaixa do cais, explicando asrazoes do movimento e con-clamando todos os portuâ.rios a se integrarem na lutaem defesa doe mandatos.Nos demais locais de tra-balho onde se verificaramparalisações, também foramrealizados comidos e deba-tes sobre a defesa do votopopular.

Page 3: TlXtt M 4* piglM MinistérioePlano Trienal: Compromisso · Ministério não leva em conta significado do voto popular de 6 de janei- ro —¦ Compromisso com os reacionários do PSD

— Rio de Jonelro, semana dt 1 o 7 de fevereiro dt 1963

PRESTES FALA A NOVOS RUUOS

Ministério e Plano Trienal:Compromisso e Conciliação Como Imperialismo e o Latifúndio

San Tiago D€f€nc'e IT&Trizola Defende o Brasi

1. Como aprecia ot últimos aconttcimtn-tot políticos, particularmtntt a revoga.ãodo Ato Adicional o o forma.õo do Minis-tério polo sr. João Goulart?

Em 6 de janeiro, o povo brasileiro com*pareceu em massa às urnas e impôs maisuma derrota às força» reacionárias que oconvidavam à abstenção. Graças a esta ine-quívoca manifestação popular, foi revoga-do o Ato Adicional t o sr. João Goulartrecuperou os podêres que lhe haviam sidoarrebatados. Não é, assim, por falta de apoiodo povo que o pre tridente da República deixade tomar as medidas hà muito reclamadaspelos supremos interesses nacionais. Muitasdessas medidas estão inscritas no programado PTB e, durante anos seguidos, vêm sen-do prometidas pelo sr. João Goulart e poroutros politicos qre heje ocupam posição dedestaque no executivo ou no legislativo. Re-forma agrária, medidas práticas contra aespoliação imperialista. combate efetivo à cs-réstia de vida, garantia e ampliação das li-herdades democráticas •— èis o que o povoexigiu a 6 de janeiro.

Como responde agora o governo aos re-ciamos do povo? Aí temos, como orientaçãogeral do governo, o Plano Trienal do sr. Cel-so Furtado; como ação prática, a elevaçãodos preços da gasolina e do trigo, determi*nando espetacular aumento do custo de vida;e como arremate político a nomeação de amministério, da livre escolha do presidenteGoulart, formado à base de compromisso comas direções reacionárirs do PSD e do PSP.Embora o novo ministério conte com a parti-cipação de algumas personalidades vincula-das ao movimento nacionalista e democrá-tico, a presença de representantes dos cír-cúlos reacionários, como Amaral Peixoto,Pinheiro Chagas e Antônio Balbino. indicao prosseguimento da mesma linha de con-ciliação com os setores que representam oimperialismo e o latifúndio. Evidentemente,ao formar esse Ministério, o presidente nãolevou tn consideração o profundo significa-do do roto popular a 6 dè janeiro.

2. Quo penso da política tconomico-fi-nancoira traçada no Plano Trienal «lobo-rado polo sr. Ctlso Furtado?

Não cabe aqui, em simples entrevista,analisar documento tão complexo como é ochamado Plano Trienal. Queremos apenasdefinir com clareza, sem subterfúgios, nossaposição diante dos interesses econômicos tpolíticos que êle traduz. O Plano estabelececomo objetivo principal assegurar a taxa dedesenvolvimento econômico do país e, simul-tâneamente, reduzir de modo progressivo apressão inf lacionária. Assim, pela primeiravez, um programa dt ação do governo con-sidera possível manter o crescimento da eco*nomia brasileira, ao mesmo tempo qut sãoadotadas medidas contra a inflação. Até ago*ra, somente os comunistas defendiam firme*mente essa tese. O Plano Trienal situa-se,portanto, no terreno de uma política dt dt*senvolvimento, distinguindo-se dos planosde estabilização monetária como o do sr. La-cas Lopes, que pretendia conter a inflaçãoreduzindo o ritmo dt desenvolvimento teo*nômico.

Entretanto, discordamos da solução pro*posta pelo sr. Celso Furtado para atingiraqueles objetivos. O Plano não enfrenta ascausas estruturais da inflação. Nenhuma me-dida concreta propõe contra a espoliação im-perialista, não cogita de restringir á remessade lucros, nem estabelece o controle do câm-bio pelo Estado. Nada contém no sentido dereduzir as escandalosas subvenções ao setorcafeeiro ou de propor transformações pro-fundas na estrutura agrária. Segundo o Pia-no, o combate à inflação seria travado ape-nas através de medidas de caráter monetárioe financeiro, muitas delas indicadas peloFundo Monetário Internacional — diminui-ção das despesas públicas, aumento de im-

postos indiretos, carie dos sittisidios ao con*sumo, aumento das tarifas <ie serviços pú*blicos. subvenções às exportações. O Planoé, assim, uma tentativa da burguesia ligadaaos interesses nacionais para conciliar o de*senvolvimento econômico e a redução do rit*mo inflarionririo com a manutenção dos pri*vilégios do capital imperialista t do setorlatifundnrio-cx-Hirtador. Deve ser comba*tido. portanto, pelas forças patrióticas t po*pularei

3. Qual a sua opinião sobro a afirmativacit qut, nos ttrmos do Plano Tritnal, o do-senvolvimento econômico stria rtalizadofundamentalmente jom bato om recursosinttmot?

Quando o Plano afirma qut o destnvol*vimento econômico será realizado fundamen-talmente com base em recursos internos, nàoestá afirmando nenhuma novidade, pois éisto o que sempre ocorreu. Os ingressos docapital estrangeiro sempre constituíram umaporcentagem relativamente pequena no totaldos investimentos. Na realidade, a execuçãodo Plano depende, essencialmente, da con*cessão de empréstimos e financiamentos nor*te-americanos. Isto é confessado no própriotexto, onde st diz que a taxa de crescimentoeconômico de 7% anuais não poderá ser man*tida sem um «refinanciamento» da dívidaexterna dt país no valor de 1 bilhão t 500milhões de dólares, durante o triênio, alémde inversões diretas de capital estrangeirono montante de "110 milhões de dólares, nomesmo período. O Plano mantém, assim, amesma situarão de dependência financeirado pais em relação aos círculos imperialistas.

É no sentido de conseguir tais recursosno exterior que se orienta o sr. San TiagoDantas, atual ministro da Fazenda- Em seudiscurso de posse, ondt estão contidas té*rias ameaças aos interesses nacionais, con*sidera expressamente qut é indispensável aopais a contribuição do capital imperialista, e,embora não fait claramente em congelamen*to dt salários, insiste na vtlha mentira rea*cionária de que o aumento dt salários podeser causa da inflação. J4 é do conhecimentopúblico qut ae iniciaram aa converaaçõeacotttos representantes do FMI, o embaixadorLincoln Gordon t um representante do Dt*partamento de Estado, a fim de obter o «rt*financiamento» solicitado no Plano. Logo,eaberá aos imperialistas decidir, em últimainstância, a sorte do Plano Trienal. E nãohà motivo para pensar que concederão os cré-ditos sem fazer qualquer imposição.

4. Quo conseqüência poderá ter a poli-tica do Plano Tritnal om rotação aos inte-rttcot vitais doe traba Inodoros?

Estas conseqüências já estão sendo sen*tidas pelos trabalhadores em sua própria car-ne. A pretexto dt conter o ritmo inflacio*nário, foram bruscamente reduzidos os cha-mados subsídios cambiais concedidos ao pe-tróleo t ao trigo. O governo atual prossegue,assim, ao caminho da mesma política cam*Mal exigida pelo FMI t realizada pelo go-vérno Jânio Quadros com a instrução 204.Antes de findar o mês de janeiro, em que ostrabalhadores receberão pela primeira vezo salário mínimo reajustado com aumentoinferior a 60%, já são obrigados a pagar osartigos de primeira necessidade com aumen-tos que chegam a 70% no caso do gás com-bustível e a 100% no caso do pão e das mas-sas alimentícias. Nestas condições, só poderáser rechaçado pelos trabalhadores o apeloque lhes dirigiu o novo ministro do Trabalho,sr. Almino Afonso, no sentido de que sus-pendam as greves e aceitem resignados aalta do custo de vida. em nome de uma pre-tensa «paz social», que significa crescenteexploração das massas assalariadas e novosprivilégios para os ricos.

r

5. Como ancoro a concessão, pelo Bancodo Brasil, dt vultoso empréstimo à Stan-dard Elotric, a fim dt anular ot tftitotda nacionalização da «Telefônica» rtali-xada polo govtmador Brixola?

Êste escandaloso empréstimo é. comodenuncia o sr. Leonel Rrizola em nota públi*ca. uma verdadeira doação de 1 bilhão 1300milhões dt cruzeiros à International Tele*phont and Telegraph Corporation (IT&T),cuja subsidiária gaúcha foi encampada pelogoverno estadual mediante o pagamento dejusta indenização, Nenhum patriota podedeixar de protestar contra essa vergonhosacapitulação do sr. João Goulart diante dapressão dos monopolistas norte-americanos.O mais gravt, porém, é que êstt ato se rela*dona com todo um plano dt encampaçãodas empresas de serviços públicos, cm con*diçôes nocivas aos interesses nacionais. Comoestes investimentos são considerados «impo*polares» pelos próprios imperialistas, pre-tende-se encampar tais empresas, com o pa-gamento dt vultosas indenizações que serãoaplicadas em outros ramos da indústria. Emlugar de «nprimir estes focos dt espoliação,trata-se apenas de transferi-los para outrossetores da economia nacional. Como já foraminiciadas negociações, nestes termos, paraencampação das subsidiárias da Bond andShare, é necessário que st trgam imedia-tos protestos. As empresas de serviços pú-blicos devem ser eneampadas pelo custo his-tórico e mediante o tombamento dt seu pa-trimônio por comissões idôneas. Nenhumaoutra indenização é admissível.

6. Qut perspectivas st abrem ãs lutasdo povo brasileiro, diante dos fatos aquianalisados?

O povo brasileiro não pode permitir queos seus governantes prossigam no caminhoqut insistem em trilhar. Os comunistas de-nuneiam t combatem as vacilaçôes do govêr*no t seus compromissos cora o imperialismoe os setores retrógrados, sem deixar dt apoiarf irmemente os atos positivos que se oponhamaos interesses das forças reacionárias.

Agora, é preciso intensificaram todo o

balhadores t dt todo o povo contra a cáres*tia de vida, a especulação e a sonegação deartigo.: de consumo popular, exigindo dogoverno medidas enérgicas e urgentes. Cum-pre impulsionar a ação dos camponeses pe-Ia posse da terra, pela regulamentação doscontratos de arrendamento e parceria, por-suas reivindicações imediatas. Nosso povonão admite qualquer retrocesso na políticaexterna, particularmente no que se refere àsalvaguarda da paz mundial, à defesa daautodeterminação do povo cubano, à inten*sificação das relações com todos os povos,inclusive com os países socialistas.

A política de conciliação do atual go*vérno, que no caso da IT&T já descambapara a capitulação, opõem os comunistas etodas as forças nacionalistas t democráti-cas um programa orientado no sentido darealização de reformas profundas, que atin-jam as causas estruturais da inflação. O queo povo brasileiro exige e há de conquistar,através de suas lutas, é a realização imedia-ta da reforma agrária, a limitação drásticada remessa de lucros dos monopólios, o ri-goroso controle estatal do câmbio e do co*mércio exterior, a nacionalização das emprê-sas imperialistas que ocupam posições-chaveem nossa economia. Deve prosseguir, portan-to, com decisão e energia, a luta por um go-vêrno nacionalista e democrático que em-preenda a realização de tais reformas.

A política de conciliação com o imperia-lismo, o latifúndio e as forças reacionáriasnão tem futuro — concluiu Luiz CarlosPrestes. As forças nacionalistas e democrá-ticas unir-se-ão para derrotá-la e obter no-vos avanços no sentido da emancipação edo progresso do país.

CAPITULO MACABRODE UM PLANO NAZISTA

Uma tenebrosa revelaçãov.elxa estarrecida a opiniãopública nacional neste prin-cipio de ano: a policia daGuanabara assassinou elançou às águas do rio daGuarda três mendigos, trêsmiseráveis pedintes cujoúnico delito consistia emnão poderem ocultar a con-dição de marginalizados emque os atirou esta sociedade.A inominável barbaridadeconstitui um crime contraa humanidade, suficientepor si só para caracterizara personalidade de seu ins-nirador e maior responsa-vel — o "fuehrer" de Bro-coió.

O mais terrível em tudo,porém, é que a monstruosi-dade — condenada com ve-emència até mesmo pela im-prensa golpista que dá sis-

temática cobertura às vio-lénclas brutais com queLacerda reprime os movi-mentos reivlndicatórlos dostrabalhadores e de outrascamadas populares — nfto

.é um fato isolado, de ini-ctativa de autoridades poli-liclals subalternas, comoquerem fazer crer certosporta-vozes do Palácio Gua-nabara. O episódio vergo-nhoso e repugnante é infe-lizmente apenas um capitu-lo da política policial tra-cada por Lacerda e seus au-xiliares Imediatos do setoro carrasco Cecll Borer e ocoronel da "guerra psicoló-gica", Gustavo Borges.

í tão somente uma ma-nifestação prática da ldeo-logla da tortura e do exter-mínio, com a qual Lacerda

frustrado no golpismo,

mas realizado como segui-dor de Himmler e Eich.mann — pretende "sanear"a Guanabara, liquidandoprimeiro os "Inúteis" (é as-sim que êlè^ÒTenomina osaleijados e mendigos) paraem etapa posterior, após adestruição fisica de algunsdelinqüentes e meliantes,promover a eliminação depresos politicos, objetivo fl-nal do plano.

Os círculos ligados ao go-vêrno nazista do Estadopretendem dar comoencer-rada a questão coma anun-ciada punição dos autoresmateriais da chacina do rioda Guarda — quatro poli-ciais inferiores, incapazesde agir por conta própria— e com a trombeteada ins-tauração de "um rigorosoinquérito", dirigido pela po-

licla mesma da Guanabara.Tais simulacros de provi-dências devem ser enèrgi-camente repelidos. Os quu-tro tarados executores Jaatrocidade não. são respon-sávels por aquela ação: co-mo policiais, cumpriam or-deus. E a realização pelapolícia de um inquérito na-ra apurar responsabilidadesde um crime cometido porela própria c«mo institui-ção .ó pode ser considera-do como csrárnio e sombriazombaria O assassinio d'*mendleos e parte de vastoesquema de tcrioi que pr;-vê a mobUíTaçáo de tod: oaparelho policial para a suaexecução esquema elabora-do por Borer e Borges,idealizado e supervisionadopela paranóia e pela fúrianazista de Lacerda. A me-dida a ser tomada, diante

dn hedionda elocubraçãonazista que se inicia a pôrem em prática, é a Insta-lação de uma comissão par-lamentar de inquérito, comamplos e totais podêresde investigação, a fim deque possam vir a público to-dos os pormenores da diabo-lica consplrata armada con-

.tra o povo e possa ser levadaàs últimas conseqüências aimplacável condenação aque não pode escapar o res-ponsável direto pela im-plantação das execráveispráticas nazisras de sevi-ciamento e extermínio físi-co: Carlos Lacerda, o deses-perado Governador da Gua-nabara.

Dua» notas foram clivul-RAdas, domingo último,acerca dr. encnmpaçào pe-lo governo gaúcho da sub.sidiárla da "InternationalTelephone & TelegraphCorporation" e da decisãodo governo brasileiro Ue"antecipar" o pagamento d»Indenização a èsst trustonorte-americano, entrega»do-lhe 1 bilhão e 300 ml-lhóes de cruzeiros. Uma dasnotas foi tornada publicapelo novo ministro da Fa-zenda, sr. San Tiago Dantas,a outra pelo governadorLeonel Brlzola.

Sao duas notas que rede-tem duas atitudes opoitnãEnquanto a primeira os-fende a capltualç&o ao Im-p.'rlallsmo, nesse eplsóalu.a segunda denuncia es-;acapitulação como lesiva aosinteresses nacionais e u.-trajante à justiça e à pró-prle sobrranla de nossoPais.

AO INDIHNSAVH

A nota oficial do Minis-tério da Fazenda, preten-dendo justificar o verdadei-ro crime que é a entregad. 1 bilhão e 300 milhõesde cruzeiros à IT&T, nãopassa de uma mistificação.Oiz que

"o empréstimo In-dustrial concedido à Stan-dard Eletrlc 8/A" nao l.u-porta em pagamento ante-cipado "de qualquer inde-nização pelos bens" da IT&Tdesapropriados no RioGrande do Sul. Entretanto,reconhece que "a StandardEletrlc é uma subsidiária daIT&T, estabelecida no Riode Janeiro hà cerca de 35anos" e afirma que o em-préstimo "se destina a In-vestimento na fábrica dctelefones, aparelhos de rá-dio e televisão, e-materialeletrônico em geral que essafirma está construindo noRio de Janeiro". Acrescen-ta que "a indenização quevenha a ser paga à CTN.no Rio Grandedo Sul, seráaplicada em sem do emprés-timo — NR» reembolso ouamortização", t, como sevè, uma forma de burlar adecisão da Justiça brasllel-ra e empulhar a opinião na-clonal. Por que então o Go-vêrno empresta a uma sub-sldiária da IT&T a somafabulosa do 1 bilhão e 300milhões de cruzeiros para aconstrução de aparelhos derádio e televisão, no instan-te em que o .mesmo Govêr-no anuncia medidas de con-tençào do consumo « decla-ra que não dispõe de re-cursos para conceder aofuncionalismo "público umaumenta de vencimentos se-quer equivalente ao aumen-to do custo de vida? En-tão a contenção do consu-mo nào se refere tambémaos aparelhos de rádio e te-levisào da Standard Eletrlcque é, ao contrário, estl-pulado numa base altamen-te inflaclonària? E como ex-pllcar que os recursos quenão existem para a sobrevi-vencia dos servidores do Es-tado existam e sejam entre-gues de modo tão generosoa truste imperialista ianqueque náo faz em nossa terraoutra coisa senão arrancarlucros e mais lucros?

* preciso ficar bem cia-ro que o ministro San Tia-go Dantas não consegue Im-por-se ao respeito de nln-guém afirmando que a ca-pituláçáo à IT&T "atendeu,sob todos os aspectos, aointeresse nacional". Foi-se otempo em que tais afirma-ções podiam Impressionarpor si mesmas, independen-temente dos fatos. No caso,ao contrário do que diz oministro da Fazenda, os fa-tos estão mostrando, comuma revoltante nitidez, queo que existe é uma inde-fensável traição aos inte-rêsses nacionais, o caso daIT&T — cuja encampaçãoconstitui um simples ato desoberania — é muito sim-pies. Está entregue à Justi-ça brasileira, que deverá fi-xar o montante da indenl-zaçáo. Ao Governo brasllel-ro cabe apenas aguardar es-sa decisão e prestigiá-la, re-polindo toda forma de pres-são colonialista que partado Governo norte-amerlea-no em defesa dos interessesespoliadores de um trustecontra os quais se chocamos interesses do Brasil, osúnicos que deveriam sersagrados para as autorlda-des de nosso P*ais.

BRIZOIA DENUNCIAA nota do governo _aü-cho põe os pontos nos "li".

Confirmando o caráter mis-tifleador do comunicado doMinistério da Fazenda, in-forma o sr. Leonel Brlzola,que o Governo Federal lhecomunicara que "esse em-préstimo excepcional desti-nava-se a dar uma soluçãoprovisória ao caso da en-campação da "CompanhiaTelefóivca Naronal" emface da intransigente posi-ção assumida pelr govêrmdos EE.UU., que chegou aoponto *e condicionar todase quaisquer negociaçõeseconômico-tinanceiras com

¦ o nrasll ao prévio ressuar*do üo» utleré.ise* oa "IT& T". isso é dito textuil-mente pelo sr. Lconn Uri-zola — e todo o mundo .-a-be, em primeiro lugar o siSan Tiago Dantas, que naoe meu 11 "a Luta-se —prossegue i nota do sr. B-izola — dc 'u.in veruadet.ra doação < prazo dc 8 nnos,Juros de 12%) í> esse "hol-dlng" Internacional, rm .ir-tude da crescentr desvão-rlzaçfto da nossa moeda".Sendo uma humilhante rort-cessão ao imperialismo Uni-que, o "empréstimo" sig<it-tica "um desvio dc recur-sos nacionais tanto m a i sodioso quando ft 'to em o? •nclicio dc i»ouiioíiR emiiiü-i.i citraniir-ua. no momentocp1 'tue hs empregas brasi-'•:iva.- lutr.m com dlficulda-des de (•nr.níi.niiento in-temo".

A barganha com a IT&Té. assim, uma infame ca-pltulaçào ao lmperlalls-.no.constituindo um achlcalheao Governo e á Justiça doRio Grande. O governadorEri-oia recapitula. todo oprocesso que culminou coma encampação, mostrandoque èle se fez "rigorosamen-te sob o amparo das leisbrasileiras e mediante au-torlzaçào do Poder Judicia-rio". Do valor -arbitrado pa-ra os bens da empresa iau-que foram deduzidos os"montantes correspondentesaos materiais doados pelapopulação ao serviço, às in-denlzações do pessoal e ãobsolência dos equlpamcn-tas". O depósito prévio, (ei-to pelo Estado para que és-se pudesse imitir-se na pos-.se dos bens da empresa en-campada, foi fixado pnlaJustiça. "A encampação,sendo um direito do PoderPúblico, tornou-se a partirdaquele Instante — continuaa nota do Govêrrio gaúcho--- um fato consumado e ir-reversível. A única parti-cularldade a resolver seriae ainda é a fixação do Po-der Judiciário do montantedefinitivo da indenização, Eisso depende de processoque tramita regularmentena Justiça, e onde a empre-sa encampada terá queprestar contas também pe-los prejuízos que impôs aodesenvolvimento do Estado epelos lucros habllldosamen-te e de modo irregular re-metidos para o exterior".

