Tomada de Posse da CIMLOP em Lisboa · 5 REISTA CIMLOP Nesta edição da Revista Digital da CIMLOP...

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“ Continuamos empenhados em transformar este imenso território de mais de 250 milhões de pessoas numa Pátria de Negócios que se fazem em Português.” Tomada de Posse da CIMLOP em Lisboa Tomada de Posse da CIMLOP em Lisboa

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“ Continuamos empenhados em transformar este imenso território de mais de 250 milhões de pessoas numa Pátria de Negócios que se

fazem em Português.”

Tomada de Posseda CIMLOP em Lisboa

Tomada de Posseda CIMLOP em Lisboa

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CONFEDERAÇÃO DA CONSTRUÇÃO E DO IMOBILIÁRIO DE LÍNGUA OFICIAL

PORTUGUESA

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Mensagem do PresidentePág. 05

Pág. 06

Pág. 14

Pág. 23

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MOÇAMBIQUE

Maputo recebe encontro de Primavera da CIMLOP

Rota de Internacionalização para 2016 começa em São Paulo

CIMLOP elege órgãos sociais para o triénio 2016-2018

Artigo de opinião - Flávio Amary

Mercado Brasileiro – SECOVI-SP

Artigo de opinião - Sérgio Sobral

Órgãos Sociais triénio 2016-2018

BRASIL

PORTUGAL

Índice

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29

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Lisboa recebe encontro de Outono da CIMLOP

Governador Geraldo Alckmin recebe distinção Medalha de Ouro CIMLOP 2015

Luís Lima anuncia recandidatura à Presidência da APEMIP

Artigo de opinião - Manuel Reis Campos

Mercado Português – AICCOPN

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www.propertylop.com

www.cimlop.com

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Nesta edição da Revista Digital da CIMLOP – Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, fazemos um balanço sobre 2016 e o comportamento dos sectores da construção e do imobiliário lusófono no decorrer deste ano.

A Direção desta Confederação levou a cabo o seu Encontro de Primavera em maio, na cidade de Maputo, Moçambique, tendo como anfitriã a Federação Moçambicana de Empreiteiros, num Encontro marcado pela realização da Assembleia Geral Eleitoral, que elegeu os Órgãos Sociais para o triénio 2016-2018, que muito me orgulho de presidir.

Já o Encontro de Outono teve lugar em outubro, na capital portuguesa e foi o momento que materializou esta eleição, numa Tomada de Posse que decorreu no Hotel Pestana Palace e em que tivemos o prazer de contar com a honrosa presença do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. Fernando Medina, entre outras personalidades ligadas ao setor da política, banca, imobiliário e construção.

Cabe agora a estes novos órgãos sociais, continuar o trabalho que tem vindo a ser desenvol-vido pela CIMLOP, promovendo a sua consolidação e criando ferramentas para que os obje-tivos traçados possam ser alcançados com o maior êxito possível, pensando mais a longo prazo a determinação clara das propostas apresentadas.

As experiências acumuladas demonstram que o entendimento das metas propostas é o maior auxilio à preparação de um futuro jubiloso para os sectores que representamos.

Nunca é demais recordar o peso e o significado da língua portuguesa como característica comum que nos une, promovendo o consenso que nos permita participar nas diretrizes de desenvolvimento para o futuro do sector da construção e do imobiliário, nos países que re-presentamos.

Boas leituras,O Presidente da CIMLOPLuís Lima

Desenvolvimento lusófono

Mensagem do Presidente

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MOÇAMBQUE

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MAPUTO RECEBE ENCONTRO DE PRIMAVERA DA CIMLOP

A A capital moçambicana, Maputo, recebeu o Encontro de Primavera da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP),

que decorreu entre os dias 11 e 13 de maio de 2016.

O Encontro de Primavera da CIMLOP é um ciclo de reuniões que se repete anualmente, e que é também uma oportunida-de para trocar informações sobre os mercados da construção e do imobiliário dos países de língua portuguesa integrantes desta Confederação.

Este Encontro, que contou com a Federação Moçambicana de Empreiteiros como anfitriã, ficou marcado pela realização da Assembleia Eleitoral da CIMLOP, que destacou a reeleição de Luís Lima como Presidente daquela estrutura, numa candida-tura que contou com o apoio unânime das Associações que

Encontro de Primavera decorreu em simultâneo com a Tektónica Moçambique

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integram esta Confederação.

