TÓPICOS DO DIA- PELO EXTRANGEIROmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00079.pdf · ,ÀHAC1 Cl...

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(DÒisÉRVIÇODA FOLHA DO NORTE) ¦ s-fyMüq v.i -.!. .I7TT .<¦¦.]..,.. sii-i.: Rio, 1^ cie março, .j QJornal ¦do-Cóminercio volta hoje a occüpar-se questão da fronteira norte..1 Mostra opinião fayoravel aos actos do governo do sr. Prudente de Moraes em rélaçaò' ao 'Contestado, accentuiiu- do1 o-grande-raelindre da pendência, quevy$ç,sendò! tratada com d máximo desvelo'/'í"""' :,,;' ' Rèfenndo-se ap Congresso do Pará e ás suas ma'nif estações pelo telegra- pho, faz notar que—nada mais fácil ha..do..que.despei:tax.o-patriotisuio po- pular com- appellos á .integridade na- cional,'oftensas á dignidade da Pátria eldentiçòSícHa^oes. OLGiV bello estudo de Louis Énault so- bre um caractè^dé mulher, é o romance quede hoje em diante Yae oecupar o roda- péidèste jòrnalj;1 ( ;- ;^h>i«ó'í'1"'-- Grande espirito, nobre e digno, experi- mentaito pèlá desgraça e engrandecido pelos infortúnios, como é a heroina do tra- balho de Énault, sua história é uma' at,\ tráhente leitura, qúe Mo deixará logãr a saudades pela- infeliz e amoravel-GARA.. TÓPICOS DO DIA- Apesar dos esforços que, na medida de mi- nhas forças, empreguei para nílo passar em terceira discussão o piojecto 197, somente dois senhores senadores, Theotonio de Brito e Carlos Novaes, votaram contra ! Repito com o illustre. sr. dr. Novaes: vox clamantis in deserto. Votaram todos os conver- sos ao catholicismo. Votou o sr. de Marajó, outr'ora amigo da religião catholica, na quês- tíló riazarethha com o bispo d. Macedo Cos- ta;vòtòuo sr.- senador Lemos, livré-pensa- dor e demolidpr das crenças em outras ép.o- cas; votaram os srs/sénádores Pedro e Fran- cisco Chermdnt, aquéllè signatário da Cons- tituiçílo Federal e este da estadoal; votou o sr. senador Fulgencio, hómeth da Lei e tam- bem signatário da Constituição do Estado; vótóu ò sr1. barão de Cametá, cujos actos têm sido sempre coherentcs; até osr. senador Pa- lha votou! Com franquesa: é ò único voto que eu jus- tifico—o sr. Moura Palha. S."ex.a está afastado da política—ora a Constituição' é política, logos. ex.a afastou-se da Constituição, porque está divorciado da política.:' Mas com franquesa, meus senhores, é assim que pretendemos consolidar a Republica? Que desastrosoprécedente! E dizer-seqtie elle veíu da casa legislativa onde deve im- perar acalma, árèflexflb, a prudência; d'aquel- les que devem ser a guarda avançada, a mu- ralha chineza cm torno da Constituição . . . Até em revisão fallou-se. Naòrne admirarei que amanha estejamos adherindo ao partido parlamentarista do sr. Matta Machado. E' tao fácil alterar o texto, constitucional ... Acatamos com granderespeitoas decisões' do senado, em que vemos como móvel o bem publico, n felicidade da Republica; mas que nos perdoem os illustres senadores: s. s. exc.as d lesta vez tiveram de esquecer-se da sua obra de hontem, para commettcrcm um attentado á nossa Lei fundamental. E dizer-se que o projecto 197 nao foi vo- tado pelo revd. sr. senador padre Franco!... Resta ainda oplacct da câmara. Ouvi a um illustre deputado, republicano de rija tem- pera, que preferia convidar os seus collegas a cotizarem-se e concorrer com suas esportu- ¦Ias para as obras da Trindade, do que com- metter a illegalidade de votar pelo projecto fi'97Í- Salvemos ao menos o programma da Re- publica. CALIUAN. Legislação do Estado I.EI N7 334 DF. 1/ DE MARÇO DE 1895 Equipara os vcuci/nc/ilos das p/ofessoras c ad- juntas do Collegio do A //{paro aos das pro- /essa/as c adjuntas de tercei/a èntrancia. O Congresso do Estado decretou e eu saneciono a seguinte lei: Art. i.°—Ficam equiparados os vencimen- tos das professoras e adjuntas do Collegio do Amparo aos das professoras e adjuntas de terceira èntrancia. i Art. 2."—Revogam-se as disposições cm contrario.' Mando, portanto, que seja cumprida a presente lei. Palaqo do governo do Estado do Pará, 17 de Marçoide 1896, .8.° da Republica.—LAU- HO SÒDRÉ. O-fçe.qrctarÍQ,CMAXOEi. baena. A Hew»Mi_3irae 6 a melhor ma- china conhecida para costura. VARIAS TOMADA DE CAYENA Havendo o vigessimo-septimo governador e caphao-general do Estado do Pará e Rio Negro, tenente-general José Narciso de Ma- galhfles de Menezes, que tomara posse do seu cargo em io de Março de 1806, sabido que so francezes e hespanhoes tinham inva- dido Portugal, tratou de organisar n-'esta ca- pitai um corpo de Vanguarda com óoo ho- mens, ao qual deu o nome de Voluntários I'aracnses, e ordenou outros preparativos mi- litares, afim de eílectuar umaexpediçao of- fensiya. Com data de^ i.° de Outubro de 1808 pu- blicou elle um manifesto, no sentido de de- fender os direitos que aquelle reino tinha a todo o território, que vai até o Oyap.ok; e no dia 6 de Novembro seguinte fez o dito corpo partir n'uma ílotilha, que eracom posta da corveta ingleza Confiança, dos brigues Voador e Vingança, de vários baicos e outras embarcações menores. ' Esta ílotilha levava como chefe o capitão de mar e guerra Jayme Lucas Yeo, que era o commandante da mencionada corveta ; e a expedição marchava subordinada ao te- pente coronel Manoel Marques, comman- dante do batalhão de artilharia, a quem Ma- galhães de Menezes dera instrucções espe- ei a es. De conformidade com ellas, esse distineto official seguiu até Cayena, contra a qual ope- rou um valente ataque, de tal modo que obrigou a Victor Hugues, official da legião de honra e commandante em chefe d'essa capital e da Guyana franceza, a propor ca- pitülaçàq em 12 de Janeiro de. 1809. Acceita esta, e na mesma data assignada, apoderou-se a expedição de toda a Guyana franceza a 14 do mesmo mez. A guarniçao que ainda restava, e se coin- punha de 590 homens, foi transportada para a França nos navios da armada portugueza. Manoel Marques enviou ollicios a Maga- ;lhacs de Menezes, participando estas glorio- isas oceorrencias, sendo poitador d'elles o Xurriel do 2.0 regimento de infantéria Joa- quim Antônio de Macedo, que chegou a esta capital no dja 14 de Fevereiro do citado anno. I O acto de bravura praticado pelos Volun- larios Paraenses encheu a população de en- .thusiasmo. ' Como recompensa o tenente-coronel Ma- noel Marques foi promovido a brigadeiro e .confirmado no cargo de governador de Caye- na subordinado ao do Pará; e todos os offi- ciaes que marcharam tiveram um posto de accesso. ; A's viuvas dos que falleceram na lueta foi concedido gosar durante toda a vida do sol- do que os seus maridos ganhavam; o furriel Joaquim Macedo subiu a tenente, e todos os officiaes e soldados cobertos de elogios, exi- gindo o governo geral uma relação dos que mais se haviam distinguido para ulterior pro- cedimento. Magalhães de Menezes foi elevado a ma- rechal d'exercito. ', O mencionado furriel foi enviado ao Rio de Janeiro, levando communicaçao da toma- da de Cayena. Esse inferior partiu pelo rio Tocantins até Porto Real, em Goyaz; d'aqui fui por terra até o Registro de Santa Maria, seguindo por Minas Geraes, e d'esta capitania ao termo de seu destino, gastando pouco mais de no- Venta dias em sua viagem. ' Na quinta-feira vindoura concluiremos os presentes factos, a respeito dos quaes ofiere- cemos alguns documentos, hoje rarissimos, em edições indeterminadas. No domingo próximo apresentaremos com satisfação os nomes de mais alguns brasilei- ros que estiveram na campanha do Paniguay, e que nos foram indicados por pessoa de nossa amisade e que muita nos merece. R. c. alves da cuxiiA. A UTILIDADE DAS GRAMMATIGAS A Folha do Norte publicou em o domingo passado á opinião que Anatole France, no dia da sua entrada para a Academia Fran- ceza, externou, cm uma roda de amigos, sobre a inutilidade das grammaticas. Primeiramente, opiniões que se dizem ma- nifestadas em uma roda de amigos nem sem- pre sao authenticas. Os amigos sao quasi sempre os nossos maiores inimigos, empres- tando-nos idéas que nao temos, unicamente para chegarem a seus fins. Admittindo, porém, a aulhenlicidade das opiniões de Anatole, temos que oppôr-lhes o seguinte: ~ A grammatica nao torna estáveis as lin- guas : é o elemento conservador da sua pu- reza, para que ella se nao corrompa, entre- gue á acçao deletéria do pedaritismo e da ignorância. Nao é inflexível, invariável, aca- nhada, antes segue com todo o cuidado a evolução da língua, para apoderar-se-lhe dos factos, ordénal-os, e codifical-os. E' certo que lodo o homem que fala im- prime modificações á língua dos seus ante- passados. Sim; e é por isso que Luiz de Ca- mões nao escreveu do mesmo modo que es- creveram D. Aflbnso o sábio e D. Diniz; e é por isso que Herculano, Garrett e Latino Coelho nao escrevem cnmn escrevera Ca- mões. Que prova isto ? Que a lingua progri- de, aperfeiçoa-se, desprezando muitas vezes os antigos moldes e adoptando outros que melhor convenham ao estado actual da lin- guistica. Mas a sciencia grammatical acompanha pari passa esse desenvolvimento da lingua, modificando as próprias doutrinas para pol-as de accordo com os novos factos. E' assim, por exemplo, que a grammatica de Jeronimo Soares Barbosa denota um grande progresso comparada com as de Fernao d'01iveira e Joao de Barros. E' assim que as grammati- cas de Júlio Ribeiro, Joao Ribeiro, Pacheco Júnior, Maximino Maciel e outros auetores contemporâneos, deixam a perder de vista as velharias de Soares Barbosa. E' também certo que a grammatica nao é uni elemento de paz,sim deguerra: Agram- matica nao é màrombeira, nao procura servir a Deus e ao diabo,nem tem duas faces como Jano. E é por isso que Anatole a detesta. Que adianta—exclama elle—escrever uma palavra duma ou doutra fôrma ? Para Ana- tole, tanto faz 'escrever chapeò como xapéo, homem como ornem, livro como livrn,. recurso como recurço, etc. Regeita como impresta- veis todas as pcas. O que elle quer é liber- dftde ampla para as suas phantasias em ma- teria de orthographia e de syntaxe: Escreva- se como se quizer, e deixe-se de lado esse medonho phantasma da grammatica, entor- pecedor do desenvolvimento da lingua! Sol- temos as rédeas ao nosso espirito anarchista, e voemos para o campo da asneira ! Deus nos livre de que todos assim pensas- sem ! Veríamos a língua deturpada pelos solecismos e barbarismos, deformada pelos estrangeirismos, e metamorphoseada em unv mastigar soez e incomprehensivel. E é isto que parece querer Anatole, quan- do diz que a lingua enriquece-se, nao pela influencia dos letrados, sim pelados criados, dos governantes, dos operários. Bem avia- dos estaríamos nós se a linguagem reles de semelhante gente servisse para enriquecer as litteraturas ! Que lingua nao ficaria sen- do, por exemplo, a portugueza, supprimida a disciplina grammatical caauetoridade dos clássicos, e entregue á ignorância boçal da arraiamiúda I E' contra estas pretenções, despidas ;de senso-commum, que se insurge a grammati- ca, declarando guerra, e guerra sem tregoas' aos que procuram transformar a lingua em uma gíria plebéa e néscia. E' esta também a missão dos «pedagogos desoecupados», missão muito mais nobre na verdade do que a de entregar uma lingua á indisciplina dos criados, dos operários e dos... pedantes. V1LHEXA ALVES. ^SÜ/VÍOCS (te phantasia fiará pmiictftarõcs c visitas, pnf/eis e sohresfrifitox dr todas as qualidades; trabalhos de iypographia e encadernarão, perfeitos r baratos, lui UVRARlA COAfAfERCIAL. PELO EXTRANGEIRO INGLATERRA 1 Exemplo de moderação e de brandura o discurso da coroa,, lido na abertura do parla- mento inglez. Havia tres questões capitães a versar; o conílicto com os Estados-Unidos a propósito de Venezuela; o conílicto com a Turquia a propositadas coisas armênias;cm fim, o conílicto com a Allemanha a propósito da invasão do Transwaal. A'cerca d'estes tres pontos, o governo completa satisfa- çao aos que lhe reprehenderam os seus actos. Aceita, emquanto a Venezuela, a arbitragem que a principio havia recusado. Alinha, em- quanto aos negócios turcos, ao lado da Rus- sia e da França. Desapprova o mais coinnle- tainente possível o dr. Jameson e ainda o sr. Cecil Rhòdes no tocante á expedição arma- da quo tentaram no Transwaal. Nem se pou- paíri elogios ao presidente Krúger, o homem que ousou repellir uma invasão inspirada pe- los interesses britânicos I E'—escreve o Figaro—a victoria da rasao, o predomínio do principio do interesse sobre os movimentos desordenados do amor pro- brio. « Certamente, com uma política assim nao se fazem novas conquistas, mas conser- vam-se as que se têm, e o império britânico, assás vasto, permitteque a sua expansão possa voluntariamente restringir-se durante algum tempo». Se nem sempre florescem lirios! —No Livio azul inglez, distribuído aos membros do parlamento, ha um trecho eu- rioso, que para aqui trasladamos. « O presi- dçnte Kruger esta persuadido, talvez, que pôde contar com o apoio d'algumas poten- cias estrangeiras para resistir aos pedidos de armas, ou ainda para dirigir elle mesmo pe- didos á Inglaterra. Creio dever informar-vos —dil-o o sr. Chamberlain ao commissario regio do Cabo, sir Robinson—que a Ingla- terra, dada essa eventualidade, resistirá a todo o custo á ingerência d'uma potência qualquer nos negócios do Transwaal ». Está bem. Mas, simultaneamente, era lah- çado em Berlim um IJv/o branco, relativo ao mesmo assunto, e isto prova que a crise nao finda, ou, pelo menos, nao entrou ainda no terreno das discussões puramente academi- cas ou retrospectivas. A' mesma hora quasi, o reichstag allemaoe acamarados communs 'da Inglaterra versavam este thema, sempre em brasa, e a imprensa dos dois paizes recome- cava a conversa, quer dizer, as hostilidades. 0 barão de.Marschall, um dos sobreviventes do regimen prudentíssimo do chanccller de Caprivi, expoz nitidamente a attitude cor- recta da Allemanha, que nao podia assimi- lhar-se em nada á grotesca caricatura que fi- zera d'ella a patriótico ingleza, carregada de novos ornatospolo Timcsi,. A Allemanha está decidida a proteger os seus nacionaes e a de- fender os seus interesses na Republica sul- africana, convencida de que a independência do Transwaal é uma condição do equilbrio africano. Porisso, dará ao presidente Kruger e aos seus burgheis todo o apoio de que ne- cessitem para manter, .érri lace de todos, c contra todos, a autonomia do sou estado. hiíspakha : Nao foi triumphal, claro se viu isto, a re- cepçao do marechal Martincz Campos na capital da Hespanha. E, comtudo, nao nos parece que a sua política em Cuba, inspira- da pela prudência, mereça a condemnaçao com que a fulminou o'seu suecessor, general ;Weyler, e que a opinião publica ratificou antes do tempo. Por que adverte'uma folha estrangeira—resta verso omethodo rigoso, a maneira fo/te que vai inaugurar o novo com- mandante em chefe terá melhor êxito, nao contra os insurgentes, que constituem uma parto do problema, mas ainda com res- peito aos mesmos colonos de que nao pode inteiramente abstrahir-se. Dado que o general Weyler nao encontro todas as difficuldades deante das quaes fin- dou por insinuar-se o desalento e o can- casso na alma do seu antecessor, nao terá cumprido senão metade sua tarefa no dia em que houver expulsado da ilha o ulti- mo chefe de bando. Esse momento vem longe ainda; e; entretanto, ô gabinete de Madrid sofTre as conseqüências do mallogro da sua política nas Antilhas e da chamada marechal. Nessa hora triste, foi morto um infeliz manifestante, e viu-se a explosão de dôr e de cólera por oceasiao do seu enterro. Mi- lhares de populares encorporaram-se no cortejo fúnebre, acompanharam ao cerni- terio os despojos mortaes da pobre victima d'uma repressão muito apressada e exces- siva e vociferaram contra o governo e con- tra as autoridades de toda a espécie, inclui- da a mais alta. O partido republicano fede- ralista aproveitou o ensejo de fazer prose- litos e de adherir a uma manifestação impo- nente. Se agora aconteceu assim, calcule-se o que será no dia tremendissimo em que se considere perdida Cuba com todos os sacri- fidos de homens e de dinehio malbarata- dos no empenho de conscrval-a! E a hypo- those, por dolorosa que seja para a monar- chia hespanhola, nao cabe na categoria das coisas imprevistas ! Entretanto, o sr. Chamberlain está sendo alvo de terríveis curiosidades. Aperta-o ru- demente o sr. Labouchcre que tem o direito de sondar até ao fundo as misteriosas ini- quidades d'uma aggressao que elle teve a coragem de condemnar, protestando, desde o primeiro dia, nSo somente contra o crime de Jameson, mas ainda contra as indulgen- cias da opinião ingleza. Parece comtudo, que o sr. Chamberlain nao terá grande dif- faculdade em justificar o seu procedimento, pois que soube fazer cumprir o direito das gentes contra os llibusteiros da Companhia e advogar a causa dos ttiltanders junto ao presidente Kruger. Elle incarna neste as- sumpto—escreve o «Temps»—o bom-senso, a rasao, a moderação, do mesmo modo que o sentimento dos direitos e dos interesses do império britannico, e é nisto que está a sua força e o seu mérito. Comtanto—-será útil dizer-se—que nio mantenha o tom altivo usado no despacho de que deixamos Iranscriptas algumas linhas. Porque, em summa, ao revés d'um conhe- cido apotegina do sr. de Bismarck, so ou- viu um ministro de Guilherme II, ao defen- der os pequenos estados o os fracos, rematar por esta phrase : O di/cito venceu a força! A LITERATURA PORTUGUESA A Bibliotheca de clássicos portugueses, de jque é director literário o sr. Lticiànò Cor- xleiro e proprietário e fundador o sr. Mello d'Azevedo, acaba do publicar, como nu- onero VI da serie, o vol. I dos dois em que se conterá a Chranica d'el-rci D. peruando, por Fernao Lopes ' Das chronicas devidas a Fernao Lopes, esta Bibliotheca lisbonenso publicou a de de D. Pedro I, tao estropiada na amputada edição do padre José Pereira Bayao. Foi uni serviço, porque, reprodusida,fielmente agora, ha collecçao de livros inéditos da historia portuguesa, devida á iniciativa do erudito abbade José Corrêa da Serra, esto bello documento da edade-media portuguesa era d'uma acquisição difiicil, visto que o 4.0 vo- lume da referida collecçao onde se encon- tra é raro e caro. A benemerencia praticada completn-sc com a reedição da Clironica de D. Peruando, que completa o citado 4." tomo da colhe- çao sahida dos prelos da Academia das Sei- encias. Nao é esta nova edição uma edição di- plomalica, ou meticulosamente repvoductiva na struetura do texto, como as.de Corrêa da Serra ou as que na visinha Hespanha se fizeram, nos tempos modernos, para Lopez de Ayala. E' no gosto do que realisou cm França. Buchon para Froisart, ou recente- mente mrac. de Witt no texto edusido o il- lustrado do famoso e penetrante narrador. Dr. _A.ssis Brasil O livro que.o dr. Assis Brasil, ministro da Republica Brasileira em Portugal, vae publi- car sobre O governo presidência/deve sair por todo este mez.' Propalou-se que o notável publicista re- gressaria ao Rio Grande do Sul brevemente, no goso de licença. Esta noticia, segundo lemos em jornaes portugueses, é destituída de fundamento. O autor da Republica Federal tenciona do- morar-se longo tempo no exercício ininter- rupto do seu elevado cargo. SILIIOUETTES PARLAMENTARES ' (Cmtuiva, VII Hoje sao tres. Tenentcs-coroncisedosal- gado. Ha dez annos eram : um conservador, um liberal c outro republicano. Uma espécie de mistura de grelos. Quando ha qualquer projecto a votat um diz sim,outro nSlb o o terceiro vae ao café na ante-sala. O Frègoli vae contractal-os. O Sousa Bas- tosha-de exhibil-os a cantar como no coro final do Tim-Tim : Somos tres coronéis Somos tres jacarés E no salgado nao Botamos mais os peis. FIDAXZiXHA. PEITORAL DE CAMBARÁ . , . um oxccllonto medicamento, empre^-ulo com muito bons resultados nas moléstias broiieho-puhnon.v res.— I)r. Serafim Josó Rodrigues de Aratijò.» (Pe- lotas).^ «... tenho empregado eoin felix êxito nas afíçcçõty; eatharraes-ljinm;liierts. Dr. Jòíé liemardino da Cu- nha Dittencourl, {1'ortu-Alegre). Folhetim daFolhado Norte-19-3-96 rai/í' .--LOUIS ÉNAULT .'•ífHuJtii'-'!-: ¦' ____ OLGA PRIMEIRA PARTE -.,:, -, (,;.|,.' )-,.. ,.....,.- ... \l-jfli . ¦ \ ¦¦ ,t, , ' - I —Uf! seis rublos, sem dizer nada, é muito! exclamou a galante baroneza de Mersey, l?fc- çando á mesa a carta que lhe fazia perder a sua ultima mâo. Sobretudo porque eu n3o posso jogar sém estar falando. —Nem estar falando sem dizer graças! replicou,, com um fino sorriso, a condessa de Erlánges, a mais amável dona de casa que tem aberto a seus amigos um salão indul- gente e hospitaleiro; mas, continuou ella, vol- tando-se para um terceiro jogador, deve-se confessar que M. d'Avezac tratou-nos com rigor, e que elle dirigiu a partida com uma severidade! sem exemplo. —Por isso mesmo eu ganho cincoenta fi- chás. —Queria eu lhe pagar cem, e saber que n&o jogava tio bem! Faz pena ver um homem de espirito como o senhor, perder as suas me- lhores horas era torno do tapete verde.,. —Comsigo, minha senhora, nunca a gen- te perde o seu tempo. —... e a nao se oecupar mais que com as quatro damas do baralho i... —Ellas me tomarão menos infeliz do que as outras... —Já o conheci muito tarde! Dizem que o senhor era mais amável outr'ora... —Ai de mim! Do que serve ser amável, quando se passou o tempo de amar? . —Parece que o senhor quer que se tome a serio o que está dizendo... —Nao ha outro remédio ! —Então mudemos de conversa, o, em quanto se serve o chá, conto-nos uma d'essas historias.. . —Quo o senhor conla tao bem! ella de interessar, coiarão todos commigd, o ficarão aqui ate amanha. Pode- mos jogar toda a nòitej mas, baroneza, tire- lhe as cartas da niflò.l Agora, a historia! - ;,. —Eu me resolvo de boa vontade com o cutelo ao pescoço! —E os cotovelos sobre a mesa ! —Decerto sabeis, minhas senhoras, disse emfim M. d'Azevac, depois de um curto si- lencio, que eu passei o verão passado em Moscow. Um domingo, muito cedo, cu entrava na cidade 11a caleche da princeza ChermitelT, de quem recebia a hospitalidade mais amável e completa, uma hospitalidade russa. A princeza ia commigo. Mas como é muito devota.., —Desde bem pouco tempo, murmurou M.™ d'Erlanges. —O tempo nao tem nada com isso, e ha mais alegria no céo para a volta da ovelha desgarrada, do que para a prudência de cem ovelhas que nunca deixaram o rebanho. E além d'isso, nao deveis nunca esquecer, mi- nhas senhoras, que muito sciá perdoado para aquellas que muito houvetem amado. —Para aquellas... e para aquelles? —E' o que se deve esperar. Entravamos então em Moscow para a hora da missa, Como convém a verdadeiros orthodoxos. Os innunieros sinos da velha metrópole de to- das as Russias, chamando os fieis ás igrejas, derramavam pelo ar a sua poética melodia, ainda mais simvisada pela distanciei, e nossas almas por essa emoção involuntária e pro- funda que, em certas compleições, acompa- nham sempre as manifestações do sentimen- to religioso. íamos provavelmente, a prince- za e cu, dizer coisas bom sentidas, c sobre- tudo experimentar sensações bem novas, quando cruzou-se com a nossa caleche uma carruagem de posta atrellada em troika, isto é, de frente, com tres cavallos vigorosos, levan- do-a a toda força pela calçada de Toul, que nós seguíamos também. Somente, ella vinha da cidade,parapndejá voltávamos. Debrucei- me vivamente á portinholu, c, no fundo dessa carruagem, vi de relance duas meninas de seis a sete annos, delicadas e franzinas, seguran- do ambas com as suas m&osinhas as mãos d'uma mulher, como ellas trajada de preto. N&O pude distinguir-lhe as feições; percebi apenas uns cabellos castanhos, olhos som- brios, c um rosto um pouco comprido, que tinha a pallidcz do mármore. Assim entrevista, com a sua alvura de liz, a qual mais brilhante ainda tornava o con- traste das suas vestes de lueto, apoiada a suas duas filhinhas, que pareciam ajoelhadas "deante d'ella, como dous anjinhos aos pés d'uma madona; deitada a meio no fundo da sua carruagem, que a arrastava como uma visão, essa mulher desconhecida teria at- traindo a attençao de todo o mundo: cila excitou vivamente a minha. Voltei-mo para a princeza para interro- gal-a, o nesse mesmo momento, eu vi que ella se inclinava para retribuir a saudação da passeanto; surprohendi n'ella uma expres- sao fugitiva de affectuosa ternura e de sym- pathia commovida, que nao ora habitual ao seu bello mas altivo semblante. —Conhece essa senhora, princeza? Ousa- ria,eu perguntar-lhe quem é ella? —Toda Moscow a conhece, o pòdèr-lhè- ia responder tao bem como eu. E' uma bôa e encantadora creatura, digna da aíToiçao e do respeito de todos. —Então, é sem dnvida por causa do seu lueto que nao a tenho encontrado em parte alguma. —Sim... talvez... nio precisamente, com- tudo ! Aqui, um pouco de embaraço na princeza pareceu suspender a phrase começada. —A senhora fala-mc como uma sphinge, repliquei, e cu nílo tenho o espirito de M dipu. —Tanto peior para si! as mulheres gos- tam que adivinhe-se o que ellas nao querem dizer, e é dar-lhes um bem penoso serviço o constrangei-as a fallar quando clla.s têm vontade de se calar. Fique sabendo então, que quer saber tudo, que amam, estimam c mesmo por necessidade admiram a pessoa que acabamos de encontrar; mas que, durau- te muito tempo, ninguém fez caso de reco- bel-a. —Ah ! casta orgulhosa, nao a julgaveis sem duvida bastante nobre? A princeza lançou-me um olhar em que brilhava toda a altivez da sua raça, ao me dizer: —E! o que o engana, Taçobinol ella ó tao nobre, como eu. E' uma volguine : está liga- da a todos os nossos maiores nomes. —Então eu comprehendo cada vez menos; explique-se ainda um pouco... e eu nao com- prehenderci então de todo. —Bem! vou pôr os pontos nos ii: ha uma desgraça na vida de Olga! —Oh! então conte-me! eu adoro as mu- Iheres que tiveram uma desgraça na sua vida... —Talvez seja por isso que o senhor pro- cura fazel-as desgraçadas quando nao as en- contra assim!... —E até a senhora, princeza! mas deixe por favor essas calumnias para os meus ini- migos íntimos, e conte-me dep»essa a histo- ria de Olga. íamos chegando ás primeiras casas do arrabalde, c a caleche rolava, ou por assim dizer saltava com estrepito por sobre o cal- çamento desigual, e os sinos redobrando com mais accento os seus chamados, roti- niam pela cidade, de maneira a encobrir a voz d'um orador muito mais robusto que a. princeza. —Se o senhor julga', disse ella tossindo um pouco, que o meu peito é capaz de lutar com estes solavancos e carrilhões... ser-mc-hia preciso voltar a Eras, na próxima estação. •-—Perspectiva nada agradável, pois foi que a senhora mo conheceu. —A viagem é ao menos inútil, a presente, continuou ella sorrindo. Alem d'isso, nós es- tamos a chegar. Mas, se bem que os seus desejos passem depressa, se porventura este durar ainda depois da missa, eu farei por satisfazol-o. A princeza fez-se conduzir direito á igre- ja de S. Basilio, onde, de ordinário, ella 011- via os ofiicios. Eu era muito bom catholico para acompanhal-a aos altares orthodoxos; mas estava assaz curioso para ir buscal-a mesmo á porta do seu templo. —Eis ahi, disse ella ao me aperceber, uma sollicitude que deve bem lisonjear uma vai- dade de auetor; mas sei poupar os meus suecessos, como os folhetinistas da moda, na sua terra, e deixo a continuação para o próximo numero. —E' o começo que a senhora quer dizer, (A seguir).

