Toxoplasmose

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  • Toxoplasma gondii

  • Taxonomia Reino: Protozoa

    Filo: Apicomplexa

    Ordem:Eucoccidiida

    Famlia:Sarcocystidae

    Gneros: Toxoplasma

    Espcie: T .gondii

  • Toxoplasma gondii

    Distribuio geogrfica mundial

    Alta prevalncia sorolgica

    Zoonose frequente em vrias espcies de animais:

    Mamferos : carneiro, cabra,porco, gatos , outros feldeos e homem

    Aves

  • Toxoplasma gondii Heteroxenos:

    Presena de hospedeiro definitivo (gatos e feldeos no imunes) e hospedeiro intermedirio.

    Habitat:

    vrios tecidos , clulas (exceto hemcias) e lquidos orgnicos (saliva, leite, esperma, lquido peritoneal, etc)

  • Toxoplasma gondii Formas evolutivas:

    Hospedeiro definitivo : ciclo coccidiano completo com fase assexuada e sexuada (dependendo do habitat).

    Taquizotos

    Bradizotos

    Merozotos

    Gametcitos

    Oocisto imaturo

  • Toxoplasma gondii

    Hospedeiro intermedirio: ciclo assexuado

    Taquizoto

    Esporozoto formas infectantes durante o ciclo biolgico

    Bradizoto

  • Morfologia Taquizoto

    Ap: anel polar C: conide complexo M: micronemas apical R: roptrias GD: grnulos densos A: apicoplasto Mp: microporo MP: membrana plasmtica RE: retculo endop. CG: complexo de Golgi N: Ncleo Mi: mitocndria

    Ilustrao disponvel em Neves, 2005

  • Morfologia Reconhecimento e adeso do parasito aos receptores celulares Invaso e internalizao

    Remodelao do vacolo parasitforo para sobrevivncia do parasito

    Plastdeo responsvel pela sobrevivncia intracelular do parasito. Sntese de aa e cidos graxos

  • Regio Anterior Regio posterior

    Ilustrao disponvel em Scientia Medica , 2010

  • Ilustrao disponvel em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC106833/

  • Tipos de reproduo Forma assexuada:

    Endodiogenia (HI)

    Esquizogonia / merogonia (HD)

    Forma sexuada:

    Gametogonia (HD)

    Esporogonia (ambiente)

  • Endodiogenia

    Ilustrao disponvel em Rey, 2010

  • Morfologia Formas infectantes:

    Taquizoto: Tachis = rpido

    trofozoto

    4 a 8 m

    fase aguda da infeco

    Forma de meia lua com uma das extremidades afiladas

    Forma de reproduo rpida por endodiogenia

    Pouco resistentes a ao do suco gstrico

    Encontrada dentro do vacolo das clulas parasitadas e nos lquidos orgnicos

  • Ilustrao disponvel em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC106833/

    Taquizoto invadindo neutrfilo

  • Taquizotos extracelulares

    Ilustrao disponvel em http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Protozoa/Toxoplasma.htm

  • Taquizotos dentro do vacolo parasitforo aps ciclo de diviso endodiognica

  • Morfologia Bradizoto - Brady = lento

    Cistos de aproximadamente 20 a 200m

    Encontradas dentro do vacolo parasitforo dos tecidos muscular esqueltico, cardaco, nervoso e retiniano

    Fase crnica

    Formam cistos

    Multiplicam-se lentamente dentro do cisto por endodiogenia e endopoligenia

    Permanecem viveis por vrios anos

  • Corte histolgico contendo cisto com bradizotos

    Ilustrao disponvel em http://www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Protozoa/Toxoplasma.htm

  • Cisto de bradizotos no crebro de rato

  • Ilustrao disponvel em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC106833/

    Taquizoto Bradizoto

  • Morfologia Oocisto:

    Forma de resistncia

    Produzidos nas clulas intestinais dos feldeos no imunes

    Eliminados na forma imatura junto com as fezes

    Aps esporulao no ambiente , apresentam dois esporocistos com 4 esporozotos cada

  • Ilustrao disponvel em http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/html/ImageLibrary/Toxoplasmosis_il.htm

    Oocisto contendo dois esporocistos com quatro esporozotos

  • A: Oocisto imaturo B: Oocisto esporulado C: Micrografia eletrnica de transmisso de oocisto esporulado

    Ilustrao disponvel em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC106833/figure/F21/

  • Ciclo biolgico Fase assexuada:

    linfonodos e tecidos de vrios hospedeiros, inclusive felinos que so considerados hospedeiros completos.

    Fase sexuada:

    clulas do epitlio intestinal de felinos no imunes

  • Ciclo biolgico Hospedeiro intermedirio: fase assexuada

    Ingesto de: oocistos maduros contendo esporozotos

    taquizotos presentes no leite

    bradizotos presentes na carne crua.

    Intensa multiplicao intracelular aps instalao no epitlio

    intestinal.

