Toc Espiritismo

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Transtornos Obssessivos Compulsivos na Ótica do Espiritismo "E quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas na água. Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino. E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e desde aquela hora, ficou o menino curado" - (Mateus, cap. 17 - 14 a 18).

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Transtornos Obssessivos Compulsivosna Ótica do Espiritismo

"E quando chegaram para junto da multidão, aproximou-se dele um homem, que se ajoelhou e disse: Senhor, compadece-te de meu filho, porque é lunático e sofre muito; pois muitas vezes cai no fogo e outras muitas na água. Apresentei-o a teus discípulos, mas eles não puderam curá-lo. Jesus exclamou: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino. E Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino; e desde aquela hora, ficou o menino curado" - (Mateus, cap. 17 - 14 a 18).

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O QUE É A OBSESSÃO

A obsessão é uma espécie de enfermidade de ordem psíquica e emocional, que consiste num constrangimento das atividades de um Espírito pela ação de um outro. A influência maléfica de um Espírito obsessor pode afetar a vida mental de uma pessoa, alterando suas emoções e raciocínios, chegando até mesmo a atingir seu corpo físico.A influência espiritual só é qualificada como obsessão quando se observa uma perturbação constante. Se a influência verificada é apenas esporádica, ela não se caracterizará como uma obsessão.

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A obsessão só se instala na mente do paciente quando o obsessor encontra fraquezas morais que possam ser exploradas. São pontos fracos que, naturalmente, todos nós temos, pela imperfeição que nos caracteriza.Deste modo, conclui-se que todos estamos sujeitos à obsessão. O Espírito obsessor, conhecendo as fraquezas morais do enfermo, vai aos poucos obtendo acesso à sua área mental, chegando em alguns casos a dominá-lo.Se a obsessão se intensificar, e não for tratada espiritualmente em tempo hábil, ocorrerá um aumento de afinidade fluídica entre obsessor e obsedado, o que poderá acarretar no agravamento da enfermidade.

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Allan Kardec, o codificador, assim define a obsessão:

• "A obsessão é a ação persistente de um Espírito mau sobre uma pessoa. Apresenta características muito diversas, desde a simples influência de ordem moral, sem sinais exteriores perceptíveis, até a completa perturbação do organismo e das faculdades mentais" – (O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 28:81).

• "Trata-se do domínio que alguns Espíritos podem adquirir sobre certas pessoas. São sempre os Espíritos inferiores que procuram dominar, pois os bons não exercem nenhum constrangimento. ...Os maus, pelo contrário, agarram-se aos que conseguem prender. Se chegam a dominar alguém, identificam-se com o Espírito da vítima e a conduzem como se faz com uma criança" – (O Livro dos Médiuns, capítulo 28:237).

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• A obsessão é o domínio que os Espíritos inferiores adquirem sobre alguns indivíduos, provocando-lhes desequilíbrios psíquicos, emocionais e orgânicos. Esta é a definição básica que Allan Kardec deu a ela. Como causa fundamental da obsessão, o Codificador apontou as fraquezas do organismo moral dos pacientes.

• No tratamento da obsessão é preciso saber distinguir seus efeitos, daqueles outros causados pelas influências naturais (mais ou menos passageiras) e das alterações emocionais oriundas do próprio psiquismo do paciente.

• Existem pessoas que procuram o centro espírita portando desequilíbrios psicológicos que, embora possam se beneficiar dos ensinamentos da Espiritualidade, também necessitam do apoio da Medicina. A relação com a vida atual, a própria educação que recebeu ou seu passado reencarnatório trouxeram-lhes traumas e condicionamentos que os fazem sofrer.

