Todos nós somos médiuns?

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“Nos últimos tempos, diz o Senhor, espalha-rei do meu espírito por sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos terão sonhos. – Nesses dias, espalharei do meu espírito sobre os meus servidores e servidoras e eles profetizarão.”

(Atos 2,17-18; Joel 2,28-29).

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Kardec, comentando esse passo, diz:“É a predição inequívoca da vulgarização da mediunidade, que presentemente se revela em indivíduos de todas as idades, de ambos os sexos e de todas as condições; a predição, por conseguinte, da manifestação universal dos Espíritos, […] Isso, conforme está dito, acon-tecerá nos últimos tempos; ora, visto que não chegamos ao fim do mundo, mas, ao contrá-rio, à época da sua regeneração, devemos entender aquelas palavras como indicativas dos últimos tempos do mundo moral que che-ga a seu termo.” (KARDEC, A Gênese. FEB, 2007, p. 451-452).

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Definição

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“Que é um médium? É o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facil-mente com os homens: Espíritos encarna-dos. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja.” (ERASTO, O Livro dos Médiuns. FEB, 2007, p. 311-312).

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“MÉDIUM (do lat. Médium, meio, intermediá-rio): pessoas acessíveis à influência dos Espí-ritos, e mais ou menos dotadas da faculdade de receber e transmitir suas comunicações. Para os Espíritos, o médium é um intermedi-ário; é um agente ou um instrumento mais ou menos cômodo, segundo a natureza ou o grau da faculdade mediúnica. Esta faculdade depende de uma disposição orgânica espe-cial, suscetível de desenvolvimento. Distin-guem-se diversas variedades de médiuns, segundo sua aptidão particular para tal ou tal modo de transmissão, ou tal gênero de co-municação.” (Iniciação Espírita. Edicel, 1986, p. 196-197).

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“Mediunidade [do lat. médium, meio, inter-mediário, -(i)dade] – 1. Faculdade que a quase totalidade das pessoas possuem, umas mais outras menos, de sentir a influência ou ensejarem a comunicação dos Espíritos. Ra-ros são os que não possuem rudimentos de mediunidade. 2. Em alguns, essa faculdade é ostensiva e necessita ser disciplinada, educa-da; em outros, permanece latente, podendo manifestar-se episódica e eventualmente.” (Instrução prática sobre manifestações espíritas. FEB, s/d, p. 25).

Emprego do sufixo “-dade” (“-idade”):O sufixo “-dade” é acrescido a adjetivos para formar subs-tantivos que expressam a ideia de estado, situação ou quan-tidade. […]. (www.paulohernandes.pro.br).

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Considerando que médium “é o indivíduo que serve de intermediário no processo de comu-nicação entre os Espíritos e os encarnados”, perguntamos: Será que podemos dizer que essa definição abrange todos fenômenos espirituais de que hoje temos conhecimento?

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Na Revista Espírita, por exemplo, vemos nar-rativas de experiências, nas quais Espíritos de pessoas vivas evocados, manifestaram-se em reuniões mediúnicas.Com essas ocorrências, temos a comunica-ção de um Espírito de pessoa viva através de um médium, o que, segundo, julgamos, não se enquadraria nessa definição clássica.

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Nas obras Libertação, Obreiros da vida eter-na e Nos domínios da mediunidade, ditadas pelo Espírito André Luiz, via psicografia de Chico Xavier, são relatadas notáveis reuniões mediúnicas ocorridas na dimensão espiritual, onde Espíritos de uma hierarquia mais eleva-da manifestam-se por intermédio de Espíri-tos-médiuns, fato que é confirmado pelo ora-dor e expositor espírita Divaldo P. Franco:

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“Qualquer pessoa que leia a coleção André Luiz toma conhecimento das reuniões reali-zadas no Mundo Espiritual, onde Espíritos-médiuns funcionam no atendimento às enti-dades atrasadas ou captam o pensamento do seres superiores. […]”. (MANOEL PHILOMENO DE MI-RANDA (Projeto). Qualidade na prática mediúnica, 2000, p. 71).

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Segundo o que hoje entendemos:- mediunidade é uma faculdade do Espírito;- médium, no sentido restrito, é qualquer Es-pírito, independentemente da condição em que esteja, se encarnado ou não, que é ca-paz de captar o pensamento de um outro.

Que fique bem entendido: é opinião pessoal.