    Diferenciao para taquizotos

    Penetrao em vrios tipos celulares com formao do vacolo parasitforo e multiplicao por endodiogenia

  • Ciclo biolgico

    Rompimento celular e liberao de novos taquizotos no sangue e linfa (fase aguda)

    Desenvolvimento da imunidade e eliminao das formas extracelulares.

    Evoluo das formas intracelulares para a forma cstica bradizotos (fase crnica)

  • Ciclo biolgico Hospedeiro completo: Fase coccidiana

    Ocorre nas clulas epiteliais do intestino delgado dos gatos e outro feldeos no imunes

    Ingesto de:

    Oocisto com esporozotos eliminados por outros felinos,

    Bradizotos presente na carne de roedores

    Taquizotos presentes no leite , macrfagos, etc .

  • Ciclo biolgico Penetrao no epitlio intestinal do gato

    Multiplicao por merogonia e endodiogenia.

    Formao de meronte dentro do vacolo parasitforo contendo merozotos

    Rompimento do meronte , liberao de merozotos que infectaro outras clulas

    Diferenciao dos merozotos para as formas sexuadas: gametcitos masculinos e femininos

  • Ciclo biolgico Produo de microgametas (masculino) e

    macrogametas (femininos)

    Liberao dos microgametas intracelulares que iro fecundar outros macrogametas e produzir ovo ou zigoto

    Formao de parede cstica: produo do oocisto

    Rompimento celular e liberao do oocisto imaturo nas fezes

    Esporogonia: maturao e embrionamento em 4 dias.

    Oocisto contendo 2 esporocistos com 4 esporozotos

    Oocisto mantm-se vivel de 12 a 18 meses

  • Ilustrao disponvel em Neves, 2005

  • Ciclo biolgico Tempo entre a infeco e o aparecimento das formas

    csticas nas fezes:

    Ingesto de bradizoto: 3 dias

    Ingesto de taquizotos: 19 dias

    Ingesto de oocistos: 20 dias ou mais

  • Transmisso Transmitido por mais de 300 espcies de animais

    (mamferos e aves)

    Ingesto de oocistos presentes nos jardins, caixas de areia ou disseminados por vetores mecnicos

    os felinos cobrem suas fezes, aumentando as condies de sobrevivncia do oocisto.

  • Transmisso

    Ingesto de cistos em carne crua ou mal cozida especialmente de porco e carneiro

    Ingesto de taquizotos no leite, saliva, deposio de taquizotos na mucosa vaginal junto com esperma

  • Transmisso

    Congnita ou transplacentria

    Transmisso de taquizotos fase aguda

    Rompimento de bradizotos presentes no endomtrio por ao mecnica

  • Patogenia Depende da virulncia da cepa, imunidade, etc

    Pode ser assintomtica ou levar morte

    Formas de toxoplasmose:

    Congnita ou pr-natal

    Ps-natal

    Ganglionar ou febril aguda

    Ocular

    Cutnea

    Cerebro-espinhal ou meningoenceflica

    Generalizada

  • Patogenia Congnita ou pr-natal:

    Me na fase aguda da doena ou em quadro de reagudizao durante a gestao

    Alteraes fetais:

    Primeiro trimestre: aborto

    Segundo trimestre: aborto, nascimento prematuro com anomalias classificadas como Sndrome de Sabin coriorretinite, calcificaes cerebrais, perturbaes neurolgicas, retardamento psicomotor, alteraes no volume craniano (micro ou macroencefalia)

    Terceiro trimestre: criana pode nascer normal, assintomtica ou apresentar doena aps o parto.

  • Patogenia Ps-Natal

    As formas graves da doena incluem comprometimento ganglionar, ictercia, hepatoesplenomegalia, edema, miocardite, anemia, leses oculares, etc.

    Extremamente grave em pacientes imunodeprimidos com sintomas de febre, dor de cabea, alterao das funes cerebrais como confuso, letargia, alucinaes e psicose, perda de memria e coma.

  • A: calcificaes intracranianas B e C: cicatrizes retinocoroideanas hiper e/ou hipopigmentadas podem ser encontradas em qualquer outra rea da retina central ou perifrica D: trave vtrea ligando a leso ao disco ptico

    Ilustrao disponvel em http://www.portaldaoftalmologia.com.br/site/site2010/index.php?option=com_content&view=article&id=71:toxoplasmose-congenita-atualizacao-e-conscientizacao&catid=46:artigos&Itemid=68

  • A: reativao da retinocoroidite B: cistos de T.gondii

    Ilustrao disponvel em http://www.portaldaoftalmologia.com.br/site/site2010/index.php?option=com_content&view=article&id=71:toxoplasmose-congenita-atualizacao-e-conscientizacao&catid=46:artigos&Itemid=68

  • Diagnstico Diagnstico clnico de difcil realizao

    Forma aguda:

    Pesquisa de taquizoto no leite, sangue, lquor, saliva , etc.

    Realizao de esfregao do material centrifugado com colorao pelo mtodo de Giemza

    Bipsia e realizao de cortes histolgicos em gnglios enfartados, fgado, bao e msculo corados por hematoxilinaeosina. (mais indicado para pesquisa de bradizotos na forma crnica)

  • Diagnstico Diagnstico imunolgico:

    Realizao de testes imunolgicos que detectem anticorpos circulantes que correspondam a fase da doena.