A decisão do Governo fe-drral, porfanto, sob a mis-tifi.ação do "empréstimoindustrial concedido nStandard Eletrlc 8/A" étambém um grosseiro des-respeito à autonomia de umEstado e às atribuições daJustiça. O ministro San Tia-go Dantas é, porém, umprofessor de Direito — e sa-be de tudo issq melhor doque nós. Por que Investiu,então, contra esses postura-dos constitucionais, se lem.o. hábito de falar táoen-fátlcamente em coisas comoprimado da Justiça"? Nãohá duas respostas: porque oGoverno federal capituloudiante da pressão coloniza-dora do imperialismo, dostruste e do governo dosEsfados Unidos. O "primadoda Justiça" foi arquivado e

Fora de Rumo

.substituído pela sub-nissica um pais estrangeiro.

O governador Brlzola re-fero-se, em sua nota, àai «rotação frita pelo embai-Mulnr Gordon, numa reu-tiiuii hvtvldd no Itamarntl,segundo a qual "o proble-ma deveria ser resolvido porarbitragem lutei nacional enfto Judicialmente, porque oPoder Judiciário brasileiroera, para éle. parte na quês-tão". A realidade esta mos-ti ando i|iie o Governo brasi-Iclro foi além das exigcn-cias do embaixador Gordon,pois aceitou, não um arbl-tranento internacional, maso próprio preço imposto pe-Ia IT&T

Compreende*!-: qu- o Go-vérno norte- amrnc.ino. di-rlglndo a maior potênciaimperialista do mundo,transforme rm questões deEstado, como diz o sr. Bri-zola. "os Infí êsses priva-dos e os negócios de suasempresas c corporações ei-o-nòmicns". A-> sim age unigoverno Imperialista, e Is-so nôo pode ser surpresa, Oque não podemos admitir,quanto a nos. c que o Govér-no brasileiro, de um paísespoliado pelos ianques, fa-<-a também dc.sses interés-ses rapaces, c não dos in-terêsses de nossa Pátria,questões de Estado. Paranos, questões dc Estado sãounicamente as que envol-vem os Interesses nacionaise exigem a sua defesa. Os10 milhões dc brasileiros quevotaram no sr. João Gou-lart. no dia 8 de janeiro,não pensam de outra for-ma ne n admitem que os in-terêsses do Brasil sejam as-sim vilment. alienados. ¦

RESPONSABILIDADEDE JANGO

A nota do GovernadorLeonel Brlzola peca apenaspor não fixar com a devidaclareza a responsabilidadepessoal do Sr. João Goulartnesse escandaloso assalto àeconomia brasileira. Antes,podia alegar-se que o Go-vérno era o Conselho dcMinistros. Agora, nào, o sr.Goulart é o Presidente daRepública investido de te-dos os podêres. O 8r. San•Tiago Dantas é seu minis-tro, faz o que o Sr. Goulartmanda fazer e nào tem au-toridade para contrarlà-lo,A principal responsablllda-de por tudo isso cabe, as-sim, ao Presidente dn Re-pública que, segundo se sa-be, havia a-.sumido comKennedy êsses compromls-sos, cm sua viagem a Was-hington. E' o sr. João Gou-lart, mais do que o própriosr, San Tiago Dantas, queterá de responder por êsses"fatos profundamente gra-vòs e lesivos aos Interessesnacionais". E' êle. portanto,que está obrigado peranteo povo brasileiro a determi-nar um imediato reexamedo assunto e a suspensão daimoral barganha feita coma IT & T. Esta é a únicasolução com à qual os bra-stlelros podem concordar.

Pa* Mitta Uma

De um abrigo de macróbios, localizado em Indiana doSul, levanta-se, em tom de aflição e de "ameaças, a voz doex-embaixador americano em Havana, sr. Sprullle Bra-den. Braden alimenta, em seu recesso, Idéias sobre a formade "eliminar o comunismo cubano". Idéias nào muito ori-glnais, pois não se diferenciam de planos já postos emprática pelo próprio governo de Washington, em colabo-ração com rapazes como esses que ainda agora se entre-gam à prática de crimes passionais, em nossa embaixada.Em, Cliba... JBfaden deseja uma "invasão em massa" doprimeiro pais a iniciar, na América Latim», a construçãodo socialismo.

Seria exagerado exigir-se do sr, Braden a compreen-são de que, para começo de conversa, não se pode eliml-minar coisa ainda inexistente: o comunismo cubano. Cubacomeça a construir o socialismo. O comunismo cubanovirá a seu tempo, mas virá.

Braden acusa dois estadistas de seu pais dc não li*-verem imitado rigorosamente Adolfo Hitler, a propósitoda questão cubana. Os dois estadistas acusados são os srs.Kennedy e Eisenhower. Êste último, por não haver "lm-pedido a ascensão de Fldel Castr0 ao poder". Bela confls-são a respeito da exportação norte-americana da contra-revolução. Diante das palavras do sr, Braden, o coronelLimoeiro do programa de Chico Anisio, poderia interpe-lar Tio Sam: "Quer dizer que continuas o mesmo!"

O imperialismo norte-americano continua o mesmo. E"assim, teimosamente, prosseguirá, enquanto fòr imperia-lismo, enquanto não virar poeira. Os tempos é que nãocontinuam os mesmos. Dai as enrascadas que se armamdiante dos homens públicos ligados direta ou indireta-

. mente aos negócios internacionais àv Wall Street.

Vamos dar novamente a palavra no saboroso diplo-mata Braden, hoje aposentado cm Indiana do Sul. ma^sempre brilhando nas manchetes da imprensa sadia deseu grande pais. Spruille Braden proclama: "Nenhumpais jamais foi resgatado das garras' do comunismo semuma vogorost» ajuda exterior", i Braden coloca a "ajuda"e a intervenção prudentemente no mesm0 saco).

Acontece porém que a história te:n quatr0 marchasavante c nenhuma à ré. Assim, o sr. Braden não poderiacitar o exemplo dc nenhum pais "resgatado das garras docomunismo" com ou sem aluda vigorosa ou intervençõesarmadas. O primeiro pais a construir o socialismo. H UniãoSoviética, foi agredida por forcas armadas imperialistasaos primeiros tempos da instituição de seu regime Osagressores sVurarh derrotados. A União Soviética ai estaijá na íasc dé construção do comunismo. E quantos po-vos a partir de 1917 não resgataram seus próprios paísesdas garras do capitalismo?

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Page 4: TlXtt M 4* piglM MinistérioePlano Trienal: Compromisso · Ministério não leva em conta significado do voto popular de 6 de janei- ro —¦ Compromisso com os reacionários do PSD

NOVOS RUMOS Rio és Janeiro, «emano ds 1 o 7 de fevereiro de 1963 —

Os Caminhos da Revolução Nos Debatesdo Congresso do P. C. ItalianoDOLORES IBARRURI: A FRENTE ÚNICANA LUTA PARA DERRUBAR O FASCISMO

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i a•ji-cCo-r.o

fi "rcheróica

A assembléia dc pi. comorna maçai qua fí pro ou-gou lor*,.rmr,,<*- •¦rarada Dsío-estrouxe- ao " ''Partido Cr r •'.a saudp'-' • *espanhol); C \porém comov.c .representante c*i povo daEspanha leu a tua mensa-gem. Nâo f*i ncpe-Tárlo In-térprete: enda vrz qu: aeompanhri.n '¦¦'•;• I..- rr-feria á luta de ontem r dehojr do seu novo. à solida-rledade manifestada pelaJuventude Italiana n c.-on-nhola. r*rp«'-'-- "«huim c*:-•Modiam no Congrrsso. V.ofinal, a • Incvmi-nável: delcgadcs e convl-dados ao Congresso, rror.-sentantes dc todos os par-tidos comunistas c n::vn-rios, jornalistas da iirnren-sa Itaü-ina c ¦cstrrrT-rn.todos, dc p\ saudaram caplaudiram a camaradaIbarrurl e rm -ua oessoa os

vibrantes — para os Jovensccmunlctas, socialistas, de-mii-.tr. e or.l-tfi;s. que,(:m tamanha decisão c!c-varam :uas vo?.c.s contra oterror polhlal na Espanha.Vcmcj reviver na Juventu*('* I nl'ann o c»pl lio dos"garlbaldlnos"', que r-jscampo3 dc bitelhi espa-nhó.s csc-rvrram tantaspr-.inas heróicas.

ns gebretudo nJuventu;!e

f?tn drq.v. a juveniuc-c Itullnualute com tamanha conll-nuldadc contra o fascismors-anhol. confirma aquiloqae nus sustentávamos fazmuito tempo; que o pro-¦ulcma da E£panha não con-siste nem num problema dopassado nem numa quês-tão rentimental. mas numproblema vivo c atual, queInteressa a todo; os homensque possuem uma consclcn-cia limpa."

Depoli dc rrcoT-dnr que acombatentes da dura luta .solidariedade com o povoque continua a í!m de li-quidar o fascismo na Es-panha.

Em seu discurso. Dolo-res Ibarrurl cxp-lmiu pmprimeiro lugar a alegria dos.representantes do PartiooComunista Espanhol por rs-tarem presentes a uma tãonumerosa reunião de co-munistas. animada de tãoforte paixão política e detamanho entusiasmo com-bativo.

Mas não se trata apenasde alegria: "Queremos di-zer-vos — continuou ela —o quanto é profunda nossaemoção pelo fato de nosencontrarmos rm vosso ma-maravilhoso pais e de es-tarmos hoje "convosco. ve-lhos e jovens camaradas,aos quais nos unem náo sò-mente a mesma Ideologia,mas também a luta comumde longos e duros anos con-tra o fascismo. Estamos uni-dos por vínculos de amiza-de e de sangue que nãopoderão ser destruídos nempelo tempo nem pela dis-táncla porque alimentadose conservados pela recor-

d a ç ã o Indestrutível dosnossos heróis e dos nossosmártires.

"Para nós — continuou agrande combatente pela li-herdade da Espanha — quéestamos longe, exilados donosso pais, vir á Itália eum pouco como estarmosvizinhos da Espanha, sen-ttrmos fisicamente a suaproximidade e ao mesmotempo conhecermos o ber-ço da nossa lingua. da nos-aa cultura, das nossas an-tigas instituições democrá-ticas. da nossa civilização.Mas, sobretudo, vir á Itá-lia quer dizer conhecer-vos.caríssimos camaradas eamigos, conhecer melhor opovo italiano, que é tão vi-ainho r tão semelhante sonosso pelo seu caráter, pelasua história pelas suas tra-dlções lnternacionalista* erevolucionárias.

. "Viemos ao vosso Con-gresso com um profundo

, sentimento de' respeitopara com o vosso grandePartido; que continuando asgloriosas tradições do mo-vlmento operário Italiano,soube, com Incontestávelagilidade política, encon-trar novas formas de lutaque correspondam ás exi-géncias impostas pelas ca-racterístlcas sociais e eco-nômicas do n osso tempo.Para tal, acompanhamoscom grande atenção o dis-curso do camarada Togliat-ti, cuja importância não tsomente nacional mas in-ternacional. Ao ouvi-lo,pensávamos no grande au-xilio que a vossa experièn-cia poderá representar paranós e para todo o movi,,mento comunista interna-eional."

Neste ponto, a camaradaIbarrurl refere-se ás últi-mas jornadas de luta pelaliberdade do povo espanhol,quando milhares de jovenssaíram às praças da Itália."Faz algum tempo, por oca-siâo da injusta condenaçãode um jovem antifascistaespanhol, ocorreram ime-dlatamente na Itália gran-des manifestações de pro-testo que revelaram aomundo inteiro quão é in-tenso o temor que a dita-dura franquista nutre pelahostilidade da opinião pú-biica democrática. Permiti-me, face às mentiras e àhisteria da propagandafranquista contra a Itáliaexprimir desta tribuna anossa gratidão a todosaqueles que de qualquer mo-do manifestaram sua soli-dariedade com a luta dopovo espanhol e solicitarama anistia para os nossosprisioneiros políticos. A nos-aa gratidão volta-se espe-eialmente — afirmou acompanheira Ibarrurl, en-quanto cada palavra suaera sublinhada de aplausos

espanhol ee reaviva e scestende hoje. depois dosgrandes movimentos recen-tes dc Breves que abalaramas bp.se.-; da ditadurr. a no-vos setores políticos e so-ciais ivède. como rxrmplo,as declarações des traba-lhlstns Ingleses, dos soda-listas escandinavos, dos Sin-dlcallsta? americanos assimcomo dc numerosas perso-nalidadc- católicas de dl-versos paises). a compa-nheira Ibarrurl afirmouainda que existem hoje pos-slbllldades de faser mais.

"Tem razão, portanto, ocompanheiro Togllatti quan.do indica em seu relatóriocomo uma da* fraquezas domovimento comunista naEuropa ocidental, a insufi-ciência da ação de solida-rledade ao povo espanhol ecom os demais povos quecombatem contra o fascis-mo. Solicitando o fortale- ¦cimento dessa solldarleda-de, náo falamos, porém, emnome de um povo e de umaclasse operária que esperampassivamente a derrocadada ditadura, mas em nomedaqueles que já lutam paradestruir o regime de Fran-co. A ditadura franquista.sustentada até aqui peloimperialismo americano, poroutros nefastas cúmplicesque hoje, porém, pesam umpouco menos fe a êsse re-sultado se chegou, ao queparece também pele von-tade da suprema autorida-de da Igreja Católica), estáde fato em decomposiçãosob a pressão da luta popu-lar e das contradições In-ternas lnsolúveis que ali-menta."

"Assim, se o franquismopode ainda servir-se de tor-turas, como ocorreu eom.nossos heróicos companhel-ros Orm Azala, Ivarrola,Orimaud e com tentos an-tl-franqulstas — entre osquais muitos católicos —náo pode mais impedir aclasse operaria de estendera luta de uma ponta á ou-tra da Espanha nem aomovimento de oposição dasforças burguesas de amplia-rem em sua ação. Assim,também as forças queapoiaram até ontem a di-tadura, pensam hoje em.substitui-la por outra coi-sa que seja totalmente di-ferente.

Nesta situação, interpre-tando os sentimentos au-tènticos do povo, o Parti-do Comunista sustenta de-cididamente uma políticade reconciliação nacionalque faça desaparecer oabismo de ódio e de san-gue aberto pela guerra efacilite a destruição da di-tadura sem provocar umanova guerra civil. £ combase nessa política que foipossível estabelecer umdlá-logo também com as íór-ças que participaram daluta ao lado de Franco masque hoje se encontram naoposição á ditadura. E écom base nessa, mesma po-litica unitária que dasgrandes greves daprimave-ra passada participaram co.munistas, socialistas, anar-quistas e republicanos, alémdr importantes setores deopsrárlos católicos. Tudoisso confirma as reais pos-sibiildades de uma politl-ca, que é a do Partido Co-munista Espanhol que ten-de a restabelecer a unida-de entre todas as forçasoperárias e democráticas nosentido da liquidação da di-tadura franquista e da cons.truçào de uma nova Espa-nha."

Na parte finai do seu dis-curso, a camarada Ibarru-ri examinou oi problemasda luta pela pas e da uni-dade do movimento comu-nista internacional.

Depois de ter recordadoque também a Espanha éhoje uma base militar doimperialismo norte-amerl-cano, a oradora afirmou que,se nas últimas semanas apaz foi salva, isto aconte-ceu graças à iniciativa daUnião Soviética, à sua po-

slçlo fitme e simultânea-mente flexível, aos esforcesdo camarada Kruschlov.Oraças a Isso foi possívelImpor ao Imperialismo ame-rlcano um compromisso rs-zoável que preservou a hu-manldade da catástrofeatômica.

A solução dada á erlsepermite assim ao povocubano continuar a cons-trulr o regime que escolheulivremente. Os fatos de-monstra m a justesa dasconclusões ás quais chegouo XX Congresso do PCUS,ao afirmar que é possívelhoje, graças á existência deum campo socialista tioooderoao, evitsr a guerraatravés de uma aplicaçãoefetiva de uma política decoexistência que comportaacordos e concessões mú-tuas reciprocas.

"Aqui foi denunciada comgrande crueza — afirmou acraiorj. — a indigna eon-duta nos dirigentes albane-«rs. que ao invés de corri-r*irrm tuas Intoleráveis po-slções — qve nada possuemde comum com o maxxls-mo - tintam com suas in-sidlas e com suas odlossscalúnias tentra a UniãoSovictlci e os partidos ee-munistas, confundir asIdéias na gente simples edkvid.r o ir.ovlmento comu-nlsla internacional, omvantagens unicamente paraos inimigo» da elasse ope-rárla e do socialismo."

"Cviio é possível compre-ender o fatc de que, nestasitusçá). os companheiroschinês» continuem a darseu apoi) tos dirigentes si-bsneses?"

"Nós sfii..íamos que essapnaiçV-) não é justa e que-ro recordar aos camaradaschineses que apenas dtnun-ciando e condenando as po-slções anMmanciataa nasquais se colocaram oo dl-rlgentes albaneses 4 posei-vel ser fiel áa tradições eaos principies ltninlstas smanter e consolidar a uni-dade do movimento eomu-nista internacional."

A companheira Ibarrurltermina entre uma estreei-dosa ovaeáo da assembléia,saudando o Congresso o "ao vosso grande Partido doqual podem sentir-se orgu-lhosos náo somente a elas-se operária e o povo Itália ¦no, mas todo a moetaBcntocomunista.''

Teoria v Pratica

tf-tA—-. —. mmjmmMm

Depois di publicação, no número an»terior, de trechos do relatório apresentadopelo camarada Palmiro TogKatti ao X Con»gresso do Partido Comunista Italiano, NR in»sere, neste número, nesta página, amplos re-sumos dos discursos proferidos pelo câmara»da Chão Rinàng, representante do PC da Chi»na, e por Dolores ftarruri, secretária do CCdo Partido Comunista da Espanha. Os resu»mos foram traduzidos do jornal italianoLUnMá.

CHÃO Yl MING EXPÕE AS POSIÇÕES

DO PARTIDO COMUNISTA DA CHINA

Dolorot Ibarrmri

«É postívol taltor•tope» do revolução?» $$>

(Pergunta da leitora Ida Sousa, de Caxias, Mo Orande do Sul)

Clare aue náo. O desenvolvimento dasociedade 4 um processo objetivo, ascen-denta s continuo, sujeito a Ms s definidopor condições materiais precisas. Sem dú-vida, os homens atuam nesse processo e fa-sem a sua história, através da açáo cons-ciente das mossas trabalhadoras. Não fa-zem, porém, ao sabor de seus desejos easpirações —- mas dentro das condições ma-terials de sua época. "Por mais nobre queseja um objetivo — disia Marx — éle sóbrota quando já existem ou estão em ger-me ss condições materiais necessárias ã suareslliaçáo." E só se torna realidade quandosus necessidade imperiosa é compreendidapelas grandes mossas populares, através desus experiência política e das lições da vida.Assim, o "ideal marxista de progresso so-ciai náo se apoia nos bons desejos — masna análise cientifica dos estágios de de-senvolvimento social s na previsão tambémcientifica da sucessão desses estágios. O queleva ao socialismo náo é o sonho secularde um futuro melhor: é o processo objetivode desenvolvimento das forças produtivass das relações de produção, é o processo dedesenvolvimento da luta de classes, na so-cledade moderna."

O papel das classes obedece tambéma esses princípios. Correspondem a etapashistóricas determinadas, surgem para ser-vir ao desenvolvimento soelal e, dada a suacontribuição devem, eeder lugar ás novasforças sociais avançadas. Não permanecemna cena histórica o tempo que desejam, nemimpõem por si mesmas os destinos da vidasocial — que só as grandes massas popula-res definem, como criadoras de todas astransformações. Por isso mesmo, o marxls-mo chama a distinguir o papel das massase s missão da classe e do partido de van-guarda; a não confundir seus níveis deconsciência; a ter sempre em conte a gran-de lei da vida social segundo a qual asmassas, criadoras da história, aprendematravés de sua própria experiência.

E como as classes correspondem a épo-cas determinadas ds desenvolvimento so-ciai, o mesmo pode-se díser de eada etapado processo. O que define uma etapa re-volueionária 4 o alva! de sua economia —e. com lie, o tipo • o caráter de suas con-tradições fundamentais: as tarefas sociaisque delas decorrem, como condição de de-senvolvimento: as classes e camadas sociaischamadas a reallsar essas tarefas. O ea-ráter e as tarefes ds uma etapa náo semodificam dentro de um processo normal,pois seus elementos básicos lmpõem-se comoproduto objetivo de toda a evolução soelalanterior. O que varia sáo as condições e osentido em que sáo realisadas; a correia-

çáo ds forças no conjunto de classes e ea-madas que constituem suas forças motri-ses; é sua base soelal, isto é. a presençacrescente e ativa das massas populares — e,em conseqüência, s hegemonia do movi-mento e o caráter (vacilante, conciliadorou conseqüentemente revolucionário) daclasse que detém essa hegemonia em suasmãos; são, em decorrência de tudo isso, oritmo e o grau de profundidade e conse-qüêncla a que é .levada a solução das ta-refas sociais já maduras, t desses fato-res que decorrem os dois caminhos do dc-senvolvimento — capitalista e não capita-lista — que se abrem hoje aos povos quelutam pela emancipação nacional efetiva epelo progresso social. Um e outro têm queenfrentar as tarefas da revolução nacionale democrática — e é êsse seu traço comum.O que os distingue são suas forças mo-trizes, o nivel de presença das forças popu-lares, a força hegemônica da revolução.

Sem dúvida, a história assinala certossaltos de etapa. Eles náo são. porém, pro-duto dc um processo normal de desenvol-vlmento. Estão condicionados a fatores es-tranhos: à interferência, superposição ouaproximação gradativa de um processo eco-nòmico-social a outro processo em nivel su-perior de desenvolvimento. Isso se fés porcaminhos diversos: pela violência dos co-lonizadores (na América Latina, na África,etci sóbre as comunidades primitivas; oupela colaboração e aliança com naçõesavançadas, socialistas (como no caso daMongólia Exterior e das comunidades atra-sadas da URSS). Mesmo assim, o fenômenonâo se impõe como simples cópia ou trans-ferèncla de regimes — como o provam oaséculos de regime escravista em nosso paise na América do Norte.

O que é necessário destacar é o papelda classe operária, entre as forças mòtri-.zes da revolução, em nossa época; a pre-sença das massas populares — e, com elas,o avanço do conteúdo social da frente na-clonallsta e democrática; as perspectivasnovos que crescem, assim, para a hege-monta do proletariado. Com "isso, abre-sea possibilidade de aproximar as etapas darevolução.

