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TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021 TORRES VEDRAS "MUNICÍPIO MAIS AZUL" PÁGINA 13 MEDIDAS LOCAIS DE APOIO NO ÂMBITO DA COVID-19 PÁGINA 22 torres vedras REVISTA MUNICIPAL JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2021 .56

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  • TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    TORRES VEDRAS "MUNICÍPIO MAIS AZUL"PÁGINA 13

    MEDIDAS LOCAIS DE APOIO NO ÂMBITO DA COVID-19PÁGINA 22

    torres vedras

    REVISTA MUNICIPAL JANEIRO | FEVEREIRO | MARÇO 2021

    . 56

  • 2TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

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    FICHA TÉCNICAREVISTA MUNICIPAL TORRES VEDRASEdição n.º 56 | janeiro, fevereiro e março de 2021EDIÇÃOCâmara Municipal de Torres VedrasDIREÇÃOCarlos Manuel Antunes BernardesCOORDENAÇÃOPedro FortunatoREDAÇÃOFilipa Sérgio | Rita Santos | Tiago Oliveira FOTOGRAFIAClaudia Teodoro | Filipa Sérgio | Pedro FortunatoRita Santos | Susana Batista | Tiago Oliveira PROJETO GRÁFICORita CoutoPAGINAÇÃORita Couto | Sara Dias INFOGRAFIA Rita Couto | Sara Dias APOIO ADMINISTRATIVOJuliana PatrícioISSN 2182-0589DEPÓSITO LEGAL 323977/11IMPRESSÃOJorge Fernandes, LdaTIRAGEM39 000 exemplares | 0,28¤ custo un.periodicidade trimestraldistribuição gratuita

    FOTOGRAFIA DA CAPAPassadiço da Praia Azul

    SUGESTÕES E RECLAMAÇÕESPorque a sua opinião é importante, envie-nos as suas sugestões, opiniões ou reclamações através dos seguintes contactos: CÂMARA MUNICIPAL DE TORRES VEDRASÁrea de Comunicação e MarcaAvenida 5 de Outubro | 2560-270 Torres Vedrastlf: 261 320 751 | [email protected] | www.facebook.com/TorresVedrasCM

    A revista municipal [Torres Vedras], de periodicidade trimestral, tem como objetivo dar a conhecer a atividade realizada e a realizar pela autarquia. É também uma afirmação clara do potencial da cidade e do concelho, do seu tecido associativo e empresarial, das suas gentes e do seu património natural e edificado.

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    Carlos Manuel Antunes Bernardes Presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras

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    Quando teve início o ano de 2020 pensávamos que seria um ano de esperança e de desenvolvimento económico, no entanto tudo se transformou no mês de março com a chegada de uma pandemia que ninguém queria que viesse a ocorrer.Poderia neste momento fazer um balanço das múltiplas atividades desenvolvidas pelas diversas áreas da Câmara Municipal, Serviços Municipalizados e Empresa Municipal de Torres Vedras, mas prefiro destacar a resiliência e o sentido de responsabilidade de todos os torrienses, a quem deixo o meu profundo agradecimento pela forma como enfrentaram um ano tão desafiante.Gostaria de dar uma palavra de conforto a todas as famílias que perderam os seus entes queridos devido à COVID-19. E uma palavra de estímulo e consideração a todos quantos na linha da frente têm vindo a combater e a controlar a pandemia.O ano de 2021 trouxe a esperança de uma vacina, mas também a certeza de que dias difíceis se avizinham. Não podemos baixar os braços nem a guarda, a bem da saúde pública.

    TORRES VEDRAS CUIDA DE TODOS

    Ao longo de 2021, devemos continuar a fazer de Torres Vedras um território onde é bom viver, trabalhar e visitar. Citando o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, desejo que “2021 seja um ano de novas oportunidades”, e é com essa visão que Torres Vedras se assume como uma terra de oportunidades e que, no próximo dia 25 de abril, dia da Liberdade, espero ser possível inaugurar o novo Centro de Artes e Criatividade, celebrando a cultura com segurança.Considero que este também é o espaço para evocar a mensagem do Papa Francisco para este ano de 2021, onde a “cultura do cuidado” deverá estar patente nas nossas ações, nos cuidados pelas famílias, pelas empresas, pelas instituições.Gostaria de deixar uma palavra de encorajamento a todas e a todos para podermos superar as dificuldades que atravessamos.Estamos cá para continuar a dar o nosso melhor em prol da saúde e segurança de todos os cidadãos e em prol do desenvolvimento sustentável da nossa terra, Torres Vedras.

    Desejamos um 2021 com muita saúde.

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    A Reabilitação Paisagística da Encosta do Choupal e cinco fogos do Programa Municipal de Habitação Social foram inaugurados a 11 de novembro, Feriado Municipal de Torres Vedras. Estas são duas das vinte operações que integram o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Torres Vedras.“Estamos numa nova janela que se abriu para a nossa Cidade” referiu na ocasião o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, acrescentando que estas duas operações inserem-se num dos projetos mais ambiciosos, que visa “dotar a Cidade com melhor mobilidade, melhores infraestruturas e mais habitação”. Relativamente ao PEDU, Carlos

    Bernardes avançou que 95% das operações estão contratualizadas e 70% estão executadas.A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro,

    INAUGURAÇÃO DA REABILITAÇÃO DA ENCOSTA DO CHOUPAL E DE HABITAÇÕES SOCIAIS

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    Isabel Damasceno, destacou o rigor e profissionalismo com que a Câmara Municipal assumiu o desenvolvimento do PEDU, aproveitando esta “oportunidade importante para fazer coisas na

    Cidade que por razões várias não tinha conseguido”.“Hoje, a comunidade pode sentir-se orgulhosa do esforço que a Câmara Municipal tem feito em conjunto com a CCDR do

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    Centro, que permitiu regenerar esta zona norte”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria, São Pedro e Matacães, Francisco Martins. O autarca realçou a vertente social do PEDU, referindo que “é extremamente importante nós estarmos perto das pessoas, porque a obra física por si só não é suficiente, é preciso também cuidarmos das pessoas”.A operação Reabilitação Paisagística da Encosta do Choupal consistiu na criação de um percurso pedonal pela encosta, fazendo a ligação do Parque do Choupal a três acessos à Rua Aníbal Gaspar, com uma zona de lazer, entre os dois patamares, composta por várias peças de mobiliário urbano. No patamar

    superior foram criadas cinco hortas urbanas, que servirão o espaço edificado requalificado e a poente foi construído um pequeno anfiteatro, criando uma zona de estadia e contemplação da envolvente.Os cinco fogos inaugurados pertencem ao núcleo A do Programa Municipal de Habitação Social – Fase 1, que conta ainda com outro núcleo composto por um fogo. Localizado na Rua Aníbal Gaspar, no cimo da vertente norte do Parque do Choupal, este núcleo é composto por quatro apartamentos de tipologia T2 e uma moradia unifamiliar de tipologia T3.A cerimónia terminou com uma visita à Reabilitação Paisagística da Encosta do Choupal e com a

    entrega simbólica das chaves às famílias às quais foram atribuídas as habitações sociais.

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    A Assembleia Municipal aprovou no dia 21 de dezembro a proposta de constituição da Área de Reabi-litação Urbana (ARU) do Concelho de Torres Vedras.A ARU do Concelho de Torres Ve-dras irá abranger as 13 freguesias com um total de 189 unidades territoriais, que integram ou coincidem com elementos de valor patrimonial (centros histó-ricos, núcleos urbanos tradicio-nais e conjuntos edificados de interesse patrimonial) e áreas que, apesar da inexistência de valores patrimoniais relevantes, apresentam níveis elevados de desqualificação urbana e depres-são socioeconómica.Esta estratégia de reabilitação tem como objetivos o reforço da coe-são territorial e integração social, atuando, essencialmente, sobre a reabilitação do tecido edificado, a requalificação dos espaços públi-cos e o reforço da rede de equipa-mentos e serviços de proximida-de. Acrescem a estes objetivos, a salvaguarda do património cultural

    Em 2021, a Câmara Municipal de Torres Vedras vai reduzir o IMI em 0,05% para os prédios urbanos, fixando a taxa em 0,35%, e isen-tar o pagamento de derrama para os sujeitos passivos cujo volume de negócios em 2020 não ultra-passe os 150 mil euros.Tratam-se de medidas inseridas no Programa Municipal de Apoio Extraordinário no âmbito da doença COVID-19, que visa apoiar famílias, empresas e tecido as-sociativo do Concelho tendo em conta as dificuldades resultantes da situação de pandemia.A redução do IMI permitirá dimi-nuir a carga fiscal sobre as famí-lias, contribuindo para o aumento do rendimento familiar disponí-vel, e terá efeitos na atratividade do território junto de novas famí-lias que aqui se queiram fixar.Recorde-se que a taxa do IMI respeitante ao ano de 2019, para os prédios urbanos, era de 0,4% e a taxa de derrama sobre o lucro

    URBANISMO

    CONSTITUIÇÃO DA ARU DO CONCELHO DE TORRES VEDRAS APROVADA

    ECONOMIA

    CÂMARA MUNICIPAL REDUZ IMI E ISENTA PEQUENAS EMPRESAS DO PAGAMENTO DA DERRAMA

    e natural, a mitigação dos proble-mas ambientais, a implementação de políticas setoriais e a articula-ção com os instrumentos de gestão territorial e, consequentemente, com as ARU já em vigor.Os apoios, incentivos e penali-zações a atribuir nas unidades territoriais incluídas na ARU do Concelho de Torres Vedras são, es-sencialmente, de natureza finan-ceira e fiscal, bem como apoios no âmbito dos procedimentos admi-nistrativos necessários à execução das intervenções.A ARU do Concelho de Torres Ve-dras inscreve-se na estratégia de reabilitação urbana definida para o Município que teve início na década de 1980 com as obras de reabilitação do centro histórico da Cidade. A partir daí, foram criadas seis ARU: ARU do Centro Histórico de Torres Vedras, ARU de Boavista/Olheiros, ARU da Encosta de São Vicente, ARU de Arenes, ARU da Cidade de Torres Vedras e ARU de Santa Cruz.

    tributável sujeito e não isento de IRC, para os sujeitos passivos com um volume de negócios no ano anterior que não ultrapasse os 150 mil euros, era de 1%.

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    CURTAS

    O filme Living it Together foi premiado no ART&TUR - Festival

    Internacional de Cinema de Turismo, com o segundo lugar na categoria “Destinos Turís-ticos - Cidades”. O presidente da Câmara Municipal de Torres

    Vedras, Carlos Bernardes, recebeu o galardão numa

    cerimónia que decorreu a 23 de outubro, em Viseu.

    A 6.ª etapa da Volta a Portugal - Edição Especial 2020

    terminou em Torres Vedras, no dia 3 de outubro. No ano

    em que se celebrou o cinquen-tenário da primeira vitória de Joaquim Agostinho na Volta

    a Portugal, a prova rainha do ciclismo nacional prestou homenagem ao atleta com a passagem pelo Concelho.

