Tomazielo - Planejamento e conduçao modificada patrocinio 29 09

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Roberto Antonio Thomaziello Roberto Antonio Thomaziello [email protected] [email protected] Centro de Café “Alcides Carvalho”

Transcript of Tomazielo - Planejamento e conduçao modificada patrocinio 29 09

Roberto Antonio ThomazielloRoberto Antonio [email protected]@iac.sp.gov

Centro de Café “Alcides Carvalho”

Seleção de glebas homogêneas Altitude Face do terreno Exposição a ventos Escoamento de ar Declividade Cultura anterior Textura do solo: argiloso/arenoso Profundidade do solo Áreas de recente erradicação de cafeeiros

Exame de nematóides: raízes e solo - diminuição da população - rotação de culturas: Mucuna preta; Crotalaria spectabilis Solos degradados Escolha de cultivares adaptadas a região Fenótipo: genótipo x meio ambiente Nunca plantar área maior que a capacidade de recursos

próprios para investimento Café é cultura perene: análise de riscos a médio e longo prazo O custo de implantação é alto, em torno de R$ 13 a

14.000,00/ha até a 1ª produção (2,5 anos), sem irrigação

Clima

Fertilidade do solo

Tratos culturais

Cultivares/linhagens

Pragas e doenças

Mão – de – obra

Valor da terra

Tamanho da propriedade

Topografia

Recursos financeiros

Podas

Critérios para escolha

Espaçamento N.º de

Plantas/ha

Área por

Planta (m2)

Produtividade

(sc/ha)

Produção

(g/planta)

2,0 x 0,5 10.000 1,0 60a 365c

2,5 x 0,5 8.000 1,25 52a 393c

3,0 x 0,5 6.666 1,5 41b 377c

3,5 x 0,5 5.714 1,75 35b 369c

2,0 x 0,75 6.666 1,5 54a 485b

2,5 x 0,75 5.333 1,875 53a 597a

3,0 x 0,75 4.444 2,25 42b 567a

3,5 x 0,75 3.809 2,625 36b 572a

2,0 x 1,0 5.000 2,0 50a 608a

2,5 x 1,0 4.000 2,5 42b 632a

3,0 x 1,0 3.333 3,0 35b 643a

3,5 x 1,0 2.857 3,5 28b 600a

As médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, pelo teste de Scott & Knott, a 5% de probabilidade

Produções médias de nove colheitas (1994-2002), em sacas por hectare de café beneficiado e gramas por planta de café beneficiado, em função da combinação dos espaçamentos entre as linhas de plantio e entre as plantas na linha de plantio. UFLA, Lavras, MG, 2004.

Catuaí Vermelho IAC 144Catuaí Vermelho IAC 144

Nove produçõesNove produções

espaçamento entre linhas: 2,00; 2,50; 3,00; 3,50espaçamento entre linhas: 2,00; 2,50; 3,00; 3,50

espaçamento entre plantas: 0,50; 0,75; 1,00mespaçamento entre plantas: 0,50; 0,75; 1,00m

a cada 0,50m aumento entre linhas: decréscimo 7,5 sc. benef./haa cada 0,50m aumento entre linhas: decréscimo 7,5 sc. benef./ha

a cada 0,25m diminuição entre plantas: acréscimo 4,2 sc. benef./haa cada 0,25m diminuição entre plantas: acréscimo 4,2 sc. benef./ha

disposição das plantas tb. influencia a produtividade.disposição das plantas tb. influencia a produtividade.

3,00 x 0,5m – 6.666 pés/ha: média de 41 sc.benef./ha3,00 x 0,5m – 6.666 pés/ha: média de 41 sc.benef./ha2,00 x 0,75m – 6.666 pés/ha: média de 54 sc.benef./ha2,00 x 0,75m – 6.666 pés/ha: média de 54 sc.benef./ha

diferença: +13 sc.benef./ha = + 31,7%diferença: +13 sc.benef./ha = + 31,7%

Espaçamento mais produtivo entre linhas: 2,0m Espaçamento mais produtivo entre linhas: 2,0m → 55 sc/ha→ 55 sc/ha

Menos produtivo: 3,5m Menos produtivo: 3,5m → 33 sc/ha→ 33 sc/ha

Espaçamento mais produtivo entre plantas: = 0,50m Espaçamento mais produtivo entre plantas: = 0,50m → 47 → 47 sc/hasc/ha

