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    Resumo: DILEMAS DO TRABALHO NO CAPITALISMOCONTEMPORNEO

    As mudanas no conjunto da economia e da sociedade resultantes da reestruturao produtiva, queganhou maior visibilidade a partir dos anos 90, acabaram por intensifcar a explorao da ora detrabalho e precarizar o emprego

    !odemos observar uma contradio marcante" enquanto parte signifcativa da classe trabalhadora #

    penalizada com a alta de trabalho, outros sorem com seu excesso$ trabalho no # apenas meio de satisao das necessidades b%sicas, # tamb#m onte de identifcaoe de autoestima, de desenvolvimento das potencialidades humanas, de alcanar sentimento departicipao nos objetivos da sociedade &rabalho e profsso 'ainda( so senhas de identidade

    A atividade laboral ainda parece ser uma importante onte de sa)de ps*quica 'tanto que sua aus+ncia,pelo desemprego ou pela aposentadoria, # causa de abalos ps*quicos( ao mesmo tempo em que seregistram cada vez mais pesquisas que evidenciam o trabalho como causa de doenas *sicas, mentaise de mortes

    A partir do princ*pio marxiano de que # por meio do trabalho que o homem tornase um ser social,podemos compreender o trabalho como momento decisivo na relao do homem com a natureza, poisele modifca a sua pr-pria natureza ao atuar sobre a natureza externa quando executa o ato deproduo e de reproduo

    .om o desenvolvimento do capitalismo, a dimenso do trabalho concreto / que produz objetos )teis /perde espao para a dimenso do trabalho abstrato

    as sociedades contempor1neas, o uso perde valor para a troca2 os produtos no so mais produzidosprioritariamente para serem usados at# o seu fm

    $ etiche da mercadoria # a apar+ncia que se sobrep3e 4 ess+ncia, # o mundo das coisas como objetivofnal, provocando o comprometimento e5ou supresso da subjetividade" a 6coisa7 suoca o 6humano7

    a atividade alienada, em que o homem, a classe, o indiv*duo no se apropriam do resultado de suaatividade vital, a energia vital dispendida se torna pr-pria do 8objeto

    $ sucesso da %brica no oi, como se pode pensar, a mecanizao e o desenvolvimento tecnol-gico,mas sim o ato de ela ter sido um locus privilegiado da disciplinarizao dos trabalhadores queacabaram por introjetar dentro de cada um o rel-gio moral do desenvolvimento capitalista

    A apropriao do saber / inicialmente do arteso e posteriormente do oper%rio / pelos capitalistas nas%bricas # uma das ormas deste estranhamento

    A hist-ria registra, no entanto, uma signifcativa resist+ncia oper%ria ao ordismo, uma vez que ostrabalhadores sentiram a perda de seu savoiraire e sentiram o peso de um trabalho puramentemecanizado, rotinizado, gerando um alto *ndice de absente*smo, aumento de paralisa3es esabotagens :m contraposio, houve consider%vel aumento de sal%rio para amenizartemporariamente os problemas com a ora de trabalho

    A %brica 6magra7 '&o;otismo(, transparente e

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    enxugamento dos cargos, mas acarreta grande impacto para a vida pessoal e amiliar de todos ostrabalhadores2 sejam eles empregados ou desempregados

    Resumo: NOVOS CAMINHOS, COOPERAO E SOLIDARIEDADE: APSICOLOGIA EM EMPREENDIMENTOS SOLIDRIOS

    >uscamse maneiras que possam garantir a sobreviv+ncia das camadas mais atingidas da populao,oerecendo oportunidade real de se reinserir na economia por sua pr-pria iniciativa2 transormando,dessa orma, desempregados em microempres%rios ou operadores aut?nomos

    A economia solid%ria tem se disseminado cada vez mais como uma possibilidade de sobreviv+ncia dascamadas da populao exclu*das do mercado ormal de trabalho @aniestase sob dierentes ormasorganizativas, constru*das sobre princ*pios gerais que undamentam a pr%tica da autogesto,caracterizada por tomadas de deciso mais democr%ticas, rela3es sociais de cooperao entrepessoas e grupos e pela horizontalidade nas rela3es sociais em geral

    o identifc%veis duas determina3es essenciais do conceito de autogesto" a( superar a distinoentre quem toma as decis3es e quem executa e b( autonomia decis-ria de cada unidade de atividade