Todo o Encontro de Primavera da CIMLOP, decorreu em simultâneo com a Tektónica Moçambique, uma feira dedicada ao sector da construção e do imobiliá-rio, organizada pela Fundação AIP com o apoio ins-titucional da CIMLOP, no âmbito do qual decorreu a Gala da Entrega de Prémios Expoconstrução Tektóni-ca Moçambique 2016.

Paulo Sousa, Presidente da Comissão Executiva do Banco BCI, recebeu o Prémio Personalidade 2016, pelo papel que tem desempenhado no desenvolvi-mento do sector financeiro em Moçambique, nomea-damente no apoio deste aos sectores da construção e imobiliário.

Também a CIMLOP foi agraciada com Prémio Insti-tuição 2016.

Este foi um momento pleno de significado político e económico, e uma boa oportunidade para promover o imobiliário português.

A capacidade de promoção de negócio que estes encontros fomentam e a capacidade de potenciar a captação de investimento estrangeiro, são a chave para esta importante estratégia de mercado.

Legenda 01

CIMLOP recebeu Prémio Instituição 2016

Legenda 02

Luís Lima, Presidente da CIMLOP; Paulo Sousa, Presidente da Comissão Executiva do BCI e Maria João Rocha de Matos, Diretora-geral da AIP-Feiras, Congressos e Eventos

Legenda 03

Entrega de Prémios Expoconstrução Tektónica Moçambique 2016

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CIMLOP elegeu Órgãos Sociais para o triénio 2016-2018

CIMLOP ELEGE ÓRGÃOS SOCIAIS PARA O TRIÉNIO 2016-2018

A Assembleia Geral Eleitoral da Confederação da Cons-trução e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) que decorreu no dia 12 de maio, no Hotel

Radisson Blu de Maputo, elegeu os novos órgãos sociais para um novo mandato, aprovando por unanimidade e aclamação uma lista que volta a ter como Presidente Luís Carvalho Lima.

Esta Assembleia, integrada no Encontro de Primavera 2016, elegeu os corpos sociais para o triénio 2016-2018.

Luís Lima, Presidente da CIMLOP afirmou que a sua recan-didatura “veio no seguimento da última reunião de Direção da CIMLOP, que decorreu em Lisboa, em que os meus colegas insis-tiram unanimemente numa renovação do meu mandato, dando

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Sérgio Sobral , Vice-presidente (Brasil) da CIMLOP; Romeu Chap Chap, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da CIMLOP; Luís Lima, Presidente da CIMLOP; Manuel Reis Campos, Vice-presidente (Portugal) da CIMLOP

continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido na divulgação e implementação deste projeto. Dispus-me assim a continuar como Presidente por mais um triénio, que terá como prioridade máxima a criação e consoli-dação de redes e parcerias entre os países integrantes, para que possamos dar seguimento ao objetivo máximo desta nossa confederação: a criação de negócios para os países da lusofonia”.

A Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) é um organismo que visa captar investimentos, nas áreas da constru-ção e do imobiliário, para os países do espaço da lu-sofonia a que pertencem as associações integrantes da CIMLOP, que conta hoje com a representação de

Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambi-que e Portugal.

Luís Lima, reeleito presidente da CIMLOP para o trié-nio 2016-2018, exerce ainda funções de Presidente na APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, no Conselho Estratégico do SIL e como Vice-Presidente na Confe-deração Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), e no Conselho Fiscal da Fundação AIP.

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ÓRGÃOS SOCIAIS |TRIÉNIO 2016-2018

Assembleia GeralPRESIDENTERomeu Chap Chap

- Brasil / SECOVI-SP

APEMIP AICCOPN COFECI

- Portugal / APEMIP - Moçambique / FME

João Pessoa e Costa Zefanias F. ManhiqueVICE -PRESIDENTE SECRETÁRIO

DirecçãoPRESIDENTELuis Carvalho Lima

SECOVI-SP APIMA AECCOPAFlávio Amary

Manuel Reis Campos

Branca do Espírito Santo

Sérgio Sobral

João Gago Nicácio Gomes

VICE-PRESIDENTE PORTUGAL VICE-PRESIDENTE BRASIL

VICE-PRESIDENTE BRASIL VICE-PRESIDENTE ANGOLA VICE-PRESIDENTE ANGOLA

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Manuel Pereira António Gualberto do Rosário Vasco ReisVICE -PRESIDENTE MOÇAMBIQUE VICE -PRESIDENTE CABO VERDE SECRETÁRIO | TESOUREIRO

