Toxoplasmose e Rúbeola
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TOXOPLASMOSEe
RUBÉOLA
SERVIÇO PÚBLICO FEDERALUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁINSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ENFERMAGEM
Docente: Patrícia e ElizangelaDiscentes:Francisca NoronhaJonathan SampaioNaianne ReisHeilla ChristineLohanna Souza
Belém/PA 2016
INTRODUÇÃO
A toxoplasmose e a Rubéola são doenças graves que podem acometer mulheres grávidas. O diagnóstico precoce e o tratamento a tempo, contribuem para reduzir o risco de complicações, fazendo diminuir a morbimortalidade perinatal e infantil. A prevenção é, sem dúvida, o meio mais simples e eficiente de fazê-lo (LISBOA, 2000).
TOXOPLASMOSEA toxoplasmose é uma zoonose causada pelo protozoário
Toxoplasma gondii (T. gondii).
Altamente prevalente no mundo – 15 a 60% de acordo com a população;
Adquire especial relevância quando infecta gestantes, visto o elevado risco de acometimento fetal.
Importante causa de doença oportunista em pacientes infectados pelo HIV. (HILL; DUBEY, 2002).
CICLO BIOLÓGICO
TRANSMISSÃO A infecção por T. gondii, segundo Lopes (2009) pode ocorrer por três
vias principais:
Fecal-oral: ingestão de oocistos presentes na água contaminada, no solo, areia, frutas e verduras
Carnivoríssimo: pelo consumo de carnes e produtos de origem animais crus ou mal cozidos contendo cistos teciduais;
Transplacentária: via circulação materno-fetal, com a passagem de taquizoítas presentes na circulação materna durante a fase aguda da infecção.
(LOPES, 2009)
Receptores de transplante de órgãos.
TRANSMISSÃO
Transfusão de sangue.
Tipos raros de transmissão(LOPES, 2009)
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A maioria dos casos de toxoplasmose em indivíduos
imunocompetentes é assintomática. No entanto, de 10% a 20% dos adultos infectados apresentam,
na fase aguda da doença, as seguintes formas clínicas:
Linfadenopatia;Meningoencefalite;Febre, cefaléia, mialgia;Erupção cutânea;HepatoesplenomegaliaadenomegaliaRetinocoroidite
(NAVARRO, 2010)
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
TRIMESTRE GESTACIONAL1° 2° 3°
Aborto Aborto ou nascimento prematuro. A criança
pode nascer normal ou com anomalias graves.
A criança pode nascer normal e apresentar sinais de doenças
futuramente.
Toxoplasmose aguda gestacional Alto risco de infecção fetal;
Mulheres com infecção crônica Não transmitem aos filhos durante a gestação;
(GILBERT et al., 2008).
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: consequências da infecção aguda materna
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: As sequelas mais frequentes são:
Corioretinite;Calcificações cerebrais;Hidrocefalia;Microcefalia;Retardo mental;HepatoesplenomegaliaCegueira;Surdez;Convulsões.
TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
(NAVARRO, 2010)
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico clínico: 80 a 90% dos casos são assintomáticos;
Diagnóstico laboratorial: Testes sorológicos ou imunológicos (IgG, IgM e IgA):
• Teste do corante ou reação de Sabin Feldman(RSF);• Reação de imunoflurescência indireta (RIF);• Hemaglutinação indireta (HA);• Imunoensaio enzimático ou teste de ELISA;
Diagnóstico Diferencial
Diagnóstico Materno
(SANTANA ,2003).
Interpretação clinica das sorologias para IgM e IgG
DIAGNÓSTICO
IgG IgM InterpretaçãoNegativa Negativa SusceptibilidadePositiva Negativa ImunidadeNegativa ou Positiva Positiva Possibilidade de
doença ativa
Teste ELISA-IgG para avidez: Avalia afinidade da ligação do Ag à IgG
Avidez <30%= IgG de baixa afinidade – infecção recente< 16 semAvidez >60% = IgG de alta afinidade – infecção antiga > 16 semAvidez entre 30 – 60% = inconclusivo
(MITSUKA, 2010)
AmniocenteseApós 18 sem ( < sensibilidade abaixo de 18 sem)PCR no Liquido Amniótico - DNA de toxoplasma gondii.
CordocentesePesquisa de IgM patatoxo no sangue fetal
Ultrassom
DIAGNÓSTICODiagnóstico Fetal
(ELSHEIKHA, 2008).
Quadro clinico variado e inespecífico: Microcefalia, hidrocefalia,Coriorretinite, catarata, Hepatomegalia, entre outros.
USG e TC de crânio: Calcificações intra-cranianas
Laboratorial (sangue periférico do RN):IgG: Antecorpos maternos passam da mãe para o feto;IgM, IgA ou PCR: especificidade e sensibilidade - confirma o
diagnostico
DIAGNÓSTICODiagnostico da infecção no período neonatal
(MITSUKA, 2010)
TRATAMENTO - MaternoAs drogas mais utilizadas no tratamento da toxoplasmose são:
Espiramicina: indicada no 1° trimestre da gestação para o tratamento de gestantes com infecção aguda.
Esquema tríplice: indicada para gestantes de idade gestacional superior a 18 semanas.
Pirimetamina Sulfadiazina Ácido folínico+ +
• Esquema tóxico.
(FRENKEL, 2002).
O tratamento da criança com toxoplasmose congênita, suspeita ou confirmada, deve ser realizado desde o nascimento, utilizando-se o:
Esquema tríplice:
TRATAMENTO - Criança
Pirimetamina
Sulfadiazina
Ácido folínico
+
+
(FRENKEL, 2002).
Evitar o consumo de carnes cruas ou mal
cozidas
PROFILAXIA
Usar luvas para mexer na terra
Grávidas no pré-natal devem fazer o exame para detecção
da toxoplasmose;
Lavar bem as frutas e vegetais com água
corrente
Lavar as mãos antes de se alimentar Evitar contato com gatos
(FRENKEL, 2002).
RUBÉOLAA rubéola é uma doença
infectocontagiosa é causada por um vírus pertencente ao gênero Rubivírus, da família Togaviridae.
É uma doença exantemática aguda, geralmente benigna, mas a sua importância está ligada a capacidade de produzir sérios problemas congênitos em recém-nascidos de mães contaminadas.
(BRASIL, 2005, p.69).
TRANSMISSÃO
Transplancentária Contato direto
Secreções Nasofarígeas
Objetos Contaminados
Pouco Frequente
Forma mais grave da doença
(ANDRADE, 2013).
Período de Transmissibilidade
INCUBAÇÃO Período é de 2 a 3 semanas
TRANSMISSÃO
Ocorre 1 semana antes de aparecer o exantema cutâneo, geralmente na
fase mais intensa da doença
MANIFESTAÇÕES CLÍNICASO quadro clínico é caracterizado por: Febre Baixa;Cefaléia;dor ao engolir;dores no corpo;exantemas (rosto corpo);Eritema máculo-papular;Surgimento de Ínguas(linfonodomegalias); Linfadenopatia;Rash Cutâneo ( Manchas Na Pele).
(ANDRADE, 2013).
A SÍNDROME DA RUBÉOLA CONGÉNITA (SRC)
Trata-se de uma complicação da infecção pelo vírus da rubéola durante a gestação, geralmente é uma condição clínica grave.
Quanto mais precoce a idade gestacional, mais elevadas são as taxas de malformações congênitas.
A infecção é adquirida por via intra-uterina ( transmissão vertical).
(BRASIL, 2000).
Consequências da infecção - SRC
Infecção placentária sem infecção fetal;
Morte e reabsorção do embrião;
Abortamento espontâneo, natimorto;
Anomalias congênitas;
Recém-nascido que vai desenvolver a doença depois.
Manifestações Clínicas - SRC A SRC constitui importante complicação da infecção pelo vírus da Rubéola
durante a gestação, especialmente no primeiro trimestre, a rubéola pode causar aborto, morte fetal, parto prematuro e mal-formações congênitas.
Hepatoesplenomegalia
Surdez
Alterações do SNCExantema
Microcefalia
DIAGNÓSTICO Clínico
Epidemiológico
Laboratorial
Sorológico (baseado na detecção de anticorpos):
- IgM durante a doença (ou vacinação recente)
- IgG após a doença aguda (ou vacinação remota)
- baixos níveis de IgG persistem indefinidamente em crianças
(CASTANHO, 2013, P.54)
TRATAMENTO Não há tratamento específico, este será direcionado as
malformações congênitas e deficiências observadas. Quanto mais precoces forem a detecção e a intervenção, seja o tratamento clínico, cirúrgico e de reabilitação, melhor será o prognóstico.
(ANDRADE, 2013).
PREVENÇÃOA Vacinação é única forma de prevenção, em
crianças (tríplice viral) e em adultos (dupla viral).
Os componentes da vacina são altamente imunogênicos, seguros e eficazes, quando administrados a partir de 1 ano de idade.
(ANDRADE, 2013).
Sistematização da Assistência De Enfermagem (Sae)
A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma atividade privativa do enfermeiro, que através de um método e estratégia de trabalho científico, realiza a identificação das situações de saúde, subsidiando a prescrição e implementação das ações de Enfermagem que possam contribuir para a promoção, prevenção e reabilitação em saúde do indivíduo, família e comunidade (DANIEL, 1979).
Diagnóstico Intervenções Resultados
Risco para binômio mãe/bebê prejudicada, relacionado por complicações da gestação.
- Orientar quanto aos riscos relacionados à patologia e os cuidados com o RN;
- Avaliação do estado fetal;
- Beneficiar o binômio materno-fetal.
Risco de controle ineficaz do regime terapêutico; Relacionado ao conhecimento ineficiente sobre a condição, transmissão, prevenção, imunização e cuidado com a pele.
- Identificar os fatores causadores ou contribuintes que possam impedir o controle ineficaz;
- Explicar e discutir o processo da doença.
-Descrever o processo da doença;Praticar hábitos saudáveis para recuperação da doença e para a recorrência ou de complicações.
Sistematização da Assistência De Enfermagem
Diagnóstico Intervenções Resultados
Integridade tissular prejudicada, Relacionado ao quadro viral secundário à doença, evidenciado por tecido lesado ou destruído (córnea, mucosas, pele ou tecido subcutâneo).
- Supervisionar e cuidar da pele e mucosas;
- Cuidar das lesões;
- Manter integridade tissular: pele e mucosas.
Risco de transmissão de infecção; Relacionado à transmissão por contato direto e indireto, e à exposição à doença contagiosa durante o período pré-natal, por intermédio da mãe.
- Afastar crianças, adultos e gestantes de pessoas contaminadas durante o período da doença (rubéola).
- Identificar mulheres (gestantes) suscetíveis durante o pré-natal;
- Identificar o mais precocemente possível o diagnóstico na gravidez.
- Diminuir o risco de infecção.
- Prevenir infecção durante a gestação;
Sistematização da Assistência De Enfermagem
REFERÊNCIAS AMATO NETO, V.; MARCHI, C. R. Toxoplasmose. In: CIMERMAN, B.;
CIMERMAN, S. Parasitologia Humana e seus Fundamentos Gerais. 2.ed. São Paulo: Editora Atheneu, p. 159-178. 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7ª Edição. 2005.
INAGAKI, A.D.M.; SCHIMER, J. Toxoplasmose na gestação. Revista Científica de enfermagem, v. 7, n. 22, 2009.
COSTA, F. A. S; QUADRADO, A. V. M.; BRANDÃO, A. P. L; BARBARA, A. P; CARNEIRO, B. V.; Síndrome da Rubéola Congénita: revisão de Literatura. Revista de medicina e saúde da Brasília. 2013.
MITSUKA-BREGANÓ, R.; LOPES-MÓRI,F.M.; NAVARRO, I.T. Toxoplasmose Adquirida naGestação e Congênita: vigilância em saúde, diagnóstico, tratamento e condutas. Londrina: EDUEL, 2010.
NANDA Internacional. Diagnóstico de Enfermagem da NANDA. Definições e classificação 2009-2011.