Trab. Renascimento

26
Centro de Competência de Ciências Sociais 1 º Ciclo em Educação Básica Unidade Curricular de História e Filosofia da Educação Ano Lectivo 2010/2011 1. ano/ 1.º semestre O Renascimento - Humanismo Docente: Dra. Liliana Rodrigues Discentes: Grupo G: Ana Cristina Freitas n.º 2056808 Ana Paula Cunha nº: 2097110 Cristina Rodrigues nº: 2052110 Janete Alves nº: 2072110 Maria João Carvalho nº: 2087410

Transcript of Trab. Renascimento

Page 1: Trab. Renascimento

Centro de Competência de Ciências Sociais

1 º Ciclo em Educação Básica

Unidade Curricular de História e Filosofia da Educação

Ano Lectivo 2010/2011

1. ano/ 1.º semestre

O Renascimento

- HumanismoDocente: Dra. Liliana Rodrigues

Discentes:

Grupo G:

Ana Cristina Freitas n.º 2056808

Ana Paula Cunha nº: 2097110

Cristina Rodrigues nº: 2052110

Janete Alves nº: 2072110

Maria João Carvalho nº: 2087410

04 de Janeiro de 2011

Page 2: Trab. Renascimento

“Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio; tão vário na capacidade; em forma e movimento, tão preciso e admirável, na acção é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo, o exemplo dos animais.”

Hamlet, William Shakespeare

Page 3: Trab. Renascimento

Resumo

A realização deste trabalho tem como objectivo desenvolver o tema: o Renascimento -

Humanismo, procurando assim, definir estes conceitos e demonstrar as relações existentes entre

eles.

O Renascimento foi considerado como uma reedição da antiguidade. Além dos seus

representantes terem como base as obras antigas, obtiveram projectos originais e inovadores.

Este movimento filosófico e literário, originado na Itália, na segunda metade do século

XIV e sucessivamente divulgado no resto da Europa, apresenta o humanismo como sua

principal característica. O aspecto principal do Humanismo renascentista é a liberdade do

Homem, ao contrário do conceito medieval, submetido à igreja. O Humanismo vê um homem

livre em relação à natureza e à sociedade. Restituindo deste modo, a dignidade humana.

O termo humanismo deriva do latim humanitas, definido por Cícero como a cultura que

diferencia o homem civilizado da natureza e da barbárie.

O Humanismo e o Renascimento são dois momentos do mesmo movimento, tendo por

base os mesmos fundamentos: 1) a dignidade da natureza humana; 2) livre investigação da

natureza física, sem sujeição à autoridade de Aristóteles e à autoridade religiosa.

Page 4: Trab. Renascimento

Índice

Introdução

-Renascimento

Capítulo I:

-Humanismo

Capítulo II:

-Educação Humanista nos Países Germânicos

-Educação Humanista em Espanha

-Educação Humanista em Itália

-Educação Humanista em Portugal

-Educação Humanista em França

-Educação Humanista em Inglaterra

Conclusão

Page 5: Trab. Renascimento

Introdução

O presente trabalho, integrado na cadeira História e Filosofia da Educação,

orientada pela docente Liliana Rodrigues, aborda a temática do Renascimento –

Humanismo.

Abordaremos, assim, neste trabalho as relações eminentes do Renascimento –

Humanismo.

Numa primeira análise, faremos uma breve introdução teórica sobre o que é o

Renascimento, a sua origem, os principais factores que impulsionaram este movimento

e a sua importância na cultura moderna.

Partindo desta análise do que o Renascimento, iremos abordar o Humanismo,

visto que esta intrinsecamente ligado Renascimento.

No entanto, nos manuais o humanismo costuma ser tratado isoladamente do

Renascimento. Na realidade os dois períodos constituem diversos aspectos de uma única

civilização, a civilização renascentista que se representa por uma mudança de atitude do

homem, nos problemas da vida e do mundo.

Para finalizar o nosso trabalho, iremos referir a educação humanista em

diferentes países da Europa e os seus principais representantes.

Page 6: Trab. Renascimento

O Renascimento

Renascimento ou renascença é a designação do período da história marcado por

uma renovação cultural, económica e social que se produziu na Europa nos sécs. XV e

XVI, com as grandes descobertas e o nascimento do capitalismo moderno.