    As obras de requalificação do troço da Linha do Oeste entre Mira Sintra-Meleças

    e Torres Vedras tiveram início em novembro. A obra, que representa uma nova opor-tunidade de mobilidade no

    Oeste, visa a eletrificação do troço, a beneficiação de cinco

    estações e seis apeadeiros e a criação e melhoria dos acessos às plataformas de

    passageiros para pessoas com mobilidade condicionada.

    O Município tem levado a cabo um conjunto de intervenções na rede viária do Concelho, as quais têm sido realizadas por administração direta e por intermédio de em-preitadas externas.Desse conjunto de intervenções refira-se: as reabilitações de pa-vimento realizadas na Freiria, en-tre esta localidade e a Asseiceira, no Bonabal, entre a Bordinheira e os Casais da Arriota, entre Ca-tefica e o Figueiredo, no Turcifal, na Ereira, no Casal das Torres, na Gondruzeira, entre os Casais da Arruda e Carreiras de Baixo, entre os Arneiros e a Ventosa, entre a Maceira e a Folgorosa, na Fonte Grada, nas Palhagueiras, na Pon-te do Rol, entre os Casalinhos de Alfaiata e os Casais do Neto, entre Secarias e a Charneca e em Vale de Azenha; as macadamizações e pa-vimentações realizadas na Freiria, entre esta localidade e a Abobo-reira e no acesso ao santuário de Nossa Senhora dos Milagres; e as reparações de pavimento realiza-

    OBRAS

    REDE VIÁRIA DO CONCELHO TEM SIDO ALVO DE INTERVENÇÕES

    das entre os Gafanhotos e Carrei-ras de Baixo, entre a Moucharia e os Casais da Arruda, entre os Chãos e Fernandinho, na Aldeia Grande, no Maxial, entre a Póvoa de Penafirme e as Palhagueiras e entre esta localidade e a Fonte Grada.De referir também que têm sido executados passeios em diversos locais do Concelho, como em Vale de Janelas, entre Benfica e Gibral-tar, nos Casais da Arruda, entre a Carvoeira e o Curvel e perto da zona industrial da Carvoeira (nas proximidades do Casal Palear); e têm sido realizados trabalhos de limpeza de bermas e valetas em vários locais do Concelho.Refira-se ainda que no âmbito de uma adenda ao protocolo de cooperação estabelecido entre a Câmara Municipal e o Centro Hospitalar do Oeste os acessos envolventes aos edifícios da uni-dade de Torres Vedras desta últi-ma entidade foram recentemente requalificados.

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    A Rainha das Vindimas 2020 foi conhecida no passado dia 6 de dezembro. Maria Figueiredo, da freguesia de Turcifal, foi a grande vencedora da 40.ª edição do concurso, que apresentou um novo formato, assumindo o nome Festival das Vindimas_Model Challenge.O concurso de moda, que celebrou a vinha e o vinho, contou com vários desafios, que resultaram em episódios temáticos transmitidos online nas páginas de Facebook, Instagram e Youtube do evento.As candidatas foram avaliadas por um júri composto por um conjunto de influenciadores digitais e produtores: Laura Belbut, Gabriel Nazaré, João Rebelo, Inês Castro Mendes, Bruna Guedelha, Matilde Maia Loureiro e Inês Costa.

    MAIS

    MARIA FIGUEIREDOFOI ELEITA RAINHA DAS VINDIMAS 2020

    Desfrutar da cultura, mais concretamente de música antiga, em espaços religiosos históricos.É esta a proposta do Festival de Música Antiga de Torres Vedras, que teve a sua segunda edição, entre os dias 18 de outubro e 1 de novembro, em igrejas do Concelho.A Igreja de Santa Maria Madalena, no Turcifal, acolheu o primeiro concer-to da edição de 2020 do festival, uma atuação “à capella” na qual o En-semble Vocal São Tomás de Aquino proporcionou uma agradável viagem pela música da Renascença, em diálogo com algumas peças da atualidade inspiradas nos cânones da composição renascentista, lembrando a forte ligação entre música e liturgia; o evento prosseguiu na Igreja de Nossa Senhora da Graça, na Póvoa de Penafirme, onde Hugo Sanches, intérprete de tiorba e alaúde, e a soprano Adriana Romero, apresentaram um pro-grama intimista, onde o sacro e o profano se tocaram, recriando o am-biente madrigalesco do período barroco; o II Festival de Música Antiga de Torres Vedras chegou ao seu término com um concerto do ensemble Alma Veteras (agrupamento residente do festival), na Igreja de Nossa Senhora da Graça, em Torres Vedras, no qual a sonata barroca dialogou com textos universalmente consagrados pela literatura, os quais foram declamados pelo ator Paulo Oom, numa autêntica "dança" entre a música e a palavra.Não esquecendo a área pedagógica, o programa deste II Festival de Mú-sica Antiga de Torres Vedras incluiu também uma interessante oficina de improvisação barroca, na qual participaram alunos de escolas de música.O evento foi organizado pela Câmara Municipal com a parceria das paró-quias e juntas de freguesia dos locais onde decorreu, bem como da Escola de Música Luís António Maldonado Rodrigues.

    CULTURA

    MÚSICA ANTIGA TROUXE “VIDA” EM TEMPOS DE PANDEMIA

    Na Final, que decorreu na Adega-Mãe, os prémios Fotogenia, Sim-patia e Criatividade foram atri-buídos, respetivamente, a Tatiana Neves, da freguesia de Ramalhal, a Catarina Gomes, da freguesia de Ponte do Rol, e a Telma Tavares, da freguesia de União das Freguesias de Dois Portos e Runa. Mariana Rodrigues, da freguesia de União das Freguesias de Campelos e Ou-teiro da Cabeça, foi a candidata que conquistou mais gostos nas redes sociais, sendo a vencedora do prémio do Público. Já os títulos de 1.ª e 2.ª Dama foram atribuídos a Carolina Reis, da freguesia de União das Freguesias de Maxial e Monte Redondo, e a Inês Carvalho, da freguesia de São Pedro da Ca-deira, respetivamente.

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    O Parque do Choupal transformou-se em “Bosque Encantado” para acolher o Bang Awards – Festival Internacional de Cinema de Animação, que de-correu nos dias 9 e 10 de outubro. “Changes” foi o tema da quinta edição do festival, que apresentou várias mudanças de forma a garantir a segu-rança no âmbito da atual situação de pandemia, através de medidas como a disponibilização de bilhetes gratuitos em número limitado e a utilização obrigatória de máscara.Ao longo dos dois dias, foram transmitidos cerca de 400 filmes de ani-mação em seis ecrãs distribuídos pelo Parque do Choupal: Be The Chan-ge, Mais Amor, Inclinado, Planeta Mágico, Ponte Mágica e Sizandro Meu Amor. Em competição estiveram mais de 400 filmes oriundos de 87 países.

    CULTURA

    PARQUE DO CHOUPAL TRANSFORMOU-SE PARA ACOLHER O FESTIVAL BANG AWARDS

    Um renovado Teatro-Cine acolheu na noite do dia 10 de novembro a Sessão Solene de Celebração do Feriado Municipal.No decorrer desta sessão foi atri-buída à Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, que completou em 2020 cinco séculos de exis-tência, a mais alta condecoração do Município: a medalha de mérito municipal de honra grau ouro.A iniciar esta Sessão Solene de Celebração do Feriado Municipal usara da palavra o presidente da Assembleia Municipal, que apro-veitou a ocasião para homenagear os torrienses que têm falecido devido à doença COVID-19. Na sua intervenção, José Augusto de Car-valho relevou o valor da liberdade conquistado com a “Revolução dos Cravos”, mas lembrou que o mes-mo acarreta também responsabi-lidade, tendo recordado Winston Churchill, segundo o qual a Demo-cracia não é um sistema político perfeito, mas é o melhor até hoje criado pela Humanidade. Seguidamente foi a vez do presi-dente da Câmara Municipal efe-tuar a sua intervenção, na qual

    MAIS

    RENOVADO TEATRO-CINE ACOLHEU SESSÃO SOLENE DE CELEBRAÇÃO DO FERIADO MUNICIPAL

    aproveitou para recordar todo o trabalho que o Município e as juntas de freguesia têm desen-volvido para se fazer face no Concelho à pandemia causa-da pela doença COVID-19, bem como às consequências socioe-conómicas derivadas da mesma. Dotar o território do Concelho de melhores condições para viver, investir e trabalhar continuará a ser uma missão do Município, nas palavras de Carlos Bernardes, que aproveitou para abordar o traba-lho que o mesmo tem vindo a de-senvolver em áreas como a saúde e a educação. Aos discursos dos presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal seguiu-se a atribuição das conde-corações municipais, tendo a Ses-são Solene Celebrativa do Feriado Municipal chegado ao seu término com o momento musical Janga-da de Pedra, protagonizado por Martin Sued e Marco Santos, uma performance integrada no 17.º Festival Internacional de Acordeão de Torres Vedras – Acordeões do Mundo.

    Além da exibição de filmes de ani-mação, o Bang Awards contou ainda com a animação em tempo real de Markus Dorninger. O artista proje-tou imagens nas paredes da Capela da Nossa Senhora do Ameal, trans-formando o ambiente da Capela e da sua envolvente.A cerimónia de entrega de prémios decorreu na noite de sábado e con-tou com o apresentador Fernando Alvim como anfitrião. O filme Ties, realizado por Dina Velikovskaya, foi o grande vencedor, arrecadando o Grande Prémio Bang Awards. Five Minutes to Sea, de Natalia Mirzoyan, conquistou o prémio de Melhor Fil-me Online, enquanto My Little Goat,

    de Tomoki Misato, sagrou-se Melhor Filme Universitário.O vencedor do prémio para Melhor Argumento foi o filme Carne, de Camila Karter, uma co-produção entre Brasil e Espanha, enquanto o filme brasileiro A Lápide, de Lucas Tannuri, conquistou a Votação On-line do festival.No que toca a produções portu-guesas, o destaque vai para Razão entre dois volumes, de Catarina Sobral, que venceu a categoria de Melhor Banda Sonora, e O Peculiar Crime do Estranho Senhor Jacinto, de Bruno Caetano, que recebeu uma menção honrosa do júri na ca-tegoria de Melhor Argumento.

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    O ciclo “Menina estás à janela” levou a música até aos lares do conce-lho de Torres Vedras, com quatro concertos. Os espetáculos decorreram a 9 de outubro, na Santa Casa da Misericórdia de Torres Vedras, a 16 outubro, no Lar de São José, e a 17 outubro, no Lar Nossa Senhora do Carmo e na Casa do Povo da Freiria.204 seniores pertencentes a estas instituições assistiram aos concer-tos interpretados por Sérgio Alves e pelo grupo Formas de Fado. Os espetáculos realizaram-se ao ar livre, sem qualquer contacto ou proxi-midade entre os utentes e os intérpretes.