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-r. iU.>illrii!-:>!l|i; 31t'Iv.-,i. ;¦„;, ...'• „.ESTUDO' DO PÂR» — ESTUDOS .UNIDOS 00 BRASIL

ASSIGNATURASPARA A AJUAZONIA

Semestre 168000Aimo ... . . . . A ... . . .: 30S000

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ASSIGNATURASPARA FORA DA AMAZÔNIA

Semestre 208000Anno 38S000

NUMERO AVULSO DO DIA 120 RS. '

NUMERO ATRASADO . . . 50O »

QUINTA-FEIRA, 19 de Março de 1896Morro o barão do Ántoniiiã (187õ)

Anno 12um. 7Recebem-se publicações até ás 8 horas da noite.

:l_l_±_a._aí_p'-á».

(DÒisÉRVIÇODA FOLHA DO NORTE)

¦ s-fyMüq v.i -.!. .I7TT .<¦¦.]..,.. sii-i.:Rio, 1^ cie março, .j

QJornal ¦do-Cóminercio volta hojea occüpar-se dá questão da fronteiranorte. .1

Mostra opinião fayoravel aos actosdo governo do sr. Prudente de Moraesem rélaçaò' ao 'Contestado, accentuiiu-do1 o-grande-raelindre da pendência,quevy$ç,sendò! tratada com d máximodesvelo'/'í"""' :,,;''

Rèfenndo-se ap Congresso do Paráe ás suas ma'nif estações pelo telegra-

pho, faz notar que—nada mais fácilha..do..que.despei:tax.o-patriotisuio po-pular com- appellos á .integridade na-cional,'oftensas á dignidade da PátriaeldentiçòSícHa^oes.

OLGiV bello estudo de Louis Énault so-bre um caractè^dé mulher, é o romancequede hoje em diante Yae oecupar o roda-péidèste jòrnalj;1 ( ;- ;^h>i«ó'í'1"'--

Grande espirito, nobre e digno, experi-mentaito pèlá desgraça e engrandecidopelos infortúnios, como é a heroina do tra-balho de Énault, sua história é uma' at,\tráhente leitura, qúe Mo deixará logãra saudades pela- infeliz e amoravel-GARA..

TÓPICOS DO DIA-

Apesar dos esforços que, na medida de mi-nhas forças, empreguei para nílo passar emterceira discussão o piojecto 197, somentedois senhores senadores, Theotonio de Britoe Carlos Novaes, votaram contra !

Repito com o illustre. sr. dr. Novaes: voxclamantis in deserto. Votaram todos os conver-sos ao catholicismo. Votou o sr. de Marajó,outr'ora amigo da religião catholica, na quês-tíló riazarethha com o bispo d. Macedo Cos-ta;vòtòuo sr.- senador Lemos, livré-pensa-dor e demolidpr das crenças em outras ép.o-cas; votaram os srs/sénádores Pedro e Fran-cisco Chermdnt, aquéllè signatário da Cons-tituiçílo Federal e este da estadoal; votou osr. senador Fulgencio, hómeth da Lei e tam-bem signatário da Constituição do Estado;vótóu ò sr1. barão de Cametá, cujos actos têmsido sempre coherentcs; até osr. senador Pa-lha votou!

Com franquesa: é ò único voto que eu jus-tifico—o dó sr. Moura Palha.

S."ex.a está afastado da política—ora aConstituição' é política, logos. ex.a afastou-seda Constituição, porque está divorciado dapolítica.:'

Mas com franquesa, meus senhores, é assimque pretendemos consolidar a Republica?

Que desastrosoprécedente! E dizer-seqtieelle veíu da casa legislativa onde deve im-perar acalma, árèflexflb, a prudência; d'aquel-les que devem ser a guarda avançada, a mu-ralha chineza cm torno da Constituição . . .

Até em revisão fallou-se.Naòrne admirarei que amanha estejamos

adherindo ao partido parlamentarista do sr.Matta Machado. E' tao fácil alterar o texto,constitucional ...

Acatamos com granderespeitoas decisões'do senado, em que só vemos como móvel o

bem publico, n felicidade da Republica; masque nos perdoem os illustres senadores: s. s.exc.as d lesta vez tiveram de esquecer-se dasua obra de hontem, para commettcrcm umattentado á nossa Lei fundamental.

E dizer-se que o projecto 197 nao foi vo-tado pelo revd. sr. senador padre Franco!...

Resta ainda oplacct da câmara. Ouvi a umillustre deputado, republicano de rija tem-pera, que preferia convidar os seus collegas acotizarem-se e concorrer com suas esportu-¦Ias para as obras da Trindade, do que com-metter a illegalidade de votar pelo projectofi'97Í-Salvemos ao menos o programma da Re-publica.

CALIUAN.

