TOPICOS AVANÇADOS - PARASITOLOGIA.UROANALISE

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EXAMES LABORATORIAIS MILENA LIMA

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EXAMES LABORATORIAISEXAMES LABORATORIAIS

MILENA LIMA

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Estabelece que todos os empregadores, e instituições que admitam trabalhadores como empregados (independente do número de trabalhadores), têm a obrigação de elaborar e implementar em sua empresa o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional), com o objetivo de promover e preservar a saúde de seus trabalhadores.

Norma Regulamentadora 7 ( NR – 7)

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- Dor abdominal (epigástrica, periumbilical, hipogástrica) - Diarréia, Náuseas e vômitos- Prurido anal e Urticária- “Ranger de dentes”, geofilia- Perda ponderal e Esteatorréia- Hepatoesplenomegalia- Sintomas respiratórios (tosse seca, dispnéia, sibilos, imagem de Rx migratória, eosinofilia)- Dermatite- Eosinofilia- Anemia (microcítica- hipocrômica)

- Rotina pré-natal, pré-operatória, pré-admissional- Controle de cura após parasitose tratada - Lupus eritematoso e outras doenças auto-imunes- Corticoterapia prolongada

PRINCIPAIS INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA EPF

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O exame admissional, é realizado antes do empregado ser contratado pela empresa, para se estabelecer as condições de saúde do funcionário neste momento, e evitar que futuramente

alegue alguma doença pré-existente.

EXAME ADMISSIONAL

EXAMES PERIÓDICOS

O exame periódico é realizado anualmente na empresa, e se faz indispensável para identificação de alterações na saúde

do funcionário quando comparadas a exames anteriores.

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O exame demissional é realizado na demissão, visa documentar as condições de saúde do funcionário neste

momento. É necessário para que futuramente não alegue que foi demitido com problemas de saúde, causados pelo seu

trabalho.

EXAMES DEMISSIONAIS

EXAMES DE TROCA DE FUNÇÃO

O exame de troca de função deve ser realizado sempre que o trabalhador ficar exposto a riscos ambientais

diferentes em relação à função anterior.

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São exames realizados em laboratório que complementam as informações que o médico precisa para decidir sobre a aptidão da pessoa que se submete a eles.

São exemplo de exames complementares.

GlicemiaEletroencefalograma Eletrocardiograma

AudiometriaHemograma

Parasitológico de Fezes

Sumário de Urina

EXAMES COMPLEMENTARES

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A IL-5 (interleucina), produzida por linfócitos Th-2, estimula a medula óssea para produção de eosinófilos. A decomposição dos grânulos citotóxicos dos eosinófilos provocam morte dos Helmintos. É característica das Helmintíases onde há ciclo pulmonar (Ascaridíase, Estrongiloidíase localizada e Ancilostomíase). Também na Neurocisticercose, na Esquistossomose e na Filaríase É muito rara na Enterobíase, nas Teníases, na Giardíase e na Amebíase Na Estrongiloidíase Disseminada, geralmente ausente

A EOSINOFILIA NAS PARASITOSES

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PARASITOLOGIAPARASITOLOGIA

De acordo com OMS (1992), os helmintos de importância médica estão divididos em três grupos:

• nematódeos (áscaris);

• cestódos (tênias);

• trematódeos (Shistosoma);

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PARASITOLOGIAPARASITOLOGIA

Modo de transmissão:

• Fecal-oral através da ingestão de ovos contendo larvas de terceiro estágio;

• Penetração ativa de larvas L3 pela pele ou mucosas;

• Inoculação de larvas L3 através da picada de insetos ( variação da penetração sendo veiculada pelo artrópode).

1 - NEMATÓDEOS

Ascaris lumbricoides (ascaridíase)

Ancylostoma duodenale (amarelão)

Necator americanus (amarelão)

Strongiloides stercoralis

Tricuris trichiura

Wuchereria bancrofti (filária)

Enterobius vermicularis (oxiúros)

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PARASITOLOGIA – Ascaris lumbricoidesPARASITOLOGIA – Ascaris lumbricoides

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PARASITOLOGIA – Ascaris lumbricoidesPARASITOLOGIA – Ascaris lumbricoides Ações do verme adulto no organismo:

Expoliadora Consomem grande quantidade de vitaminas (A e C), proteínas, lipídeos, carboidratos

(Desnutrição e debilitação física e mental.)

Tóxica Antígenos parasitários X Anticorpos do hospedeiro

(Edema, urticária, convulsões epileptiformes, etc.)

Mecânica Irritação da perede intestinal ou enovelamento de casais ou grupos de parasitos.

(Hemorragias e obstrução do tubo intestinal) Ação ectópica Vermes migratórios podem atingir

locais indevidos, tais como o canal colédoco, causando obstrução do mesmo, o canal de Wirsung, causando pancreatite aguda ou eliminação do verme pela boca.

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PARASITOLOGIA – Ascaris lumbricoidesPARASITOLOGIA – Ascaris lumbricoides

•desconforto abdominal (cólicas); •dor epigástrica e má digestão; •náuseas, perda de apetite; •emegrecimento; •irritabilidade, sono intranquilo; •ranger dos dentes à noite;•manchas branca na pele;

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Crianças subnutridas: o aumento exagerado do volume abdominal (abdome proeminente), debilitação físico, palidez e tristeza.

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PARASITOLOGIA – Ancilostomas PARASITOLOGIA – Ancilostomas

Ancylostoma duodenale e Necator americanus

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PARASITOLOGIA – Ancilostomas PARASITOLOGIA – Ancilostomas

PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Ação Mecânica:

•Causa lesões cutâneas na zona de penetração das larvas,

•Devido sua ação no intestino, causa dispepsia ( "indigestão“, dor,eructação (arrotos), empachamento, peso, pirose (queimação), náusea ou saciedade precoce)

•Leva a anemia por perdas intestinais

Ação Tóxica: devido à secreção de uma substância anticoagulante é comum a ocorrência de hemorragia da mucosa.

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PARASITOLOGIA – Strongiloides stercoralisPARASITOLOGIA – Strongiloides stercoralis

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PARASITOLOGIA – Strongiloides stercoralisPARASITOLOGIA – Strongiloides stercoralis

• Dor abdominal, diarréia e urticária, com eosinofilia;

• Pele: alergia recorrente, erupções eritematosas, papulosas e pruriginosas no local de penetração da larva;

• Migração de larvas: sintomas primários pulmonares; pneumonia brônquica verminosa;

• Intestino: dor abdominal, diarréia e constipação, vômitos, perda de peso, anemia variável, eosinofilia, perda protéica enteropática.;

• Freqüentemente assintomática em infecções leves; em geral, não há lesões extensas; intestino edematoso e congesto em infecções pesadas;

PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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PARASITOLOGIA – Tricuris trichiuraPARASITOLOGIA – Tricuris trichiura

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PARASITOLOGIA – Tricuris trichiuraPARASITOLOGIA – Tricuris trichiura

Maioria dos casos assintomáticos

Ocorre um processo irritativo das terminações nervosas locais, estimulando o aumento do peristaltismo e dificultando a reabsorção de líquidos no nível de todo o intestino grosso.

PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Infecções moderadas:

•Colite associada à tricuríase;

•Dores abdominais;

•Disenteria crônica;

•Sangue e muco nas fezes

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Infecções intensas e crônicas: (Principalmente em crianças)

•Dor abdominal;

•Disenteria;

•Sangramento;

•Tenesmo ;

•Prolapso retal;

PARASITOLOGIA – Tricuris trichiuraPARASITOLOGIA – Tricuris trichiuraAlterações sistêmicas :

•Perda de apetite;

•Vômito;

•Eosinofilia;

•Anemia;

•Má nutrição;

•Retardamento do desenvolvimento.

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PARASITOLOGIA –Enterobius vermicularisPARASITOLOGIA –Enterobius vermicularis

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PARASITOLOGIA –Enterobius vermicularisPARASITOLOGIA –Enterobius vermicularis

Na maioria dos casos assintomático.

Prurido anal (noturno Perda de sono e nervosismo)

Enterite catarral (Ligeira congestão e conteúdo amarelado, mucoso e muito fluído);

Presença nos órgãos genitais femininos:

• vaginite,• ovarite ,• salpingite ( inflamação pélvica das trompas de Falópio)

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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PARASITOLOGIAPARASITOLOGIA2 – CESTÓDOS

Tenia sp (Tenia solium ,Tenia saginata e Cisticercose)

Diphilobotrium latum

Heminolepys sp

O modo de transmissão dos cestodos se da atraves da

insgesta de alimentos contaminados como carne

bovina, suína, peixe etc.

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Teníase É a infecção intestinal humana causada por helmintos adultos da Taenia saginata e Taenia solium.

Cisticercose humana caracterizada pela presença da larva da Taenia solium no homem (olhos, músculos e cérebro).

Cisticercose ocular, Cisticercose muscular e Neurocisticercose.

PARASITOLOGIA – Tenia sp.PARASITOLOGIA – Tenia sp.

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PARASITOLOGIA – Tenia sp. PARASITOLOGIA – Tenia sp.

• TeníaseFreqüentemente assintomática

Dor abdominal, náuseas e perda de pesoDiarréia ou constipação

• CisticercoseConvulsões

Distúrbios do comportamentoDistúrbios visuais

Cefaléia e náuseas (hipertensão intracraniana)

PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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PARASITOLOGIA – Tenia sp. PARASITOLOGIA – Tenia sp.

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PARASITOLOGIA – Tenia sp. PARASITOLOGIA – Tenia sp.

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PARASITOLOGIA –Diphyllobothrium lattumPARASITOLOGIA –Diphyllobothrium lattum

5-6 sem:verme

2sem

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PARASITOLOGIA –Diphyllobothrium lattumPARASITOLOGIA –Diphyllobothrium lattum

Maioria das infecções: assintomática

Sintomas (10 dias após consumo do peixe):

Distensão abdominal,Flatulência,Dor epigástrica,Anorexia,Náuseas, vômitos,Fraqueza, Perda de peso, EosinofiliaDiarréia

Anemia principalmente em geneticamente susceptíveis (escandinavos) por depleção de vitB12

PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

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PARASITOLOGIAPARASITOLOGIA

2– TREMATÓDEOS

Schistosma mansoni (Esquistosomose)

O modo de transmissão através da penetração ativa

da cercaria pela pele do indivíduo

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PARASITOLOGIA –Schistosoma mansoniPARASITOLOGIA –Schistosoma mansoni

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ESQUISTOSSOMOSE AGUDA Fase pré-postural: 10 a 35 dias após infecção: Assintomática ou inaparente Mal estar, febre, tosse, hepatite aguda Fase aguda: 50 a 120 dias após a infecção: Disseminação miliar de ovos, provocando a formação de granulomas,caracterizando a forma toxêmica Forma toxêmica Sudorese, calafrios, emagrecimento, fenômenos alérgicos, cólicas, hepato-esplenomegalia discreta, alterações das transaminases, etc.

PARASITOLOGIA –Schistosoma mansoniPARASITOLOGIA –Schistosoma mansoni

Ação espoliadora Consomem 2,5 mg de ferro por dia

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ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA

PARASITOLOGIA –Schistosoma mansoniPARASITOLOGIA –Schistosoma mansoni

Formação de numerosos granulomas (presença de grande número de ovos num determinado ponto)

Diarréia, dor abdominal, tenesmo (cont. musc. lisa) emagrecimento, etc.

Fibrose da alça retossigmóide, ↓ do peristaltismo e constipação constante (prisão de ventre).

Forma intestinal A maioria benigna

Casos crônicos graves

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PARASITOLOGIA –Schistosoma mansoniPARASITOLOGIA –Schistosoma mansoni

ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA

Forma hepática No início: fígado aumentado e doloroso á palpação. Os ovos prendem-se nos espaços porta, com a formação de numerosos granulomas.

Obs: os ovos ficam retidos nos capilares dos espaços porta do fígado.

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PARASITOLOGIAPARASITOLOGIA

Os protozoarios de importancia médica são:

O modo de transmissão depende do protozoário em questão

Giardia lamblia

Entamoeba sp.(E. hystolitica e E. coli)

Trypanossoma cruzi

Trichomonas vaginalis

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PARASITOLOGIA – Giardia lamblia PARASITOLOGIA – Giardia lamblia

1. Mecanismo de transmissão

-ingestão de águas não tratadas, alimentos contaminados com água de esgoto- alimentos contaminados por vetores mecânicos

- mãos contaminadas com fezes- transmissão sexual

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PARASITOLOGIA – Giardia lamblia PARASITOLOGIA – Giardia lamblia

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PARASITOLOGIA – Giardia lamblia PARASITOLOGIA – Giardia lambliaPATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

Lesão da mucosa (atapetamento) síndrome de má absorção B12, A, D, E, K, Ferro, gorduras, etc. Diarréia com esteatorréia

A maioria assintomática

Quando sintomática Desconforto abdominal, cólicas, diarréia aquosa com odor fétido

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PARASITOLOGIA – Entaboeba sp PARASITOLOGIA – Entaboeba sp

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PARASITOLOGIA – Entaboeba sp PARASITOLOGIA – Entaboeba sp

• cólicas abdominais,• náuseas, vômitos, Anemia• emagrecimento e fadiga muscular,• Diarréia sanguinolenta,

- Necrose da mucosa intestinal (úlceras)- Pouca infiltração inflamatória- Formas patogênicas podem ultrapassar mucosa instalando-se no fígado, pulmão e cérebro- Dermatite amebiana ocorre por contato direto na fase intestinal

PATOGENIA E MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:

Ciclo não patogênico: a ameba vive como comensal na luz do intestino se alimentando dos nutrientes que não absorvemos

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Interações possíveis dos ciclos silvestre

e doméstico da tripanosomíase americana

(SIMPLIFICADO DE ZELEDÓN).

PARASITOLOGIA – Trypanossoma CruziPARASITOLOGIA – Trypanossoma Cruzi

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Na fase aguda:• febre moderada,• hepatomegalia discreta (grande fígado),• inflamação dos gânglios linfáticos,• miocardia aguda,• meningoencefalite (dores na meninges), etc.• É comum a diminuição dos sintomas.

Na fase crônica:• comprometimento do coração e do sistema digestivo.• cadiomegalia (coração grande),• megaesôfago (esôfago grande) e• megacólon (cólon grande).

A duração depende de vários fatores: desde idade e estado nutricional do paciente até os intrínsecos dos parasitas.

PARASITOLOGIA – Trypanossoma CruziPARASITOLOGIA – Trypanossoma Cruzi

Doença de Chagas

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Antecedentes Epidemiológicos

Avaliação Clínica

Laboratório: 1. Métodos Diretos e Indiretos 2. Métodos Sorológicos Convencionais 3. Métodos de imaginologia

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

Exame da fita gomada transparente

 O exame fecal não é muito indicado, apenas 5% dos indivíduos infectados apresentam ovos nas fezes.

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PESQUISAS DE LARVAS PELO MÉTODO DE BAERMAN MORAES

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICOMÉTODO HOFFMANN, PONS E JANER

(LUTZ, 1919; HOFFMANN, PONS E JANER, 1934)

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Mais de 3,5 bilhões de pessoas com parasita intestinal (OMS)Doenças infecciosas e parasitárias: 2 milhões a 3 milhões de

óbitos/ano no mundo (entre as principais causas de morte) (OMS)

TF-Test: conservantes que preservam a amostra fecal até 30 dias sem refrigeração. Acerto de 96,8%

TF-TestUnicamp-Imunoassay

13/11/2008

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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TENÍASE:PARASITOLÓGICO

Pesquisa de proglotes - Tamização Parasitológico de fezes –

CISTICERCOSE:IMUNOLÓGICO : Testes sorológicos(Sorológico- ELISA e

Western Blot) (soro e líquor)RADIOLÓGICO :Raio X, Tomografia, etc.

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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Laboratorial

Exame parasitologico comun de fezes: Kato-Katz

Biópsia retal, biópsia hepática

Exames sorológicos

Intradermoreação ELISA, Fixação do complemento, IFI,etc.

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO: Schistosoma mansoni

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MÉTODO KATO-KATZ (MÉTODO QUANTITATIVO)

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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Giardia lambliaGiardia lambliaDIAGNÓSTICO

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

• LABORATORIAL

PARASITOLÓGICO

* Direto Faust (fezes formadas), Hematoxilina (fezes diarréicas)

IMUNOLÓGICO

* Elisa, Imunofluorescência indireta,

Imunocromatografia de fase sólida

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PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

O método de Willis é utilizado para evidencias ovos leves como de Ancilostomídeos, assim como facultativamente larvas destes helmintos.

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PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

Pesquisa de ovos de trematódeos e de cestóides, que flutuam em densidade alta de 1,20 g/ml.

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PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

Em doenças que acometem o figado como a Esquistossomes, ocasiona uma Hepatite crônica, assim todos os marcadores Hepaticos se alteram

TGO (levemente aumentada; 1,3)

Na fase aguda da doença ocorre leucocitose com eosinofilia. Pode ocorrer discreto aumento de transaminases (<100UI), pequena queda da albumina e hiperglobulinemia.

Na fase crônica os leucócitos se normalizam, mas persiste leve eosinofilia. As transaminases também podem estar levemente aumentadas, a fosfatase alcalina muito elevada e os valores de gamaglobulinas podem ultrapassar 58%.

Pode ocorrer anemia leve em qualquer fase da doença.

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Na Cisticercose, o diagnóstico clínico é dificultado pelo grande número de casos assintomáticos e pela grande variedade de formas clínicas;

O diagnóstico da Neuro Cisticercose é feito através de exames de imagem e da análise do líquor. 

A tomografia computadorizada e a ressonância magnética permitem a localização dos cisticercos no sistema nervoso central.

As alterações observadas ao exame do líquor são aumento do número de células com presença de eosinófilos, aumento moderado de proteínas e positividade da reação de fixação do complemento para a cisticercose (reação de Weimberg).

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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Testes sorológicos utilizados para detectar anticorpos anticisticerco no soro e líquor.

A presença de anticorpos no líquor normalmente é indicativa de NCC, porém um resultado negativo não exclui o diagnóstico, já que o teste tem baixa sensibilidade.

A pesquisa de anticorpos no soro apresenta reações cruzadas com teníase, sífilis, doença de Chagas, hidatidose, esquistossomose, ascaridíase e outras helmintíases.

Recomenda-se a associação de pelo menos dois métodos sorológicos para o diagnóstico da cisticercose.

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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Diagnostico diferencial da neurocisticercose: distúrbios psiquiátricos e neurológicos (principalmente epilepsia por outras causas).

TENÍASE

Como ela é oligossintomático, o diagnóstico comumente é feito pelaobservação do paciente ou, quando crianças, pelos familiares.

Observação das fezes: eliminação das progloes espontâneamente e, nem sempre, são detectados nos exames parasitológicos de fezes.

Para se fazer o diagnóstico da espécie, em geral, coleta-se material da região anal e, através do microscópio, diferencia-se morfologicamente os ovos da tênia dos demais parasitas

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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NO HEMOGRAMA encontram-se:

Eosinofilia, aumento no numero de eosinófilos, em infestações por: Ancilostomose,Estrongiloidiase, Ascaridíase, Filiriase, Esquistossomose, Tricuriase

AMEBIASEPresença de trofozoítos ou cistos do parasito encontrados nas fezes; em aspirados ou raspados, obtidos através de endoscopia ou proctoscopia; aspirados de abcessos ou cortes de tecido.

Quando disponíveis, podem ser dosados anticorpos séricos que são de grande auxílio no diagnóstico de abcesso hepático amebiano.

A ultrassonografia e tomografia axial computadorizada são úteis nodiagnóstico de abcessos amebianos

Monócitose / Macrófagos fixos nos tecidos, constantes nas endocardites, hepatites, leishmaniose.

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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ESTRONGILOIDIASE

Diagnostico atraves do Parasitológico de fezes, escarro ou lavado gástrico através do Baerman-Morais.

Em casos graves, podem ser utilizados testes imunológicos, como ELISA, hemaglutinação indireta, imunofluorescência indireta.

O estudo radiológico do intestino delgado auxília o diagnóstico. No RX, pode-se observar até cavitação nos pulmões.

Podem, ainda, ocorrer infecções secundárias como: meningite, endocardite, sepse e peritonite, mais freqüentemente por enterobactérias e fungos.

Esses quadros, quando não tratados conveniente e precocemente, podem atingir letalidade de 85%.

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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Diagnostico diferencial da Estrongiloidiase: Ascaridíase, giardíase, ancilostomíase, pneumonia, urticária, colecistite, pancreatite, eosinofilia pulmonar tropical

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

GIARDIASE

Diagnostico laboratorial: Identificação de cistos ou trofozoítos no exame direto de fezes ou identificação de trofozoítos no fluido duodenal, obtido através aspiração.

A detecção de antígenos pode ser realizada através do ELISA, com confirmação diagnóstica.

Em raras ocasiões, poderá ser realizada biópsia duodenal, com identificação de trofozoítos.

Diagnostico diferencial da Giardiase: Enterites causadas por protozoários, bactérias ou outros agentes infecciosos.

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DOENÇA DE CHAGAS

Não existe um teste que seja altamente específico e sensível para confirmar o diagnóstico.

Recomeda-se mais de um teste para fins diagnósticos;

Quando a pesquisa de anticorpos específicos é positiva em todos os testes utilizados Resultado Positivo

Quando a reação é positiva somente em um dos métodos, a confirmação do resultado dependerá dos antecedentes epidemiológicos, exame físico e exames complementares como eletrocardiograma e RX.

PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO PARASITOLOGIA – DIAGNÓSTICO

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EXAMES LABORATORIAIS

UROANÁLISE

EXAMES LABORATORIAIS

UROANÁLISE

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UROANÁLISEUROANÁLISE

SISTEMA RENAL

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UROANÁLISEUROANÁLISEFunção:

•filtrar o sangue;

•Remover os resíduos nitrogenados produzidos pelas células, sais e outras substâncias em excesso;

•responsáveis pela osmorregulação do organismo.

Controlando a eliminação de água e sais da urina, mantêm a tonicidade do sangue adequada às necessidades das células

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UROANÁLISE - ANATOMIAUROANÁLISE - ANATOMIA

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•A taxa de filtração renal =125 ml/minuto;

•A filtração não é seletiva;

•A única diferença entre a composição do filtrado e do plasma é a ausência de proteína plasmática; (ultrafiltrado do plasma).

UROANÁLISE: FILTRAÇÃOUROANÁLISE: FILTRAÇÃO

A concentração final, por exemplo, depende do estado de hidratação do indivíduo. Os 180 litros de filtrado glomerular formados a cada 24 horas são reduzidos a 1 ou 2 litros de urina final.

Page 67: TOPICOS AVANÇADOS - PARASITOLOGIA.UROANALISE

As substancias provenientes do sangue que estão nos capilares passam para o filtrado tubular. (oposto da reabsorção).

A função da secreção tubular: eliminação de resíduos não filtrados pelos glomérulos e regulação do equilíbrio ácido-básico do organismo, por meio da secreção de íons hidrogênio e bicarbonato ( H+ e NH3).

A função de excreção tem por finalidade eliminar substâncias em excesso e as espúrias que podem alterar o equilíbrio (homeostase).

UROANÁLISE: SECREÇÃOUROANÁLISE: SECREÇÃO

UROANÁLISE: EXCREÇÃOUROANÁLISE: EXCREÇÃO

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COMO A URINA É ESTÉRIL, EXISTEM FATORES QUE FACILITAM A CONTAMINAÇÃO DO TRATO URINÁRIO, TAIS COMO:

obstrução urinária: próstata aumentada, estenose de uretra, defeitos congênitos e outros.

corpos estranhos: sondas, cálculos renais (pedras nos rins), introdução de objetos na uretra (crianças).

doenças neurológicas: traumatismo de coluna.

fístulas genito-urinárias e do trato digestivo (colostomizados).

doenças sexualmente transmissíveis e infecções ginecológicas.

UROANÁLISEUROANÁLISE

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UROANÁLISEUROANÁLISE

Quando o rim é atingido, o paciente apresenta, além dos sintomas anteriores, calafrios, febre e dor lombar, podendo, algumas vezes, ocorrer cólicas abdominais, náuseas e vômitos.

Síndrome uretral aguda: Presença dos sintomas anteriores mas com cultura negativa para bactérias. Ocorre devido a causas não infecciosas, mas de origem inflamatória, como químicas, tóxicas, hormonais e irradiação.

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UROANÁLISEUROANÁLISE

É necessário controlar certos aspectos da coleta: hora, duração, dieta e medicamentos ingeridos e métodos da coleta.

1- Colher a urina em recipiente limpo e seco, sendo para realizar urocultura (cultura de urina) coletar em frasco estéril.

2- Colocar uma etiqueta no frasco (não na tampa) com o nome do paciente, data e hora da coleta.

3- Levar ao laboratório o mais rápido possível (o exame deve ser realizado no prazo máximo de 4 horas após a micção).

4- Não congelar a amostra, se necessario refrigerar de 2ºC à 8ºC.

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UROANÁLISE - TIPOS DE AMOSTRAUROANÁLISE - TIPOS DE AMOSTRA1- Urina aleatória:

É útil para detectar anormalidades que sejam bastante evidentes, em caso de pacientes no pronto-socorro e urgências.

Pode gerar erros devido à ingestão de alimentos ou à atividade física realizada pouco

antes da colheita da amostra.

2- Coleta de amostra: primeira amostra da manhã – jato médio

Amostra ideal deve ser levado ao laboratório dentro de 1 hora após a micção.

Evita resultados falsos negativos no teste de gravidez e usada para avaliar a protenúria

ortostática (deitado).

Amostra mais concentrada, detecta substâncias não visualizadas em amostras aleatórias, mais

diluídas.

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UROANÁLISE - TIPOS DE AMOSTRAUROANÁLISE - TIPOS DE AMOSTRA

3- Amostra de jejum

É resultado da segunda micção após um período de jejum, por isso é diferente da primeira amostra da manhã.

Essa amostra não contém nenhum metabólito proveniente do metabolismo dos alimentos ingeridos antes do início do período de jejum e é recomendado para a monitorização de glicosúria (glicose na urina)

4- Amostra colhida 2hs após a refeição

Urinar, pouco antes de se alimentar normalmente, colher uma amostra 2 horas após comer.

Para exame de glicosúria e utilizados para controlar a terapia com insulina em pessoas com diabetes mellitus.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

1- Exame Físico•Aspecto;•Cor;•Volume;•Densidade;•pH;

2- Exame Quimico (Análise):•Proteínas;•Glicose;•Corpos cetônicos;•Bilirrubinas;•Urobilinogênio;•Sangue;•Nitrito;•Leucócitos

3- Sedimentoscópia

•Epiteliais;•Leucócitos;•Hemácias;•Cilindros;•Cristais;•Bactérias;•Fungos.

O sumario de urina é dividido em três fases:

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO1- Exame Físico

• Densidade: 1010 a 1025 (Valores de Referência)

É a medida da densidade das substânciasquímicas dissolvidas na amostra. A densidade pode ser facilmente determinada com o uso de urodensímetro, refratômetro ou tiras reativas.

• pH: pH normal da urina variar de 4,5 e 8,0

A primeira urina da manhã pH ligeiramente ácido (5,0 e 6,0,)

O pH da urina recém-eliminada não atinge 9 (sob nenhuma condição)

Os rins ajuda a manter o pH Sanguineo na porção distal do néfron com a secreção de íons hidrogênio e de amoníaco no filtrado e com a reabsorção de bicarbonato

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO• Volume

O volume urinário muito variável, dependendo principalmente da quantidade de água ingerida e da temperatura ambiente.

Com uma dieta comum, varia entre 1.000 a 2.000 ml nas 24 horas. (limites normais de 600 ml a 2000 ml de urina).

O volume de urina excretado durante o dia (das 8 às 20 horas) é o dobro do produzido durante a noite

Oliguria= redução do volume diário normal, Anúria= cessação do fluxo de urina, Nictúria= aumento na excreção noturna de urina.

Poliúria= aumento do volume urinário diário.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO• Cor- A cor da urina normal varia do amarelo ao âmbar e é devida à

presença de um pigmento chamado urocromo.

Cor rosada, vermelha ou castanha a presença de eritrócitos (hematúria) , vermelha e escura, presença de hemoglobina livre (hemoglobinúria), mioglobina (mioglobinúria)

Se a urina for recém emitida pode significar hemorragia glomerular.

cor âmbar escuro urobilina ou bilirrubina,

amarelo-vivo, verdes ou mesmo azuis medicamentos,

Cor marrom-escuro porfirinas, melanina ou ácido homogentísico.

Urina acida e hemácias, pode haver a conversão da hemoglobina em metahemoglobina urina mas escura.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICOAdicionalmente, a urina ainda pode assumir diferentes colorações dependendo da ingestão de alimentos corantes e drogas.

Hemoglobina ou mioglobina? Observa o soro.

Hemoglobinasoro vermelho;

Mioglobina Soro normal

Cor amarelo-escura ou Âmbar a presença de bilirrubina,

(presença de uma espuma amarela quando a amostra é agitada.)

Medicamento Piridina pode confundir pois também faz a espuma amarela na agitação

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• Aspecto- A urina normal possui um aspecto claro, transparente.

Turvações podem aparecer quando ocorrerem formações de uratos amorfos em urinas ácidas ou fosfatos amorfos em urinas alcalinas (temperatura ambiente baixa).

A urina pode se apresentar mais escura, maior concentração

ou

mais clara, diluição.

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2- Exame Químico UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

• Proteína:

A presença de proteinúria muitas vezes é indicativo de doença renal como lesão da membrana glomerular, distúrbios que afetam a reabsorção tubular das proteínas filtradas e aumento dos níveis séricos de proteínas de baixo peso molecular.

Proteína de Bence Jones

Imunoglobulina aumentada nos casos de Mieloma Múltiplo.

Proteína de baixo peso molecular, como é filtrada em quantidades que ultrapassam a capacidade de reabsorção tubular é excretada na urina;

A Ptn de Bence Jones coagula em temperaturas situadas entre 40ºC a 60ºC e dissolve-se quando a temperatura atinge 100ºC.

Teste de determinação: Opacificação da amostra em temperatura de 40 a 60ºC e transparencia após 100ºC.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO• Glicose:

A detecção de glicose na urina é o principal responsável no diagnóstico precoce da diabetes melitos, juntamente com a dosagem de glicose no sangue.

Em condição normal, toda glicose filtrada pelo glomerulo é reabsorvida no tubulo contorcido proximal (transporte ativo).

Níveis sanguíneos superiores a 160 a 180 mg/dl fazem cessar a reabsorção tubular e a glicose é excretada na urina. (limiar renal).

Um pessoa normal pode apresentar glicosúria após uma refeição rica em glicose.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICOSão causas de glicosúria:

Diabetes mellitus;

Reabsorção tubular rebaixada: - Ex. Síndrome de Fanconi

Gravidez;

No período pós-prandial, após ingestão de grandes quantidades de açúcares;

Administração de certas drogas (tiazídicos, corticosteróides);

- Stress emocional;

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICOAmostra em Jejum

Recomenda-se o jejum antes da coleta para testes, a primeira urina da manhã nem sempre representa uma amostra de jejum, pois a glicose contida nos alimentos do jantar anterior pode acumular-se n bexiga durante a noite. Por isso deve-se colher segunda urina da manhã em jejum para a pesquisa de glicosúria.

Nas doenças que afetam a reabsorção tubular a glicosúria não vem acompanhada por hiperglicemia.

Teste de redução do cobre

Baseia-se na capacidade da glicose em reduzir o sulfato de cobre e convertê-lo em óxido cuproso em meio alcalino e em presença de calor.

Reativo de Benedict

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

• Corpos Cetônicos

Metabolismo incompleto dos ácidos graxos como fonte alternativa à glicose leva à produção de corpos cetônicos.

A cetonúria ocorre no jejum prolongado, em dietas para redução de peso, em estados febris, após exercícios físicos intensos, no frio intenso mas, principalmente, no diabetes mellitus.

Os três corpos cetônicos presentes são: ácido acetoacético (20%), acetona (2%) e ácido beta hidroxibutírico (78%).

O acúmulo excessivo de cetonas no sangue provoca desequilíbrio eletrolítico, desidratação, acidose e coma diabético.

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• Bilirrubina e Urobilinogênio- Há dois grupos de doenças que podem acarretar alterações nos níveis de excreção urinária:

1)Doença Hepática- A bilirrubina direta não é excretada, por obstrução biliar, por exemplo, reflui para o sangue.

Como essa bilirrubina é solúvel no plasma e, portanto, filtrada pelos glomérulos renais, à medida que sua concentração aumenta no sangue, aumenta a excreção renal.

Como não chega bilirrubina no intestino, a produção de urobilinogênio é reduzida, chegando a ser negativa sua pesquisa na urina.

UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

2) Doença Hemolítica- Nestas doenças, há um aumento acentuado na produção da bilirrubina indireta.

Como o fígado está normal, grande quantidade de bilirrubina direta é produzida e lançada no intestino, com conseqüente conversão em urobilinogênio.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

Há um aumento da reabsorção de urobilinogênio a nível intestinal, elevando o nível sangüíneo e aumento da sua excreção a nível renal.

Normalmente não ocorre excreção de bilirrubina pela urina, uma vez que a fração que está aumentada é a indireta, não solúvel e que circula ligada à proteínas, não sendo filtrada.

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• Hemoglobina-

As fitas reagentes possuem áreas que permitem o reconhecimento da presença de hemoglobina na urina, seja com hemácias íntegras, chamado de hematúria, seja como hemoglobina livre, denominado de hemoglobinúria.

Hematúria: amostra vermelha e opaca;

Hemoglobinúra: amostra vermelha e transparente

Correlação com o sedimento urinário

Principais causas da hematúria: cálculos renais, doenças glomerulares, tumores, traumatismo, pielonefrite e exposição a produtos tóxicos ou a drogas.

Psiu!!!pode estar presente após exercicío fisico vigoroso

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• Nitrito:

Quando num exame de urina aparece o resultado: Nitrito Positivo, isso sugere uma infecção causada bactérias.

Associado a presença de hemácias,e leucócitos pode ser um sinal de infecção urinária.

• Leucócitos:

A detecção de leucócitos é feita pelo exame microscópico do sedimento urinário, é apenas auxiliado pela fita reativa.

Não tem o objetivo de medir a concentração de leucócitos, embora sirva para detectar leucócitos lisados que não são identificados no exame microscópico.

UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

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•Células Epiteliais: Três diferentes tipos de células epiteliais podem ser observadas no sedimento urinário: escamosas, transicionais e tubulares renais.

UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO3- Sedimentoscópia

AusentesRaras: até 3 por campo

Algumas: 4 a 10 por campoAbundantes: acima 10 por campo

• Cilindros- cilindros são precipitados proteicos formados na luz tubular.

Cilindros são formas modeladas na luz dos túbulos distais e ductos coletores.

São resultantes da precipitação de proteínas devido a concentração e acidificação da urina nestes locais.

Forma varia conforme local de formação.

Proteína positiva!!!

Positivo: + : até 1 por campo

++ : de 1 a 3 por campo+++ : acima de 3 por campo

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Na dependência do conteúdo da matriz protéica, os cilindros são classificados como:

Hialinos- São os cilindros compostos principalmente de proteína, sem inclusões. Clinicamente possuem pouco significado, entretanto estão associados à proteinúria e podem ser observados em praticamente todas as situações em que ela acorre.

•Grandes quantidades de cilindros hialinos aparecem na pielonefrite aguda, hipertensão arterial maligna, doença renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva e nefropatia diabética.

UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICOLeucocitários- Os cilindros leucocitários aparecem em inflamações intersticiais e doenças glomerulares.

Hemáticos- A presença deste tipo de cilindro no exame do sedimento urinário é significativo de doença glomerular. A lesão glomerular permite que as hemácias passem pela membrana basal e atinjam o túbulo renal.

Existindo proteinúria concomitante e condições para formação do cilindro, este se formará na porção distal do néfron.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICOGranulosos- A matriz básica de todos os cilindros é protéica.

Quando existem grânulos numa matriz básica, o cilindro é descrito como granuloso. Cilindros granulosos indicam, quase sempre, a presença de doença renal.

As excreções incluem os breves surtos de cilindros granulosos que se seguem após exercícios intensos ou durante dieta rica em carboidratos.

Céreos- São cilindros muito largos. Refletem a fase final da dissolução dos grânulos, os cilindros céreos significam obstrução prolongada do néfron e oligúria. Ocorre em estágios finais de doença renal crônica.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICOCelulares- São compostos, na maior parte das vezes, de células epiteliais descamadas. A presença de cilindros epiteliais renais é indicativa de doença tubular e varia de acordo com a natureza do processo lesivo.

Alguns autores acreditam que o cilindro celular se torna primeiro grosseiramente granuloso e depois finalmente granuloso.

Gordurosos- São também chamados de cilindros adiposos.

São encontrados em distúrbios que provocam lipidúria (síndrome nefrótica)

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• Cristais- Urina Ácida

Oxalato de Cálcio: Cristais de Oxalato de cálcio podem estar presentes em grande número em urinas de indivíduos normais com dietas ricas em alimentos contendo ácido oxálico, tais como tomate, maçã e laranja.

A elevação acentuada do número destes cristais, no entanto, pode refletir doença renal crônica grave, ou intoxicação por drogas.

UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

Uratos Amorfos e Ácido úrico- A presença de grande quantidade de uratos amorfos pode anunciar a nefropatia gotosa.

Cristais de ácido úrico são vistos com freqüência em urinas de crianças durante as fases de crescimento corporal acelerado, quando é intensoo metabolismo de nucleoproteínas.

Page 95: TOPICOS AVANÇADOS - PARASITOLOGIA.UROANALISE

UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICOCristais com significado clínico específico:

Cistina- Cristais de cistina podem ser observados em urinas de pacientes portadores de cistinúria, um defeito metabólico que compromete o transporte transmembrana dos aminoácidos, cistina, ornitina, lisina e arginina.

Estes indivíduos excretam quantidades elevadas destes quatro aminoácidos mas, sendo a cistina o de menor solubidade, ocorre supersaturação e cristalização.

A cistinúria é responsável por cerca de 1% dos cálculos urinários.

Fosfato-amoníaco-magnesiano- Também denominados de cristais triplos, quando observados em sedimento de urina recém emitida, sugerem a presença de processo infeccioso por germe produtor de urease.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

•Tirosina- Podem aparecer nas hepatopatias graves e em pacientes com degeneração ou defeito metabólico.

Leucina- Podem aparecer nas hepatopatias graves ou defeito metabólico, em associação ou não com a tirosina.

Ambos são aminoácidos resultantes do catabolismo protéico e podem aparecer na forma de cristais em urinas de pacientes com degeneração ou necrose tecidual importante.

Outros: Sulfas, ácido hipúrico, colesterol, bilirrubina.

Não há associação direta entre cristalúria e calculose e, mesmo para os pacientes portadores do mesmo distúrbio metabólico, a cristalúria varia amplamente de intensidade.

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

• Aspecto: límpido, ligeiramente turvo ou turvo• Cor: Amarelo-citrino (ESCALA DE CORES)• Densidade: 1010 a 1025• PH: 5 a 7

Principais erros observados na urinálise:

- não utilizar amostra de urina recém emitida; - utilização de frasco de coleta inadequado; - falta de homogeneização da amostra de urina; - falta de observação da temperatura da urina para pesquisa com tiras reagentes; - falta de observação dos cuidados de manuseio e prazo de validade de reagentes;

EXAME FÍSICO

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UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO UROANÁLISE – DIAGNÓSTICO

Principais erros observados na urinálise:

- utilização indevida das tiras reagentes (manuseio incorreto, desconhecimentos dos interferentes das reações);

- utilização de procedimentos inadequados de centrifugação (tempo, rotação).

- preparo incorreto do sedimento;

- despreparo do analista.

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1. Identificar tubos conforme RG do paciente

2. Homogeneizar bem o frasco coletor

3. Colocar 10mL de urina no tubo respectivamente identificado

4. Passar a fita reagente

Limpar o apoio das

fitas antes da

próxima rodada

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5. Centrifugar 1500 a 2000rpm por 5 minutos

6. Desprezar o sobrenadante, restando 1mL do sedimento

7. Análise microscópica

8. Digitar resultados (laudos) no sistema.

Homogeneizar bemo sedimento

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PARASITOLOGIA PARASITOLOGIA

Dra. Milena Lima

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