Trab de Medicina Legal
-
Upload
barbara-vieira -
Category
Documents
-
view
219 -
download
0
Transcript of Trab de Medicina Legal
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
1/9
Faculdade Marista
Recife, 24 de setembro de 2015.
Aluna:
Disciplina: Medicina Leal
!rof.: "oa#uim $oares
!er%odo: 10& ' man()
Antropologia forense identificao e mtodos de
identificao usados no Brasil
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
2/9
Introduo
* presente estudo tem como escopo procurar elucidar o #ue seria a antropoloia
forense, no #ue consiste seu estudo, bem como os demais elementos a ela relacionados.
Al+m disso, tamb+m tra - baila os processos de identifica)o e/istentes, salientando,
ainda, os m+todos mais comumente utiliados no rasil.
Assim, a medicina leal possui importncia n)o s para estudantes de medicina,
mas tamb+m para estudantes de direito, uma 3e #ue pode contribuir do ponto de 3ista
m+dico para a aplica)o e interpreta)o da lei, principalmente para a formula)o dos
#uesitos e, ainda, saber interpretar os laudos periciais.
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
3/9
Antropologia Forense identificao e mtodos usados no Brasil
* ser (umano, desde os seus primrdios, sempre se preocupou em identificar o
outro, sea en#uanto ainda 3i3o ou aps a morte, para saber, por e/emplo, a causa do
falecimento. as sociedades primiti3as, o recon(ecimento era feito de pessoa para
pessoa, antes de e/istir o recon(ecimento por impress)o diital. !or+m, com a e3olu)o
da sociedade e de seus sistemas de identifica)o, no3as t+cnicas e no3os con(ecimentos
3ieram traer ino3a6es no #ue tane - identifica)o.
* nome 7antropoloia8 sinifica o estudo do (omem, ou sea, a ci9ncia do ser
(umano, 7forense8 #uer dier o estudo de uma ci9ncia aplicada - "ustia. Assim,
antropoloia forense, conforme disp6e Delton ;roce "leal e - identidade udiciria ou policial8. *u sea,
+ basicamente a aplica)o prtica de con(ecimentos cient%ficos no estudo do corpo
(umano, 3isando - sua identifica)o. ? por meio dessa pes#uisa antropolica #ue +
poss%3el con(ecer no3amente, admitir como certa a identidade antropolica, por meio da
antropometria, bem como a identidade ci3il, pelas informa6es peculiares e imut3eis #ue
caracteriam cada pessoa.
A (istria da oriem da necessidade de se identificar 3em tamb+m do surimentoda (umanidade #ue, desde sempre, te3e a nsia de identificar os demais seres. @dentificar
seria determinar a indi3idualidade da#uele obeto ou ser, desinando #ue a#uilo n)o +
outra coisa, ou sea, pro3ando>se por meios t+cnicos e cient%ficos #ue a#uela pessoa n)o
+ outra pessoa. om ressaltar #ue identificar n)o se confunde com recon(ecer, este + um
procedimento emp%rico, baseado em con(ecimento anterior, diferente da identifica)o,
#ue se baseia num m+todo cient%fico.
A identidade + a caracter%stica de a mesma pessoa e n)o di3ersa, ent)o, utiliam>
se de inse a identidade. A
identidade seria o conunto de caracter%sticas e peculiaridades #ue diem respeito
unicamente -#uela pessoa ou -#uele obeto, sendo a soma de sinais, marcas, caracteres
positi3os e neati3os #ue, obser3ados como um todo, tornam a#uela pessoa sinular,
distinuindo>a das demais. A identidade possui rele3ncia ci3il e penal, uma 3e #ue pode
ser obeto de dissimula)o, ou sea, alu+m se passar por uma pessoa #ue n)o si prprio,
de modo #ue a responsabilidade s pode ser imputada aps pr+3ia identifica)o. Assim, a
in3estia)o da identidade, pelo processo de identifica)o, + de suma importncia para o
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
4/9
direito.
;omo foi dito acima, o processo de identifica)o pode ser o m+dico ou o policial,
a#uele di respeito aos con(ecimentos da rea m+dica e ci9ncias afins, este relaciona>
se com a antropometria e a datiloscopia. Al+m de tais m+todos, para #ue um processo de
identifica)o sea aplic3el + preciso se preenc(er #uatro re#uisitos t+cnicos, sendo eles:
unicidade apenas um losB, imutabilidade caracteres #ue n)o
mudam no tempoB, praticabilidade #ualidade #ue permite #ue seam usados: custo,
facilidade da coleta etcB e classificabilidade possibilidade de classifica)o para facilitar
sua localia)o em ar#ui3osB.