Legislação do Estado

I.EI N7 334 DF. 1/ DE MARÇO DE 1895

Equipara os vcuci/nc/ilos das p/ofessoras c ad-juntas do Collegio do A //{paro aos das pro-/essa/as c adjuntas de tercei/a èntrancia.O Congresso do Estado decretou e eu

saneciono a seguinte lei:Art. i.°—Ficam equiparados os vencimen-

tos das professoras e adjuntas do Collegio doAmparo aos das professoras e adjuntas deterceira èntrancia.i Art. 2."—Revogam-se as disposições cmcontrario.'

Mando, portanto, que seja cumprida apresente lei.

Palaqo do governo do Estado do Pará, 17de Marçoide 1896, .8.° da Republica.—LAU-HO SÒDRÉ.

O-fçe.qrctarÍQ,CMAXOEi. baena.

A Hew»Mi_3irae 6 a melhor ma-china conhecida para costura.

VARIAS

TOMADA DE CAYENA

Havendo o vigessimo-septimo governadore caphao-general do Estado do Pará e RioNegro, tenente-general José Narciso de Ma-galhfles de Menezes, que tomara posse doseu cargo em io de Março de 1806, sabidoque so francezes e hespanhoes tinham inva-dido Portugal, tratou de organisar n-'esta ca-pitai um corpo de Vanguarda com óoo ho-mens, ao qual deu o nome de VoluntáriosI'aracnses, e ordenou outros preparativos mi-litares, afim de eílectuar umaexpediçao of-fensiya.

Com data de^ i.° de Outubro de 1808 pu-blicou elle um manifesto, no sentido de de-fender os direitos que aquelle reino já tinhaa todo o território, que vai até o Oyap.ok; eno dia 6 de Novembro seguinte fez o ditocorpo partir n'uma ílotilha, que eracomposta da corveta ingleza Confiança, dosbrigues Voador e Vingança, de vários baicose outras embarcações menores.' Esta ílotilha levava como chefe o capitãode mar e guerra Jayme Lucas Yeo, que erao commandante da mencionada corveta ; ea expedição marchava subordinada ao te-pente coronel Manoel Marques, comman-dante do batalhão de artilharia, a quem Ma-galhães de Menezes dera instrucções espe-ei a es.

De conformidade com ellas, esse distinetoofficial seguiu até Cayena, contra a qual ope-rou um valente ataque, de tal modo queobrigou a Victor Hugues, official da legiãode honra e commandante em chefe d'essacapital e da Guyana franceza, a propor ca-pitülaçàq em 12 de Janeiro de. 1809.

Acceita esta, e na mesma data assignada,apoderou-se a expedição de toda a Guyanafranceza a 14 do mesmo mez.

A guarniçao que ainda restava, e se coin-punha de 590 homens, foi transportada paraa França nos navios da armada portugueza.

Manoel Marques enviou ollicios a Maga-;lhacs de Menezes, participando estas glorio-isas oceorrencias, sendo poitador d'elles oXurriel do 2.0 regimento de infantéria Joa-quim Antônio de Macedo, que chegou a estacapital no dja 14 de Fevereiro do citadoanno.

I O acto de bravura praticado pelos Volun-larios Paraenses encheu a população de en-.thusiasmo.' Como recompensa o tenente-coronel Ma-noel Marques foi promovido a brigadeiro e.confirmado no cargo de governador de Caye-na subordinado ao do Pará; e todos os offi-ciaes que marcharam tiveram um posto deaccesso.; A's viuvas dos que falleceram na lueta foiconcedido gosar durante toda a vida do sol-do que os seus maridos ganhavam; o furrielJoaquim Macedo subiu a tenente, e todos osofficiaes e soldados cobertos de elogios, exi-gindo o governo geral uma relação dos quemais se haviam distinguido para ulterior pro-cedimento.

Magalhães de Menezes foi elevado a ma-rechal d'exercito.',

O mencionado furriel foi enviado ao Riode Janeiro, levando communicaçao da toma-da de Cayena.

Esse inferior partiu pelo rio Tocantins atéPorto Real, em Goyaz; d'aqui fui por terraaté o Registro de Santa Maria, seguindo porMinas Geraes, e d'esta capitania ao termode seu destino, gastando pouco mais de no-Venta dias em sua viagem.' Na quinta-feira vindoura concluiremos ospresentes factos, a respeito dos quaes ofiere-cemos alguns documentos, hoje rarissimos,em edições indeterminadas.

No domingo próximo apresentaremos comsatisfação os nomes de mais alguns brasilei-ros que estiveram na campanha do Paniguay,e que nos foram indicados por pessoa denossa amisade e que muita fé nos merece.

R. c. alves da cuxiiA.

A UTILIDADE DAS GRAMMATIGAS

A Folha do Norte publicou em o domingopassado á opinião que Anatole France, nodia da sua entrada para a Academia Fran-ceza, externou, cm uma roda de amigos, sobrea inutilidade das grammaticas.

Primeiramente, opiniões que se dizem ma-nifestadas em uma roda de amigos nem sem-pre sao authenticas. Os amigos sao quasisempre os nossos maiores inimigos, empres-tando-nos idéas que nao temos, unicamentepara chegarem a seus fins.

Admittindo, porém, a aulhenlicidade dasopiniões de Anatole, temos que oppôr-lheso seguinte: ~

A grammatica nao torna estáveis as lin-guas : é o elemento conservador da sua pu-reza, para que ella se nao corrompa, entre-gue á acçao deletéria do pedaritismo e daignorância. Nao é inflexível, invariável, aca-nhada, antes segue com todo o cuidado aevolução da língua, para apoderar-se-lhedos factos, ordénal-os, e codifical-os.

E' certo que lodo o homem que fala im-prime modificações á língua dos seus ante-passados. Sim; e é por isso que Luiz de Ca-mões nao escreveu do mesmo modo que es-creveram D. Aflbnso o sábio e D. Diniz; e épor isso que Herculano, Garrett e LatinoCoelho nao escrevem cnmn escrevera Ca-mões. Que prova isto ? Que a lingua progri-de, aperfeiçoa-se, desprezando muitas vezesos antigos moldes e adoptando outros quemelhor convenham ao estado actual da lin-guistica.

Mas a sciencia grammatical acompanhapari passa esse desenvolvimento da lingua,modificando as próprias doutrinas para pol-asde accordo com os novos factos. E' assim,por exemplo, que a grammatica de JeronimoSoares Barbosa denota um grande progressocomparada com as de Fernao d'01iveira eJoao de Barros. E' assim que as grammati-cas de Júlio Ribeiro, Joao Ribeiro, PachecoJúnior, Maximino Maciel e outros auetorescontemporâneos, deixam a perder de vistaas velharias de Soares Barbosa.

E' também certo que a grammatica nao éuni elemento de paz,sim deguerra: Agram-matica nao é màrombeira, nao procura servira Deus e ao diabo,nem tem duas faces comoJano. E é por isso que Anatole a detesta.Que adianta—exclama elle—escrever umapalavra duma ou doutra fôrma ? Para Ana-tole, tanto faz 'escrever chapeò como xapéo,homem como ornem, livro como livrn,. recursocomo recurço, etc. Regeita como impresta-veis todas as pcas. O que elle quer é liber-dftde ampla para as suas phantasias em ma-teria de orthographia e de syntaxe: Escreva-se como se quizer, e deixe-se de lado essemedonho phantasma da grammatica, entor-pecedor do desenvolvimento da lingua! Sol-temos as rédeas ao nosso espirito anarchista,e voemos para o campo da asneira !

Deus nos livre de que todos assim pensas-sem ! Veríamos a língua deturpada pelossolecismos e barbarismos, deformada pelosestrangeirismos, e metamorphoseada em unvmastigar soez e incomprehensivel.

E é isto que parece querer Anatole, quan-do diz que a lingua enriquece-se, nao pelainfluencia dos letrados, sim pelados criados,dos governantes, dos operários. Bem avia-dos estaríamos nós se a linguagem reles desemelhante gente servisse para enriqueceras litteraturas ! Que lingua nao ficaria sen-do, por exemplo, a portugueza, supprimidaa disciplina grammatical caauetoridade dosclássicos, e entregue á ignorância boçal daarraiamiúda I

E' contra estas pretenções, despidas ;desenso-commum, que se insurge a grammati-ca, declarando guerra, e guerra sem tregoas'aos que procuram transformar a lingua emuma gíria plebéa e néscia.

E' esta também a missão dos «pedagogosdesoecupados», missão muito mais nobre naverdade do que a de entregar uma lingua áindisciplina dos criados, dos operários edos... pedantes.

V1LHEXA ALVES.

^SÜ/VÍOCS (te phantasia fiará pmiictftarõcs cvisitas, pnf/eis e sohresfrifitox dr todas as qualidades;trabalhos de iypographia e encadernarão, perfeitos rbaratos, lui — UVRARlA COAfAfERCIAL.

PELO EXTRANGEIROINGLATERRA 1

Exemplo de moderação e de brandura odiscurso da coroa,, lido na abertura do parla-mento inglez. Havia tres questões capitães aversar; o conílicto com os Estados-Unidos apropósito de Venezuela; o conílicto com aTurquia a propositadas coisas armênias;cmfim, o conílicto com a Allemanha a propósitoda invasão do Transwaal. A'cerca d'estestres pontos, o governo dá completa satisfa-çao aos que lhe reprehenderam os seus actos.Aceita, emquanto a Venezuela, a arbitragemque a principio havia recusado. Alinha, em-quanto aos negócios turcos, ao lado da Rus-sia e da França. Desapprova o mais coinnle-tainente possível o dr. Jameson e ainda o sr.Cecil Rhòdes no tocante á expedição arma-da quo tentaram no Transwaal. Nem se pou-paíri elogios ao presidente Krúger, o homemque ousou repellir uma invasão inspirada pe-los interesses britânicos I

E'—escreve o Figaro—a victoria da rasao,o predomínio do principio do interesse sobreos movimentos desordenados do amor pro-brio. « Certamente, com uma política assimnao se fazem novas conquistas, mas conser-vam-se as que se têm, e o império britânico,assás vasto, permitteque a sua expansão possavoluntariamente restringir-se durante algumtempo». Se nem sempre florescem lirios!

—No Livio azul inglez, distribuído aosmembros do parlamento, ha um trecho eu-rioso, que para aqui trasladamos. « O presi-dçnte Kruger esta persuadido, talvez, quepôde contar com o apoio d'algumas poten-cias estrangeiras para resistir aos pedidos dearmas, ou ainda para dirigir elle mesmo pe-didos á Inglaterra. Creio dever informar-vos—dil-o o sr. Chamberlain ao commissarioregio do Cabo, sir Robinson—que a Ingla-

terra, dada essa eventualidade, resistirá a todoo custo á ingerência d'uma potência qualquernos negócios do Transwaal ».

Está bem. Mas, simultaneamente, era lah-çado em Berlim um IJv/o branco, relativo aomesmo assunto, e isto prova que a crise naofinda, ou, pelo menos, nao entrou ainda noterreno das discussões puramente academi-cas ou retrospectivas. A' mesma hora quasi,o reichstag allemaoe acamarados communs'da Inglaterra versavam este thema, sempre embrasa, e a imprensa dos dois paizes recome-cava a conversa, quer dizer, as hostilidades.0 barão de.Marschall, um dos sobreviventesdo regimen prudentíssimo do chanccller deCaprivi, expoz nitidamente a attitude cor-recta da Allemanha, que nao podia assimi-lhar-se em nada á grotesca caricatura que fi-zera d'ella a patriótico ingleza, carregada denovos ornatospolo Timcsi,. A Allemanha estádecidida a proteger os seus nacionaes e a de-fender os seus interesses na Republica sul-africana, convencida de que a independênciado Transwaal é uma condição do equilbrioafricano. Porisso, dará ao presidente Krugere aos seus burgheis todo o apoio de que ne-cessitem para manter, .érri lace de todos, ccontra todos, a autonomia do sou estado.

hiíspakha :

Nao foi triumphal, claro se viu isto, a re-cepçao do marechal Martincz Campos nacapital da Hespanha. E, comtudo, nao nosparece que a sua política em Cuba, inspira-da pela prudência, mereça a condemnaçaocom que a fulminou o'seu suecessor, general;Weyler, e que a opinião publica ratificouantes do tempo. Por que adverte'uma folhaestrangeira—resta verso omethodo rigoso, amaneira fo/te que vai inaugurar o novo com-mandante em chefe terá melhor êxito, naosó contra os insurgentes, que constituemuma parto do problema, mas ainda com res-peito aos mesmos colonos de que nao podeinteiramente abstrahir-se.

Dado que o general Weyler nao encontrotodas as difficuldades deante das quaes fin-dou por insinuar-se o desalento e o can-casso na alma do seu antecessor, nao terácumprido senão metade dá sua tarefa nodia em que houver expulsado da ilha o ulti-mo chefe de bando. Esse momento vemlonge ainda; e; entretanto, ô gabinete deMadrid sofTre as conseqüências do mallogroda sua política nas Antilhas e da chamadamarechal.

Nessa hora triste, foi morto um infelizmanifestante, e viu-se a explosão de dôr ede cólera por oceasiao do seu enterro. Mi-lhares de populares encorporaram-se nocortejo fúnebre, acompanharam ao cerni-terio os despojos mortaes da pobre victimad'uma repressão muito apressada e exces-siva e vociferaram contra o governo e con-tra as autoridades de toda a espécie, inclui-da a mais alta. O partido republicano fede-ralista aproveitou o ensejo de fazer prose-litos e de adherir a uma manifestação impo-nente. Se agora aconteceu assim, calcule-seo que será no dia tremendissimo em que seconsidere perdida Cuba com todos os sacri-fidos de homens e de dinehio malbarata-dos no empenho de conscrval-a! E a hypo-those, por dolorosa que seja para a monar-chia hespanhola, nao cabe na categoria dascoisas imprevistas !

Entretanto, o sr. Chamberlain está sendoalvo de terríveis curiosidades. Aperta-o ru-demente o sr. Labouchcre que tem o direitode sondar até ao fundo as misteriosas ini-quidades d'uma aggressao que elle teve acoragem de condemnar, protestando, desdeo primeiro dia, nSo somente contra o crimede Jameson, mas ainda contra as indulgen-cias da opinião ingleza. Parece comtudo,que o sr. Chamberlain nao terá grande dif-faculdade em justificar o seu procedimento,pois que soube fazer cumprir o direito dasgentes contra os llibusteiros da Companhiae advogar a causa dos ttiltanders junto aopresidente Kruger. Elle incarna neste as-sumpto—escreve o «Temps»—o bom-senso,a rasao, a moderação, do mesmo modo queo sentimento dos direitos e dos interessesdo império britannico, e é nisto que está asua força e o seu mérito.

Comtanto—-será útil dizer-se—que niomantenha o tom altivo usado no despacho

de que deixamos Iranscriptas algumas linhas.Porque, em summa, ao revés d'um conhe-cido apotegina do sr. de Bismarck, já so ou-viu um ministro de Guilherme II, ao defen-der os pequenos estados o os fracos, rematarpor esta phrase : O di/cito venceu a força!

A LITERATURA PORTUGUESA

A Bibliotheca de clássicos portugueses, dejque é director literário o sr. Lticiànò Cor-xleiro e proprietário e fundador o sr. Mellod'Azevedo, acaba do publicar, como nu-onero VI da serie, o vol. I dos dois em quese conterá a Chranica d'el-rci D. peruando,por Fernao Lopes

' Das chronicas devidas a Fernao Lopes,esta Bibliotheca lisbonenso publicou já a dede D. Pedro I, tao estropiada na amputadaedição do padre José Pereira Bayao. Foi uniserviço, porque, reprodusida,fielmente agora,ha collecçao de livros inéditos da historiaportuguesa, devida á iniciativa do eruditoabbade José Corrêa da Serra, esto bellodocumento da edade-media portuguesa erad'uma acquisição difiicil, visto que o 4.0 vo-lume da referida collecçao onde se encon-tra é raro e caro.

A benemerencia praticada completn-sccom a reedição da Clironica de D. Peruando,que completa o já citado 4." tomo da colhe-çao sahida dos prelos da Academia das Sei-encias.

Nao é esta nova edição uma edição di-plomalica, ou meticulosamente repvoductivana struetura do texto, como as.de Corrêada Serra ou as que na visinha Hespanha sefizeram, nos tempos modernos, para Lopezde Ayala. E' no gosto do que realisou cmFrança. Buchon para Froisart, ou recente-mente mrac. de Witt no texto edusido o il-lustrado do famoso e penetrante narrador.

Dr. _A.ssis BrasilO livro que.o dr. Assis Brasil, ministro da

Republica Brasileira em Portugal, vae publi-car sobre O governo presidência/deve sair portodo este mez.'

Propalou-se que o notável publicista re-gressaria ao Rio Grande do Sul brevemente,no goso de licença.

Esta noticia, segundo lemos em jornaesportugueses, é destituída de fundamento.

O autor da Republica Federal tenciona do-morar-se longo tempo no exercício ininter-rupto do seu elevado cargo.

SILIIOUETTES PARLAMENTARES '

(Cmtuiva,VII

Hoje sao tres. Tenentcs-coroncisedosal-gado. Ha dez annos eram : um conservador,um liberal c outro republicano. Uma espéciede mistura de grelos.

Quando ha qualquer projecto a votat —um diz sim,outro nSlb o o terceiro vae ao caféna ante-sala.

O Frègoli vae contractal-os. O Sousa Bas-tosha-de exhibil-os a cantar como no corofinal do Tim-Tim :

Somos tres coronéisSomos tres jacarésE no salgado naoBotamos mais os peis.