João MagalhãesSECRETÁRIO

João Crestana Miguel Ribeiro José Cardoso FerreiraSECRETÁRIO SECRETÁRIO SECRETÁRIO

Bento Machaíla Eugénio Inocêncio SECRETÁRIO SECRETÁRIO

FME

APEMIP

SECOVI

FME CTCV

APIMA AECCOPA

CTCV APEMIP

Sónia OliveiraSECRETÁRIO

AICCOPNWaldemir BezerraSECRETÁRIO

CRECI-RN

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Presidente

Vice-Presidente

Vogal

Jaime Madaleno

João Teodoro da Silva

Vítor Fidalgo

Angola

Brasil

Cabo-verde

Conselho Fiscal

Representante

Representante

Representante

Representante

Representante

Representante

Representante

Representante

Representante

Representante

Representante

Conselho Consultivo

Luis Lima

Romeu Chap Chap

Jaime Madaleno

Pedro Almeida e Sousa

João Pessoa e Costa

Deputado António Valadares Filho

Deputado Ricardo Izar Junior

Manuel Godinho

André José

Justino Chemane

José Manuel Dias

Portugal

Brasil

Angola

Portugal

Portugal

Brasil

Brasil

Angola

Angola

Moçambique

Cabo-verde

Suplente

Suplente

Suplente

Suplente

Suplente

Suplente

Suplente

Suplente

Reinaldo Teixeira

Luis Saraiva

Francisco Rodolfo Pesserl

Flavio Prando

Emiliano Tavares

Euclides Humberto Henriques Fiel

Miguel Rodrigues Murargy

Dinis Fonseca

Portugal

Portugal

Brasil

Brasil

Angola

Angola

Moçambique

Cabo-verde

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BRASIL

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ROTA DE INTERNACIONALIZAÇÃO PARA 2016 COMEÇA EM SÃO PAULO

O Presidente da CIMLOP – Confederação da Constru-ção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, Luís Lima, iniciou a sua rota de internacionalização do mercado imobiliário para 2016, na cidade de

São Paulo, Brasil, entre os dias 26 de fevereiro e 2 de março, no âmbito da cerimónia de Tomada de Posse de Flávio Amary, membro da Direção da CIMLOP, como Presidente do SECOVI--SP, a maior associação representante do sector da constru-ção e do imobiliário da américa-latina, que representa cerca de 40 mil empresas daquela fileira.

Flávio Amary assume assim a presidência do SECOVI-SP para o biénio de 2016/2018, substituindo Cláudio Bernardes que desempenhou o cargo durante dois mandatos, dos quais se destacam o trabalho exemplar que levou a cabo no desen-

Flávio Amary, vice-presidente da CIMLOP eleito como Presidente do SECOVI-SP

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Direção do SECOVI-SP assume os destinos da entidade no biénio 2016-2018

volvimento do sector da construção e imobiliário em todo o Brasil e além-fronteiras.

Para o Presidente da CIMLOP, Luís Lima, esta suces-são “será decerto vitoriosa. Conheço o Flávio há muitos anos e estou certo de que levará a cabo um trabalho de excelência na Direção do SECOVI, como aliás sempre desempenhou nas suas funções de vice-presidente. Ele representa uma nova geração de líderes, e estará decerto preparado para enfrentar os desafios que se apresen-tam no mercado brasileiro”.

A cerimónia de Tomada de Posse decorreu no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo, no dia 29 de fevereiro e contou com a presença de cerca de 1100 convidados, entre os quais se destaca a presença do atual Presidente do Brasil, Michel Temer, que fez o discurso de abertura daquele evento.

Estiveram também presentes o Governador do Es-tado de São Paulo e Personalidade do Ano CIMLOP

2015, Geraldo Alckmin; Gilberto Kassab, Ministro De Estado e das Cidades e o Prefeito da Cidade de São Paulo, Fernando Haddad, entre outras personalida-des da esfera política do Brasil, que fizeram questão de marcar presença naquele momento.

No seu discurso de Tomada de Posse, Flávio Amary reconheceu o desafio que se apresenta e afirmou que a sua atuação se focará na recuperação econó-mica, que passa por soluções do campo político que tenham influência positiva no mercado.

Flávio Amary passa assim a dirigir o SECOVI-SP num momento político e económico bastante difícil no Brasil, e em especial para o mercado imobiliário que tem sofrido muito com o impacto da crise que se vive no País, fazendo com que deste mandato um desa-fio ainda maior, que integrará decerto soluções, tais como a internacionalização para os Países de Língua Oficial Portuguesa.