    CULTURA

    CICLO DE CONCERTOS ANIMOU SENIORES DO CONCELHO

    DESPORTO

    TROFÉU JOAQUIM AGOSTINHO CONFINOU-SE EM 2020 ÀS ESTRADAS DO CONCELHO

    Num ano atípico, tendo em conta os condicionalismos sanitários decorrentes da pandemia pro-vocada pela doença COVID-19, o Grande Prémio Internacional de Ciclismo de Torres Vedras – Tro-féu Joaquim Agostinho realizou--se devido aos mesmos num formato reduzido e sem público, com apenas duas etapas, que se desenrolaram no Concelho, rea-lizadas no fim de semana de 19 e 20 de setembro.A primeira correspondeu a um circuito que teve Torres Vedras como ponto de partida e chega-da, o qual foi percorrido em cin-co passagens pela zona da meta, numa extensão de 145,6km, tendo a segunda etapa ligado o Turcifal ao parque eólico da Car-voeira, numa tirada de 145,2 km que também percorreu várias lo-calidades do Concelho.108 ciclistas de 16 equipas, qua-tro das quais estrangeiras (oriun-das da Espanha e dos Estados Unidos), participaram neste 43.º Grande Prémio Internacional de Ciclismo de Torres Vedras – Tro-

    féu Joaquim Agostinho, o qual foi ganho em termos individuais por Frederico Figueiredo (Atum Ge-neral/Tavira/Maria Nova Hotel). Já em termos coletivos a vitória pertenceu à formação Radio Po-pular/Boavista. Luís Mendonça (Efapel) venceu a classifica-ção por pontos, Pablo Guerrero (Burgos-BH) foi o “rei dos tre-padores”, Miguel Salgueiro (LA Alumínios/LA Sport) ganhou o prémio das metas volantes e Gonçalo Carvalho (Rádio Popular/Boavista) cotou-se como o me-lhor jovem.O 43.º Grande Prémio Internacio-nal de Ciclismo de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho foi organizado pela União Desportiva do Oeste em estreita parceria com a Câmara Municipal.

    O ciclo teve como objetivo aproximar a população sénior, abrangida pela rede de instituições de solidariedade social do Concelho, das Ar-tes e da Cultura, num contexto que impõe, por razões sanitárias, res-trições à fruição pública de atividades culturais.A iniciativa terá continuidade no próximo ano, estando previsto retomar na primavera.

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    EDUCAÇÃO

    PROJETO TORRIENSE VENCE PRÉMIO CIDADES EDUCADORAS 2020

    “No coração da minha infância” foi distinguido com o Prémio Cidades Educadoras para Boas Práticas de Inclusão e Democra-tização da Cultura. A Associação Internacional de Cidades Edu-cadoras, que atribui a distinção, destaca a “abordagem interge-racional do projeto, promovendo a solidariedade e a convivência entre dois segmentos da popu-lação que, infelizmente, vivem cada vez mais separados.”Foi ainda reconhecida a valoriza-ção da criatividade e o reconhe-cimento cultural da memória dos seniores, bem como a promoção do envelhecimento ativo. Na sua terceira edição, o prémio, que pretende reconhecer o trabalho

    O Município de Torres Vedras apoiou a vacinação gratuita con-tra a gripe de munícipes de idade igual ou superior a 65 anos em várias farmácias comunitárias do Concelho. Em causa estive-ram 2000 vacinas que resultam de um protocolo assinado entre o Município de Torres Vedras e a Dignitude, instituição particu-lar de solidariedade social que é responsável pelo programa “Va-cinação SNS Local”.

    SENIORES

    MUNICÍPIO APOIOU VACINAÇÃO GRATUITA DE MUNÍCIPES ACIMA DE 65 ANOS

    O Município comparticipou 90% do preço da administração de vacinas contra a gripe no âmbito deste programa, até um valor má-ximo de 2,25 ¤ por ato. O objetivo do “Vacinação SNS Lo-cal” passa por proteger os mais vulneráveis, “nomeadamente as pessoas com idade igual ou su-perior a 65 anos, através da pro-moção da sua vacinação contra a gripe sazonal”.O programa, protocolado entre

    a Associação de Farmácias de Portugal, a Associação Nacional de Farmácias e o Governo, visa a vacinação contra a gripe de, pelo menos, 150 mil portugueses com mais de 65 anos, nas mesmas condições em que é feito nos centros de saúde, nas unidades locais de saúde e nas unidades de saúde familiar.Recorde-se que no âmbito da pandemia de COVID-19, foram tomadas medidas excecionais e

    específicas no âmbito da vaci-nação gratuita contra a gripe. A primeira fase de vacinação gra-tuita (destinada a determinados contextos) começou a 28 de se-tembro, enquanto a segunda fase (que inclui os cidadãos com idade igual ou superior a 65 anos) teve início a 19 de outubro.

    das Cidades Educadoras, recebeu 58 candidaturas de 50 cidades de 13 países.“No coração da minha infância” tem como objetivo aproximar pessoas de diferentes realida-des através da arte, promovendo a solidariedade, compreensão e coesão entre diferentes gera-ções. Desde 2014, o projeto já envolveu, diretamente, 472 se-niores, crianças, jovens, profes-sores, artistas e escritores. Indi-retamente, terão sido envolvidas cerca de 1000 pessoas.O projeto, promovido pela Fábrica das Histórias - Casa Jaime Umbe-lino em estreita colaboração com o Clube Sénior, estabelecimentos de ensino e agentes culturais,

    consiste na recolha de memórias de infância de diferentes senio-res das freguesias rurais do con-celho de Torres Vedras. Segue-se um trabalho desenvolvido entre seniores, crianças, jovens, pro-fessores, artistas e escritores que dá origem a conteúdos artís-

    ticos nos domínios da literatura, artes visuais, música, leitura coral, traduzidos em exposições, concertos e outros apontamentos performativos apresentados no quadro da Festa das Histórias de Vida.

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    A Câmara Municipal de Torres Ve-dras, com o apoio do Centro Tor-riense de Estudos de Economia Social, elaborou a primeira edi-ção do “Atlas da Economia Social do Concelho de Torres Vedras”. O documento tem como objetivo mapear e caracterizar as organi-zações de economia social que atuam no Concelho.Esta iniciativa procura responder à necessidade política, social e técnica de adquirir e manter um conhecimento atualizado e cri-terioso sobre as diferentes orga-nizações que, a nível concelhio, materializam e dinamizam o setor da economia social.

    Foi atribuído no dia 1 de outu-bro (Dia Mundial do Idoso) à Câmara Municipal o “Selo Co-munidades Pró-Envelhecimento 2020/2021”.A atribuição deste selo, uma ini-ciativa da Ordem dos Psicólogos Portugueses, pretende distin-guir as “comunidades portugue-sas cujas políticas, programas, planos estratégicos e práticas demonstram um compromisso forte e efetivo com a promoção do envelhecimento saudável e bem-sucedido ao longo de todo o ciclo de vida”.A Câmara Municipal recebeu a referida distinção como repre-sentante da comunidade do Con-celho, sendo que nesta primeira edição da iniciativa foram atri-buídos 94 “Selos Comunidades Pró-Envelhecimento” a autar-quias situadas nos mais diversos pontos do país.

    A realização da primeira edição do “Atlas da Economia Social do Concelho de Torres Vedras” con-tou com a participação de 96 en-tidades de economia social que atuam no Concelho. As mesmas proporcionaram informação re-levante nas seguintes dimensões de inquérito: caracterização so-ciojurídica das entidades; ativi-dades socioeconómicas e servi-ços desenvolvidos; órgãos sociais e associados; recursos humanos contratados e voluntariado; re-lações institucionais e com a co-munidade; dimensão financeira e patrimonial; e principais proble-mas e necessidades da economia social do Concelho e respetivas estratégias de resolução.O objetivo passa por dar continui-dade a esta iniciativa, em edições posteriores, no mais justo reco-nhecimento do papel da economia social para o desenvolvimento lo-cal, nacional e europeu.

    DESENVOLVIMENTO SOCIAL

    CÂMARA MUNICIPAL DISTINGUIDA PELAS SUAS POLÍTICAS “PRÓ-ENVELHECIMENTO”

    DESENVOLVIMENTO SOCIAL

    CÂMARA MUNICIPAL ELABOROU “ATLAS DA ECONOMIA SOCIAL DO CONCELHO”

    notíciastv

    De frisar que a Ordem dos Psicó-logos Portugueses enaltece o pa-pel das Comunidades “como con-textos de vida de excelência para a promoção do envelhecimento saudável e bem-sucedido, com o objetivo último de construirmos uma sociedade coesa, equitativa, inclusiva, saudável e segura, que promova o bem-estar e a contri-buição cívica de todos os cida-dãos, durante todos os momentos do ciclo de vida”.Segundo ainda refere a Ordem dos Psicólogos Portugueses, “é necessário transformar a forma como envelhecemos e reposi-cionar os cidadãos seniores no conjunto do sistema de relações intergeracionais, sociais e eco-nómicas, alterando o reconhe-cimento e valorização social que fazemos destes cidadãos”.

  • 13TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    A Green Destinations voltou a co-locar Torres Vedras no Top 100 de Destinos Sustentáveis do mundo, pelo quarto ano consecutivo. As Serras do Socorro e Archeira e a Região Oeste também se encon-tram neste ranking, que celebra os esforços desenvolvidos pelos des-tinos turísticos em torno do turismo responsável e sustentável.A Região do Alto Minho, Águeda, Arouca, Açores, Cascais, o obser-vatório Dark Sky Alqueva, Lagos

    A Associação Bandeira Azul da Europa reconheceu Torres Vedras como “Município Mais Azul”, no âmbito do programa “Bandeira Azul 2020”. A atribuição do galar-dão aconteceu durante a reunião regional de balanço da época bal-near, que decorreu em meio digi-tal, no dia 24 de novembro.Torres Vedras destacou-se, entre os restantes municípios da região

    MAIS

    TORRES VEDRAS CONTINUA NO TOP 100 DE DESTINOS SUSTENTÁVEIS DO MUNDO

    AMBIENTE

    TORRES VEDRAS DISTINGUIDA COM O GALARDÃO “MUNICÍPIO MAIS AZUL”

    e Sintra completam a representação portuguesa no Top 100 de Destinos Sustentáveis do mundo.A competição é organizada anualmente pela Green Destinations com o objetivo de mostrar boas práticas de sustentabilidade em destinos emergentes e estabelecidos. As nomeações são feitas com base em 30 critérios básicos de sustentabilidade e uma história das boas práticas de sustentabilidade implementadas.Os destinos selecionados são convidados para as conferências anuais do Global Green Destinations Days, nas quais apresentam as suas histórias e trocam experiências sobre como tornar os destinos mais sustentáveis para as comunidades locais e viajantes.

    No dia 21 de novembro, realizou-se uma ação de

    florestação do terreno do antigo Vazadouro Municipal. Nesta iniciativa, que contou com

    a participação do presidente da Câmara Municipal de Torres

    Vedras, Carlos Bernardes, e de um grupo de Escuteiros

    do Agrupamento de São Mamede da Ventosa, foram

    plantadas 500 árvores, numa área de 2 hectares.

    Durante 2021 a Câmara Municipal apoia o pagamento

    de rendas habitacionais a 83 agregados familiares

    residentes no Concelho, no âmbito do seu programa de

    apoio ao arrendamento, o que corresponde a um investimento

    de 193.064,52 euros.

    A AMETUR - Associação Mundial de Enoturismo, da qual

    a Câmara Municipal de Torres Vedras é sócia fundadora,

    foi oficialmente constituída a 20 de novembro. A associação que visa a promoção do enotu-rismo a nível mundial vai ter a

    sua sede no Mercado Municipal de Torres Vedras.

    de Lisboa e Vale do Tejo, pelas 11 atividades de educação ambien-tal promovidas na época balnear de 2020. O galardão veio também reconhecer o trabalho desenvol-vido para adaptar o programa de atividades, face aos constrangi-mentos decorrentes da pandemia, com a aposta nos meios digitais para chegar a um maior número de pessoas.

    Na época balnear passada, o litoral torriense hasteou o maior número de sempre de bandeiras azuis, com a Praia da Foz do Sizandro a con-quistar pela primeira vez o galardão. Torres Vedras é, de resto, o concelho da região que tem mais praias com Bandeira Azul, sendo cada vez mais uma referência a nível nacional no que concerne à atribuição de galar-dões balneares.

  • 14TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    O Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Nunes da Fonseca, acompanhou os traba-lhos de montagem da ponte mili-tar em A dos Cunhados, no dia 16 de novembro. A montagem desta ponte resultou de um protoco-lo estabelecido entre a Câmara Municipal de Torres Vedras e o Regimento de Engenharia n.º1 do Exército.A ponte militar é uma alternati-va temporária à ponte existente, que apresenta problemas estru-turais. A estrutura instalada é uma Ponte Mabey Compact 200 que permite a circulação de via-turas até 60 toneladas entre as margens do rio. A montagem e manutenção da ponte, em 2020 e 2021, terá um custo de aproxima-damente 42.636 euros.

    O Teatro-Cine de Torres Vedras foi recentemente alvo de obras de beneficiação, tendo reaberto as suas portas no dia 10 de novem-bro para a realização da Sessão Solene de Celebração do Feriado Municipal.As obras realizadas neste equi-pamento municipal consistiram na substituição do telhado, na remoção das chapas de fibroci-mento com amianto da cobertura, na execução de drenagens e im-permeabilizações de terraços e caleiras, na revisão do sistema de segurança contra incêndios bem como do sistema de climatização, na execução da pintura interior e exterior do edifício, no reforço da cobertura do palco com instala-ção de painéis acústicos e térmi-cos, na reabilitação do pavimento do palco, na instalação de soalho de madeira maciça na sala de es-petáculos e no arranjo da zona de estacionamento.

    Esta solução visa dar resposta à atual situação, até que esteja concluída a construção da nova ponte definitiva, que deverá fi-car pronta em 2021. O primeiro concurso público para execução da ponte definitiva não teve pro-postas, tendo sido lançado um novo concurso, com o valor base de 619 mil euros.

    Para além destas intervenções, foi ainda criado no primeiro an-dar do Teatro-Cine um espaço dedicado aos vinhos locais, de-nominado “EnoTeatro – Vinhos de Torres Vedras”.Relembre-se que o Teatro-Cine é um equipamento quase cen-tenário, o qual foi inaugurado em 1923, tendo no ano seguinte assumido o nome de Teatro-Cine Ferreira da Silva. De recordar que foi adquirido em 1997 pela Câ-mara Municipal, tendo na altura sofrido obras de requalificação, as quais foram inauguradas em 2001.Pelo palco do Teatro-Cine já passaram artistas como Chaby Pinheiro, Alves da Cunha, Amé-lia Rey Colaço, Raul Solnado, Richard Galliano, Eunice Muñoz, John Cale, Herman José, António Victorino d´Almeida e Ruy de Carvalho.

    OBRAS

    INSTALAÇÃO DE PONTE MILITAR EM A DOS CUNHADOS

    OBRAS

    TEATRO-CINE FOI ALVO DE OBRAS DE BENEFICIAÇÃO

    notíciastv

  • 15TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    Torres Vedras voltou a associar-se ao Dia Municipal para a

    Igualdade, em 2020 com a inauguração de um mural alusivo

    à temática da efeméride, na Escola 4G dos Campelos,

    da autoria de Madalena Bastos, o que aconteceu na tarde do dia

    9 de novembro.

    A Câmara Municipal de Torres Vedras aderiu ao “Green City

    Accord”, um compromisso ambiental que visa tornar as cidades mais limpas,

    saudáveis e eficientes na gestão de recursos. A Declaração

    Política de Compromisso foi assinada pelo presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, no dia 23 de novembro.

    O presidente da Câmara Muni-cipal, Carlos Bernardes, assinou

    no dia 11 de novembro, em representação do Município, a

    Carta de Compromisso de Adesão à Plataforma Municipal dos

    Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

    O Teatro-Cine de Torres Vedras acolheu, no dia 25 de novembro, a cerimónia de entrega da Bandeira da Ética e de apresentação do Pla-no Estratégico de Desenvolvimen-to Desportivo de Torres Vedras. O galardão do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) foi atribuído ao “Programa de Apoio à Promoção da Ética no Desporto” do Município.O “Programa de Apoio à Promoção da Ética no Desporto” promove a ética desportiva junto dos agentes desportivos do Concelho, dividin-do-se em três eixos: “Promoção da Ética Desportiva nas Associa-ções Desportivas do Concelho”,

    DESPORTO

    BANDEIRA DA ÉTICA ATRIBUÍDA AO “PROGRAMA DE PROMOÇÃODA ÉTICA NO DESPORTO”

    “Campanha de Promoção da Éti-ca Desportiva” e “A Ética na Es-cola”. Este programa considera um conjunto ações de estímulo à implementação de medidas e re-mete para o “Programa de Apoio à Atividade Física” a possibilidade de aplicação de penalizações nos apoios financeiros a atribuir, sem-pre que se verifiquem situações de comportamentos que atentem contra os valores do desporto e da ética desportiva.Depois da entrega do galardão, coube ao professor Alfredo Silva, da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, apresentar o Plano Estratégico de Desenvolvimen-

    to Desportivo de Torres Vedras. Trata-se de um plano estabelecido para o horizonte temporal de 2020 a 2025, que resulta de um traba-lho de pesquisa constituído pelo diagnóstico e análise estratégica do sistema desportivo concelhio e pela formulação de propostas de desenvolvimento do desporto.Recorde-se que a Bandeira da Éti-ca é dirigida a todas as entidades que pretendam que seja reconhe-cido e certificado o seu trabalho no âmbito da promoção dos valores éticos através do desporto.

  • 16TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    O protocolo de cooperação para a criação de um polo da Escola Supe-rior de Saúde do Politécnico de Leiria em Torres Vedras foi celebrado a 9 de dezembro, entre a Câmara Municipal de Torres Vedras e o Politécni-co de Leiria. O polo irá entrar em funcionamento no próximo ano letivo (2021/2022), no antigo edifício dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Torres Vedras.

    Para a população se deixar en-volver pelo espírito natalício e também para apoiar o comércio tradicional, o Município, em par-ceria com a ACIRO (Associação Comercial, Industrial e Serviços da Região Oeste), levou a cabo a campanha “Este Natal…Torres Ve-dras é sua”.No âmbito desta iniciativa foram instaladas, mais uma vez, ilumi-nações e decorações de Natal em Torres Vedras e Santa Cruz; foi or-ganizado o Desfile Sustentável de Natal, o qual percorreu diversas localidades do Concelho; foram proporcionados concertos por meio de redes sociais (pelo grupo Cant’arte, pelo grupo Riff’s e pela Camerata Vocal de Torres Vedras); e teve lugar, na Igreja da Miseri-córdia, o Concerto de Natal do V Ciclo de Órgão de Torres Vedras.O Mercado Municipal foi também um dos locais que acolheu a cam-panha “Este Natal…Torres Vedras é sua”, tendo, no âmbito da mesma, neste espaço, se realizado várias ações, nomeadamente: uma Feira de Natal, uma Feira do Livro e uma Feira de Vinhos; oficinas de cozinha e uma tertúlia subordinada à temá-tica da nutrição; uma exposição da responsabilidade da delegação de Torres Vedras da Cruz Vermelha Portuguesa que incluiu uma ação de recolha de bens alimentares e de higiene; e sorteios de cabazes de Natal. Na praça do Mercado Mu-nicipal esteve ainda patente a Casa do Pai Natal, bem como a exposição Natal (En)caixa.

    EDUCAÇÃO

    ESCOLA DE ENSINO SUPERIORNA ÁREA DA SAÚDE VAI NASCER EM TORRES VEDRAS

    ECONOMIA

    CAMPANHA MUNICIPAL ENVOLVEU POPULAÇÃO NO ESPÍRITO NATALÍCIO

    Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, apontou a educação e a formação como as grandes apostas da Câmara Municipal. O autarca re-cordou que em 2017 Torres Vedras passou a contar com oferta de en-sino superior, com a criação do Nú-cleo de Formação de Torres Vedras do Politécnico de Leiria.O presidente do Politécnico de Lei-ria, Rui Pedrosa, mencionou que este protocolo é um reforço da es-tratégia de colaboração com o Mu-nicípio de Torres Vedras, uma vez que este novo espaço irá acolher três cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP) em funciona-mento no Núcleo de Formação de Torres Vedras e, posteriormente, irá receber novos cursos TeSP, Li-cenciaturas e Mestrados. A oferta formativa incluirá cursos de forma-ção de profissionais para carreiras de saúde, mas também formação

    na área das tecnologias de diag-nóstico e terapêutica, com ligação às várias empresas da região.O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, que presidiu a cerimónia, sublinhou a importân-cia da criação deste novo polo, para que haja cada vez mais portugue-ses qualificados e para assegurar a democratização do acesso ao ensi-no superior.No âmbito do desenvolvimento do ensino e investigação na área da saúde, a par deste protocolo, foi também celebrado no ano passado o protocolo para criação do polo da Faculdade de Medicina da Univer-sidade de Lisboa no antigo Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior. Estas duas unidades contribuirão para que Torres Vedras seja um cluster de referência na área da saúde nos próximos anos.

    notíciastv

  • ENOTEATRO ABRIU PORTAS NO TEATRO-CINE DE TORRES VEDRAS

    Enoteatro é o novo espaço do Teatro-Cine de Torres Vedras dedicado aos vinhos do Conce-lho. O espaço promocional dos néctares de Torres Vedras é uma das novidades do Teatro-Cine, que reabriu no passado dia 10 de novembro após ter sido alvo de obras de beneficiação.

    O Enoteatro encontra-se no pri-meiro piso deste equipamento cultural, abrindo de quinta-feira a sábado, entre as 17h00 e as 20h00 (em dias de espetáculo, o Enoteatro encerra às 21h00).Ali é possível encontrar variados vinhos de Torres Vedras, que estão disponíveis para prova por 1,5 ¤ por uma prova ou 3 ¤ por três provas.

    PORTAL TORRES VEDRAS E-NEGÓCIOS DIVULGA GRATUITAMENTE OFERTAS DE EMPREGO

    As empresas com sede ou estabelecimento no Concelho podem por meio do portal Torres Vedras e-Negócios divulgar as suas ofertas de emprego.Trata-se de um novo módulo criado no referido portal, site no qual se pode também, recorde-se, por exemplo, consultar informações acerca de empresas locais e efetuar pedidos de orçamento.Sublinhe-se que o novo serviço do portal Torres Vedras e-Negócios (site que é um projeto da Agência Investir Torres Vedras, uma estrutura criada pela Câmara Municipal) é gratuito e destina-se à dinamização do tecido empresarial do Concelho.

    sabia quetv

    O espaço abriu no dia 10 de novembro, por ocasião da Sessão Solene de Celebração do Feriado Municipal.

    5.ª - SÁBADO 17h00 - 20h00

    (em dias de espetáculo: encerra às 21h00)

    negocios-tvedras.pt

    17TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

  • COVID-19 em Torres Vedrastv

    18TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    MUNICÍPIO DISTRIBUIU MÁSCARAS ÀS CRIANÇAS DO 1º CICLO

    O Município de Torres Vedras distribuiu máscaras têxteis reutilizáveis às crianças das escolas do 1º ciclo do Concelho. No total, foram distribuídas cerca de 2680 máscaras, garantindo que todas as crianças deste nível de escolaridade têm acesso a este equipamento de proteção individual.Sublinhe-se que, apesar de o uso obrigatório de máscara se aplicar ape-nas a partir dos 10 anos, as crianças do 1º ciclo devem usar este método de proteção ao utilizar transportes escolares. Existem, ainda, escolas que solicitam a sua utilização para entrar e sair do estabelecimento.

    Cada criança teve direito a uma máscara, numa ação de distribuição e sensibilização que teve início nas escolas básicas de Runa e de Dois Por-tos, no dia 29 de setembro, e se prolongou ao longo do mês de outubro.Em causa estão máscaras reutilizáveis para criança, certificadas pelo CITEVE – Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário e resistentes a 25 lavagens.

    REFORÇO DA BASE LOCAL DE VOLUNTARIADO

    O Serviço Municipal de Prote-ção Civil de Torres Vedras e a Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Torres Vedras estão a reforçar a Base Local de Voluntariado para atuar na resposta à pandemia de COVID-19.

    Caso esteja interessado em in-tegrar esta base, inscreva-se em tvedras.pt/covid19-voluntariado.Para mais informações, entre em contacto através do e-mail [email protected] ou do número de telemóvel 910 688 112.

    tvedras.pt/covid19-voluntariado

  • COVID-19: ESPAÇOS MUNICIPAIS RECEBERAM A CERTIFICAÇÃO “COVID SAFE”Os espaços de atendimento ao público da Câmara Municipal, dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento e da Agência Investir Torres Ve-dras receberam a certificação “Covid Safe” da APCER.Esta certificação atesta que nestes espaços são cumpridas as medidas de segurança necessárias para se fazer face à pandemia provocada pela doença COVID-19, sendo que os critérios de atribuição da marca “Covid Safe” encontram-se fundamentados em recomendações da DGS (Dire-ção-Geral de Saúde), ACT (Autoridade para as Condições do Trabalho) e OIT (Organização Internacional do Trabalho).A atribuição da mencionada marca aos referidos espaços municipais vem, de resto, reconhecer o intenso trabalho que tem sido desenvolvido pelos serviços municipais na implementação de medidas e ações necessárias de combate à COVID-19, com vista à proteção dos utentes e funcionários do Município.Das ações executadas pelos serviços municipais que levaram à atribuição da certificação “Covid Safe” aos espaços de atendimento da Câmara Mu-nicipal, dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento e da Agên-cia Investir Torres Vedras refira-se algumas, como: o reforço das ações de limpeza e desinfeção; a distribuição de equipamentos de proteção individual aos funcionários do Município; a disponibilização de soluções antissépticas de base alcoólica em locais estratégicos aos funcionários e utentes do Município, bem como de soluções desinfetantes aos funcio-nários do Município que efetuam atendimento; a definição de circuitos de circulação; a adaptação/reorganização de locais de atendimento, de forma a assegurar o distanciamento físico entre utentes e funcionários do Município; a criação de salas de isolamento; o incentivo à adoção de procedimentos de uma boa higiene respiratória; e a adoção de medidas de teletrabalho.

    KITS COM MÁSCARA SOCIAL E ÁLCOOL GEL ESTÃO A SER OFERECIDOS A SENIORES

    19TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    A Câmara Municipal está a oferecer máscaras sociais reutilizáveis aos se-niores do Concelho.Cada munícipe torriense com idade a partir de 60 anos poderá fazer o levantamento da sua máscara social reutilizável na junta de freguesia da sua área de residência.Paralelamente à oferta da máscara social reutilizável, é também ofereci-da uma unidade de álcool gel.

    Algumas recomendações relativas à utilização da máscara social reutilizável:• Antes de colocar a máscara, o utilizador deve higienizar as mãos com água e sabão ou com uma solução à base de álcool; o mesmo procedi-mento deve ser utilizado aquando da remoção da máscara;• A máscara deve ser pegada pelos elásticos, sem se tocar na parte da frente da mesma;• Ao colocar a máscara, o utilizador deve certificar-se que a mesma cobre a boca, o nariz e o queixo;• A máscara deve ser utilizada por um período máximo de quatro horas por dia;• Antes de ser reutilizada, a máscara deve ser lavada.

  • COVID-19 em Torres Vedrastv

    NOVA LOCALIZAÇÃO DO CENTRO DE TESTES À COVID-19 EM TORRES VEDRAS

    O centro de testes para detetar a doença COVID-19 no concelho de Tor-res Vedras passou a funcionar no Pavilhão Multiusos da Expotorres a partir 30 de setembro, deixando de estar ativo no Centro de Educação Ambiental.Os testes são realizados quatro dias por semana (segunda, quarta, sex-ta e sábado), das 9h00 às 13h00. Sublinhe-se que os testes são gratui-tos mas encontram-se sujeitos a prescrição pela Linha SNS24 ou pela Área Dedicada COVID-19 (ADC) do Centro de Saúde de Torres Vedras.Caso seja indicada a realização do teste à COVID-19, as marcações para o centro de testes são obrigatórias e podem ser feitas através do nú-mero 910 014 000, todos os dias, das 9h00 às 13h00. No processo de marcação, deverão ser facultados os seguintes dados:• Nº de prescrição• Nome• Nº de utente do SNS• Telefone• Data de nascimento• E-mailO acesso poderá ser feito pela porta principal do Pavilhão Multiusos da Expotorres, que se encontra na Rua do Parque Regional de Exposições, em Torres Vedras.

    CENTRO DE SAÚDE DE TORRES VEDRAS FOI AMPLIADO

    O Município de Torres Vedras procedeu à ampliação do Centro de Saúde de Torres Vedras, num investimento de aproximadamente 80 mil euros. Em causa está a instalação de um edifício modular onde funciona uma área dedicada para avaliação e tratamento de pessoas com infeção res-piratória. Desta forma, a área está isolada dos restantes espaços, mini-mizando o risco de contágio e possibilitando a reativação de serviços.A ampliação justifica-se pela falta de espaço e condições para a pres-tação de todos os serviços disponíveis nas instalações do Centro de Saúde. Aquela área dedicada encontrava-se a funcionar no espaço onde eram prestados serviços de atendimento complementar, psicolo-gia, fisioterapia e uma sala de tratamentos, que estão a ser reativados de forma gradual.Sublinhe-se que o investimento já se encontrava contemplado no protocolo celebrado, em fevereiro, com o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), que estabeleceu enquanto competência do Município “prover as instalações físicas que permitam a relocalização” do Centro de Diag-nóstico Pneumológico em 2021.A intervenção acabou por avançar em 2020 de forma a dar resposta à atual situação de pandemia. Quando se verificar que este tipo de utili-zação já não é necessária, o espaço ficará afeto permanentemente ao Centro de Diagnóstico Pneumológico.

    20TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

  • COVID-19: INÍCIO DO PROCESSO DE VACINAÇÃO EM PORTUGAL

    A vacinação contra a COVID-19 em Portugal arrancou no dia 27 de de-zembro. O plano garante que a vacinação é gratuita e universal, des-tinando-se “a qualquer pessoa presente em Portugal” a partir dos 16 anos, desde que a vacina esteja clinicamente indicada para essa pessoa. Tendo em conta o acesso limitado e faseado às vacinas, foram defi-nidos grupos prioritários. Além dos ensaios clínicos desenvolvidos, a definição teve por base princípios científicos, éticos, de aceitabilidade e exequibilidade. Assim, não é possível pedir a marcação da vacina. Deve esperar até ser contacto pelo Serviço Nacional de Saúde, que a irá administrar.As vacinas disponibilizadas nas primeiras fases do plano contemplam duas doses. Para ter proteção é importante ter ambas as doses de va-cina. No entanto, depois de tomar a vacina continua a ser fundamental a adoção de medidas de prevenção do contágio, como a utilização de máscara e o respeito pela distância física.À semelhança do que acontece com outras vacinas e medicamentos, a vacina contra a COVID-19 também poderá causar reações adversas. No entanto, a Direção-Geral da Saúde (DGS) aponta que a maioria destas reações são ligeiras e de curto prazo, não sendo identificadas por todas as pessoas. Até ao momento, a Comissão Europeia aprovou a vacina Comirnaty, da empresa farmacêutica BioNTech/Pfizer.

    A comunidade escolar do concelho de Torres Vedras conta com um ser-viço que otimiza o combate à COVID-19, prevenindo o crescimento da pandemia nas escolas. Trata-se da “Report Covid – Escolas de Torres Vedras”, uma plataforma informática em que as escolas podem identi-ficar e rastrear com rapidez casos suspeitos de COVID-19, antecipando medidas que evitem a transmissão em meio escolar e na comunidade.

    REPORT COVID:A PLATAFORMA PARA O COMBATE À PANDEMIA NAS ESCOLAS

    21TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    Através deste sistema, as escolas podem sinalizar crianças, jovens e adultos com sintomas que pos-sam estar relacionados com a CO-VID-19. Para garantir o funciona-mento do serviço, a Câmara Mu-nicipal de Torres Vedras contratou Ricardo Sá, médico de clínica ge-ral, que presta apoio às escolas e que trabalha em articulação com a Delegação de Saúde Local. Desde a sua implementação, as escolas já reportaram cerca de 800 casos suspeitos, o que permitiu evitar a criação de cadeias de contágio.Numa primeira fase, os estabele-cimentos de ensino e de educação receberam informação sobre a “Report Covid” e foram recolhidas autorizações de tratamento de dados. Em cada estabelecimento existe um ponto focal que tem acesso ao link onde a plataforma está disponível. Ali são inseridos dados sobre a pessoa com even-

    tuais sintomas de COVID-19, que são automaticamente enviados para o e-mail de Ricardo Sá. No período de 24 horas, o profis-sional de saúde trabalha direta-mente com a Delegação de Saúde Local, a escola e a família.Com o objetivo de esclarecer as dúvidas da comunidade sobre a “Report Covid” e o combate à pandemia nas escolas têm sido realizadas reuniões com agentes educativos e visitas aos estabe-lecimentos. No dia 15 de outubro foi, ainda, dinamizada uma ses-são de esclarecimento online, onde foram esclarecidas questões dos encarregados de educação e da comunidade escolar.

  • COVID-19 em Torres Vedrastv

    MEDIDAS LOCAIS DE APOIO NO ÂMBITO DA COVID-19

    EIXO I – FAMÍLIAS

    1. Atribuição de vales para aquisição de géneros alimentares e outros bens de primeira necessidade, que não tenham enquadramento noutras medidas, até 30 de junho de 2021.

    2. Apoio financeiro direto a situações de comprovada emergência social garan-tindo a avaliação e acompanhamento, em parceria com diversas instituições locais até 30 de junho de 2021.

    3. Apoio financeiro direto a situações de emergência habitacional até 30 de junho de 2021.

    4. Fornecimento de refeições aos alunos carenciados, que se encontrem em casa por encerramento da sua escola ou quarentena da sua turma.

    5. Cedência, a título de empréstimo, de equipamentos informáticos e acesso à internet a alunos que não possuam estes meios e que deles necessitem na sequência de confinamento ou isolamento profilático

    6. Redução da taxa do IMI em 0,05% em 2021, para os prédios urbanos, fixando a taxa em 0,35%.

    7. Redução em 50%, do valor a aplicar nas vistorias para efeitos de determina-ção de benefícios fiscais em obras localizadas em Áreas de Reabilitação Urbana, até 30 de junho de 2021

    EIXO II – EMPRESAS

    1. Apoio ao pagamento de rendas não habitacionais devidas por empresas cujos setores não sejam abrangidos pela medida do Governo, por forma a mi-norar o impacto do encerramento ou contração significativa da sua atividade económica.

    2. Isenção em 2021 de derrama para os sujeitos passivos cujo volume de negó-cios em 2020 não ultrapasse os 150.000 ¤.

    3. Redução da taxa do IMI em 0,05% em 2021, para os prédios urbanos, fixando a taxa em 0,35%.

    4. Criação da plataforma “Torres Vedras e-Negócios” que visa aproximar em-presas e clientes e que dispõe de um módulo de divulgação de oportunidades de emprego.

    5. Lançamento da campanha “Restaurante em Casa”, que consiste na assunção, pela Câmara Municipal, dos custos associados às entregas ao domicílio das re-feições confecionadas pelos restaurantes locais e na disponibilização de uma plataforma online com informação sobre a oferta de restaurantes no Concelho. Este apoio está em vigor até 15 de fevereiro ou até ser atingido o montante de 25.000 ¤.

    6. Iniciativa “Esplanada na Hora”, que pretende incentivar a criação de novas esplanadas e alargar esplanadas já existentes no Concelho, repondo (em parte ou na totalidade) a lotação que não pode ser utilizada pelos estabelecimen-tos, no âmbito do combate à COVID-19. A iniciativa estará em vigor enquanto se mantiverem as medidas que implicam a redução da lotação no interior dos estabelecimentos.

    22TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    A Câmara Municipal de Torres Vedras tem em vigor um conjunto de medidas locais de apoio no âmbito da COVID-19. Estas medidas temporárias visam apoiar famílias, empresas e tecido associativo do Concelho, tendo em conta as dificuldades que resultam da situação de pandemia.

  • 7. Isenção das taxas relativas à ocupação do espaço público com mobiliário urbano e com publicidade e suportes publicitários, conexos com estabeleci-mentos, com exceção de bancos e instituições de crédito, seguradoras e hi-permercados, até 31 de dezembro de 2021.

    8. Isenção de taxas pela comunicação do início de exploração, a título principal ou secundário, de um estabelecimento de comércio ou serviços, bem como da mera comunicação prévia dos estabelecimentos industriais de Tipo 3, até 31 de dezembro de 2021.

    9. Redução ou isenção das rendas dos estabelecimentos comercias em espaços municipais onde a atividade económica tenha sofrido contração significativa, ou seja, quando se verifique uma comprovada redução de vendas, tendo como referência o mês homólogo de 2019 ou caso este período não exista, a média dos 6 meses anteriores à pandemia (setembro de 2019 a fevereiro de 2020), nos seguintes termos:

    • Redução de 50% do valor da renda, até 30 de junho de 2021, quando se verifique uma comprovada redução de vendas até 30%; • Isenção de pagamento da renda, quando se verifique uma compro-vada redução de venda superior a 30%.

    EIXO III – INSTITUIÇÕES / ASSOCIAÇÕES

    1. Apoio financeiro extraordinário para garantir o adequado e regular funciona-mento de serviços e respostas, em situações de comprovada redução de recei-ta ou acentuado acréscimo de atividade até 30 de junho de 2021.

    2. Majoração de 10% nos apoios dados às associações desportivas no âmbito dos programas de Apoio à atividade física.

    3. Isenção do pagamento de utilização das instalações desportivas municipais por parte das associações desportivas, até 30 de junho de 2021.

    23TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

  • Francisco Toscano Rico é desde 2019 presidente da CVRL (Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa), entidade sediada em Torres Vedras. A [Torres Vedras] esteve à conversa com este engenheiro agrónomo de formação, uma entrevista em que se abordou o seu percurso profissional, o trabalho da CVRL e diversas questões relacionadas com a realidade vitivinícola local, regional e nacional. Na opinião de Francisco Toscano Rico, apesar da viticultura da região ter ainda aspetos a melhorar, o futuro da mesma é, sem dúvida, promissor. Exemplo disso é o facto de, em 2020, um ano difícil para a Economia nacional devido aos efeitos da pandemia provocada pela doença COVID-19, os Vinhos de Lisboa terem registado um crescimento de vendas na ordem dos 17%, tendo 85% das suas garrafas sido exportadas.

    Assista a esta entrevista em vídeo. Veja-a em cm-tvedras.pt/conversando

    conversando

    ENTREVISTA Tiago OliveiraFOTOGRAFIA Susana Batista

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    FRANCISCO TOSCANO RICO

    entrevistatv

    Primeiramente pedia-lhe para abordar o seu percurso profissional até chegar à presidência da CVRL…Tirei o curso de Agronomia no Instituto Superior de Agronomia em Lisboa e fiz o estágio final precisamente em viticultura, em vindima mecânica, que na altura era uma novidade. Nesses tempos a minha família era também produtora de uva, portanto tinha uma ligação muito próxima com a área da viticultura. Finalizado o curso, em 94, integrei o Instituto da Vinha e do Vinho, e tive então cinco anos de trabalho neste instituto, na altura muito ligado àquilo que são os apoios comunitários. Posteriormente abracei outras áreas, dentro do Ministério da Agricultura, tendo estado no setor do leite e dos laticínios. Portanto, foi uma mudança um pouco radical, do vinho para o leite, mas que me abriu imensos horizontes e de que gostei imenso. Ao fim também de cinco anos, também dentro do Ministério da Agricultura, mudei de novo de área, estive a trabalhar na área da Higiene e Segurança Alimentar, numa altura em que foi necessário reforçar essa componente. Em 2011 fui convidado para assessorar o secretário de Estado da Agricultura, tendo trabalhado de novo na área da viticultura e do vinho. No final de 2014 regressei ao Instituto da Vinha e do Vinho, como vice-presidente. Na altura o presidente era o engenheiro Frederico Falcão, atual presidente da ViniPortugal, fiz equipa com ele, e foi uma experiência que correu muito bem. Em finais de 2018 surgiu então o convite para deixar o setor público e vir para a associação de produtores de vinho de Lisboa, para a CVR Lisboa, tendo assumido a sua presidência no

    dia 1 de janeiro de 2019. Estou desde aí na comissão de corpo e alma. Estou a gostar imenso do desafio, é também bom estar do outro lado. A minha experiência era muito de setor público, de política pública, agora estou na parte operacional, no fundo, de quem utiliza a política pública no seu dia a dia. É o outro lado da moeda, o que enriquece imenso e é um desafio fantástico.

    Que balanço pode fazer do trabalho que tem realizado até ao momento na Comissão Vitivinícola Regional de Lisboa?A comissão definiu um novo plano estratégico assente em alguns pilares fundamentais. Por um lado, mais e melhor controlo, o que tem a ver com a área de controlo e certificação do produto, porque é algo que nós entendemos como importante para garantir a credibilidade do produto que vai para o mercado. E algo que é fundamental é a capacidade de resposta no controlo. Hoje em dia os produtores de vinho são confrontados com pedidos de encomendas diárias e nós temos de estar capacitados para fazer a certificação num curto espaço de tempo. E isso é uma mais- -valia para a região, nós conseguirmos realmente acompanhar a sua dinâmica. Lisboa é uma região que está a crescer imenso todos os anos, isso é ótimo, isso exige muito mais de nós e por isso estamos a reforçar a equipa técnica, mas também estamos a mudar a forma de trabalhar. Outra vertente do nosso trabalho é dar notoriedade à marca Lisboa e às suas denominações de origem. E essa notoriedade é no fundo dar visibilidade à região e visibilidade àquilo que são os produtores e os seus vinhos. E entramos assim na fase de

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    ONDE Instalações da CVRL

    QUANDO 5 de janeiro de 2021

    entrevistatv

    marketing e promoção. E o que é que temos feito? Procuramos obviamente estar nas grandes feiras internacionais, levando os nossos produtores a contactar com tudo o que é trade lá fora. Por outro lado, procuramos estar nas publicações de referência internacionais, em revistas da especialidade. Trazemos também jornalistas e importadores estrangeiros à região porque desta forma conseguimos proporcionar experiências que ajudam a criar um lado afetivo com o território e com os nossos vinhos. Com a pandemia estamos também a apostar na comunicação e em eventos online, com provas de vinho e masterclasses para jornalistas, sommeliers e trade em geral.Ultimamente e cada vez mais queremos também dar um impulso ao enoturismo. A região está a crescer muito, está a exportar 85% daquilo que é a sua produção total, e acreditamos que o enoturismo pode gerar muito mais valor por aí. Houve um impulso fundamental dado por parte da Cidade Europeia do Vinho Torres Vedras/Alenquer 2018, que despertou toda uma região, não só os produtores de vinho, mas também os agentes associados à gastronomia e à cultura, e os próprios municípios. Há uma dinâmica que se criou com esse evento, que foi fundamental, e que marcou claramente aqui um ponto de viragem. E agora temos que dar tração àquilo que foi feito. E acreditamos que valorizar o vinho passa muito pela parte do enoturismo. E quando falamos em enoturismo não falamos só de adegas, não falamos só de vinho. O vinho ganha imenso quando se explica a sua origem, e a sua origem é a sua História, a sua envolvente, a Cultura, a Gastronomia, é tudo isso que depois enriquece o próprio produto. Estamos agora a começar a trabalhar e também com outras regiões, uma área que é fundamental hoje em dia, que é a

    da sustentabilidade. A sustentabilidade começa na vinha, mas tem que ir até à garrafa. O consumo de energia, o consumo de água, as boas práticas na viticultura, a sustentabilidade na biodiversidade na vinha, tudo isso são matérias que cada vez mais a própria sociedade exige do lado de quem está no mercado. Não é que não haja já boas práticas, mas queremos ser mais exigentes.

    Como vê a realidade dos vinhos de denominação de origem controlada como o DOC de Torres Vedras?A força, no fundo, da região, está muito assente na marca Lisboa. Temos cerca de 126 produtores de vinho numa região que começa em Carcavelos e vai até Leiria, com um volume de vendas que em 2020 superou os 65 milhões de garrafas, com um crescimento de 17% mesmo em ano de pandemia, o que

    demonstra a vocação exportadora dos vinhos de Lisboa. Isto para dizer que a marca Lisboa é que no fundo tem alavancado tudo o resto. Depois, as denominações de origem, que valem 3% desses cerca de 65 milhões de garrafas, são pequenos nichos muito interessantes, porque são todos eles muito diversos. As próprias regiões dentro dos Vinhos de Lisboa têm uma identidade diferente que se traduz depois num produto diferente e com uma identidade muito própria. Falando de Torres Vedras, é para já um pequeno nicho, mas que é uma bandeira importante, no fundo, dentro de um chapéu maior que é Lisboa. É uma identidade e uma qualidade que é reconhecida e que por ser diferente do resto nós também acarinhamos.

    Acha que os produtores regionais já estão mais sensibilizados para a questão da certificação?Sem dúvida. O que nós temos visto é uma região que duplicou as vendas desde 2014, e obviamente as vendas pressupõem a certificação prévia. Esse facto demonstra uma explosão e um interesse, que não é idílico. Há procura pelo produto, e é a procura que incentiva depois o produtor a ir atrás da certificação. Porquê? Porque o mercado já está a remunerar a marca Lisboa, senão o produtor não ia certificar, vendia como outro produto qualquer ou a outro armazenista qualquer no país ou no estrangeiro.

    Relativamente à estratégia de marketing, quais são os mercados em que a CVRL está a apostar atualmente em termos de promoção?Para ter uma ideia, Lisboa exporta para mais de 100 destinos diferentes. E metade dos produtores de Lisboa já exportam para países terceiros. Portanto, praticamente todos exportam para a União Europeia, mas metade deles já exporta para fora da União Europeia, o que é obviamente um sinal muito interessante e muito forte desta vocação que Lisboa tem para a exportação. Não podemos, no entanto, pensar que em termos de comunicação conseguimos chegar a cerca de 100 mercados. Temos a ViniPortugal, que representa todos os produtores de vinho de todas as regiões de Portugal, e que tem o seu plano de marketing, que é muito abrangente, e o que nós fazemos é tentar dar força a esse plano. No fundo, atuamos supletivamente. Vemos dentro desse grande plano nacional o que nos interessa mais e tentamos escolher dois, três, quatro grandes mercados. Recentemente apostámos de forma particular no Brasil, nos Estados Unidos, no Canadá e na Suíça.

    Como vê de uma forma geral a realidade vitivinícola do Concelho e da região? A realidade é muito diversa e, olhando para o ano de 2020, vemos que há claramente um choque assimétrico que tem

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    a ver com as diferentes realidades que encontramos aqui em Lisboa. É uma região muito forte, a crescer, com a exportação a aumentar, mas depois vemos empresas mais pequenas, mais ligadas ao canal da restauração, que com o lockdown foram muito impactadas. Vemos claramente uns a crescer muito e outros a passar alguma dificuldade. Abstraindo-nos do ano de 2020 há, no entanto, aqui uma realidade muito interessante. Há uma viticultura muito profissional nesta região e há uma área média por viticultor que, tirando o Alentejo, é superior à do resto do país. A área média na região, pelo menos de área de vinha certificada, anda à volta dos cinco hectares. Há ainda muito minifúndio, mas vê-se uma viticultura profissional. Se virmos a produtividade da vinha e o preço da uva acaba por ser uma atividade mais interessante em Lisboa do que nas outras regiões vitícolas de Portugal. E depois temos as adegas cooperativas, que eu considero um dos pilares desta região. Para ter uma ideia, cerca de 75% dos viticultores são associados das adegas cooperativas. Quando falamos do sucesso dos vinhos de Lisboa é incontornável que temos de falar do sucesso das adegas cooperativas. E felizmente a maior parte delas estão bem, estão a dar cartas, a apresentar novas referências, e por isso contribuem até para dar visibilidade à própria região.Por outro lado, cerca de 50% da área de vinha foi reestruturada nesta região nos últimos 10 anos. Por isso é que a qualidade dos vinhos também subiu, porque há agora uma preocupação na instalação das vinhas com as castas certas nos locais certos. Quem planta hoje uma vinha sabe bem o que está a fazer. Já não é aquele experimentalismo que havia há alguns anos e isso depois reflete-se na qualidade da uva e do vinho. E depois temos a área comercial. Se na exportação estamos muito bem, no mercado nacional temos claramente passos a dar. Considero que a restauração não tem sido grande amiga dos vinhos portugueses em geral e dos de Lisboa em particular. Temos de nos aproximar da restauração, ir ter com eles. Em Lisboa tem de se consumir Lisboa (de Lisboa cidade até Leiria).

    A criação da marca Lisboa é claramente uma aposta ganha…Sem dúvida. Em boa hora a região amadureceu as suas ideias, viu os caminhos possíveis que tinha de traçar para o futuro e acho que foi uma visão muito acertada.

    Perguntava-lhe também se está a ser feito algum trabalho para uma melhor repartição das margens de lucro no negócio dos vinhos?A CVRL estabeleceu no seu plano estratégico chegar a 2050 como sendo a região vitícola mais rentável do país. E acreditamos que conseguimos lá chegar. Isso passa pela valorização do vinho, vendendo-se o vinho por um melhor preço, poder-se-á remunerar melhor a uva. Na questão da repartição do valor acrescentado, é um problema do setor agroalimentar como um todo, o retalho fica com uma boa parte dessa margem e isso não é só no vinho. A vocação exportadora da região é por isso sintomática, ou seja, é uma procura de no mercado ver quem remunera melhor o trabalho. A título de exemplo, em 2020, foram para a Austrália centenas de milhares de garrafas de vinho de Lisboa, quando a Austrália é uma das maiores potências mundiais de vinho.

    Descobriram o vinho de Lisboa e foram quase meio milhão de litros para lá.

    Na sua opinião, a criação do Smart Farm Colab - Laboratório Colaborativo para a Inovação Digital na Agricultura, que está atualmente sediado no INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária), é uma mais-valia para o setor vitivinícola regional?A proximidade desta estrutura também é importante porque a proximidade física torna tudo mais fácil. De maneira que ter aqui um polo também agregador de várias vontades e ele próprio formado com valências muito diferentes poderá ser benéfico não só para a viticultura, mas para toda a área agroalimentar. Deve ser o setor a identificar as suas necessidades e a ir ter com estas estruturas profissionais que depois alavancam e dão andamento a processos muito ligados à experimentação e à investigação.

    A localização da associação mundial de enoturismo em Torres Vedras é também um fator vantajoso para o setor vitivinícola da região?É sempre. Ter associações com essa vocação dentro do território, obviamente traz mais dinâmica e mais atividade ao próprio território. Mais uma vez, a proximidade física acaba por ser uma mais-valia adicional. Portanto, acreditamos que seja mais um veículo para dar visibilidade ao território.

    A realização do concurso mundial de vinhos Sauvignon no concelho de Torres Vedras vai também ser uma mais-valia para o setor vitivinícola regional?A escolha de Torres Vedras para a realização desse concurso não acontece por acaso. Acontece porque o próprio Município tem demonstrado bom trabalho na área dos vinhos e por outro lado porque estamos numa região vitícola de excelência. Além disso, a organização do evento entende que Torres Vedras é um local com capacidade de enriquecer o mesmo. O trazermos aqui à região especialistas internacionais na área dos vinhos, que terão depois a possibilidade de visitar os produtores e o território, acho que vai ser uma grande mais-valia.

    Podemos dizer, em jeito de balanço, que o setor vitivinícola regional e nacional tem um futuro risonho? De resto, o célebre Relatório Porter já apontava este setor como um daqueles em que a economia nacional devia apostar…Sim, não tenho dúvidas disso. O Relatório Porter também ajudou a despertar o próprio setor e a orientá-lo, mostrando quais eram os caminhos possíveis. A própria formação da ViniPortugal, que foi criada para a internacionalização do vinho nacional, também nasceu do Relatório Porter. Todo o trabalho que tem sido feito tem dado resultados. Portugal está a crescer, por um lado exportando mais, mas também criando mais valor. Hoje em dia Portugal já é visto como um grande país vinhateiro em termos de qualidade, e os críticos internacionais reconhecem isso. O próprio consumidor nacional é cada vez mais entendedor da qualidade do produto. Não tenho dúvidas que o futuro não só desta região, mas de Portugal como um todo, passa pelo vinho.

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    projeto

    O Terminal Rodoviário está a ser alvo de uma interven-ção de modernização e melhoria das suas condições de funcionamento, que teve início em janeiro de 2021, por meio da construção de uma cobertura para o espaço de espera e tomada de passageiros, situada junto aos cais de embarque.Esta cobertura permitirá melhorar a proteção das pes-soas contra os agentes climáticos e aumentar o senti-mento de segurança.