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Vejamos, por oportuno, esta importante e esclarecedora fala de Kardec:“O Livro dos Espíritos não é um tratado com-pleto do Espiritismo; não faz senão colocar-lhe as bases e os pontos fundamentais, que devem se desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação.” (KARDEC, A. Revista Espírita 1866. IDE, 1993, p. 223).

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Afinal, todos nós

somos médiu

ns?

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459. Os Espíritos influem em nossos pensa-mentos e em nossos atos?“Muito mais do que imaginais, pois frequente-mente são eles que vos dirigem.”

460. Além dos pensamentos que nos são pró-prios, haverá outros que nos sejam sugeridos?“Vossa alma é um Espírito que pensa. Não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem ao mesmo tempo sobre o mesmo assunto e, frequentemente, bastante contraditórios. Pois bem! Neles há sempre um pouco de vós e um pouco de nós, e é isso que vos deixa na incer-teza, porque tendes em vós duas ideias que se combatem.”

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489. Há Espíritos que se liguem particular-mente a um indivíduo para protegê-lo?“Sim, o irmão espiritual. É o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.”

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490. Que se deve entender por anjo de guarda?“O Espírito protetor, pertencente a uma ordem elevada.”

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491. Qual a missão do Espírito protetor?“A de um pai com relação aos filhos: condu-zir seu protegido pelo bom caminho, ajudá-lo com seus conselhos, consolá-lo nas aflições e sustentar sua coragem nas provas da vida.”

(O Livro dos Espíritos. FEB, 2006, p. 292-293/303).

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Os Espíritos São Luís e Santo Agostinho con-firmam a existência do anjo da guarda:“[…] Cada anjo de guarda tem o seu protegi-do, pelo qual vela, como o pai vela pelo filho. Alegra-se, quando o vê no bom caminho; so-fre, quando seus conselhos são ignorados.[…] procurai sempre estar em relação conos-co, pois assim sereis mais fortes e mais feli-zes. São essas comunicações de cada um com o seu Espírito familiar que fazem sejam médiuns todos os homens, médiuns ignora-dos hoje, mas que se manifestará mais tarde e se espalhará qual oceano sem limites, para rechaçar a incredulidade e a ignorância. […].” (O Livro dos Espíritos. FEB, 2006, q. 495, p. 305-306).

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“Todos os homens são médiuns. Todos têm um Espírito que os dirige para o bem, quando eles sabem escutá-lo. Quer alguns se comumi-quem diretamente com ele, graças a uma me-diunidade especial, quer outros só o escutem pela voz interna do coração e da mente. Isso pouco importa, […] será sempre uma voz que responde à vossa alma, dizendo-vos boas pa-lavras. […] Ouvi pois essa voz interior, esse bom gênio que vos fala sem cessar, e chega-reis progressivamente a ouvir o vosso anjo guardião e vos estende a mão do alto do céu. […] a voz íntima que fala ao coração é a dos Espíritos bons. E é desse ponto de vista que todos os homens são médiuns. (Channing).” (O Livro dos Médiuns. Lake, 2006, p. 331-332).

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“Recebemos a inspiração dos Espíritos que nos influenciam para o bem ou para o mal. […] Aplica-se a todas as circunstâncias da vida, nas resoluções que devemos tomar. Nesse sentido pode-se dizer que todos são médiuns, pois não há quem não tenha os seus Espíritos protetores e familiares, que tudo fazem para transmitir bons pensamentos aos seus prote-gidos. Se todos estivessem compenetrados dessa verdade, com mais frequência se recor-reria à inspiração do anjo guardião, nos mo-mentos em que não se sabe o que dizer ou fazer. Que se invoque o Espírito protetor com fervor e confiança, nos casos de necessidade, e mais assiduamente se admirará das ideias que surgirão como por encanto, […].” (O Livro dos Médiuns. Lake, 2006, p. 155).

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“Toda pessoa que sofre de alguma maneira a influência dos Espíritos é, por isso mesmo, médium. Esta faculdade é inerente ao homem e, por conseguinte, não é um privilégio exclu-sivo. Por essa razão raros são os indivíduos nos quais não se encontram ainda que simples rudimentos de mediunidade. Pode-se, pois, di-zer que todas ou quase todas as pessoas são médiuns. Todavia, no uso corrente, esta qua-lificação não se aplica senão àqueles nas quais a faculdade mediúnica é nitidamente caracte-rizada e se traduz por efeitos patentes, de cer-ta intensidade, o que depende, então, de uma organização mais ou menos sensitiva. É preci-so notar, além disto, que esta faculdade não se revela em todas as pessoas da mesma ma-neira.” (A. Iniciação Espírita. Edicel, 1986, p. 251) ≈ (O Livro dos Médiuns. Lake, 2006. p. 139).