FIDAXZiXHA.

PEITORAL DE CAMBARÁ

. , . "ê um oxccllonto medicamento, empre^-ulo commuito bons resultados nas moléstias broiieho-puhnon.vres.— I)r. Serafim Josó Rodrigues de Aratijò.» (Pe-lotas). ^

«... tenho empregado eoin felix êxito nas afíçcçõty;eatharraes-ljinm;liierts. — Dr. Jòíé liemardino da Cu-nha Dittencourl, {1'ortu-Alegre).

Folhetim daFolhado Norte-19-3-96

rai/í' .--LOUIS ÉNAULT.'•ífHuJtii'-'!-: ¦' ____

OLGAPRIMEIRA PARTE

-.,:, -, (,;.|,.' )-,.. ,.....,.- ... \l-jfli . ¦ \

¦¦ ,t, , ' - I

—Uf! seis rublos, sem dizer nada, é muito!exclamou a galante baroneza de Mersey, l?fc-çando á mesa a carta que lhe fazia perder asua ultima mâo. Sobretudo porque eu n3oposso jogar sém estar falando.

—Nem estar falando sem dizer graças!replicou,, com um fino sorriso, a condessa deErlánges, a mais amável dona de casa quetem aberto a seus amigos um salão indul-gente e hospitaleiro; mas, continuou ella, vol-tando-se para um terceiro jogador, deve-seconfessar que M. d'Avezac tratou-nos comrigor, e que elle dirigiu a partida com umaseveridade! sem exemplo.

—Por isso mesmo eu ganho cincoenta fi-chás.

—Queria eu lhe pagar cem, e saber quen&o jogava tio bem! Faz pena ver um homemde espirito como o senhor, perder as suas me-lhores horas era torno do tapete verde.,.

—Comsigo, minha senhora, nunca a gen-te perde o seu tempo.

—... e a nao se oecupar mais que com asquatro damas do baralho i...

—Ellas me tomarão menos infeliz do queas outras...

—Já o conheci muito tarde! Dizem que osenhor era mais amável outr'ora...

—Ai de mim! Do que serve ser amável,quando se passou o tempo de amar?. —Parece que o senhor quer que se tomea serio o que está dizendo...

—Nao ha outro remédio !—Então mudemos de conversa, o, em

quanto se serve o chá, conto-nos uma d'essashistorias.. .

—Quo o senhor conla tao bem!ella de interessar, coiarão todos

commigd, o ficarão aqui ate amanha. Pode-mos jogar toda a nòitej mas, baroneza, tire-lhe as cartas da niflò.l Agora, a historia! - ;,.

—Eu me resolvo de boa vontade com ocutelo ao pescoço!

—E os cotovelos sobre a mesa !—Decerto sabeis, minhas senhoras, disse

emfim M. d'Azevac, depois de um curto si-lencio, que eu passei o verão passado emMoscow.

Um domingo, muito cedo, cu entrava nacidade 11a caleche da princeza ChermitelT,de quem recebia a hospitalidade maisamável e completa, uma hospitalidade russa.

A princeza ia commigo. Mas como é muitodevota..,

—Desde bem pouco tempo, murmurouM.™ d'Erlanges.

—O tempo nao tem nada com isso, e hamais alegria no céo para a volta da ovelhadesgarrada, do que para a prudência de cemovelhas que nunca deixaram o rebanho. Ealém d'isso, nao deveis nunca esquecer, mi-nhas senhoras, que muito sciá perdoado paraaquellas que muito houvetem amado.

—Para aquellas... e para aquelles?—E' o que se deve esperar. Entravamos

então em Moscow para a hora da missa,Como convém a verdadeiros orthodoxos. Osinnunieros sinos da velha metrópole de to-das as Russias, chamando os fieis ás igrejas,derramavam pelo ar a sua poética melodia,ainda mais simvisada pela distanciei, e nossasalmas por essa emoção involuntária e pro-funda que, em certas compleições, acompa-nham sempre as manifestações do sentimen-to religioso. íamos provavelmente, a prince-za e cu, dizer coisas bom sentidas, c sobre-tudo experimentar sensações bem novas,quando cruzou-se com a nossa caleche umacarruagem de posta atrellada em troika, isto é,de frente, com tres cavallos vigorosos, levan-do-a a toda força pela calçada de Toul, quenós seguíamos também. Somente, ella vinhada cidade,parapndejá voltávamos. Debrucei-me vivamente á portinholu, c, no fundo dessacarruagem, vi de relance duas meninas de seisa sete annos, delicadas e franzinas, seguran-do ambas com as suas m&osinhas as mãosd'uma mulher, como ellas trajada de preto.N&O pude distinguir-lhe as feições; percebi

apenas uns cabellos castanhos, olhos som-brios, c um rosto um pouco comprido, quetinha a pallidcz do mármore.

Assim entrevista, com a sua alvura de liz,a qual mais brilhante ainda tornava o con-traste das suas vestes de lueto, apoiada asuas duas filhinhas, que pareciam ajoelhadas"deante

d'ella, como dous anjinhos aos pésd'uma madona; deitada a meio no fundo dasua carruagem, que a arrastava como umavisão, essa mulher desconhecida teria at-traindo a attençao de todo o mundo: cilaexcitou vivamente a minha.

Voltei-mo para a princeza para interro-gal-a, o nesse mesmo momento, eu vi queella se inclinava para retribuir a saudaçãoda passeanto; surprohendi n'ella uma expres-sao fugitiva de affectuosa ternura e de sym-pathia commovida, que nao ora habitual aoseu bello mas altivo semblante.

—Conhece essa senhora, princeza? Ousa-ria,eu perguntar-lhe quem é ella?

—Toda Moscow a conhece, o pòdèr-lhè-ia responder tao bem como eu. E' uma bôae encantadora creatura, digna da aíToiçao edo respeito de todos.

—Então, é sem dnvida por causa do seulueto que nao a tenho encontrado em partealguma.

—Sim... talvez... nio precisamente, com-tudo !

Aqui, um pouco de embaraço na princezapareceu suspender a phrase começada.

—A senhora fala-mc como uma sphinge,repliquei, e cu nílo tenho o espirito de M dipu.

—Tanto peior para si! as mulheres gos-tam que adivinhe-se o que ellas nao queremdizer, e é dar-lhes um bem penoso serviçoo constrangei-as a fallar quando clla.s têmvontade de se calar. Fique sabendo então,já que quer saber tudo, que amam, estimamc mesmo por necessidade admiram a pessoaque acabamos de encontrar; mas que, durau-te muito tempo, ninguém fez caso de reco-bel-a.

—Ah ! casta orgulhosa, nao a julgaveis semduvida bastante nobre?

A princeza lançou-me um olhar em quebrilhava toda a altivez da sua raça, ao medizer:

—E! o que o engana, Taçobinol ella ó taonobre, como eu. E' uma volguine : está liga-da a todos os nossos maiores nomes.

—Então eu comprehendo cada vez menos;explique-se ainda um pouco... e eu nao com-prehenderci então de todo.

—Bem! já vou pôr os pontos nos ii: hauma desgraça na vida de Olga!

—Oh! então conte-me! eu adoro as mu-Iheres que tiveram uma desgraça na suavida...

—Talvez seja por isso que o senhor pro-cura fazel-as desgraçadas quando nao as en-contra assim!...

—E até a senhora, princeza! mas deixepor favor essas calumnias para os meus ini-migos íntimos, e conte-me dep»essa a histo-ria de Olga.

íamos Já chegando ás primeiras casas do

arrabalde, c a caleche rolava, ou por assimdizer saltava com estrepito por sobre o cal-çamento desigual, e os sinos redobrandocom mais accento os seus chamados, roti-niam pela cidade, de maneira a encobrir avoz d'um orador muito mais robusto que a.princeza.

—Se o senhor julga', disse ella tossindo umpouco, que o meu peito é capaz de lutar comestes solavancos e carrilhões... ser-mc-hiapreciso voltar a Eras, na próxima estação.

•-—Perspectiva nada agradável, pois foi láque a senhora mo conheceu.

—A viagem é ao menos inútil, a presente,continuou ella sorrindo. Alem d'isso, nós es-tamos a chegar. Mas, se bem que os seusdesejos passem depressa, se porventura estedurar ainda depois da missa, eu farei porsatisfazol-o.

A princeza fez-se conduzir direito á igre-ja de S. Basilio, onde, de ordinário, ella 011-via os ofiicios. Eu era muito bom catholicopara acompanhal-a aos altares orthodoxos;mas estava assaz curioso para ir buscal-amesmo á porta do seu templo.

—Eis ahi, disse ella ao me aperceber, umasollicitude que deve bem lisonjear uma vai-dade de auetor; mas sei poupar os meussuecessos, como os folhetinistas da moda, lána sua terra, e deixo a continuação para opróximo numero.

—E' o começo que a senhora quer dizer,

(A seguir).

Page 2: TÓPICOS DO DIA- PELO EXTRANGEIROmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00079.pdf · ,ÀHAC1 Cl *r*/pQ} fl';í «>í'U.': ••-¦¦•..1ikV;

í v

Folha do Norte—19 de Março de 1896

mm telpiiasDos Estados

Itio, 18 fie março.Níiüfrngon nn Coroa Grande, em

frente ao pharol de S. Thorné.Ó vaporTi/t/loslp a c A bbcy.

lá de Cíinlill' para o Prata.Morreram no sinistro o çpmman-

clíuifè e (rezo niarinlieiros.

Kio, 18.

Corre «pie vae vagarem breve olu-

gniü dc segundo official do correio doParil, occupado pelo sr. Augusto De-cio da Cunha e Mello.

Rio, 18.

Muitos aluirmos da Escola Militar

provocaram nos últimos dias graves(.•onflictos, que iam tomando propor-çCies alarmantes.

I3m eonsèquencin foram puesos eviío ser desligados L3,apontados comocabeças dos distúrbios.

Bio, 18.

Aiiniuifia-sc a visita, do dr. Pm-dt-iile de Moraes íí Casa da Moeda.

A imprenso tem Jsollieitado rigorosasyndicajiòin i\'esse estabelecimento,onde consta haver sido descoberta afalta do um deposito de 200 contos.

Rio, 18.

Toda a imprensa representou con-tra a nova lei de orçamento que elevouuo dobro a, taxa dos direitos sobre o

papel paro impressão.

Silo, .18.

A' legação do IJruguay foi com-miinicfido que na fronteira meridionaldo

'Rio Grande foram apprehendidas

carretas tle artilharia e grande qunnti-dade de armamento.

K-io. 18.

A febre amorellaar n

continua a asso-cruzador italianoguarmçiiO do

lombavdia.() comniandanté, que suhstituio o

sr. < Hiviiri, já fallecido, foi attingido

pela epidemia,íi.cbando-sè também ata-cíhIo pela febre o medico do cruzador-

. nu*. 18.Esüí íiravemento enfermo odr. Ame-

rico .lírosiiionse,Trilninnl Federa

atio. 18.

ministro do Supremo

<) cambio fechou hoje a 8 8/4.

Bftithia, 18.

A imprensa, ba.hia.na registra, comsentidos necrológios, a morte do dr.Augusto Alves Guimarães, redactordo Diário da Bahia.

Do extrangeiroI/i«)>oh. 18 «le março.

A. iiiflticnzii irrompeu,nesta capital.. com caracter epidêmico, já tendo fei-to nmitHs victimas.

Ifoma, 18.O governo fez declarar officiahnen-

te que apaz,qu(i se diz cm vias de ne-gociação fora iniciada pelo gabinete(Yisni.

() niarquez di Rudini em respostaa. interpellaçües affirmou que se ascondições para a paz forem honrosasnão trepidará em acceital-as.

SAnhoa, 18

() capitão Mousinho de Albiiquer-que, o valente expedicionário que

promo-capturou o Cungunhaiia, foivvido ao jiosto dc major.

Paris, 18.Apesar das intenções pacificas e

humanitárias do gabinete di Rudini,noticiam de Roma que o governo pe-dio mais 140 milhões para a expedi-ção militar da África.

Revista, de jornaes

Momu. 18

Ultimas noticias da Abyssinia ditoo negusMenelik como gravemente en-ferino.

KiOiidrcK. 18.

Dc Glasgow commtinicam que .ovi-uziidor inglez J)ido, ao ser lançadoiio mar, submergio-se parcialmente.

N'A PROVÍNCIA DO PARÁ. dc hon-tem, Mestre carumbé, vulgo írmao Bertino,continua alegre com a Folha: o homem cui-da que nós cá temos abundância de comeidejaboty no quintal. Quando queira, quandoqueira; mas, antes, ha de ler, de passagem,interessantes collecções das gazetas do Ama-zonas, de que já nos munimos . . . á esperados pia «ia to*.

DIÁRIO DE NOTICIAS abro espaço aoque a imprensa do Rio escreveo sobre Ca-bral ao ser alli conhecida a noticia do cercodo consulado brasileiro em Cayenna.

Os bilhetes da Urbana fornecem assumptoa um artigo sob o titulo—Não se qualifica aque segue o XXXI do sr. conego ManeioRibeiro, que põe termo ás suas investidascontra o positivismo.

Traz noticiário menos máo.

A REPUBLICA volta á questão do sub-sidio ao futuro governo, respondendo aoDiário de Noticias. .

A contemporânea escreveo muitas linhas,mas, força é convir, dizendo do sr. dr. Lati-iq Sodré cousas que nem os seos mais en-carniçados inimigos contestam, não justificouo exhorbitante subsidio de 6o contos em de-bate. A questão resume-se nisto:—a verbaque está sendo votada para subsidio do fu-turo governo é uma exhorbitancia e umperigo. Nem Minas, nem S. Paulo—comren-da solida e muito superior á nossa—pagamtanto. É, seja por que lado lor, A Republicaé incapaz de provar que não ha exagero deverba e que os funcçiohários públicos nãotêm o direito de se queixar si o seo augmen-to não passar.

Insere sua Chionica do Rio e abundantenoticiário local e do exterior.

Jornalzinho da Moda

O sr. José Maria Nabuco d'01iveira, sym-pathico chefe da fiscalisação municipal, com-pleta hoje, por entre os applausos dos seusamigos, mais um anno dc existência, peloque o felicitamos.

¦V

Festeja hoje seu anniversario natalicio osr. Raymundo Henrique Cardoso, commer-ciante efesta praça e pae do dr. Flavio Car-doso.

Fellcitamol-c.

LOTERIA DE QUELUZ30:000.8000

Corre hoje a 3." serie da ir!" loteria deQueluz, novo e importante plano, da sortegrande de 30:poO$oôo, custando cada bilhe-te inteiro 4S000.

Também corre hoje a 633.» loteria da Ca-pitai Federal, da sorte de 15:0008000 por2S000. Sabbado, 2 r, será extrahida a 612 lo-teria nacional, do importantíssimo plano de100:0008000 por 58000. Terça-feira; 24, correa 3." serie da 2." loteria de Queluz de ... .ioò:ooo§ooo por 88000. Na popular agenciade Moura Ferro & C.a é franca a venda debilhetes.

A New-Home a a iiinchina paracostura mais perfeita, mais segura e maiseconômica.

Livro da portaRecebemos e agradecemos :Memórias da minha vida, dc Henri Roche-

fort,versão portuguesa dc Ernesto Seromenho,offerta da livraria Moderna, do Pereira &Silva.

O preconicio do livro, alias merecido, jío usemos ao noticiar a sua chegada á acre-dita Livraria Bittencourt.

Sua leitura é deveras interessante, peloscuriosos accidentes da vida agitadissima dofamoso político e intemerato director deL'Intransigeanl', descriptos com vigor de pul-so e colorido da emmaranhada narrativa,nada vulgares em obras congêneres.

BOLETIM DO CONGRESSO

O SENADOA's o horas da manha, presentes os srs. G.

Bittencourt, Antônio Lemos, F. Simões, T.Brito, Dias de Mello, Carlos Novaes, CamaAbreu, Augusto Borburema, Caetano Corrêa,C. Pinheiro, Moura Palha, F. Chermont eP. Chermont, abre-se a sessão.

Lida a acta da sessão anterior é appro-vada.

fcxpEDiiíNTE.—Ofiicio da câmara dos de-putados, remettendo o projecto n. 479, sobrecompra de mobília para as salas do Joritmdeste Estado. A's respectivas commissões.—Idem da intendencia municipal da villa deBagre, communicando a recepção do officiocircular dirigido pelo senado e declarandoprovidenciar sobre o assumpto. Archive-se.

O sr. F. Simões, por parte da i,« commis-são, apresenta parecer favorável ao projecton. 214, elevando á cathegoria de villa a fre-gllesia dc Porto Salvo. A imprimir.^ E'approvado e aceito o projecto do sr.Kulgencio Simões, redusindo a 2 as (> escolasmodelo annexas á escola normal. A impri-mir.