> o que nos mostra o exemplo de Cuba,onde o Poder revolucionário realizou, nocurto prazo de 20 meses — de janeiro de1956 a outubro de 1900 — as tarefas darevolução nacional e democrática — e pôdeassim, passar ao desenvolvimento não ca-pitallsta e abrir, com o apoio de todo o povo,a era do socialismo em seu pais. Não hásalto de etapas: há aproximação entre asetapas.

O camarada Chão Yi-ming, candidato a membrodo O C. do Partido Comu-nista Chinês, trouxe a ssu-daçáo do Partido s do po-vo chineses. Pronunciou umamplo discurso político noqual exprimiu as conheci-das posições dos camaradaschineses, eom vivos pontespolêmicos que provocaramalgumas cogitações pela

O esmerada Cfceo Tl-roingIntata, o soa discurso subli-nhando o Importante papeldo Partido Comunista Ita-liano na lata de libertaçãoo pela conquista de um re-fims ds democracia avan-tjada. Recorda como a ba-talha contra o renasclmon-to das forcas fascistas, pe-ia salvaguarda da sobera-nla nacional e da pas mun-dtal, contra as bases ato-micas instaladas em terri-tórlo italiano, vem se desen-volvendo impetuosamente seomo milhões de operárioss camponeses italianos têmdado, com Imponentes gre-vss s manifestações, repeti-daa provas da combativida-de do povo trabalhador. OPartido Comunista s o po-vo chineses rendem a «sasjusta luta a maior homena-gem e lhe emprestam reao-luto apoio.

Depois dessa saudação?r^t' o esmerada ChãoYi-ming passa a analisar a

.situação internacional que— dis êle — continua a evo-lulr a favor dos povos. Agrande luta dos povos domundo Inteiro contra atensão criada peto imparia-llamo americano, contra onovo a o velho colonlalis-mo, pela Independência na-stoaal, pela dsmoeracla e eprogresso social e pela de-fesa da pas mundial, se es-tá desenvolvendo de modoIrresistível, torna-se dia adia mais poderosa s obtémsempre novas vitorias.

Mos últimos anos, a for-ea do campo socialistafoi enormemente aumenta-da. levantam-se impetuo-semente aa oradas, dos re-votações democráticas e po-pulam dos povos da Ásia,da África e da América La-tina, aasestando golpes con.tinuos contra as últimasposições do sistema colonialdo imperialismo. Aquelassonas, consideradas peloimperialismo eomo suas re-servas estratégicas, torna-ram-ss boje a frsntc dalata.

Chão Yi-ming recorda amparticular a grande vitóriado povo cubano pela sualiberdade, a luminosa vitó-ria do povo argelino depoisde sete anos de heróica lutaarmada, e os grandes éxl-tos populares do Leos, doViet-Nam do Sul, da Co-rela do Sul ds Indonésiae do Japão, e concluindo,faz ainda uma referenciaso "notável desenvolvimen-to dos lutas democráticase nacionais dos demais pai-stê do mundo."

"Em contraste com ò de-senvolvimento impetuoso dasforças revolucionárias —afirma éle a essa altura —o sistema mundial do capi-talismo mergulhou numprocesso de ulterlor deca.d è n c i a e degradação. Sebem que o imperialismoamericano permaneça aln-da a potência lmperialistamais importante, sua supe-riorldade política e econô-miea no bloco lmperialistaestá relativamente enfra-queclda e sua posição dehegemonia no seio dêstebloco já começou a vacilar.Oa contrastes abertose ocultos entre os diversospaises imperlalistas estão seagravando e o campo im-perlallsta tende a desagre-gar- se. O imperialismoamericano, culpado de cri-mes flagrantes s de toda asorte de erros, vem sofren-do enérgica oposição de to-dos os povos do mundo. Pa-ra os Imperlalistas, enca.beçados pelos Estados Uni-dos, os tempos se tornamcada ves mais difíceis, rfes-tes — acrescenta êle — temseus dias contados.

"A evolução da situaçãointernacional continua ademonstrar que na arenamundial as forças do so-ciallsmo prevalecem de mo-do cada ves mais nítido sô-bre as do imperialismo, asforças da pas sóbre as daguerra e as forças da rryo-lueão sóbre as da reação."'"A história das lutas ce

classe da humanidade en-sina que todas as forçasreacionárias agonlsantesde-batem-se sempre desespe-radamente num último so-bressalto. As forças impe-riallstas, com os EstadosUnidos á frente perseguemcom renovado vigor saapo-litica de guerra s de agres-são."

O camarada Chão Yi-ming define nesse ponto apolítica de Kennedy comouma "dupla tática contra-revolucionária aplicada damaneira auis astuta eaventureira", como provaa brutal agressão centraCaba, acompanhada ds"atos abertos s flagrante*de pirataria." "Hoje, — diséle — os povos da Amsrl-ea Latina s todos os povosque amam a pas e sáo pelajustiça, sustentam firme-menta a* cinco eságénclasapresentadas pelo primeiroministro Castro • a lutado povo cubano pela suaUgiüma defesa." Os crimesdos mtados Uni-los deoion.-trem qus o impertallsn»americano 4 ? bastião dareação mundial. Isso prova"que a nature»* do impe-rialismo não te modificaráabsolutamente, atada quea correlação de forçai nomundo se ienlia modifica-do a favor dos povos.' "Aluta pela defesa da pazmundial náo pode ser. por-tanto, — afirma Chão Yi-ming, esclarecendo a dis-tinçáo que os camaradaschineses fasem entre a lu-ta pela pas e a instauraçãode um regime de coexlstén-eis pacifica — senão amalaia eon tra a politioa deagressão e de guerra doimperialismo. Batamos eer.tos ds que ae nós formas-semos uma grande fienteunida s desfeeháasemoauma luta sem trégua con-tra a política de agressãodo imperialismo, com os Es-todos Unidos atesta, pode-riamos impedir o deeenea-desmonto de ama guerramundial. Quanto mais ds-ssnvolvermos ss forças re-volucionárias, mais firmeestará a pas maadial. A lu-ta doe vários paises pela. libertação nacional, a de-mocraeia e o socialismotem grande importância naceasa ds dsfssa ds pasmundial."

«A lata mvoltMtonári* da•Jeda povo — prossegue —ae desenrola e desenvolveem circunstanciai histórica*diferentes e possui carsete.rísticas que lhe são próprias.Mas, por maiores que sejam«sas diferenças em cada re-volução # qualquer que *e-ja sua complexidade, é ne.cesaário, a fim de qu« tri-unfe o socialismo, seguir ocaminho histórico comumIndicado pelo marxiamo-le.nlnismo. o caminho da dita-dura do proletariado, o ca-mlnho da grande RevoluçãoSocialista de Outubro, cen-formando-se áa leis geral»de revolução socialista e daedificação socialista, leisenunciadas na declaração deMoscou de 19t*7>.

*A peculiaridade ds revo.lucío chinesa — continuaêle — é a luta armads. Oscomunistas chineses tenta,ram evitar a guerra civil,nua mantiveram-se vigilan-ts em face do inimigo, demodo que, quando, em 1946,o* reacionários do Kuomi.tang, apoiados pelo imperia.llsmo norte-americano, ras-geram o acordo de pas, o po-vo tomou das armas e ven-ceu". "O nosso Partido —conclui nesse ponto o orador— adotou nesse problema aUnha revolucionária em lu.gar de uma linha oportuni».ta.

PC CHINÊS

Não renunciou à luta ar.mada, mas tomou firmemen-te om mãos'a direção darevolução armada contra acontra-revolução armada elevou a revolução à vitória.E' por is.*o que possuímosnma República Popular Chi.nesa.v

«No decurso dos treze anostranscorridos desde a fun-dação da República, a Chi-na deu grandes passos paraa frente. Não obstante as«dificuldades temporárias»de 1969 a 1961, a situaçãoeconômica do pais melhoradia a dia, e em conjunto, *situação econômica de 1961foi ligeiramente superior áde 1960 e a do corrente anofoi ainda ligeiramente me-lhor do que a do* anos an-teriores.

Passando depois à politl.ca exterior da China Popu-lar. o orador declara que apolítica do povo chinês foisempre a de desenvolver,eom base no Internacional!»,mo proletário, relações deamizade, de assistência mú-tua e de cooperação com aUnião Soviética e com os de-mais paises socialistas ir.mãos; de trabalhar pela cop- 'xistència pacifica com pai.

*m de sistema social esserea-te com bsse nos cinco pon.tos 4* Bsndung; de lutarcentre s política de sgns-são c de guerra do Imperia.llsmo. e de sustentar s lu-ta revolucionária dos povo*e das nações oprimidas.

Desses princípios, segunde.o orador, separou-se s Iu-goslávis, contra a qual pro-nuncis violento ataque, sfir-mando «que a Unha revisio-nista da «clique» de Titofêc com que o povo iugos-lavo perdesse as conquistassocialistas a conduziu á rea-tauração do capitalismo naIugoslávia.»

condenação total.o orador, citando a própriadeclaração de Moscou de1960. conclui que "desmos-carsr sem trégua o aspes-to de traição da cétav» deTito é ds msior lmportán-ela para a salvaguarda dapurcea do marxismo-lent-niamo s para a defesa dacsusa revolucionária dospovos do mundo."

O csmsrsds Chão Yl-ming afirma que é am ds-ver internacional de todosoa comunistas reforçar aunidade do campo soclalis-ta e s unidade do movi»mento comunista interna-cinnal. "Juntamente eom ospartidos marxlsta-leomie-tas de diversos países — diséle — nós temos sesspnmantido e continuaremosa manter as posições oo-muns definidas nas tinasdeclarações de Moscoi econduziremos, com basesnas mesmas, uma luta fkr-me e infatlgável contra orevlsionismo moderno, hojeo perigo principal para omovimento comunista in-ternacional e ao mesmotempo contra o dogmatismos o sectarismo, e pelo re-forçamento da unidade domovimento comunista In-ternacional. Se surgir umacontrovérsia ou uma dlver-géncia entre partidos oupaíses Irmãos, deverá serresolvida eom paciên •cjs, dentro do espirito dolnternacionalismo proletá-rio e segundo o principio deigualdade e consulta mú-tua, para que se possa atin-gir a uma unanimidade de

¦pontos de vista.Ignorando os ataque* )an-

çedos pelo Partido Albanêsdo Trabalho e pelos jornaisda República Popular Chi-nesa contra og partidos ir-mãos ou contra lmportán-tes atos políticos por êstesrealimdos, o camarada ChsoYi-ming lamenta que taisprincípios náo estejam sen-do respeitados no atual ds-bate.

"Infelizmente — afirma,éle — neste Congresso dovosso Partido, ataques uni-laterais s injustificados fo-ram mais uma ves lança-dos contra um partido mar-xista-leninista, o PartidoAlbanês do Trabalho e con-tra um pais socialista, aRepública Popular da Al-bania. Náo podemos deixarde exprimir nosso mais pro-fundo pessr."

"t também desagradávelque neste Congresso do tos-so Partido tenham sido ata.cados diretamente os pon-tos de vista marxista-ienl-nlstas do Partido Comenta-ta Chinês."

"Já que — acrescento*éle — crítleastes aberta-mente o Partido Comunista,Chinês, não podemos deixarde dizer francamente qusos comunistas chineses pos-¦nem opiniões diversas dasde alguns camaradas doPartido Comunista Italianoa respeito de um certo nú-mero de questões importan-tes." E passando à exem-plificaçáo concreta, èleaflr-mou estar em oposição"àquelas chamadas refor-mas de eatmtars."'

Segundo o camarada ChãoVi-ming, essas posições doPartido Comunista Italiano"náo são conformes ao es-pirito das duas declaraçõesde Moscou, nem benéficasao movimento comunistainternacional, à solidarie-dade internaiconal proletá-ria, á luta contra o impe-rialismo e ã defesa da paimundial. "Por conseqfisn-cia, esses pontos de vistanão correspondem tampou-co aos interesses fundemen-tais do povo Italiano. Náonos é possível fslar maisdemoradamente, maa esta.mos dispostos em outrasocasiões s entabular dlscus»soes com os camarada* ita-llsnoa, dentro do espiritofraterno."

O orador concluiu a se-gulr. reafirmando os tradi-çionals laços de amlzadsque espera venham a se re-forçar entre a Itália e aChina, s termina lendo amensagem do O. O do Par-tido Comunista Chinês aaCongresso.

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Page 5: TlXtt M 4* piglM MinistérioePlano Trienal: Compromisso · Ministério não leva em conta significado do voto popular de 6 de janei- ro —¦ Compromisso com os reacionários do PSD

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— Rio dt Joneiro, lemana do 1 a 7 dt fevereiro dt 19Ô3 NOVOS RUMOS i —

Rádiio no DrasiB il:Corno Vai C n n 11VMffio

Reportagem de Rígida MontamOa radialistas brasileiros

acabam de reallsar, em Pór-to Alegre, o mu primeiroC0N0RE88O NACIONAL,demonstrando uma nítidapercepção nio apenas deseus problema específicos,mas o que é mais Importan-te, a claresa de sua vincula-Cão com os problemas que opais atravessa. Oraves de-núnclas foram feitas, nusraízes dos quais encontra-mos aqueles mesmo* malesque, de uma maneira geral,afligem a vida de todo o po-vo e entrava n o dc.icnvol-vimento do pais. "O Con-gresso — declarou a novosRUMOS. Hvmilclo Frócs,presidente do Sindicato dcRadialistas da Giianato-.ra eda Federação Nacional dcRadialistas — concluiu queos radialistas devem, alémde lutar por su'as irlvindi-caçoes especificas, particl-par de todas as atividadescia vida política nacional,como parte Integrante quesio da massa trabalhadoraem um Importante setor dr-esclarecimento do povo." Dcfato. a participação do rá-dlo é uma exincncia indís-pensa vel da vida nacional.

A IMPORTÂNCIA DO RADIOO povo vai ao teatro?

r- Freqüenta cinema?7- Assiste televisão?Está cm permanente.ontato com os meios dc dl-vulgaçào escrita?Respondendo a estas per-guntas e outras semelhan-r;-.s chegaremos à conclusão

de que a maioria da popu-facão brasileira está emgrande parte quase que com-plctamente afastada dosveículos de cultura conside-rados patrimônios do ho-mem moderno. Êste lhe sàoPraticamente Inacessíveis.Mesmo porque, metade dopovo brasileiro é analfabeta.

O rádio é o instrumentode cultura de maior pene-traçio popular. O único aque o povo ainda tem aces-so. O único que tem condi-çôes de atingi-lo na situa-<?&o embrutecedora em quec mantido.

O OUI DIZ O IAD40AO POVO

Orande parte da progra-macio da Rádio Nacional,Rádio Tupi, e de um semnúmero de rádios por todo

,o Brasil, é constituída denovelas. Batas trazem den-tro de si maiores condiçõesde divertimento e cultura.B* um teatro em casa. Suainfluência é enorme pois,diariamente, leva aos ouvin-tos, em forma dramatisada,uma serie de conceitos. Po-dariam ser um importantemato de elevação cultural denosso povo. Mas. nós todosjá nos acostumamos, ao fa-lar am novela, a imaginarum dramalhio desfiado emcapítulos. De fato, durantemulto tempo, só havia norádio brasileiro novelas des-tlnadaa a amortecer a cons-ciência do ouvinte. Assimrol a novela transformadaem instrumento de obscu-ranttaeçao de nosso povo. Oenredo, o linguajar, a am-bientaçio, tudo completa-mente fora de noesa reali-dade: condes, condessas,ricos senhores, castelos, pa-lacetes enchiam os pobreslane brasileiros, carregan-do-os, sem nenhuma pers-peetlva, para fora de seusproblemas.FALAM OS itvTNfSSESMTIIANOBtOS

A música brasileira eracompletamente esquecida.Havia um predomínio abso-luto da música americana.Aa noticias transmitidaspor agências estrangeirasdeturpavam as informaçõessegundo interesses que nãoeram o do povo brasileiro.Multo pouco do Brasil, dohomem brasileiro, de seusvalores, de sua cultura eseus interesses.

Maa nio podia deixar deser assim. Esta situação re-fletia, como ainda reflete arealidade de paia explorado.

Nos dias que correm, aBm baixada dos EUA chegaao eamulo de gravar no es-tédio da Rádio Nacional —ama empresa seml-estatal— programas feitos por elae destinados a divulgar pe-las rádios do Interior asmentiras que convém aosseus Interesses. O "Mundoem marcha", é um progra-ma, que apresentando nar-rativas eomo a dos "Trêshomens sem medo" — nocaso três cubanos contra-revolucionários — procuraamoldar o pensamento dohomem brasileiro a Interes-ses que nio são nossos. De-ve-se assinalar que tal pro-grama já tom sido recusa-do por várias rádios, o queantes nio acontecia.

Mas, esta infiltração nioae fas em geral diretamenteeomo no caso acima. Ela éIntrodusida, sorratelramen-te, nas maia diversas ma-nelras e nos mais diversosprogramas. Comprovando oque estamos dizendo, trans-crevemos um trecho do pro-prema "Seu criado, obriga-do", do dia 28 de novembroüe iôôü, na Rádio Nacional:

Seu criado — 28 de no-vembro de 1962 — página 4.

Secretaria — Valtrr Coi-tinha Seriis. de Araguarl,Minas. Indaga: "é verdadeque os Estados Unidos témbases em volta de toda aBurila e que se a Rúcslaatacasse a América, seriaarrasada em algumas ho-ras?" Pergunto eu: se Issoé verdade nio será verde-dr. também, que a Rússiatem bases com bombas ató-mlcat fora do seu terrltó-rio. também?

CRIADO - Se a Rússiaatacasse território dos Es.tados Unidos, seria pulve-risada em alguns minutos,nâo cm algumas horas. OsK-tados Unidos tém basescm toda a volta do solo.russo: na Inglaterra, naFrança, na Alemanha, naEjpanhn. nos Açores, naItaUa. na Libla. na Irlan-da na Groenlândia, no Ca-nada. no Alasca e nasAlcu-tas. Nenhuma dessas basesfoi estabelecida á força oupor força dc ocupação. Nanora de funcionar, fundo-narão mesmo. Quanto àRússia, suas bases de ata-que estão multo distantedos Estados Unidos e empaíses ocupados pela força.Funcionarão, quando che-gar o momento? Os russostém multas dúvidas e nóstambém.

De tal forma a coisa éfeita que o povo ainda in-cauto passa a defender es-tas idéias como suai. Comobem assinalou um comeu-ta.rlsta do "Jornal de Le-trás": "Deus sabe o que nãoescutará um brasileiro dointerior, no girar o "dial"de seu aparelho: conceitosabsurdos sóbre seu pais e omundo, gravações das fon-tes mais inexplicáveis, ps-trangelras. comentando fa-Los e acontecimentos nacio-nals como se fossem desua própria terra. E não épreciso ir a estações do in-terior para encontrar coi-sas assim. No Rio aconle-ce a mesma coisa. E em S.Páúlo."

«RALIÚRDIAORGANIZADA»

O pior de tudo. é que niosio apenas uma, duas outrês estações de rádio a di-zer mentiras, a narcotizsr,a enganar, mas uma serieincontrolável de emissorasespalhadas por todos oscantos do pais da maneiramais irracional e arbitráriapossível. O Rio de Janeirotem dezenove estações ra-diofônicas. s. Paulo, tea-pitai), 61. as outras capitaisem média cinco, e as de-mais cidades do interior nomínimo duas. Referindo-seà quantidade de emissoraspequenas distribuídas peloBrasil, dis o mesmo eomen-tarista: "cada uma perten-ce a uma Igreja, a um Par-tido. a um comerciante esó Deus sabe mais quemtem o seu canalzlnho porai, por esse pais das mara-vilhas." A balbúrdia é tãoorganizada no rádio brasi-leiro que dá para descon-fiar. t uma máquina pode-rosissima montada para di-ser mentiras e lgnorincias,e organizada de tal manei-ra a escapar a qualquercontrole que não o de seuscentros motores. Mas afi-nal, o que há por trás dis-so? Quem controla esta mi-quina?QUEM MANDA NO RADIOBRASILEIRO?

No meio de toda esta bal-búrdla, uma coisa, porém,segue a mais rigorosa dlsci-plina: a parte comercial, tela que determina o que se-rá dito nós programas. Osanunciantes escolhem, sele-cionam, mandam produzir ecensuram os programas derádio. Se se diz alguma coisafora dos moldes determina-dos (dramalhões, músicas,noticias tendenciosas etc.)nio só nio aceitam comopodem até retirar o anún-cio. E como é desse dinheiroque o rádio vive, fica sem-pre à mercê dos interessesdos anunciantes.

Mas qual é o interessedos anunciantes? Chegamosao nó dos principais proble-mas brasileiros. A maioriados anunciantes são firmasestrangeiras. Basta ligar orádio. E' a coca-cola, a pas-ta Kolinos, o sabonete Le-ver e tantos outros conheci-dos produtos, americanos emsua maior parte. E muitosdos ouvintes não desconfiamou recusam-se a acreditarque exista imperialismo noBrasil!

Vejamos um exemplo ape-nas. Estamos no estúdio no-velistleo da Rádio Nacionalno momento em que estásendo radiofonisada umanovela. Num canto, vemostrês Indivíduos observando.Ao terminar o programa,pergunto a um radio-atorquem sio, o recebo esta ilus-trativa resposta: "Sio su-pervlsores da Srdney Ross(a maior patrocinadora daRádio Nacional). Estão veri-ficando se tudo está indocomo foi determinado."Mostra-me o papel que es-tava lendo a pouco: "Asaventuras do Anjo." No ca-beçalho está escrito: IN-TERNACIONAL ADVERTI-SINO SERVICE. ClienteTHE 8YDNEY ROSS CO.E mais em baixo: "Êste pr«-grama é propriedade exclu-slva da Internacional Ad~

ttrtltlng Service e mu citei»-te mencionado, aos quaispertencem todos oa direitosautorais para reprise ouadaptação cm todo Brasil."E esclarece o mesmo radio-ator: "O papel é da própriacompanhia porque já vemtudo pronto de li, tudo con-forme eles querem. Nós sórepetimos o que seu mes-tre mandar."