Na Idade Média os acontecimentos eram vistos de acordo com os ideais

religiosos. As ocorrências da vida terrenas e históricas explicavam-se pela vontade de

Deus.

Portanto, a ciência a literatura e a arte daquela época estavam sujeitas à reflexão

e à aceitação religiosa. Ao longo do século XIV, a Itália e o resto da Europa incidiram

as suas atenções para uma vida concreta e terrena, alterando o seu modo de pensar e de

compreender de modo diferente os factos da vida terrena, onde o homem passou a

primeiro plano sendo os acontecimentos determinados pela sua vontade.

No Renascimento, o mundo aparece como panorama das acções humanas, e não

como vontade divina. A natureza adquire uma nova visão por parte dos renascentistas,

passando a ser objecto de observações e estudos, atraindo assim as atenções. Segundo

os renascentistas, a fé inabalável na natureza fez com que acreditassem que a

inteligência e a liberdade do homem são ilimitadas, logo para este ser livre só teria que

seguir as leis da sua natureza. Leon Battista Alberti (1404-1472), afirma, que o homem

é o artífice do seu próprio destino. Esse conceito de homem ideal, faz renascer a ideia

platónica do homem. Relaciona-se de um optimismo utópico, que teve como impacto a

grande evolução e apoiou o aparecimento da cultura moderna.

O termo Renascimento traduz, a continuação da vida económica, social e

cultural que originou-se na Itália e posteriormente no resto da Europa. Designando-se

“Renascimento” em virtude da redescoberta e revalorização da cultura da antiguidade

clássica, que orientaram as mudanças deste período em rumo a um ideal humanista e

naturalista.

O Renascimento foi um movimento que trouxe modificações no modo de vida,

caracterizou-se pela mudança na qualidade da obra intelectual, e pelo aumento da

quantidade cultural, revelando-se particularmente na arte, na literatura e na filosofia. O

principal factor da novidade renascentista não terá sido apenas a ressurreição da

sabedoria antiga, mas sim a seu alargamento e aprofundamento com a criação de novas

Page 7: Trab. Renascimento

ciências e disciplinas, ou seja, de uma nova concepção do mundo e do homem num

novo conceito de ensino e educação.

O pensamento pedagógico Renascimento terá influenciado directamente a

educação através da teoria heliocêntrica, defendida por Copérnico, matemático e

astrónomo polaco (1473 – 1543). Segundo este o sol é o verdadeiro centro do sistema

solar, teoria que veio opor-se à teoria geocêntrica, onde o sol e a lua giravam em torno

da Terra, teoria defendida por Cláudio Ptolomeu, célebre astrónomo, geógrafo e

matemático. As grandes navegações do século XIV, favoreceram em grande parte o

pensamento pedagógico, dando origem ao capitalismo comercial, a invenção da

imprensa realizada por Gutenberg, que permitiu a divulgação dos clássicos greco-

romanos, da Bíblia e de outras obras, até então manuseadas apenas pelos “monges

copistas” dentro de Mosteiros e abadias. Divulgou assim a cultura e educação das

massas e a invenção da bússola que permitiu as grandes navegações que amplificaram

os horizontes geógrafos e culturais e ofereceram o contacto europeu com outras

culturas, contribuindo para derrubar os ideais religiosos ate então tido como verdades

absolutas.

Page 8: Trab. Renascimento

O Humanismo

O Humanismo considera-se como uma forma de estar que eleva o ser humano

como o ser mais relevante numa escala de aspectos importantes. Esta perspectiva é

comum a uma grande variedade de posições éticas que dão muita importância à

dignidade, aspirações e capacidades humanas, nomeadamente a racionalidade. Esta

atitude de valorização do Homem e do conhecimento e busca da Verdade sobre ele

próprio e sobre o mundo surge no período do Renascimento. Esta Era foi marcada por

metamorfoses em muitas áreas da vida humana, que assinalam o fim da Idade Média e o

começo da Idade Moderna. As transformações que se assistiram deram-se ao nível

cultural, social, económico e religioso. Porém, o conceito Renascimento surge para

denominar as alterações ao nível das artes, da filosofia e das ciências.