    IgM:

    Aparecem na primeira semana de infeco com pico at 1 ms.

    Indicam quadro agudo.

  • Diagnstico IgG:

    Infeco aguda: anlise de duas amostras com intervalo de trs semanas e apresentao de aumento nos ndices de IgG

    Pico em at 2 meses depois da infeco

    IgA:

    Detectada na infeco recente, permanecendo elevado por no mnimo 26 semanas.

  • Diagnstico Mtodos sorolgicos:

    Falso positivo para IgM para pacientes com ac antinucleares e pacientes com fator reumatide

    ELISA para IgM e IgG

    Imunofluorescncia indireta

    Hemaglutinao indireta

    Aglutinao em ltex

    Teste do corante de Sabin-Feldman

  • Diagnstico Teste do corante de Sabin-Feldman

    Muito sensvel : detecta anticorpos com diluio de 1: 16.000

    Utilizao de formas vivas obtidas de exsudato peritoneal de camundongos com 3 dias de infeco

    o padro ouro no diagnstico laboratorial, contra o qual os demais testes foram comparados.

    Detecta-se IgG que podem persistir por toda vida. A exigncia de organismos vivos para ser realizado o torna pouco disponvel.

    Atualmente em desuso.

  • Diagnstico Sorologia em mulheres grvidas:

    IFI ou ELISA para IgM .

    ELISA reverso para pesquisa de IgM especfico

    IFI para IgG em 2 amostras com intervalo de de 1 a 3 semanas para verificar sua elevao

    Se o ttulo na IFI para IgG der 1: 1000 ou for negativo na IF com IgM, no prosseguir a avaliao.

  • Diagnstico Toxoplasmose congnita

    Pesquisa de IgM a IgA no soro de recm-nascido

    IFI

    ELISA

    Toxoplasmose ocular

    Anlise e comparao dos ttulos de ac no humor aquoso (parecentese) e do soro sangueno atravs de ELISA

    A concentrao de ac (IgA e IgG) no humor aquoso deve se maior do que no soro.

  • Diagnstico

    Exames neurolgicos atravs de Ressonncia magntica e tomografia computadorizada

    PCR

  • Tratamento Drogas atuam na fase proliferativa taquizotos- e no

    na forma cstica

    Tratamento apenas na fase aguda , na toxoplasmose ocular e em indivduos imunocomprometidos

    Txicas em uso prolongado

    Associao de :

    Sulfadiazina: 100 a 125 mg/kg/ dia - via oral. Duas a quatro semanas

    Pirimetamina: 75 a 100mg (10 dias) reduzindo 50 mg (10 dias) e 25 mg / dia

  • Tratamento Para formas oculares:

    Antiparasitrios associado a meticorten

    Cloridrato de clindamicina, sulfadiazina e meticortem

    Alcanam 93% de cura

  • Epidemiologia Distribuio universal

    Taxas de positividade aumentam com a idade dos indivduos

    Elevadas nas zonas rurais mais do que nas zonas urbanas

    Encontrados em grande nmero de animais (co, gato, coelho, carneiro, boi, porco, ratos, galinhas , etc)

  • Epidemiologia Maior contaminao por hospedeiro definitivo:

    Disseminao de 2 a 20 milhes de oocistos em 20 g/fezes

    Aumento dos ndices de animais silvestres soropositivos

    Viabilidade dos oocistos durante meses

    Infeco de gatos atravs dos roedores

    Infeco de gatos atravs das fezes

  • Controle Evitar alimentao a base de leite cru ,carne crua ou

    mal cozida de qualquer animal

    Controle da populao de gatos vadios

    Incinerao das fezes de gatos

    Alimentao dos gatos com rao e carne cozida

    Cobertura dos tanques de areia quando no estiverem em uso.

    Exame e acompanhamento sorolgico da gestante

  • Qual a possvel forma de contgio? Qual a forma infectante?

  • Quais as possveis formas de contgio? Quais as formas infectantes?

  • Qual a possvel forma de contgio? Qual a forma infectante?

  • Qual a possvel forma de contgio? Qual a forma infectante?

  • Referncia bibliogrfica DE CARLI, Geraldo Attlio. Parasitologia

    Clnica.2.Ed.So Paulo: Ed. Atheneu, 2207. 906p

    NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 12.Ed.So Paulo: Editora Atheneu, 2011. 546p.

    REY, Luis. Bases da Parasitologia Mdica. 3.Ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2010.391p.

    SOUZA V et al. Organizao estrutural do taquizoto de Toxoplasma gondii. Revista Scientia Mdica, Porto Alegre, 2010, volume 20, nmero 1, p. 131-143

  • Referncia bibliogrfica www.dpd.cdc.gov

    www.portaldaoftalmologia.com.br

    www.ufrgs.br/para-site/siteantigo/Imagensatlas/Protozoa/Toxoplasma.htm