Mas êste é apenas um dostentáculos. Existe um ver-dsdsiro poderio econômicopor trás das emissoras. Po-derlo que se liga com a im-prensa e a televisão numeIntrincada rede associadacontra os Interesse* nacio-nals. E' o caso. por exemplo,da cadela imensa formadapeles rádios, jornais e re-vistas do sr. Chateaubrland.sempre a serviço dos Inte-resses antlnaclonals.

Durante o Congresso dosRadialistas, o delegado doRio Orande do Bul, Noguel-ra Júnior, defendendo a te-se da criação de uma Agin-cia de Noticias Nacional,chamou a atenção do Pie-nárto para o fato de que "a

.noticia transmitida pelarádio, chega quase tnstan-táneamente ao eonheclmcn-to de mais de metade dapopulação brasileira, atra-vés de mais de 7 milhões dereceptores e que a parelall-dade tendenciosa de taisnoticias pode até mesmo fa-ser perielltar a segurançada Nação. Que u agendasestrangeiras, na pratica mo-nopollzam tais despachos,engastando neles, atravésde seus blrós de inverdade»e falsidades, de acordo como interesse dos governos es-trangeiros a que pertencem.Que a medida preconizada,seria um primeiro passo,uma ponta de lança paraque nos libertemos e liber-temos o rádio da Influencianociva das agendas estran-geiras que operam no pais".Sua tese foi amplamenteaprovada.

«O RADIO COMOATIVIDADI SOCIAL»

Todoa estes aspectos daatividade social do rádio. «muitos outros, foram calo-rosamente debatidos entreos congressistas como se po-de constatar pelo terceiroitem do temárlo do congree-so a ela dedicado: 1) Códl-go do Rádio; i) Uberdadee responsabilidade do Rá-dio — função social — Mo-nopóllo particular e mono-póllo estatal; 3) Isenções,franquias e, facilidades doRádio; 4) O interesse públl-co e o rádio; 5) O radio e aPublicidade; 6) O rádio Ofi-ciai e o rádio Comercial —América — Europa — Pai-ses Socialistas.

Os radialistas mostraram-se unânimes na defesa dorádio nacional e perfeita-mente conscientes de suaresponsabilidade social.Mais um passo adiante serádado em setembro quandose reunirão, em Pemambueo,radialistas, jornalistas egráficos para selarem umpacto de unidade e ação.nacional na luta contra osinteresses antinacionaia eestrangeiros, a fim de darao rádio e demais meioa dedivulgação condições dedesempenhar realmente aeuimportante papel para o es-clarecimento e progresso doBrasil,

VIDA Dl ARTISTA

Premidos pela precáriasituação do artista de rá-dlo no Brasil, os eongressls-tas debateram vários pro-blemas de sua. profissão:regulamentação, salário mi-nlmo e salário profissional,amparo e garantias, apertei-çoamento do profissional.

Em média o homem dorádio ganha trinta mil cru-tetros. Denúncias graves fo-ràm feitas durante o Con-gresso sóbre desrespeitos ásdeterminações da Consolida-ção das Leis do Trabalho.Casos havia cm que rádios,eomo a "Noiva do Mar" eoutras do Interior do RioOrande do Sul — denúnciafeita pelo delegado gaúchoRui Orillo — não pagavam,inclusive, o salário mínimovigente na região e desres-peitavam mesmo dispositi-vos sobre o .horário de tra-balho.

Outro assunto importan-te tratado dis respeito aosdireitos de interpretação.Foi revelado que existememissoras "que gravam umanovela e a distribuem porsuas filiadas no Interior doEstado, sem que os artistastenham, em conseqüência,remuneração por seu tra-balho." Encontrou amplarepercussão a tese da "taxa-ção de direitos de intérpre-tes ás gravações de "vídeo-tape", em segunda e poste-riores transmissões".

Propõem-se, Igualmente,cs radialistas a lutarem pormaiores espaços de tempode programação ao vivo naaemissoras de rádio e televi-sio.

Outro problema enfren-tado pelos homens de rádioé a impossibilidade de ex-pressarem sua opinião pelamicrofone. "O mais terri-vel — disse-nos um radia-lista — é ser obrigado amentir contra suas idéias eos próprios interesses doseu povo." Êste problema os

radialistas vém sentindocada ves eom mais vigor, epretendem combaté-lo de tó-das u maneiras, Inclusivereivindicando a sua parti-cipaçáo no Conselho Nacio-nal de Telecomunicações,quando poderio ter oportu-nldade de temer medidas

3ue atendam às necesslda-

es do rádio e de seus mem-bros.

Houve um item do temi-rio dedicado às atividadesassociativas e sindicais dosprofissionais de rádio. Naoportunidade foi sugeridoque se reclame Junto às au-torldades competentes nosentido de maior urgênciana tramitação do processodo radialista Antônio Ta-vares da Silva, "demitidoda Rádio Continental pelo'crime' de ser dirigentesindical."

PtOGRISSOl NO RADIO

Naturalmente, as altera-ções que se processam narealidade brasileira, as mu-danças nu correlações deforcas, refletem-se em cer-ta medida no rádio. Assimsendo, assistimos nos ulti-mos anos transformaçõesneste setor da cultura, pre-nunclando e tornando maisurgentes as reformas estru-turals que necessita. Já seescrevem novelas voltadaspara nossa realidade e paranossa gente. Surgem pro-gramas que falam de nossosinteresses tais como "A Be-mana Dia a Dia". "Cartasna Mesa" e outros. A eon-juntara já começa a permir-tlr rádios como a MairinkVeiga a falar em termos doque é nacional, e até mes-mo um repórter Petrobris.A música brasileira penetraem nosso rádio e entra emcompetição com a estran-geira. Todos estes sio semdúvida Indícios das trans-formações por que passa avida do povo brasileiro. Is-lo demonstra a vlnculaçàodos problemas do rádio eomos demais e fés compreen-der aos radialistas a neees-sldade de se unirem aosdemais trabalhadores.

CRISCi A PARTICIPAÇÃODO RADIALISTA

Quando se pode comparareom o que antas existia, asposições e resoluções do IoCON0RE880 NACIONALDB RADIALISTAS, é quese compreende eomo temavançado o processo, e se.constatava formação de umaconsciência entre os ho-mens de rádio. Rá poucosanos atráa apenas 3% dosradialistas eram slndicall-zados. Hoje, a sindicaliza-ção atinge 3/4 do melo ra-diofònico na Guanabara. Jáconseguiram eles enfrentar,sob repressão policial epressão dos patrões, duasgreves. A primeira relvlndi-cava apenas aumento sala-rial. Na segunda, já lutavampela Classificação por Car-gos. Salário Mínimo Profls-slonai e programação ao vi-vo em rádio e televisão.Propõem-se pois os radtalia-tas a lutarem para conse-gui-lo, tendo mesmo, porocasião do Congresso, obtl-do do deputado Leonel Bri-tola a promessa de ajuda-los nessa campanha. Quan-to ao salário mínimo pro-flssional, já está sendo ela-borado dentro dos requisl-tos técnicos um trabalhodos radialistas a respeito,sendo que a próxima cam-panha que promoverão, emmarço, segundo o presiden-te do Sindicato da Ouana-bara. será pelo aumento, sa-larial.

A LUTA MIO CONTRÕLiDO RADIO

Apesar de tudo, a mobilUzaçio dos radialistas em tór.no de seu sindicato ainda de-ve ser multo mais acentua,da para fazer frente aos obs.táculos — que são podero-sos. Tanto é que por ocasiãoda aprovação de um projetode Telecomunicações, queera uma oportunidade paracontrolar a radiodifusão, osradialistas não tiveram fôr-ea — nem se mobilizarammeemo — para derortar ospatrões que em nome da «li*vro Iniciativa, da liberdadede opinião, das instituições,etc.», reuniram-se ia pressasem Brasília, fundaram umaassociação e gritaram pelosquatro cantos em defesa deseus privilégios —' que fo-ram mantidos. O presidenteda República havia vetadoos itena que lhes outorgavaexcessivos podêres, porém,eles foram rejeitados. Falan-do a NOVOS RUMOS. Hei-mlcio Frées, faz uma sériadenúncia: «A rejeição doavetos foi um massacre dosdonos de Rádio e Televisãodo Brasil contra o presiden.te e a Radiodifusão. Os do.nos d* Rádio e Televisãoque tinham relações de aml-zade com deputados e aena.dores procuravam-nos per.guntanoo se estavam satis-leitos com a cobertura quetinham em suaa emissoras eafirmando que só poderiamcontinuar dando a mesmacobertura se os vetos fossemrejeitados. O resultado es-tn publicado em *0 Globo»do dia 28 de novembro onde-se le que os lideres Iam es.perar os deputadoi na en.

Irartít da Câmara com m vo-ioi que recusavam os vetos.Cita mesmo que foi fato Iné-dito na história da Câmara.Ainda na mcima eltatíko dc¦ O Globo , p h bem ds ver.«liiiic, é preciso dizer que »ideputado Almlito Afonso es-forcou.se o mais possível pn.ra a manutenção dot vetos.A história em númerot cen-U-te na proporção de 220 a8. Sem cnmoniiirioi».

Como ie vê é enorme opoder que oi radialistas têmde enfrentar, como alia* to.do o povo brasileiro, poderque tem consciência da Im-portincla de ter o Rádio emsuas mãos para controlar aopinião pública. Mas tudoque pudemos constatar doCongresso dos Radialistas - -sem dúvida nenhuma umsalto qualitativo no movi-mento radiofônico — nos fa/apoiar at palavras de umjornalista gaúcho falandosóbre a noite Inaugural dnCongresso: ....Ao ouvirMário Lago. cheguei á con.rlusio de que o rádio brasl.leiro avança a passos mui-to mais gigantescos do quese possa Imaginar. E' certoque ML sempre foi homemestudioso e sempre teve umaroncepçfto moderna da prn.fissão. Ma* o que me pa-receu novo em tudo isso foiMário Lago JA ter condiçõesde se dirigir aos seus cole-gas. da maneira como o féze. o que é mais importante,fazer vibrar o auditório.»

A declaração dos radlaltn.ias é um documento de ele-vada consciência que têm doentrelaçamento de seus pro-blemas com or de todo opovo brasileiro, de sua res-ponsabllldade e da necessi.dade de unidade entre os tra.balhadores.A DECLARAÇÃO"Os trabalhadores em Rá-

dio e Televisão brasileiros,reunidos em teu I CON-GRESSO NACIONAL DOSTRABALHADORES EM RA-DIoruSAO, na cidade dePorto Alegre, Rio Orandedo Bul. por unanimidade,serena o decisivamente, ela-boram, aprovam e procla-mam os mus Princípios nor-teedos na esperança, traba-lho, Uberdade, fraternidadeo justiça.

AFIRMAM que o rádio ea televisão abrem caminhoà penetração universal dafraternidade, do conheci-mento, do progresso e bem-estar social, com todos osseus trabalhadores — em--pregados du empregadores— a. serviço da informação,

tioüeiareeimento; di' artee da cultura, no Interessedo povo e do Brasil, tornan-do-se imperioso, portanto,ao Governo Federal e ao decada Estado, o dever de fa-cilitar o exercício de tãoelevada função social, inclu-sive eliminando aa barrei-ras que negam aos traba-Ihadores o acesso aos mi-crofones, assegurando-lhes,assim, a liberdade de ex-preasar suas opiniões.

SUSTENTAM a necesslda-de de defender os Interessei,comuns de todos os traba-Ihadores em Rádio e Tele-visão, tornar efetivas suasaspirações, assegurar o res-peito a que tém direito elutar para Impedir qualquerprática ou ato lesivo ao in-terésse da classe. Conseguir,quanto possível, a criaçãode escolas, de todos os ti-pos e graus, principalmentevocacionais e de formaçãode técnicos, como uma dasconseqüências dos estudostão auspiciosamente Inicia-dos neste Congresso, que ob-jetivam o equacionamen-to dos problemas vitais dosradialistas.

RECLAMAM para os traba-Ihadores em Rádio e Televi-são urgentes leis de Previ-déncla Social que atendamáa peculiaridades da classe,bem como a inadiável ado-ção de Estatutos Profissio-nais, eom salários condignoso contendo soluções contraaa desigualdades oriundasdas várias regiões de nossopais.

EXTERNAM e repelem adesumana nutrição do po-der econômico a custa dobem-estar e da tranqülli-dade dos povos, recomen-dando que os trabalhadoresem radlofusáo devem parti-eipar de todos os movlmen-tos que Interessam à Naçãoe ao Povo brasileiro. A Fe-deraçio Nacional dos Tra-balhadores em Empresas deRadiofusio, ora constituídaem Comando Geral dos Ra-dialistaa, está para esteseomo o Comando Geral dosTrabalhadores está paratodoa. os obrelros do Pais.E" chegada a hora dos tra-balhadores, que são e os

3ue tudo produzem, defen-

erem a tranqüilidade, obem-estar, a paz, a ordem,a liberdade, a justiça. ParaIsso necessitam estar orga-nleados. A organização dotrabalhador é o Sindicatode classe e somente as fôr-Ças retrógradas e reacioná-rias pretendem impor res-trições, que o movimentosindical brasileiro em gerale os órgãos sindicais dosradialistas em particularnio toleram e nio acatam.

EXPRESSAM con-vjetamente que a política deredenção econômica de nos-sa Pátria constitui obra defortalecimento da unidadenacional, para aue nosso

povo viva mais próspero •feliz e o nosso Govémo pos-sa contribuir, respeitado eacatado, para a paz e a fell-cidade'dos povos do mun-do. Sustentam que é InadIA-vel a modernização da es-trutura nacional com aa re-formas agrária, urbana, ban-cárie e eleitoral: a conquli-ta e ampliação dos atual*e dçs novos mercados; sencampaçio de todas a»empresai que exploram ser-vlços públicos; o direito degreve, e as facilidades quepermitam a difusão da cul-tura a todos os lares.

Informando e orientandoo nosso povo, sempre comos olhos voltados para agrandeza, a prosperidade ea paz da familia brasileira,num psls solidário e coeso.fazem a seguinte

PROCLAMAÇAO6USTENTAM que, já sgo-

ra investido de autoridade epodéres, eom a rejeição doAto adicional pelo Congres-so, deve a excle.. o senhorpresidente da República ss-ber corresponder a conflan-ça que mereceu do povo bra-sllelro a 6 de janeiro, pro-movendo sem mais delon-gas, e sem atender a quais-quer apelas que nio sejamos legítimos Interesses doBrasil, às reformas de baseque o povo e a sobrevivèn-ela da Pátria ansiosamenteesperam e vigorosamente re-clamam.

EXORTAM os parlamen-tares brasileiros a que cum-pram seus deveres para coma Pátria e o Povo, despre-sando os negatlvlsmos pes-soais e de grupos reacioná-rios e retrógrados, de cúpu-las superadas e sem expres-são na atual vida brasileira.Advertem aos maus parla-mentores, eleitos graças aosvielos da caduca legislaçãoeleitoral, que os trabalhado-rc3 estão atentos is suasmanobras em benefíciospróprios, e dos seus grupos,contra o interesse nacional.Confiam qüe a parte demo-crática e nacionalista doParlamento nacional aabs-rá derrotar a reação eom oapoio do povo.

CONFIAM em que o PoderJudiciário continuará ga-rantindo as liberdades eívi-cas dentro do principio deque a justiça é a verdade,e que, como defesa dos ta-terésses nacionais, os fal-tosos serão justiçados em to-dos os setores, sobretudo osque multam nas institui-ções públicas, porque nãohá organização defensivada Pátria contra o eatran-geiro quando não há hones-tldade administrativa.

SAÚDAM e conclamam ásForças Armadas no sentidode que, unidas ao povo, con-tinuem fiéis à sua tradi-ção de respeito à democra-cia., velando intransigen-temente pela nossa sobera-nia. pois assim agindo es-tarão, de um lado, barran-do aa forças tmperlallstssque pretendem solapar aindependência econômica e.

.política da Nação, e de ou-tro. Impedindo golpes quevisem o recuo do processode desenvolvimento nacio-nal.

SUSTENTAM que a Pt-trobràs é Intocável e queas riquezas de nosso soloserão defendidas a qual-quer custo, eomo decorrên-

.cia da decisão do povo ds

.viver numa pátria livre efeliz.

EXORTAM o povo a qu«.alertado pelas recentes ma-nobras golpistas, cada vezmais se organize para, vi-tallzado pela força da uni.dade, lutar por um Brasilsoberano, emancipado eco-nômica e politicamente;um Brasil pacifista, em lu-ta pela autodeterminação

.dos povos e eontra os hor-rores de uma guerra nu-clear. . ..ENCERRAM os trabalhosdo I CONGRESSO NACIO-NAL DOS TRABALHADO-RES EM RADIODIFUSÃOcom a presente Declaraçãode Princípios, enviando aopovo de sua pátria a maiscalorosa saudação e esten-dendo as mãos a todos ostrabalhadores do Brasil,

.num convite à União e aoTrabalho pela causa co-mum: felicidade dos traba-Ihadores e do povo numBrasil próspero e em paz.

Ajudaa NOVOSRUMOS

Secumlino Garcia ICll-norte .— Paranái l.MO,M

Celestino J. Gomei (Cia-norte - Paraná) .... 1000,00

Manoel DIhjí Carvalho-ra (Rin-GB) lon.00

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(Rio-GB) ,..; JO0.00Amiga de Vila laabel

(Rlo-GBl . 7I1.S0Juosaa Burba 'Catandu-

va - SP) SOO.OOUm Albatroz 500.»lielan soo.ooFrancisco Sarona 100.00

Morreu Viteltno, o grande reramlsta pctmsmrmeaua,natural de Caruaru, doado que êle amava procundameota• da qual é impossível separá-lo, tanto Caruaru e VHalinoeram um sé. Morreu de varíola, que, segundo os médtaoe,é moléstia qus hoje nio mata ninguém. Vttaltno morreu atadesamparo e dt abandono, uantas t quantasneste Brasil podiam Itvsr. no atestado de óbito, eomo imortit: abandono, desamparo?

Vitallno «ra um homem profundamente simples até •momento em que se sentiu endeusado o glorifleadointelectuais e artistas que nele viram — e eom Jio grande ceramlata, tio grande quanto Porflrio, morto am*tes dele e considerado o mais notável de todos. Envaicta»ceu-ae, mu não muito. Conheci Vitallno em 1M7, om Os»ruaru, quando a cldads comemorava seu centenário. Cor*-versamos multo. Blo andava aflito, com a cidade chata,encomendas e mais eneomendas. Fiel adepto do padre Cl*cera quando lho perguntei se não queris vir ao Rio éle cor*-

-tou que viajara multe. Ji: fira a Juazeiro de padre Cícero,ao Crato uma voz, quatro vezes a Freixelm visitar SantaOultérla. Gostava — o declarava — multo de visitar sen*tos nas suas festas. Nio conhecia Pente (tio perto da sur.cidade», o que só aconteceria depais. Km 10*0 velo ao Rta.Um repórter perguntou-lhe: — Km qu? ;<• bnsela para acriação de sua escultura? Vitallno roçou i "abf?i e res-pondeu: — Não sei latim. Outro repórter perguntou "a VI-tallno o que éle aehava da obra dc Gilberto Freire. Vtstv-Uno nem respondeu, olhou e riu desconfiado.

- A mim, nsssa ocasião, Vitallno confessou que se fossemais moço flearia no Rio. Perguntei por que. — "Multamoça bonita. Demais". Vitallno deu entrevistas, dr.-ls-rou-se analfabeto, mostrou-se eomo todo homem do sertAo:desconfiado, Inteligente, tirando o corpo fora sempre quepossível.

Dá noesa primeira entrevista nan esqueço que Vitallno,contando-me sua vida, disse que começou vendendo seusbois por três vinténs. E eomcntnvn: nesse tempo conseguicoisa que nunca mais pude fazer: guardei c:neo mil réis!

Mas o qus éle queria mesmo era ter uma Casinha. Atéabaixo assinado fizemos - escritores • intelectuais brasl-letras — para que o prefeito s<? Caruaru nesse uma casapara Vitallno e a familia. v'.-ih -onaegüimos. O prefeitapara nio parecer de todo dl;, vrne, ruíice»u-lhe o enterro.Que Importa Isso a Vitallno >

Morreu um homem simples que desde menino vivia dofassr — ajudado depois pelos filhos — boizinhos e grande*bois, figuras de retirantes, cangaceiros, rendeiras, todos oatipos do Nordeste, "trabalando" eomo êle dizia, o barro ti-rado da vasante do rio Ipojuca, morando num casebre noAlto do Moura; fazendo folia aos domingos para "dlspalra-cer", tocando pifaro, bebendo cachaça e Jotrnndo truque.

Vitallno era um artista popular, falando .uma língua-gem de povo para o povo. Isso ficará para sempre na sua.arte que continuará nos seus fllhoy c cm outros artistas.8alba a Campanha de Defesa dn r '-'ore Brasileiro de-ícndc-los. Amém.

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Tópicos Típicos

Unam

Um dos políticos de anedotário mais rico no Brasil I,sem dúvida, o sr. Ademar de Barros — o homem do "roubamu fas". Até para exaltar as virtudes de realizador (I) doaeu lider, os adamartstas partam de um reconheeimantoda sua habitual falta de respeito pelo patrimônio alheio. Xé curioso, afinal de contas, que err* indivíduo notoriamentepouco afeito ae sistema da propriedade particular sojatransformado em expoente doa círculos políticos mata ocm-servadores e mais preocupados eom a defesa da própria-dade.

Há anos, o sr. Carlos Lacerda dizia, a respeito do ST.Ademar de Barros, que era o único homem publico (estaexpressão "homem público" me deixa sempre a Impressãodesagradável de oue se refere ao masculino e correspondentede "mulher pública") o único homem público no Brasilque a gente podia chamar de "ladrão" sem correr o riscodc sofrer um processo Judicial. Agora, vejam eomo sio aacoisas, Ademar e Lacerda são fiados políticos.

De Ademar, conta-se, por «templo, que, compareceudo a um comício, bateu orga- .emente no peito e dls»aos que o ouviam: "Neste bolso jamais entrou dinheiro rou-badol". Ao que um popular logo respondeu: "Bntio está dotorno novo".