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Flávio AmaryFlavio Amary é presidente do Secovi-SP e reitor da Universidade Secovi

ARTIGOS DE OPINIÃO

O ano que passou foi marcado por acontecimentos que, por sua gravidade, levaram o País à beira da derrocada econômica. O setor imobiliário deve fe-char 2016 com desempenho de vendas 30% inferior ao registrado em 2015. Juros altos, nível elevado de desemprego e crédito imobiliário escasso afetaram duramente nossas atividades.

O mercado imobiliário registrou o pior resultado des-de 2004, fruto das crises econômica, política e insti-tucional. O estoque de imóveis impediu novos lança-mentos, o que acentuou o desemprego no canteiro de obras e nos escritórios das empresas, as quais

tiveram de adotar estratégias agressivas de venda para sobreviver.

Não é da natureza do empreendedor brasileiro aguardar os fatos. Temos a responsabilidade de pro-vocá-los e buscar meios de destravar a produção para recuperar e gerar emprego e renda; além de sustentar as reformas estruturais.

Por meio de parcerias internacionais como a que mantemos com a Cimlop, promovemos o intercâm-bio de experiências e conhecimento, sempre com vistas a fortalecer nosso mercado e contribuir para o crescimento do País.

O Brasil merece ser respeitado à altura de sua gran-deza!

A sociedade civil organizada precisa assumir o prota-gonismo que dela se espera para fazer as mudanças necessárias. Entidades empresariais devem se unir em torno de uma pauta comum e, coletivamente, de-fendê-la e exigir providências.

Se o juro alto não pode continuar, pressionar, em uníssono. Ir ao Congresso, ao Palácio do Planalto. Fa-lar com quem tem o poder da pena e peso da decisão. Enfim, fazer a política no seu sentido original, pauta-da no estudo e na aplicação das melhores formas de gerir a pólis (Estado), buscando o bem comum.

A principal missão da sociedade civil organizada é construir 2017. Atuar politicamente; colocar a mão na massa; enfrentar quem deseja o atraso econômi-co, social e ético. São os empreendedores e os tra-balhadores brasileiros que fazem o desenvolvimento nacional. Ele não cai do céu. É fruto de muito empe-nho e suor.

Vamos construir 2017! O futuro depende de nós.

2017, Um Ano para se construir

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Marcado por quedas históricas no mercado de imóveis, o ano de 2016 termina com resultado positivo no segundo semestre. Para que o setor possa reagir efetiva-

mente, Secovi-SP defende redução mais acentuada na taxa de juros

O mercado imobiliário costuma registrar melhor desempenho no segundo semestre do ano, puxado principalmente pela performance do último trimes-tre. Foi o que aconteceu em 2016 na capital paulista, cujo desempenho costuma ser replicado em todo o Brasil.

Depois de um primeiro semestre marcado por que-das históricas, a partir de agosto, os números melho-raram gradativamente e o mercado encerrou o ano com mais de 10 mil unidades residenciais lançadas.

“Uma excelente notícia, um alento em um ano de re-sultados bastante preocupantes para o nosso setor”, afirma Flavio Amary, presidente do Secovi-SP.

Os plantões de venda de imóveis registraram movi-mento crescente no período, o que demonstra que as pessoas estão dispostas a realizar o sonho da casa própria. Excelente termômetro dessa intenção foi constatado em evento realizado pelo Secovi e enti-dades do setor, em parceria com o governo estadual, e que registrou movimento acima de 20 mil pessoas

Mercado Brasileiro – SECOVI-SP

ARTIGOS DE OPINIÃO

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interessadas na compra de imóveis em apenas um fi-nal de semana.

“Considerando o bom desempenho do mercado imo-biliário, podemos supor que esses fatos refletem o retorno da confiança do consumidor e dos empreen-dedores diante das medidas econômicas que vêm sendo adotadas pelo governo federal. E nunca é de-mais repetir que confiança é primordial para o nosso mercado, que atua no longo prazo”, avalia Amary.

Os indicadores são positivos e apontam para uma melhora gradativa. No entanto, os resultados estão longe de significar uma reação do mercado, que acu-mula em 2016 volume de lançamentos e vendas de imóveis novos abaixo dos registrados no ano anterior – cujo desempenho também não havia sido dos me-lhores.