Menos produtivo: 1,0m Menos produtivo: 1,0m → 39 sc/ha→ 39 sc/ha

Fonte: Sérgio P. Pereira – UFLA, Lavras, MG, 2004

Produção das quatro primeiras safras, em cafeeiros sob diferentes espaçamentos, com ou sem irrigação

suplementar. Varginha – MG, 2008Espaçamento (m) Produção 2005/2006/2007/2008 e Média Geral (Sacas beneficiadas/ha)

Com irrigação Sem irrigação

2005 2006 2007 2008 MédiaMédia 2005 2006 2007 2008 MédiaMédia

1,91,9

0,50,5 116,7 82,0 95,0 84,2 94,594,5 90,3 79,6 40,7 84,2 73,773,7

0,750,75 104,9 69,1 81,4 66,6 80,580,5 90,6 61,8 53,3 63,1 67,267,2

1,01,0 97,9 77,7 100,2 59,6 83,983,9 92,7 55,2 49,1 59,6 64,264,2

médiamédia 106,5 76,3 92,2 70,1 86,386,3 91,2 65,5 47,7 69,0 68,368,3

3,83,8

0,50,5 61,0 67,2 45,4 69,2 60,760,7 53,3 63,0 20,4 57,4 48,548,5

0,750,75 59,4 51,6 47,5 48,2 51,751,7 48,8 44,1 22,4 42,5 39,539,5

1,01,0 59,3 53,5 51,7 45,6 52,552,5 47,3 35,5 27,1 41,6 37,937,9

médiamédia 59,9 57,4 48,2 54,3 55,055,0 49,8 47,5 23,3 47,2 41,941,9

Rua Rua LinhaLinha

Fonte: Rodrigo Naves Paiva et al – MAPA/PROCAFÉ – Varginha – MG - 2009

Espaçamentos crescentes na linha de plantio na cafeicultura irrigada do Oeste da Bahia

Stand e Produtividade (Safra 2006/2007/2008)

Espaçamentos Stand %

Plantas

Scs/ben./ha

2006

Scs/ben./ha

2007

Scs/ben./ha

2008

Média % Média

Produção

3,8m x 0,3m 8.771 pl/ha + 67 47 a 94 a 47 a 63 a + 23,5

3,8m x 0,4m 6.578 pl/ha + 25 38 ab 77 ab 50 a 55 ab + 7,8

3,8m x 0,5m 5.263 pl/ha 100 34 bc 72 ab 47 a 51 abc 100

3,8m x 0,6m 4.385 pl/ha - 17 31 bcd 86 ab 42 a 53 abc + 10,3

3,8m x 0,7m 3.759 pl/ha - 29 28 bcd 78 ab 45 a 50 abc - 2,0

3,8m x 0,8m 3.289 pl/ha - 37 23 cd 71 ab 45 a 46 bc + 9,9

3,8m x 0,9m 2.923 pl/ha - 44 22 cd 68 ab 46 a 45 bc - 11,8

3,8m x 1,0m 2.631 pl/ha - 50 21 d 56 b 39 a 39 c - 23,5

CV%CV% 17,117,1 17,817,8 26,726,7 13,713,7

Fonte: Edmilson M. Figueiredo et al – Fundação BA/AIBA – L. E. Magalhães – BA, 2009

Tipos Áreas mecanizadas

Áreas não mecanizadas

Tendência Atual

Maior nº de pés/ha

4.000 a 5.000

Não existe fórmula única Ponto equilíbrio < custo beneficio Planejamento da lavoura Analisar critérios de escolha Cuidado com generalização

ConclusõesConclusões

ADENSADOMECANIZÁVEL

PREPARO DO TERRENO

Amostragem de soloAmostragem de solo

- Análise física

- Análise química 0 – 20 e 20 – 40 cm

Macronutrientes + S e micronutrientes

Operações mais comuns: aração e gradagem

Se necessário, distribuição de calcário e/ou gesso ½ antes da aração e ½ após aração, antes da gradagem

Primordial: subsolagem

Solos arenosos (sujeitos a erosão): evitar operações de aração e gradagem:

Rebaixar a cultura existente (pasto, cultura anual) com roçadeira ou trincha ou herbicida, mantendo o solo vegetado

Sulcar e subsolar apenas a linha de plantio

Saturação de bases a 50% (V%)