O humanismo renascentista espelhava uma estrutura social caracterizada pela

diferenciação profunda da sociedade em classes produtoras e em classes dirigentes.

Porém, o humanismo renascentista foi enriquecido pela contribuição cristã, que admitia

a igualdade entre homens perante Deus e limitou-se em grande parte a alargar a

concepção humanista no domínio religioso. A melhoria do estatuto social não garantia o

acesso aos valores da cultura, mas é um impulsionador.

Entre muitos humanistas que ficaram na história, destaca-se Erasmo de Roterdão

(1466 - 1536) que tornou-se um pregador da rectidão. Erasmo passou a sua vida entre

Paris, Lovaina, Inglaterra e Basileia, onde desenvolveu as suas actividades académicas e

travou experiência com grandes personalidades do seu tempo como Henrique VIII, rei

de Inglaterra e Thomas More, outro grande humanista. Tinha convicção de que era

necessária uma aprendizagem sadia sem intromissão dos assuntos da Igreja e do Estado,

e tentou aliviar os métodos de ensino do ensino Escolástico marcado pelo rigor e

formalismo tradicional da época medieval. Erasmo interagiu com muitos homens

ligados à política e pensadores do seu tempo, e a sua concepção sobre variados assuntos

era consultada e procurada sedentamente, mas nem sempre aplicada na prática.

Thomas More (1478 – 1535) é outro dos grandes vultos do Humanismo. Foi um

homem de Estado, diplomata, escritor, advogado e homem de leis. Ocupou o cargo de

“Lord Chancellor” de Henrique VIII de Inglaterra. Porém, por não reconhecer o seu rei

Henrique VIII como líder da Igreja do seu país, é condenado à pena capital. Por sua vez,

Page 9: Trab. Renascimento

a Igreja considera-o como modelo de fidelidade, pois figurou na luta da liberdade

individual contra o poder prepotente. Foi canonizado no séc. XX e a Igreja reserva o dia

22 Junho para a celebração da sua existência. Uma das suas grandes obras literárias é a

“Utopia” onde More idealiza uma sociedade racionalmente formada, onde todos têm os

mesmos direitos e deveres e dedicam-se à leitura e à arte. A organização da sociedade

idealizada por More visa dissolver a desigualdades e estimular a equitativa distribuição

de bens por todos. A defesa dos direitos da consciência é o marco que este humanista

perpetuou. No ano 2000, São Thomas Mores foi reconhecido como “Patrono dos

Estadistas e Políticos” pelo Papa João Paulo II.

Entre outros grandes humanistas destaca-se também o português Damião de

Góis (1502 -1574). Descendente de uma família nobre, passou dez anos da sua infância

na corte de D. Manuel como moço de câmara. Em adulto tornou-se diplomata e fez

várias missões ente Portugal e Europa. Em determinada altura da sua vida, dedica-se

exclusivamente aos seus propósitos humanistas e torna-se amigo íntimo de Erasmo com

quem conviveu em Basileia, que o orientou nos seus estudos e na sua escrita. Dom João

III trouxe-o de volta para Portugal libertando-o da prisão originada da invasão da

Flandres. É nomeado pelo cardeal D. Henrique para escrever a crónica oficial do rei D.

Manuel I. Esta obra não agradou a algumas famílias do reino e desde então passou a ser

perseguido, processado pelo Santo Ofício e o seu fim seria trágico, pois foi encontrado

morto com suspeitas de assassinato. Este humanista foi um dos espíritos mais críticos da

sua época e estabeleceu verdadeiros traços de união entre Portugal e a Europa erudita do

século XVI.

Page 10: Trab. Renascimento

A Educação Humanística nos Países Germânicos

No século XV a Renascença alargou-se da Itália para o resto da Europa, onde

obteve aí mais reflexão.

O movimento humanista manifestou-se na Holanda e ocidente da Alemanha

através da ordem de Jerónimos designada por “Irmãos da vida em comum”, fundada por

Gerard de Crote, no século XIV.

Em primeiro lugar, esta ordem ensinava a educação moral e religiosa com ajuda

de Tomás Kempi e depois os estudos humanistas, dirigida pelo Reitor Alexandre

Hegius, em 1465 a 1498.