O sr. A. Lemos lê e envia A mesa os tra-balhos seguintes: parecer da 2.a commissaocontrario ao projecto n. 457, que eleva sub-vcnçOes a differentes navegações a vapor;redacções definitivas dos projectos ns. 4(16,remittindo a divida proveniente do impostode décima; 197, auxilio para as obras daigreja da Trindade; 461, sobre imposto deindustrias e profissões. A imprimir.

ordem do DiA.--Sau dadas li discussão c

BANCO DE BELÉM DO PARÁ

Capital realizado.Fundo de reserva

Réis 1.000:000:000Réis 48:070:450

(Io andar)-Ti]sei»'ipIovia:

¦Rua Quinze de Novembro, ri." 57—(l.° andar)

desconta i.ktras e-faz cauções sobre titulos devidamente garantidos, a taxas módicas—RECEBE DiNHKjlto em conta corrente, com retiradas livres, e a praso fixo—saca coNSTAXTiiyKN-TK sobre todas as cidades e villas de Portugal.-sjí pf. cobranças por conta cie terceiros. '-ENCARREGA-

Visconde de São Domingos, presidente; José.Marques Braga, vice-prosidonte; José Aimisto(nrrea, 1.° secretario; Joaquim Tavares Lobato, 2." dito; Joaquim Antônio de Amorim •

que se-

ito definitiva do projecto n. 191, doitorisando licença ao official dasc-

approvadas sem debate as matériasguem

Redacçãsenado, autecretaria de segurança, Silvino Rodrigues Valente do Couto.

i.a discussão do projecto n. 220, do se-nado, consignando verba para a construcçaode .casas próprias para escolas.

I.» discussão cio projecto n. 219, do se-nado, fazendo alterações no regulamento doserviço de segurança publica.—2.a discussão do projecto n. 471, da ca-mara dos deputados, autorisando um empros-timo á Companhia Fabrica de Papel Para-ense.

—3." discussão do projecto n. 206, do se-nado, autorisando a abertura de uma estradacomnmnicarpara o burgo ltacayunas com osCampos Geraes, no alto Tocantins.

—3.a discussão do projecto n. 216, do se-nado, autorisando a concessão de 6 mezesde licença ao diretor do Lyceu Paraense dr.José Antônio Pereira Guimarães.

Estes dous últimos projectos sao dispen-sados de redacção, a pedido do sr. Fulgen-cio Simões

Sobre o projecto n. 471, o sr. T. de Britoapresenta uma'declaração de voto contra oart. Io, a qual é lida na mesa.

—Entra em 3a discussão e fica adiadopor_48 horas, a pedido do sr. T. Novaes, oprojecto ti. 204, sobre o montepio dos func-cionarios públicos.

_—2a- discussão do projecto n. 188, sobrealienação do serviço das águas.

O sr. de Marajó offerece algumas emen-das.

O sr. Fttlgencio Simões manda uma emen-da da commissao ao art. i°.

O sr. Novaes pede a palavra o começa di-zendo que ainda lhe soam aos ouvidos aspalavras proferidas pelo ex-senador sr. Mar-cos Nunes, quando se tratou da encampaçãoda companhia das águas.

Parece-lhe ainda vôl-o de espada em pu-nho a clamar contra a oppressao dolorosaque sofiiia o povo por parto da compa-nhia.

Para afugentar a oppressao, o vexame aque estava subjugada a população, esse hon-rado ex-senador apresentou uma lei 110 in-tuito de ser encampada a companhia, julgan-do de utilidade publica, e o patriótico moço,que arrostara todos os perigos, vio coroadosde melhor êxito os seus esforços.

Até então o povo estava opprimido por 3grandes potências: companhia das águas,companhia Pastoril e companhia Urbana.

Felizmentejoi alijada, deposta a compa-nhia das aguàs, ficando o povo spb a op-pressão das duas.

O sr. A. Lemos. Não apoiado. A compa-nhia pastoril nunca foi oppressora do povo;era uma companhia perfeitamente regulari-sacia.

O si. No;<aes. Agora surge uma nova po-tenda :—a empreza de alimentação publica.A potência Pastoril forneceu-nos carne

por muito tempo, se bem que de má quali-dade, ao passo que a nova nem isso faz.O sr. Lentos: — Protesto. V. ex. quer armar

á popularidade. Fere-me por seraccionisla daCompanhia, onde julgava exercei um direitoregular. V. ex. nao deve fazer coro com essasucia de bandidos que pela imprensa tematacado a Deus c ao mundo.

O sr. Novaes pede desculpa ao seu nobrecollega; não precisa armar á popularidade,pois todos sabem como veio paia esta cama-ra e como foi mandado para o Rio de Ja-neiro.

Osr. Lemos :—E' por isso mesmo que naoprecisa armar á popularidade, porque entroupela.mesma porta por onde eu entrei.

O si: Novaes diz que o projecto que sediscute tem chamado a attenção do pu-blico.

Acha que elle é igual ao apresentado pelosr. barão de Marajó, com pequenas varian-tes. E' sobre essas alterações que vem oppôras considerações.

Diz que o relatório do sr. engenheiro Vi-ctor Maria da Silva traz elementos, manan-ciaes importantes sobre o assumpto. O his-torico é importante. Apresenta o que se pas-sa nas capitães da Europa sobre o forneci-mento das águas.

Acha que esse serviço devia estar a cargoda Intendencia, podendo todavia o Estadoprestar-lhe auxilio (Tiocaín-se apartes).~ No Rio de Janeiro, diz 15 orador, o fome-cimento da agua é feito pela Intendencia epelos cofres geraes.

No Recife, é feito o pagamento por pen-nas d'agua.O sr.'liarão de Marajá . — E' feito o servi-

ço por uma companhia.O si. ATovacs .-—Em outras partes da Eu-

ropa, mesmo cm Nápoles, é feito pelos po-deres ptiblicos o fornecimento das águas.Entende que confiar-se novamente o for-

necimento de agua a uma companhia, é en-tregar-se este povo sedento, que paga im-posto, a fortes exigências.

Sobre o considerando da commissao quefala em aliviar os cofres públicos das despe-zas que se fez, diz o orador que o governonão ó comnierciantc.

O sr. Barão de Cametá:—Apoiado.O si: Novaes... que quer tirar proveito de

suas mercadorias. A sua missão é dar aopovo todas as commodidades.

Está de accôrdo com o considerando quediz não ser o governo emprezario nem in-dustrial; mas entende que ao povo se devedar agua gratuitamente.

O sr. Barão dc Marajó:—Por isso mesmojá estão collòcadas 50 torneiras publicas.

O si: Novaes leu e releu o projecto e viuque se manda fornecer agita gratuita ás ca-sas de caridade e estações publicas, e cobrarmeio real por litro dágua aos particulares,logo o povo nao tem agua gratuita.

Quanto ao considerando referente ao pe-dido de mil contos, lê diversos trechos durelatório c acha que o governo devia darainda que fosse maior quantia pedida a qualtem por fim attender aos melhoramentosque carece fazer a companhia, visto a popu-

laçao estar se estendendo por toda a cidade-Acha que o serviço dc abastecimento dc

agua compete a Intendencia, podendo oEstado concorrer com uma parte dadespeza.

Faz outras' considerações sobre o assüm-pto e conclúe declarando que continuafá apugnar sempre pelos interesses- e bem estardo povo.

O sr. Barão de Marajó pede a palavra erequer que continue no dia seguinte a dis-cussao do projecto, visto ter de falar sobreelle e açhar-se a hora bastante adiantada.—E' concedido.

—Fica marcada para hoje a seguinte or-dem do dia:

Parecer da 1." commissao sobre as syno-pses das leis municipaes de S.# Miguel doGuamá e Muaná.

Continuação da 2.:l discussão do projecton. 118, sobre serviço das águas.2.:l discussão dò projecto n. 221; anullan-

do uma resolução do conselho municipal deVizeu.

3.aclitado de n. 211, sobre terras doApehú.

2.a dita do de n. 213, ponte e trápiche emOciras.

3." dita do de n. 411, sobre impostos deindustria e profissões.

2." dita dos de ns. 217, incompatibilida-des de cargos de eleições estaduaes com fe-deraes, e 465, cadeia em Gurupá.

i.» dita do de n. 215, ponte e trápiche emIrituia.

3." dita do de n.direito do Affuá.

2.a dita do de n. 205, privilegio a RaulPinto Gomes & C.a para fabrica de tintas.

202, licença ao juiz de

A CÂMARAFoi aberta a sessão á hora regimental,

sob a presidência do sr. Cypriano Santos,comparecendo 'os

srs. V. Sampaio, H. Pinhei-ro, Valente do Couto, T. Coelho, R. Santos,I. Cunha, R. Mendes, A. Watrin, Prudeiieiode Sousa, Amado da Silva, Satmento, Sala-zar, Venancio David, Amanajaz, Bartholo-meu Ferreiia, Cantidio Guimarães, AlfredoMello, Victorio de Castro, Jacyntho Morei-ra, I. Nogueira, Augusto Olympio, AdrianoMiranda e Firmo Braga.

Foi lida e approvada a acta da sessão an-terior.

EXPEDIENTE

Dois officios do Senado enviando os pro-jectos 191, d'aquella Câmara e 460, d'esta,ali regeitado.

Oílicio do sr. dr. Governador, remettendoum requerimento da Companhia Viação Fer-rea e Fluvial do Tocantins, pedindo um au-xilio para a construcçao cPuma estrada deAlcobaça á Praia da Rainha:—A's com-missões de obras publicas e fazenda.

I.a PARTE DA ORDEM DO DIA

Foi approvado o parecer da commissaode fazenda, indeferindo a petição do the-soureiro da Inspectoria das Águas.

Foram lidos e a imprimir:Parecer sobre o projecto 198 do Senado,

opinando pela sua acceitaçao.¦ Ditos, sobre os projectos dos srs. GonçaloFerreira e Cantidio Guimarães, sobre ca-cleias em Salinas e Curuçá, opinando pelasua aceitação.

Dito, indeferindo a petição de Michele eMiscione, sobre montagem de fabricas paracortumes e calçados.

Dito, indeferindo a petição de Felix Pe-dro Manoel Pantoja, pedindo para ser im-pressa no Diário Official, sua obra <¦ Estudosobre a Historia do Pará».

Dito, concluindo por um projecto autori-sando o governo a conceder o auxilio de5:0008000 a Augusto Ramos Pinheiro paraimpressão d'um segundo livro de leitura.

Projecto organisando o serviço sanitáriodo Estado.

São approvadas as redacções definitivasdos seguintes projectos, que vao ao Senado:

490—Subsidio dos membros do Congres-so para a futura legislatura ;

485—Isentando a Companhia de Mara-nhao do imposto de industrias e profissões ;.580—Auxilio á Intendencia dc Mocajubápara construcçao de uma cadeia.

São approvadas redacções para 3.» dis-cussão dos seguintes projectos :

495—Elevando á cathegoria de povoaçaoo arraial Jupary no município de Afiui ;494—Augmento de vencimentos dos em-

pregados públicos.O sr. Salazar requer que por intermédio

do poder competente sc requisite do The-somo as tabellas de vencimentos dos em-pregados da Estrada de Ferro e da Inspe-ctoria das Águas.—E' approvado sem de-bate.

O sr. J. Coelho, come membro da commis-são de obras publicas, requer prorogaçao dopraso regimental para apresentação do pa-recér sobre o projecto do Senado, relativo áconcessão de minas.—E prorogado o prasopor dez dias.

2." PAUTE ORDEM DO DIA

projecto 482, que marca o subsidio do Go-vernador, e vice-governador, com a segu in-te emenda ao art. 2. e

Em vez de um conto de réis por mez -e3008000 para representação — diga-se umconto de réis por mez e 600S00 para repre-sentaçao.

Vae á commissao de redação.E' approvado em discussão especial o

projecto 449, cadeira na Cachoeira com umaemenda do senado, para epie se procedaprimeiro áplanta e orçamento da obra.—Vaeá redação.

ORDEM DO DIA DE HOJE

i.» discussão dos projectos 192, do sena-do, obras do theatro de Santarém e 195construcçao d'uma cadeia em Baião.

496—Da câmara aposentadoria de Ale-xandre José d'Araujo.

499—Navegação entre a capital e Cacho-eira e Monsarás.

500—Concertos no asylo de alienados.3,a discussão dos de ns:384—Ponte em Almeirim.486—Cães de Óbidos-488—Auxilio a Luiz Demetrlo JuvenalTavares para impressão de 2 obras.492—Adiantamento de mil contos paraas obras da Bolsa.493—Auxilio aos municípios do Estado

para melhoramentos de suas localidades.491—Innovação do contracto da compa-

nhia do Amazonas pera a navegação atéManaus.

489—Sobre aposentadorias.

«DIÁRIO DE NOTICIAS»CAFÉ BF.IRÀO

E O

O jornnl tle grande Hmrlaçao da Amazônia '<Dia-riu de Noticias» de 20 de Abril, referindo-se 110 popu-lar «licor Boirao», para sezões, diz o seguinte:

"Ninguém veja nas nossas palavras um vão < rocia-me»,

A cousa mais seria para nós 6 a saúde do povoque alimenta o nosso modesto «Diário», alimentandotambém, com o sou suor, o thesomo publico dondesac o azeite puro lubrificar as molas do tnachinismodo listado.

A saúde do povo, pois, nos inspira o maior íntores-se, sobretudo quando se truta d'aquelles cidadfles la-boriosos que, pelas ilhas e pelos sertões, vivem lahu-tando na extracçflo da borracha e em lucta gigantecom as terríveis sezúes.

As pílulas de Capper, \An pteconisadns a principio,A se confessaram impotentes para combater ti terri-'vel mal.

Hoje, o único remédio com quo se combato efíicaz-mente as febres, e o oLicor de Café lleirao.

Milhares dc indivíduos, promptamente restabelecidoscom esse poderoso agente, tem rindo A imprensa es-pontancamente confessar a sua gratidão e reconheci-mento.

Na pharmacia do seu inventor, nesta cidade, dizem-nos que a todo o momento indivíduos de todas ai cias-ses sociaes niio cessam de pedir este maravilhoso me-dicamento,

Foi certamente uma lembrança feliz associar o qui-nino ao café, esta bebida tio querida do nosso povo,c tão útil, por si só, a saúde.Aprèssnmo-nos, pois, em levar esta bôa noticia ao

interior do Kstado, para indicar aos que alli residemum remédio Mo fácil de tomar, tâo barato o quepromptameute lestitue a saúde, trio preciosa a quemtrabíilha. (6—N

A minha carteira

E' approvado emsão o projecto 183, do

2." e passasenado,

13." discus-concedendo

um auxilio á intendencia de Alemquer paramelhoramento no littoral da cidade.São approvados em 3.»discussão os seguiu-

tes projectos:469—Auxilio á intendencia de Abeeté

para construcçao d'uma cadeia.482— Construcçao d'uma "onte em Ori-

ximiná.4y3—Ponte em Jurutv .487—Augmentando o pessoal da biblio-

theca.181—Do senado, auxilio á intendencia

de Faro para construcçao duma cadeia.A requerimento do sr. dr. Sampaio é dis-

pensado da redação o projecto ti.° 181 e de-volvido ao senado, por ter sofirido emendas;e os demais vao á commissao de redacção.

E' também approvado em y discussão o

Accordei estremunhado. De noite, con-tou-me o collega de trapeira, dei pulos e es-bravejei. Sonhei, em voz alta, e houve quemouvisse:—Elle, Mephis..., Pepino, Berti...

O meu companheiro, que é suspicaz, com-prehendeu o dilacerante pesadello. Pensavan'elle, em logar de pensar n'ella, como sue-cede a todos os mancebos solteiros.

De nada serviam as voltas na rede. Ellee sempre elle a acompanhar-me, fasendo-mecrer na metempsichose, nas almas do outromundo, etc* Elle e sempre elle, o temível.—Nao conlundir com Elles . . . os gatunos, ostaes que andam na ponta, conforme o diserpolicieiro d'uma airosa gaseta da terra.

Levantei-me. Suponho que lavei a cara.E' difficil saber essa minudencia ao certo,talfoiaatarantaçao emquemevi.Lápela ruanao passam garotos de jornaes, o que podereputar-se um desaforo. Este serviço está apedir a organisaçao d'um sindicato vigilante.

Resignei-me e saí. Encontrei-a, á gaseta.Procurei o que me interessava. Nem umapalavra. Fiquei furioso, com os nervos emebulição I

Os alvores da madrugada bruxoleavam aolonge. O sol ia alto. Corria uma aragem con-soladora. Abandonei o Ver-o-peso e seguipara a travessa do Passinho, disposto a umarevanche summaria. Entrava no alcaçar opapá da rapasiada, embuçado, mexendo eremexendo os vitreos olhos, dando-se unsares de carbonario manque'.

Tomei-lhe o passo. Papá I exclamei. Con-vido-o para meu padrinho, no duello quevou ter com o interessante rabiscador da in-teressantissima secçao Pela imprensa.

—Agradeço a deferencia, mas nao possoaceitar. Gosto de minar com os mineiros eisso mesmo na sombra. Sou inimigo de exhi-bicões perigosas, que nunca foram acon-selhadas pela prudência. Queira deseul-par-me.

—Sim, tem rasão. A sabedoria das nações,meu estimado papá, assim o ensina. Passemuito bem. Vá trabalhar e evite as transcri-pções, porque quem tem telhados de vi-dro .. .

Escolherei outros padrinhos, disse de mimpara mim. Está dito.—Escrevi aos illustressenadores Abreu e Fulgencio, que certamen-te accederao ao meu rogo. E' uma obra decaridade, antes de ser um acto de justiça. Esobrescriptei a missiva—peremptória,' de-cisiva.

Eu ou elle I—A Folha, no seu importante serviço te-

Iegraphico de hontem—o adjectivo é do ge-rente—, communica ao respeitável publico oseguinte;—«O governo (tle Lisboa) pediuautorisaçao ás cortes para seguir para asilhas de Cabo Verde».