“Para que possamos entrar em uma rota de recupe-ração, defendemos a adoção de medidas simples, indispensáveis para estimular a classe empresarial brasileira, incluindo maior segurança jurídica e dimi-nuição da burocracia”, explica. “A principal delas é, sem dúvida, a redução acentuada da taxa de juros, que já teve início e que esperamos tenha continuida-de nos próximos meses.”

Para Amary, somente por meio de uma trajetória de queda da taxa de juros, o setor imobiliário brasileiro terá condições de começar a reagir, de colocar suas atividades novamente nos patamares normais e, consequentemente, contribuir para o aquecimento da economia, por meio de sua reconhecida capacida-de de estimular a extensa cadeia produtiva da indús-tria imobiliária.

ARTIGOS DE OPINIÃO

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ARTIGOS DE OPINIÃO

Sérgio SobralFlavio Amary é Diretor Secretário do COFECI e Vice-Presidente CIMLOP/COFECI

O governo brasileiro tem adotado medidas positivas que devem alavancar a economia do país no que diz respeito ao segmento imobiliário. Dentre outras me-didas, recentemente o Conselho Monetário Nacio-nal (CMN) aumentou o valor do imóvel que pode ser comprado com recursos do FGTS. 2016 foi um ano atípico, sim. Altos e baixos na conjuntura política e econômica abalaram a confiança de investidores. Mas as perspectivas para este novo ano são boas. Os preços devem continuar estáveis e o custo de crédito deve reduzir.

Na última Sessão Plenária do COFECI deste ano, há alguns dias, todos os presidentes de CRECIs se reu-niram para fazer um balanço de 2016 e estudar as perspectivas para 2017. Não temos dúvidas de que vêm por aí lançamentos, salões imobiliários, investi-dores estrangeiros (especialmente com a aprovação da PEC 55, que estabelece um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos)... Vale frisar que o mercado imobiliário representa, atualmente, cerca de 18% do Produto Interno Bruto brasileiro (PIB), ou seja, é de fundamental importância para a economia de nosso país. Além de ser o setor que mais contra-ta mão de obra não especializada, abrange diversos segmentos: construtoras, imobiliárias, corretores de imóveis, agentes financeiros, empresas de material de construção, publicidade, entre muitos outros ra-mos. É um referencial de desenvolvimento de qual-quer país: quando o setor imobiliário cresce, alavan-ca toda a economia. Então esses cortes nos juros e todas as medidas que ainda deverão ser empreen-didas pelo governo brasileiro são um estímulo ainda maior ao aquecimento do mercado.

Há algum tempo, o mercado imobiliário de Portugal passou por uma crise semelhante à que passamos hoje no Brasil. Ao angariar investidores estrangeiros, conseguiram contornar a situação e retomar o cres-

Perpspectivas do mercado imobiliário noBrasil em 2017

REVISTA CIMLOP21

cimento. O Brasil é um país de grande potencial e o Nordeste continua sendo a ‘bola da vez’, atraindo a atenção de muitos empresários por ser uma região que conta com sol o ano todo, mão de obra farta, praias nativas e outros fatores que favorecem os ne-gócios. O Brasil ainda tem um déficit de aproxima-damente 12 milhões de moradias. E mais: o valor da moeda também é um incentivo para os estrangeiros, que conseguem comprar imóveis e terrenos mais ba-ratos no Brasil. Nesse contexto, a CIMLOP contribui de forma ímpar para o desenvolvimento do setor. O intercâmbio com países de língua portuguesa nos permite absorver ex-periências já vivenciadas com a retração do mercado imobiliário nesses países e dividi-las com os correto-res de imóveis brasileiros. Através dela, compartilha-mos com o mercado internacional as oportunidades

que nosso país oferece, fortalecendo nossa imagem e fechando excelentes negócios.

As parcerias devem servir de inspiração e o foco é investir em feiras, salões, fundos imobiliários, roda-das de negócios e portais imobiliários. Isto é, aplicar aqui, especialmente no Nordeste, o mesmo trabalho que a CIMLOP realizou em Portugal. Nós queremos trazer ao Brasil uma comitiva de empresários e in-vestidores. Devemos ainda buscar mais apoio nas autoridades para criar uma estrutura de atração de investidores.

Ou seja, temos muito trabalho pela frente.

Fortaleza, Ceará

ARTIGOS DE OPINIÃO

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PORTUGAL

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LISBOA RECEBE ENCONTRO DE OUTONO CIMLOP

A Confederação da Construção e do Imobiliário de Lín-gua Oficial Portuguesa (CIMLOP), reuniu em Lisboa, de 5 a 7 de outubro, no âmbito do seu habitual En-contro de Outono, integrado no Salão Imobiliário de

Portugal (SIL 2016).