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A seguir, citaremos alguns ensinamentos de Allan Kardec sobre o assunto, encontrados na Revista Espírita, ano de 1858, mês de Outubro:

• Os Espíritos não são iguais nem em poder, nem em conhecimento, nem em sabedoria. Como não passam de almas humanas desembaraçadas de seu invólucro corporal, ainda apresentam uma variedade maior que a que encontramos entre os homens na Terra. Há, pois, Espíritos muito superiores, como os há muito inferiores; muito bons e muito maus, muito sábios e muito ignorantes, há os levianos, malévolos, mentirosos, astutos, hipócritas, espirituosos, trocistas etc.

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• Estamos incessantemente cercados por uma nuvem de Espíritos que, nem por serem invisíveis aos nossos olhos materiais, deixam de estar no espaço, em redor de nós, ao nosso lado, espiando os nossos atos, lendo os nossos pensamentos, uns para nos fazer o bem, outros para nos fazer o mal, segundo os Espíritos bons ou maus.

• Pela inferioridade física e moral de nosso globo, na hierarquia dos mundos, os Espíritos inferiores aqui são mais numerosos que os superiores.

• Entre os que nos cercam, há os que se ligam a nós, que agem mais particularmente sobre o nosso pensamento, aconselhando-nos, e cujo impulso seguimos sem nos apercebermos; felizes se escutarmos a voz dos bons.

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• Liga-se os Espíritos inferiores àqueles que os ouvem, junto aos quais têm acesso e aos quais se agarram. Se conseguirem estabelecer domínio sobre alguém, identificam-se com o seu próprio Espírito, fascinam-no, obsediam-no, subjugam-no e o conduzem como se fosse uma criança.

• A obsessão jamais se dá senão por Espíritos inferiores. Os bons Espíritos não produzem nenhum constrangimento; aconselham, combatem a influência dos maus e se afastam, desde que não sejam ouvidos.

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• O grau de constrangimento e a natureza dos efeitos que produz marcam a diferença entre a obsessão, a subjugação e a fascinação.

• Por sua vontade pode sempre o homem sacudir o jugo dos Espíritos imperfeitos, porque em virtude de seu livre arbítrio, há escolha entre o bem e o mal. Se o constrangimento chegou a ponto de paralisar a vontade e se a fascinação é tão grande que oblitera a razão, então a vontade de uma terceira pessoa pode substituí-la.

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Origem das Obsessões – Observações Importantes

• Importante observar e categorizar alguns elementos especiais da afirmação, para melhor classificar, entre as diversas ocorrências espirituais a que é realmente obsessiva, afim de não confundirmos as inúmeras indisposições transitórias, as variações de humor, as alternâncias da própria alma ou a simples influenciação ocasional de espíritos perturbadores.

• Antes de termos a certeza que estamos diante de uma obsessão, faz-se necessário observar nas disfunções ou anormalidades da alma em geral, algumas características importantes que poderão explicar o problema como tendo outras causas.

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• Doenças Neurológicas

Anormalidade por deficiência ou adoecimento do cérebro, ocasionado por fatores internos ou externos ao organismo. Podendo ser investigado através da psiquiatria, da neurologia ou psicologia. O caso de depressão por erro metabólico, distúrbio bioquímico cerebral, uso indiscriminado de psicotrópicos, medicamentos e ou elementos alucinógenos.Em muitas doenças neurológicas, por desconhecimento ou crenças, parentes, amigos e pacientes tentam impor a causa da doença a ação dos obsessores, sem antes descartar todas as possibilidades biológicas do evento chamado doença. Com recentes estudos da função dos neurotransmissores, muitas persistentes obsessões foram curadas em um consultório médico, enquanto velhas e antigas doenças mentais deixaram de existir através de doutrinação, passes e terapias apropriadas nos centros espíritas.

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• Perturbações Transitórias

Provenientes da influenciação desequilibrada de espírito em estado de perturbação ou por espíritos levianos, que nada tem a fazer ou a criar, que encontram portas abertas nas passageiras crises de caráter que temos com freqüência. Brincam, divertem-se, usufruem de partes das nossas energias vitais, e simplesmente partem como vieram.

Quem são os espíritos protagonizadores destas perturbações ?