Nao sei quando é que esta gente ha dotomar tento na bola. Sao reincidentes ! Nemas alfinetadas bertinaceas endireitam os ra-pases 1 Apre, que é demais!

So estivéssemos em carnaval, vade. Mas aquadra é seria e o deboche está interdicto.Pois os senhores acreditam que o ministériode s. m. f., quando o fiserem dar ás gambiaspara Cabo Verde ou Pico de Regalados, irápedir licença á creadagem parlamentar ? In-genuos!

O mais rasoavel é inclinarmo-nos para asaptidões cháradisticas do correspondente.Essa monomania ha de curar-se. Quem nãotem que faser—faz colheres. Isso de decifrarenigmas é ali com o meu encravado amigoBertino, que acaba de mandar vir para a suabibliotheca um volume profundíssimo res-peitante á matéria.

t Cautella, sr. correspondente. Quando qui-sér mangar riirija-se ao Bertino, porque onotável homem de trotas presta-se á coisa.Basta pôr:—Emérito revislciro do PELA IM-PRENSA—Nessa. Não erra a morada.—Um homem de idéas praticas. O sr. F.Cuypers, fabricante de instrumentos emHaya, construiu um novo tipo de harmo-nium, que pode ser utilisado como secretáriae como armário pura guardar livros,

Ora aqui ao lado, paredes meias com aredacção, toca todos os dias e todas as noi-tes um desalmado maçador. O Sousa, im-pülsionado pelos maus fígados que todos lheconhecem, já planeou matar o divertido lio-mem. E' questão de o apanhar a geito. OEladio, com uma paciência de Job, entretem-se a redigir um requerimento ao chefe depolicia, que termina por pedir providenciasenérgicas—arrojo de que elle próprio estáadmirado. O Enéas, como fiel da balança,ri-se.^O Firmo jurou mascarra-lo, se o toca-dor fôr branco, com a cinza do charuto. Eassim suecessivamente.

Só eu peço uma remodelação em todosestes pareceres, impressos e por imprimir—e é que se inicie o beldroegas no sistema doCuypers, isto é, que aproprie o harmonium asecretária e a armário. - ¦

O Sousa, como administrador previdente,já me jurou engulir o tiro. Escreverei, d'ahiem diante, a toque de caixa, o que é de ai-tissima conveniência para o leitor. A musi-cata, niesmo de pifaro, inspira muitíssimo.

—O Sousa Bastos chegou ante-hontem aestes adustos logares. Olhe lá:—Você trazboas mulheres ? . . . Ponha isso em pratoslimpos.

n.-PEPiNo.

P. S.—O apepinado esgaratujador do Pelaimprensa accentuou hontem que se tinha me-tamorphoseado em gato,—pois desconcertouo maioral e a arraia miúda da Folha com umleve arranhaosinho. (Havia de ter pilhériaum leve arranhaosao!).

(Isso de maioral aplica-se ao jesuitismoi" Eca em casa tudo é livre-pensador. Subenten-de-se:—maioral é como quem diz o chefeou seja, numa folha local, o querido mestre.

EU faço parte da arraia miúda e tenhomuita honra n'isso, como regouga no Sal ePimenta a velhota miguclista. Não obstanteessa circunstancia, que influo um tudo-riàda,eu, se fosse consultado, nao apoiaria a res-posta dada ao curiosissimo fabricador do Pilaimprensa.

Do alto dos meus óculos, empunhando.umlenço tabaqueiro, opinaria pela troça, pelopagode. Espantei-me deveras por terem to-mado o Bertino a serio I Este remorso ha deabalar eternamente, a consciência de quemescreveu aquellas graves linhas. !''

Tomarem o Mephisto sisudamente,! . . .Uomessn cá me fica 1

B. p.

ECHOS E NOTICIAS

Quasi todos, se nao todos os congressistasjá assignaram um manifesto ao eleitorado,levantando a candidatura do dr. Pass'deCarvalho ao governo do Estado.

I fD Si :• :¦ l/jHontem ao meio-dia, Juvcntino Pereira

da-Silva, trabalhador da lancha Amara, eManoel Paulo de Oliveira, trabalhador dotrápiche Lloyd Brazileiro, travaram-se de ra-zões por causa de uma prancha que estavacollocada na proa da mesma lancha, resul-tando da altercaçao e lucta que tiverao sahirferido Juventino Pereira da Silva.

José de Oliveira da Silva, morador em umquarto á Avenida da Republica, vae queixar-se ao sr. chefe de segurança, de que é dia-tiamente aggredido por seus visinhos.

Tirou passaporte hontem na chefia de se-gurança publica o sr. Fortunato Alves deSousa Júnior, que se destina á Europa.

José Luiz Pimenta prestou affii-mação docargo de subprefeito de Barcarena, hontem,na secretaria de policia,

Hoje ha sessão ordinária na Junta Com-mercial de Belém.

Amanha á noitesahirá para Chaves o pa-quete Rio Ituxy.

Etelvino Nery da Silva, tenente AlfredoJuliano C. de Macedo e Santiago Pereira deMacedo, testemunhas de vista do assassina-to de José Gomes Duarte, á rua DiogoMova, forao inquiridas hontem pelo subpre-feito de Nazáreth acerca do mesmo facto,assim como foi tomado novo auto de pergun-tas ao aceusado Bento José Martins.

Amanha continua a inquirição de teste-munhas.

O bond chapa 62, que descia de BaptistaCampos, ás 8 i[2 da manha de hontem, com-pletamente vasio e em disparada, nao quizparar para um passageiro que o esperava, árua Conselheiro Furtado,

Vae com vista ádirectoriada mesma com-panhia.

Ao bacharel João Evangelista de SousaFranco, juiz de direito de Muaná, foram con-cedidos 30 dias de licença, para tratar desua saúde.

O dr. chefe de segurança officicu ao pre-feito de Porto de Móz, no sentido de ser en-tregue o menor Fortunato Mello que se achaem casa de Moysés Bemiára, no lugar t?<j«-Ira-martf, no Rio Xingu, ao seu tio SalomãoCohen.

Os autos de demarcação de terras de Fir-mino Euclides da Silva, Francisco Gomes daSilva e Ernesto José Rosa, no município deBragança, foram ao chefe de secçao de ter-jras e colonísação para examinar e dar parei :cer.

O sr. director das Obras Publicas, Terrase Colonisação despachou os requerimentosde:

—Izabel Bezerra Cavalcante,—Diga o che-fe de secçao de terras e colonisação.

—Manoel Faustino das Neves.—Diga ochefe de secçao de obras.

—Maria Augusta e outras.—Como reque-rem. „

—Emílio A. C. Martins e Antônio de S.Ferreira.—Certifique-se.

A s 11 horas da manha de hontem, umacarroça á rua 13 de Maio, deu de encontroaolampcao 281 da Companhia do Gaz Pa-racnse, jogando-o de encontro á janella doprédio onde está installado o hotel Colombo.

Alguns fragmentos de vidro do lampeàoattingiram o rosto de um moço filho do sr.João Luiz Gonçalves, que n'essa oceasiao ai-moçava, ficando ferido levemente no rosto.

A's 3 lu ras da madrugada de hontem, árua de Cametá, em casa do patrão da Alfan-dega Emigdio José Gregorio, os gatuno-,aproveitando a ausência deste que se achavaem serviço de sua profissão, penetraram ali ode lá zarparam com toda roupa que se acha-va em um cabido cm um quarto, onde seachava doi miúdo a companheira de Emi-gdio.

A policia nio teve conhecimento do facto,

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Folha do Norte—19 de Março de 1896

Amanha, ás 7 horas, na igreja de Naza-reth, o nosso amigo Lòurenço Pinto deSam-paio, mandará rezar uma missa pwr alma deseu irmão Alberto Pinto de Sampaio; falleci-do a 13 do corrente.

Para Lisboa o Liverpool,sahirá hoje o va-por inglez Lisbonense.

Osr. Lòurenço Pinto de Sampaio, oIKcialexterno da policia, já dou ordens ao empre-gado Viegas, a qno nos referimos hontem, nosentido de nos serem fornecidas todas as no-tas concernentes ao sou expediente,

O Gregoty, para New-York, partirá hojeá tarde.

Sahe amanha para a Europa o Obidense.

¦Reassumio o exercicio do cargo de juiz dedireito de Ponta de Pedras, o dr. João Leo-vegildo Branco Pinheiro.

Foram justificadas as faltas que, de i.° a27 de Fevereiro, deu a adjunta da escolade Joanncs, Hénriqüeta Pereira Lima.

Maridou-se pagar a Vite Weil! & C.a, deParis, 837JH. 50, proveniente de mercadoriasque forneceram á Repartição de Saude doEstado, até o corrente mez.-.

Ao Thesouro do Estado declarou-se que,tendo sido d': engenheiro Ignacio Baptista deMoura designado para, em commissao, exa-minar as condições do Burgo Itacaynas, deixaporisso de perceber os vencimentos que lhecompetem como lente da cadeira de ari-thmetica do Lyceu Paraense.

Foi marcado o dia 20 de Abril vindouro,para proceder-se no município de Mocajuba,á eleição de dois vogaes que têm de preen-cher o Conselho Municipal, em virtude daelevação da sede á cathegoria de cidade.

O dr. Serzedello Corrêa já se acha em via-gem de Manaus para esta capital.

S. exc. em sua passagem por Santarém,Monte-Alegre e Alémquer, recebeo as maisinequívocas provas de demonstração de apre-ço e consideração, por parte da populaçãocTaquellas cidades.' ;

Imponentes festejos realisaram-se em hon-ra ao illustre itinerante;

Pelo guarda municipal Floriano da Cama-va foi imposta a multa de 20S000 a AntônioFerreirai' por infracção do art. 54 do Cod. dePost. Municipal.

Manoel. Mendes Santos foi multado em608000 pelo ajudante do inspector geral, porinfracção do art. 240 § 2.0 do Cod. de Post.Municipal: •

O conduetor da chapa n. 2, bond n. 12 daI.a linha,que'; descia de Nazareth hontem, ásü horas da tarde, parou cerca de 5 minutosem frente á Pharmacia Minerva, para man-dar um menor ao largo de SanfAnna com-prar tabaco.

O sr. dr. Lúcio Amaral bem podia cphibiresses abusos.

Diz o proloquio popular: o teu inimigo é ooflicial do teu officio. Ninguém melhor pódcnffirmar esta verdade que o Joaquim de Pi-nho, dono da catraia Estrella do Norte, quoteve a cara amarrotada de sopapos por umcollega, invejoso dè ter aquelle tomado a esteum passageiro que vinha do D. Maria paraterra.

O capitão Mattos, que se achava na Guar-da-Moria, de onde presenciou a bellicosascena, fez recolher o olfendido a S. José, nãofazendo o mesmo ao ággressor, por ter dadoás de Villa Diogo.

Para o paciente, é o caso: depois de que-da . . ,

José Serodio, Amadeu Amandio Vasconcel-los, dr. Vicente Miranda, G. Th. Bartolomeu,Eduardo Roiz Serc-jo c João dos Santos Mon-teiro, á ré e 24 de 3.a classe.

—Vindos no vapor Mafqltès Valente, doJu-ruá e portos de escala : .,-

José Fernandes Valente, J. D. Martins Ju-pior, Brauliò F. de Carvalho, Maria S. Co-qüciro Cajueiro, Francisco V. de Sousa, Jo-scpliãjA'. do Sousa Santos, Maria L. de Sou-sa Bicado, Raymundo Eugênio, José Alexan-dro, Maria da Conceição, Thoodoro José doSousa, firmino Dnriiãscenò, Luisa L. Da-masceno, Pio A. Veiga, Martinho Franco,José Fernandes Sobrinho, Vicente P. daSil-va, Felicidade A. da Silva, Justiniano Espi-nosa, Antônio Quadros, Antônio Evangelis-ta, Carlos Mullor, B. Muller, Antônio Muller,Manoel Fernandes, Luiz Pereira, F. Pereira,Manoel J. dos Santos, á ré 040 de 3.aclassc.

—Idos para Manaos, no S. Salvador :Euphrosino de Aragao, Sophia Mello,

Edmundo Solheiro, Abel Quadros, CarlosOliveira, Maria A. da Conceição, IvlanoelGonçalves Bastos Júnior, Caroliriò A.Dutra,Pedro Pinheiro Bastos, Antônio B. Ribeiro,Francisco Lima, á ré e 81 de 3." classe.

; seguintes ma-

para Lisboa c

New-Vurk, ás

I|2

O Correio d'este listado expede aIas:

//o/r.—Pelo vnpoii inglez Lisbonense,Liverpuol ;is 8 horas damanhfl.

—Pelo vapor inglez GVegoty, para8 horas dn manha.

—Pelo vapor «JiitüLy», para o Atosqueiro,horas da tarde.

—Pelo vapor «Tucunaró», para o Pinheiro, ás 4 ho-ras da tarde.

—Pelo vavor Brazil, para Maranhílo, Amarração,Parnahyba, Rio Grande do Xontc, Parahyba, Per-nambuco, Alagoas. líalua, Sergipe; Victoria, S. Pau-Io e Rio, de Janeiro, ás 3 \\\ horas da tarde.

—Pelo vapor Ourem, para 5l Domingos, ,S. Miguel,c Outem. ás 10 horas do dia.

As correspondências destinadas ás malas acima•annunciadas serão recebidas do mudo seguinte :

Cartas, cartas-bilhetes o bilhetes postaes ató meiahora antes da entrega das malas; depois deste prasoo porte será duplo, c, se taes objectos forem apresen-tados á ultima hora, ficarão sujeitos ao triplo da taxaordinária que lhes e estabelecida.

Os jornaes, impressos, manuscriptos e amostras se-vão recebidas ate uma hora antes da entrega das malas.

* *O porte duplo das cartas bilhetes e dos bilhetes pos-

taes podo,ser completado por meio de sellos adhe*sivoa (ordinários).

Rendas publicasRECEBEDORIA

Do dia 1 a 17:Caixa ElTcctiva i72:68i$36o.

Depósitos:Dolsa i.o34$o86Fundo Escolar 158JJ000Foros do Finhoírc 23J710

173:8975165INTENDENCIAS

Da Capital 33M94Í700Do Interior 30:501*050

U3:985?75°ALFÂNDEGA

De 2 a 17 do corrente 953:^96*525?Hontem . 48:070^384

Total 901:3665036Em egual período de 1895 .... 724:2665386

Diffcrenca para mais neste exercicio, . 177:1605150Dá-se informações na agencia Furtado, á rua 13 de

Maio, n. 73.

NECROLOGIA

Foram estes os despachos dados hontempelo Thesouro ás petições de,;

Dr. Eladio de Amorim Lima.—Pago osello da certidão, entregue-se ao interessado.

—Dezembargadpr Arminio Adolpho daPonte e Sousa e Esmeraldo Antônio de Mo-raes.—Em junta.—Antônio Juliano do Espirito-Santo.—Como requer.

—Leopoldino José Lopes Damasceno.—A' Contadoria para arbitrar.

—Corrêa da Silva & C.a—Informem comrgencia a Contadoria.

—Daniel Rodrigues de Sousa.—Informea. Contadoria.

—Joaquim Nazareth de Sousa.—Como re-quer.

Sobre o pretenso movimento anti-semitaem Gurupá vimos hontem um telegrammado sr. Maximiano Rabello ao sr. dr. Cypria-no Santos, onde lia-se o seguinte:—Garantonada haver sobre expulsão hebraicos.

Do rio Javary regressou hontem a BelémO sr. José Fernandes Valente, da firma Mar-quês, Valente & C.a

S. s. veio enfermo.

O Diatio Ojftcial estampou hontem o de-creto i8o, que proroga o praso marcado,para o inicio dos trabalhos da exploração deminas em Monte-Alegre, a Adam Benaion.

Os srs. Francisco de Araújo Cerqueira Li-ma e Joaquim B. Camacho requereram na-turalisaçâo já tendo suas petições encafni-Jlhadas ao governo da União.

Vae ser aberta a estrada de rodagem en-tre a cidade de Bragança e a povoaçao deS. José do Gurupy.

Pelo Diatio Ofjicial da hoje é convidado osr. Antônio Moreiro Coelho de Castro a re-ceber, na secretaria do governo, sua carta denaturalisação.

Na repartição dehontem 43 pessoas.

saude vaccinaram-se

O dr. NunoBaena seguio hontem, no tremda tarde da estrada de ferro, até o Apehu,afim de transportar-se d'ahi ao Inhangapy etomar conheaimento dos casos de varíola jánoticiados.

¦ Na 4.a secçSo do correio acha-se retido,por nao estar sellado, um masso de jornaespara Natal, dirigido ao capitão Luciano Se-queira Filgueira.

' Passageiros vindos no Lisbonense, do Cea-rá e Maranhão.:

Augusto Nogueira Queiroz, Francisca N.Queiroz, Maria de Jesus á ré e 269 de 3."classe.

—Idos para New-York e porto no D. Ma-ria :¦

José Teixeira Guimarães, Domingos JoséFerreira, José Maria Corrêa, Antônio Pache-co Barros, Francisco Bolonha, Antônio Pe-leira do Amaral, Alexandre José da Cruz

Sepultaram-se:

Joaquim Raymundo dos Santos, 25 annos,filiação ignorada, cearense, branco, solteiro;tysica-pulmonar.

—Raynumdo Nonnato da Cunha, 20 an-nos, filho de Maria Eduardo da Costa, pa-raense, branco, solteiro; febres.

—Maria Rosa Fernandes, 7 mezes e 4 dias,filha de Maria Fernandes, paraense, parda;dentição.

—Rufina Maria da Conceição, 80 annos,,filha de Maria do Carmo, maranhense, pre-ta, solteira; lesão valanar.

—José Ferreira de Macedo Júnior, I meze 26 dias, filho de José Ferreira de Macedo,paraense, branco; enterite.

—Cecilia Alves da Luz, 3 mezes e 15 dias,filha de Manoel José da Luz, paraense, par-da; tétano.

—Izabel de Lima Ferreira, I anno, 10mezes e 15 dias, filha de Rosa Aritonia deLima Ferreira, paraense, branca; nephisteparenchematoso. «—Francisco Tavares Franco, 41 annos, fi-lho de Ildefonso Tavares Franco, cearense,branco, solteiro; insufiiciencia mitral.

CAFÉ CENTRALKO o:ra.Jfe±"fco,:r ia,

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Encarregem-se de fornecer com brevidade c esmeroas eneommendas do toda a qn.ilicl.-idc do bolos, docesaosim como bandejas sortida2 para reuniões, bailescto.

Preparam-se almoços, jantares e ccias,

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ESPECIALIDADE EM LICORESLargo do Sant.'Annn — Canto da rua da Trindade.

PUBLICAÇÕES A PEDIDO

Chicaua. commercialHontem uma casa. commercial d'aqui

comprou em leilão um lote de 2.200 hecto-litros de castanha a 173200, e a pretexto denão ser igual á amostra exposta no acto doleilão, quando estava de accordo, como foivisto por difTerent.es cavalheiros, regeitou-a,comprando-a pouco depois a 168,550.

E' escusado dizer que a seriedade nãoassistiu a esse acto.

l>esi»c«li«1aJoaquim Nunes da Silva Matta, retirando-

se temporariamente, despede-se de todosseus amigos, pedindo desculpa de o não fa-zer pessoalmente, por lh'o não permittir o seuestado de saúde e pfferece o seu illimitadoprestimò em Lisboa.

Pará, 17 de março de tSoú, ./;

w- Âí\\ EsJ,<-'c",0° <'"« liillaniriinçfloii

.l-!iUL. c corrlrnentos das mucosas, ro-cèrites ou chronicos. nos homens ou nas senhoras,

in 1 n 1 m n rr i _

ÍYtí1. Guilherme Antônio Pereira Feioseus irmãos, cunhados, filhos e so-brinhos convidam as pessoas de suaamizade para assistirem á missa quemandam resar na cathedral, ás 7 ho-

rus da manhã do dia 20 do corrente, pri-meiro aniversário do fallecimento de suasempre lembrada mãe, dona Justina Feio, eantecipam seus agradecimentos.

Para, 17 de março de 1896. (2

Despeito!!O dr. chefe de segurança ( publica, feliz-

mente, não éo que julgam alguns beocios,que, por qualquer annuncio ou cousa que ovalha, vá ou mande perseguir a quem querque seja,' sem primeiro informar-se da ver-dade.

Referimo-nos a uma publicação estampa-da na Piovincia de hontem, assignada pelosprejudicados que, ao que parece, entende-secom a sra. Carmina Costa, dando-lhe títulosque não merece.

E' muito fácil qualquer pessoa publicar oque quer que seja contra este ou aquelle,tendo afivelada na cara a mascara do ano-nymo, como vieram Os prejudicados, quenem ao menos tiveram a coragem dcassignar-se.

Nós fisemos esta publicação espontânea,para defender a qwim traçoeiramente éatacada, sèm comtudo merecer.

Belém—18—Março—96

Alguns visinhos.¦—*^— i» iflr> ¦ lllll—1-

EDITAES

1 Jansen | Pereira, Juiz do Direito do Or-comarca da capital ,do Estado do Paia,

PROCISSÃODO SR. BOM JESUS DA CANNA VERDE

De ordem do sr. presidente da Sociedadedo Senhor Bom Jesus da Canna Verde con-vido todos os sócios, sócias e fieis devotosda mesma imagem para a procissão, queterá lugar sexta-feira, 20'do corrente, ás 4horas da tarde, da igreja da Sé.

Será oecupada a cadeira sagrada pelosdislinetos oradores drs. conego Maneio Ri-beiro e monsenhor Amancio de Miranda.

Fará o seguinte transito: Rua do Espirito-Santo, travessa dos Ferreiros, rua do Dr.Malcher, travessa da Atalaia, rua de S. João,estrada de S. José, rua Nova de SanfAnna,rua da Trindade^ rua 13 de Maio, travessodo Passinho, rua do Conselheiro João Alfre-do, calçada do Collegio até a igreja,

Pará, ió de'Março de 1896.Francisco X. d'Andrade.

• I 2.0 Secretario.—^—¦ ¦»« ¦¦¦¦

Popular Agencia de LoteriasLISTA GERAL dos prêmios da 631." LOTERIA

NACIONAL, extrahida cm 17 de Março do 1896.

NÚMEROS

4*15155272300367246987

138901709.)

21761

PRÊMIOS

2o:ooo$ooo4:000^0002Í000SüC0

5ÒOJ009500S0005oo$ooo500S000

PRÊMIOS DE 400J0006389, I.JI09, 14202, lôollj 2205S550l

247Ó1.Pr/EMIOS DÉ 200S000

349-li 73i8. 9817. 10706, 138.14, 14762,19297, 20493, 22108.

PRÊMIOS DF. rooíooo

730, .2858, 3106, 8992, 9244, 10590,12150, 14662, 15336, 16573, 18453, 20478,21679, 22496, 24252. 24395.

APPROXIMAÇOliS

19015.

II249,21106,

48141552623002

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4801 a 4900 De 15501 a 15600 , . . . .De 23001 a 23100 . . . . ,

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meros terminados em 5 5S000,

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CURA DO PEITORAL DE CAMBARÁ

Trinta annos contados do sorírlmctitos, oucaslorindospur uma terrível bronchito, haviam justamente ilesani.tnado o respeitável ancião dr. Jo.lo Coelho do Queiroz,quando, por uma feliz inspiração, resolveu experimentalo «Peitoral de Cambar.-! a de Souza Soares, que cm pou-co tempo restituiu-lhe a saude perdida!

Os agentes, Rodrigues Vidigal & C". (7-^—¦—B^KP> O WBMÊOQB

DartroM, emfiiigeiiM e herjpe.sOS IJAKTROS SIÍCCOS OU HUM1D0S nos pés ou n'ou-

tro logai, c as empigens o herpes, são uma doençalocal o por isso fuceis de curar sem o uso tle depura-tivos. O único medicamento quo se pode üzar paracsac fim, seguro, rápido o cfficaz, é o Dermol, Todosque usam o Dermol apregoam os seus bons effeitos.

ÍNFLÃMMAÇÃO vo UTIiRO

_ A I.ECOIRRHIÍA K INITAIIMAÇÀO 110 UTEitO, prin-cipalmente sendo antigas, so podem ser curadas comBlenol, que ú um especifico para estas doenças.

FÍGADO, ESTÔMAGO E INTESTINOS

SE- TENDES KASTlõ ou amargures de bocea o lon-turas e quereis evitar as febres ou curar as irrcgulari-dades do estômago, ligado o entesfnos, tomai a AgitaCruz Vermelha, único porgunte que deve ser usadonos climas quentes, segundo as theorias do grando me-dico dr. Bourggraevc.

Caloria a Ueias nas alturas!-lllm. sr. Marciano Iicirao.— Tantas e tão repeti,

das manifestações do apreço publicadas acerca doseu afamado —CAFÉ 1IE1R.ÃO —me demoveram acomprar-lhe um vidro d'ellc. Estou velho, meu ami-go, e, com franqueza não soa muito crente no quedizem os jornaes em favor d'este ou d'aqncllo remediopara curar toda e qualquer enfermidade; força porém,ó confessar que o seu CAFÉ DFIRAO esta, em mi-nha humilde opinião, além do todo o elogio.

«Eu mesmo loniei-oj nesta nossa coso, na do muitaspessoas do meu conhecimento, principalmente .na dealgumas que o não pedem comprar, ellc, o—CAFÉHEIRAO—tem sempre dehellado os febres mais inten-sas; é por isso quo o tenho sempre comprado o cons-tantemente o inculco como o melhor remedio que co-nheço para as febres. Se o meu amigo achar convém-e ite, pede juntar este meu insignificante testemunhodu reconhecimento ás muitas o valiosas provas do quecom toda a justiça se lhe tem dado. Com estima ogratidão mo subscrevo —De v. s. amigo dedicadoservo—Padre Julião Joaquim d'Abreu. —Reconheçoverdadeira a assignatuia supra—O tabelliao.— Thco-dosio ÍMcerda Chermont.

'Pará, 29 de Julho de 1890». (2 P""^WH^OslKHB^ta- ¦

Surprcheudeiite !Pinheiro, 20 de Fevereiio de

/////(. cidadão sr1896.. Blpidio da Cosia.

Cumprimento.vos respeitosamente desejando-vos e iexm' familia, os melhores bens da vida.PcrmiUi-me a liberdade que tomo cm dirigir-vos a

presente, que tem porfinl nSo só patentear-vos a gra-tidão de que me acho possuído pelos vossos serviçoscuidadosamente dispensados a meu innocenle RljiinhoJosé, durante quatro dias quo guardou o leito, aca-brunhado pela forte febre o tympanito do que foiaccommettido ; como também para attostar-vos quo ovosso «Licor d'Aucalyptos Elpidio., é, incontestável-mente, um prompto debellador de «o tcmivel mal.

Ar.ccitac ós meus cordiaes agradecimentos e dis-ponde de quem com satisfação assigna-se vosso. Am".Respeitador Agradccdo, José Agodinho Pereira Dal-lio—(Está reconhecida a assignatura pelo tabclliãoGama.l ,

CStamineí. Único que podeaer freqüentado pelas Exms. familias.

O Dr. Bruiphàos daetc.Faço saber aos que o presente edital virem, indo

por mim assignado, que a requerimento dó D. MariaIzabel Klautau Ruiz, na qualidade do tutora, mãe deseu filho menor Alberto Ruiz, irá á praça a porta dasala das audiências no palacete do Estado, ás 11 ho-ras da manhã dos dias 12, ig e 26 do corrente, oimmovel abaixo declarado, pertencente ao referidomenor, a saber:

Casa térrea numero quinze, situada na travessa deS. Antônio, com 6"'.25 de frento o 26"',<jm do fundos,edificado sobre paredes do enchimento de madeira eterra, contendo sala, alcova, cosinha o quintal, ladri-lhado até a alcova, ares de caibro o ripas, confinandopelo lado direito com a casa pertencente a Antônio daSilva o pela esquerda com a dé numero dézeseto, dosherdeiros da finada D. Carolina Ruiz, pelo valor de5:ooo$ooo.

A arremataçáo terá lugar impietcrivolmontc depoisdas audiências do referido dia 26 do corrente, paraquem maior lanço offerecor sobre a dita venda, sendoque em falta de audiência"'nesse dia, será na primeirado Juiz que succcder-sc. t

O arrematante pagará A banca o preço da arrema-tação ou dará fiador idôneo, bem assim por inteiro osdireitos estaduacs o municipaes, as custas do Juizo como processo da arremataçáo.

E para quo chegue ao conhecimento de todos, sopassou o presente edital o mais dois do igual theor,que será um publicado pela imprensa o outro afiixadono lugar do costume.

Dado e passado nesta cidade do Belém, capita!Estado do Tara, aos 7 dias do mez de Março de 1Eu, Aniceto F. da Gama MalchiBruno Jansen Pereira.

Resumo de cargasDo

ks. deMnranlíno entrou o vapormilho, 573 ses. de farinha

Kathlett, com 5800; 33° "°is.

A lancha SanfAnna, do Igarapé-mirv, trouxe bor-racha 2057 Ia. cachaça 14208 litros, cacáo 1906 ks.azeite .|2 latas, mel .|o potes, castanhas 50 hectolitros.farinha 2H alqueires e couros 26,

Do rio Javary, o \&\\o\ Matques Valente, com; bor-racha tina 15942 ks. sernamby 2719S ditos, caucho64222 ditos, mixira ?.X latas.

I )c Santa Julia o v.-ípirl Ácafdh cacáo 55015 kilos,peixe Z5322 ditos, borracha 2356 ditos, caucho 179'ditos, castanhas 2204 hect, cumaru 62 kilos, óleo 18latas, guaraná 265 kilos, ucuúba .)2 ditos, couros 124cavallo 1.

De uma armarão envidraçada, umadila iiu/leza, um balcão, calçados,

roupas feita», broches, ceroulase mais mercadoria'.:

1SAÍBA1S CEAMEMSSE

1 doarco de 1896.

escrivão o escrevi,(2-A

Com o seguinte carregamento entrouMiguel, das Ilhas, borracha 2489 kilos.

lancha .S",

Mercadorias importadasCARGA do vapor Kalhlcn, do Maranhão:

Cerqueira Lima o c, milho 58000 kilos, farinhases. Coelho, Bezerra e <:. bois 330. ;

573

rua ita /ttdustriãO preposto tio ;i

armação de cedroros, uma dita Íng!icamisas de ilam-ll.i, zoopara rapazes, cobertores do lã, brocceroulas de malha o uma infinidadeestarão expostos do acto do leilão.

Mão se retira lote.—A's 2 iioras.

Croutc do Banco de delito Popularente. Adolpho, fará leilão, de umalividraçada composta de sete filei-a. um balcão, temos de eaSemira,

pares do sapatos e botinase,s, quinquilharias,'de aitigos que

brilhantesle Maio, d.

O Doutor Bruno Jansen Pereira, Juiz de Direito deOrphãos da capital do Estado do Pará, etc.Faço saber aos que o presente edital virem indo

por mim assignado, que irá á praça, A porta da saladas audiências, no palacete do Estado, íls n horasda manhã dos dias 12, 19 e 26 do corrente, o arren-damento dos prédios números 50 o 51, situados 110Arrayal do Nazareth, pertencentes ás orphás Etelvina,America e Aurora Pinto dos Reis, filhas legitimas dofinado Silvestre Pinto dos Reis, sob as condições se-guintes:

'•"—O arrendamento será por espaço do 3 annoscontados da data da arremataçáo o pagos em presta-ção trimestraes, adiantadas', dando o arrematante fiadoridôneo.

2/— O locataiio é obrigado a pagar o imposto dedécimas urbanas e a segurar os prédios, sendo o donumero 50 por 15:0005000 e o de 51 por 2o:ooo£ooo,tudo á sua custa e sem indemnisação alguma.

3."—O locatário ó obrigado por todos os pequenosconcertos e reparos necessários á conservação o asscíodos prédios, assim como a trazer os quintaes limpos obem tratar das arvores fractiferas o mais plantas, de-vçcdo neste estado entregar os prédios e terrenos semdireito a sndeinnisação alguma, nilo podendo alterar aactual divisão dos mesmos, mas poderá fazer as bem-reitorias á sua commodidade, ficando estas no fim dopraso pertencentes ás referidas menores sem obrigaçãode indemnisação alguma.

4-"—O locatário só poderá sublocar parte ou trans-ferir esto contracto cora consentimento expresso destejuiso.

5.°—O presente arrendamento será mantido ató ofim do praso não podendo o locatário ser despejado,salvo infhicçilo de qualquer cláusula ou falta de pa-gamento dos alugueis.

A arremataçáo terá logar imprcterivelmcnto depoisda audiência do dia 26 do corrente, por quem maisder ou maior vantagem oftcrecer, sendo que na faltade audiência nesse dia será na primeira do juizo quosouceeder-se.

O arrematante pagará á banca as despezas do juizocom o processo da arremataçáo e custas da mesma.E para constar se passou o presente o mais dois do

igual theor quo será um publicado pela imprensa eoutro affixado no logar do costume".

Dado e passado em Belém do Pani aos 10 dias domez de Março do 1896. Eu, Aniceto F. da GamaMalcher, escrivão o escrevi. Bruno Jansen Pereira.

. (3-B

A legitima Wew-Hoine só so vondo110 CENTRO COMERCIAL PARAENSE,do Moreira dos Santos & Comp., ÚNICOSagentes, rua 15 dn Novembro, n, 8, {3

Meti (lo Commercio18 de Março de 1896.

Mercado do CambioOs bimeos abriram a 8 314 no Rio, bai-

xanciò para 8 n\\h mercado frouxo.Telegrammas da ultimaihora dao o mer-

cado estável a 8 314 sem tendência pronun-ciada.Aqui os bancos afiixaram a tabeliã de

8 1311Ó recusando em seguida saccar pormais de 8 314. Em papel particular houvialgum movimento a 8 7[8 e 13117, fechandoo mercado com vendedores a esta taxa, ecompradores a 8 7|8,

Movimento da BolsaDia 18 até ás 3 horas da tarde.Corretor Guedes da Costa;vendas :20 acções do banco commercial do Pará,

a 128S000.

VArORES A ENTRAROriente, de Manaos, Sobrateme, da Europa, a . , , .Jhmittic, de New-York, a . . . .São Salvador, de Mandos, a • « ,

VAPORES A SAHIR

Gregoty, para New-York, ;¦Oriente, para Maranhão, aSão Salvador, para o sul, eSobratense, para Manaos, a"Dominic,

para o sul, a .