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“A mediunidade é uma faculdade multíplice, e que apresenta uma variedade infinita de nuan-ças em seus meios e em seus efeitos. Quem está apto para receber ou transmitir as comu-nicações dos Espíritos é, por isso mesmo, mé-dium, qualquer que seja o modo empregado ou o grau de desenvolvimento da faculdade, desde a simples influência oculta até a produ-ção dos mais insólitos fenômenos. Todavia, em seu uso ordinário, essa palavra tem uma acepção mais restrita, e se diz, geralmente, de pessoas dotadas de um poder mediúnico muito grande, seja para produzir efeitos físicos, seja para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita ou pela palavra.” (Revista Espírita 1859. IDE, 1993, p. 29).

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Então, em resumo, temos que:a) No sentido amplo: todos nós somos médiuns;b) No sentido restrito: apenas as pessoas nas quais essa faculdade se manifesta de forma ostensiva.Kardec, reafirma:“Todo o mundo, dissemos, é mais ou menos médium; mas convencionou-se dar esse no-me àqueles nos quais as manifestações são patentes, e, por assim dizer, facultativas.” (Revista Espírita 1859. IDE, 1993, p. 57).

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“Essa faculdade, como, aliás, já o dissemos, não é um privilégio exclusivo; ela existe em estado latente, e em diversos graus, numa multidão de indivíduos, não esperando senão uma ocasião para se desenvolver; o princípio está em nós pelo próprio efeito da nossa organização; está na Natureza; todos nós temo-lo em germe, […].” (Revista Espírita 1858. IDE, 2001, p. 60-61).

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“Todos os que recebem, no seu estado nor-mal ou de êxtase, comunicações mentais estranhas às suas ideias, sem serem, como estas, preconcebidas, podem ser considera-dos médiuns inspirados. Trata-se de uma variedade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma potência oculta é bem menos sensível, sendo mais difícil de dis-tinguir no inspirado o pensamento próprio do que foi sugerido. O que caracteriza este últi-mo é sobretudo a espontaneidade.” (O Livro dos Médiuns. Lake, 2006, p. 154).

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O tradutor J. Herculano Pires, em uma nota de rodapé, explica:“Nunca prestamos a devida atenção aos nos-sos processos mentais. Kardec nos oferece […] uma regra de ouro nesse sentido. A psi-cologia materialista vai hoje se aproximando desse princípio, graças às pesquisas no cam-po da telepatia. Embora ainda não considere o pensamento dos Espíritos, já admite que recebemos constantemente pensamentos alheios. A observação permite-nos dividir perfeitamente o pensamento que produzimos aos poucos em nossa mente dos que nos são sugeridos.” (O Livro dos Médiuns. Lake, 2006, p. 154).

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“Nossa alma que não é, em definitivo, senão um Espírito encarnado, não é menos Espíri-to; se está momentaneamente revestida de um envoltório material, suas relações com o mundo incorpóreo, embora menos fáceis que no estado de liberdade, não são interrompi-das por isso de maneira absoluta; o pensa-mento é o laço que nos une aos Espíritos, e por esse pensamento atraímos aqueles que simpatizam com as nossas ideias e nossas tendências.” (Revista Espírita 1859. IDE, 1993, p. 30).

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Na Revista Espírita 1865, numa mensagem intitulada Estudo sobre a mediunidade, assi-nada por Georges, lê-se:“A mediunidade é uma faculdade inerente à natureza do homem; não é nenhuma exce-ção nem um favor, ela faz parte do grande conjunto humano, e, como tal, está sujeita às variações físicas e às desigualdades mo-rais; sofre o dualismo temível do instinto e da inteligência; possui seus gênios, sua mul-tidão e seus monstros.” (Revista Espírita 1865. IDE, 2000, p. 115).

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Kardec fez considerações positivas a um arti-go publicado no jornal la Discussion, de Bru-xelas (Bélgica), do qual transcrevemos:“Os médiuns são dotados de uma faculdade natural que os torna próprios para servirem de intermediários aos Espíritos e produzirem com eles os fenômenos que passam por mila gres ou por prestidigitação aos olhos de quem lhes ignora a explicação. Mas a facul-dade medianímica não é o privilégio exclusi-vo de certos indivíduos; ela é inerente à es-pécie humana, embora cada um a possua em graus diferentes, ou sob diferentes formas.” (Revista Espírita 1866. IDE, 1993, p. 34).