A identifica)o m+dica pode ser feita no 3i3o, no corpo inteiro, em framentos e at+
mesmo em ossos. !ossui 3rios elementos para serem obser3ados, #uais seam: raa,estatura, se/o, idade, dentes, peso, malforma6es, sinais profissionais, sinais indi3iduais,
entre outros. Dentre as t+cnicas mais con(ecidas, e/cetuando>se a datiloscopia, tem>se:
as compara6es morfolicas, as dentrias, as radiorficas, a superposi)o de imaens,
a anlise de pelos do corpo, a reconstru)o facial, a anlise de DA, entre outros. *
m+todo escol(ido de3e 3isar a economia e a precis)o nos resultados, n)o de3endo
menosprear nen(uma das t+cnicas.
* elemento raa te3e uma e3olu)o conceitual ao lono dos anos, partindo deideias bem racistas de in%cio, como a ideia de #ue neros e %ndios, por e/emplo n)o
teriam alma, conceito propaado pela @rea ;atlica, por+m, (oe + sabido #ue,
bioloicamente, todas as raas possuem substrato ornico e ps%#uico de
desen3ol3imento. A #uest)o da raa com um processo de identifica)o n)o + para
discriminar, mas sim para indi3idu>lo dos demais. C/iste uma classifica)o mais aceita
sobre raa, #ual sea: caucasiano, monol, nero, indiano, australoide. o rasil, a
identifica)o da raa + um pouco problemtica, 3e #ue os brasileiros n)o possuem umalin(a (omo9nea de lin(aem. di3ersos meios de identificar a raa, tais como: perfil
facial, forma do palato, %ndices craniom+tricos, ceflico (oriontal etc.
o #ue tane ao elemento se/o, numa pessoa 3i3a + de fcil constata)o, (a3endo
maiores dificuldades #uando o corpo se encontra no estado putrefeito, carboniado ou em
es#ueleto. a maioria dos casos, identifica>se o se/o por meio da inspe)o do crnio e
da mand%bula, apenas, tamb+m se utilia a bacia.
Cm rela)o - idade, esta + importante n)o s para #uest6es relacionadas -
identidade, mas tamb+m para aferi)o da capacidade ci3il. * m+todo mais usado para
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
5/9
a3eriuar a idade + a radiorafia dos ossos, untamente com a anlise dos dentes, por+m
esta ultima tem uma precis)o menor. *utros parmetros para se identificar a idade s)o
desen3ol3imento dos r)os, les6es de 3el(ice dos r)os, presena de corpus nos
o3rios, peso do pulm)o, f%ado, rins etc. C/istem tamb+m parmetros de di3is)o da
idade, sendo eles: aB 3ida intra>uterina: embri)o at+ o 4& m9s, feto at+ o partoBE bB rec+m>nascido: primeiros dias, lactante en#uanto mamarE cB primeira infncia: at+ os anosE dB
seunda infncia: at+ os 14 anosE eB mocidade: at+ os 21 anosE fB idade adulta: at+ G0
anosE B 3el(ice: at+ H0 anosE (B senilidade: al+m dos H0 anos.
o #ue concerne ao peso e conforma)o, na maioria das 3ees, o peso e altura
s)o proporcionais, por+m, mesmo #uando s)o o seam, nem sempre + sem 3alor, do
mesmo eito #ue ocorre com a marea e adiposidade.
As malforma6es s)o defeitos con9nitos, como a polidactilia e lbio leporino,
sendo as malforma6es enitais e os 3%cios sseos muito importantes para a
identifica)o.
*s sinais profissionais, por sua 3e, s)o caracter%sticas #ue o trabal(o imprime nas
pessoas, como calos por tarefas repetiti3as, ulcera6es, 3est%ios de doenas
relacionadas ao trabal(o em locais insalubres, s)o sinais #ue d)o identifica)o seura
das profiss6es e/ercidas pelos indi3%duos.
" os sinais indi3iduais s)o a#ueles personal%ssimos, #ue s a#uela pessoa possui,
como a disposi)o dos ol(os, s)o elementos importantes para caracteriar os indi3%duos e
tamb+m para e/clu%>los. Assim, s)o e/emplos de sinais indi3iduais: marcas, cortes de
barba, ol(os, (bitos pessoais, des3ios na coluna, e muito mais.
* outro processo de identifica)o + a policial ou udiciria, #ue independe de
con(ecimento t+cnico, constitu%da pelo assinalamento sucinto, retrato falado, fotorafia deertillon, estudo da arcada dentria e datiloscopia. tamb+m outros meios #ue a ci9ncia
moderna fa uso como a anlise do DA e da 3o (umana. Cm suma, a identifica)o
policial compreende, principalmente, a bertilonaem e a datiloscopia.
A bertilonaem tem como base a antropometria, complementando>se pelo retrato
falado, a fotorafia sinal+tica e as impress6es diitais. A antropometria di respeito -s
medidas dos dimetros lonitudinal e trans3ersal do crnio, o taman(o dos dedos m+dios
e m%nimos, a altura da orel(a direita, cor da %ris es#uerda, a estatura, a en3eradura, aaltura do busto, al+m do assinalamento descriti3o de todos os sinais profissionais e
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
6/9
indi3iduais, tatuaens, deformidades, malforma6es e cicatries encontradas. !or+m,
como as medidas fre#uentemente n)o tin(am nen(uma precis)o, e pelo aparecimento de
t+cnicas mais fceis, a bertilonaem cedeu luar - datiloscopia.