    A autogesto no # uma relao apenas pol*tica, mas uma relao de produo que se dissemina portodas as eseras da vida social, por#m no acreditamos que sua expresso radical seja poss*vel nocapitalismo $ que acontece so ormas organizativas solid%rias inspiradas nos princ*piosautogestion%rios como" associa3es e cooperativas

    6BC as cooperativas t+m convivido com o sistema capitalista sem contest%lo seriamente, uma vezque, no podem, por si mesmas, levar 4 autogesto social7

    A economia solid%ria vem se estruturando hoje atrav#s de associa3es e cooperativas

    Associa3es so quaisquer grupos sociais unidos em torno de uma fnalidade espec*fca e com estatutoorientado pelo .-digo .ivil >rasileiro de D00D o >rasil, o associativismo ainda est% em processo deconstituio como movimento social orte e articulado

    As cooperativas calcadas nas propostas solid%rias em geral operam sob alguns princ*pios, comoliberdade de adeso, gesto democr%tica participativa e igualdade de participao econ?mica, isto #,cada membro contribui igualmente para o capital da cooperativa, cujos excedentes, se or este o caso,tero seu destino estabelecido atrav#s de decis3es democr%ticas eitas pela cooperativa

    As cooperativas devem promover a cont*nua educao e ormao de seus membros, dosrepresentantes eleitos e dos trabalhadores de orma que estes possam contribuir efcazmente para odesenvolvimento delas

    Eierente das pr%ticas tradicionais, a psicologia do trabalho voltada para as organiza3es solid%rias visao desenvolvimento da autonomia e da solidariedade, buscando resignifcar a identidade profssional dotrabalhador5cooperado, ortalecendo o v*nculo grupal

    :sta busca do desenvolvimento da consci+ncia cr*tica, da #tica, da solidariedade e de pr%ticas

    cooperativas ou autogestion%rias, a partir da an%lise dos problemas cotidianos da comunidade, marca,de acordo com Freitas, citado por .ampos, 'G99H(, a produo te-rica e pr%tica da psicologia socialcomunit%ria

    $s m#todos tradicionais da psicologia do trabalho, constru*dos nos setores de recursos humanos dasorganiza3es de grande porte, no so compat*veis com as organiza3es solid%rias, da* decorrenecessidade de desenvolvimento de metodologias oriundas da psicologia comunit%ria e centradas nosprocessos grupais

    &emos como principal objetivo o ortalecimento dos laos coletivos, atuando a partir do entendimentodos processos grupais desenvolvidos em cada organizao solid%ria, utilizando t#cnicas de din1mica degrupo que avoream a emerg+ncia das caracter*sticas singulares do grupo

    $ elemento desencadeador do processo grupal # o reconhecimento m)tuo dos sujeitos, que ao severem compartilhando algo signifcativo, sentemse constituintes de um grupo

    $ contato com estas organiza3es permitiu que osse percebido o quanto o apoio externo #undamental para sua sobreviv+ncia Foi poss*vel observar que requentemente a criao, manutenoe desenvolvimento desse tipo de organizao depende de apoio de educadores, de sindicalistas ou de

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    t#cnicos de outras entidades $ desenvolvimento de pol*ticas p)blicas voltadas para o campo daeconomia solid%ria tamb#m # undamental para a sobreviv+ncia dos coletivos solid%rios detrabalhadores

    Resumo: O Traa!"o #ara Pessoas $om De%$&'($&a: )maD&s$uss*o Pre!&m&(ar sore D&+ers&ae, Poer, M&(or&a eDe%$&'($&a

    er% que a educao ormal # sufciente para a incluso das !cEs '!essoas com Eefci+ncia( nomercado de trabalhoI

    A pr-pria necessidade de exist+ncia de uma legislao acerca da obrigatoriedade da incluso de !cEsdentro das organiza3es # um indicador de que talvez a resist+ncia em abordar o tema no partaapenas da academia, mas seja um re

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    egundo >ourdieu 'G9O9(, h% quatro ormas de capital que determinam a dominao ou no sobreoutros" o $a#&-a! e$o(.m&$o, ormado pelos atores de produo 'terra, %brica e trabalho( e derecursos econ?micos 'renda, patrim?nio e bens materiais(2 o $a#&-a! $u!-ura!, ormado pelo conjuntodas qualifca3es intelectuais, como t*tulos e talentos2 o $a#&-a! so$&a!, ormado pela rede de rela3esde interconhecimento e conhecimento m)tuo, como c*rculo de amigos e colegas da aculdade2 e o$a#&-a! s&m/!&$o, que se relaciona ao conjunto de rituais de honra e reconhecimento, ou seja, tratase do reconhecimento dos capitais anteriores segundo sua import1ncia em cada campo

    J% duas maneiras de compreender a defci+ncia A primeira abordagem observa a defci+ncia como

    uma maniestao da diversidade humana, que ir% demandar adequao social para ampliar asensibilidade dos ambientes a essa questo A segunda deende que a defci+ncia # uma restriocorporal que necessita de avanos na %rea da @edicina e =en#tica para oerecer melhorias do bemestar de pessoas com algum tipo de defci+ncia

    $ modelo biom#dico defne a defci+ncia como uma patologia, desordem, disuno ou deormidadeque um indiv*duo possui esse modelo, a defci+ncia pode ser quantifcada, classifcada, mensurada epadronizada

    $ modelo uncional defne a defci+ncia como uma 6alha de papel7, ou seja, signifca que o indiv*duono # capaz, devido 4 sua defci+ncia, de desempenhar suas un3es ou pap#is esse modelo, adefci+ncia no seria sempre presente, porque, para certas un3es, a defci+ncia no apresentariadifculdades

    o modelo sociopol*tico, a defci+ncia no # vista como um problema $ problema, nesse caso, # a altade direitos civis, de oportunidades igualit%rias, que levam as pessoas com algum tipo de defci+ncia ase sentirem ineriorizadas e marginalizadas Assim, leis em avor dessas pessoas reduziriam adefci+ncia $s indiv*duos com algum tipo de defci+ncia se veem como um grupo minorit%rio ao qualoram negados direitos civis, ao inv#s de se verem como um grupo de pessoas biologicamenteineriores :le # uma erramenta com a qual se obt#m um insight das tend+ncias discriminat-rias dasociedade moderna, para gerar pol*ticas e pr%ticas que acilitem sua erradicao

    Resumo: Re0e-&(o sore esem#re1o e a1ra+os 2 sa3e me(-a!

    o estudo do desemprego mostrase undamental um olhar atento para o trabalho, pois em in)meras

    vezes # no contexto de trabalho que comeam a emergir agravos 4 sa)de devidos ao medo dodesemprego

    As rea3es do desempregado 4 sua condio no so ruto apenas das perdas materiais que soreu,mas, sim, da impossibilidade de expressarse, desenvolverse e deixar sua marca no mundo

    $ ato de no estar trabalhando, leva o homem a enrentar um processo de desvalorizao social

    $ trabalho passa, dessa orma, a ser uma maneira de estar inclu*do e locado na sociedade

    $ mundo atual # miser%vel de aeto pelo outro, mas, como destacam =uattari e PolinL 'G9OH(,ambiente de trabalho pode ser uma onte de reconhecimento e troca de aeto

    $ processo de adoecimento e os re

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    $ desemprego tornase requentemente sin?nimo de excluso endo assim, surgem os riscosnegativos do desemprego e do medo de continuar desempregado" aceitao de trabalhos prec%rios ebaixos sal%rios

    :ntendese que a sa)de passa a ser sin?nimo de possibilidade de transormao, produzindo novosmodos de pensar as experi+ncias e de agir J%, portanto, um desafo aqui exposto" como transormarde orma criativa, sem adoecimento, a situao do desempregoI

    A evoluo no processo de adoecimento ps*quico do desempregado pode ser pensado em quatro asespropostas por Qira e Reisntein o primeiro momento ocorre a reao do indiv*duo que busca solu3es

    para seu desemprego, contudo ele j% demonstra alguns sintomas, como mudana de humor e ins?niaA segunda ase caracterizase pela transio, na qual presenciase des1nimo, tristeza e o in*cio de umprocesso de isolamento A adaptao patol-gica rente 4 situao # a terceira ase, sendo que podeocorrer o alcoolismo $ )ltimo momento caracterizase pelo embotamento aetivo e a deteriorao daautoimagem, acentuando o desalento

    Alguns autores destacam a exist+ncia de certos tipos de desemprego, como por exemplo, a sa*da deum emprego mon-tono e repetitivo, limitador das habilidades do indiv*duo, como onte deconsequ+ncias positivas, da mesma orma que certos empregos t+m eeitos negativos sobre a sa)demental

    Sma de suas conclus3es # que os indiv*duos com sa)de prec%ria tendem a permanecer mais tempo emdesemprego e por isso constituem parcela signifcativa dos desempregados :videnciase, dessa orma,

    que a relao entre desemprego e sa)de # extremamente relevante:m uma pesquisa com desempregados, .aldana 'D000( detectou que o apego ao plano espiritualserviu como estrat#gia para enrentar a situao de desemprego A pesquisadora concluiu que haviaconsci+ncia, por parte dos desempregados, da import1ncia da manuteno da sa)de para lidar com asituao de desemprego e, uma vez que existe relao entre o bemestar mental com aumento daschances de se reempregar .onstatou, ainda, que o apego ao plano espiritual pode ser uma estrat#giaefcaz rente 4 situao de desemprego

    ilva 'D00H( aponta que a perda do v*nculo com o emprego ormal pode conduzir o indiv*duo amaniestar o surgimento de gastrites, )lceras, desenvolvimento de c1nceres, estresse, adiga, entreoutros A autora sinaliza que as maniesta3es podem ocorrer tamb#m no desenvolvimento deproblemas emocionais, como neuroses, psicoses, s*ndrome de p1nico, depresso, obia social,ansiedade e outros

    $ desemprego # causa de sorimento e doenas na medida em que desorganiza as rela3es amiliares,quebra os laos aetivos, gera rela3es con

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    $ esgotamento *sico e emocional em uno do trabalho tem se tornado uma situao cada vez maiscomum dentro das organiza3es nos dias atuais Eesde a d#cada de setenta ele tem sido defnidocomo s*ndrome de burnout eus pesquisadores t+m sustentado que burnoutse desenvolve como umaresposta aos estressores cr?nicos presentes nas organiza3es de trabalho

    a d#cada de setenta, ao investigar a carga emocional do trabalho de enermeiros, m#dicos,assistentes sociais e advogados, @aslach 'G99W( constatou que a expresso 6burn out7 'ser consumido,queimado pelo trabalho( era em geral usada para expressar uma exausto emocional gradual, umcinismo e a aus+ncia de comprometimento experimentado em uno das altas demandas de trabalho

    X poss*vel afrmar que a defnio da s*ndrome de burnout# multidimensional, ou seja, compreende umconjunto de tr+s vari%veis ou dimens3es essenciais que especifcam e demarcam tal en?meno, quaissejam" a exausto emocional '::(, a despersonalizao 'E( e a diminuio da realizao pessoal 'EP!(

    A vari%vel exausto emocional'::( # caracteriza pelo ato da pessoa encontrarse exaurida, esgotada,sem energia para enrentar um outro projeto, as outras pessoas e incapaz de recuperarse de um diapara o outro

    A vari%vel despersonalizao'E( # caracterizada pelo ato da pessoa adotar atitudes de descrena,dist1ncia, rieza e indierena em relao ao trabalho e aos colegas de trabalho A despersonalizaoevidencia, nesse sentido, que burnoutno # somente a s*ndrome do profssional exausto, mas tamb#mdo profssional indierente e descomprometido em relao 4s pessoas com quem trabalha

    A vari%vel diminuio da realizaopessoal'EP!( # caracterizada pelo ato da pessoa experimentarseinefciente, incapaz e certa de que seu trabalho no az dierena

    $ que permite concluir que burnout# a s*ndrome do profssional rustrado, descomprometido com osoutros e exaurido emocionalmente

    A vari%vel exausto emocional aparece regularmente correlacionada a altas demandas de trabalho'sobrecarga, presso de tempo, con

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    estressores relativos 4s interer+ncias burocr%ticas 'con

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    :m vez disso, uma ao humana somente # poss*vel de ser compreendida como uma 6volta do uturoem direo ao presente7 Ee sorte que 6a mais rudimentar conduta humana precisa ser determinadasimultaneamente em relao aos atores reais, presentes que a condicionam e a um certo objeto uturoque ela procura engendrar A isto chamamos !rojeto7

    A executiva investigada por !ines, em cada noite passada em claro azendo relat-rios para a empresa,busca engendrar com essa ao o uturo de ser independente, dona de si mesma $u ainda, aproessora flha de imigrantes est% orientada em cada aula que prepara no presente por um uturo emque seus alunos agradecero os conhecimentos adquiridos

    $ ser humano se defne pelos fns que persegue, sendo essa estrutura projetiva caracterizada pelaconsci+ncia de alguma fnalidade que o sujeito busca alcanar como resultado de suas a3es no mundoobjetivo

    Ksso signifca que o ser humano se defne a si mesmo como um estado perp#tuo de ser-para-alm-de-si-mesmo-em-direo-a, pondo em evid+ncia que o uturo em direo ao qual um indiv*duo se move eque busca engendrar como resultado de suas a3es e de seu trabalho, no apenas cria novos objetosou situa3es no mundo objetivo, mas az dessa busca 6uma incessante produo de si mesmo pelotrabalho e pela ao7

    $ homem ser seu projeto implica, por fm, em compreender um )ltimo aspecto" que a ultrapassagemconstante da realidade presente em direo ao uturo projetado no se reduz 4s condi3es materiais

    dadas pelas organiza3es e pela sociedade" # preciso considerar que o homem precisa ultrapassar atodo instante seu passado de in1ncia e juventude vivido concretamente a partir do sociol-gico amiliarde origem

    Petomando o exemplo dado por !ines, a t*tulo de ilustrao, # poss*vel observar que a proessoraprojetase para o uturo na busca de se tornar algu#m de reer+ncia para a vida de seus alunosultrapassando, atrav#s de seu trabalho, o passado amiliar de pobreza e excluso Eessa maneira, opassado, como a realidade das rela3es rec*procas do indiv*duo com seu grupo de g+nese, evidenciasecomo um conjunto de contradi3es que o sujeito, ao escolher seu uturo e projetarse em direo assuas possibilidades, precisa constantemente superar

    $ signifcado que o trabalho adquire no conjunto de uma exist+ncia individual, somente tornasecompreens*vel na medida em que se elucida o projeto de ser para o qual o sujeito elegeuse e no qualest% lanado, num esoro constante de ultrapassagem tanto das condi3es s-ciohist-ricas presentes,quanto das contradi3es sociol-gicas passadas

    Re!a67es e(-re #ro5e-o e ser e a s4(rome e burnoutA partir dessas breves considera3es sobre a defnio de projeto de ser, um primeiro aspecto a serdestacado de suas rela3es com a s*ndrome de burnout# de que o trabalho humano caracterizaseessencialmente como projeto e no como respostas a est*mulos contingentes

    $ trabalho humano caracterizase essencialmente como projeto e no como respostas a est*muloscontingentes A ao profssional, dessa orma, no # simplesmente uma resposta 4s altas demandas eaos poucos recursos existentes no ambiente de trabalho :la visa undamentalmente a produo deuma determinada realidade utura que o indiv*duo busca instaurar no mundo objetivo

    eligmannilva, ao estudar os trabalhadores da ind)stria, verifcou nos sujeitos entrevistados como arelao com a realidade atigante do trabalho era ultrapassada em direo a uma determinadapossibilidade utura que dava sentido 4 tarea exercida" para alguns era a busca da casa pr-pria para,assim, tornaremse determinados sujeitos que providenciaram 4 am*lia uma garantia material de vidaque eles pr-prios no tiveram2 para outros, o projeto era ter seu pr-prio neg-cio e, dessa orma,tornaremse empreendedores, donos de sua pr-pria vida

    As altas demandas e os poucos recursos existentes numa dada organizao tornamse estressantes 4medida que alienam o sujeito dos fns que do sentido 4 sua ao profssional e ao seu trabalho

    @ostrase como um aspecto undamental para compreender o desenvolvimento da s*ndrome deburnoutidentifcar a uno do trabalho e do projeto profssional no conjunto de um projeto de ser

    singular para, dessa orma, tornar compreens*vel como os estressores cr?nicos laborais podem sercapazes de conduzir a desvios e racassos do projeto de ser e, dessa orma, produzir racassospsicol-gicos incapacitantes, 4 medida que alcanam a totalidade do sujeito e no unicamente o seuperfl profssional

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    Uisto que o desenvolvimento da s*ndrome de burnout envolve aqueles profssionais motivados ecomprometidos com sua profsso e seu trabalho, e que progressivamente, vo exaurindose,descomprometendose e rustrandose, tal processo indica um desvio ou uma perda do projeto de seroriginal, que, por sua vez, vai aetando o desejo de fazer tal trabalho e de serdeterminado sujeitoatrav#s do trabalho que realiza

    $ uturo que motiva o comprometimento na profsso # perdido, o projeto que gera o desejo pelotrabalho inviabilizase" resta o ardo de um trabalho sem sentido, a rustrao por um projeto e desejode ser no realizados e o descomprometimento com um uturo no mais poss*vel

    &ornase poss*vel, assim, apreender elementos undamentais para uma compreenso das rela3esentre o racasso do uturo projetado, a perda do signifcado existencial do trabalho e as vari%veisestressoras organizacionais no mundo atual e, assim, avanar no equacionamento te-rico sobre odesenvolvimento da s*ndrome de burnout