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Em O que é o Espiritismo, Kardec responde a um cético, dizendo-lhe:“Além disso, os médiuns são muito numero-sos e é raríssimo, quando não o sejamos, não se encontrar algum em qualquer dos membros de nossa família, ou nas pessoas que nos cercam. O sexo, a idade e o tempe-ramento são indiferentes: eles aparecem entre os homens e mulheres, entre crianças, velhos, doentes e pessoas sadias.” (O que é o Espiritismo. FEB, 2007, p. 107).

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“Estas considerações nos conduzem natu-ralmente à questão dos médiuns. Estes últimos estão, como todo o mundo, subme-tidos à influência oculta dos Espíritos bons ou maus; eles os atraem ou os repelem segun-do as simpatias de seu espírito pessoal, e os Espíritos maus se aproveitam de todo defei-to, como de uma falta de couraça para se introduzirem junto deles e se imiscuírem, com seu desconhecimento, em todos os atos de sua vida particular”. (Revista Espírita 1859. IDE, 1993, p. 31).

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No comentário intitulado A Mediunidade e a Inspiração, Kardec analisa uma mensagem de Halévy (Espírito):“Sob suas formas variadas ao infinito, a me-diunidade abrange a Humanidade inteira, como uma rede da qual nada pode escapar. Todos estando diariamente em contato, quer o saiba ou não, quer queira ou com isso se revolte, com inteligências livres, não há um homem que possa dizer: Eu não sou, eu não fui ou não serei médium. Sob a forma intui-tiva, modo de comunicação ao qual o vulgo dá o nome de voz da consciência, cada um está em relação com várias influências ==>

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espirituais, que aconselham num sentido ou num outro, e, frequentemente simultanea-mente, ora o bem puro, absoluto; ora os acomodamentos com o interesse; ora o mal em toda sua nudez. - O homem evoca essas vozes; elas respondem ao seu chamado, e ele escolhe; mas escolhe, entre essas dife-rentes inspirações e seu próprio sentimento. […].” (Revista Espírita 1869. IDE, 2001, p. 94-95).

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Nas obras da série André Luiz:“E, na grande romagem, todos somos instru-mentos das forças com as quais estamos em sintonia. Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pen-samento flui na direção da vida superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitiva ou torturada.” (Nos domínios da mediunidade. FEB, 1987, p. 11).

“A mediunidade é um dom inerente a todos os seres humanos, como a faculdade de respirar, e cada criatura assimila as forças superiores ou inferiores com as quais sintoniza”. (Nos domí-nios da mediunidade. FEB, 1987, p. 51).

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Tendo em vista o uso de O Livro dos Médiuns traduzido por J. Herculano Pires, é interes-sante colocar o seu pensamento, constante de uma nota de rodapé:“A mediunidade é uma faculdade humana como qualquer outra. Ninguém pode alegar que não a possui, pois todos têm pressenti-mentos, intuições, percepções extrassenso-riais, sonhos premonitórios e assim por dian-te. Como as demais faculdades, Deus a dis-tribui segundo as necessidades evolutivas de cada criatura. […].” (O Livro dos médiuns. Lake, 2006a, p. 183).

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“A mediunidade, no entanto, é faculdade ine-rente à própria vida e, com todas as suas deficiências e grandezas, acertos e desacer-tos, é qual o dom da visão comum, peculiar a todas as criaturas, responsável por tantas glórias e tantos infortúnios na Terra.” (Evolução em dois mundos. FEB, 1987, p. 136).

“[…] A mediunidade não é exclusiva dos cha-mados "médiuns". Todas as criaturas a pos-suem, porquanto significa percepção espiri-tual, que deve ser incentivada em nós mes-mos. […].” (Missionário da Luz. Rio de Janeiro: FEB, 1986, p. 32).

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André Luiz ainda nos dá uma informação, pela qual fica fácil entender a possibilidade de todos nós sermos influenciados uns pelos outros, quer estejamos encarnados ou não. Leiamos:“Reconhecemos que toda criatura dispõe de oscilações mentais próprias, pelas quais en-tra em combinação espontânea com a onda de outras criaturas desencarnadas ou encar-nadas que se lhe afinem com as inclinações de desejos, atitudes e obras, no quimismo inelutável do pensamento.” (Mecanismos da medi-unidade. Rio de Janeiro: FEB, 1986, p. 88).