* retrato falado, por sua 3e, + obtido pela descri)o anal%tica dos caracteres
antropolicos, morfolicos e cromticos da face, em assinalamento de frente e perfil
direito da fronte, orel(as, nari etc. * retrato falado n)o + meio de pro3a, mas sim um
m+todo #ue auda nas in3estia6es policiais.
" a datiloscopia estuda as impress6es diitais, s)o as marcas dei/adas pelas
polpas dos dedos nos locais de crime e em 3rios obetos. Csse m+todo se baseia na
e/ist9ncia de desen(os caracter%sticos, indi3iduais, na polpa dos dedos, formados pelas
cristas papilares na derme. C/istem tr9s propriedades de tais impress6es: perenidaden)o mudam com o passar dos anosB, imutabilidade n)o se modifica pela 3ontade nem
por doenasB e 3ariedade os desen(os s)o indi3iduais e nascidos, para e3itar e3entual troca de
beb9s, conforme art. 10, @@, da Lei n.& H.0GIJI0.
*utro m+todo de identifica)o + a rafoscpica, ou sea, a identifica)o feita pela
escrita, uma 3e #ue esta + um dos traos mais marcantes do indi3%duo, sendo a mesma
personal%ssima. Csse m+todo se baseia na compara)o e confronto, de um escrito
#uestionado com o outro #ue seria o aut9ntico.
Al+m desse m+todo, tem tamb+m a anlise do DA, #ue 3em se firmando e
an(ando bastante espao, pois as mol+culas de DA s)o
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
7/9
o rasil, ( poucos antroploos forenses, por+m n)o #uer dier #ue n)o (
#ualidade, + um trabal(o de suma importncia, uma 3e #ue + essencial para des3endar
os crimes ocorridos, principalmente pelo alto n
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
8/9
Concluso
A medicina leal tem uma importncia muito rande para o direito, tanto no #ue di
respeito - cria)o das leis #uanto em rela)o - solu)o das contro3+rsias udiciais. ? de
se obser3ar #ue a medicina leal se ampara em dois randes ramos da ci9ncia: a
medicina e o direito. A medicina leal tem como obeti3o analisar e descre3er situa6es
#ue possam ter repercuss)o na esfera penal ou ci3il, a fim de #ue se apli#ue determinada
lei, assim, os dois ramos se encontram intimamente entrelaados. $endo assim, 39>se
#ue o estudo da medicina leal por estudantes da rea do direito + importante, uma 3e
#ue a combina)o de tais con(ecimentos dei/a a pessoa mais preparada para e/ercer a
profiss)o.
Al+m disso tudo, + de se 3er com o #ue foi abordado no presente trabal(o anecessidade e a importncia de um incenti3o maior nessa rea, pois se (ou3esse um
amparo maior para aperfeioar os instrumentos esse ramo, (a3eria uma maior
contribui)o no au/ilio das in3estia6es udiciais. !or+m, para #ue isso ocorra, +
necessrio #ue o o3erno d9 mais subs%dios para #ue possa (a3er uma modernia)o
maior nos instrumentos utiliados e, assim, os profissionais da rea serem mais
3aloriados e e/ercerem de fato seu trabal(o, com todo o amparo tecnolico necessrio,
bem como atrair no3os estudantes para uma rea #ue, muitas 3ees, passa despercebida
da importncia #ue tem para a solu)o de aluns problemas, at+ mesmo sociais, n)o
sendo tipo apenas como e/ame au/iliar.
-
7/23/2019 Trab de Medicina Legal
9/9
Referncias bibliogrficas
> ;R*;C "@*R, Delton .Manual de medicina legal. $)o !aulo: $arai3a, 200.
> C@$CLC, Ro+rio Lui. ;AM!*$, Maria de Lourdes . Manual de medicina
forense & odontologia legal. ;uritiba: "uru, 200H
> (ttp:JJprofalessandraareas.blospot.com.brJ201NJ05Jnocoes>erais>de>
antropoloia>forense>e.(tml
Acesso em: 1IJ0IJ2015
http://profalessandraareas.blogspot.com.br/2013/05/nocoes-gerais-de-antropologia-forense-e.htmlhttp://profalessandraareas.blogspot.com.br/2013/05/nocoes-gerais-de-antropologia-forense-e.htmlhttp://profalessandraareas.blogspot.com.br/2013/05/nocoes-gerais-de-antropologia-forense-e.htmlhttp://profalessandraareas.blogspot.com.br/2013/05/nocoes-gerais-de-antropologia-forense-e.html