Posteriormente, estas mesmas escolas administravam os estudos humanistas que

compreendiam o latim, o grego, a lógica, a retórica, os estudos de Euclides, Aristóteles,

Platão, a teologia e o direito romano.

Estas escolas dividiam-se em oito cursos graduados e cada um em várias turmas

pois os seus alunos eram bastantes.

Houve grandes personalidades que passaram por esta escola, sendo eles, Hegius,

Agrícola, Sturm e principalmente Erasmo.

Na Alemanha, além destas escolas, surgiram os Ginásios e os Colégios

Secundários, em que também ensinavam o latim, o grego e outras matérias humanistas.

Podemos citar alguns educadores e pedagogos humanistas:

Rudolphus Agrícola( 1443-1485): Foi um verdadeiro fundador da cultura

humanista germânica, conhecido pela sua personalidade e pela sua actuação literária,

pois os seus escritos pedagógicos nunca chegaram até nós.

Achou importante o estudo da filosofia, por que segundo a sua opinião, esta

ajudava a pensar, a julgar e agir moralmente.

Existiu para este educador três maneiras de aprender:

Perceber o que se lê e o que se aprende;

Memorizar o que se percebeu;

Dar algo de pessoal.

Jacob Winpheling (1450-1528): Formou o colégio de Estrasbugo e o mais

importante foi a formação moral e religiosa.

Page 11: Trab. Renascimento

Erasmo (1465-1536): O maior dos humanistas e um pensador notável da

Renascença.

Viveu e trabalhou nos vários países da Europa. Estudou na escola “Irmãos da

vida comum”. Foi um estudioso, um investigador, nas áreas do saber incluindo na

educação. Escreveu importantes trabalhos, tais como “Colóquios” “ A educação do

Homem Cristão”. Seguiu as ideias de Quintiliano.

Na opinião de Erasmo o fim da educação processa-se da seguinte maneira:

O jovem espírito recebe as sementes da piedade;

Amar e receber os estudos liberais;

Preparação para os deveres da vida;

Os primeiros estudos sejam baseados nas boas maneiras.

Erasmo, defendia que o idioma aprendia-se através do exercício e não pela

gramática. Achava de extremas importância os estudos literários e religiosos.

Page 12: Trab. Renascimento

A Educação Humanística em Espanha

Esta educação iniciou-se fins do século XV e início do Século XVI.

Adoptaram as ideias de Erasmo e surgiu assim um grande movimento humanista

dando origem à Universidade de Alcalá findada pelo Cardeal Cisneros e o colégio

Trilingue, onde ensinavam o latim, o grego e o hebreu, em 1500.

Um dos monumentos humanistas foi a elaboração da célebre “ Bíblia Poliglota”.

Foi fundada a Universidade de Salamanca, onde grandes humanistas ensinaram,

tais como, Frei Luís Leão e Francisco Vitoria.

Nas outras escolas vigoravam as culturas escolásticas e os métodos tradicionais.

O humanismo espanhol é uma passagem entre a cultura medieval e a clássica

onde vigora o carácter literário e religioso a nível dos estudos geográficos e

cartográficos.

Os educadores humanistas espanhóis foram:

Juan Luís Vives ( 1412-1540): Foi o maior humanista espanhol e europeu.

Seguiu os mesmos ideais de Quintiliano e Erasmo, no entanto teve as suas

próprias opiniões.

Em termos de educação baseou-se na psicologia, ou seja, achava que para

ensinar devemos usar as nossas próprias impressões ou sensações para chegar à

imaginação e depois à razão.

Recomendava que cada mestre deveria fazer um estudo psicológico a cada aluno

para depois lhe dedicar o trabalho que melhor lhe adequasse.

Vives também achava que a língua materna devia ser usada para que os alunos

percebessem melhor as outras línguas clássicas ensinadas pelos seus mestres.

Huarte de San Jaun: Foi autor do “ Exame de Engenho para Ciências “, em que

estudava a psicologia e o estudo das aptidões de valor pedagógico.

Ponce de Leon (1520-1584); Estabeleceu o primeiro método para o ensino dos

surdos-mudos; a gramática Nebrija. Incentivou o uso da língua vernácula na ciência e

no ensino.

Page 13: Trab. Renascimento

A Educação Humanística em Itália

No século XIV na Itália nasceu um novo movimento, a Renascença. A

Renascença foi um movimento que permitiu que o homem mudasse a sua forma de ver

as coisas do mundo.

As principais cidades-estado em que este movimento teve mais impacto foram

Florença e Veneza, estabelecendo uma comparação com Atenas e Roma na época

clássica.

A educação humanista não era considerada erudita. As línguas como o latim e o

grego eram ditas como instrumentos ou meios do novo movimento, ou seja, pelo

desenvolvimento da personalidade de cada pessoa, liberdade de pensar e de agir,

conceito terreno, prazeres da vida.

Em Mântua, Vittorino da Feltre, criou a Casa Alegre (Casa Giocosa) em que os

jovens tinham uma educação cristã, juntamente com uma educação humanista, que

consistia nas disciplinas de educação física, estética e intelectual. Começo da

independência escolar.

O ideal da educação humanista teve mais impacto no ensino e cultura superior.

Como por exemplo na corte dos Medicis, em Florença, que era uma das mais

importantes das cortes dos príncipes italianos.

Em Itália, o ideal de um homem cortesão era que este praticasse exercícios

físicos: salto, corrida, natação, luta, equitação, jogo de pelota, dança e caça.

Intelectualmente o cortesão ideal tinha que saber escrever e falar muito bem e sem erros

o latim e o italiano ter conhecimento de música e pintura.

Alguns humanistas mais destacados de Itália:

Petrarca (1304-1374): entendido nos clássicos, poeta duma poesia espiritual

profunda;

Guarino de Verona (1374-1460): valorizou a língua e a cultura helênicas latinas,

defensor da gramática e da retórica;

Pietro Paolo Vergerio (1370-1444): diferente de Guarino e de Feltre, considera

que as letras clássicas são fins delas próprias;

Page 14: Trab. Renascimento

Vittorino da Feltre (1378-1446): defendia uma educação individualizada, o auto-

governo do aluno e a competição;

Leon Battista Alberti (1404-1472): aconselho o ensino da língua materna com as

línguas clássicas como também os exercícios físicos. Defendia que o repouso fazia mal

as crianças e os exercícios ajudavam-nas.

A Educação Humanística em Portugal

O humanismo entrou em Portugal nos finais do Século XV, por volta de1485,

com a chegada do italiano Cataldo Parísio Sículo, que tinha sido contratado para

preceptor de D. Jorge de Lencastre depois como orador, e secretario dos assuntos latinos

na corte portuguesa.

Na corte portuguesa o italiano Cataldo incrementou variadas actividades sendo o

responsável pela correspondência diplomática da corte portuguesa e diversos discursos.

Foi durante o século XVI que o humanismo teve o seu período mais glorioso em

Portugal. Este período coincidiu com o regresso do bolseiro portugueses que estavam a

estudar em universidades do estrangeiro. Estes ao preencherem os cargos de decisão na

universidade, nos mosteiros e nos colégios fizeram com que o ensino humanístico fosse

ensinado no ensino superior.

Durante o reinado de D. João III, em 1537, a que o ensino humanista chegou a

universidade de Coimbra, assim o latim se tornou comum no ensino. Os primeiros

centros humanistas em Portugal foram Coimbra, Lisboa, Évora e Braga.

É fundado o Colégio das Artes para o ensino das humanidades, em que o André

de Gouveia é nomeado director.

Na universidade de Lisboa restringe-se o ensino aos moços fidalgos da corte e ao

círculo literário da Infanta D. Maria.

Em Portugal o tipo de humanismo mais divulgado entre os humanistas

portugueses e humanistas estrangeiros residentes em Portugal era o humanismo cristão

cujo maior defensor era Erasmo.

Page 15: Trab. Renascimento

Alguns humanistas portugueses:

Diogo de Teive (1514-1569) - viveu no século XVI. Foi preso pela Inquisição

em 1550, acusado de heresia religiosa

Damião de Góis (1502-1574) - era um dos humanistas portugueses mais

interventivo do seu século, era um elo de ligação entre Portugal e a Europa.

Manuel Álvares (1526-1582) - foi um humanista que nasceu na Madeira.