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Seriam os médiuns

ostensivos pessoas

especiais?

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“Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das leis divinas, e que resgatam, sob o peso de seve-ros compromissos e ilimitadas responsabili-dades, o passado obscuro e delituoso. O seu pretérito, muitas vezes, se encontra enodoado de graves deslizes e de erros clamorosos. Quase sempre, são espíritos que tombaram dos cumes sociais, pelos abusos do poder, da autoridade, da fortuna e da inteligência, e que regressam ao orbe terráqueo para se sacri-ficarem em favor do grande número de almas que desviaram das sendas luminosas da fé, da caridade e da virtude. ==>

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São almas arrependidas, que procuram arre-banhar todas as felicidades que perderam, reorganizando, com sacrifícios, tudo quanto esfacelaram nos seus instantes de criminosas arbitrariedades e de condenável insânia”. (Emmanuel – Dissertações mediúnicas. FEB, 1987, p. 66-67).

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Deve-se buscar desenvolvê-la?

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A resposta é que não seria conveniente, pois deve-se deixar seguir o curso natural das coisas. Kardec, falando especificamente a respeito da vidência, respondeu a uma per-gunta semelhante; leiamos:“a) Essa faculdade pode desenvolver-se pelo exercício?- Pode, como todas as outras faculdades. Mas é daquelas cujo desenvolvimento natu-ral é melhor do que o provocado, quando corremos o risco de sobre-excitar a imagina-ção. A visão geral e permanente dos Espíri-tos é excepcional e não pertence às condi-ções normais do homem”. (O Livro dos Médiuns. Lake, 2006, p. 93).

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Vejamos a opinião de Bezerra de Menezes, constante do livro Recordações da Mediuni-dade, de Yvonne A. Pereira:“Os ensinamentos contidos nos códigos espí-ritas, a advertência dos elevados Espíritos que os organizaram e a prática do Espiritis-mo demonstram que nenhum indivíduo de-verá provocar, forçando-o, o desenvolvimen-to das suas faculdades mediúnicas, porque tal princípio será contraproducente, ocasio-nando novos fenômenos psíquicos e não propriamente espíritas, tais como a autossu-gestão ou a sugestão exercida por pessoas presentes no recinto das experimentações, ==>

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a hipnose, o animismo, ou personismo, tal como o sábio dr. Alexandre Aksakof classifica o fenômeno, distinguindo-o daqueles deno-minados 'efeitos físicos'. A mediunidade de-verá ser espontânea por excelência, a fim de frutescer com segurança e brilhantismo, e será em vão que o pretendente se esforçará por atraí-la antes da ocasião propícia. Tal insofridez redundará inapelavelmente, repe-timos, em fenômenos de autossugestão ou o chamado 'animismo' ou 'personismo', isto é, a mente do próprio médium criando aquilo que se faz passar por uma comunicação de Espíritos desencarnados.

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Existem mediunidades que do berço se reve-lam no seu portador, e estas são as mais seguras, porque as mais positivas, frutos de longas etapas reencarnatórias, durante as quais os seus possuidores exerceram ativi-dades marcantes, assim desenvolvendo for-ças do Perispírito, sede da mediunidade, vi-brando intensamente num e noutro setor da existência e assim adquirindo vibratilidades acomodatícias do fenômeno. Outras existem ainda em formação (forças vibratórias frá-geis, incompletas, os chamados “agentes ne-gativos”), que jamais chegarão a se adestrar satisfatoriamente numa só existência, e que ==>

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se mesclarão de enxertos mentais do próprio médium em qualquer operosidade tentada, dando-se também possibilidade até mesmo da pseudoperturbação mental, ocorrendo então a necessidade dos estágios em casas de saúde e hospitais psiquiátricos se se tra-tar de indivíduos desconhecedores das ciên-cias psíquicas. Por outro lado, esse trata-mento será balsamizante e até necessário, na maioria dos casos, visto que tais impasses comumente sobrecarregam as células nervo-sas do paciente, consumindo ainda grande percentagem de fluidos vitais, etc., etc. […]. (a) Adolfo Bezerra de Menezes.” (Recordações da Mediunidade. FEB, 1989, p. 19-20).

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