Promover o imobiliário lusófono é um dos grandes objetivos desta Confederação, composta por Associações Empresariais do sector do imobiliário e Construção de Angola (AECCOPA e APIMA), Brasil (COFECI e SECOVI-SP), Cabo-verde (CTCV), Mo-çambique (FME), Portugal (AICCOPN e APEMIP) e Guiné Bissau (CCIAS).

Este encontro foi Marcado pela Cerimónia de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais da CIMLOP, que teve lugar nas Cavalariças

Novos Órgãos Sociais da CIMLOP tomaram posse em Lisboa

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Legenda 01Luís Lima, Presidente da CIMLOP e Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa

Legenda 02Assunção Cristas, Presidente do CDS-PP e Luís Lima, Presidente da APEMIP

Legenda 03Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa presidiu ao Jantar de Gala do Encontro de Outono da CIMLOP

do Hotel Pestana Palace, em Lisboa, e contou com a honrosa presença do Presidente da Câmara Munici-pal de Lisboa, Dr. Fernando Medina.

A equipa que tomou posse para o triénio 2016-2018, foi eleita na Reunião de Primavera da CIMLOP que teve lugar em Moçambique, mais precisamente na capital, Maputo, e assumiu, pela voz do Presidente Luís Carvalho Lima, o compromisso de continuar a crescer e a credibilizar-se.

Romeu Chap Chap, Presidente da Mesa da Assem-bleia Geral da CIMLOP, marcou também presença para dar posse aos novos Órgãos Sociais, e reiterou também as palavras do Presidente da Direção, Luís Lima, realçando o seu trabalho enquanto dirigente do futuro desta Confederação

À cerimónia de Tomada de Posse seguiu-se o anual Jantar de Gala do Encontro de Outono da CIMLOP, que foi presidido pelo Presidente da Câmara Munici-pal de Lisboa, Fernando Medina, que fez questão de realçar a importância do setor imobiliário e do inves-timento estrangeiro para a dinamização das cidades portuguesas, nomeadamente da cidade de Lisboa, e que fez questão de agradecer a presença dos mem-bros da CIMLOP em Lisboa, afirmando que os mesmos se devem sentir em Lisboa como na sua própria casa.

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CGD recebe distinção Entidade do Ano CIMLOP 2016

Oobjetivo da CIMLOP é continuar a crescer, acumulando o prestígio que já conquistou, pelo frutuoso contributo que tem vindo a dar na declarada intenção de captar inves-

timentos para as áreas da construção e do imobiliário para os países de origem das associações que a cons-tituem. Neste sentido, e porque o apoio de entidades e personalidades neste crescimento é fulcral, a Con-federação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa iniciou, em 2013, a atribuição da distinção “Medalha de Outo CIMLOP”, entregue anual-mente a uma personalidade e ou entidade que tenha uma importante envolvência no desenvolvimento do mercado imobiliário dos países lusófonos.

Esta é uma homenagem votada e decidida pela Dire-ção da CIMLOP, que elegeu unanimemente a perso-

Comendador Jorge Rocha de Matos, Personalidade do ano CIMOP 2013; Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa; Pedro Leitão, Administrador da Caixa Geral de Depósitos e Luís Lima, Presidente da APEMIP

nalidade e entidade merecedoras desta distinção no corrente ano.

Assim, este ano, a entidade eleita como Instituição do Ano 2016 foi a Caixa Geral de Depósitos, uma distin-ção que se justificou pelo apoio que este banco tem dado à Presidência da CIMLOP e ao sector imobiliá-rio, ao promover e apoiar ações de internacionaliza-ção nos países da lusofonia.

Para receber esta distinção, marcou presença o Admi-nistrador da Caixa Geral de Depósitos, Dr. Pedro Leitão.Na categoria de Personalidade do Ano de 2016, foi votada por unanimidade a Distinção da Medalha de Ouro da CIMLOP à Senhora Ministra do Urbanismo e da Habitação de Angola, Dra. Branca do Espírito Santo, uma distinção que se justificou pelo distinto trabalho

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Medalha de Personalidade do AnoCIMLOP 2015 entregue a Geraldo Alckmin

Flávio Amary, Vice-presidente da CIMLOP, Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo e Romeu Chap Chap, Presidente da Assembleia Geral da CIMLOP

que tem levado a cabo no progresso do sector imobi-liário em Angola, promovendo a qualidade de vida e o desenvolvimento urbano, sendo por isso um exem-plo a seguir pelos restantes países da lusofonia.