Outra anedota diz que, tendo morrido, Ademar foi bar-rado por São Pedro quando tenlava entrar no céu. ComoAdemar insistisse em entrar, São Pedro disse-lhe: "Estábem, você poderá entrar, desde qu* traga, dentro de cincominutos, o cavalo mais bonito do mundo". Ademar saiu edali a elneo minutos voltou, trazendo um belíssimo cavalobranco. Bio Pedro foi obrigado a deixá-lo entrar, emboracontrafeito, para manter a palavra empenhada. Porém, malo Ademar entrou, apareceu um santo vestido de guarret*ro, queixando-se ao porteiro do céu: "Fui assai todo, Pedro.Roubaram meu cavalo!" Era São Jorge.

Estas anedotas exprimem bem o conceito em que é tidoo governador racém-elelto de São Paulo. E é justamentea notoriedade dos traços mais marcantes da fisionomiapolitlea do sr. Ademar de Barros que torna tão pitorescaa sua posição atual, apoiada so moralismo udenlsta.

Entre Lacerda e Pena Boto, Ademar assume a liderançadas forças conservadoras da nação. Estão, enfim, Juntos.E fica o programa de ação comum dos três homens pú-blicos — ah, esta expressão! — como elemento digno decuidadoso estudo por parte dos nossos sociólogos: Lacerda,Pena Boto e Ademar, contra o socialismo, em defesa daIniciativa particular"; contra a propriedade pública, cmdefesa da privada.

Está ai um belo lama para o trio: "Contra a próprio*dada oública. am defesa da. privada".

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,- .fe-i-fesiStü-oii, \. .fa-

Page 6: TlXtt M 4* piglM MinistérioePlano Trienal: Compromisso · Ministério não leva em conta significado do voto popular de 6 de janei- ro —¦ Compromisso com os reacionários do PSD

_ 6 v*"*» »0\ S RUMOS Rio cfo Jonoíro, íemcna cfe 1 a 7 de fevcrcVo do 1963 —»

UNSP E PREFEITO DE MERITIFIRMAM ACORDO COM VITÓRIADOS SERVIDORES EM GREVE

São João de Merili (D.icorrespondente) —¦ Confor-me NR já noticiou em ed;-ção anterior, tw pintam' nté t^toriosn a grevp dus .ter.vlrtoif.s publi.-' ¦ deste mu-niciplo. dr orttcsto contrac atni.-o no nagamnito Uossalários. Depois de entendi-mentos com autoridade.*municipais e estaduais, foifirmado um a>"u(ln, entro aUNSP e o prefeito local, em. oi.scquèi.i.i ío oual volta-ram ao trabalho os cm-pregado* m r i leitura.

£ o iegu.ntc t texto Ji-quele doHtnuntb, aprovado

eoitcrior.ii; »le pila assem-

léla do> f'i:\\; nárlos munlclpais:

PROTOCOLO"A Unluo Nacional dos

Servidores Públicos, sr^áode São João do Mcrltl, «• osensor rmmanocl dosSantos Soares, p-efeito cmexercido do n:r;inn muni*cipio. ap.is cntcndcrcm-scno exnm: dtts rnròrs dosservidores que paralisai, mos serviços municipais porfalta de pagamento dos. eusvencimcrúcs, salários e pro*ventos, oiir* vai iam de doisa nove meses; resolvem íir.mar a presente propostaque sc.-á levada á consldo-ração da Assembléia Geraldá ela' .-. confo b"<c quepossib!)ltr.:ia o funciona-mento des serviços parati-sacio.--. cem o ru-evo notrabrJho dos servidores In-conformados, na f o r m aabaixo decerita:

1 Anllcação' exclusivadn arrcfariaç.lo orçamenta-ria munlcipal.no pagamen-to do', servidores q u e seencontram cm os satsven-cimento;, salários ( proven-tos em aírrsa. ate a sualiquidação total:

2 — Fnsr.nehto imediatoe integral des atrasados,preferentémente ao pessoaldiarista participante do

movimento, r a seguir du»demais integrantes do ou.trás categorias funcionais.também participante aomovimento, considerando-se

a possibilidade da arrecu-dução diária;

- A UN8P c o lonhorprefeito em causa, exerce-rão providências Junto aosgovernos do Estado c duUnião, no sentido de rece-berem as cotas constltuclo-i ais de Impostos devidos amunicipalidade:

— Não ser efetuadunenhuma nomeação de ca-niter efetivo para oj qua-d ros de servidores;

U — Paro molho,: aplica-cão. execução c colaboru-ção ao normal funciona-mento do presente acordo cserviços municipais, a UNSPIndicará, de acordo com osenhor prefeito, alguns no-mes pertencentes aos qua-d.vos de servidores*, para ril-rigir determinados órgãosda administração munícl-pa'..

E -.or estarem assim Jus-to.; c entendidos, firmam upre.st ntc documento cmduas ''ias que será sübme-tido a consideração d.i As-semb'cirt Geral de servido-res c que se aprovado, secomprometem de dar fiel ecabal cumprimento

SS • .J<-"*.o de Marill, 16 delunclro cie 1003.

Emmanocl dos Sai tosSoarc.?. prefeito: FcrnrndoAraít! > presidente da As-srmbl&a Q?rn\ dos Servi-dores. Arllndo Alves For-rpira, secretário da Assem-bléia: í;nio Cama Moreira;João de Assis, Alvr"'o dosSantcs Fagundes; PedroEtclvlno da Silva: José Bar-bo1:'1 da Costa, presidente daU,KS?: Ormarlno rie l.lmar S *va: Alberto Td::-ira;Mário José do.s Santos:-Waldír Accti; Olavu Coelhode Castro e João E.tcvesPinto."

Rivolta mi Pirnambuco contra usinc.rw.iMsi.iio

Mandou MassacrarQue Exigiam o 13° Salário

Assalariados

TRABALHADORES MINEIROSPREPARAM CONGRESSO:B*Ii» ll.orixiintc iDa su-

rursali — A comis: ão rx—cutlva cio IV Consre.sso Sm-dieal vem de reunir-se pa-ra traçar um plano co.nvhtas ás rememoraçõcs d"

,Dta do T r a ba 11 h o. na ca-?pitai e i:( interior. Lm dit«inda nc.o mareado, a eo-

(missão votará a reunir-se,[desta feita c« m todos osjemdicatcs c federações para.«.provar o plano c outras

(piedidas

a serem adotada.,.O temário eteolhide ;:el«comissão para o Primeiro

[•JeMaio é o do IV Connre<• ao' Sindical, qtip reúne ?sIreivindlcaçõcs social? e po-Süticas dos trabalhadoresbrasieliros.

FEr."!OVlAR!0:

Belu Horizonte (Da SU-cursai — Funcionários daP.ède Mineira de Viacáo.através da Associação do.sServidores du Trafego daKMV. pretendem promoverum Congresso, a fim deexaminar assuntos de inte-rêsse da classe. O princi-pai objetivo da conclave se-ria debater a questão daequiparação de venclmcri-tos dos ferroviários daCru-trai do Brasil e d". Leopoi-uni» com os da Rúdc Mi-nt ira de Viação.

Recife, i Do correspondeu-tu — Os trabalhadores oaUsina EUrcliana, como ha-bitualmcntc, haviam come-çaclo cedo a sua Jornada.Tinham terminado as fos*tas de Natal c Ano Novo,passaram, na véspera, o úl*Hino üla festivo: 6 de Ja-uelro, dia dt Reis. E o tãofalado "abono de Natal", nu13." més, não sairá. No eu-tanto, era esta a conversaentre os trabalhadores dausina desde os primeirosdias d" dezembro. Suas cs-peranças de vitória nestareivindicação tinham au-montado ao verem as man-chetes dos Jornais do Reci-fe anunciando que nume-rosas categorias de trabu-lhadores em todo o Pais.haviam eOMquístado o 13.°mês de siiurlo Por que nãopoderiam è.es. trabalhado-res da usina de açúcar, as-salarlatlos também, alcan-çà-lo finalmente?

As 8.30 horas da manhãdo dia 7 de janeiro, o co-meço de cutra semana donovo ano. reuniram-se emfrente ao escritório da usi-

.na uns 50 a 60 operáriosagricolas. Um deles traziaá mão un papel que con-seguira no Recife e, em no-me dos demais, deveria en-trepar ao dono da fábricaae açúcar, deputado federalíecém-clcito do • PTB, JoséLopes de Siqueira Santos.

.0 papel era um oficio doD- lepad.) Regional do Tra-balho referente ao direitocies trabalhadores à grati-ncaçáo correspondente ao13° mes. '-

UM DIALOGO DE MORTE

Quem e o cabeça des-sa greve?! Apareça! .. .gri-tou. cm tom de voz impo-silivo. o usineirp José Lo-pes, que. em seu cavalo,interpelava desafiadoro grupo de trabalhadoresreunidos cm frente ao cs-crilórío da usina.

Dr.. não se t.vala degreve; queremos é o nossodireito...

- Ah! Ja sei.. yuem éo vis»ft? " vo-ê, não é?...

Airlin começou um dlãlo-go áspero oue terminariatin onlAh,

O ii- i.íii < Jü.;c Lopes nãocttparcu nova resposta doseu Interlocutor, o campo-nú» Anlónlo Cz Lima Ciou-v:ia, O rifle que trazia ãlua-d?-sc!a Co cavalo foivibrado pelo ujinclro con-tva aquele mísero traba-lhador que tinha a audáciade dU-Mtlt com é'e. Antó-nio num gc;lo Inopinadode de'.so. agarrou com tô-cia a svn fCica a arma comque o iwíto queria feri-lo.

Imediatamente, algunshomens que acompanhavamo uslneiro lançaram-se cmfúria contra Antônio liber.tando a arma do patrão eJogando o trabalhador delado, num arremesso bru-tal. jesé Lopes, enquantoseus capangas ftves&vüiucontra o.-, jyo.ários da usi-na. sa^o'i tle um revólverc visou mu».», uma vez An-tònio d<! Lima Oouvcia.Uma mão desv.ou-lhe a ar-tnn. f.'rs José Lcpcs, en-íuicclrio * apavorado aomos mo tempo, a.vetou otmbalhsriti agrícola Er-nesta Bitista e deu-lhe vá-rios tiros. De um lado, ovigia 8eve.rino Oregório vi-brava purcadas num velhocamponês. Atingido ao mes-mo tempo por balas do usi-noivo eu tic seus caoingas,o antigo assalariado, agrico-ia tembou sem vida.

LUTA DESIGUAL

A (apur.fMüa que c«rca*va r UKnriro José Looes eo protegia investira comsuas armas contra o grupode trabalhadores da usinaque se havia aglomeradoali. todos desarmados, poisseus objetivos eram inteira-mente pacíficos. A luta eradesigual Durara. a'iás,poucos minutos. A vio.êneiaeom qüe os trabalhadoreshaviam sldc recebidos ostez disoersar rapidamente.Tornara-se impossível umaresistência adequada. Nopáteo do escritório da usi-tia jaziam vários corposinanimados Aiém do velhocamponês João Batista, decerca de 70 anos, estavatombado por terra seu flihoZacarias Batista, ambosatingidos por tiros na nu-ea. Estav.w. mortos, ainda,Israel Batista Ernesto Ba-tista e An'.ónio Farias O

número deferidos «ragran-cr

Consumado u massacre,o. capangas da Usina Es-Uc lana se arrogaram o pa-p.l de autoridades: prin-d., am vários trabalhadoresc.nicolas e or conduziramp.-ra a cadela ae Ribeirão,em eVo município se loca-lia f. Vthid Estrellanu.

Cr.lME PREMEDITADO

Os fatos eviacneiam — ete.cemunhos depois o eu.firma am — que o uslnclroJ0"í Lopes, seu rterente deu in.i. Aw atde de Sena, esua capangtch haviam pre-m ditado o monstruoso cri-me qui! ai atou Pernambucoc repercutiu dolorosamentepar todo o Pais. Seus espiastinham surprendldo con-versas a respeito da relvln-dlcação pleiteada pelos tra-ba'hador?s da usina: abo-nj de Natal ou 13.° mês.Sabiam também que umg rupo de uns 50 homensaproximadamente iria aoecrltórlo da usina às pri-melras noras da manhã dodia 7 de janeiro. Dai a de-ei ão de Jo»é Lopes de en-iicntar antecipadamente ospblteantea, conduzindo con.sigo duas armas: um riflee um revólver. Dai, tam-bém, ter-se protegido comnumerosos capangas, algunsocultos em pontos estraté-gicos em relação ao escri-tório da usina. A períciapolicial verificaria depoisque os tiros que haviamabatido 5 dos trabalhadoresagricolas do José Lopes ti*nham partido de lugaresdiferentes, além daquelesdisparados quase à queima-roupa pelo próprio uslneiro.

DETURPAÇÃO DOS FATOS

Apesar das evidência* —cinco camponeses mortos àbala, vários outros feridospelos capangas do uslneiroe deputado trabalhista Jo-sé Lopes — parte da im-prensa do Recife tem pro-curado cinicamente detur-par os fatos ocorridos nodia 7 de Janeiro na usinaEstreliana. para atribuirresponsabilidade pelos trá-gicos acontecimentos aostrabalhadores agricolas. Ouslneiro José Lopes e seuscorreligionários procurarampessoalmente as redaçõesde influentes diários reci-fenses. tentando Inocentaro principal'responsável pelachacina: o próprio usineiro.Este declarou aos reporte-

res aue não tivera oportu-nidude de fazer uso de suasarmas, embora confcs.-.andoque estava armado. Essaimprensa a serviço do lati-fúndlo canavieira e do go-vernador-uslneiro Cid Sam-paio <que dá cobertura aouslneiro José Lopes I pro-cura, de maneira ae urda,atribuir fins "subv.rc'..;.»"ao movimento rcivlndicatò-rio dos trabalhadores agri-colas. Quando estes se en-contravam desarmados, nu-ma demonstração lncontes-tável de seus objetivos pa-cificos.

A resposta brutal do usi-nclro José Lopes, roman-dando uma das mais im-prcsslonantcs chacinas daslstórla do latifúndio açu-careiro no Nordeste, é umuprova da intransigênciacom que os velhos sobas dalndústlra dt açúcar enfren-tam as Justas reivindica-ções da massa de trabalha-dores agricolas. Mais ainda:de sua obstinação de nãoacederem a qualquer rccla-mo da missa camponesa,pretendendo colocar na Uc-Kardade todas as suas pre-tensões, por mais modestase mais legitimas que sejam.

Os acontecimentos san-grentos da usina Estrelia-na são uma prova de quea massa camponesa develutar cada vez mais orga-nizadamente, a fim de im-por suas reivindicações.

PROTESTOS DE MASSAS

A exigência é unânime:que sejam responsabilizadose punidos os autores domassacre da usina Estrelia-na. Os fatos do dia 7 emo-c i o n a r a m profundamen-te todo o povo pernambu-cano. Há um generalizadoambiente de simpatia pelomovimento dos trabalhado-res agricolas de solidariedade

e apoio a seus irmãos da usi-na Estreliana. As direçõesdas organizações campone-sas com a representação dedezenas de milhares de tra-balhadores agricolas de to-do o Estado, programaramuma greve pelo mesmo oo-jetlvo a que se propunhamos assalariados da usina Es-trellana. o pagamento do13° més. Acredita-seque cerca de 80 mil traba-lhadores das usinas entra-rão em greve movidos poresta reivindicação, que ga-nhou ma'or força depois nomassacre do dia 7 de ja-miro.

oronio D0 LEITOR

O prefeito municipal de Santos, sr. JoséGomes, divulgou, neste còmêcô de ano. emvários jornais, inclusive cm NOVOS RUMOS,como matéria paga. um relatório ilustradoda sua administração ã frente do nosso mu-nicipio portuário. Evidentemente, tal publl-cação, feita pelos assessores do alcaide. con-tem a opinião deste sobre o seu próprio go-vèrno, ppra a qual, naturalmente, desejaráganhar os leitores desses órgãos de im-prensa.

NOVOS RUMOS c um semanário conhe-cido por e::temar o que pensam os comu-nistas brasileiros acerca da realidade poli-tica nacional c internacional. Ainda que osr. José Gomes tenha pago o espaço paratornar público o que diz realizou à frenteda"• Municipalidade, muitas pessoas poderiamenganr.r-.se e jul2.n-r que, acolhendo a opi-nião do prefeito santista nas colunas do seuórgão, estivessem os comunistas de acordocom ela. Dai a necessidade deste artigo paraelucidar a questão.

Como se sabe. o sr. José Gomei foi eleitovice-prefeito de Santos em pleito memora-vel,. quando as forças populares mais ou-tenticas do município derrotaram as candi-daturas propostas pelos sr-s, Jânio Quadrose Carvalho Pinto Junto eom êle, íoi vito-rloso para prefeito o engenheiro Luiz LaScalle Jr. que um'trágico acidente de auto-móvel faria desaparecer do no.s.so convívio,na data marcada para a diplomarão deambos.

Com o falecimento do prefeito eleito, osr. José Gomes iniciou uma luta judiciariapara ver-se confirmado no cargo de chefe' do Executivo . municip. I, o que conseguiuposteíiormeiuc. Ao tomar posse, em meio aessa luta, o sr. José Gomo declarou que ,sc-guiria, inflexiveimente. o programa de LaScalla Jr. e conservar-se-ia dentro do es-quema de forças que dera a vitória aos dois.A posição dos comunistas, naquela época,ficou bem clara: exigir do prefeito em exer-eicio o cumprimento do programa elaboradoem conjunto com La Scalla Jr. e aguardar opronunciamento da Justiça Eleitoral, sobre asua permanência ou não a frente da Muni-eipalidade.

A luta judiciaria tinha, porém, implica-çoes poiiticas. O sr. José Gomes precisava dacobertura de alguns "medalhões" da Repú-bllca e, particularmente, do governador Car-valho Pinto. Para obté-la, s. exa. não vacilouem trair todos os compromissos assumidos,alijar do governo as forças em que estavaapoiado e compor um Secretariado integra-do por indivíduos comprometidos com o quehavia de mais reacionário e elerical na po-litica da cidiide. Tvrnavu-se claro que o sr.José Gomes, para manter-se, não vacilava»m modificar inteiramente a linha de con-auta definida mi campanha eleitoral.

Na anaU.se que fizemos ao governo muni-cipal então constituído, os comunistas deli-

.beramos romper com o sr. José Gomes epassar á oposição, exigindo, imediatamente,que se realizasse um novo pleito, posto queo prefeito em exercício í;c mostrava incapaz.de atender às necessidades e aos anseios po-pulares. Fazíamos tal afirmarão por saber-mos que um governo cie 16desligadas do que ha devida política do Brasil, n.pão pode e nem poderá, interpretar com-v.i-

Os Comunistas de Santose o Prefeito José Gomes

:.s reacionárias,progressista na

poderia, como

A vida mostrou que tínhamos razão:confirmado o sr. José Gomes no cargo, vá-rias vezes modificou-se o seu Secretariado;as mudanças, entretanto, consistiam apenasna troca de homens, para atender aos inte-rêsses de um grupo político liderado peloex-presidente da Câmara, prof. FernandoOliva. Todavia, o governo municipal canti-nuuva umbelicalmente ligado ao sr. Carvu-lho Pinto, prodigalizando este enormesquantias ao chefe do Executivo san tista porconta da quota constitucional, quantiasessas que, de quando em quando, eram au-montadas rie muito, como ocorreu às vés-peras da eleição para governador

A administração do sr. José Gomes, deenliin para rã, caracterizou-se por atos pro-fundamente antipopulares, que desgasta-ram inteiramente o prefeito e levaram-no aodescrédito em que o tem, atualmente, amaioria da população. Não querendo aten-der ás sugestões dos comunistas e das ou-tvas forças populares c progressistas, s.exa. vai criando, com os seus atos, cadavez maiores dificuldades para o povo san-ti.sta.

Com eleito, logo no inicio do seu góvèr-no. o sr. Jn.sé Gomes idealizou c quis levara pratica um plano para .suprimir a linhade bonde n.° 1 — que liga Santos a São Vi-cente e serve a um grande numero de mor-ros e bairros operários —, procurando aten-der, com uma obra luxuosa à entrada dacidade (um trevo rodoviário.), às exigênciasdos ricaços paulistanos, que. descendo dacapital em seus automóveis, pretendem umcaminho sem estorvos mo caso, o bondeipara demandarem com mais rapidez as pra-ias. Somente graças à resistência de 31 so-ciedades de melhoramento foi possivel im-pedir que isso se concretizasse: todavia oprefeito ainda procurou desmoralizar o nio-vimento e quein o liderava, o sr. AlbertoAmorim Filho, presidente da União das So-ciedades de Melhoramentos. As ações demassas e a réplica que este lhe apresentoudentro da própria Prefeitura, fizeram-no'porem, recuar, mudando de atitude.

Mas, não parou ai, s. exa. Pretendeuelaborar um Plano de Ação Municipal, paraser cópia fiel do sr. Carvalho Pinto. Esseplano nâo resolvia nenhum dos problemasda cidade — especialmente os fundamentais.Todavia, fazia-se necessário um prédio paraque funcionasse a equipe incumbida de diri-gir-lhe a execução. E o sr. José Gomes esco-lheu, justamente, um edifício escolar, cons-truido pela administração anterior, que,assim, seria transformado de prédio desti-nado ao ensino em repartição burocrática.Mais uma vez, a pressão das organizações demassa fêz com que o prefeito mudasse deidéia, não sabemos se a contragosto ou não.*/iua pujiHt» ™ *,»«.-.., imu iiuuena, como

«ão pode e nem poderá, interpretar correta- Apesar do plano referido, o prefeito "dos¦nente o qw sentem as ma^as e atendê-las. bairros e dos morros santistas", como o pró-

Antémo é* Brito Leiespilo sr. José Gomes se Intitula, não solu-eionou os mais graves problemas da cidade.Ao contrário, agravou alguns. Os morroscontinuam ameaçados por desabamentos,sem obras de consolidação; o prefeito llmi-ta-se a pedir, platônicamente, auxilio aosgovernos estadual e federal, ao invés de mo-bilizar o povo para exigir as verbas necessá-rias e utilizar os recursos da Municipalidadepara as obras indispensáveis, enquanto asoutras náo se efetivam. O bairro da AreiaBranca e outros próximos a èle continuamsem urbanização; o sr. José Gomes, mos-trando bem o caráter do seu governo, foi so-licitar auxilio à Embaixada Americana, es-tendendo a mão às migalhas da "Aliançapara o Progresso", através de uma cartaímpatriotica, divulgada pelos jornais, onde,para conseguir esmolas de "mister" Kennedys. exa. faz criticas de envergadura ao go-verno brasileiro. Além disso, as últimas chu-vas revelaram que a atual administraçãomelhorou" consideravelmente a situação deSantos quanto às... enchentes - que nãotínhamos pu tínhamos muito raramente,e agora tao constantes e perigosas.

Outros ratos existem, ainda, para carac-terizar, nitidamente, como antipopular e li-gado às torças reacionárias o atual governode Santas. No ano passado, o prefeito ten-tou impingir à popula.ção santista um con-trato leonino que celebrara com a Cia. Tele-fònica Brasileira, sabidamente americana;por esse contrato, os assinantes teriam depagar tudo e ficar sem direito a nada, poisa empresa estrangeira era a única que ga-nhava. Diante dessa ameaça, levantaram-se o movimento nacionalista, os estudantes,os sindicatos, os vereadores da oposição e ou-trás forças políticas, que, organizando umapoderosa frente, obtiveram a suspensão ju-dicial da vigência do contrato — assinadona quarta-feira de Cinzas pelo prefeito — eobrigaram s. exa. a constituir uma comis-são integrada por representantes das orga-nizações de massas para reestudar o assunto.

Além disso, o caráter antipopular da po-litica do sr. José Gomes é marcado pela ma-neira como encara o problema dos impôs-tos c taxas. Pretextando atualizá-los, s.exa. levou a Câmara Municipal a aprovarum Código Tributário que os majorou tre-mendamente, contribuindo para a elevaçãodo custo de vida. Neste fim de ano, o sr.prefeito elevou em mais 50% todos o» tri-butos locais, a título de atender a algumasreivindicações dos servidores, lançando, des-sarte, sobre as costas do povo o peso de tô-das as dificuldades da administração.

O setor, porém, que melhor espelha estegoverno de Santos é o de transportes cole-tivos, que está a cargo de uma autarquia, oServiço Municipal de Transportes ColetivostSMTC). Desde o Inicio do governo José Go-mes, sofre a população com os problemasdele. Não se desorganizaram os horários,

não só se modificaram linhas de ônibus,contra os interesses da maior parte do povo,não só se retiraram carros da circulação.Também, em um ano e meio, elevaram-setrês vezes as tarifas;, as de bondes passa-ram de 5 para 20 cruzeiros; as de ônibus, dé10 para 25 cruzeiros! Isso sob pretexto deatender aos reclamos dos trabalhadores,quando todos sabem que a Prefeitura nadafêz e nada faz para conseguir que as Unhas,mais rentáveis, atualmente nas mãos departiculares, passem para as do SMTC!Quando o sr. José Oomes toma medidas epede estudos não é para reforçar a autar-qula, mas para transformá-la, diminuindo-lhe as atribuições, etc.

Poderíamos tratar de mais questões ad-ministrativas, como a famosa concorrênciapara adquirir a usina de lixo, a situação decompletamente esburacadas em que se en-contram as ruas, os problemas de esgotos.Todavia, preferimos encerrar estas conside-rações mostrando aspectos políticos da ati-vidade do sr. José Oomes, particularmenteno que diz respeito às suas relações com asmassas, as quais o marcam como lnstrumen-to de poderosas forças da reação.

No més de setembro de 1962, os operáriosdo SMTC encetaram, após o fracasso das ne-gociações, uma greve por aumento salariale outras vantagens de ordem econômica.Após 7 dias de paralisação e de intransi-gència do sr. José Gomes, o Fórum Sindicalde Debates decretou greve geral politlca desolidariedade em toda a Baixada Santista.Diante disso, que fêz' o prefeito? Procurouuma solução harmoniosa, que impedisse osprejuízos de uma paralisação desse porte?Aceitou as outras propostas do movimen-to sindical para resolver o impasse? Não.Apelou para os elementos reacionários dogoverno do Estado, apelou para a policia epara o Exército, recorreu aos velhos cha-voes anticomunistas, auxiliou a organizaçãode uma armadilha, na própria Prefeitura,para prender os lideres operários, enquantose sabe, por testemunho inclusive de um ve-reador, que fora para São Paulo na noite daeclosão do movimento (disseram alguns jor-nais, sem confirmação, que assistira nessadata a uma luta de boxe de Eder Jofre ).

Após ter sido derrotado pela poderosagreve geral de 5. dias, s. exa, concordoucom todas as reivindicações. Entretanto, ai-gum tempo depois, dizia aos servidores mu-nlclpais, que reivindicavam aumento, que,alentado pelos acontecimentos de setembro,estava disposto a topar qualquer parada.Obrigou os trabalhadores a irem à greve,para, no segundo dia de "parede", conceder-lhes o que queriam.

Essa é a verdadeira face da administra-ção José Gomes. A posição dos comunistasde Santos, diante dela, i clara: achamosque o atual prefeito constitui um governoque é, na sua essência, antipopular e ligadoàs forças entreguistas e reacionárias do pais,um dócil instrumento nas mãos da Associa-ção Comercial e outros setores retrógrados.Ssse governo i incapaz de resolver os pro-blemat do povo de Santos e cumprir umaplataforma popular e democrática. Por isso,a vanguarda comunista da classe operáriaopõe-se decididamente a êle, sendo contra-ria, inclusive, a todo e qualquer, entendi-viento com o sr. José Gomes, enquanto nãose modif.jar a política e a composição do seugoverno.

SAPS RELAPSO

Leitor de Lagarto. Estado de SergiiH. traz a esta colunamais uma denuncia de Irregularidade na previdência social.Conta de três funcionários que foram admitidos no SAPScm Janeiro de 1902, recebendo o salário mínimo da região,que na época não Ia além de oito mil e poucos cruzeirosmensais. Desde então, como coroamentn de sérias lutas, ofuncionalismo obteve algumas significativas conquistas nosterrenos salarial e assistência!, extensivas, naturalmente,aos funcionários do SAPS. E o caso do enquadramentogeral dos servidores autárquicos, do aumento de 40 porcento conseguido pelo funcionalismo c do 13.° salário, pagoapós árduas lutas, é verdade, mas recebido por Inúmerascategorias de trabalhadores. Os funcionários do posto doSAPS em Lagarto, porém, permanecem até agora excluídosdas melhorias salariais c das vantagens a que têm lncon-(estável direito, amparado cm lei, inclusive.

A denúncia é mais uma a somar-se u Infindável listade Irregularidades e escândalos que atestam o descalabroem que está atirada a previdência social.

COEXISTÊNCIA PACÍFICA

J. Ferreira, de Goiânia. Gola--, congratula-se conoscopela publicação, cm nossa edição número 202, do edito-rial da revista Problemas da Paz e do Socialismo, número12 de 1962. Intitulado "Posta à prova a política de coexls-tenda pacifica". Ao mesmo tempo pede-nos nova trans-crlçào de um trecho (o terceiro parágrafo do item 3 do im-portam? documento) que, por defeito de impressão, apre-sentou-se ilegível em alguns exemplares daquela nossaedição.

Atendendo ao leitor ai vai a repetição do parágrafotruncado:"Cada novo dia de revolução cubana, cada novo passodo povo de Cuba no caminho das transformações sociais éum desafio lançado aos cálculos e esperanças dos imperla-üstas. que desejariam que o movimento de libertação na-eional fosse para a América Latina uma etapa Já ultra-passada há mais de século e meio, e que o socialismo fosseum fenômeno puramente "oriental" e, conseqüentemente,passasse ao lado hemisfério ocidental, e que pudessem, afl-nal, conter a difusão do socialismo a todo o mundo, cercara URSS e os paises de democracia popular com o anel sa-nltário dos blocos armados e das bases militares".

TRUSTE SUIÇ0 FAZ DAS SUAS,Alguns tópicos da carta de Odélio Kovalov.ski. de CurI-tiba, Paraná:"A firma na qual trabalho chama-se Geigy do BrasilS.A., cuja sede é no pais do turismo dos tubarões: a Suiça"."Diz o meu chefe ser a Geivy do Brasil S.A. uma das

firmas mais organizadas entre todas que operam no nossopai.;. Mas a sua organização não produz efeitos benéficospara o púbiico consumidor de ssus produtos, nem para osseus funcionários de pequena categoria, como eu. que exer-ço as funções de escriturado. Dizem ós meus patrões queo meu serviço é de pouca importância. Eu e os meus com-panheiros de carteira somos submetidos a um regime detrabalho de extrema dureza e, ao contrário de gerentes bchefes de escritórios, recebemos salários quase ridículos.Quando é esboçado um movimento no sentido de reivindi-car melhoria de condições de trabalho e de vencimentos asameaças de desemprego logo aparecem, muitos dos dire-tores deixando ostensivas nessas ocasiões suas tendênciasnazistas".

BILHETES

l.F. da Silva, de São Paulo, capital, deelara-sè constan-te leitora de NR — "desde os primeiros números". Escreveelogiando o discurso do primeiro-ministro Nikita Kruschiovdiante do Sovlete Supremo da URSS, reproduzido em su-5!i!;mÍnto esPecial Que acompanhou nossa edição número^04. E aproveita a oportunidade para enviar bilhetinhos adois dos nossos mais queridos colaboradores: Eneida e Pau-ío Mota Uma.

Para a cronista, diz, referindo-se a um dos últimos"cantos de página". "Muito bem, querida. Ê mesmo neces-sá rio que se dé às nossas crianças livros que contribuampara qüe a sua formação desenvolva-se no caminho queas tornará úteis à pátria e aos homens. Você escreve portodas as mulheres que têm amor ao povo e é muito dignados nossos parabéns e do nosso apreço".

Ao colunista, assim se expressa: "Excelente o 'Fora deRumo* que acabo de ler. t isto mesmo: no açúcar de Cubajá ninguém manda, a não ser o povo cubano. Estou in-teiramente de acordo em que devemos nos libertar da mo-nocultura e ampliar, por outro lado. as nossas relaçõe»comerciais, intensificando o intercâmbio livre com todosos países sem temer as imposições do deus dólar".

JOVENS PIANISTASAlaide da Silva Garcia e Mara da Silva Garcia, alunas

do curso de piano das professôars Glória de Azevedo Quei-roz e Maria Helena Roque convidam-nos gentilmente paraa audição que juntamente com seus colegas de estudo ofe-receráo dia 3 de fevereiro, das 15 às 18 horas, ho Social Ra-mos Clube (rua Aureliano Lessa, 97, em Ramos). A tardede música se estenderá por um vasto programa de trêspartes, e será encerrada com a exibição de um conjuntode percussão infantil.

A Alaide e Mafa os nossos agradecimentos.

João Dorothéia SoaresFaleceu domingo, 13 de

janeiro, no Ceará, João Dorothéia Soares, velho e que1rido funcionário da RèoeViação Cearense. Em 1949João Dorothéia Soares ins-creyera-se nas fileiras djmovimento comunista, ten-do sido um incansável iu-

RevoluçãoemMerili

São João do Meriti (Docorrespondente) — No pró-ximo dia 3 dt feverei.oas 19 horas, na Praça daMatriz, seiá encenada pelogrut» artístico CARRETADO POVO, a peça de Au-gusto Boal "Revolução naAmérica do. Sul". Essa apre-sentação faz parte do Fes-tival de Cultura, patroci-nado pela União Meritiea-se de Estudantes, orgaai-zação filiada à Confedera-ção Fluminense de Estu-dantes Secundários.

A programarão inclui vá-ries outros ar.o.s artísticos,de caráte> nacionalista.Ainda no dia i. será inaú-gurada a Cooperativa deMaterial de Ensino, na ruaSào João Batista, 149.

rador da c?usa dos traba-lhadores. Foi dos mais pres-tigiosos lideres ferroviáriosdaquele Estado, particular-mente na Zona Norte, ondepor longos anos liderou lu-tas reivindicatórias e poli-ticas de sua categoria. Joãoveio a falecer após doisanos de indizíveis padeci-mentos que lhe impunhaoe-rtinaz moléstia.

Crisciiiiiia:grevenas minas

Crisciúma. Santa Catari-na (Do correspondente) ~Em grande assembléia dacategoria, realizada no dia23 de janeiro, os trabalha-dores mineiros desta cida-de decidiram deflagrar, apartir de 1.° de fevereiro,um movimento grevista queparalisará completamentetodas as atividades nas mi,nas de carvão. A greve temseu motivo nc não paga-mento, pelos patrões, doau-mento salarial conquista 1opelos trabalhadores em de-aembro do ano passado, j

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Page 7: TlXtt M 4* piglM MinistérioePlano Trienal: Compromisso · Ministério não leva em conta significado do voto popular de 6 de janei- ro —¦ Compromisso com os reacionários do PSD

r-1-.T-.í s

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igitosro. semana d* I a 7 dt fevsrslro dt 1963 NOVOS RUMOS 7 —

Monopólio Dos AtacadistasE ncarece Alimentos na GBO quilo ds tomate nus u•eurtee na feira por Crf 00,00

Íve«ê_

«inoonlra numa hortai IsteáB do Rio por Ori,00. A laranja pela qualvoei paga Cri 100,00 a dú.

ria é vendida nos sIHoh dnregião do «cinturão verde.de Sio Paulo por menos do«Cr* 40,00. O feijão preto queestá nos armazéns por CrS90,00 pode ser comprado uum camponês do Vale doParaíba por Cri 30.00. A dú-tia de ovos que a quitandafornece por Cr$ 200,oo podeser comprada num sitio <li<Jacarepaguá pela metade dopreço.

Uma pesqijlso realizadapelo antigo Conselho Coor-denador do . Abastecimento,em 1999, permitiu observarqus U dlfercnvis entre ospreços pagos ao lavrador e«se preços pagos pelo constt.mldor elevavam-se a maisde 200%. Comentando os re-aultados dessa pesquiso aAssessorla Técnica rio CÔn-selho concluiu: ecorrespon.deria, assim, o custo dó pro-duto na fonte dc produção amonos da torça parto du pre.rjj vigoram,- no mercado re-vulhistas, íAnaliso ria Con.juntura rio Abusteclmculo,1959).

PRODUTORGANHA MENOS

Por que isso acontece?Essa grande diferença mireo preço no varejo pago peloconsumidor carioca e o quese pag? pelo produto noscentros de produção, mostraque Interfere na formaçãode preços desses produtosalimentícios, um outro íenô-meno alím da inflação quefaz encarecer todas as mer-cadorias.

Quem embolsa a riiferon-ça de preços'.'

A Guanabara ó um Estadopraticamente sem área ra.' ral: a agricultura cariocacontribui com menos rie 2r>du necessidades locais rieconsumo. Dessa forma, aquase totalidade dos alimen-sos ecewumidos no Rio vemde longe. A maior parte do

si do Rio Grande doo fefjão Trem principal-

do Minas, que fome-% a autor parte da rnantei-ge; o brite vem. em primei-

5P JH*a& • ** tada leiteirado Rio Paraíba, ds sonsa si-tuadu a paio menu 100 kmde distância. Batata, verdu»ras, ovos e frutas vôm so.nroludo do Sito Paulo, daarca produtora próxima ácapital, numa proporção deaproximadamente 30'/,; emsegundo lugar no forneci,mento dos produtos hor.tlgmnielroa vem o Estadodo Rio, com aproxlmadamen*te 30',}. seguido de Minas.TRANSPOR.ESCRAVIZA

A grande distância da-fontes produtoras faz comque . assuma grando Impor-jftncla no abastecimento daGuanabara o papei dos in-tcrmvdiarlos. A distância dei.xa o produtor Inteiramentedependente do intermediáriotransportador, que faz a II.gnçfio com os comerciantesatacadistas. Essa depcndfin.cia 6 particularmente orru*da mi comcrclali/nçáo desprodutos liovticolas, quo seestragam rapidamente e

. precisam, por i«so, ser co-locados rapidamente no con.tiu dr» consumo. Cumo pe.Io muitos metade doi prodn.tos hórtigranjclros consumi,dos no Rio vem das vi/i-nhonças «Ia capital paulista,de uma distância mínima de40.-1 km por rodovia, o ca-minhuo torna.se Intrumsn-to do dominarão e avilta,monto dos preços.Os produtores dc gêneroshorticoias, assim como osde feijão, batata e outrosprodutos alimentícios, nâotêm condições financeiraspara ter transporte próprio.Um breve Inquérito realiza-do entre produtores da zo-na rural da própria Gua-naba.ra revelou qu; nem .Cr- dc-les po-suem íranspo-tcnròprlo. So perto da c'dr.-de a prcporçio c e^a. cal-cule-se o que não será cmrelação às áreas mais afãs-tadas.MONOPÓLIO DOSATACADISTAS

São rarisslmos os produ-tora que conseguem conta-to direto como consumida.Essa circunstância foiapro-veitada pelos grandes ata-oadistes de gêneros, quetomaram a at o encargo do

transporte, organlrai-do frotas próprias que per*correm u sonss de produ*«io, pari arrecadá-la. D«*sa forma, os atacadistaspassaram a controlar acomercialização, garantindofinanciamento e transporteregulai', fornecendo semen.tes e material de embala-

fem, armazenando produtosunto uo mercado consumi-

dor e. finalmente, distrl-bulndo-us no ccmcrclo jí\-rcjlsta. Ta mecanismo cxi-Rc grande capacidade finoncelra dc lntermcdlo.no,além (ic ciRaulzacüo, o |ii?explica a limitação do mi-mero d.'» atravessadorcatacadistas de produtoshcrtlgranjelios, que passa,ram a uma situação de mo-nopóUo.

De lato. oí atacadistasdo Mercado Municipal coutrolam c dlstribu*çâo dcverduras c frutas na Ou.-nabara, Int.uferlndo dlr*-

lamente na |.ioduçio,m^n-tenuo i,i+m a mercadoriapara roí pret» s*to, estabe-lecendj nrv.«;ts qus nioguardam e menot relaçãocom o que é |. m* nas fon-t:s de proJiiçrto. Produto-res c oroprlewf os de ca-minhüo ficam seb o icicontrole, pcls é o únicodistribuidor por atacadopara a Zona Sul e Central,contribuindo Bino. na dis-tribulç&o da Zona Norte *suburbana. Dele aependemqui;andei..1» vr nurcirosdecarroclnha, 9 rrf fcirnntfi,que .são cri wi quase tot.vlidado Drcn etos ou subor-dinados aos atacadistas.OJEM EMBOLSAADIFEWNÇA

Calcula s« que o Merca*do Municipal c"i.centra oe-Io menos 70% da distrl-buição de verduru na Gua-nabara. 3 u ia * instalaçõessão arcai."**, nio tém ca-

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0 SAURIO MO OHEGANa feira, a dona-dè-casa verifica que o salário dafamília nâo dã para comprar o suficiente. Objetivandolucros cada ves maiores, os monopolista-, atravessado-res e intermediários lesem com que os gêneros alimen-

l-_Sf -fi?* .P0**? * '•"^ »* P"*» *e teès a quatro*!& mâ/8 alu>B d0 f*0* ° «riam caso tosse adotada umaM ta?

K<a eUnüluieào da e*Peculaçáo e du manobras

Magé: Camponeses DespejadosLutam e Reocupam as TerrasDomingo, dia 27, cerca das

11 horas, imensa caravanade três Ônibus de Niterói, ede NiMpolis. 1 caminhão evárias camionetas, levandomais de 200 pessoas, chegoufestivamente a Magé paracomemorar a volta dos cam-poneses que haviam sidodespejados de suas terrasdia 11.

A testa ce confraterniza,ção, organizada pelos sindi-catos dos rodoviários e ma-ritimos, e pela Comissão Fe.minha de Solidariedade,«contou com a presença deinúmera- personalidades, en.tre elas o secretário do Tra-balho do Estado do Rio. sr.Joio Gomes, os deputadosAdio Pereira Nunes e Afon-so Celso Nogueira Montei-ro, o representante do depu-tado Bocaiúva Cunha, repre.aentante do Plano Agrário,o prefeito de Nilópolis, sr.Eraride* Lima, o vereadorDarcy Câmara, de Magé, eoutros, além de inúmeros Jo.vens do CPC de Niterói.

Depois de vários discursosde confraternização e de lu-ta pela reforma agrária —entre os oradores destaca-ram-*e os deputados AdãoPereira Nunes e Afonso Cel-so, um vereador de Nilópo.lis, dirigentes sindicais elideres locais — o CPC en-eenou Interessante «show>,com atos ligados à vida cam-ponesa e à reforma agrária.

Antes d0 almoço oferecidoaos visitantes em casa deuma das moradoras no lixai,d. Terezinha, houve como-vente cerimônia com a dis-tribtilção de roupas, sapatos,remédios e outros donativos

. trazidos da cidade pelos tra- .balhadores.

Em sua estada na locali-dade, que se prolongou atéis 10 horas, oe membros dacaravana tiveram oportuni-dade de ver de perto todasM conseqüências do vanda-lismo dos responsáveis pelodespejo, que não hesitaramem derrubar inúmeras casaso arrasar u lavouras.

AS URRAS

O epje houve com os cam-poneses que ocuparam terrasno 0.° Distrito do municípiode Magé não difere mui tu doque tem acontecido em vá-lios outros lugares.

Encontrando terras férteisabandonadas, em qualquer .cerca ou placa, mas já comalguns benefícios feitos pelogcvêrno estadual, tais comosnncnmsnto e estradas, di-versas famílias começaram,

há mais de des anos, aocupá-las.

Assim, cerca de 1000 fa-mílias plantaram a terra,ótima pela fertilidade e pelaproximidade dos grandescentros consumidores (40minutos do Rio), dando ridaao que antes estava abando-nado.

As coisas iam perfeita-mente, em calma, com pre-visões de colheitas de 500mil sacas de arroz, outrotanto de feijão e milho, alémde multa banana, aipim edemais lucros provenientesdas criações dos lavradores,alguns dos quais com maisde 1000 cabeças de galinhas,até que surgiu em cena a Pi-brica América Fabril, sedla-da em Pau Grande, 6.° Dis-trito de Magé.

GRILOOs donos da América Fa.

bril, desejando ampliar seuslucros, logo perceberam asvantagens de possuir tãoboas terras e conseguiram,à custa de manobras, chi-canas e dinheiro, uma ação

.liminar ijue culminou coma arbitrária decretação dedespejo dos lavradores pelojuiz Nlcolau Neri.

Inconformados, os cam-poneses foram em comissãoao juiz pedir-lhe que sus-tasse o despejo, mostrandoquanta Injustiça havia emtal ato judiciário, depois detantas benfeitorias fruto deseu trabalho.

Dando provas de totalindiferença ante o sofri-mento dos trabalhadores e

.de imensa grosseria, o juizrespondeu dizendo que"quem faz filho na mulherdos outros não tem direitoà paternidade."lUTfi

Revoltados diante de ta-manha desfa«?atez do Juiz,dispostos a não entregar asterras sem luta e compre-enciendo que para isso te-riam de lançar mão de tô-das as formas legais econ-tar com a solidariedade deoutros setores, os lavrado-res se organizaram imedla-tamente e deram inicio àbatalha.

Preliminarmente, uma co-missão de mais de 400 fa-mílias se dirigiu à Assem-biéia Legislativa, onde di-versos deputados — Barce-los Martins, João Rodriguesde Oliveira. Aécio Nance eoutros — hipotecaram, datribuna, sua solidariedade eaoc'aram ao governador Ja-notti que desapropriasse as•terras.

Da Assembléia os campo-neses se dirigiram ao Pa-lácio do Ingá, acampandoem suas imediações e aipassando a noite. No dia se-guinte o acampamento foitransferido para a frentedo Palácio da Justiça, on-de os trabalhadores entra-ram em entendimentos comos desembargadores.

Nesse Ínterim o juizmandou executar a senten-ça de despejo no dia 11. oque foi feito por elementoscontratados pela AméricaFabril. O despejo foi reali-sado com requintes decrueldade e violência, poisforam demolidas dezenas decasas e arrasadas as lavou-ras, além do saque genera-lizado de animais, perten-ces e viveres dos despeja-dos.

A luta, porém, prosse-gulu, com passeatas, de-monstraçóes e outras for-mas pacificas e legais. Fi-nalmente. houve um enten-dimento entre o presiden-te do Tribunal de Justiça eo governador, que, eianteda aflitiva situação dos tra-balhadores, principalmentedas crianças, e ria crescen-te solidariedade de outrossetores da população, a açãode parlamentares, persona-lldades, etc., desapropriouas terras, que só em parte(exatamente a parle nàoocupada pelos lavradores)pertenciam à fábrica.

Nos caminhões em- quetinham vindo e mais qua-tro ônibus cedidos pelo go-vérno, retomaram os cam-poneses às suu terras.

JUIZ INSISTE

Grande decepção espera-va os lavradores que, ao che-gar, deram com a negativado juiz em cumprir a desa-propriação, o que pode fa-zer porque ainda dispunhadas tropas da força públicaenvladu ao local.

Depois de diversos enten-dimentos, os trabalhadoresvoltaram a Niterói e acam-param diante da casa dojuiz Nlcolau Neri, na rua Dr.Sardinha 53 Ao ver a apro-ximação dos camponeses, ojuiz fugiu pelos fundos dacasa e se refugiou no quar-tel do S.° RI.

Verificou-se entio impres-sionante movimento de soli-darledade dos moradores darua Dr. Sardinha, que for-neceram alimentos aos tra-balhadores, banharam, ves-tiram e calçaram as crian-ças, em vigorosa demonstra-ção de revolta contra a de-

sumanidade do juis e degenerosidade para com oslavradores perseguidos.Embora os trabalhado-res estivessem pacificamenteacampados, a policia foi aolocal i noite e tentou ex-pulsá-los eom bombu degás lacrimogêneo, mu foiimpedida pela reação enér-gica dos lavradores, popula-res e personalidades presen-tes. como o deputado Afon-so Celso. O chefe do Depor-temente de Ordem Políticae Social ao saber do queocorria foi ao local e, manl-festandr solidariedade aostrabalhadores, só e desarma-do, mandou a policia retl-rar-se e assumiu pessoal-mento a responsabilidade doque ocorresse.

AliU, o delegado da Or-dem Política e Social, Rodo-vai Brito de Menezes, teste-munhando a derrubada ducasu e a destruição duplantações, já manifestarajunto ao secretário de Se-gurança sua revolta e colo-cara seu'cargo à disposição,dizendo que em seus 40 anosde vida policial jamais as-sistira a coisa igual.

SOLUÇÃO

O desembargador SaioItabalana, um dos membrosdo Tribunal de Justiça, com-pareceu ao acampamento,onde falou aos lavradoressobre a necessidade da re-forma agrária e se compro-meteu a trazer o Juis pararesolver a questão.

Cumprindo sua palavra,o desembargador trouxe ojuiz e mais o desembargadorFeliclo Panza, tado os trêsa Magé, depois do contactocom os trabalhadores, a fimde retirar as tropas para oscamponeses ««ocuparem asterras.

Ao se despedir dos mora-dores da rua e do juis, os la-vradores formularam o con-?Ite para a festa de confia-ternlzação realizada domln-go passado em Magé.

Papel destacado na lutedesempenharam organiza-ções como a Federação dasAssociações dos Lavradoresdo Estado do Rio, com seupresidente Manoel Ferreirade Lima à frente, o Sindi-cato dos Têxteis de Magé,Sindicato dos TrabalhadoresAgrícolas de Magé, e liderespolíticos como o vereadorDarcy Câmara, que movi-mentou a Câmara Munid-ppl de Magé, e os deputadosAfonso Celso e AristótelisMiranda Melo.

paridade frl|or,f,ca, é ps*queno s atravancado emrelação U necessidades docomércio lnteni'v< que aise realiza A situação m>nopollsticn dos utacadls*asdo Mercado ae".., seu desta-teròue om meihorla dosInstalações para conserva-ca/\ pois a.. pc«das e des-perdidos, tanto por retra-ção do coiiumo. como pordeficiência de armaienu.mento, pud?in contribuirpara aumentar os preços njvarejo, em prejuízo exclu-sivo do lavrador e do con-sumldor.

Verifica-se. portanto, quvna Quanubara. influi noencarecimento dos géneiosalimentícios um outro fa-ter além do atraso da no.-sa estrutura agrária, entra-vando o aumento da pro-duçâo. além da filta deproteção oficia' â agricui-tura de subsistência, ?mque se tmantiam peque-nos produtores: é o mono-póllo da comercializaçãoexercido pelos atacadistas.Como concluiu o estudo doantigo Conselho Coordena-dor do Abastecimento, Aná-lise da Conjuntura do Abas-ferimento, éue fato temque ur levado cm contaem qualquer poittlc* dtabastecimento para a Gua-nabara: cê. ca de metade darenda dispendlda pela po-pulação carioca com a aqui-slção de produtos hortico-Ias é retida pelos atacadls-tas.RUA DO ACRE

Para os cereais ainda náose calculou a parcela absor-vida pelos intermediários,mas ela é igualmente eleva-da. Para o feijão, por exem-pio, que vem principalmentede Minas, Rio Grande doSul e GolU, funciona Igual-mente uma complicada redede Intermediários. Em geralé cultivado por pequenos ar-rendatárlos, parceiros e me-elros, que, em virtude desua precária capacidade ti-nancelra, estão ligados a co-merclante- regionais quefuncionam como banco fi-nanclador durante u en-tres-afru. Para os parceirose meeiros, sem terra, niohá outra salda, li qus oBanco do Brutl só smprss-ta a pmristirtas. 1 porisso qus o pequena a pro-porção des naansdamenteeao feljio no conjunto des 11-nanciamentos da «Carteira

. de Crédito Agrícola e Inclua-trial do Banco do Brasil.

Depois do tatermedlãrioarrecadador, vem u casuatacadistas no interior, querecolhem a produção de cer-tu regiões para negodá-lunos grandes centros de con-sumo, Rio e 6. Paulo. Aquiêle é adquirido pelos gran-des atacadistas, concentra-dos na Rua do Acre, que odistribuem pelo comérciovarejista. Para ter-se umaidéia de quanto é absorvidopor essa rede de interme-diários, consideremos que opreço mínimo ao produto(fixado pelo Ministério daAgricultura) para o saco de00 quilos de feijão preto eramenos de Cr| 450,00, em1950; êsse mesmo saco defeijão, no mesmo periodo,era cotado na Bolsa de Ce-reais do Rio de Janeiro amais de Cri 2.000,00.

Não é diferente o meca-nismo no que se refere aoarroz, batata, farinha demandioca, banha ou charque.SOLUÇÕES

A absorção de renda pelosatacadistas, encarecendo oproduto, só pode ser ellmi.nada com a interferência di-reta do Poder Público, cri-ando um mercado e uma f ro-

CPC DE CURITIBANO LITORAL:ÊXITO

Curitiba (Da sucursal) —Em curta estada na cidadeportuária de Paranaguá oCentro Popular de Culturado Paraná, dando seqüênciaàs suas atividades de levara arte do povo ao povo,onde quer que êle se encon-tre, obteve consagradoresêxitos. Primeiro, através desua participação nu festivi-dades de inauguração danova sede do Sindicato dosCarregadores e Ensacadoresde Café de Paranaguá, apre-sentando quadros motivadosna lute antllmperialista detodo o povo brasileiro e nubatalhas reivindlcatóriu demelhores condições de vida,sustentadas pelos trabalha-dores. No segundo dia de suapermanência em Paranaguáo CPC ofereceu um espeta-culo aos filhos dos trabalha-dores, exibindo um teatrlnhode titeres no salão de u-sembléiu do Sindicato dosTrabalhadores na Estiva. Acasa estava totalmente lote-da e a criançada vibrou, vi*vendo horas de sadia ale-gria. Despedindo-se, i noiteo Centro Popular de Culto-ra encenou pequenas peçasao ar livre, na principalpraça da cidade, diante degrande multidão.

Dando cumprimento aoseu programa de expansãoo CPC deixou em Paraná-guá, em estruturação, umnúcleo teatral, ligado ao Fo-

rum Sindicai de Debates.

ta transportadora que rnm.Ki

o monopólio Ju Mc.ruilounkipal s dos empórios

da Rua Acre. Em certa medida, foi com ésuo Kcntiiloque se começou n crlnçAnrios mercados livros do pro.dutor. em 1959, com os quitlüse pretendia estabeliwr ocontato direto entre produ.tor e consumidor.

Na prática, nquélr» oli|c-tivo não foi atingido. A|>c-nas céres de 20*!- dos boxesdos mercados dn produtorficaram realmente em mãosde produtores. O artlfo «f»do regulamento de concessãodo* boxes, permitindo queestes sejam usados por pre.postos, foi uma das brechaspelas quais entraram nova.mente os intermediários ata.endistu. Além disso, ao se.rem criados os mercados li-vres dos produtores, surgiua Cooperativa Central riosProdutores Rurais da RegiãoLeste Brasileira iCOU%-BRA), eom o objetivo drcla.rado de organizar os agro.pecuaristas para abasteceros mercados.MERCADO IUVREDO PRODUTOR

À COLEBRA podiam asso-dar.se cooperativas de pro-duçâo agropecuária, pessoasJurídicas dedicadas â expio-rarfto da agricultura e pe-citaria, e pessoas Individuaisdedicadas à mesma ativiria.de; a ela foram cedidos 60' •da área dos três mercados li-vn>s do produtor.

Mas «pessoas Jurídicas rir-dlcadas â exploração agro-pecuária* podem ser atara,distas... De qualquer mo-do. com essa ou outras bre.chás, legais ou não. os ata-cadistas conseguiram roniro.lar a COLEBRA. que pas.sou a ser instrumento aserviço dos Intermediários,Assim continuou e consoli-dou.se o monopólio do Mer-cado Municipal e da Rua doAcre. e não se conseguiumanter uma diferença signi-ftcativa entre os premis co-brados nos mercados qttcsão livres de produtores, is-to é, o produtor está ausen-te, e os demais pontos darede comercial.

Dessa forma, continua, depé a necessidade de umgrande mercado atacadista,oo Governo, que permitaromper o monopoho dos .ki-termedlárioe atacadistas eregularizar o abastecimento.

Câmara Municipalde Santos

Do Povo le Santost. grato ao Legislativo santis*

ta, pelo transcurso riu I2lanivcr-sário da cidade aiulradina, enviarsua congratularão efusiva aopovo desta gleba (|iiadricenlená-ria, cuja história é um exempla-rio de virtudes cívicas.

Menos pelo esplendor c gran-de/a de seus monumentos do quepelo valor e nobreza de seus fi-llios, podem qualificar-üe de grau-des as grandes cidades.

Santos, de onde partiu, namanhã quinhcnlisla, a primeira«bandeira» civilizadora; onde seergueu o primeiro Hospital deMisericórdia da América Latina,e se consagrou a primeira pia ba-tismal do Brasil; a grande Santosrecebe, nesta data insigne, a sau-

ilação mais reverente de sua (lama-ra Municipal.

Santos. 26 de janeiro dc 1963

FERNANDO OUVAPresidente

COMPRA DE PETROLEIROS NA lUGOSLÁVUTRAZ PONDERÁVEL ECONOMIA DE DÓLARES

..; A proposta de prenda dos dois navios pe-troleiros pela Iugsolávla, de 31.400 tonela-das cada um. foi encaminhada à PETRO-BRÁS, em setembro de 1961., cm conseqüên-cia das negociações da Missão João Dantas.

Antes de tudo, tal proposta que redun-dou, afinal, na compra dos referidos navios,em nada prejudica os estaleiros nacionais,e imediatamente, nos traz uma ponderáveleconomia de dólares, contribuindo, alémdisso, para o aumento do emprego dos ma-ritimos.

A PETROBRAS, antes mesmo da comprados navios iugoslavos, assinou contratos coma VEROLME e a MAUA para a construçãode seis petroleiros de 10.500 toneladas. E.no ato mesmo da assinatura, o presidenteda PETROBRAS declarou qur "poderíamospensar, no próximo ano, em 1963, na cons-trução, no pais, de dois navios do tipo "PRE-SIDENTE" (33 mil toneladas).

Mas, presentemente, a PETROBRAS, pela*PROHAPE, transporta 65% da sua carga emnavios estrangeiros arretados, com tripula-çâo estrangeira, sendo tal afretamento pagoem dólares. Assim deve a PETROBRAS. den-tro de alguns anos, libertar-se desse ônus,possuindo novos navios, que somente eles.representem mais de 600 mil toneladas, dcmodo a transportar toda a sua carga em.navios brasileiros, com tripulação brasileira.Assim, pode a PETROBRAS manter osestaleiros nacionais em regime 100 % de tra-balho. ainda que adquirindo 50% da tonela-gem dos seus novos navios, no exterior.

E laso sem levar em conta o aumento doconsumo dos derivados, e pois a necessidadede transporte dos mesmos e do petróleo, bemcomo o fato de alguns navto3 já estarem fi-cando obsoletos, exigindo sua substituiçãopor novos.

Os navios iugoslavos serão entregues,respectivamente, à PETROBRAS em dois enove meses. Mas o prazo de entrega, a par-tir dos estudos preliminares, dos navios dés-se tipo, caao construídos no Brasil, serianunca menos de 36 meses, nas atuais clr-cunstáncias.Ora, a liberação de divisas, durante essetempo, pela substituição dos navios afreta-tados pelos navios brasileiros adquiridos naIugoslávia é de U8$ 6.999.814,00 (seis mi-lhões novecentos e noventa e nove mil oito-centos e quartoze dólares). Como, entretan-to, os referidos navios serão entregues emdois e nove meses, respectivamente, o tem-

po ganho é de 34 e 27 meses, com uma libe-ração liquida de U8$ 6.281,241.00 «seis mi-lhões duzentos e oitenta e um mil duzentose quarenta e um dólares). E logo, duranteêsse tempo, serão empregados marítimosbrasUetroa,

A liberação de divisas é a conseqüênciada «ompra ter sido feita à lugoslãvia, emmoeda -. contábil, em "dólar convênio",com a qual serão adquiridos nrodutos brasi-lelrôs, especialmente café, abriiido-se e am-pliando-se, assim, para nós, novos merca-dos.

Mu, a operação com a Iugoslávia foi oresultado de um longo periodo de estudostécnicos, de pesquisu de preços no mercadomundial de construção e de negociações eentendimentos com os estaleiros iugoslavospor parte da Empresa.

Preliminarmente, a PETROBRAS cônsul-tou a Comissão de Marinha Mercante quepelo ofício 62/03919 de 4-4-62, declarou nada

ter a opor á importação dos referidos na-vlos.

Assim a Diretoria constituiu, para estu-dar o assunto, um Grupo de Trabalho, cons*tltuido por Eduardo Sobral, então cônsul-tor econômico, comandante Alfredo Mader,assistente-chefe de Transporte Marítimo, aJúlio César de Sá Carvalho, superintendenteda Frota Nacional de Petroleiros.

Êsse Orupo chegou á conclusão em"4-4-62, que era "aconselhável" a comprados navios, devendo, entretanto, "serenviado à Iugoslávia um técnico da a*mpra-sa com o objetivo de examinar "In loco" •detalhadamente as duas unidades objeto dacompra.

Assim, a PETROBRAS enviou ã luropa ocomandante Carlos Alberto Zavataro, como objetivo dc examinar "In loco" e detalha*damente os navios propostos e pesquisar nasdiferentes praças, preço e condições de pa-gamento de navios semelhantes, em final deconstrução, o relatório apresentado pesocomandante Zavataro e os estudos reaiaa-dos demonstraram possuírem os navios lus-goslavos características e especificações téc-nicas de acordo com o padrão da PETRO-BRÁS. o que lhes permitirá obter rentablll-dade semelhante aos navios da classe "PRE-SIDENTE" tornando a aquisição dos mes-mos um emprego de capital compensador.

O Orupo de Trabalho já estão presi-dido pelo próprio diretor de Contato, enge-nliciro Domingos Spolldoro, concluiu pelaconveniência da Empresa adquirir os naviospropostos, com as modificações que estabe-icciam melhoria em preços e condições depagamento Iguais o». m^Uores dos que obtl-dos pela PETROBRAS, na pesquisa realizadana Europa.

Dizia, assim, o' diretor Domíngoa Spoll-doro ao Conselho de Administração:"A ser concretizada a compra teríamoso seguinte quadro:

PROPOSTA ORIGINALPreço —$ Yug —11.600.000,00 (.convênio).Condições — 10% na assinatura do con-

trato: 25% de cada navio na data da en-trega e 65% em 18 prestações durante 9 anos— juros de 6% ao ano a partir da assina-tura do contrato.

Proposta Final — De acordo com a cartada INTYBRA dc 27 de agosto de 1962 (cópiaanexa);

Preço $ Yug 10.752.000.00 (convênio) cor-respondendo a 5 Yug 168.00 (equivalente aUS$ 160.00) por TDW.Condições: 10% na assinatura do contra-to, 20% de cada navio na data da entrega e70?ó em 18 prestações durante 9 anos, com

juros de 6% ao ano a partir do recebimentodo primeiro navio.

Pesados todos os fatores envolvidos natransação, tanto os de ordem técnica comoos econômicos (convênio), julgo que a aqui*sição desses dois navios para-o serviço daPETROBRAS atende aos interesses da Bm-presa".

O Conselho de Administração aprovou oparecer. E assim foi assinado o contrato decompra dos navios iugoslavos, após demora-dos estudos, e procurando-se, sempre, e deacordo com a política cambial e interna*clonal do Governo, o fortalecimento inte-grado da economia nacional, e a contribui-çao da PETROBRAS para o equilíbrio dobalanço de pagamentos e o aumento do ni-vel dc emprego dos marítimos.(Transcrito do "DIÁRIO DE NOTÍCIAS"de 30-12-62).

._i.U .• .i -i- íLú-.-T.jmltij^.-.-k. ¦¦:¦-*..'¦. -¦ ¦ - :\

Page 8: TlXtt M 4* piglM MinistérioePlano Trienal: Compromisso · Ministério não leva em conta significado do voto popular de 6 de janei- ro —¦ Compromisso com os reacionários do PSD

^^^^MNa última semana, a Embaixada do Brasil em

Washington tornou pública uma nota oficial cmque se denuncia o caráter mistlíkddo.* e espolia-tivo da "ajuda" prestada pelos Estados Unidos aonosso País. O documento tcVc enorme repercussão,como não poderia deixar dc ser. Insolenlcmente, oembaixador ianque, Lincoln Gordon, ao fazer umpretenso desmentido da nota, interveio mais uma vezem nossos assuntos internos. A opinião nacional,indignada, repele esta nova intervenção do repre-ccDtante dos trustes ianques em nossa Pátria.

Qual o verdadeiro significado c que conseqüen-rins elevem resultar da denúncia feita pela Embai-xada brasileira nos Estados Unidos?

Muitas das afirmações dascorrentes nacionalistas só-bre o caráter ilusório e es-pcllador du chaiunda ajudanorte-americana ao Brasilacham-se Inteiramente con-firmadas na notn distribui-da pela embaixada brasllel-ra em Washington. Em tér-mos numéricos, com o pretono branco, na base da con-tabilidade. o que se mostra•II é que as empréstimosnorte-americanos são multomenores do que faz supor apropaganda trombeteada porWashington: qii. p "ajuda"norte-americana, dc falo, é

uma iniciativa do governoIanque para ocupar umaparte da capacidade ociosana indústria e na agticultu-ra dos Estados Unidos emcondições que fazem aumen-tar o p.rau de dependênciados países subdesenvolvidosao Imperialismo norte-ame-ricano; e, finalmente, que opovo brasileiro, através doaviltamento dos preços dosnossos produtos de exporta-ção, tem subsidiado larga-mente o consumo dc umaferie de artigos pelu. iijrtc-amcri^ncô.

0 Montante dosRecursosO primeiro aspecto posto

em destaque pela nota daembaixada brasileira refere-se ao montante dos recursoscolocados à disposição doBrasil pelos norte-america-nos.. Asslnala-se que essemontante é muito Inferiorao que geralmente se ima-glna. Efetivamente, a opi-niào pública brasileira équase diariamente confun-dida pela imprensa, onde háuma verdadeira inflação denoticias de empréstimos eauxílios Ianques. Um mesmoempréstimo é noticiado vá-rias vêses, através de tele-gramas vindos dos EstadosUnidos e. depois, das con-ílrmações em fontes locais,deixando a impressão de quese trata de alguma coisamuitas vezes maior. E nãoé só isto. Tanto no nòtlc.ií.-rio dos Jornais, como nas dc-clarações de personalidade::norte-americanas, confun-de-se deliberadamente omontante dos recursos pos-tos à disposição da economianacional (ai incluídos osempréstimos, financlamen-tos, etc. feitos por entida-des oficiais dos Estados Uni-dos a empresas estrangeirasno Brasil) com o que foi uti-lizado desses recursos, t umengano muito grande suporque tudo o que é acordadoé usado. Um exemplo frisan-te, nesse sentido, foram oscréditos levantados em abrile maio de 1961 pelo govér-no Jânio Quadros, junto aentidades oficiais de Was-hington. Em primeiro lugar,

a utilização dos créditos foiescalonada por um longoperíodo de tempo e em se-gundo lugar, sujeita a libe-ração das quantias a dife-rentes condições. Mas, quan-do se noticiou o fato, apre-sentou-se como tendo sidoentregue ao Brasil toda aimportância. Nada mais.fal-so. Tanto que, menos dequatro meses depois de fei-tos os acordos, ainda antesda renúncia de Jânio, a li-beraçào das parcelas men-sais foi suspensa tanto peloFundo Monetário Interna-cional. como pelas agênciasoficiais norte-americanas.

i-sclarece, também, a no-ta, que ao serem apresen-tados os totais de emprésti-mos oficiais ianques, omi-tem-se as parcelas restitui-das a titulo de amortizaçãoda divida e de pagamentode Juros. Dá um exemplo:de setembro de 1940 a outu-bro de 1962, o Export-ImportBank concedeu a entidadesestatais, paraestatais, priva-das nacionais e estrangei-ras no Brasil, créditos nomontante dc 1,233 bilhão dedólares. E é somente essa acifra que aparece nas decla-rações oficiais ianques sô-bre a "ajuda" do Exlmbankao Brasil. Silencia-se, po-rém. em torno do fato déque, no mesmo período, oBrasil pagou, a titulo dcamortização e juros, nadamenos de 644,8 milhões dedólares, mais de md de,portanto, do total do em-préstimo recebido.

Onde Entra oContribuinteAmericano

Quando da recente en-eampação rir uma subsidia-,tia da International Tele-

alto-falantes locais pu/--ram a boca no mundo: mas.conto, encampar uma empre-sa da IT&T? Justamente acompanhia que possui niuiui-número dc acionistas nusU. tados Unidos? Como, rn-tão, espetar desses acionls*tas — que são contribuintesnorte-americanos — o "sa-crificlo" aa "ajuda" a umpais que ugc dc tal maneira?Esse disco foi lnslstcnlcntcn-te tocado.

Também nc.se particular.a nota contém elementosque ajudam a esclarecer,Mostra ela, por exemplo,' que os empréstimos leitospelo Export-Import Bank*acm dc fundos formadospela venda de Letras do Tc-souro aos Investidores enão do bolso dos contribuiu-

.tes. Saem, pois. de uma ope-ração comercial lucrativa,pois o 'o Exlmbank temconstantemente auferido lu-cros em Mias operações".Coisa semelhante dá-se comos fornecimentos de trigopara pagamento . a longo

.prazo, nos termos da PublicLaw 480. E só nesses doiscasos estão abrangidos nadamenos de 84% do total dosrecursos líquidos oficiaisapresentados como "ajuda"norte-americana.

Há, entretanto, em rela-ção ao contribuinte norte- *americano, um outro as-pecto abordado pela notada embaixada brasileira.Trata-se do" subsidio feitoaos consumidores norte-americanos pela economiabrasileira, através da ven- •da dc numr.ro-os produtos apreços cada vez mai.i bai-xos. Tara u povo bm.llèi-ro, que sofre com a infla-ção, que p."!.:a hoje mais doc ie ontem pelo foijão c pc-lo arroz c que sabe pagaráamanhã mais do que estapagando agora, é simples-mente revoltante verificarque, enquanto isso, os con-sumidores norte-america-nos estão pagando hoje me-nos do que pagavam ontempelo nosso café, pelo nossocacau, pelo nosso -minério,devido à baixa das cotaçõesInternacionais, manipula-da pelos monopólios norte-americanos, E se o Brasilnào tomar medidas para in-verter essa situação — peloexposto fica claro comoágua que é ao Brasil e náoaos Estados Unidos que de-ve caber a Iniciativa demudar o curso das coisas— amanhã eles pagarãoainda menos do que hojepelo que nos comprarem.

A nota apresenta umquadro mostrando os pre-juízos que tivemos entre1955 e 1961. devido à clete-rloraçào da relação de tro-cas, tomando-se como ba-

sr a meda de preços do qus-drlénlo 1030/1053. Tais pre-iuizo.1 foram da ordem de1.48 bilhão dc dólares. Con-siderando que •!."»'« das ex-porlaçòcs brasileiras dcsll-imm-se aos Estados Uni-dos, tira a nota a condu-.são de que daquela perdanos:.a dc 1,48 bilhão de dó-lares, nada menos dc 669milhões foram carreadospara a economia norte-americana Do fato, forammais dc 609 milhões de dó-lar». Pelo seguinte: se amedia nortc-anic.lcana nototal dc nossas exportaçõesé de cerca d-. 45',;,, a parti-clpaçào média ianque nasexportações brasileiras decafé tem sido superior a50Çi. E como foi precisa-mente o café, dentre os cha-mados grandes produtos daexportação, o que sofreumaior aviltamento dos pre-ços, é claro que a parte dosnossos prejuízos canalizadacomo lucros para os Esta-dos Unidos foi ainda maiordo que a acima menciona-da.

Assim, embora a nota nàotire tal conclusão, se so-marmos os 644,8 milhões dedólares que tranferlmosoücialmcntc para os Esta-dos Unidos a titulo deamortização e juros de em-préstlmos aos decorrentesda detcrlorlzaçào dos tér-mos de intercâmbio nos úl-timos 22 anos, iremos en-contrar certamente somamuito mais elevada do queo total dos empréstimos ofi-ciais concedidos pelos Es-tados Unidos ao Brasil nosúltimos !*2 ano.-. Efetiva-mente, não se deve esque-cer que as perdas conside-radas na nota referem-sesomente aos anos dc 1955 a1C11 c basta lembrar a vio-lenta espoliação que sofre-mos nos quatro anos deguerra, com os preços docafé congelados na baixa, a13 cents de dólar por librapeso. Portanto, um balançoreal das relações económi-cas entre o Brasil e os Es-tados Unidos (mesmo semmencionar as mil e umaoutras vias de espoliação daeconomia brasileira, e emprimeiro lugar, a ação dasempresas ianques no Bra-sil) revelará que os emprés-timos oficiais, que a cha-

.mada "ajuda" ianque, nãotem sido senão um instru-mento pelo qual o Brasiltransfere riquezas criadasaqui para os Estados Uni-dos. Esse balanço mostra- .rá que o povo brasileirodoou parte dos frutos doseu trabalho para susten-tar a decantada prosperi-dade norte-americana.

Trigo e AID

Ajuda AosAmericanos,Isto Sim

crapli & Telephone Co. pelogoverno gaúcho, os Jornaisdos Estados Unidos e seus

Outro ponto Importanteposto em relevo pela notada embaixada brasileira éque a chamada "ajuda" aoestrangeiro, na realidadeconstitui prestação de so-corro à economia dos Esta-dos Unidos.

De fato, os empréstimosconcedidos pelo Export-Im-port Bank destinaram-setodos a financiar exporta-ções de bens e serviços nçr-te-americanos. O Eximbanké uma autarquia criada pe-lo governo dos Estados Uni-dos especificamente parafinanciar exportações ame-ricanas. Quer isto dizer quequem obtém um emprésti-mo naquele banco não ficacom o direito dc escolhera mercadoria a comprar,nem o pais onde comprar.

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O empréstimo só é dado seo tomador se comprometera usá-la na compra demercadorias ou serviçosproduzidos nos Estados Uni-dos. Dai decorrem duasconclusões importantes: 1)os empréstimos destinam-se a aumentai-, através docomércio exterior, a ativi-dade das empresas ameri-canas, que vivem ' normal-mente em regime de capa-cidade ociosa, produzindomenos do que podem porfalta dc compradores; 2i otomador tem que sujeitar-se a comprar mercadoriase serviços ianques, nã.o ra-ro mais caras do que as deoutros países, do que temoscarradas de provas no nos-so desenvolvimento recen-te. Convém não esquecerque ainda recentemente fir-mas norte-a mericanasque forneceram centenasde milhões de dólares aoBrasil, inclusive com finan-ciamentos do Eximbank —foram condenadas lá mesmonos Estados Unidos a de-volver dezenas de milhõesde dlólares a autarquiasgovernamentais (como aTennessee Valley Authori-ty) por haverem cobradopreços demasiado altos porsuas mercadorias. Para taisfirmas, os financiamentosdo Eximbank representa-ram, portanto, um meio pa-ra auferirem, extorsivos lu-cros adicionais. E quem pa-gou fomos nós.

Quanto à "ajuda" .«ob aforma de fornecimentos detrigo, repete também a no-ta o que vêm dizendo ascorrentes nacionalistas: tra-ta-se. sob o angulo norte-americano, dc utilizar umproduto perecível de qur háexcesso e que, nào fora o

escoamento por essa via,citaria perdido, além deexigir enormes despesas pa-ra conservação. O trigoianque fornecido para paga-mento em cruzeiros e noprazo de 40 anos é uma ar-ma de dois gumes. dn qualo mais cortante é aquele

que acorrenta o nossu es-tómago aos asares da agrl-cultura Ianque e desalentaa nossa própria produçãoInterna de trigo c outrasfarinhas alimentícias. Issosem falar na redução deuma possivel receita em dó-lares gastos por turistas•parte' dos cruzeiros do trl-go é troeada por dólares deturistas americanos, quevém ao Brasil), sem falarnos bilhões dc cruzeirospostos em mãos da embai-xada Ianque no Brasil paraa corrupção e a espiona-gem desbragada, sem falarna interferência dos técnl-cos ianques nas aplicações

do Banco Nacional do De-senvolvimento Econômico,etc.

Finalmente, revela a no-ta da embaixada que tam-pouco a "ajuda" proporclo-nada pela Agência Inter»nacional de Desenvolvlmen-to está desvinculada decondições danosas, entreelas u do emprego obriga-tórlo dos recursos na aqui-slção de mercadorias nosEstados Unidos. Ainda emais uma vez, portanto,estamos diante de "ajuda"à economia norte-america-na, sob a máscara gênero-.sa de "ajuda" ao Brasil ..

Relações SoberanasExigem Nova Política

E' muito expressivo o fa.to de tfil --ri:lo uma inicial'-va (ia embaixada do Brasilnos Estados Unidos, a cujatreme se' encontra justa-mente ,, sr. Roberto Cam-pos. á difusão dc uma noiaoficial em que são ditas,cruamente, algumas verda-des — ou uma parte da ver-dade — acerca da mistifica-ção com que se tem apre-sentado, através dos anos, asuposta ajuda ou colabora-cã0 norte-americana ao nos-so Pais. A nota, embora ten.do por objetivo fazer pies-são Junto ao governo ian-que no sentido de obter dè.le algumas «concessões --.poe a nu, de qualquer for.ma, alguns aspectos da (ri.tante espoliação ,a que es.tamos submetidos pelo im-perialismo norte-americanoe desmascara o engodo deapresentar essa espoliaçãocomo uma benemerência dosEstados Unidos. E' interes.sante recordar que o mes-mo sr. Roberto Campos, hácoisa de apenas dois anosatrás, numa série de artigospublicados no «Correio daManhã*, investia em termosinsultuosos contra os pátrio-tas brasileiros, em particu-lar Os comunistas, e exalta-va desmedidamente a «aju-da* estadunidense. E' um si.nal dos tempos, sem dúvida:as classes dominantes sen.tem qüe cresce o seu po-der de barganha com os im-perlalistas ianques. E procu-ram valer-se dessa circuns-tância.

Outro sinal dos tempos,entretanto, é que hoje, pa.ra a grande maioria do po-vo brasileiro, não basta de-nunciar a espoliação e oengodo. Graças ao trabalhotenaz e incessante realizadopelas forças nacionalistas, deesclarecimento, mobilizaçãoe organização das grandesmassas, os fatos relaciona,dos com o saque imperlalis-ta são do conhecimento eestão na consciência de mui.tos milhões de brasileiros..As verdades agora ditas pe-io sr. Roberto Campos, porexemplo — sem que se pre-tenda com isso minimizar asua significação — já nãosão estranhas para grandeparte da opinião pública. Oque é cada vez mais difícilé que os politicos que seacham no poder pretendamdesconhecê-las, ou deixem d?referir.se a elas.

Não bastam, poi 'tanto, asdenúncias. Porque diantedelas os patriotas e lodo opovo perguntam: e dai? Seas autoridades mais respon-sáveis do Pais — em nossocaso concreto, os represen-tantes do Governo brasileiroem Washington, a matriz daespoliação — reconhecem eafirmam dc público que. sobo eufemismo de «ajuda», oque há é fraude e roubo,que se vai fazer então pa-ra acabar com o roubo? Ouserá que os homens do Go-vérno pretendem continuareternamente insistindo nosapelos à ;boa vontade.-* ecompreensão» dos saquea-

dores?

INTERESSES DO MASIL

Se há ainda pessoas quepensam — ou fingem pensar— que os apelos valem ai-guma coisa, os verdadeirospatriotas estão convencidosde que isso não passa deuma burla, uma owtra for-

ma de engodo. Apelos seme.Ihiiitc.-. tém sido feito aiéhoje ¦— e quais os resulta-dos? Os brasileiros que an-solam sinceramente pelo pro.ricsso do Pais e aspiram auma vida melhor para o po-vo sabem que os apelos aosmagnatas norte-americanosnào passam de uma farsacruel. O que ê necessário eurgente é mudar essencial-mente de atitude.

E isso significa, antes detudo, passar a encarar o pro-blema da espoliação imperia-lista partindo-se do ponto devista dos interesses nacio.nais. A primeira vista, podeparecer uma observação ób-via. A realidade, porém.é que se tornou como umhábito para determinadosgrupos das classes dominan-tes, inclusive no Governo,pensar e agir não como ei.dadàos brasileiros, mas eo-mo simples agentes de inte.rèsses norte-americanos, oumelhor, como cidadãos deuma potência estrangeira

cuja riqueza se construiu,basicamente, sóbre o saquede outros paises. Um exem.pio: faz-se da chamada di-vida externa um problemade honra nacional, umaquestão de Estado.

Entretanto, não se escla-rece que no montante dessadivida figuram compromis-sos que não são ora de bra-sileiros, mas sim de firmasestrangeiras aqui estabeleci-das. pelos quais entretantoo Governo responde, mesmoem prejuízo da Nação. Ou-tro exemplo: todos sabemque a ampliação do nossocomércio exterior, especial-mente com os paises docampp socialista, cOrrespon-de aos interesses nacionaise contrariam certos interés-ses de grupos imperialistas;durante muitos anos, entre-tanto, não mantivemos rela-ções comerciais com o Les-te, e ainda hoje são enormesos embaraços criados ao seualargamento; Por que issoacontece? Simplesmente por-que na abordagem e solu-çáo de tais problemas o queprevalece não são os interés-ses do Brasil, mas os inte-rêsses ditados pelos mono-pólios e o governo dos Es-tados Unidos. Assim, o Bra-sil é traído e o seu povo élançado no atraso e na mi-séria em beneficio dos cir-rulos financeiros dos Esta-dos Unidos. Existe para isso,naturalmente, uma base ma-terial: a comunidade de in-terêsses. criada pelo lucro,que se estabelece entre osmonopólios estrangeiros euma minoria de brasileirosassociados ou alugados aeles.. Êsses sócios ou testas-de-ferro. os entregulstas, es-tão por toda parte: no Oo-vêrno, no Parlamento, naimprensa, etc. Dispondo defabulosos recursos, conse-guem Inclusive ludibriar umcerto número de pessoas in-génuas ou de tendência con-servadora.

Um exemplo mais recentedo que é e aonde leva essaatitude é a decisão adotadapelo Governo brasileiro nocaso da encampação da sub-sidlária da IT & T no RioGrande do Sul. O que ai pre-valeceu não foi o Interessenacional, defendido pelo go-vèmador Brlzola, mas o in-terêsse do truste Ianque,mesmo que para acoberta-lo tenha o Governo de des-

moralizar toda a orientaçãosolenemente príc.:nizada pc-lo Plano Trienal (orienta-cão que, entretanto, se apii-ca quando se trata de con-ter os salários e vencimen-tos de trabalhadores brasi-leiros, assim, como ajudaverdadeira à indústria na-cional).

Essa atitude de proster-nação diante dos Interés-ses imperialistas é que ca-racteriza, de modo geral, oentreguismo.

MUDAI Dl POÜTICA

Cria-se, assim, uma con-tradição: enquanto a notadá Embaixada em Was-hington denuncia, com ascifras na mão, aspectos doprocesso espollador de quesomos vitimas, praticam-se.

.ora atos qüe facilitam essaespoliação, ora atos que re-presentam uma conciliação,quando o que os interessesnacionais exigem é umapolítica nova: uma políticaque, . através de medidasconcretas e soberanas, po-nha termo à espoliação. O.que se faz necessário, en-

.fim, é mudar radicalmenteo caráter de nossas rela-ções com os Estados Uni-dos. Temos de proclamarir agir em conseqüência):nào admitimos mais rela-ções de tipo colonialista,nào queremos mais ser es-bulhados nem mistificados.

.0 que queremos são rela-ções normais e mütuamen-te vantajosas, não mais ãbase da imposição de inte-rêsses contrários aos doBrasil, e sim à base do pie-no respeito à nossa sobe-rania e aos nossos direitos.

Entretanto, também aquinào basta fazer proclama-ções. E mais: não se pode,de maneira alguma, espt-rar que a iniciativa dessa

• verdadeira e indispensável.revisão parta daqueles que,por sistema, são espoliado-res e opressores, t uma des-lavada mistificação acredi-tar que os imperialistas nor-te-americanos possam ter ainiciativa — nem sequercom ela concordem, — decolocar sobre bases justas,

.as relações entre eles e nós.Os imperialistas espoliamprecisamente porque saoimperialistas. So deixarãode espoliar quando os es-poliados dissereik" um "bas-ta" e, concretamente. se

.orientarem no sentido opôs-to à espoliação. Isso signl-fica, pois. que a emancipa-

.ção econômica do Brasil eà conquista de sua efetivaindependência política .de-pendem de nossa própriadecisão política,de romper-mos os vínculos da submis-são e aplicarmos uma li-nha realmente soberana,

.realmente nacional.Em termos práticos, isso

quer dizer, por exemplo:— Quebrar o domínio

. norte-americano sóbre onosso comércio exterior eampliar, na medida dagrande e crescente possibi-lidades existentes, as nos-sas relações econômicas comoutras áreas, entre as quaisos paises socialistas, a Amé -rica Latina e o.s paises daÁsia e da África. As bav-reiras artificiais erguidasno sentido de dificultaressa expansão (barreiras,determinadas pelos interés-ses ianques e sustentadasinternamente pelos entre-guistas) devem ser defini-tivaments suprimidas. De

nutro mod>. não adiaotifalar c ;m ¦' rtir Or.- ei: trocanáo equivalentes."'

Limitar drasticamentea remessa de lucros e divi-dendos dos monopólios es-trangeiros, que constituiuma tremenda sangria só-bre a economia do Pau edo povo. Adiar, e se for ocaso. suspender indefinida-mente, a divida externa, emque se Incluem, e em gran-de medida, compromissosque nào são do Estado oudc emprês-is brasileira.; •sim de firmas estrangeirai,sobretudo norte-aweri -canas.

Estabelecer o mais ri-goroso coiuróie estatal docâmbio e cio comércio cx-terior. impcdiiido-se a eva-são criminosa de mi'hõesde dói ires que são fi uí oünicamtnie do trabalho dosbrasileiro- Eliminar privi-légios a í r. d a existentes afavor de Í.Vmas estrangei-ras. ;:omo so comprova roescà.ida o fio chamado "em-préstimo industrial" ã IT

_& T.—- Nar.ionaliiaçào de em-

presas imperialistas qusocupam t>. dominam setores-chaves da ei.onomia brasi •leira, !.tclii-ive' relaciona-dos com o abastecimento,como s-i í"á com a eavno eo trigo.

Monopólio das Impor-taçóes de pf-tróleo. passan-do dessa forma para os co-fres da Nação os fabulososlucros proporcionados poresse comércio e que vão ho-je, absiirda'ijc»-.te. para osmajn.itas da Esso e daShell.

Denunciar, não só empalavras, mas em atos ofi-ciais, as diferentes formasda chamada "ajuda" nor-te-amerleana. que náopw-sam, na realidade, de umaburla infame e de um ex-pediente pára resolver pro-blemas que são da econo-mia norte-americana e nãoda economia brasileira. Es-sa burla foi desmascaradana nota de nossa Embaixa-

. da em Washington. Que teespera para a adoção dasmedidas correspondente:*''

Em suma, a exploração %que estamos submetidos pe-los imperialistas nort:-americanos reclama.de for-ma imperiosa e inadiáve'.,uma revisão profunda cienossas relações com os Es.tados Unidos. Nào se tra-ta, porém, de um problemaque se possa resolver arr*-vés de "entendimentos di-plomiUleos". nem d? con-cessões Rever as relaçõescom os Fítiovs Unidos si?"nifica. ante? de mais na-da. traço i- i pôr em práw-ca uma i oliUca que se ais-ponha a pôr fim à espolia-çáo de nosvo Pais e a abrir-lhe os amplos horizontes oaindependência e do pio-gresso. Evidentemente, issonáo se.á conseguido pormeio do Plano Trienal nemde barganhas como o que osr. Santiago Dantas preten-dc justifica'- O estab3*cci-mento de relações efetiva-mente soberenas e mútua-mente vantajosas com osEstados União? — e tolci»os demais paises -- só po>dera ser alcançado median-te uma política claramen.te nacionalista e demo-rá-tica e um governo que, pjvsua composição e seus com-promisios com o povo. ei>-teja firmemente decidtfo alevá-ia às últimas eonsa-qüèncias.

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