Espírito perturbado, espírito perturbador, espírito recém-desencarnado, espírito de amigos, espírito de parentes, etc. (Nem todos apresentam-se como brincalhões, mas também com aparentes problemas de saúde transitórios.)

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• Autoperturbação

Oriunda da própria criatura que alimenta insatisfação íntima com sua vida ou seu destino, o que cria e sustenta anseios desequilibrados, ambições desmedidas. Misturando e desconcertando suas próprias crenças, atrapalhando o entendimento das suas obrigações, dos seus direitos e deveres. Aumentando cada vez mais as crenças limitantes que impedem de progredir na compreensão de sua evolução pessoal.

São origem de Autoperturbação, algumas características personalísticas e espirituais que devem ser detectadas para serem imediatamente corrigidas, como: Orgulho, Vaidade, Preguiça, Avareza, Ignorância, Egoísmo, má-vontade, materialismo, individualismo, irresponsabilidade, insensatez, falta de fé, etc.

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Como atuam as Entidades Obsessoras

Normalmente uma entidade obsessora, trabalha na junção de seus tentáculos energéticos, buscando a ligação com os chackras do obsidiado, na tentativa de influenciar o funcionamento de algumas áreas físicas, emocionais ou espirituais, para promover o desequilíbrio de seu desafeto, baixando a resistência energética, consequentemente as defesas orgânicas e emocionais, podendo então, consolidar a definitiva instalação do processo obsessivo. Tais centros ou áreas visadas e geralmente atingidas são:

• Afetividade – Toda a sede de sentimento; • Ideação – Toda capacidade intelectiva do homem; • Organismo - Determinada víscera ou sua fisiologia; • Psico-orgânica – Um complexo de influenciação ou

perturbação da afetividade, dos centros de ideação e do organismo.

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• Afetividade

Os nossos sentimentos podem ser perturbados ou influenciados em dois impulsos gerais que são: egoísmo e orgulho.

Trabalhando sobre essas duas deficiências gerais de nosso comportamento, o obsessor poderá aumentar o nosso negativismo dentro do seguinte esquema:

No caso do Egoísmo - A impiedade, o ciúme, a antipatia, a indiferença, o sensualismo, a avareza, etc.

No caso do Orgulho – As paixões, o ódio, o rancor, a vingança, a cobiça, a raiva, a maledicência, a calunia, etc.

Nos domínios da afetividade não há grandes empecilhos para o trabalho obsessivo, já que raríssimos são os seres humanos que sustentam um equilíbrio continuo que possa traze-los forrados das influenciações exteriores. Através desta porta passam quase todas as obsessões que conhecemos, pois o caminho geralmente é facilitado pelas nossas imperfeições mais contundentes.

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• Ideação

O nosso patrimônio ideativo é imenso e variado e a obsessão pode instalar-se, de acordo com nossas fraquezas pessoais, num desses departamentos de nossa alma e que, para melhor compreendermos onde estão localizados, relacionamos em seguida: A inteligência, a sensação, a percepção, a memória, a associação, a atenção, a imaginação, o raciocínio, as tendências, a vontade e a linguagem. Observa-se a grande diversificação que os obsessores possuem de portas para executarem suas vitimas. Nestes atributos naturais, ligados aos dons individuais, podemos quando dominados por obsessores, criar os maiores problemas, com a família, o trabalho, a sociedade, a religião, enfim, praticamente inviabilizando nossa convivência normal junto aos demais.

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• Orgânica

Em nosso organismo e seu complexo, por vezes o obsessor se instala, por querer cobrar dentro da pena do "olho por olho e dente por dente".

Tendo sido aviltado organicamente, esquematiza a sua vingança dentro dessa área, principalmente quando o obsidiado demonstra relativa tendência comportamental ou predisposição a algumas doenças ou deficiências imunológicas, por pratica irregular de hábitos, costumes ou vícios.