Teor mínimo de Mg = 5 mmolc/dm3

Aumenta a atividade microbiológica do solo

Corrige acidez e saturação de Al

Corrige Ca e Mg

Calcário = CTC (V2 – V1) 10 PRNT

Baseado na análise de solo de 20 – 40 cm

Teor de Ca+2 inferior a 4 mmolc /dm3

ou

Saturação de Al acima de 40% na CTC ativa

Argila (em g/Kg) x 6 = Kg/ha de gesso

até 15% argila = 1 ton./ha

15 – 35% argila = 2 ton./ha

35 – 60% argila = 3 ton./ha

> 60% argila = 4 ton./ha

Fornece Ca e S

Reduz saturação de Al

Diminui efeito tóxico do Cloreto

Calcário Gesso

2 1

1 1

=

=

- Nível- Linha reta - L -O

Plantio no Leste-Oeste

Trator de esteira com o implemento sulcador, que pode atingir até 1 metro de profundidadeTrator de esteira com o implemento sulcador, que pode atingir até 1 metro de profundidade

Fonte: Procafe

Trator operando na abertura de sulcos profundosTrator operando na abertura de sulcos profundos

Fonte: Procafe

Pode-se ver, em detalhe a maior profundidade e maior volume dos sulcos preparados,Pode-se ver, em detalhe a maior profundidade e maior volume dos sulcos preparados, fotos na Fazenda Vale Verde, Alfenas MGfotos na Fazenda Vale Verde, Alfenas MG

Fonte: Procafe

0

Terraço de base larga em nível e alinhamento em linha reta cortando a Terraço de base larga em nível e alinhamento em linha reta cortando a maior declividade do terrenomaior declividade do terreno

Plantio mecanizado, no nível do terrenoPlantio mecanizado, no nível do terreno

S. S. da Grama – SP

Demanda anual de N, P2O5 e K2O para produção e vegetação

de uma saca de café beneficiada de 60,5 Kg.

Demanda - Kg/ha

Nutriente

N

P2O5

K2O

Vegetação Produção

3,6 2,6

0,38 0,23

2,8 3,0

Exemplo: m 40 sc./ha: 250 Kg N; 25 Kg PExemplo: m 40 sc./ha: 250 Kg N; 25 Kg P22OO55; 230 Kg K; 230 Kg K22O/haO/ha

Aplicar os adubos minerais, a partir do 3º ano agrícola (2º ano após o plantio), em função do teor de N nas folhas, dos teores de P, K , Mn, Zn e B revelados pela análise de solo e da produtividade esperada, de acordo com as tabelas seguintes:

(1) Café beneficiado

Fonte: Boletim 100 IAC

Acrescentar S à adubação, na base de aproximadamente 1/8 do N aplicado. Essa adubação pode ser dispensada se análise de solo revelar teores no solo acima de 10 mg/dm3 de S.

Acrescentar boro, manganês e zinco de acordo com a análise de solo:

Fonte: Boletim 100 IAC

TABELA NOVA (mg/dm³)TABELA NOVA (mg/dm³)

B no solo Zn no solo S no solo Mn no solo Cu no solo

Baixo < 0,6 < 2,0 <10 < 3,0 <2,0

Médio 0,8 - 1,2 2,0 - 5,0 10 - 20,0 3,0- 6,0 2,0- 5,0

Alto >1,2 >5,0 >20 >6,0 > 5,0

Micronutrientes e enxofreMicronutrientes e enxofre

Fonte: J.A. Quaggio -IAC

Finalidade de diagnose de deficiências ou excesso

Ferramenta para auxiliar no manejo de adubação: ajustes na programação

Resultados de análise foliar para micronutrientes tem que ser utilizados com cuidado.

AnuaisAnuais: com culturas intercalares, em ruas alternadas, como milho; crotalárias; girassol

Arbustivos temporáriosArbustivos temporários: a cada 4 – 5 ruas com feijão guandú

Arbustivos permanentesrbustivos permanentes: a cada 8 – 12 ruas com bananeira

Arbóreos permanentesArbóreos permanentes: com renques a aproximadamente 100m de distância e distância entre árvores na linha de 4 m, com utilização de Grevilea, Pinus, etc.