Devido a compromissos de agenda Governamental, Branca do Espírito Santo não pôde comparecer na ce-rimónia, pelo que a Medalha de Ouro CIMLOP de Per-sonalidade do Ano 2016 ser-lhe-á entregue posterior-mente pelo Presidente da CIMLOP em Luanda, onde terá lugar o Encontro de Primavera da CIMLOP 2017.

Reafirmou-se assim, uma vez mais a capacidade da Confederação da Construção e do Imobiliário de Lín-gua Oficial Portuguesa, ser um bom ponto de partida para a dinamização dos mercados da construção e do imobiliário, com importante papel na aproxima-ção dos países membros para o aproveitamento de sinergias que projetem o espaço dos países de língua oficial portuguesa.

O Governador do Estado de São Paulo, Dr. Geraldo Alckmin foi agraciado, em 2015, com a Distinção da Medalha de Ouro para Personalidade do Ano CI-MLOP 2015. Esta homenagem justificou-se pelo tra-balho que Geraldo Alckmin que tem levado a cabo no progresso do sector imobiliário no Brasil, pro-movendo a qualidade de vida e o desenvolvimento urbano, sendo por isso um exemplo a seguir pelos restantes países da lusofonia.

O Governador do Estado de São Paulo não pôde marcar presença na cerimónia de entrega desta distinção, que decorreu no Encontro de Outono da CIMLOP 2015, em Lisboa, pelo que o Presidente da Assembleia Geral da CIMLOP, Romeu Chap Chap e o Vice-presidente da CIMLOP, Flavio Amary, ficaram incumbidos de entregar esta Medalha, logo que fos-se oportuno, o que aconteceu em Agosto deste ano.

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Luís Lima anuncia recandidatura àPresidência da APEMIP

O jantar de Gala de Outono da CIMLOP, foi também o momento do anúncio da recandidatura de Luís Lima, como Presidente da APEMIP. “Esta é uma re-candidatura que vem no seguimento da ausência de

existência de outras listas candidatas, pelo que, estatutariamente, a Direção se viu obrigada a elaborar uma lista de continuidade, que continuarei a Presidir. Esta é uma candidatura apoiada e in-centivada pela Direção, cujo trabalho daremos continuidade por mais três anos”, declarou.

As eleições para os Órgãos Sociais da APEMIP, triénio 2017-2019, decorreram no dia 27 de novembro, tendo a lista candi-data sido eleita por larga maioria.

Luís Carvalho Lima, Presidente da CIMLOP

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ARTIGOS DE OPINIÃO

Manuel Reis CamposPresidente da AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas

O mercado imobiliário vai iniciar o ano de 2017 numa tónica positiva, com a generalidade dos indi-cadores económicos a apontar um comportamento favorável. No terceiro trimestre de 2016, o número de transações de imóveis revela um crescimento de 15,8%, quando comparado com o período homólogo de 2015. O licenciamento de obras, que se encontra-va em queda desde 2001, está a crescer 13,4%, face ao ano passado. Globalmente, deveremos atingir um volume total de 18,1 mil milhões de euros em tran-sações imobiliárias, do qual 4 mil milhões dizem res-peito a investimento estrangeiro. Estes são valores expressivos e permitem afirmar que estamos a atra-vessar um momento de consolidação que, há muito, era aguardado.

Em grande medida, esta evolução resulta do reno-vado interesse dos investidores, motivado pelo atual nível das taxas de juro e pela falta de alternativas atrativas por parte da Banca, complementado por uma procura muito relevante de investidores estran-geiros, com o turismo a destacar-se enquanto fator impulsionador, uma vez que, é unânime, está a atra-vessar um excelente momento. As vantagens com-parativas do nosso País permitem-lhe aspirar a uma posição entre os principais destinos de investimento, através da afirmação internacional do nosso imobi-liário, já que possui caraterísticas intrínsecas como o

Investimento estrangeiro e prioridade dada à Habitação para 2017, reanima Setor da Construção e do Imobiliário

REVISTA CIMLOP30

clima, o património histórico-cultural, ou o ambiente social que nos valorizam externamente.