A Educação Humanística em Inglaterra

A educação humanista em Inglaterra, chegou através da influencia de alguns

pedagogos que estudavam em universidades de Florença (Itália). Estas novas doutrinas

foram implementadas nas principais universidades e posteriormente no ensino

secundário, implementando o ensino das línguas clássicas, gramática, jogos e desportos

físicos. Sendo pela 1ª vez implementado o ensino da língua Inglesa.

A educação Humanista generalizou-se pelas principais universidades, sendo

criadas cátedras de latim e grego, assim como novos colégios, com a implementação de

uma cultura mais humanista.

Nesta época, na Inglaterra não existiam grandes pedagogos na educação, mas

podemos destacar alguns, que tiveram um papel relevante na reforma da educação

humanista no ensino em Inglaterra, tais como: John Colet, na escola de São Paulo e

Thomas Elyot que lançou a obra “o livro chamado Governador”

Page 16: Trab. Renascimento

A Educação Humanística em França

A educação humanística em França chegou em meados do século XVI, por

influência da cultura renascentista vinda de Itália por alguns escritores. O ensino em

França é dominado pelas ordens religiosas, em especial a universidade de Paris.

Os pedagogos Rabelais e Montaigne foram os impulsionadores da educação

humanística e implementaram o ensino da teoria da literatura.

É nesta altura que o pedagogo Rebelais defende uma educação na relação com a

natureza, dando um maior significado e importância às ciências da educação. Defende

também o ensino da literatura dos clássicos, latim, grego e as ciências exactas.

O pedagogo Montaigne defende uma educação inspirada no realismo e

naturalismo e defende a implementação de uma maior literacia nas escolas. A educação

deve incidir sobre o aluno, na sua formação desde a sua infância, os educadores devem

mostrar aos alunos o exterior das coisas, orientando e preparando-os para o caminho que

devem seguir.

Assim sendo, o seu humanismo da educação incide mais sobre a formação moral

e intelectual do pensamento individualizado do aluno ajudando-o a descobrir.

Page 17: Trab. Renascimento

Conclusão

Com a realização deste trabalho pudemos compreender o impacto e a

importância do Renascimento, não só para a história da educação, mas também das

nossas origens socioeconómicas.

A Renascença foi uma Época que se pode considerar como o início dos tempos

modernos, pois deram-se grandes avanços na ciência onde o homem passou a ter

principal destaque ao contrário dos ideais da Idade - Média, embora extremamente

desiguais nas suas condições sociais e culturais, iniciam-se na busca da Verdade. A

procura dos espaços do mundo, do conhecimento científico e do próprio ser, impulsiona

o ser humano na maior tomada de consciência da sua existência. O humanismo

caracterizou-se no Renascimento, não apenas pelos conhecimentos literários existente

mas pela busca de condições médicas, artesanais, mecânicas e artísticas. A Renascença

foi o regenerar das nossas crenças individuais e o desenvolvimento do culto pela pessoa

humana em geral. O Renascimento foi a era que fez ressurgir no homem a busca da

Verdade e da razão, usando o manifesto das artes para exprimir a beleza do próprio ser

humano e da vida, tal como os primeiros filósofos na época clássica aspiraravam.

Page 18: Trab. Renascimento

Bibliografia

FAURE, Paul, O Renascimento, Mem Martins – Portugal: Publicações Europa América, 3ª

Edição Fevereiro 2008.

GOMES, Raul, Educação e Humanismo, Porto – Portugal: Editorial Inova Limitada.

LUZURIAGA, Lorenzo, História da Educação e da Pedagogia – Actualidades Pedagógicas,

Vol. 56.

Larousse Enciclopédia Moderna, vol 16.

DELUMEU, J, A civilização do Renascimento, vol II, editorial estampa, Lisboa 1984.

CAMBI, Franco, História da Pedagogia.

Webliografia:

http://www.webartigos.com/articles/8796/1/A-Educacao-No-Renascimento

http://pt.shvoong.com/humanities/linguistics/795557-humanismo-na-literatura-

portuguesa/

http://www.revista.brasil-europa.eu/121/Anchieta.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Humanistas_de_Portugal

http://www.webartigos.com/articles/8796/1/A-Educacao-NRenascimento/pagina1.html#ixzz17ep0EOTS

http://www.notapositiva.com/dicionario_historia/renascimento.htm