Em nosso corpo, os órgãos e as funções mais visadas geralmente pelos obsessores, são: Funções Sexuais, ação do sistema nervoso e órgãos como o fígado, o estômago, o rins, os pulmões e os intestinos.

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• Psico-orgânica

Nota-se que nestas áreas citadas, conforme dados estatísticos, estão os maiores índices de psicossomatização de doenças atuais, modernas, como o estresse, as neuroses, as psicoses, as manias, os desregramentos, podendo até explicar o vertiginoso aumento de pacientes infectados com o vírus HIV.

A culpa do problema de saúde, neste caso, está na incapacidade da reformulação do caráter, na correção das tendências, dos desregramentos, da falta de cuidado com a saúde, dos preventivos, da incapacidade do obsidiado em manter-se saudável e a falta de sintonia com Deus, o que poderia leva-lo a encaminhar seu perseguidor, sem necessariamente ter que sofrer o que efetivamente causou.

Lembremo-nos que Jesus Cristo, veio nos ensinar a superar a antiga lei do "olho por olho", pela lei maior, o mandamento do AMOR.

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CAUSAS DA OBSESSÃO

"Reconcilia-te sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que não suceda que ele te entregue ao juiz, e que o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas mandado para a cadeia. Em verdade te digo que não sairás de lá,enquanto não pagares o último ceitil" -(Mateus, cap. 5, 25, 26).

Basicamente, a obsessão tem quatro causas: as morais, as relativas ao passado, as contaminações e as anímicas.

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• MoraisAs obsessões de causas morais são aquelas provocadas pela má conduta do indivíduo na vida cotidiana. Ao andarmos de mal com a vida e com as pessoas, estaremos sintonizando nossos pensamentos com os Espíritos inferiores e atraindo-os para perto de nós.

Vícios mundanos, como o cigarro, a bebida em excesso, o cultivo do orgulho, do egoísmo, da maledicência, da violência, da avareza, da sensualidade doentia e da luxúria poderão ligar-nos a entidades espirituais infelizes que, mesmo desencarnadas, não se desapegaram dos prazeres materiais.

Esses Espíritos ligam-se aos "vivos" para satisfazerem seus desejos primitivos, tratando as pessoas como se fossem a extensão de seus interesses no plano material.

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• Relativas ao passadoAs obsessões relativas ao passado são aquelas provenientes do processo de evolução a que todos os Espíritos estão sujeitos. Nas suas experiências reencarnatórias, por ignorância ou livre arbítrio, uma entidade pode cometer faltas graves em prejuízo do próximo. Se a desavença entre eles gerar ódio, o desentendimento poderá perdurar por encarnações a fio, despontando nos desafetos, brigas, desejos de vingança e perseguição. Casos assim podem dar origem a processos obsessivos tenazes. Desencarnados, malfeitor e vítima continuam a alimentar os sentimentos de rancor de um para com o outro. Se um encarna, o outro pode persegui-lo, atormentando-o e vice-versa.

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• ContaminaçõesAs contaminações obsessivas geralmente acontecem quando uma pessoa freqüenta ou simplesmente passa por ambientes onde predomina a influência de Espíritos inferiores.Seitas estranhas, onde o ritualismo e o misticismo se fazem presentes; terreiros primitivos, onde se pratica a baixa magia; benzedeiras e mesmo centros espíritas mal orientados são focos onde podem aparecer contaminações obsessivas. Espíritos atrasados, ligados ao lugar onde a pessoa freqüentou ou visitou, envolvem-se na sua vida mental, prejudicando-a.Ocorrem também situações em que as irradiações magnéticas vindas desses ambientes, causam-lhe transtornos fluídicos. A gravidade dos casos estará na razão direta da sintonia que os Espíritos inferiores estabelecerem com os pacientes.

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• Anímica ou Auto-obsessão

As obsessões anímicas são causadas por uma influência mórbida residente na mente do próprio paciente.

Por causa de vícios de comportamento, ele cultiva de forma doentia pensamentos que causam desequilíbrio em sua área emocional.

Muitas tendências auto-obsessivas são provenientes de experiências infelizes ligadas às vidas passadas do enfermo.

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O auto-obsediado costuma fechar-se em seus pensamentos negativos e não encontra forças para sair dessa situação constrangedora. Esse posicionamento mental atrai Espíritos doentios que, sintonizados na mesma faixa psíquica, agravam sua doença espiritual.

A fluidoterapia, largamente usada nas casas espíritas, pode ser utilizada como auxiliar no tratamento das auto-obsessões.

A melhor terapia, no entanto, é a reeducação através da conscientização dos seus males e conseqüente mudança de postura.

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CARACTERÍSTICAS DA OBSESSÃO

A obsessão apresenta características que pode situá-la no grau de gravidade que lhe é própria. Há três graus de gravidade:

Obsessão Simples

Fascinação

Subjugação.

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• Obsessão Simples

É um tipo de influência que, de forma sutil, constrange a pessoa a praticar atos ou ter pensamentos diferentes do que geralmente possui.O obsedado, às vezes, nem percebe o que lhe está ocorrendo. Em outras, têm consciência da influência daninha, mas não consegue se livrar dela.Este tipo de obsessão é muito comum e pode agravar-se, dependendo da natureza do Espírito atrasado envolvido e das disposições morais do paciente.

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• Fascinação

Allan Kardec disse, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", que a fascinação é o pior tipo de obsessão. Trata-se de uma ilusão provocada por um Espírito hipócrita que domina a mente do paciente, distorcendo seu senso de realidade.

O Espírito obsessor planeja muito bem seu intento destrutivo e busca envolver o indivíduo em artimanhas mentais bem preparadas.

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As portas de entrada para a fascinação, como sempre, são as falhas morais. É no orgulho de sua vítima que o Espírito hipócrita encontra o alimento para fascinar-lhe a personalidade.

Para conseguir seu domínio, a entidade maldosa exalta a vaidade do obsedado, fazendo-o sentir-se infalível e autoconfiante. A ilusão é tamanha que o fascinado adquire uma grandiosa cegueira, o que não lhe permite perceber o ridículo de certas ações que pratica.

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Doutrinas absurdas, idéias contraditórias, teorias impraticáveis podem ser oriundas da ação de médiuns ostensivos ou não, que estão sob o império da fascinação. A pessoa fascinada dificilmente aceita sua condição de enferma, o que dificulta a cura do processo obsessivo.

Geralmente se aborrece com as críticas e com as pessoas que não participam de sua admiração e afasta-se de quem quer que possa abrir-lhe os olhos.Do simples e ignorante, ao intelectual e letrado, todos podem ser vítimas da fascinação.

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• SubjugaçãoA subjugação pode ser moral ou corpórea.

No caso moral, o Espírito obsessor adquire forte domínio sobre o psiquismo do indivíduo, levando-o a tomar decisões contrárias ao seu desejo. Na fascinação há uma ilusão, na subjugação, o paciente tem consciência do que lhe acontece.

Na subjugação corpórea, além de exercer o domínio psíquico, o obsessor atinge a parte fluídica perispiritual do doente. Domina seu corpo físico e, às vezes, numa crise semelhante à epilepsia, atira-o ao chão. Como o obsedado fica quase sempre sem as energias necessárias para dominar ou repelir o mau Espírito, carece da intervenção de uma terceira pessoa com ascendência moral sobre ele, para auxiliá-lo a sair da difícil situação.

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Obsessão, como Identificar ?

• Quando alguém está sofrendo obsessão, há alterações de comportamento físico, mental e emocional, que reconhecendo algumas delas, podemos ajudar quem passa por este tipo de problema, que reconhecemos como muito serio se não tratado a tempo.

• Na obsessão simples, os sinais revelados são tênues,

insuficientes para se detectar a influência maléfica, a não ser para quem conheça a pessoa no seu estado normal.

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Quando a obsessão se acentua, os sinais de alteração começam a ficar evidentes, tais como:

• Olhar fixo, esgazeado ou fugidio, sem encarar a ninguém;• Desalinho ou desleixo na aparência pessoal -

excentricidade;• Agitação, inquietude, intranqüilidade;• Medo e desconfiança injustificados;• Apatia, sonolência, mente dispersiva;• Idéias fixas;• Excessos no falar, no rir; mutismo ou tristeza;• Ataques que levam ao desmaio, rigidez, inconsciência,

contorções, etc.;• Pranto incontrolado sem motivo;• Orgulho, vaidade, ambição ou sexualidade exacerbados.

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• Depressão, angústia e tristeza.• Pesadelos constantes.• Tendência ao vício.• Práticas mundanas.• Agressividade além do normal, gratuíta difícil de

conter• Abandono da vida social ou familiar.• Ruídos estranhos à própria volta.• Visão freqüente ou esporádica de vultos.• Impressão de ouvir vozes.• Manias, tiques e cacoetes nervosos.

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• Na subjugação, quando a pessoa volta ao normal, após uma crise, geralmente se queixa do domínio sofrido e lamenta atos infelizes que praticou.

• Na fascinação, os demais notam a fantasia, o fanatismo, a fixidez, o absurdo das idéias, só a pessoa que não.

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No Médium, destacaremos os seguintes sinais obsessivos(item 243 do "Livro dos

Médiuns"):

• Persistência de um Espírito em se comunicar, bem ou mau grado, pela escrita, audição, tiptologia, etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam.

• Ilusão que, não obstante a inteligência de médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe.

• Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e, sob nomes respeitáveis, dizem coisas falsas e absurdas.

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• Confiança do Médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam.

• Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opiniões aproveitáveis; tomar a mal a crítica das comunicações que recebe.

• Necessidade incessante e inoportuna de escrever e dar comunicações.

• Constrangimento qualquer dominando-lhe a vontade. Rumores e desordens ao seu redor, sendo ele de tudo a causa ou o objetivo.

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• SITUAÇÕES OBSESSIVAS

As obsessões, de um modo geral, não apresentam gravidade. São fáceis de serem tratadas pela metodologia espírita. Só em um pequeno número de casos há fatores que facilitam a degeneração do processo, culminando na fascinação ou subjugação. Em quase todos os processos obsessivos existem duas partes envolvidas. Só na auto-obsessão, o indivíduo atormenta-se a si mesmo. Assim, podemos ter os seguintes casos de situação obsessiva:

a) De desencarnado para encarnado. b) De encarnado para desencarnado. c) De desencarnado para desencarnado. d) De encarnado para encarnado. e) Obsessão recíproca f) Auto-obsessão.

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• De desencarnado para encarnado

Trata-se da obsessão convencional, conforme Allan Kardec nos apresenta nas Obras Básicas, onde um Espírito livre atormenta um outro que está encarnado. É o processo obsessivo mais comum e de maior incidência. Todas as pessoas possuem a faixa psíquica com a qual sintonizam. Quando a predominância dessa influência situa-se no campo de ação dos Espíritos atrasados, aparece aí o fenômeno obsessivo. As razões da obsessão são diversas, conforme já tivemos oportunidade de verificar.

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• De encarnado para desencarnado

Embora essa situação obsessiva não seja muito comum, ela é observada em casos nos quais pessoas encarnadas podem exercer uma influência magnética muito grande sobre Espíritos desencarnados. Tais ocorrências podem se dar quando alguém perde um ente querido (ou detestado) e nutre por ele um sentimento de amor (ou ódio) possessivo.O desejo de quem está do lado material em permanecer ligado àquele que partiu, o lamento desmedido, o desejo de vingança etc, podem estabelecer por um tempo mais ou menos longo, laços fluídicos bastante poderosos entre ambos. Casos entre pais e filhos; entre amantes; entre inimigos; situações que envolvem disputas por herança etc, já foram detectados e classificados como sendo obsessão entre "encarnados e desencarnados".

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• De desencarnado para desencarnado

Espíritos que atormentam Espíritos são um drama que se desenrola tanto na Terra quando no plano espiritual. Nas sessões práticas de Espiritismo é muito comum os médiuns terem contato com entidades desencarnadas que se queixam de estar sendo perseguidas por algozes invisíveis.

Na Revista Espírita, número de Junho de 1860, no artigo ‘’Palestras familiares do Além Túmulo’’, Allan Kardec evoca o espírito da Sra. Duret e propõe a seguinte questão:

Pergunta: O Espírito que obsedou um médium em vida, pode obsedá-lo após a morte?

Resposta: "A morte não liberta o homem da obsessão dos maus Espíritos: é a figura dos demônios, atormentando as almas sofredoras. Sim, esses Espíritos os perseguem após a morte e lhes causam sofrimentos horríveis, porque o Espírito atormentado se sente num abraço de que não se pode libertar".

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• De encarnado para encarnado

Pessoas obsedando pessoas existem em grande número. A obsessão entre vivos pode se manifestar através de sentimentos de ciúme, inveja, paixão, desejo de poder, orgulho e ódio de um indivíduo encarnado sobre outro. Temos como exemplo situações do relacionamento interpessoal, como o marido que limita a liberdade da esposa; a esposa que submete o marido aos seus caprichos; pais que se julgam no direito de cercear a liberdade dos filhos; paixões que terminam em dramas dolorosos, pactos de suicídio, assassínio etc.

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• Obsessão recíproca

São situações de perseguição em que dois Espíritos nutrem ódio um pelo outro ou são escravos das mesmas paixões.

Alguns casos podem ser classificados como verdadeira simbiose, onde um se alimenta dos desequilíbrios do outro.

Tais casos podem ocorrer entre Espíritos encarnados e desencarnados.

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• Auto-obsessão

Na auto-obsessão, como já vimos, a mente do enfermo encontra-se numa condição doentia, onde ele atormenta a si mesmo. As causas deste tipo de obsessão residem nos problemas anímicos do próprio paciente, ou seja, nos seus próprios dramas pessoais, vividos nessa ou noutras encarnações.

"O homem, não raramente é obsessor de si mesmo" - (Allan Kardec, em Obras Póstumas, item 58).

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CONCLUSÃO" O homem é o Espírito que lhe habita o corpo. Soma e psique resultam das ondas emitidas pelo ser encarnado, no seu processo evolutivo. Minimizados os efeitos e não atingidas as causas matrizes dos processos depurativos, o problema persistirá. Você tem um compromisso com a Vida. Trabalhe na comunidade onde se encontra instalado, como cidadão, todavia, eleja a ação santificante da caridade como cristão. A insistência no bem é a terapia preventiva; ao mesmo tempo são créditos que anulam compromissos negativos de sua ficha cármica. Para cada doença o remédio corresponde. Em qualquer situação o recurso espiritual de libertação definitiva" .

(Marco Prisco)

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Bibliografia• O Livro dos Espíritos / A Gênese / O Livro dos

Médiuns (Kardec); Seara dos Médiuns (Emmanuel); Dramas da Obsessão (Yvone Pereira); Painéis da Obsessão / Nos Bastidores da Obsessão / Nas Fronteiras da Loucura (Manoel Miranda); Diálogo com as Sombras / Histórias que os Espíritos Contaram (Hermínio C. de Miranda); Obsessão e seu Tratamento Espírita (Celso Martins); Obsessão e Desobsessão (Suely Caldas); Tratamento da Obsessão (Roque Jacinto); Passes e Curas Espirituais (Wenefledo de Toledo); Magia da Redenção (Ramatis); Monstros da Espiritualidade e Reuniões de Anti-Goécia (Rocha Lima).