O Investimento em Construção é, a exemplo do que se passa na generalidade das economias, uma variá-vel determinante para o andamento do Investimento Nacional, pelo que o papel da Construção e Imobiliá-rio é essencial para recuperar a capacidade de atra-ção do investimento e, consequentemente, para o crescimento da economia e criação de emprego.Em 2015, o volume de negócios das empresas de construção nos mercados internacionais atingiu 5,22 mil milhões de euros, o que representa cerca de 45% da produção no mercado nacional. O continente Afri-cano representou 55,5% do volume de negócios das empresas portuguesas, ascendendo a 3.131 milhões de euros em 2015. O continente Americano foi res-ponsável por 24% e a Europa representou, apenas, 13% da faturação internacional das empresas portu-guesas de construção.

Esta evolução só é possível porque o processo de in-ternacionalização conta já com uma larga experiência por parte de muitas das empresas nacionais e com o reconhecimento mundial da qualidade da constru-ção, imobiliário e engenharia portuguesas.

Assim, num plano em que a internacionalização as-sume, de forma cada vez mais marcante, um papel de motor de desenvolvimento económico do País, a CIMLOP apresenta-se, não só como importante fa-tor diferenciador das empresas que integram a co-munidade lusófona, mas, de igual modo, como um instrumento potenciador da criação e consolidação de parcerias estratégicas, que permitam afirmar re-conhecer e afirmar a sua capacidade, representando ganhos de competitividade à escala global.

Reabilitação Urbana da cidade do Porto

ARTIGOS DE OPINIÃO

REVISTA CIMLOP31

ARTIGOS DE OPINIÃO

A AICCOPN – Associação dos Industriais da Constru-ção Civil e Obras Públicas, como sempre, está ao lado das empresas, no seu esforço de adaptação a uma conjuntura profundamente marcada pela incerteza. Esta é a sua missão, ainda mais premente num mo-mento em que, não obstante as dificuldades que o se-tor enfrenta, existem oportunidades que não podem ser desperdiçadas.

A inovação, a produtividade e a cooperação empresa-riais são fatores que, invariavelmente, têm de integrar as estratégias empresariais de toda a fileira da Cons-trução e Imobiliário mas que, em grande medida, não dependem exclusivamente de uma ação isolada de cada empresa, exigindo antes um amplo esforço de mobilização alargada de todo o tecido empresa-rial, num amplo espaço geográfico que ultrapassa as fronteiras nacionais. Efetivamente, o acesso a oportu-nidades de negócio, as parcerias, o trabalho em rede e a partilha de conhecimentos, devem constituir uma oportunidade para as nossas empresas e não uma verdadeira barreira que impede o seu crescimento.

Mercado Português–AICCOPN

Iniciativas como o motor de negócios “AICCOPN Cons-tru+” e os projetos de qualificação das empresas “GPC | Global Portuguese Construction” e “RU-IS | Reabili-tação Urbana Inteligente Sustentável”, assim como os SPMT – Serviços de Prevenção e Medicina do Trabalho e o CICCOPN – Centro de Formação Profissional da In-dústria da Construção Civil e Obras Públicas do Norte, integram e complementam o leque de serviços que a nossa Associação disponibiliza às empresas, tendo sempre presente o compromisso de melhoria contí-nua, e revelam bem o nosso esforço para caminhar ao lado dos Associados e encontrar instrumentos inovadores, capazes de lhes criar valor acrescentado, reduzir custos, identificar oportunidades de negócio e distinguir as suas competências no mercado.

A Associação perspetiva o novo ano, com novos ser-viços, assentes, designadamente, na disponibilização de oportunidades de negócio, no âmbito das obras privadas e na consolidação da cooperação com o IM-PIC, permitindo às empresas, uma efetiva adequação dos requisitos que estão obrigadas a cumprir à ati-vidade que exercem, situação que é não facilmente determinável, face às alterações à Lei dos Alvarás, que eliminou as categorias e subcategorias nas obras particulares.

Assumir-se como um verdadeiro “centro” de negócios nacionais e internacionais, concentrar toda a informa-ção essencial para o desenvolvimento da atividade, disponibilizar importantes instrumentos no âmbito do marketing digital e tirar partido das novas tecno-logias de informação, este é o desafio que marcará, a nível associativo, a AICCOPN, uma Associação aberta a toda a comunidade da Construção, que pretende dar um relevante contributo para a melhoria da sua competitividade e para o reforço do seu posiciona-mento nesta economia crescentemente globalizada.

REVISTA CIMLOP32

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CONFEDERAÇÃO DA CONSTRUÇÃO E DO IMOBILIÁRIO DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA