Tópicos especiais em filosofia

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TÓPICOS ESPECIAIS EM TÓPICOS ESPECIAIS EM FILOSOFIA FILOSOFIA

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GAMITO, José Aristides da Silva. Tópicos Especiais em Filosofia. Eslaides.

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TÓPICOS ESPECIAIS EM TÓPICOS ESPECIAIS EM FILOSOFIAFILOSOFIA

Page 2: Tópicos especiais em filosofia

• Filosofia da Mente

• Filosofia da Educação

• Filosofia Política

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A filosofia da mente filosofia da mente é um ramo da filosofia que estuda a natureza da mente, os estados, funções e propriedades mentais, a consciência e suas relações com o corpo físico, principalmente com o cérebro.

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A Filosofia da Mente, enquanto ramo específico da filosofia, tem seu começo na obra de Gilbert Ryle (1900-1976) “The Concept of Mind”, na qual ele critica o dualismo de Descartes.

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As principais questões propostas pela filosofia da mente são:

Qual a relação entre mente e corpo? A mente é uma entidade física? É possível verbalizar os estados mentais?

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Dentro dos problemas abordados por esta subdivisão da filosofia sobressai-se a relação entre mente e corpo.

Há duas tendências na tentativa de resolução do problema: Monismo e dualismo.

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CONSIDERAÇÕES CONSIDERAÇÕES EM TORNO DOEM TORNO DO

CONCEITO DE CONCEITO DE MENTEMENTE

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Mens, mentis, f. O princípio pensante, a mente, espírito, inteligência, pensamento, razão.

Do verbo Mémini. Ter presente no espírito, lembrar-se, recordar-se.

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JUDEUS basar nephesh rûah

GREGOS somas psyché pneûma

CRISTÃOS (latim)

corpus anima spiritus

PROBLEMA GERAL

CÉREBRO

MENTE

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DUALISMO DUALISMO

E E

SEUS SEUS

REPRESENTANTESREPRESENTANTES

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O dualismo pode ser sustentado de dois modos. Pode-se considerar que a mente é uma substância independente. Ou que é um conjunto de propriedades distintas do cérebro, que não podem reduzidas ao cérebro, mas que não constituem uma substância independente

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ANTIGUIDADE:O PROBLEMA EM PLATÃO

E EM ARISTÓTELES

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PLATÃOPLATÃO

Platão defende um dualismo explícito que chega a argumentar em favor da transmigração da alma e afirma a existência da alma. As coisas são cópias de uma realidade pré-existente.

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O homem para Platão era dividido em corpo e alma. O corpo era a matéria e a alma era o imaterial e o divino que o homem possuía. Enquanto o corpo está em constante mudança de aparência, a alma não muda nunca. Desde quando nascemos, temos a alma perfeita, porém não sabemos. As verdades essenciais estão inscritas na alma eternamente, porém, ao nascermos, nós as esquecemos, pois a alma é aprisionada no corpo.

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ARISTÓTELES

A Psicologia é a teoria da alma e baseia-se nos conceitos de alma (psykhé) e intelecto (noûs). A alma é a forma primordial de um corpo que possui vida em potência, sendo a essência do corpo. O intelecto, por sua vez, não se restringe a uma relação específica com o corpo; sua atividade vai além dele.

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O organismo, uma vez desenvolvido, recebe a forma que lhe possibilitará perfeição maior, fazendo passar suas potências a ato. Essa forma é alma. Ela faz com que vegetem, cresçam e se reproduzam os animais e plantas e também faz com que os animais sintam.

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No homem, a alma, além de suas características vegetativas e sensitivas, há também a característica da inteligência, que é capaz de apreender as essências de modo independente da condição orgânica.

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“Sobre a Alma” – Primeiro escrito completo dedicado ao problema da alma.

O objetivo de Aristóteles nesta obra é analisar os principais problemas respeitantes à alma, que é o princípio vital de todo e qualquer ser vivo

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A RELAÇÃO CORPO-MENTE

NO CRISTIANISMO

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Em toda Idade Média, o dualismo foi quase predominante. SCHMITT (1995) afirma que, no século VI, vários autores mencionam o uso do corpo a propósito dos vícios – a gula em Pomerius, a fornicação (relacionamento sexual ilícito) em Cassiano e o orgulho em Gregório.

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Já na baixa Idade Média, surge uma nova visão de corpo, que não é mais apenas a “prisão da alma”: quando bem governado, o corpo pode se tornar meio e lugar de salvação do homem.

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A MODERNIDADE E O

PROBLEMA MENTE-CORPO

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DESCARTESDESCARTES

Descartes utiliza as expressões res cogitanse res extensa para falar sobre a mente e o corpo. O ponto de ligação entre os dois se daria na glândula pineal. O pensamento é diferente do corpo.

“...a alma é inteiramente distinta do corpo.”

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MONISMO MONISMO

E E

SEUS SEUS

REPRESENTANTESREPRESENTANTES

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O monismo é a vertente que sustenta que corpo e mente não são entidades ontologicamente distintas.

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Os fisicistas sustentam que somente existe aquilo que é físico. Neste caso, a mente é reduzida a uma entidade física. Já os idealistas julgam que a mente é tudo que existe e que o mundo externo é uma ilusão criada por ela. Dentre o fisicismo está o behaviorismo.

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Existem filósofos defensores desta solução para o problema mente-corpo: Parmênides (século V a. C.) e Spinoza (século XVII).

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Parmênides afirma toda a unidade e imobilidade do Ser. Princípios de sua doutrina:

Unidade e a imobilidade do Ser; O mundo sensível é uma ilusão; O Ser é Uno, Eterno, Não-Gerado e Imutável. Não se confia no que vê.

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Ele defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade, a saber, a única substância em que consiste o universo e do qual todas as entidades menores constituem modalidades ou modificações.

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Ele afirmou que Deus sive Natura era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão (sob o conceito atual de matéria) e o pensamento eram apenas dois conhecidos por nós. A sua visão da natureza da realidade, então, fez tratar os mundos físicos e mentais como dois mundos diferentes ou submundos paralelos que nem se sobrepõem nem interagem mas coexistem em uma coisa só que é a substância.

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Muitos filósofos da mente atuais adotam uma postura fisicista reducionista ou não. Eles sustentam que a mente não é totalmente separada do corpo.

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FILOSOFIA DA

EDUCAÇÃO

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Toda concepção de educação implica necessariamente uma concepção de homem. Acompanharemos, a seguir, a visão dos principais pensadores sobre a formação do homem.

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EducaçãoPara os antigos

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SÓCRATESSÓCRATES O método de educação de Sócrates não

pode ser pensado separadamente de seu método de filosofar: A maiêutica. Os fins de sua visão educacional são éticos. O homem almejado por esse modelo de educação é aquele disposto para a justiça, para o amor e para a virtude. A ignorância é a causa dos vícios e de todos os males. O homem é definido pelo seu intelecto.

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A metodologia socrática supõe que todos já possuem em sua alma o saber. A função do mestre é provocar o parto de ideias.

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PLATÃOPLATÃO A visão de educação em Platão exige

primeiramente um exame da teoria das formas. O mundo sensível é apenas um aspecto do mundo real. O conhecimento se dá pelo contato repetido com um objeto até formamos uma ideia geral do que ele é. A ignorância é um esquecimento, quem procura agora saber, em um determinado tempo, soube. Platão chama este fenômeno de anamnese.

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ARISTÓTELES Este filósofo procurou entender o

funcionamento do raciocínio como base do processo cognitivo. Através da classificação das ciências, o pensador abrange o pensar, o agir e o fazer. Sua visão educacional quer atingir o homem como um todo. O conhecimento deve ser buscado pela inteligência.

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Educaçãopara os modernose contemporâneos

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BARUCH SPINOZABARUCH SPINOZA

Spinoza é importante para a discussão em torno da educação por privilegiar a singularidade humana. O homem possui um desejo de conservar a si mesmo como singular. Os afetos são os modos de pensar as coisas.

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IMANUEL KANT

A liberdade e a moralidade são as fundadoras da educação. A finalidade da educação é justamente a consecução da liberdade por meio da universalização do saber. Educar a razão é adquirir autonomia.

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GEORG FRIEDRICH HEGEL

Hegel foca seu pensamento no absoluto. Para ele, portanto, educar o homem é ordená-lo, discipliná-lo segundo a razão. Este ordenamento acontece dentro da sociedade.

 

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KARL MARX

Marx pensa a educação como parte da superestrutura e que foi por muito usada como forma de controle social pelas classes dominantes. Na sua visão a educação deveria ser igualitária. Educar o homem seria fazê-lo consciente de sua classe.

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PROBLEMAS DA

EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA

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No livro Os sete saberes necessários à educação do futuro, Morin apresenta o que ele mesmo chama de inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional.

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1º Saber - Erro e ilusão

Não afastar o erro do processo de aprendizagem. Integrar o erro ao processo, para que o conhecimento avance.

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2º Saber - O conhecimento pertinente

Juntar as mais variadas áreas de conhecimento, contra a fragmentação

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3º Saber - Ensinar a condição humana

Não somos um algo só. Somos indivíduos mais que culturais - somos psíquicos, físicos, míticos, biológicos.

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4º Saber - Identidade terrena

Saber que a Terra é um pequeno planeta, que precisa ser sustentado a qualquer custo. Idéia da sustentabilidade terra-pátria.

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5º Saber - Enfrentar as incer tezas

Princípio da incerteza. Ensinar que a ciência deve trabalhar com a ideia de que existem coisas incertas.

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6º Saber - Ensinar a compreensão

A comunicação humana deve ser voltada para a compreensão. Introduzir a compreensão; compreensão entre departamentos de uma escola, entre alunos e professores.

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7º Saber - Ética do gênero humano

É a antropo-ética: não desejar para os outros, aquilo que não quer para você. A antropo-ética está ancorada em três elementos:

Indivíduo Sociedade Espécie

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FILOSOFIAPOLÍTICA

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CONCEITOS & PRECONCEITOS EM CHARGES

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Há muitos preconceitos em relação à política. “Arendt estabelece duas categorias de preconceitos contra a política: no âmbito internacional – o medo de um governo mundial totalitário e violento; no âmbito local ou interno – a política é reduzida a interesses mesquinhos, particularistas e à corrupção.”

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Para se compreender a política, Francis propõe-nos a imaginar como seríamos sem ela. Ainda segundo Wolff (2003), a vida humana pode acontecer a partir das três possibilidades que se seguem:

A) Em comunidade governado por poder externo;

B) Isolados em pequenos grupos. C) Em comunidade sem necessidade de

limites.

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O MODELO O MODELO ATENIENSEATENIENSE

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Os atenienses desenvolveram a noção de esfera pública com o começo da democracia. Nas reformas de Sólon e de Clístenes, consolida-se uma forma de governo com a representação da vontade do povo: O conselho (boulé) era composto por 500 representantes das classes existentes e subdividido em 10 comissões (pritanias) de 50 membros. Ele recolhia as propostas de leis a serem votadas na ekklesía.

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O termo democracia é de origem grega (δημοκρατία, dēmokratía) e quer dizer "poder do povo". Na Grécia antiga, o termo foi muitas vezes empregado de forma depreciativa, uma vez que a maior parte dos intelectuais gregos, entre eles Platão e Aristóteles, era contrária a um governo de iniciativa popular.

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O MODELO O MODELO INDÍGENAINDÍGENA

BRASILEIROBRASILEIRO

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“Os indígenas não têm política, não têm Estado, não têm leis – espantavam-se os colonizadores.”

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Autogoverno. Economia de subsistência. Classes sociais como diversidade de funções. Retórica da tradição.

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O chefe indígena tinha função de árbitro, de conciliador. Ele precisava usar a retórica para manter a ordem só que seu discurso se baseava no passado. A tradição é o modo de convencimento das partes divergentes.

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PORANDUBA Memória,IKÓ PORANG Moral, LeiMORUBIXABA Árbitro, chefe de

concil iação

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O modeloO modelomaquiavélicomaquiavélico

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Maquiavel chocou porque abordou o tema da política considerando o lado egoísta do ser humano. A sua intenção é dar instruções práticas em “O Príncipe”. O pensador desenvolve um estudo sobre o poder e na sua definição ele é entendido como “como correlação de forças, fundada no antagonismo que se estabelece em função dos desejos de comando e opressão, por um lado, e liberdade, por outro, pelos quais se formam as relações sociais.”

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Existia uma ética própria para política. Algumas atitudes e valores individuais têm pesos diferentes para atitude do monarca, pois ele tem de pensar em seus súditos. Por exemplo, a generosidade excessiva pode arruinar as finanças do Estado. A sobriedade garantiria gestos de nobreza do governante.

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A democraciaA democraciamodernamoderna

e os diversose os diversosmodelosmodelos

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O enfraquecimento do poder do Estado; A formação dos Estados paralelos; A fragilidade do sistema de

representação; As burocracias e a morosidade da justiça

nas garantias dos direitos dos cidadãos; A influência da economia.

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