262627

19

Gêneros exportadosDESPACHOS DK HONTEM

Para I.iveapool, no vapor inglez Lisbonense,Sirig, Brock. e c, castanhas 205.) hectolitros, no va-

lor offieial de 36.218S182,Xo vapor inpjez Obidense, para o mesmo destino.

I.a Rocquo da Custa e c, borracha sernamby ygookilos. no valor oflicial do 37.758S600.Pusinclli Prusse o c, borracha fina 312S0 kilos, dita

ontrefina .(420 ditos, no valor oflicial de •233.192S.100.

Vclhote Brito o ç, borracha lina 4760 kilos, ditanntrefina 68o ditos, sernamby 3900 ditos, no valoroffidal de 5o.,|o8$68o.

La Rocquo da Costa o c, castanhas iooo hectoli-tios, no valor oflicial de 17.633S000.

Para New-York no vapor inglez Grcgory,La Rocquo da Costa e c, olco' do cupahiba S89 ki-

los, no valor de 2.6Ó7$ooo.Pusinelli Prusse tS c,. borracha fina 31450 kilos, dita

ontrefina 4250 ditos, 110 valor oflicial ile 233.192S400.Adelbert II. Alden, borracha ontrefina 3400 kilos, dita

sernamby 2860 ditos, caucho 45U0 ditos, no valoroflicial de 50.279S84Ü.

Pires Teixeira e c, borracha fina 1636 kilos, ditaontrefina 164 ditos; dita sernamby 2040 ditos, no va-lor ofTinal de 19,53^100.

O mesmo, pellcs de veado boas 2900 kilos, ditas derefugo 2800 ditos, no valor ofliciai de 9.675S000.

Os gêneros despachados anlc-hontcm dcEcriminam-soda seguinte íorma :

1'araBorracha fina . , , 295; .1Kntrefina ..... 9777Sernamby .... 18506Cacáo 37124Castanhas .... iaOs do hontom :Borracha finaEntrefina. ,Sernamby *Caucho . .Castanha .

Amazonas69.9231074433^9

2695978

8340"9563

!C0{

696369508503745001044

CARGA da Ladcha S. Miguel, procedente das Ilhascm 18 ile Março de 1896.Pedro Almeida o c, borracha 1246 kilos, R. Bento

o c, borracha 230 kilos. Cardoso Pereira e c, borra-cha 180 ditos. Motta Chuva e c, borracha 155 ditos.Tliomó de Vilhena e c, borracha 144 ditos. M. J.Santos e c, borracha 112 ditas. Cunha o c, boraeba93 ditos. José Smith Júnior e c, borracha 71 ditos.M. M. da Silva e c, borracha 58 ditos A. J. de Arau-jo e c, borracha 55 ditos. Horário R. do Lima o c,borracha 24 ditosi

CARGA ilo vapor Drandeutmrg, procedonto do Rio e.Pernambuco:J. A, Ferreira da Silva, fio d'algodão l cx; S. Cas-tro c c, 1 dita de dita, Samuel o c, 20 frds dito; Cor-rêa do Miranda o c, 1 cx dita, Bensimon & Coriat,

café 53 ses; Pacheco Borges e c, 112 ditos de dita;M. M. Nogueira o c, 200 ditos; C. R. Romariz o c,200 ditos; Santos Sobrinho o c, 81 ditos; Manoel R.d Oliveira o o, 122 ditos; João Alves do Freitas e c,280 ditos, 500 ditos de larello, Araújo e c, massas60 ses; A. F. de Oliveira e c, sal 100 ses; AlfredoBarros e c, farello 200 ses; Amaro e c, 200 ditos;Joaquim Luiz Esteves o c, 100 ditos; Manoel R. deOliveira e c, 210 ditos; João Alegria da Costa e c,milho 300 ses; E. Pinho Alves o c, 1000 ditas; C,M. da Silva o c, café 20 ses; Gonçalves de Brito e c,100 ditos: E. Pinto Alves e e, 364 ditas Freire Cas-tro c c, 30 ditos; Antônio Luiz Machado, farello 300ses; A ordem 70 ses enfe; G. Araújo e c, massas 50 cxs;Adelino Arantes o c, objectos militares 1 cx; E. P.Alves, phosphoros 20 cxs; João Alves do Freitas O' c,cognac 200 cxs, café 111 ses; Viuva Azevedo o c,phosphoro 2 cxs; C. R. Komariz o c, carne 480 cxs;.Santos Sobrinho e c, assucar 100, sabão; João Alvesde Freitas e sabão 100. cxs; Motta & Antogini, fer-ragens 1 cx; Manoel R. d'01ivcira e c, álcool 2 pipas,assucar 200 ses; Pacheco Borges o c, assucar 800vols, xarque 150 frds; E. Pinto Alves, assucar 120vols; C. R. Romariz e c, assu:>ar 200 vols, sabão 2500cxs; Joaquim L. Esteves e c, assucar vols; Pores &Vizeu, calçados I cx; Leito de Campos, assucar 210vols; A ordem, 1009 caixas.

TARIFA MUNICIPAL

município di; oriximinA

Achas de madeira, cento. . . igoooAzeite, óleo ou manteiga, litro. S020Aves, uma . §TOoBebidas ¦espirituosas, litro . , SiooBorracha, breu e caucho, kilo . SiooBagas de cumaru, kilo. . . . $100Cacau, kilo §010Carne e peixe, kilo éo25Caroço, hectolitro S200Castanha, dito 8300

$100•Ç0208200

2S000Soco8050

Couros, umEstopa e jutaycica, kilo . .Esteio, prancha, viga, uma .Gado vaceum e cavallar, umDito de outra espécie, um .Grude, kilo ,Lenha, milheiro 18000Óleo de cupahiba, litro' . , . S040Pltimas de garça, onça . . . 58000Taboas, dúzia 1S000

30S000 de multa aos carregadores e com-mandantes quando nao declarem o munici-pio no conhecimento.

HOJEDe xarque, cate, milho,

farinha secca e dita ama-rella em eofos

O preposto do agente Adolpho fará leilão, dos ge-neros acilna, no trapiche do Lloyd, vindos do sul, novapor S. Salvador, por conta e ordem dos srs. An-tonio Luiz Machado & C".—A's 8 horas.'

S>e peixeEm seguida ao leilão de genelos do sul, no trapl-

che Lloyd Brazileiro. o agente Antônio Sousa, faráleilão, no trapiche do Comnieicio, de diversas marcasdo peixe, vindos no vapor Acará, por ordem de Mel.lo & C\—A's 8 horas.

De gêneros do sulO agente Antônio Sousa, fará leilão, no trapiche

Lloyd Brazileiro, do assucar, café o xarque, PachecoBorges & C" A's 8 horas.

De xarqueNo trapiche Lloyd Brazileiro, o preposto do agente

Oliveira venderá em leilão, uma partida de xarquenovo, vindo no vapor S. Salvador, por conto dos srs.Cunha Mudiz o: Gouvoa.—A's 8 horas.

De peixePelo preposto do agente Furtado, por conta dos srs.

Araújo Vianna Si Cunha, no trapiche do Commercio.—A's 8 i[2 hoias.

De uma casa detijolinhosá rua do Bailique, n. 53O agente Sousa com ordem franca, venderá em lei-

lão, a Casa acima.Dá-se informações na agencia Furtado,—A's 4 ho-

ras.

De assucar em 1/2, 1/4 c 1/8 debarricas, café do Ceará e moka, as-

sucar cm saecas, milho e fa-rinha secea

Pcln aponte .Sousa, pur contaF. d'01ivi'ira & C, no trapíclto—A's H horas.

?. ordem dos srs. A.do Lloyd Brazileiro.

De assucar, café, xarque, milho cfarinha secea

Pelo proposto do agente Furtado, por conta de quempeitencer, no trapiche Lloyd Brasileiro.—A's 8 horas.

De peixe, farinha e tabacoPelo agente Sousa, por conta dos sis. João Alegria

da Costa & C", no trapiche do Commercio.—A's 8 liahoras.

De farinha e tabaco do GuamáPelo preposto do agente Furtado, por 'conta dos srs.

A. J. Alves & C", no trapiche do Commercio.—A'i8 i[2 horas.

De uma casa com frenteüq azuiejo

O agente Souza venderá em leilão a casa n. 53,sita á rua de S. José do Bailique pioximo no largoda Trindade, u-ndo salla alcova varanda um espaçosoquarto, cosinha c um bom quintal.

Vanda positiva ás 4 i|2 horoii

De joaias eN'ngencia Furtado, á rua 13 ile .Maio, d. 7-, pdoagente Sousa, por ordem franca dn um cavalheiro quechegou do sul, venderá em leilão, as jóias, brilhante

pedras preciosas e outras obras de ouro 'de lei, pfãtade idem, relógios americanos, etc, etc.

Vide os catálogos ijuc serão francamente destrib.ii-dos aos innumeros frequezes.O agento chama attenção aos srs. pretendentes

para esta rica collecçao de jóias que serão vendidasao correr do martello,—A's 2 horas.

DE UM PHONOGRA1'HOO agente Sousa venderá na agencia um phonogra-

pho com tndo.t os pertences.Venda positiva.—A's 2 i|z huras.

AVISOS MARÍTIMOS

VAPOR «GILBERTO»Sae para o Alto Juruá ató Valparaiso, no dia 21do corrente.Hecobe passageiros somente.Expediente no escriptorio de A. J. de Sousa & C*.

Alberto Motta <&* C."

Vapores de A. Berneaud & C.. ¦¦«RIO ITUXV-,

Sahirá para a linha do Chaves, na noite de 20 docorrente, recebendo, carga até o dia 19 no trapicheCentral onde será dado o expediente. '

Encommondas e passagens até ás 5 horas da tardodo dia da saída, 110 escriptorio de A. Berneaud &

Sahirá«ELIAS»

para a linha do Cajary na noite de ar docorrente, recebendo carga até o" dia 20, no trapicheCentral, onde será dado o expediente.

Eneommendas o passagens, ató ás 5 horas da taidndo dia da saida, no escriptorio de A. Berneaud Sc

VAPOR «BRAZIL»Segue para o Rio Acre até o Riosinho, na noite do21 do corrento mez.Recebe a carga engajada, no trapiche do CÓmrncr-

cio, até o dia 10; passagens o encommondas até ás4 horas da tarde do dia da saida, no escriptorio dosconsignatarios Ricardo José da Cruz & C*. (3

Declarações e avisos

AO CGMGVaERCilS;Foi dissolvida a sociedade que girava nesta praçasob a rasão do Serafim Luiz da Silva & C\ saindo o

sócio Serafim I.uiz da Silva ombolçado de seu capitalo lucros, ficando com o estabelecimento o responsávelpelo activo e passivo, os socins abaixo lissigllados, soba firma de Gonçalves ec Baptista.

Pará, 14 do Março do 1896.Vicente Dias fiaflista.Bernardino Gonçalves Chaminé.

Companhia de Sopros Colmercial do Pará:'ado dia

manhã ásU|UI rela-

No escriptorio desta Companhia pagar-se-;20 do corrente em diante, das 10 hoias da1 da tarde, o 15o dividendo, á razão dotívo ao ultimo semestre,

Bolem, 14 de Março do 1B56.Os directores :

Visconde de S. Domingos.Bernardo Ferreira d'Oliveira.

José Marques Braga. (5

Eu^ abaixo assignado, único responsável da firmaFerreira Leal & C", retirando-se temporariamente paraPoitugal, declara ao respeitável corpo commercial emgeral, que deixa como seus procui adores para tratar detodos os seus negócios, tanto commerciaes como par-ticulares os srs. Joaquim Ferreira Dias, Manoel An-tonio Ennea da Rocha e Antônio Centeio Lopes, comoconsta da procuração lavrada nas notas do tabelliaoJ. Gama, nesta data.

Pará 18 de Março de 1896.— José Ferreira DiasLeal (2

AVISOS ESPECIAES

AO PUBLICOCompanhia Urbana de E. F, ParaenseTendo apparecido na circulação bilhetes

d'esta Companhia falsificados (a falsificaçãoé grosseira) a Companhia, com annuenciadosr. dr. chefe de Segurança, declara que naoreceberá mais nos bonds, do dia 30 do cor-rente em diante, os bilhetes da emissão actual.Estes bilhetes serão trocados desde já em asua estação Central em Nazareth e no Idos-que grande da praça da Independência.

Pede desculpa ao publico d'esta sua reso-luçao, que é determinada no intetesse daordem publica. (3

Pará, 16 de Março de 1896.Os Directores,

Jiilli/io A. de Castro Martins.ÍMiin preittw de Amaral.

João B. BcckmaHH,

ALFAFAVende-se 12 fardos de alfáfa rleluformações com o agente Costa

sa Campos Salles, n. 20, telephone

boa qualidade.Bcninca, A traves-n. 228. (10

Armação e balcão para botequimXo escriptorio do agente Adolpho. .1 rua 1 ( de

Maio, n. 67 A, informa-se quem vende por preço b.i-ratissimo, uma armação e balcão, próprios para bole-quim.

COLLEGIO MINERVASob a direção dos professores normalislas

Octavio Pires e Augusto PinheiroReabre suas aulas no dia 7 de Janeiro. Estabeleci-

mento de instmevão primaria c secundaria,Recebe nlumnos iiUtinos, v mi-intrruos e externos.Attendcndo a instantes pedidos de diversas pais do

familia, resolvemos fazer continuar a fiuiccionar ocurso secnndario, cujas cadeiras serão confiadas assmesmos professores.

TELEPHOXE X. 1570

Palacete srto á Estr.sda de S. Br\n n. 84-Retratos ampliadosA agencia Furtado, á rua 13 de Maio, n. 73, in.forma quem manda vir directamento d'Aracrica, ro-tratos ampliados, cravou, pastel o aquarelas, cm ta.manhos naturaes, por preços reduzidos e scwnte coa2 metes, de demora, ,,

Page 4: TÓPICOS DO DIA- PELO EXTRANGEIROmemoria.bn.br/pdf/101575/per101575_1896_00079.pdf · ,ÀHAC1 Cl *r*/pQ} fl';í «>í'U.': ••-¦¦•..1ikV;

4 Folha do Norte—19 de Março de 1896

Poiteiml do wÊÊi J^^2 '$355) ^^ 2"2ft^BÜS,^^í IbSk Oc?mp@@to"Vx3.1g^a,x-zxx^xx-te conb.ecid.o por-PEITORAL I 'RODIGIOSO

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DÍRECTOR GERAL:J. Sanchez.

DTRECTORES:A. DarlotJ. WallcrsleinA. Sanchez

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CONSELHO FSICAL:

Dr. Sancho de Barros Pimenlel, Dr. Nuno de Andrade,e Dr. Oito Raulino. *

Paru mais informações, dirigir-se a

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Estadual do Pará: Premiados com a medalha de ouro nas Exposições Inter-nncioimes de Paris, 1893 e de Tunis, 1894

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Este peitoral, preparado tlestie 1886, tem tido uma acceitaçao tüo assombrosa, quecomeçaram a apparecer tantos outros peitoraes, com o fim de diminuir a acceitaçao que onosso tem tido ímãs tudo tem sido inútil, pois que, aquelles que usam uma vez o peitoralde Jatahy do dr Lima Guimarães, nao querem dos outros, nem de graça, como se costumadizer. E' de um effeito estupendo nos casos de : Bronchites (recentes1 ou antigas); Escarrosde sangue (antigos ou recentes); Constipações; Rouquidão; Delluxos; Tosses nervosas;Coqueluche ou tosse de guariba; Asthnia ou cansaço; Influenza e todas as moléstias dede peito. E' o allivio dos tísicos. Por falia de espaço, deixamos de publicar os attestado-expontâneos e cartas particulares que provam a sua efíicacia, corno já temos feito em avul-sos.

Aviso: Quando pedirem o Peitoral de Jatahy, expliquem sem-pre: Peitoral de Jatahy do Dh. Lísia Guimarães,por causa das sub-stiluiçõfís: é um aviso de amigo.

Está approvado pela exma. Junta de Hygiene do Rio de Janeiro e do Pará,epor am-bas autorisada a venda.

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Preparadas sob fórmula única e especial do pharmaceuticoEugênio Marques de llollanda

A syplulis primitiva secundaria e terçiària; a cachexia syphylitica, escrofu-Ias ou alporcas, boubas e feridas inveteradas, rheumatismo chronico ou agudo,por mais rebelde que se torne a outro tratamento, cedem emquanto a economiado doente fôr susceptível de uma reacção medicamentosa, aos effeitos e effi-cacia da mesma.

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EUGÊNIO MARQUES DE HOLLANDAObservações—O tratamento de qualquer das moléstias aqui mencio

nadas pela Tintura de Salsa, Caroba e Manacá, não reclama a menor dieta,quer em relação á alimentação e costumes, quer em referencia ás intempériesdas estações, sol, chuva e trabalhos de campo.

A' cada remédio acompanha uma guia esclarecendo o modo deuzal-o etudomais quanto possa convir ao doente.

Os jornaes de maior circulação da Republica indicam os lugares em quese os vendeI^aboratorio <Ia flor ISrazileiraa

Rio de Janeiro—12, rua Visconde do Rio Branco, 12E. HOLLANDA—miica legitima suecessora do pharmaceutico

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