Plantio novo com cultura intercalar de milho em ruas Plantio novo com cultura intercalar de milho em ruas alternadas, como “quebra-vento”alternadas, como “quebra-vento”

Fazenda Tabuões – Patrocínio/MG

Fazenda Tabuões – Patrocínio/MG

Quebra-vento com Feijão Guandú

Com cultura intercalar de milho a cada três ruas, Com cultura intercalar de milho a cada três ruas,

como “quebra-vento”como “quebra-vento”

Com cultura intercalar de girassol em ruas alternadas, Com cultura intercalar de girassol em ruas alternadas, como “quebra-vento”como “quebra-vento”

Fazenda Santa Fé - MGQuebra-vento

Fazenda Tabuões – Patrocínio/MG – Quebra-vento com Feijão Guandú e Pinus

Quebra - vento com bananeira

Abertura de canal para escoamento do vento

Abertura de canal para escoamento do ventoAbertura de canal para escoamento do vento

Sintomas da mancha aureolada em lavoura nova devido a ação Sintomas da mancha aureolada em lavoura nova devido a ação do vento. do vento.

Sintomas de ataque da mancha aureolada em lavoura adulta Sintomas de ataque da mancha aureolada em lavoura adulta devido a incidência de vento: folhas lesionadas, seca e devido a incidência de vento: folhas lesionadas, seca e

desfolha de ramos ponteirosdesfolha de ramos ponteiros

Ambiente tropical com elevada irradiância

Solos brasileiros são altamente intemperizados

O carbono (matéria orgânica): grande aliado contra intemperismo

Produção de matéria orgânica se faz com: energia solar + adubo mineral + calcário e/ou gesso

Matéria orgânica trazida de fora: alto custo

Com o manejo do mato alteramos substancialmente fatores como:

Estrutura do solo

- Aumento da infiltração de água

- Diminuição da perda de solo (erosão)

- Diminuição da perda de adubos

- Diminuição da compactação (adensamento) das camadas superficiais

Melhoria do nível de fertilidade

- Estabelecimento de ação “antipercolante” reciclando nutrientes

- Evitando lixiviação em períodos de excedentes hídricos

Diminuição da amplitude térmica do solo

- Entre o dia e a noite, com reflexos positivos no crescimento e produção dos cafeeiros, em especial na formação de lavouras novas

Vantagens do manejo do mato

- Cafezais menos sensíveis a adversidades climáticas

- Menor susceptibilidade ao ataque de pragas e doenças

- Menor oscilação do ciclo bienal de produção

- Reação mais favorável a podas = recuperação mais rápida do cafeeiro

- Melhoria da produtividade

Com cultivoCom cultivo = arruação, esparramação, sem mato

Sem cultivoSem cultivo = com mato controlado (roçadeira, herbicida)

Produtividades obtidasProdutividades obtidas:

com cultivo = 32 sc benef./ha

sem cultivo = 44 sc benef./ha3 anos

com cultivo = 40 sc benef./hasem cultivo = 49 sc benef./ha

12 anos

Fonte: Dr. Jairo Mazza – ESALQ/USP

Condição obrigatória para sistema atual de produção

Poda não aumenta produção

Recupera o potencial produtivo do cafeeiro

Primordial pensando - se em Colheita mecanizada

Fonte: Livro Cultivares de Café - 2008Fonte: Livro Cultivares de Café - 2008Capitulo 2 - José Donizeti AlvesCapitulo 2 - José Donizeti Alves

Mundo Novo - Garça - SP - 12 anos produçãoMundo Novo - Garça - SP - 12 anos produção

- altura: 3,46 m- altura: 3,46 m

- diâmetro: 2,85 m- diâmetro: 2,85 m

Catuaí - Garça - SP - 12 anos produçãoCatuaí - Garça - SP - 12 anos produção

-altura: 2,82 maltura: 2,82 m

- diâmetro: 2,43 mdiâmetro: 2,43 m

O crescimento do cafeeiro não ocorre de forma O crescimento do cafeeiro não ocorre de forma indefinidaindefinida

Os ramos plagiotrópicos representados pelo Os ramos plagiotrópicos representados pelo diâmetro da copa têm crescimento limitadodiâmetro da copa têm crescimento limitado

Há necessidade de revigorar esses ramos para evitar Há necessidade de revigorar esses ramos para evitar queda de produção: podaqueda de produção: poda

Para diferentes regiões cafeeiras ocorrerão Para diferentes regiões cafeeiras ocorrerão alterações nos dados apresentadosalterações nos dados apresentados

Arquitetura Arquitetura NormalNormal

Perda de Perda de produção!produção!

Tratamento Fitossanitário

Irrigação

Colheita

Pós-Colheita

Patrocínio – MG28 Setembro de 2011