    Recorde-se que em 2014 o Terminal Rodoviário foi relo-calizado no Parque Regional de Exposições, passando de uma artéria principal da Cidade para o seu limite poente, situando-se agora junto a uma via de escoamento com acesso direto à autoestrada e a extensas bolsas de es-tacionamento.Esta relocalização foi despoletada pelo plano de mobi-lidade de Torres Vedras, que tinha como objetivo reduzir drasticamente a circulação automóvel na zona central da

    COBERTURA DO TERMINAL RODOVIÁRIO

  • 29TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    Cidade, objetivo que foi conseguido em pleno, tendo-se verificado uma diminuição de circulação e estacionamento automóvel na mesma.Devido ao caráter inicialmente provisório e experimental deste terminal, nos espaços de espera públicos ao longo dos cais foram instaladas apenas algumas lonas tencio-nadas exteriores afastadas dos autocarros, as quais, numa tempestade ocorrida em 2015, foram muito danificadas.A proposta de intervenção de requalificação do Terminal procura assim suprir a lacuna principal do equipamento - as condições do espaço de espera dos passageiros junto aos cais – por meio do projeto de uma estrutura de cobertura do mesmo.A cobertura em betão, com pilares centrais em V, terá dimensão suficiente para pro-teger tanto o acesso aos autocarros interurbanos, como o passeio oposto, onde se alinham as paragens urbanas. O espaço irá também contar com um modelo de bancos que segue o motivo estabelecido pelo desenho da vedação que limita o Terminal Ro-doviário.Sobrepondo-se ao volume do edifício de apoio, a estrutura assegurará uma transição entre o interior do edifício, bem como uma ligação coberta ao bar. Este projeto integra-se no PEDU (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano) e no PAMUS (Plano de Ação de Mobilidade Urbana Sustentável).

    CUSTO TOTAL ELEGÍVEL: 493.914,67 ¤

    APOIO FINANCEIRO DA UNIÃO EUROPEIA: 85%

    pelo Programa Operacional Regional do Centro,

    Portugal2020 e União Europeia, através do Fundo

    Europeu de Desenvolvimento Regional

    PRAZO: novembro de 2021

    PROJETO: Área de Projeto da Câmara Municipal

    de Torres Vedras

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    em arquivo

    A 11 de fevereiro de 1795, a vereação da Câmara Municipal reuniu-se nos Paços do Concelho uma vez que o médico da Câmara, o Doutor Manuel Tavares de Macedo, estava muito preocupado com o aumento exponencial de doentes e de mortes no lugar de Ponte do Rol.No Arquivo Municipal de Torres Vedras está disponível para consulta um livro manuscrito intitulado Livro que serve de lansar toda a despeza relativa a Ospital que por ordem de Sua Magestade Fidelíssima se estabeleceo no lugar da Ponte do Rol e com todos os mais doentes daquelle destrito desde o dia 7 de Fevereiro de 1795 que, apesar do que o título indica, não se limita às despesas do hospital e não se refere apenas à epidemia de Ponte do Rol. Pouco se sabe sobre a sintomatologia e sobre as causas desta epidemia, mas os estudiosos chamaram-lhe febres malignas que provavelmente terão surgido em novembro de 1794 como consequência da alimentação pouco saudável das populações e propiciada pelas más condições dos enterramentos feitos dentro da Igreja Matriz de onde saía, como testemunhou o médico, “hum ascuroso cheiro de curruçam dos corpos que se enterravam nas mal profundadas sepolturas”.

    Perante tais informações, e numa tentativa de reduzir o risco de alastramento a mais pessoas e a outras localidades, a Câmara deliberou que os seus médicos e cirurgiões assistissem alternadamente os doentes; que o pároco da freguesia de São Tiago benzesse os corpos dos falecidos num baldio, proibindo os enterramentos e o culto dentro da Igreja Matriz, cujas portas e janelas deveriam estar abertas dia e noite para arejar; e que se fizessem defumações diárias com alcatrão e rosmaninho na igreja, na casa dos enfermos e nas ruas do lugar de Ponte do Rol. A par da Câmara, também a Coroa tomou as suas medidas, mandando construir um hospital provisório, que funcionou numa casa de habitação pertencente ao alferes João Bernardes e à sua esposa Maria Micaela, falecidos recentemente. Assim, nas primeiras páginas do livro foram assentados pelo escrivão da Câmara, Miguel Germano Barreto de Pina, onze mapas – ou listagens – com as despesas semanais e o número de doentes que se registaram ao longo do período compreendido entre 11 de fevereiro e 9 de maio. Como vimos, a alimentação era considerada um aspeto fulcral na cura dos doentes e, por isso, todas as semanas se compravam galinhas, carne de vaca, carne de carneiro, pão e, em menor quantidade, açúcar, azeite

    TEXTO Paula Correia da Silva • ARQUIVO MUNICIPAL

  • 31TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    arquivo municipaltv

    e vinagre. As despesas com a compra de rosmaninho, com o juiz de vintena e com os homens que transportavam a medicação vinda das boticas de Francisco Tavares Peres e Manuel Nunes Ribeiro eram também registadas, mas, lamentavelmente, o tipo de remédios utilizados para a cura desta maleita nunca é especificado.Apesar dos esforços conjuntos para que a epidemia não se disseminasse para outros lugares, acabou por chegar a São Pedro da Cadeira, mas não de forma tão grave, pois nunca se listaram mais de 5 doentes por semana nos seis mapas semanais elaborados entre 12 de março e 28 de abril.Fazendo jus ao titulo do livro, também foram assentadas as despesas com o hospital provisório, para o qual foram necessários os mais diversos materiais como tábuas, pregos, lençóis, travesseiros, cobertores, alguidares e penicos, que permitiam acomodar e tratar os doentes o mais confortavelmente possível.Além da transcrição das despesas e documentos oficiais relativos à epidemia de 1795, o escrivão copiou também os autos, as portarias e os avisos referentes à epidemia que assolou, em 1798, os lugares de Abrunheira e Ameal, na freguesia de São

    Lourenço do Ramalhal, de Ermegeira, na freguesia de Santa Susana do Maxial, e de Monte Redondo, na freguesia do Espírito Santo. Neste caso, ao contrário do que tinha acontecido com a epidemia da Ponte do Rol, foram registados os nomes de todas as pessoas que adoeceram e que foram assistidas pelos médicos da vila de Torres Vedras e pelo enfermeiro da Santa Casa da Misericórdia. O cuidado na variedade de alimentos é outra das grandes diferenças face a 1795, uma vez que, além dos alimentos disponibilizados aquando da primeira epidemia, também se disponibilizavam laranjas, vinho, cerejas, leite para soros e marmelada aos doentes.Quem pretender aprofundar o conhecimento sobre a temática poderá também consultar no Arquivo Municipal o Livro de Acórdãos número vinte e três, que abarca o período cronológico entre 1788 e 1802, e onde se poderão ler as decisões tomadas pelo poder político para fazer face a estas epidemias. A respeito do caso particular da Ponte do Rol, aconselha-se ainda a leitura do artigo elaborado por André Melícias e intitulado Ponte do Rol, 1795. Contributos para o estudo de uma epidemia publicado no livro História da Saúde e das Doenças.

    TÍTULO: Livro que serve de lansar toda a despeza relativa a Ospital que por ordem de Sua Magestade Fidelíssima se estabele-ceo no lugar da Ponte do Rol e com todos os mais doentes daquelle destrito desde o dia 7 de Fevereiro de 1795

    DATAS EXTREMAS: 1795 - 1798UNIDADES DE INSTALAÇÃO: 1 livro

  • 32TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    A PIXAIR é uma empresa torriense dedicada à operação de veículos de voo não tripula-dos. Criada em 2019, a empresa integra o programa de empreendedorismo Torres Vedras Inov-E, estando instalada no Torres Vedras LabCenter

    A PIXAIR tem como missão desenvolver profissionalmente a operação deste tipo de equi-pamentos, bem como participar em projetos que explorem novas aplicações dos veícu-los de voo não tripulados em substituição dos meios aéreos convencionais. Os serviços prestados pela empresa são diversos:

    Fotografia e vídeo aéreo - recolha de imagens aéreas em fotografia ou vídeo para fins de comunicação, marketing, publicidade e cobertura de eventos.

    Inspeções fotogramétricas - inspeções com base em fotografia de alta definição de par-ques eólicos ou outros tipos de construções de difícil acesso.

    Inspeções termográficas - inspeções com recurso a sensores térmicos que permitem identificar danos ou falhas de eficiência em parques fotovoltaicos.ne

    gócios PIXAIR

  • 33TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    Modelações digitais de superfície e ortofotomosaicos - voos de recolha de dados fotogramétricos que têm apli-cação na área da topografia.

    Auxílio à Proteção Civil, GNR e Bombeiros - voos de au-xílio em diversas situações, nomeadamente combate a incêndios, operações de busca e salvamento e inspeção de arribas.

    Monitorização de fluxos de tráfego rodoviário (parceria SIEMENS Mobility Portugal) - execução de voos estacio-nários para efeitos de contagem e classificação de trân-sito rodoviário - projeto “Traffic AIrnalytics”.

    Recolha de imagens NDVI - recolha de imagens que per-mitem analisar a reflectância da luz solar em plantas. Estes dados servem para os agricultores gerirem as suas culturas e os recursos a aplicar.

    empreendedorismotv

    Treino de pilotos UAV Multirotores / Asas Fixas - em 2020, a empresa iniciou um pro-grama de treino de pilotos de veículos de voo não tripulados para a empresa Albatroz Engenharia, que visa a formação integral destes pilotos.

    No primeiro ano de atividade, a PIXAIR participou, enquanto parceria, em duas candi-daturas a mecanismos de financiamento do Espaço Económico Europeu. A candidatura "SimShore - SiMOcean Nearshore Bathymetry Based on Low Cost Approaches", em parceria com a Deimos Engenharia, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universi-dade Nova, o Instituto Hidrográfico da Marinha Portuguesa e a NORCE - Research Ins-titute da Noruega, teve aprovação por parte do "EEAGrants - Blue Growth Programme".

    No futuro, a empresa está focada em aprofundar contacto com as mais diversas áreas de negócio e daí recolher dificuldades ou aspetos desafiantes que ajudem a melhorar a performance dos seus clientes, com soluções inovadoras. Para 2021, o objetivo é conseguir lançar a PIXAIR Engenharia, que pretende posicionar-se no mercado com soluções disruptivas assentes na Engenharia de Sistemas, Software, Inteligência Ar-tificial e Big Data.

    NOME PIXAIR, Unipesoal, LdaÁREA DE ATIVIDADE Engenharia aeronáutica / Veículos não tripulados Nº DE FUNCIONÁRIOS: 2GERÊNCIA: António Pedro Maia BrasilLOCALIZAÇÃO: Torres VedrasCONTACTO: 919 995 561 | [email protected]

    TEXTO Filipa Sérgio • FOTOGRAFIA Pixair

  • 34TORRES VEDRAS JANEIRO - MARÇO 2021

    fora da caixa

    TEXTO Rita Santos

    A CORRER E A SALTARPROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA TRABALHAM COM O PRIMEIRO CICLO

    Um pouco por todo o mundo, o ano de 2020 ficou marcado por várias transformações no sistema educativo. Mas nem tudo foi mau nem resultou necessariamente da pandemia. Em Torres Vedras, os alunos do primeiro ciclo do Ensino Básico passaram a contar com mais um professor, que auxilia o professor titular da turma a lecionar e avaliar as competências de Expressão Físico-Motora.

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    educaçãotv

    Desta forma, as turmas passaram a ser acompanhadas por um professor de Educação Física uma vez por semana. Ao longo de uma hora, o trabalho em torno da Expressão Físico-Motora procura melhorar a aptidão física das crianças, fomentando a prática de atividades fí